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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL Prof. LUIZ RODRIGUES Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000 www.pos.ajes.edu.br [email protected] Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático. De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98. 1 CURSO CURSO CURSO CURSO PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE NA INCLUSÃO SOCIAL DISCIPLINA DISCIPLINA DISCIPLINA DISCIPLINA LEGISLAÇÃO ESCOLAR: PÚBLICA E PRIVADA PROFESSOR PROFESSOR PROFESSOR PROFESSOR LUIZ RODRIGUES

372blica e Privada) - pos.ajes.edu.br · Período Pombalino (1760 - 1808) Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias, abrindo um enorme vazio que não foi

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CURSOCURSOCURSOCURSO PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE NA INCLUSÃO

SOCIAL

DISCIPLINADISCIPLINADISCIPLINADISCIPLINA LEGISLAÇÃO ESCOLAR: PÚBLICA E PRIVADA

PROFESSORPROFESSORPROFESSORPROFESSOR LUIZ RODRIGUES

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TEXTOS PARA ESTUDOS (ORG) Professor Luiz Rodrigues

História da Educação no Brasil –Políticas Públicas Período Jesuítico (1549 – 1759) A história da educação no Brasil começou em 1549 com a chegada dos primeiros padres jesuítas,

inaugurando uma fase que haveria de deixar marcas profundas na cultura e civilização do país. Movidos por intenso sentimento religioso de propagação da fé cristã, durante mais de 200 anos, os jesuítas foram praticamente os únicos educadores do Brasil. Embora tivessem fundado inúmeras escolas de ler, contar e escrever, a prioridade dos jesuítas foi sempre a escola secundária, grau do ensino onde eles organizaram uma rede de colégios reconhecida por sua qualidade, alguns dos quais chegaram mesmo a oferecer modalidades de estudos equivalentes ao nível superior.

Período Pombalino (1760 - 1808) Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias, abrindo um enorme vazio que não foi

preenchido nas décadas seguintes. Com a expulsão saíram do Brasil 124 jesuítas da Bahia, 53 de Pernambuco, 199 do Rio de Janeiro e 133 do Pará. A educação jesuítica não convinha aos interesses comerciais emanados por Pombal.

Pelo alvará de 28 de junho de 1759, ao mesmo tempo em que suprimia as escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias, Pombal criava as aulas régias de Latim, Grego e Retórica. Criou também a Diretoria de Estudos que só passou a funcionar após o seu afastamento. Cada aula régia era autônoma e isolada, com professor único e uma não se articulava com as outras.

Os professores geralmente não tinham preparação para a função, já que eram improvisados e mal pagos. Eram nomeados por indicação ou sob concordância de bispos e se tornavam "proprietários" vitalícios de suas aulas régias.

O resultado da decisão de Pombal foi que, no princípio do século XIX, a educação brasileira estava reduzida a praticamente nada. O sistema jesuítico foi desmantelado e nada que pudesse chegar próximo deles foi organizado para dar continuidade a um trabalho de educação.

Período Joanino (1808–1821) A mudança da Família Real, em 1808, permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para atender as

necessidades de sua estadia no Brasil, D. João VI abriu Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia. A educação, no entanto, continuou a ter uma importância secundária.

Período imperial (1822-1889) D. João VI volta a Portugal em 1821. Em 1822, seu filho D. Pedro I proclama a Independência do Brasil e,

em 1824, outorga a primeira Constituição brasileira. Em 1823, na tentativa de se suprir a falta de professores, institui-se o Método Lancaster, ou do "ensino

mútuo", pelo qual um aluno treinado (decurião) ensinava um grupo de 10 alunos (decúria) sob a rígida vigilância de um inspetor.

Em 1826, um Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e Academias. Em 1827 um projeto de lei propõe a criação de pedagogias em todas as cidades e vilas, além de prever o exame na seleção de professores, para nomeação. Propunha ainda a abertura de escolas para meninas.

Em 1834, o Ato Adicional à Constituição dispõe que as províncias passariam a ser responsáveis pela administração do ensino primário e secundário.

Em 1837, onde funcionava o Seminário de São Joaquim, na cidade do Rio de Janeiro, é criado o Colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o curso secundário. Efetivamente, o Colégio Pedro II não conseguiu se organizar até o fim do Império para atingir tal objetivo.

República Velha (1889-1929) A República proclamada adotou o modelo político estadunidense baseado no sistema presidencialista. Na

organização escolar percebe-se influência da filosofia positivista. A Reforma de Benjamin Constant tinha como princípios orientadores a liberdade e laicidade do ensino, como também a gratuidade da escola primária. Estes princípios seguiam a orientação do que estava estipulado na Constituição brasileira. Uma das intenções desta Reforma era transformar o ensino em formador de alunos para os cursos superiores e não apenas preparador. Outra intenção era substituir a predominância literária pela científica.

Num período complexo da História do Brasil surge a Reforma João Luiz Alves que introduz a cadeira de Moral e Cívica com a intenção de tentar combater os protestos estudantis contra o governo do presidente Artur Bernardes.

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Em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública e, em 1931, o governo provisório sanciona decretos organizando o ensino secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Em 1932 um grupo de educadores lança à nação o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados educadores da época. Em 1934, a nova Constituição (a segunda da República) dispõe, pela primeira vez, que a educação é direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos Poderes Públicos. Ainda em 1934, por iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a Universidade de São Paulo. Em 1935 o Secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a Universidade do Distrito Federal.

Estado Novo (1937-1945) Refletindo tendências fascistas, é outorgada uma nova Constituição em 1937]. A orientação político-

educacional para o mundo capitalista fica bem explícita em seu texto sugerindo a preparação de um maior contingente de mão-de-obra para as novas atividades abertas pelo mercado. Neste sentido a nova Constituição enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional. Por outro lado propõe que a arte, a ciência e o ensino sejam livres à iniciativa individual e à associação ou pessoas coletivas públicas e particulares, tirando do Estado o dever da educação. Mantém ainda a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário Também dispõe como obrigatório o ensino de trabalhos manuais em todas as escolas normais, primárias e secundárias.

Em 1942, por iniciativa do Ministro Gustavo Capanema, são reformados alguns ramos do ensino. Estas Reformas receberam o nome de Leis Orgânicas do Ensino, e são compostas por Decretos-lei que criam o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e valoriza o ensino profissionalizante.

O ensino ficou composto, neste período, por cinco anos de curso primário, quatro de curso ginasial e três de colegial, podendo ser na modalidade clássico ou científico.

República Nova (1946-1963) O fim do Estado Novo consubstanciou-se na adoção de uma nova Constituição de cunho liberal e

democrático. Esta nova Constituição, na área da Educação, determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino primário e dá competência à União para legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional. Além disso, a nova Constituição fez voltar o preceito de que a educação é direito de todos.

Ainda em 1946 o então Ministro Raul Leitão da Cunha regulamenta o Ensino Primário e o Ensino Normal, além de criar o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC, atendendo as mudanças exigidas pela sociedade após a Revolução de 1930. Baseado nas doutrinas emanadas pela Carta Magna de 1946, o Ministro Clemente Mariani, cria uma comissão com o objetivo de elaborar um anteprojeto de reforma geral da educação nacional.

Depois de 13 anos de acirradas discussões foi promulgada a Lei 4.024, em 20 de dezembro de 1961, sem a pujança do anteprojeto original, prevalecendo as reivindicações da Igreja Católica e dos donos de estabelecimentos particulares de ensino no confronto com os que defendiam o monopólio estatal para a oferta da educação aos brasileiros.

Em 1950, em Salvador, no estado da Bahia, Anísio Teixeira inaugura o Centro Popular de Educação (Centro Educacional Carneiro Ribeiro), dando início a sua idéia de escola-classe e escola-parque; em 1952, em Fortaleza, estado do Ceará, o educador Lauro de Oliveira Lima inicia uma didática baseada nas teorias científicas de Jean Piaget: o Método Psicogenético; em 1953, a educação passa a ser administrada por um Ministério próprio: o Ministério da Educação e Cultura; em 1961, tem início uma campanha de alfabetização, cuja didática, criada pelo pernambucano Paulo Freire, propunha alfabetizar em 40 horas adultos analfabetos; em 1962 é criado o Conselho Federal de Educação, que substitui o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação e, ainda em 1962, é criado o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e Cultura, inspirado no Método Paulo Freire.

