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12/9/2010 1 Recomendação de Nutrientes Profª Cristiane Gonçalves de Oliveira Fialho Universidade Federal de Juiz de Fora Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Nutrição Atividade Prática II – NUT 003 Necessidade Nutricional Quantidades de nutrientes e de energia disponíveis nos alimentos que um indivíduo sadio deve ingerir para satisfazer sua necessidades fisiológicas normais e prevenir sintomas de deficiências (Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004) Recomendação Níveis de ingestão de nutrientes essenciais que, com base nos conhecimentos cientifícos, são julgados pela Food Nutrition Board como adequados para cobrir as necessidades de nutrientes específicos de praticamente todos os indivíduos saudáveis (Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

343o a nut [Modo de Compatibilidade]) - ufjf.br§ão-a-nut.pdf · EER = GET + Energia de deposição: 7-12 meses: EER = (89 x peso da criança ... EER para Meninos 9 a 18 anos de

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Recomendação de Nutrientes

Profª Cristiane Gonçalves de Oliveira Fialho

Universidade Federal de Juiz de Fora

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

Departamento de Nutrição

Atividade Prática II – NUT 003

Necessidade Nutricional

Quantidades de nutrientes e de energia

disponíveis nos alimentos que um indivíduo

sadio deve ingerir para satisfazer sua

necessidades fisiológicas normais e prevenir

sintomas de deficiências

(Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

Recomendação

Níveis de ingestão de nutrientes essenciais que,

com base nos conhecimentos cientifícos, são

julgados pela Food Nutrition Board como

adequados para cobrir as necessidades de

nutrientes específicos de praticamente todos os

indivíduos saudáveis

(Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

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Indivíduo adulto:

Necessidade: 1,08mg / dia x Recomendação: 8mg / dia

Fatores considerados:

�- perdas basais, peso.

�- perdas basais, peso, perdas menstruais.

Biodisponibilidade do nutriente.

Facilitadores e redutores da absorção.

Estado nutricional de ferro.

EXEMPLO: FERRO

NECESSIDADES FISIOLÓGICAS

Variam de acordo com:

� Idade

� Sexo

� Estatura

� Peso

� Estado fisiológico

� Atividade física

Recomendações Nutricionais

Aplicação das Recomendações NutricionaisAplicação das Recomendações Nutricionais

Dificuldades:

� Nutrientes x Alimentos

� Variabilidade do conteúdo de nutrientes.

� Rotulagem e tabelas de composição de alimentos.

� Estimativa do consumo e planejamento alimentar.

� Tabus e fatores culturais.

� Fatores sócio-econômicos.

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Recomendações Nutricionais

Objetivos das Recomendações NutricionaisObjetivos das Recomendações Nutricionais

� Promover adequado crescimento e desenvolvimentona infância e adolescência.

� Garantir uma gestação e amamentação adequadas.

� Evitar ou reduzir a incidência de doenças associadascom práticas inadequadas de alimentação e nutrição.

� Garantir o bom funcionamento dos tecidos e órgãosdo organismo para as atividades diárias.

DRIs – Ingestão Dietética de Referência

“Dietary Reference Intakes”

Conjunto de valores de referência para ingestão

de nutrientes a serem utilizados no

PLANEJAMENTO e na AVALIAÇÃO DE

DIETAS de indivíduos e de populações

SAUDÁVEIS

(ILSI BRASIL e SBAN; Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

• Fome e desnutrição (Séc XIX)

recomendações nutricionais

• Observações de ingestão

• Após Primeira Guerra Mundial (Séc XX) bases

fisiológicas da nutrição

• 1941 publicada pela Recommended Dietary

Allowance (RDA) no American Journal of Dietetic

Association

Evolução histórica

EnergiaProteína

Cálcio

Ferro Vitamina A

Riboflavina

Ác. nicotínico

Ácido AscórbidoVitamina DVitamina D

Tiamina

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• Anos 80 FAO (Food and Agriculture

Organization) e WHO (World Health

Organization)

Hipótese:

Recomendações descritas pela FAO/WHO em

1985.

