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Curso de Formação em PPPs
Aula: Estratégias para financiamento de projetosAula: Estratégias para financiamento de projetos
Hiria e PPP BrasilNovembro de 2013
TOMAS ANKER
Agenda
1. Visão: Project Finance e PPPs
1. a. Diferenças com Corporate Finance
1. b. Conceitos que se aplicam às PPPs
2. Aspectos de estruturação: contrato de PPP e Concessão2. Aspectos de estruturação: contrato de PPP e Concessão
2.a. Os vários “elos”
2.b. Características essenciais
3. Aspectos de estruturação: financiamento de projetos
4. Aspectos de estruturação: garantias públicas
Project Financeee
PPPs
Histórico do Project Finance
- Nasce no Reino Unido na décadade 70- Expansão das plataformascontinentais de exploração de continentais de exploração de petróleo e gás- Altos investimentos e forma de mitigação de parte dos riscos do negócio
Project Finance x Corporate FinanceCORPORATE FINANCE
FinanciadorInvestidor
Receitas do projeto
dívida
Juros + principal
Garantias reais ou pessoais do investidor
Projeto
Cliente / Usuário
$$Bens ou serviços
do projetoRecursos para o projeto =
dívida + equity
O financiador não assume
riscos do projeto
Project Finance x Corporate Finance
FinanciadorInvestidor
Dividendos
EquityDívida
Juros
Garantias na fase de obra
Garantias reaisCessão de recebíveis
PROJECT FINANCE
Projeto=
SPE
Cliente / Usuário
$$Bens ou serviços
EquityJuros+
principal
Cessão de recebíveisSegurosCovenants
Conta vinculada
O financiador assume riscos
do projeto
Os 3 tipos de Project Finance
• Mix de garantias, com recursos geradospelo projeto, e também dos acionistas e
sponsors (ações, hipoteca, cash collateral, letter of credit)
Limited Recourse Mais comum
• Recursos gerados pelo projeto, e tambémgarantias convencionais dos acionistas e sponsors que cobrem a totalidade dos
recursos tomados em créditoFull Recourse
• Recursos unicamente gerados pelo projeto
• Os credores não acessam o patrimônio dos acionistas e sponsors do projetoNon Recourse Inexiste no Brasil
Características do Project Finance
Porte elevado
com necessi-
Investi-mento
separado
Previsi-bilidade de
fluxo de
Riscosbemnecessi-
dade de alavan-cagem
separadoem SPE
fluxo de caixa
bemalocados
Exemplos de Project FinancePLATAFORMA PETROLÍFERA
DE MARLIMNOVA DUTRA
PORTO PRIMAVERA USINA DE MACHADINHO
PPP é um Project Finance
Capital Próprio
Dívida
� Vinculação das receitas operacionaisfuturas do projeto:
� Redução das garantias corporativas� Completion é o grande risco
� Aporte em função do risco do projeto:� Equity: 20-40%� Equity: 20-40%� Debt: 80-60%
�Poder Público tem, potencialmente, interesse em maximizar a proporção dadívida:
� Funding do projeto se torna menos custoso� Tende a se refletir em menores custos (tarifa ou contraprestação)
� Importância de uma boa estruturação de riscos para não aumentar o spread bancário e, consequentemente, custos ao setor público ou ao usuáriodo serviço
PPPs: riscos precisam ser avaliados
RISCO DE CONSTRUÇÃO
- Risco para os financiadores de LP- Não materialização de receitas- Sponsors acessam primordialmenteBNDES
- Fundamental para viabilidade
CenáriosRISCO DE PAGAMENTO
DO GOVERNO
- Fundamental para viabilidade- Risco dos vários ciclos políticos de um projeto- Financiadores buscam o repagamentoda dívida com fluxo de receitas
RISCO POLÍTICO
- Contratos de PPP são de longo-prazo- Não reajuste da contraprestação outarifas, falhas na mensuração dos indicadores de desempenho, expropriação ou término antecipado de contrato
PPPs: Mitigação de risco político
Monitoramentodos indicadores
de desempenho
� Verificador independente em contrato� Resolução do Conflito: Comitês de Conciliação Técnica� Trustee, com autorização para ordem de pagamento após
verificador independente� Arbitragem
Reajuste de � Default contratual “linkado” ao acesso às garantias públicasReajuste de contraprestação
ou tarifário
� Default contratual “linkado” ao acesso às garantias públicas� Motivação para término do contrato e acesso às garantias
públicas
Expropriaçãoou términoantecipado
� Garantia pública para indenização por término antecipado
Aspectos da estruturação: contrato original de PPP oucontrato original de PPP ou
Concessão
Cronologia da estruturação
Contrato de Concessão
ou PPP
Licitação/ Adjudicação/
Homologação/ Contrato de
financiamentoConcessãoou PPP
Homologação/ Assinatura
financiamento
� Contrato de Concessão ou PPP precisa “adiantar” alguns dos elementos vitais aos bons termos de um contrato de financiamento
� Dificuldades pelas incertezas: quem ganha o contrato? Tem força financeira para buscar financiamento sem a necessidade de muitas garantias públicas?