Regime Militar (1964-1985) Em 1964, um golpe militar aborta todas as iniciativas de se revolucionar a educação brasileira, sob o

pretexto de que as propostas eram "comunizantes e subversivas". O Regime Militar espelhou na educação o caráter antidemocrático de sua proposta ideológica de governo:

professores foram presos e demitidos; universidades foram invadidas; estudantes foram presos e feridos, nos confronto com a polícia, e alguns foram mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores.

Neste período deu-se a grande expansão das universidades no Brasil. Para acabar com os "excedentes" (aqueles que tiravam notas suficientes para serem aprovados, mas não conseguiam vaga para estudar), foi criado o vestibular classificatório.

Para erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, aproveitando-se, em sua didática, do expurgado Método Paulo Freire.Entre denúncias de corrupção, acabou por ser extinto e, no seu lugar criou-se a Fundação Educar.

É instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1971. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante.

Nova República (1986-2003)

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A Constituição de 1988, promulgada após amplo movimento pela redemocratização do País, procurou introduzir inovações e compromissos, com destaque para a universalização do ensino fundamental e erradicação do analfabetismo.

O Projeto de Lei da nova LDB foi encaminhado à Câmara Federal, pelo Deputado Octávio Elisio em 1988. No ano seguinte o Deputado Jorge Hage envia a Câmara um substitutivo ao Projeto e, em 1992, o Senador Darcy Ribeiro apresenta um novo Projeto que acaba por ser aprovado em dezembro de 1996.

O Governo Collor de Mello, em 1990, lança o projeto de construção de Centros Integrados de Apoio à Criança - CIACs, em todo o Brasil.

A fase politicamente marcante na educação, foi o trabalho do Ministro Paulo Renato de Souza à frente do Ministério da Educação. Logo no início de sua gestão, através de uma Medida Provisória extinguiu o Conselho Federal de Educação e criou o Conselho Nacional de Educação, vinculado ao Ministério da Educação e Cultura.

A Classe docente no Brasil atual Ser professor hoje é uma tarefa bem difícil, mas prazerosa, pois ele precisa se dedicar, e muito, aos

estudos, a pesquisa, ao seu desenvolvimento profissional e aos seus alunos.A profissão docente é uma das mais difíceis, pois temos desafios todos os dias, como ensinar o aluno a pensar, a pesquisar, etc.

Poucas profissões, em todo o mundo, gozam de tanto prestígio junto à sociedade quanto os professores. Transmitir conhecimento, a crianças ou adultos, é tido como uma bela 'vocação' pela maioria das pessoas. Como toda a sociedade, porém, o trabalho realizado pelos docentes sofreu profundas alterações nos últimos anos. As bases para as transformações estão na própria evolução vivida no mundo. E não apenas tecnológica, mas também de comportamento, pedagógica, na administração do ensino, no comportamento dos alunos e no reconhecimento pelo trabalho.

A situação atual dos professores é semelhante ao século XVIII, em relação ao salário pago. O salário médio do professor brasileiro em início de carreira é o terceiro mais baixo em um total de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento comparados em um estudo da UNESCO.

"Segundo o estudo, apenas Peru e Indonésia pagam salários menores a seus professores no ensino primário - que equivale a 1ª à 6ª série do ensino fundamental - do que o Brasil. O resultado do Brasil melhora um pouco quando se compara os salários no topo da escala de professores do ensino médio. Nesse nível de ensino, há sete países que pagam salários mais baixos do que o Brasil, em um total de 38". (GOIS, 2009).

Com os baixos salários oferecidos no Brasil, poucos jovens acabam seguindo a carreira. Outro problema é que professores com alto nível de educação acabam deixando a profissão em busca de melhores salários. O Brasil é um dos países com o maior número de alunos por classe, o que prejudica o ensino, isto é, existem mais de 29 alunos por professor no Brasil.

Em outra situação, ser professor tem sido mais uma vivencia de dor do que de dom. A violência nas Escolas ultrapassou todos os limites. Os alunos em geral tem uma grande noção sobre os seus direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, dando-lhes a liberdade no ambiente escolar. No final a violência sobra para todos os membros da comunidade escolar. As pessoas não entendem que junto com o direito vem o dever da obrigação e do respeito humano. Porém nem os pais de alunos e muito menos os alunos entendem essa dinâmica social.

A lousa, o caderno, o lápis e a borracha, tão comuns à sala de aula, não é de hoje convivem com o porte de armas, a atuação de gangues e do tráfico de drogas, o furto e a agressão física e verbal.

Segundo a revista Veja (17 de Junho 2009), 46% dos professores dizem que sua maior dificuldade é conter a indisciplina e despertar a atenção dos alunos; 52% admitem atitudes agressivas com os estudantes, tendo sido irônicos ou rudes; 47% já sofreram agressões verbais na sala de aula e 11% chegaram a ser agredidos fisicamente.

A violência que ronda as escolas atinge todas as classes sociais, mas é mais presente nos bairros mais carentes. O motivo, segundo os especialistas, é a falta de estrutura familiar e a carência financeira e muitas vezes afetiva que levam a uma degradação dos valores morais e éticos que norteiam a sociedade.

Outra dificuldade que os professores encontram é que muitos destes são especialistas em uma área e lecionam em uma outra, devido a falta de professores.Ou seja, são professores que se formaram em outras áreas e estão nas salas de aula, ensinando coisas que não estudaram na graduação. A situação mais crítica é na disciplina de artes, seguida de geografia, matemática e língua estrangeira.

Embora o próprio governo tenha tomado iniciativas para melhorar o nível dos professores, os grandes agentes de transformação têm sido os próprios. A rotina vivida dentro da sala de aula tem levado os docentes a repensar métodos pedagógicos, instrumentos de ensino, uso de tecnologias e o relacionamento com os alunos.

Apesar de todos esses aspectos negativos que envolvem a classe docente, ser professor deve ser muito mais um dom que a própria dor. Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores. Os educadores, numa visão

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emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas.

O Corpo discente no Brasil O aluno é um agente social que leva para a escola uma série de experiências acumuladas em casa, no

trabalho, no clube, na igreja, etc. Essas experiências do cotidiano tornam o aluno capaz de reelaborar os conceitos emitidos pelo professor. É nessa contraposição entre a experiência do professor e a experiência do aluno que o conhecimento se faz. Ser aluno hoje é ser agente de elaboração do conhecimento e isso só acontece quando o aluno debate, exige do seu professor, quando o questiona.

Atualmente está sendo difícil concentrar o aluno em sala de aula com exercícios copiados da lousa, onde o aluno fica o tempo todo copiando, ouvindo o professor. O aluno vem com uma bagagem muito grande de conhecimento, principalmente no que diz respeito a novas tecnologias.

Alguns alunos de hoje não estão interessados em aprender e sim alcançar a média para passar de ano, pois aprender se tornou uma obrigação e não um desejo. Para outros, os alunos de hoje têm estabelecido compromisso com o aprendizado, isto que ele adquiriram o que por muitos anos lhes foram negado o direito de voz, hoje os alunos se expressam livremente, expõem suas opiniões, e isto faz com que os alunos tenha vontade de aprender existindo um compromisso com o seu aprendizado, visto que este se faze por intermédio do próprio aluno.

Há duas classes bem distintas em relação aos alunos de ensino Fundamental e Médio. Os alunos ricos e os alunos pobres. Os alunos ricos estudam na rede particular. Com certeza os filhos dos políticos, industriais, juristas, grandes comerciantes (nobreza e alta burguesia em geral) recebendo como de costume ensino de primeira qualidade, em escola de primeira qualidade, com professores de alto nível, para que o domínio desta "casta nacional" seja perpetuado. Enquanto isso, os alunos pobres (dominados e oprimidos), que estudam na rede pública. Os alunos pobres só querem estudar para "ser" alguém na vida, mesmo que "ser" alguém signifique ser usado e tratado como "coisa" para produzir "coisas", que acabam dando grandes lucros para os seus "proprietários".