Ingestão necessidade energética de

indivíduos saudáveis

• DRIs origem dos relatórios das RDAs publicados desde de

1941 até 1989 pela National Academy of Sciences e

Recommended Nutrient Intakes.

• DRI (2002) além dos valores de referência para os macro e

micronutrientes, propõem também:

Cálculo da necessidade de energia tanto para indivíduos saudáveiscomo para grupos especiais

Recomendações de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K)ehidrossolúveis (tiamina, riboflavina, niacina, vit. B6, folato, vit. B12e C)

Recomendações de minerais (ferro, zinco, cálcio, fósforo, iodo,magnésio, manganês, selênio, cobre, cloro, sódio e potássio)

Objetivos das DRIs:

• Estabelecer recomendações individuais de ingestão

• Prevenir doenças crônicas

• Facilitar pesquisa em nutrição e orientação

• Estabelecer normas de segurança

Por que necessitamos de novos padrões de ingestão de nutrientes para

substituir os antigos?

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• Comitê composto de cientistas que apresentam uma gama de

especialidades

• Os valores são baseados em evidências científicas e atualizados

periodicamente à luz de novas descobertas

• São recomendações de ingestões ótimas e seguras e, não

ingestões mínimas. Apresentam margem de segurança

• Levam em consideração concentrações de nutrientes do

sangue, crescimento normal, redução do risco de certas

doenças crônicas.

DRIs = Ingestões recomendadas

• O uso das RDAs em associação com aprofundamento das

informações química, nutricional e toxicológica dos alimentos

Utilização inadequada

DRIs: metas simples (RDAs) + metas complexas

• De planejamento de dietas passou para a recomendação de

ingestão visando à adequada utilização do nutriente e à redução

do risco de doenças crônicas.

Ingestão Dietética de Referências / IOM / DRIs

DRIs – Dietary Reference Intakes

Incluem 4 “antigos” conceitos de referência:

� EAR

� RDA

� AI

� UL

(Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

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EAR – Estimated Average Requirement

Necessidade Média Estimada

É a quantidade de um nutriente estimada para atingir a

necessidade ou requerimento do nutriente de 50% dos

indivíduos saudáveis de determinada faixa etária, estado

fisiológico e sexo

Avalia a adequação e o planejamento da ingestão dietética de

grupos populacionais

Base para estabelecer as RDAs

(Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

EAR – Necessidade Média Estimada

Média

50%50%

EAR

DPDP

RDA- Recommended dietary allowance

Requerimento Médio Estimado/ Ingestão dietética recomendada

É a quantidade de um nutriente estimada para para cobrir as

necessidades de quase todos os indivíduos saudáveis (97 a

98%) em determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo

META de ingestão para indivíduos sadios

(Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

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• Se o desvio padrão da EAR está disponível e os requerimentos

para o nutriente em questão apresentam distribuição normal,

então:

RDA = EAR + 2 desvios-padrão

• A RDA para os nutrientes é um valor para ser usado como meta

para ingestão de indivíduos saudáveis.

• Não deve ser usada para: avaliar a dieta de indivíduos ou

grupos ou para o planejamento de dietas para grupos

RDA- Recommended dietary allowance

Média

2,28%97,72%

EAR

DPDP

RDA

RDA – Ingestão Dietética Recomendada

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AI – Ingestão Adequada

Utilizada em substituição das RDAs

Baseia-se no consumo médio de nutrientes observado ou estimado

experimentalmente de um grupo ou grupos de indivíduos sadios

META de consumo de nutrientes na prescrição da dieta

(Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

UL – Tolerable upper intake level

Nível máximo de ingestão tolerável

Níveis mais altos de ingestão diária de nutrientes prováveis de não

causar risco ou efeito adverso à saúde de quase todos os indivíduos

de um determinado grupo populacional

Não é um nível de ingestão recomendado

UL se aplica a uso diário crônico

(Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

Uso de suplementos e

alimentos fortificados

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DRIs – Dietary Reference Intakes