Contrato de Concessãoou PPP
Diversos elos contratuais
Desafio de refletir sobre os
diversos elos
Contratode Cessãoou Penhor
Contrato de Financiamento
ContratoESA –
Equity Support
Agreement
Timings distintos
Os contratos, embora
separados, têm
interdependência
Cronologia da estruturação
Publicação de Edital e Contrato
Negociações intra-consórcios Formação de consórcios
Modelagem
Estudos Procedimento formal de licitação
Negociações para funding e operaçãoCredores analisam estudos de
viabilidadeRepagamento de dívida
Abertura de propostas
Constituição da SPEAssinatura de contrato e outorga da
concessão
Negociações intra-consórcios Formação de consórcios
Como selecionar bons parceiros privados?
PREÇO DEFINIÇÃO DE PREÇO �Características do projeto(abrangência, tamanho, riscos, mercado)
� Como definir o nível de qualidade, antes da assinatura do contrato?� Sinais de capacidade/proxy de qualidade
QUALIDADE
mercado) � Capacidade fiscal
LICITAÇÃO COMPETITIVA� Preços mais baixos, dado o nível de qualidade
Como selecionar bons parceiros privados?
Garantia de Execução do
contrato
Segurosdiversos
Sinais de capacidade financeira
Não prescinde da habilitação técnica
Garantia daProposta
(“bid bond”)
Indicadoresfinanceiros (PL mínimo, valor pregresso de investimento
similar, financiamento
obtidoanteriormente)
Integralizaçãode capital
contrato(“performance
bonds”)
Por quê escolher bons parceiros privados?
Contrato Longo Prazo
Medido e Medido e remunerado porIndicadores de Desempenho
Financiamentocom recursos de
terceirosConstrói e Opera
ReputaçãoPública
Estruturação: seleção de bons players
� O que geralmente é exigido nos editais?
Objetivo geral: selecionar bons players pela robustez econômico-financeira
1. Razoável integralização de capital: afungentar “aventureiros”, antecipação àsexigências de financiamento dos bancosexigências de financiamento dos bancos
2. Garantia de proposta (bid bond): diminuir a probabilidade de desistência à assinatura do contrato
3. Garantia de execução de contrato (performance bond): blindar o Poder Público de defaults contratuais
4. Patrimônio líquido mínimo do consórcio: trazer players com determinado porte
5. Seguros diversos: mitigar o Poder Público de uma série de riscos
Estruturação: garantia de execução
VALORCONSTRUÇÃO
REVERSÃO DOS BENS
� Calibrado para incentivar boa gestão e entrega, de acordo com as fases do projeto� Incentiva reversibilidade de bens em bom estado� Mensurado de acordo com opexe/ou capex e multas
TEMPO
OPERAÇÃO
REVERSÃO DOS BENS
Aspectos de financiamento de projetosprojetos
Financiamento
� Inexistência de Project Finance strito senso (non-recourse) no Brasil
� BNDES geralmente exige garantias corporativas dos sponsors durante fase de construção
� Contratos de ESA (Equity Support Agreement)– Exigência de aumento de patrimônio se houver construction cost overuns
� Contratos de financiamento corporativo do acionista
� Condições do BNDES:
� Tomador deve ser uma SPE
� Receitas são gravadas aos financiadores
� ICSD da fase operacional >=1.3
� PL deve ser no mínimo 20% do investimento total do projeto
Financiamento: outros quesitos
� Índice de Liquidez Corrente: mede capacidade de pagamento de curto prazo
� Exigível a Longo Prazo: mede dívidas de longo prazo, ou seja, com prazo superior a 1 ano
� Alavancagem financeira: mede o percentual de capital de terceiros, � Alavancagem financeira: mede o percentual de capital de terceiros, vis-à-vis capital próprio
� Projeto Greenfield?: risco de geração operacional de caixa pode ser maior
� Solidez financeira/experiência dos sponsors
� Riscos país, regulatório, político
Estudos balizam o fluxo de caixa
Estudo de demanda
� Receitas� Elasticidade-preço� Riscos e contingências
ESTUDOS BEM FEITOS SÃO
Plano Operacional
� OPEX� Riscos e contingências
Plano de Investimentos
� CAPEX� Riscos e contingências
ESTUDOS BEM FEITOS SÃO FUNDAMENTAIS PARA
FINANCIABILIDADE
REVELAM TIR, ÍNDICE DE COBERTURA DA DÍVIDA E
PRINCIPAIS RISCOS
Taxa Interna de Retorno (TIR)
� TIR: é a taxa que torna o Valor Presente Líquido (VPL) nulo.
� VPL=0: economicamente justo
� VPL>0: empreendedor tem lucros extraordinários
� VPL<0: empreendedor tem prejuízos
� TIR: remunera o parceiro pelos riscos do projeto – riscos de negócio, mercado, regulatório
� Os riscos não são constantes no tempo
� Questões acerca do reequilíbrio de contrato
VPL
TIR
Tx de desconto
Taxa Interna de Retorno (TIR)
Hurdle rate
WACC
CMPC� Governo Federal usaTIR de Projeto� Acionistas usam TIR de
TIR do Projeto
TIR do acionista
� Acionistas usam TIR de acionista, com premissasde alavancagem� WACC-CMPC, cotejadacom hurdle rates
Fluxo de projeto (não-alavancado) Fluxo de acionista (alavancado)0 1 2 3 4 5
DRE
Receita Bruta
(-) Tributos sobre a receita
Receita Líquida
(-) Despesas Operacionais
EBITDA
(-) Depreciação
(-) Despesas Financeiras
(+) Receitas de aplicação financeira
EBT
Resultado Antes de Impostos
0 1 2 3 4 5
DRE
Receita Bruta
(-) Tributos sobre a receita
Receita Líquida
(-) Despesas Operacionais
EBITDA
(-) Depreciação
(-) Despesas Financeiras
(+) Receitas de aplicação financeira
EBT
Resultado Antes de ImpostosNO FLUXO DE CAIXA DO PROJETO, SEM NO FLUXO DE CAIXA DO ACIONISTA, HÁ
Diferenças de fluxos de caixa e TIRs
Resultado Antes de Impostos
(-) IRPJ
(-) CSLL
Lucro Líquido
FLUXO DE CAIXA ACIONISTA
0 1 2 3 4 5
(+) Lucro Líquido
(+) Depreciação
(+/-) Variação de Capital de Giro
Fluxo Operacional X X X X X X
(-) Investimentos
(-) Reinvestimentos
Fluxo de Investimentos Y Y Y Y Y Y
(+) Dívida
(+/-) Juros recebidos/pagos
(+/-) Capital aportado ou retirados
(-) Distribuição de dividendos
Fluxo de Financiamento Z Z Z Z Z Z
FLUXO DE CAIXA FINAL X+Y+Z X+Y+Z X+Y+Z X+Y+Z X+Y+Z X+Y+Z
Resultado Antes de Impostos
(-) IRPJ
(-) CSLL
Lucro Líquido
FLUXO DE CAIXA ACIONISTA
0 1 2 3 4 5
(+) Lucro Líquido
(+) Depreciação
(+/-) Variação de Capital de Giro
Fluxo Operacional X X X X X X