Ao chegar ao Ensino Superior, acontece o reverso. O aluno que estudou em Escola Particular, por receber uma Educação, 'melhor', ou seja, uma didática tecnicista, se sobressai melhor que o aluno da Escola Publica nos vestibulares, e desta forma, permanece no ensino Superior em Universidades Publicas ou Federais, que possuem um melhor reconhecimento pelo ENADE. Enquanto as vagas nas Federais se esgotaram, resta ar ao aluno público as Faculdades Particulares, onde os vestibulares são mais fáceis e acessíveis.

O Aluno superior sofre muito também. Possuem falta de interesse, de motivação ou de comprometimento com a própria aprendizagem; passividade, individualismo. Interesse na nota e em passar de ano e/ou obter diploma; falta de disciplina, hábitos de estudo insuficientes. Também há fatores negativos referentes à escolaridade anterior: nível de conhecimento ou pré-requisitos insuficientes para acompanhar a graduação; dificuldade na interpretação, redação e leitura; dificuldade de raciocínio, falta de senso-crítico; falta de tempo para estudar, com pouco contato extraclasse e principalmente o aluno trabalhador.

Muito já se falou sobre a Educação no Brasil. A Educação em todas as suas dimensões é um desafio. Paulo Freire dizia que não se pode falar de Educação sem falar de amor. O Amor que é um sentimento próprio, terno, quebra paradigmas, barreiras e nos move para a construção de um mundo mais humano e educativo.

Desta maneira, a Educação no Brasil teve personagens ilustres, que souberam amar, e que fizeram ser o que é a Educação hoje, que vivenciamos que continuamos a vivenciar no dia-a-dia.

A formação do Brasil implica necessariamente na estruturação de nosso modelo de ensino porque desde os primeiros anos de nossa descoberta sofremos da falta de estrutura e investimento nessa área. Contudo, aparece o problema do modelo pedagógico adotado nos dias atuais. Neste aspecto ocorre uma polarização ou seja, as posturas mais adotadas em nosso país são justamente a pedagogia tradicional (método fonético) e a escola nova (construtivismo).

De um lado está a escola tradicional, aquela que dirige que modela, que é 'comprometida'; de outro está a escola nova, a verdadeira escola, a que não dirige, mas abre ao humano todas as suas possibilidades de ser. É portanto, 'descompromissada'. É o produzir contra o deixar ser; é a escola escravisadora contra a escola libertadora; é o compromisso dos tradicionais que deve ceder lugar à neutralidade dos jovens educadores esclarecidos

Aparentemente temos a impressão de que o grande problema de nossa deficiência educacional se resume a o problema da rigidez do modelo tradicional de ensino, mas ao aprofundarmos nossa investigação constáramos que a péssima qualidade de ensino presente nas escolas do Brasil acontece devido, em parte tanto a falta de estrutura educacional adequada como pela desestruturação das poucas bases presentes na pedagogia tradicional, causada pela critica dos escolanovistas, que acreditavam piamente que puramente pela crítica se atingiria uma melhoria no aprendizado.

A escola tradicional procurava ensinar e transmitia conhecimento, a escola nova estava preocupada em apenas considerara o aprender a aprender. A escola não pode e não deve continuar da mesma maneira, usando métodos tradicionais e alheios as novas mudanças.

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Mas a diferença entre a escola tradicional e nova, não o maior problema na Educação. Ela infelizmente não é prioridade no Brasil. Muitos recursos que chegam do governo não chegam a escola, ou se chegam, as obras ficam pela metade, impossibilitando o aluno a ter um pouco mais de conforto.

As divergências sociais são outro grande problema na Educação. Enquanto há Escolas modernas, com tecnologia adequada, há outras escolas com telhado de palha, bancos de madeira, sem conforto, sem merenda.

Estudar se transformou num sinônimo de decorar. O nível intelectual dos alunos hoje tem caído, razoes pela falta de interesse do aluno e/ou também pelo falta de motivação do professor, que sua razão está em seu pouco salário.

Apesar destes e de outros detalhes e pontos negativos de nossa Educação atual aqui no Brasil, o país teve e tem seus méritos no crescimento educacional, tais como a LDB, Fundeb, PCN, ProUni, entre outros, que fazem parte do utópico crescimento da Educação brasileira.

Níveis de Ensino De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação a educação no Brasil se divide em: Educação

Infantil ; Ensino Fundamental ; Ensino Médio ; Ensino Superior; Educação de Jovens e adultos (antigo supletivo) e Ensino Técnico.

Educação Infantil Considera-se como Educação infantil, o período de vida escolar em que se atende, pedagogicamente,

crianças com idade entre 0 e 6 anos (Brasil). Na Educação Infantil as crianças são estimuladas através de atividades lúdicas e jogos, a exercitar suas capacidades motoras, fazer descobertas, e iniciar o processo de letramento.

Ensino Fundamental Ensino fundamental é uma das etapas da educação básica no Brasil. Tem duração de nove anos, sendo a

matrícula obrigatória para todas as crianças com idade entre seis e 14 anos. Regulamentado por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em 1996, sua origem remonta ao Ensino de Primeiro Grau, que promoveu a fusão dos antigos curso primário (com quatro a cinco anos de duração), e do curso ginasial, com quatro anos de duração, este último considerado, até 1971, ensino secundário.

A duração obrigatória do Ensino Fundamental foi ampliada de oito para nove anos pelo Projeto de Lei nº 3.675/04, passando a abranger a Classe de Alfabetização (fase anterior à 1ª série, com matrícula obrigatória aos seis anos) que, até então, não fazia parte do ciclo obrigatório (a alfabetização na rede pública e em parte da rede particular era realizada normalmente na 1ª série). Lei posterior (11.114/05) ainda deu prazo até 2010 para estados e municípios se adaptarem.

Ensino Médio O Ensino Médio, antes denominado 2º Grau, é a etapa final da educação básica e tem como objetivos a

consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental e a preparação básica para o trabalho e para a cidadania. A carga horária mínima é de 800 (oitocentas) horas anuais ministradas em, no mínimo, 200 (duzentos) dias letivos.

O Ensino Médio está estruturado em três anos, com duração mínima de 2.400 horas. Tradicionalmente, na maior parte dos sistemas de ensino, o ensino médio é composto pelo ensino de Português junto com Literatura Brasileira e Portuguesa, de uma língua estrangeira moderna (tradicionalmente o Inglês ou o Francês e, mais recentemente, o Castelhano), das ciências naturais (Física, Química e Biologia), da Matemática, das ciências humanas (História e Geografia primariamente, Sociologia, Psicologia e Filosofia secundariamente), de Artes, de Informática e de Educação física.

Alguns Colégios da Polícia Militar do Estado da Bahia, tem em sua grade curricular a matéria de Direito e Legislação.

Ensino Superior Após a conclusão do ensino médio ou equivalente no Brasil, a educação superior é composta por cinco

modalidades: cursos seqüenciais; graduação (bacharelado e licenciatura); graduação tecnológica; pós-graduação e extensão.

Esses cinco tipos de cursos superiores são ministrados em instituições diversas, como as universidades, os centros universitários e as faculdades. Existem ainda outras denominações, como institutos superiores, escolas superiores e faculdades integradas, por exemplo.

As instituições de ensino superior são públicas ou privadas. As instituições públicas são criadas e mantidas pelo poder público nas três esferas - federal, estadual e municipal. As instituições privadas são criadas e mantidas por pessoas jurídicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos.

Educação de Jovens e adultos

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A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um sistema de ensino utilizado na rede pública no Brasil para a inclusão de jovens e adultos na educação formal. Em síntese, tem o propósito de desenvolver o ensino fundamental e médio com qualidade para aqueles que perderam a oportunidade de se escolarisar na época própria por arrimo ou por inadaptação.

No início dos anos 90, o segmento da EJA passou a incluir também as classes de alfabetização inicial. Ensino Técnico O Ensino Técnico é voltado para estudantes de ensino médio ou pessoas que já possuam este nível de

instrução. Pode ser realizado por qualquer instituição de ensino com autorização prévia das secretarias estaduais de educação. Seria um nivel intermediário entre o ensino médio e o ensino superior.