Incluem 2 “novos” conceitos de referência:

� EER

�AMDR

(Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

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EER – Necessidade Estimada de Energia

Média de ingestão energética dietética a qual mantém o

BALANÇO ENERGÉTICO em adultos saudáveis com

idade, sexo, peso, altura e nível de atividade física de

acordo com um bom estado de saúde

(Costa e Oliveira, 2008; Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

EER – Necessidade Estimada de Energia

Equações foram desenvolvidas para indivíduos de

peso normal (IMC de 18,5 a 25 kg/m2), de 0 a 100 anos

de idade, baseando-se em dados de gasto energético

medidos pela técnica da água duplamente marcada

(Costa e Oliveira, 2008; Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

EER – Necessidade Estimada de Energia

Para crianças e mulheres grávidas ou lactantes, o

EER inclui as necessidades de deposição de tecido ou de

secreção de leite a uma taxa consistente com um bom

estado de saúde

Não há RDA e UL para as EERs

(Costa e Oliveira, 2008; Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

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EER para lactentes e crianças de 0 a 2 anos de idade

(Costa e Oliveira, 2008)

Não considera o sexo e a altura da criança, uma vez que

esses fatores interferem no peso e, dessa forma, somente o peso

se correlaciona diretamente com o gasto energético total

Atividade física também não foi considerada

Considera-se uma quota de deposição = fase de crescimento

EER para lactentes e crianças de 0 a 2 anos de idade

(Costa e Oliveira, 2008)

EER = GET + Energia de deposição:

0-3 meses: EER = (89 x peso da criança [kg] – 100) + 175

(kcal para deposição energética)

4-6 meses: EER = (89 x peso da criança [kg] – 100) + 56

(kcal para deposição energética)

LME até os 6 meses

(Costa e Oliveira, 2008)

Considera-se um consumo médio de 780 mL de

leite materno/ dia e uma densidade energética de 650

kcal/L, o consumo energético total desta criança seria

de 500 kcal/dia. O EER calculado pelas equações

anteriores superiores a 500 kcal/dia para muitas

crianças de ambos os sexos

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EER para lactentes e crianças de 0 a

2 anos de idade

(Costa e Oliveira, 2008)

EER = GET + Energia de deposição:

7-12 meses: EER = (89 x peso da criança [kg] – 100) + 22

(kcal para deposição energética)

13-35 meses: EER = (89 x peso da criança [kg] – 100) +

20 (kcal para deposição energética)

EER para crianças de 3 a 8 anos de

idade

(Costa e Oliveira, 2008)

São considerados;

• Sexo

• Idade

• Altura

• Peso

• Atividade Física

EER para Meninos 3 a 8 anos de

idade

(Costa e Oliveira, 2008)

EER = 88,5 – 61,9 x idade [anos] + atividade física x (26,7 x peso[kg] + 903

x altura [m]) + 20 (kcal de deposição energética)

Em que a atividade física (AF) será:

AF = 1,00, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,0<1,4 (sedentário)

AF = 1,13, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,4<1,6 (pouco ativo)

AF = 1,26, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,6<1,9 (ativo)

AF = 1,42, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,9<2,5 (muito ativo)

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EER para Meninas 3 a 8 anos

de idade

(Costa e Oliveira, 2008)

EER = 135,3 – 30,8 x idade [anos] + atividade física x (10,0 x peso [kg] +

934 x altura [m]) + 20 (kcal de deposição energética)

Em que a atividade física (AF) será:

AF = 1,00, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,0<1,4 (sedentário)

AF = 1,16, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,4<1,6 (pouco ativo)

AF = 1,31, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,6<1,9 (ativo)

AF = 1,56, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,9<2,5 (muito ativo)

EER para adolescentes de 9 a 18

anos de idade

(Costa e Oliveira, 2008)