(-) Investimentos
(-) Reinvestimentos
Fluxo de Investimentos Y Y Y Y Y Y
(+) Dívida
(+/-) Juros recebidos/pagos
(+/-) Capital aportado ou retirados
(-) Distribuição de dividendos
Fluxo de Financiamento Z Z Z Z Z Z
FLUXO DE CAIXA FINAL X+Y+Z X+Y+Z X+Y+Z X+Y+Z X+Y+Z X+Y+Z
NO FLUXO DE CAIXA DO PROJETO, SEM ALAVANCAGEM. PORTANTO: NÃO POSSUI DESPESAS FINANCEIRAS
NO FLUXO DE CAIXA DO ACIONISTA, HÁ ALAVANCAGEM (DEBT/EQUITY). PORTANTO:1. DESPESAS FINANCEIRAS2. TAX-SHIELD, EM QUE AS DESPESAS
FINANCEIRAS ABATEM DO LUCRO TRIBUTÁVEL
3. GERAM BENEFÍCIO FISCAL
Taxa Interna de Retorno (TIR)
Fluxo de CaixaLivre – Nãoalavancado
Fluxo de Caixado Acionista
Desconto:
Desconto:WACC-CMPC
do Acionista- Alavancado
Desconto:CAPM
CAPM: R ativo= R-free+ β x (R-mercado – R-free) + Risco país + Risco Regulatório
WACC/CMPC real: Fluxo de Caixa Real ********* WACC/CMPC nominal: Fluxo de Caixa Nominal
Mais comum: Fluxo de Caixa Real
Taxa Interna de Retorno (TIRp) = CMPC - WACC
Taxa Livre de Risco
Custo do Capital Próprio
CAPMCAPM
Custo do Capital de Terceiros
Custo financiamento do BNDES/ Multilateral
CMPCCMPC
Custo do Capital Próprio
Prêmio de Mercado
Beta (setor)
Risco País
Custo financiamento de banco comercial
Custo do Capital de Terceiros
CMPC Nominal (US$)
XX%
CMPC Real(R$) XX%
Inflação Brasil: XX% a.a.
TAX SHIELD
É o excedente de geração de caixa necessário para honrar o serviço da dívida firmado com um financiador. Mede a capacidade de pagamento do serviço da dívida pela empresa/projeto.
A) Geração de Caixa(+) EBITDA
Project Finance
O que olhar? Índice de Cobertura do Serviço da Dívida(ICSD)
ICSD =
(+) EBITDA(-) Imposto de Renda
(-) Contribuição Social(+/-) Variação de Capital de Giro
(B) Serviço da Dívida(+) Amortização de Principal
(+) Pagamento de Juros
e.g. BNDES:
1. Mínimo, faseoperacional, emtodos anos >= 1.3
2. Mínimo equity de 20%, geração de caixa pode contar
3. Receitas vinculadas
Fonte: Site do BNDES
Aspectos da estruturação: Aspectos da estruturação: garantias públicas
Exercício I: Governo da “Saúde Melhor”
- PPP: Hospital de 300 leitos, investimento de USD 50 MM em construção e equipamentos clínicos
- Atual gestão tem mais 3 anos
- Prazo do contrato de PPP: 10 anos- Prazo do contrato de PPP: 10 anos
- Prazo de financiamento: 6 anos
- O Banco XPERTO deseja financiar USD 35 MM (projectfinance), mas necessita garantias que não somente o fluxo de contraprestação
- O Banco não aceitas os equipamentos clínicos como garantia real
1. Quais são as garantias que o Estado pode oferecer ao Concessionário para que se oferece a um banco financiador?
Exercício II: Governo da “Saúde Melhor”
2. Qual é o melhor desenho?
3. Quais são os ativos públicos/financeiros a se oferecer?
Exercício III
Como estimaria essa garantia no contrato de PPP?
Perguntas
1. Serviço da dívida extrapola este ciclo1. Serviço da dívida extrapola este ciclopolítico- Qual é a probabilidade de riscono próximo ciclo político?