É dividido em três modalidades: Ensino técnico integrado (o aluno selecionado faz o curso técnico integrado ao ensino médio); Ensino técnico com concomitância externa (o aluno selecionado faz o curso técnico simultaneamente ao ensino médio cursado em outra instituição) e Educação profissional de ensino técnico subseqüente (o aluno aprovado no processo seletivo e portador do certificado de conclusão do ensino médio (antigo segundo grau) ou equivalente, pode iniciar o curso de nível técnico pretendido).

PCN Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN - são referências de qualidade para os Ensinos Fundamental

e Médio do país, elaboradas pelo Governo Federal. O objetivo é propiciar subsídios à elaboração e reelaboração do currículo, tendo em vista um projeto pedagógico em função da cidadania do aluno e uma escola em que se aprende mais e melhor.

Os PCN, como uma proposta inovadora e abrangente, expressam o empenho em criar novos laços entre ensino e sociedade e apresentar idéias do "que se quer ensinar", "como se quer ensinar" e "para que se quer ensinar". Os PCN não são uma coleção de regras e sim, um pilar para a transformação de objetivos, conteúdo e didática do ensino.

O objetivo dos PCN é garantir a todas as crianças e jovens brasileiros, mesmo em locais com condições socioeconômicas desfavoráveis, o direito de usufruir do conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania.

Os PCN estão divididos em três blocos: ·Ensino Fundamental – 1.ª a 4.ª série: Têm como objetivo estabelecer uma referência curricular e apoiar a

revisão e/ou elaboração da proposta curricular dos estados ou das escolas integrantes dos sistemas de ensino. Os PCN de 1.ª a 4.ª série estão divididos desta maneira: Introdução aos PCN; Língua Portuguesa; Matemática; Ciências Naturais; História e Geografia; História e Geografia; Arte; Educação Física; Temas Transversais — apresentação; Temas Transversais — Ética; Meio Ambiente; Saúde; Pluralidade Cultural e Orientação Sexual.

·Ensino Fundamental — 5.ª a 8.ª série: Estabelecem, para os sistemas de ensino, uma base nacional comum nos currículos e servem de eixo norteador na revisão ou elaboração da proposta curricular das escolas. É dividido desta maneira: Introdução aos PCN; Língua Portuguesa; Matemática; Ciências Naturais; Geografia; História; Arte; Educação Física; Língua Estrangeira; Temas Transversais — Apresentação; Temas Transversais — Ética; Temas Transversais — Pluralidade Cultural; Temas Transversais — Meio Ambiente; Temas Transversais — Saúde; Temas Transversais — Orientação Sexual; Temas Transversais — Trabalho e Consumo; Temas Transversais — Bibliografia.

·Ensino Médio: Os PCN para o Ensino Médio têm por objetivo auxiliar os educadores na reflexão sobre a prática diária em sala de aula e servir de apoio ao planejamento de aulas e ao desenvolvimento do currículo da escola. Os documentos estão assim apresentados: Bases Legais; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação Física, Arte e Informática); Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (Biologia, Física, Química, Matemática); Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Sociologia, Antropologia, Filosofia e Política).

De acordo com os PCN as práticas pedagógicas deveriam seguir uma linha mais sociável, em que a escola, professor, aluno se relacionassem de maneira a haver um intercâmbio de conhecimento entre esses eixos educacionais.

Os temas transversais, tópico bastante importante na proposta dos PCN, não são abordados da maneira recomendada pelo documento. O que se vê então é uma dificuldade na assimilação do conteúdo.

Dessa forma, o reflexo da não aplicação da proposta dos PCN implica em uma dificuldade da assimilação do conteúdo por parte dos alunos. O que caracteriza a decadência da educação no Brasil.

LDB Leis de Diretrizes e Bases É a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que define e regulariza o sistema de educação brasileiro

com base nos princípios presentes na Constituição. Ela situa-se abaixo da Constituição Federal e define as linhas mestras do ordenamento geral da Educação. É composta de quase 90 artigos.

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação veio em atendimento aos preceitos constitucionais e resultou de um longo processo de tramitação que se iniciou em 1988, ano em que foi promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil. Levou oito anos de tramitação no Congresso Nacional e, finalmente, em 20 de dezembro de 1996, ganhou o número 9394 e foi sancionada e promulgada.

Como Lei nacional de Educação traçou, dentre outras coisas, os princípios educativos, especificou os níveis e modalidades de ensino, regulou e regulamentou a estrutura e o funcionamento do sistema de ensino nacional. Ela envolve muitos interesses, interferindo tanto nas instituições públicas quanto privadas, abrangendo todos os aspectos da organização da Educação nacional.

Os primeiros artigos da LDB tratam da abrangência do termo Educação. Ela não é apenas da Escola, ela ocorre em todos os ambientes onde há aprendizado:

Artigo 1º - A Educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

Artigo 2º - A Educação, dever da Família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo par ao exercício da cidadania e sal qualificação para o trabalho. (Lei nº 9394-96 art. 1º e 2º).

A LDB representa um grande avanço para a Educação.Exige a valorização do educando e do educador, a valorização humana, e a importância do contexto familiar também dentro da Educação.

Como toda lei, a LDB esta longe de ser tudo de que se precisa para dar andamento a uma reforma educacional. O que significa que nem tudo o que ela traz foi implantado. Muitas diretrizes nem se quer foram efetivadas. As transformações propostas foram se dando aos poucos. Muitos artigos foram considerados sem sentido. Mas são incontáveis as variáveis que afetaram o processo educativo após a criação da LDB.

Analfabetismo No Brasil há um número muito elevado de analfabetos e pessoas que não conseguiram por alguma razão

concluir a escolaridade em tempo regular. O analfabetismo é uma realidade social que se deu na colonização do Brasil, quando os Portugueses trouxeram um novo estilo de vida, com muitas mudanças, começando pelo uso da língua, a partir daí os que antes habitavam no Brasil passaram a ser considerados analfabetos.

O analfabetismo no Brasil è causado por vários motivos, como a desigualdade social, pois a principio a educação era destinada somente para a elite e os menos favoráveis economicamente eram privados de estudar. Um outro fator não menos importante era a ausência de políticas publicas para a camada popular. E dentre estes há muitos outros fatores que ajudaram a promover o analfabetismo, como as condições econômicas, a cultura, as políticas pedagógicas, a questão da raça,crença, a relação familiar e muitas outras.

A taxa de analfabetismo prosseguiu na trajetória de queda no País em 2007, mas o Brasil ainda está atrás de países como Bolívia e Paraguai nesse indicador, relativa ao ano passado, divulgada hoje pelo IBGE.

Em 2007, havia 14,1 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais de idade no País, com taxa de analfabetismo de 10%, ante 10,4% em 2006. Em 1992, a taxa era de 17,2%. Apesar do novo recuo apurado na taxa no ano passado, o País continua muito aquém de outros países da América Latina. Segundo dados de projeção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para taxas de analfabetismo na América Latina em 2007, reunidos pelo IBGE, a taxa brasileira é superior à apurada em países como Bolívia (9,7%), Suriname (9,6%), Paraguai (6,3%), Argentina (2,4%) e Chile (3,5%), entre outros. Com taxas maiores que o Brasil estão outros sete países latino-americanos, como Haiti (37,9%), Guatemala (26,8%), Nicarágua (19,5%) e República Dominicana (10,9%). (IBGE, 2007)

Apesar de ainda existir um grande número de analfabetos, é possível mudar a realidade da nossa sociedade, o simples fato de uma parte dos analfabetos estarem freqüentando a escola, já é uma grande conquista, pois a partir do momento em que passam a estarem inseridos na escola, passam também a ter uma abertura no mundo cultual, econômico, social e político, possibilitando assim um Brasil melhor sem analfabetismo no futuro.

Governo e Educação O Brasil é considerado um dos menores países onde o Governo Federal investe na Educação. O Valor

investido no ensino fundamental nos EUA ou no Japão é quase nove vezes maior do que no Brasil, que está na 54ª posição pelo PISA – Programa internacional de avaliação dos estudantes. (NOCA ESCOLA, agosto de 2009).

A pesquisa também fala que os países mais bem colocados gastam uma quantidade maior de aluno do que o Brasil. O economista americano James Heckman diz que "...um país como o Brasil só conseguirá realmente alcançar altos índices de produtividade quando entender que é necessário mirar nos anos iniciais. Eles são decisivos par amoldar habilidades que servirão de base para que outras surjam" (VEJA, 10 de Junho de 2009).