As necessidades de energia são definidas para

manter a saúde, promover ótimo crescimento e

maturação e garantir um nível de atividade física

desejável

EER para Meninos 9 a 18 anos de

idade

(Costa e Oliveira, 2008)

EER = 88,5 – 61,9 x idade [anos] + atividade física x (26,7 x peso[kg] + 903

x altura [m]) + 25 (kcal de deposição energética)

Em que a atividade física (AF) será:

AF = 1,00, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,0<1,4 (sedentário)

AF = 1,13, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,4<1,6 (pouco ativo)

AF = 1,26, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,6<1,9 (ativo)

AF = 1,42, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,9<2,5 (muito ativo)

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EER para Meninas 9 a 18 anos de

idade

(Costa e Oliveira, 2008)

EER = 135,3 – 30,8 x idade [anos] + atividade física x (10,0 x peso [kg] +

934 x altura [m]) + 25 (kcal de deposição energética)

Em que a atividade física (AF) será:

AF = 1,00, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,0<1,4 (sedentário)

AF = 1,16, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,4<1,6 (pouco ativo)

AF = 1,31, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,6<1,9 (ativo)

AF = 1,56, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,9<2,5 (muito ativo)

EER para Homens acima de 19 anos

de idade

(Costa e Oliveira, 2008)

EER = 662 – 9,53 x idade [anos] + atividade física x (15,91 x peso [kg] +

539,6 x altura [m])

Em que a atividade física (AF) será:

AF = 1,00, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,0<1,4 (sedentário)

AF = 1,11, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,4<1,6 (pouco ativo)

AF = 1,25, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,6<1,9 (ativo)

AF = 1,48, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,9<2,5 (muito ativo)

EER para Mulheres acima de 19

anos de idade

(Costa e Oliveira, 2008)

EER = 354 – 6,91 x idade [anos] + atividade física x (9,36 x peso [kg] + 726

x altura [m])

Em que a atividade física (AF) será:

AF = 1,00, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,0<1,4 (sedentário)

AF = 1,12, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,4<1,6 (pouco ativo)

AF = 1,27, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,6<1,9 (ativo)

AF = 1,45, se o FAF for estimado como sendo de ≥1,9<2,5 (muito ativo)

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EER na Gravidez

(Costa e Oliveira, 2008)

São considerados;

• Contribuição Metabólica do útero

• Contribuição Metabólica do feto

• Aumento do trabalho cardíaco

• Aumento do trabalho respiratório

• Aumento da Atividade Física no fim da gravidez (esforço devido ao

aumento de peso)

EER para gestantes de 14 a 18 anos

de idade

(Costa e Oliveira, 2008)

1º trimestre: EER = EER da adolescente + 0 (energia de

deposição na gravidez)

2º trimestre: EER = EER da adolescente + 160 kcal (8

kcal/semana x 20 semanas) + 180 kcal

3º trimestre: EER = EER da adolescente + 272 kcal (8

kcal/ semana x 34 semanas) + 180 kcal

EER para gestantes de 19 a 50 anos

de idade

(Costa e Oliveira, 2008)

1º trimestre: EER = EER da mulher adulta + 0 (energia de

deposição na gravidez)

2º trimestre: EER = EER da mulher adulta + 160 kcal (8

kcal/semana x 20 semanas) + 180 kcal

3º trimestre: EER = EER da mulher adulta + 272 kcal (8

kcal/ semana x 34 semanas) + 180 kcal

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EER na Lactação

(Costa e Oliveira, 2008)

São considerados nos primeiros 6 meses após o

parto:

• Energia de secreção do leite

• Perda de peso

.... Após os seis meses assume-se a estabilidade de

peso

(Costa e Oliveira, 2008)

Nos primeiros seis meses após o parto, uma

lactante bem nutrida perde cerca de 0,8 kg/mês, o

que é equivalente a 170 kcal/dia (6500 kcal/kg)

de perda de peso

EER para lactantes de 14 a 18 anos

de idade

(Costa e Oliveira, 2008)