2. Qual é o tamanho da contraprestação vis-à-vis o serviço da dívida?
3. Qual é a liquidez da garantia?
4. Qual é a contestabilidade jurídica?
Quota-parte FPE, FPM, ICMS
AçõesRecebíveis
Garantias Públicas
LIQUIDEZ
ᵨ(qual, liq)>0
Conta Vinculada
Fundos Especiais(FIF,FIDC)
Fiança Bancária
Imóveis
QUALIDADE
Estrutura de garantias – Experiência Estadual (SP)Cia Paulista de Parcerias: empresa garantidora:� Sociedade de economia mista, com Conselho de Administração e Fiscal� Estrutura societária: majoritária Fazenda Estadual, minoritária COSESP
CPPContratar serviços Gestão
Apoiar e viabilizar a implementação do Programa de PPP
I. Gerir patrimônio serviços especializados
Operações financeiras
Gestão patrimonial
Atuar como facilitadora de projetos
I. Contrair empréstimos
II. Emitir títulos
III. Alienar onerosamente bens
IV. Participar do capital de outras
empresas
I. Prestar garantias
reais e fidejussórias
II. Contratar seguros
III. Celebrar convênios com outras
entidades estaduais
I. Gerir patrimônio
transferido pelo
Estado
II. Disponibilizar bens e
utilidades para o
Estado, mediante
pagamento adequado
Fonte: Apresentação da CPP, CEPAL
I. Estudos técnicos
II. Viabilidade
econômico-
financeira
III. Modelagem
de projetos
GOVERNO FEDERAL
BANCO DO BRASIL
Transferências do FPE (Fundo de Participação do Estado)
Lei Estadual
1. Mecanismo de pagamento diretoantes do Governo Estadual receber osrecursos do FPE2. Os excedentes não utilizados parapagamento das SPEs retornam aoCaixa do Estado3. Conta de titularidade do Desembahia, que não é AdministraçãoPública Direta
Estrutura de garantias – Experiência Estadual (BA)
FEDERAL BRASIL
SPEESTADO
ContraprestaçãoExcedente Conta de receitas
DESENBAHIA
12% do FPE1
2
34
Contrato
Pública Direta
PROJETO ESTRUTURA DE GARANTIA DA CONTRAPRESTAÇÃO
VALOR DO INVESTIMENTO E
INSTITUIÇÃO FINANCIADORA DO
PRIVADO1) PPP MG-050 CODEMIG garante conta garantia com 1
contraprestação, alimentada por fluxo de pagamentode royaties de exploração do minério de nióbio,durante todo o período de operação.
R$ 712 milhões / BNDES
Experiências brasileiras - Lista de Garantias
durante todo o período de operação.
2)PPP Linha 4 do metro de SP
CPP – Companhia Paulista de Parcerias garante opagamento das contraprestações
US$ 724 milhões / BID e BNDES
3) PPP Emissário Submarino Jaguaribe
Vinculação de recebíveis da EMBASA para a SPE emvolume superior ao valor da contraprestação segundoexigência do financiador
R$ 259 milhões / CEF
4) PPP Praia do Paiva Conta garantia com 12 contraprestações mensais,alimentada por 20% das transferências da CIDE para oGoverno de Pernambuco (travamento legal de fluxode pagamento, realimentando a conta sempre quehouver sua redução)
R$ 76 milhões /BNB
Fonte: Apresentação do Dr. Rogério Princhak, Gov do Estado da Bahia
Aspectos da estruturação: LógicaAspectos da estruturação: Lógicade contrato x Garantias Públicas
Estruturação de garantias
QUAL É O RISCO POLÍTICO?Durante o prazo do
contrato?Durante a amortização
da dívida?
GARANTIA DE FLUXO DE CONTRAPRESTAÇÃO
GARANTIA PARA EVENTOS DE EXTINÇÃO ANTECIPADA(Encampação, rescisão, anulação)I. Custeio (pessoal,
manutenção, insumos)II. TributosIII. Despesas financeiras
I. Indenização
QUAL É O NÍVEL DE LIQUIDEZ?