Apesar de o Brasil, não investir muito na Educação, criou vários programas educacionais que facilitaram muitos jovens à chegar ao ensino superior e também em outros meios de aprendizado e programas para a avaliação dos estudantes.

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Enem e ProUni O Enem – Exame Nacional do Ensino Médio foi instituído em 1998 para ser aplicado, em caráter

voluntário, aos estudantes e egressos deste nível de ensino. Realizado anualmente, tem como objetivo principal avaliar o desempenho do aluno ao término da escolaridade básica, para aferir o desenvolvimento de competências fundamentais ao exercício pleno da cidadania.

O Enem também tem como objetivo ajudar no ProUni (Programa Universidade para todos), sendo que as pessoas que mais se destacarem poderão fazer o ProUni e ter a chance de ganhar uma bolsa de estudos do ensino superior

Enade O Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), criado em 2004 pelo MEC é um substituto do

antigo Provão, que compreende três instrumentos: a Avaliação das Instituições, dos Cursos e dos Estudantes. A principal diferença consiste no fato de, ao contrário da prova anterior, que avaliava anualmente todos os formandos de cursos universitários, o Enade avalia apenas uma amostragem de alunos iniciantes e concluintes de determinados cursos. Eles são escolhidos por sorteio.

SAEB e Prova Brasil O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) organiza levantamentos periódicos com o

objetivo de detectar o nível de desempenho dos alunos, identificando paralelamente os fatores associados a este desempenho. Ao SAEB, portanto, não cabe apenas apontar o que os alunos da escola brasileira sabem ou não sabem mas, também, detectar que variáveis do contexto interferem para que o desempenho ocorra de determinada maneira.

A Prova Brasil foi idealizada para produzir informações sobre o ensino oferecido por município e escola, individualmente, com o objetivo de auxiliar os governantes nas decisões e no direcionamento de recursos técnicos e financeiros, assim como a comunidade escolar no estabelecimento de metas e implantação de ações pedagógicas e administrativas, visando à melhoria da qualidade do ensino.

A partir das informações do Saeb e da Prova Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e municipais de Educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação no país e a redução das desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a correção de distorções e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e financeiros para áreas identificadas como prioritárias.

FUNDEF e FUNDEB O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério –

FUNDEF foi criada em 1996 e trouxe como inovação a mudança da estrutura de financiamento do ensino fundamental no País, pela subvinculação de uma parcela dos recursos destinados a esse nível de ensino. É um fundo instituído em cada Estado da Federação e no Distrito Federal, cujos recursos devem ser aplicados exclusivamente na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental público e na valorização de seu magistério.

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB é um fundo de natureza contábil. O FUNDEB substituiu o FUNDEF, que só previa recursos para o ensino fundamental. Os recursos do Fundo destinam-se a financiar a educação básica (creche, pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos)

FIES O Programa de Financiamento Estudantil - FIES é destinado a financiar a graduação no Ensino Superior

de estudantes que não têm condições de arcar com os custos de sua formação e estejam regularmente matriculados em instituições não gratuitas, cadastradas no Programa e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. Foi criada em 1999.

A partir de 2005, o FIES passou a conceder financiamento também aos bolsistas parciais, beneficiados com bolsa de 50%, do ProUni. Apenas para este público já foram realizadas mais de 4,6 mil contratações.

Ideb O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 para medir a qualidade de

cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e freqüente a sala de aula.

Família e Educação

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Como está escrito no início do art. 1º da LDB "A Educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar..." (Lei nº 9394-96 art. 1º). É na vida familiar que se dá o primeiro contato do cidadão com o mundo.

O exemplo materno e o paterno, a alimentação, os sons recebidos do mundo externo, os mitos que começam a se formar, os medos, as ambições, o aprendizado da linguagem.

Em seu lar a criança experimenta o primeiro contato social de sua vida, convivendo com sua família e os entes queridos. As pessoas que cuidam das crianças, em suas casas, naturalmente possuem laços afetivos e obrigações específicas, bem como diversas das obrigações dos educadores nas escolas. Porém, esses dois aspectos se complementam na formação do caráter e na educação de nossas crianças.

A participação dos pais na educação dos filhos deve ser constante e consciente. A vida familiar e escolar se completa.

"enfatizo ainda a relevância dos programas sociais que tenham foco nas famílias, de modo que elas consigam fornecer os incentivos certos num momento-chave. Iniciativas mínimas tem altíssimo impacto, como o hábito de conversar com os filhos o emprestar-lhes um livro" (VEJA, 10 de Junho de 2009 p. 24)

Torna-se necessária a parceria de todos para o bem-estar do educando. Cuidar e educarenvolve estudo, dedicação, cooperação, cumplicidade e, principalmente, amor de todos os responsáveis pelo processo, que é dinâmico e está sempre em evolução.

Os pais e educadores não podem perder de vista que, apesar das transformações pelas quais passa a família, esta continua sendo a primeira fonte de influência no comportamento, nas emoções e na ética da criança.

Desde cedo, os pais precisam transmitir à criança os seus valores, como, ética, cidadania, solidariedade, respeito ao próximo, auto-estima, respeito ao meio ambiente, enfim, pensamentos que leve essa criança a ser um adulto flexível, que saiba resolver problemas, que esteja aberto ao diálogo, às mudanças, às novas tecnologias.

A família deve acompanhar o aprendizado escolar de seus filhos, verificar a motivar as tarefas de casa que seus filhos recebem. Os pais também devem acompanhar e estar presente em atividades da escola, para que eles conheçam o ambiente escolar de seus filhos e conhecer seus professores.

Pais e professore devem unir forças, pois são mentores do aluno de hoje que será o continuar da sociedade de amanhã.

Referências Bibliográficas CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001. GOIS, Antonio. Para Unesco, Brasil paga pouco a professor. Disponível em: http://www.adur-

rj.org.br/5com/pop-up/unesco.htm. Acesso em 15 de Setembro de 2009. http://portal.mec.gov.br/index.php. Acesso em: 22 de Setembro de 2009. KLEIN, Ruben. Como está a Educação no Brasil? O que fazer? Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v14n51/a02v1451.pdf. Acesso em: 14 de Setembro de 2009. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm Acesso em: 21 de Setembro de 2009. NOVA ESCOLA. Grandes Pensadores. Ed. Especial. São Paulo: Abril, n. 25. TORRES, Mariana de Oliveira Fernandes. Educação Brasileira: Passado, Presente e Futuro O

Conhecimento Através de uma Abordagem Estratégica. Disponível em: http://www.pedagogia.com.br/artigos/educacaoobrasil/. Acesso em: 8 de Setembro de 2009

SISTEMA ESCOLAR BRASILEIRO José Augusto Dias Introdução

Em 1954, Querino Ribeiro apresentou a seguinte definição de sistema escolar: "Por sistema escolar se entende um

conjunto de escolas que, tomando o indivíduo desde quando, ainda na infância, pode ou precisa distanciar-se da

família, leva-o até que, alcançado o fim da adolescência ou a plena maturidade, tenha adquirido as condições

necessárias para definir-se e colocar-se socialmente, com responsabilidade econômica, civil e política."

O que esta definição tem de mais notável é o fato de não se deter no exame da estrutura do sistema escolar, para

focalizar, de preferência, os resultados do processo de escolarização. Esta abordagem está de acordo com aquela

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que veio a ser conhecida por análise de sistemas, que procura dar destaque à relação sistema-ambiente. Este é mais

um caso, dentre tantos outros, em que Querino Ribeiro foi capaz de antecipar-se aos conhecimentos de seu tempo.

Noção de Sistema Lalande assim define sistema: "Conjunto de elementos, materiais ou não, que dependem reciprocamente uns dos outros, de maneira a formar um

todo organizado.

Esta definição, que dá uma idéia da estrutura do sistema, apresentando-o como um todo formado de partes

interdependentes e harmônicas, tem sua atenção voltada para o interior do sistema, ignorando o que se passa à sua

volta.

Já a teoria de sistemas situa-o em um ambiente e analisa não somente o que se passa dentro do sistema, mas

também as trocas que se realizam entre o sistema e o ambiente. Do ponto de vista de sua relação com o meio

ambiente, o sistema pode ser fechado ou aberto. O sistema fechado apresenta fronteiras impermeáveis ao ambiente.