1º semestre: EER = EER da adolescente + 500 – 170

(energia de secreção do leite – perda de peso)

2º semestre: EER = EER da adolescente + 400 - 0 kcal

(energia da secreção do leite – perda de peso)

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EER para lactantes de 19 a 50 anos

de idade

(Costa e Oliveira, 2008)

1º semestre: EER = EER da mulher adulta + 500 – 170

(energia de secreção do leite – perda de peso)

2º semestre: EER = EER da mulher adulta + 400 - 0 kcal

(energia da secreção do leite – perda de peso

• Sedentário: atividades diárias típicas (serviços domésticos,

pequenas caminhadas)

• Leve: atividades diárias típicas acrescidas de 30 a 60 min de

caminhada diária moderada

• Ativo: atividades diárias típicas acrescidas de 60 min de

caminhada diária moderada

• Muito ativo: atividades diárias típicas acrescidas de 60 min de

caminhada diária moderada + adicional de atividade intensa ou

120 min de atividade moderada.

Classificação do fator de atividade física

AMDR – Faixas de distribuição aceitáveis de macronutrientes

Faixa da ingestão de uma fonte energética em

particular (carboidratos, proteínas ou lipídios) a qual está

associada com risco reduzido de doenças crônicas e

ingestão adequada de nutrientes essenciais.

(Costa e Oliveira, 2008; Franceschini, Piori e Euclydes, 2005; Marchioni, Slater, Fisberg, 2004)

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AMDR – Carboidratos

• AMDR = 45- 65% do VET - ingestão acentuada de carboidratos ou

lipídios aumenta o risco de doenças cardiovasculares, obesidade e

diabetes

• RDA- 130g/dia para adultos, baseado na quantidade MÍNIMA média

de glicose utilizada pelo cérebro

• Ingestões medianas são de 200- 330g/dia para homens e de 180-

230g/dia para mulheres(IOM, 2002)

A - Carboidrato Total

AMDR – Carboidratos

• Não está definido a UL para açúcares totais ou de adição, mas é

sugerido um nível de ingestão máximo de 25% ou menos de energia

proveniente de açúcares de adição

• Ingestão média observada da população é de 15,7%

(IOM, 2002)

A - Açucares

Fibras

• Não está definido AMDR

• Não está definido UL

• AI para fibra total: 38g/dia homens e 25g/dia mulheres com

idades de 19- 50 anos

• AIs são menores para indivíduos mais jovens e mais velhos

(IOM, 2002)

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Fibras - AI

(IOM, 2002)

Estágio de Vida

Total de Fibras (g/dia)

Estágio de Vida Total de Fibras (g/dia)

Crianças Mulheres

0- 6 meses ND 9-13 anos 26

7- 12 meses ND 14-18 anos 26

1-3 anos 19 19-30 anos 25

4- 8 anos 25 31-50 anos 25

Homens 51-70 anos 21

9-13 anos 31 > 70anos 21

14-18 anos 38 Gestante

19-30 anos 38 14-18 anos 28

31-50 anos 38 19-30 anos 28

51-70 anos 30 31- 50 anos 28

>70anos 30 Lactação

14-18 anos 29

19-30 anos 29

31- 50 anos 29

AMDR – Proteína

• AMDR proteína: 10-35% da ingestão energética de adultos, objetiva

complementar as AMDR de gordura e carboidratos;

• RDA para homens e mulheres acima de 18 anos de idade é de

0,8g/kg/dia de proteína de boa qualidade.

(IOM, 2002)

AMDR – Lipídios Totais

• AMDR- 20- 35% do VET;

• Baseado em evidencias de alta ou baixa ingestão de lipídios podem

acarretar doenças cardiovasculares;

• Não foram estabelecidas AI, RDA, ou UL.