O default da contraprestação� Garantia de “fluxo”: Delimitar uma cobertura de 3-6 contraprestações mensais para fins de cobertura de pagamento da contraprestação
� Recursos líquidos (dinheiro, recebíveis, títulos públicos, fiança, seguro-garantia)
� Instrumentos possíveis:
A. Conta em agente-garantidor ou fiduciário, com ordem para executar a garantia em A. Conta em agente-garantidor ou fiduciário, com ordem para executar a garantia em favor da Concessionária: recebíveis ou dinheiro
B. Fundo financeiro exclusivo, com quotas líquidas, penhoradas, e empenháveis em caso de default
� Dar conforto ao financiador de que receberá amortização do principal e juros da dívida
� Contrato de financiamento pode dar senioridade ao financiador, no evento de default
A questão da extinção antecipada do contrato
� Lei de PPPs prevê a amortização dos ativos reversíveis no prazo do contrato
� Lei de Concessões prevê indenização dos ativos não amortizados/depreciados, no evento de extinção antecipada do contrato pelo Poder Concedente
� Os contratos são, muitas vezes, ausentes de cláusulas sobre como realizar indenização (contábil, patrimonial/reposição, ou financeiro?)
� Há problemas em cada um destes (contábil – assimetrias; patrimonial – reinvestimentos e produtividade; financeiro – premissas financeiras)
� Project Finance:
� O financiador toma “certo” nível de risco quanto ao recebimento das receitas e repagamento da dívida (principal + juros)
� Tanto quanto possível, minimizar as garantias corporativas para o projeto ficar mais “barato”, mais competitivo e com menos ônus em tarifas e contraprestação
A questão da extinção antecipada do contrato
Equity DívidaBens
Reversíveis
COMO ESTIMAR A INDENIZAÇÃO E “ESTIMÁ-LA” PARA A
GARANTIA PÚBLICA DO CONTRATO EM T0?
A questão da extinção antecipada do contrato
� A garantia pública para indenização por extinção de contrato é polêmica nos contratos. É necessária ou não para os financiadores e acionistas ?
� Não tem fórmula fechada. É caso-a-caso, a depender do perfil do projeto
� Cálculo de risco político do Poder Concedente (histórico de default, encampação, término antecipado)
� Quem é o sponsor?
� Ele tem condições de re-pagar a dívida a partir do evento?
� O acionista toma o risco, mas e o financiador, o que tem a ver com o risco do projeto?
� Financiador não obtém dividendos
� Financiador (a priori) não usufrui do upside no valor da SPE (à exceção de mezannine debt)
� A depender do risco político, o acionista não quer correr o risco
� Teste de mercado: licitação vazia
A questão da extinção antecipada do contrato
ATIVOS REVERSÍVEIS NÃO AMORTIZADOS
EXPOSIÇÃO DO 20 anos
Valor ativo reversível=Garantia
DívidaEXPOSIÇÃO DO ACIONISTA +
FINANCIADOR
EXPOSIÇÃO DO FINANCIADOR
20 anos
20 anos
Equity
20 anos
Dívida
Dívida=Garantia
“Caixa d’água”
Garantia no valor de 6 (seis) parcelasreferentes ao valor máximo de Contraprestação mensal referentes ao valor máximo de Contraprestação mensal
Destinada a assegurar: i) a recomposição imediata da garantiade que trata a subcláusula 34.1.1
ii) O pagamento das indenizações nahipótese de rescisão do Contrato
“Caixa d’água”
Garantia de Indenização
Ativos “menos líquidos”
Tempo para
Garantia de Fluxo
Se “secar”Ativos “mais líquidos”
Tempo paratornar “líquido”
Casos de Default contratual no Brasil
� Atos Unilaterais do Poder Concedentes
I. RODONORTE, no Paraná:
� Governador do Estado determinou por decreto reduzir tarifas de pedágio
� A Liminar obtida decidiu pela interrupção dos investimentos, e depois a questão foi resolvida e reajustada de acordo com o contratoquestão foi resolvida e reajustada de acordo com o contrato
II. VIALAGOS, no Rio de Janeiro:
� Governador decidiu por decreto reduzir tarifa de pedágio
�Obtenção de direito de manter a tarifa na Justiça
OBRIGADO !!
TOMAS ANKER5511 [email protected]
Essa apresentação tem finalidade meramente didática e reflete tão somente as visões e opiniões do autor, não representando necessariamente as visões e
opiniões da instituição a qual o autor se vincula