No sistema aberto existe um movimento de entrada e saída de elementos através das fronteiras. O sistema aberto

recebe do ambiente novos elementos, matéria-prima, energia, informações (inputs) e devolve ao ambiente produtos

do sistema (outputs). Informações sobre os produtos (feedback) podem constituir novos inputs para o sistema,

permitindo-lhe reajustar-se para corrigir eventuais falhas.

Na realidade, não podem existir sistemas absolutamente fechados, nem completamente abertos. Um sistema

absolutamente fechado tenderia inexoravelmente para a destruição (entropia), por não conseguir renovar-se. Um

sistema completamente aberto, em que elementos do ambiente entrem e saiam livremente, já não seria um sistema,

por n

conseguir manter um mínimo de organização. Por esta razão, o sistema aberto sempre dispõe de um subsistema de

fronteira, que lhe permite selecionar os inputs e os outputs. Assim, em uma escola, o vestibular, por exemplo, define

quem pode entrar e os exames finais estabelecem quem tem o direito de sair com um diploma.

O sistema aberto orienta-se no sentido de consecução de objetivo. São de especial interesse para os estudos de

Administração os sistema abertos denominados organizações, as quais são constituídas com objetivos bem

definidos, tais como o de produzir automóveis, proporcionam tratamento de saúde, ou educar.

Supersistema e subsistema: Em geral, o sistema está contido der de um sistema mais amplo, que é o seu

Supersistema: a escola contida no sistema escolar e este, por sua vez, na sociedade. Por o lado, o sistema é

constituído de partes que também são sistemas menor magnitude: os subsistemas (de fronteira, de produção, de d

são, etc.). Em uma escola, a sala de aula é um subsistema de produção porque é nela que se realizam as atividades

técnicas de ensino/aprendizagem.

Sistema Escolar O sistema escolar é um sistema aberto, que tem por objetivo proporcionar educação. A rigor, ele cuida de um aspecto especial da educação, ao que se poderia chamar escolarização. A educação proporcionada pela escola assume um caráter intencional e sistemático, que especial relevo ao desenvolvimento intelectual, sem contudo descuidar de outros aspectos, tais como o físico, o emocional, o moral, o social. Originariamente a escola foi criada para cuidar do desenvolvimento intelectual, vendo-se forçada a atender aos demais aspectos da educação, por razões de ordem social - a sociedade vem exigindo sempre mais da escola - e por razões de ordem lógica - a educação é um processo integral, não podendo desenvolver-se em setores isolados.

Mas a educação entendida em seu sentido pleno realiza-se através de uma multiplicidade de agências sociais e

não apenas através da escola. Por esta razão, parece-nos conveniente, para fins de exposição, denominar

escolarização a educação dada na escola. Por isso mesmo, preferimos dizer sistema escolar, a sistema de ensino ou

sistema de educação. Sistema de educação é expressão ampla demais; confunde-se com a própria sociedade, pois

teria de englobar todas as agências sociais que educam: família, clubes, empresas, grupos informais, pessoas,

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escolas etc. Sistema de ensino seria expressão com amplitude intermediária e teria de abranger, além das escolas

também outras instituições e pessoas que se dedicam à educação sistemática: catequistas, professores particulares

etc. Sistema escolar compreende uma rede de escolas e sua estrutura de sustentação.

Na verdade, não existe muita consistência no uso destas expressões e todas têm sido empregadas para

designar a mesma realidade. A nosso ver, sistema escolar" é a expressão mais adequada e é a que adotamos neste

trabalho. Fica, no entanto, a ressalva de que "sistema de ensino" é a forma que tem recebido maior número de

adeptos e a que tem sido consagrada na legislação, inclusive na Lei nº 9394/96.

Modelo de Sistema Escolar

Em relação ao sistema escolar, a sociedade é um Supersistema. O sistema escolar recebe da sociedade uma

multiplicidade de elementos (inputs) e devolve a ela os produtos de sua atuação (outputs). A Figura 1 mostra um

modelo de sistema escolar inserido em seu Supersistema, que é a sociedade.

Contribuições da Sociedade para o Sistema Escolar Objetivos: Todo sistema escolar é montado para cumprir uma função social. Portanto, cabe à sociedade por seus

órgãos legítimos de decisão, estabelecer os objetivos a serem buscados, que devem ser a expressão dos anseios,

das aspirações, dos valores e das tradições da própria sociedade.

Conteúdo cultural: A sociedade possui um cabedal de conhecimentos, adquiridos no transcorrer de sua história, e

que nos dias atuais se caracteriza por um extremo dinamismo e vertiginosa expansão. Novas descobertas científicas

e novas conquistas da tecnologia vêm transformando quase diariamente a face do mundo. Da massa de conheci-

mentos que possui a sociedade, o sistema escolar retira o conteúdo de seus currículos e programas. Por outro lado,

a atuação do sistema escolar, principalmente através de pesquisas de professores e alunos, contribui para

incremento dos conhecimentos.

Recursos humanos: A fim de poder funcionar, o sistema escolar precisa da colaboração de pessoas com diferentes

graus e tipos de qualificação (administradores escolares, professores, técnicos, pessoal auxiliar). E da sociedade que

o sistema escolar retira estes recursos humanos, que devem atender às exigências estabelecidas pelo subsistema de

fronteira (seleção de pessoal).

Recursos financeiros: No mundo moderno, os sistemas escolares são organizações de enormes proporções,

absorvendo considerável parcela dos orçamentos públicos e particulares. Os recursos financeiros injetados no

sistema escolar constituem elemento indispensável ao seu funcionamento e tendem a crescer, mesmo em termos

percentuais, pois os sistemas escolares, principalmente nos países em desenvolvimento, ainda não alcançaram

pleno atendimento da população, quer do ponto de vista quantitativo, quer do qualitativo.

Recursos materiais: A indústria produz uma multiplicidade de artigos que são necessários ao sistema escolar -

material didático, mobiliário, artigos de escritório, artigos para manutenção e limpeza. Nos últimos anos vimos

assistindo a um extraordinário avanço da tecnologia do ensino, especialmente com a utilização dos recursos da

informática. A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação admite o ensino a distância. Esta abertura da lei,

combinada com os novos recursos da informática (inclusive Internet) provocarão, provavelmente, notáveis trans-

formações nos sistemas escolares.

Alunos: Eis um truísmo: os sistemas escolares existem porque existem alunos. O atual gigantismo dos sistemas

escolares resulta, dentre outros fatores, da pressão exercida pela população no sentido da ampliação das

oportunidades educacionais. O ingresso de alunos nos sistemas escolares vem-se dando em proporções

progressivamente maiores. Segundo dados recentes, o atendimento da população brasileira no ensino fundamental

está chegando a sua plenitude. No entanto, ainda há espaço para crescimento.

Contribuição do Sistema Escolar para a Sociedade

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Melhoria do nível cultural da população: Na medida em que aumenta o número de egressos das escolas, cresce a

média de escolaridade da população, bem como se modifica seu estilo de vida, com o aparecimento de novos

interesses, valores e novas aspirações. Disso resulta uma potencialidade mais alta da população em todos os

aspectos da vida social.

Aperfeiçoamento individual: O indivíduo de maior escolaridade adquire a capacidade para uma vida mais

significativa e dinâmica, com uma visão mais ampla do mundo. Portanto, também do ponto de vista de cada

indivíduo, o sistema escolar tem uma contribuição decisiva, como fonte de capacitação para uma vida mais plena,

para maior realização pessoal.

Formação de recursos humanos: No mundo atual, assume caráter de grande significação a contribuição do

sistema escolar para o mercado de trabalho, através da qualificação de trabalhadores para os vários setores da

economia. O crescimento econômico exige sempre maiores proporções de pessoas com variados níveis de

qualificação. A educação pode ser considerada como um investimento de alta rentabilidade, individual e social,

justamente porque o crescimento econômico depende da existência de recursos humanos apropriados e, por outro

lado, quanto melhor a preparação das pessoas, melhores são suas oportunidades de trabalho.