(IOM, 2002)

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AMDR – Faixas de Recomendação

(IOM, 2002)

Macronutrientes Crianças (1-3 anos) (%)

Crianças(4 -8 anos) (%)

Adultos(%)

Lipídios 30 - 40 25- 35 20 - 35

ω- 6 (α- linolênico) 5 - 10 5 - 10 5 - 10

ω- 3 (α- linolêico) 0,6 – 1,2 0,6 – 1,2 0,6 – 1,2

Carbodirato 45 - 65 45 - 65 45 – 65

Protéina 5- 20 10 - 30 10 - 35

AMDR

(IOM, 2002)

Macronutriente Recomendação

Colesterol Dietético A menor quantidade possível em dieta nutricionalmente adequada

Ácidos Graxos Trans A menor quantidade possível em dieta nutricionalmente adequada

Ácidos Graxos Saturados A menor quantidade possível em dieta nutricionalmente adequada

Açúcar de Adição Não ultrapassar 25% do valor energético total

Aplicação das DRIs

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Aplicações da DRIsA

V

A

L

I

A

Ç

Ã

O

Indivíduos População

EAR: utilizada para verificar a probabilidade da ingestão estar

inadequada

EAR: utilizada para estimar a prevalência de inadequação da

ingestão em uma população.

EER: utilizada para verificar a probabilidade de a ingestão

energética estar inadequada.

EER: utilizada para verificar a probabilidade de a ingestão energética

estar inadequada na população.

RDA: a ingestão de nutrientes a este nível ou próximo do mesmo possui

pouca probabilidade de estar inadequada.

RDA: NÃO É UTILIZADA.

AI: a ingestão de nutrientes a este nível ou próximo do mesmo possui

pouca probabilidade de estar inadequada.

AI: a ingestão de nutrientes a este nível ou próximo do mesmo possui

pouca probabilidade de estar inadequada.

UL: a ingestão acima da UL aumenta as chances de riscos adversos, devido

a ingestão excessiva de nutrientes.

UL: Utilizada para estimar o percentual da população em risco potencial de efeitos adversos devido a ingestão

excessiva de nutrientes.

Aplicações da DRIs

P

L

A

N

E

J

A

M

E

N

T

O

Indivíduos População

RDA: META para a ingestãoEAR: utilizada para planejar a

dieta com pequena probabilidade da ingestão inadequada

EER: utilizada para planejar a ingestão com pequena probabilidade da ingestão

inadequada

EER: utilizada para planejar a ingestão com pequena

probabilidade da ingestão inadequada

AI: META para a ingestão. Utilizada quando não possui

RDA

AI: Utilizada para planejar a ingestão quando não possui RDA

UL: utilizada como um guia para limitar a ingestão. A ingestão

crônica acima da UL aumenta os riscos de efeitos adversos

UL: utilizada planejar a ingestão. Com pequena probabilidade de

efeitos adversos

Aplicação das DRIs para

Indivíduos

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Atenção!!!

As DRIs não fornecem uma avaliação quantitativa precisa

da adequação de dietas e nem tão pouco podem ser

utilizadas para avaliar acuradamente o estado

nutricional

• Conhecimento da Necessidade INDIVIDUAL do nutriente

• Ingestão habitual do nutriente

Assim...

Como não é possível conhecer a exata necessidade do indivíduo em relação a um

determinado nutriente nem a ingestão habitual, se assume que:

� A EAR é a melhor forma de estimar as necessidades de um

indivíduo. Porém , como há variação intrapessoal nas necessidades,

o desvio padrão das necessidades indica o quanto a necessidade

individual de um nutriente pode se desviar da mediana da

necessidade (EAR) da população

� A média da ingestão observada é a melhor estimativa da ingestão

habitual do indivíduo. Porém, como a ingestão varia dia-a-dia, o

desvio padrão da variação intrapessoal é um indicador da magnitude

da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual.

Simplificando ...

A adequação da ingestão em relação às necessidades é diferença

entre a ingestão e a mediana da necessidade

D= Mi - EAR

Onde: D = diferençaMi = média da ingestão observada EAR = mediana da necessidade