Resultados de pesquisas: Uma considerável proporção das atividades de pesquisas é realizada dentro das

universidades, onde professores e alunos se empenham em investigações nos mais variados campos do co-

nhecimento. No ensino superior a pesquisa é considerada como atividade inerente ao exercício do magistério. Muitas

das contribuições importantes para a sociedade no campo do conhecimento científico provêm da atuação de

professores universitários. Estrutura do Sistema Escolar

O sistema escolar compreende uma rede de escolas e uma estrutura de sustentação.

Rede de escolas: Em um sistema escolar, a rede de escolas constitui seu subsistema de produção, ou seja, é o

subsistema que se dedica à atividade-fim do sistema. A rede de escolas distribui-se dentro de uma estrutura didática,

que tem duas dimensões:

a) Dimensão vertical: graus de ensino. Ao longo desta dimensão, as escolas vão-se diversificando para

acompanhar o crescimento biológico e psicológico dos alunos. Quando ainda muito pequeno, o aluno freqüenta

as chamadas escolas de educação infantil. Por volta dos seis ou sete anos começa sua escolaridade obrigatória

e, conforme foi crescendo, vai passando para escolas de maior complexidade quanto ao conteúdo da

aprendizagem.

b) Dimensão horizontal: modalidades do ensino. Ao longo desta dimensão, as escolas assumem diferentes

modalidades para atender

a aspectos psicológicos dos alunos (interesse, vocação, habilidade)

e a necessidades sociais (formação de técnicos e profissionais para

os diferentes setores da economia).

A estrutura didática do sistema escolar brasileiro constitui assunto de outro capítulo deste livro (Cap. 7).

Estrutura da sustentação: Constitui a estrutura administrativa do sistema escolar. Ela apresenta: elementos não-

materiais, entidades mantenedoras, administração.

Elementos não-materiais:

•••• Normas:

Disposições legais: Constituição, leis, decretos.

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Disposições regulamentares: regimentos, portarias, instruções.

Disposições consuetudinárias: ética, costumes, praxe.

• Metodologia do ensino

• Conteúdo do ensino: currículos e programas

•••• Entidades mantenedoras:

As escolas encontradas no sistema escolar podem ser mantidas pelas

seguintes entidades:

• Poder Público

+ Federal

+ Estadual + Municipal • Entidades particulares • Leigas • Confessionais • Entidades mistas: autarquias etc.

Administração:

Compreende os organismos que têm por finalidade a gestão do sistema escolar.

Sistema Escolar Brasileiro Seria difícil, talvez, justificar a existência de um sistema escolar brasileiro no sentido que Lalande dá à

palavra sistema. Há uma série dificuldades que debilita esta noção de sistema como "conjunto elementos que

formam um todo organizado": os defeitos de articulação entre os vários graus de ensino, a falta de equivalência real

entre várias modalidades de ensino, a multiplicidade de entidades mantenedoras de escolas e conseqüente

diversidade de orientação. Contudo, existem alguns fatores que contribuem para um sistema escolar brasileiro, a

saber:

• O fato óbvio de estarem as escolas localizadas dentro dos limites território nacional.

• O fato de o sistema escolar estar a serviço da cultura brasileira, maneira que escola e cultura se influenciam

mutuamente.

• O fato de o ensino ser dado na língua nacional.

• O fato de que todas as escolas estão sujeitas a uma legislação comum.

• O fato de existirem disposições legais que determinam, ao formalmente, a articulação entre os graus e a

equivalência modalidades de ensino.

Funcionamento do Sistema Escolar Brasileiro

Um sistema escolar que funcionasse em sua plenitude deveria ter as seguintes características:

a) Do ponto de vista das entradas para o sistema (inputs):

• Entrada de recursos financeiros em quantidade suficiente para manter o sistema em plena atividade.

• Recrutamento de pessoal em número e qualidade adequados para os diferentes postos.

• Admissão de alunos de maneira a que não houvesse falta, nem excesso de vagas, com atendimento de 100%

da clientela, na idade certa.

b) Do ponto de vista do processo:

• Currículos e programas constantemente atualizados, em função das necessidades individuais e sociais.

• Pessoal - em especial, pessoal docente - com qualificação adequada às suas atribuições.

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• Índices satisfatórios de desempenho dos estudantes, respeitadas as diferenças individuais. Ausências de

evasão e repetência.

c) Do ponto de vista das saídas do sistema (outputs):

• Formação de profissionais dos vários níveis em quantidades adequadas às necessidades sociais.

• Desenvolvimento cultural da população em nível suficiente para que cada indivíduo pudesse expressar-se,

oralmente ou por escrito, com fluência e elegância e usufruir nosso patrimônio artístico e cultural.

• Suficiente orientação individual no sentido do emprego dos próprios recursos para fruição de uma vida plena.

Um exame, ainda que superficial, de nossa realidade educacional levará à constatação de que vamos longe de

um funcionamento do sistema escolar que, de leve, se aproxime do quadro acima descrito. Não dispomos de

recursos financeiros suficientes (ao contrário, parece ser cada vez mais precária a situação financeira dos sistemas

escolares); os recursos existentes nem sempre são bem empregados; legiões de crianças (na zona rural e nos

grandes aglomerados urbanos) continuam sem possibilidade de freqüentar escola. Os currículos e programas não se

renovam com a velocidade necessária, o pessoal docente muitas vezes não tem a qualificação exigida. Há excesso

de evasão e repetência; não formamos os técnicos de que precisamos e formamos em excesso para determinadas

ocupações cujo mercado de trabalho está saturado.

Esta situação resulta de erros acumulados desde um passado distante, por falta de visão e planejamento, mas é

também reflexo de nossa condição de país em desenvolvimento. Na medida em que consigamos superar nossos

problemas de natureza econômica, ir-se-ão criando condições mais favoráveis para o aperfeiçoamento do sistema

escolar. Todavia, estamos diante de um circulo vicioso que precisa ser rompido. O crescimento da economia não

pode prescindir de um razoável aperfeiçoamento do desempenho do sistema escolar. Assim sendo, não podemos

ficar passivamente à espera de condições mais favoráveis, mas precisamos ajudar a criar estas condições,

procurando assim, uma participação ativa no processo de desenvolvimento, por intermédio de um esforço

considerável para melhorar o funcionamento do sistema escolar brasileiro.

Referência Bibliográfica

Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. São Paulo: Pioneira, 1998.Vários Autores. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA EDUCAÇÃO BÁSICA LOYDE A. FAUSTINI

Nosso objetivo aqui é apresentar, de forma geral e descritiva, a organização administrativa dos diversos

órgãos relacionados com a educação básica do sistema de ensino brasileiro e destacar suas funções. Analisaremos

uma realidade formal e legal, tal como se apresenta na legislação básica.

Primeiramente vejamos, em linhas gerais, como as organizações formam a sua estrutura administrativa. Todas as

instituições sociais são estabelecidas para realizar os objetivos a elas propostos pela sociedade. Por isso, para a sua

própria sobrevivência, elas têm de fazer prescrições e estabelecer regulamentos específicos, a fim de desenvolver e

orientar as atividades que se realizam no seu interior. Esses regulamentos e normas prescrevem atividades como:

distribuição de tarefas, exercício da autoridade e responsabilidade, assim como coordenação das diferentes funções

entre os diferentes órgãos que compõem a referida instituição. O conjunto de normas e regulamentos que são

sancionados pela autoridade suprema (presidente, governador etc.), na forma de leis, decretos, portarias e atos,

entre outros, passa então a constituir, descrever e a dar forma à estrutura administrativa da organização. Esta

estrutura administrativa é o que os teóricos da administração denominam de aspecto burocrático da organização.

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Prof. LUIZ RODRIGUES

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O sistema de educação escolar brasileiro, como instituição social, tem de realizar objetivos que lhe são

propostos pela sociedade. A educação básica, como parte integrante do sistema de ensino brasileiro, tem objetivos

específicos a cumprir em nossa sociedade atual. Assim, ao estudarmos a estrutura administrativa desse sistema - o

aspecto formal estabelecido pela legislação - não podemos deixar de falar em burocracia. Nesse sentido, burocracia

significa um tipo hierárquico de organização formal. Como a forma burocrática da organização tornou-se dominante

em todas as sociedades modernas da atualidade, o seu estudo tem merecido a atenção e o interesse dos estudiosos

e pesquisadores do campo das Ciências Sociais. Os mais variados tipos de organizações burocráticas já têm sido

analisados.

e conceito de burocracia foi primeiramente descrito pelo sociólogo alemão Max Weber, que estabeleceu as

características de urna organização burocrática formal, de tipo ideal. Na linguagem popular, burocracia passou a

significar administração ineficiente, rotinas, entraves nas repartições públicas. Na realidade, porém, ela deve ser

entendida como um termo técnico administrativo, sem conotação valorativa implícita.

Em uma burocracia, a autoridade é exercida por meio de um sistema de regulamentos e métodos, através da

posição oficial que os indivíduos ocupam dentro dessa organização. Tais posições são arranjadas em um

escalonamento de importância ou hierarquia, em que cada grau sucessivo abarca a autoridade daqueles que estão

imediatamente abaixo, isto é, há os que ocupam postos superiores e há os que ocupam postos inferiores ou

subordinados. Dentro dessa hierarquia formal existe uma estrutura de autoridade ou de comando denominada cadeia

de autoridade ou de comando. As atividades aí desenvolvidas obedecem a regras abstratas e claramente definidas.

Para cada contingência teoricamente possível existem normas e regulamentos que, além de dar estabilidade à

organização, determinam sua maior ou menor flexibilidade de ação.

Desde que Max Weber chamou a atenção pata esse tipo de organização formal, tem-se verificado que, na

prática, não há um tipo ideal de organização. No entanto, esses estudos teóricos têm servido de ponto de partida

para a análise das organizações formais existentes. Como veremos, a estrutura administrativa da educação básica

escolar é u exemplo típico de organização formal preconizada por Max Weber.

Níveis de Administração dos Sistemas de Ensino

Os sistemas de ensino brasileiro possuem uma rede de autoridade quer nos refiramos a todo o sistema escolar

de ensino do País, quer r detenhamos no nível de uma unidade escolar: há sempre uma hierarquia de autoridades e

de repartições, em seus diferentes níveis de ação" com suas funções claramente definidas. Por analogia, pode-se

comparar essa rede ou sistema hierárquico de autoridade com a figura de uma pirâmide, onde se coloca a autoridade

suprema no topo - e que é e número bem reduzido - e os subordinados nos diversos níveis da mesma - e que são em

número cada vez maior - até atingir as unidades escolares do sistema. Em cada um dos diferentes níveis existem

órgãos encarregados de administrar a educação escolar, em seus diferentes níveis e modalidades. No entanto,

devemos lembrar que não há uma subordinação stricto sensu dos órgãos e repartições estaduais e municipais aos

órgãos de administração federal. Em muitas áreas de ação específicas do ensino, a autoridade superior é delegada

aos órgãos regionais, estaduais ou municipais.

Administração de Nível Federal

Quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional se refere à administração do ensino no Brasil,

estabelece que o Ministério da Educação e do Desporto deverá

“ exercer as atribuições do poder publico federal cm matéria de educação, cabendo-lhe formular e avaliar a

política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino e velar pelo cumprimento das leis que o regem."

Mas, a expressão poder público pode abranger também as autoridades estaduais e municipais, nos limites de

suas respectivas áreas de ação e através dos órgãos previstos para darem cumprimento à lei.

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Ministério da Educação e do Desporto

O Ministério da Educação (MEC) tem sofrido uma série de transformações a fim de adequar seu sistema

administrativo à nova organização do ensino. E o que acontece atualmente.

A jurisdição maior sobre educação e ensino está entregue ao Ministério da Educação e do Desporto. Os

seguintes assuntos constituem áreas de sua competência:

• Política nacional de educação.

• Educação Pré-escolar.

• Educação em geral (exceto o ensino militar), compreendendo: + Ensino fundamental + Ensino médio + Ensino superior + Ensino supletivo + Educação tecnológica + Educação especial + Educação a distancia • Pesquisa educacional.

•••• Pesquisa e extensão universitária.

• Magistério.

•••• Coordenação de programas de atenção especial a crianças e adolescentes.

Para desenvolver as atividades relacionadas com essas diferentes áreas, MEC possui diversos órgãos

administrativos ligados diretamente ao ministro. À seguir, oferecemos uma rápida visão dessa estrutura orga-

nizacional, dando maior ênfase às competências daqueles órgãos relacionados com a educação básica. Administração de Nível Estadual Os estados e o Distrito Federal devem incumbir-se de organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino. Além da rede de escolas para o desenvolvimento da educação escolar, fazem parte integrante da administração de nível estadual: as Secretarias ou Departamentos de Educação, que desempenham funções eminentemente executivas, e os Conselhos Estaduais de Educação, cujas funções são especificamente normativas. Visto que a atuação administrativa da União é de natureza supletiva, o sistema de ensino brasileiro está descentralizado e é da responsabilidade dos órgãos e instituições estaduais autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, tanto os cursos das instituições de educação superior, como dos estabelecimentos do seu sistema de ensino.

Na estrutura administrativa dos Conselhos Estaduais, que dependem de leis estaduais, têm sido seguidas, em

linhas gerais, as características da organização do Conselho Nacional de Educação. A escolha dos conselheiros,

cujo número é variável, deve recair sobre representantes dos vários graus e modalidades de ensino e do magistério

oficial e particular. O conselheiro deve ser pessoa de notório saber e experiência em matéria de educação. Como os

conselhos estaduais são órgãos autônomos, outros critérios também têm presidido essa escolha, como se a

representação de associações de classe, do Poder Legislativo, das diversas regiões do estado, de instituições como

o SENAI e o SENAC e outras.

Os conselhos estaduais são também constituídos de Câmara de Educação Básica, Câmara de Educação

Superior e de comissões especiais, como as de planejamento, legislação e estudos e pesquisas.

Para a escolha do presidente, no entanto, os conselhos estaduais

têm estabelecido normas diferentes. Em alguns estados, o exercício da presidência do Conselho é da competência

do secretário da Educação. Como é o caso do Acre, Alagoas, Amazonas, Rio de Janeiro, Bahia e outros.

Em outros estados, porém, a escolha é feita por eleição dentre os conselheiros. E o caso de São Paulo, Paraná

e Mato Grosso, dentre outros.

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Neste caso, quando as deliberações dependem de homologação depende do secretário da Educação, o

Conselho pode aceitar ou rejeitar seus vetos. No exercício de suas atribuições, os Conselhos Estaduais seguem, em

linhas gerais, as mesmas do Conselho Nacional, em nível estadual, completando-lhe a competência, como órgão

normativo que é. Os Conselhos Estaduais têm as seguintes atribuições que podem se relacionar com o ensino

básico: estabelecer normas para o regimento interno dos estabelecimentos de ensino; relacionar as matérias da parte

diversificada do currículo, dentre as quais cada estabelecimento poderá escolher; aprovar os planos de estudo dos

estabelecimentos, cuja as matérias não tenham sido relacionadas pelo Conselho; estabelecer normas para o

tratamento especial de alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais, assim como os superdotados;

estabelecer critérios gerais para avaliar o aproveitamento dos estudos; baixar normas para a transferência de alunos

de um para outro estabelecimento; estabelecer o mínimo de freqüência necessária para considerar o aluno aprovado

quanto à assiduidade; aprovar, no regime de matrícula por disciplina, a conclusão, em dois anos, no mínimo, do

curso médio; baixar normas para cursos e exames de ensino supletivo; indicar os estabelecimentos que devem

realizar os exames supletivos; autorizar experiências pedagógicas, assegurando validade de estudos realizados. Aos

Conselhos Estaduais, cabe ainda aprovar os planos de educação dos respectivos estados, os quais devem estar em

consonância com as normas e critérios do planejamento nacional da Educação. Por isso, cabe aos Conselhos

Estaduais fixar normas para o emprego de recursos destinados à educação e concessão de auxílio e bolsas de

estudos.

As Secretarias da Educação de cada estado são os principais órgãos encarregados de pôr em execução a

política educacional, de acordo com as normas estabelecidas traçadas pelos respectivos Conselhos Estaduais. Estas

Secretarias possuem departamentos e setores especializados que cuidam dos problemas de cada nível e

modalidade de ensino. A educação básica é administrada por órgãos centrais e regionais, permitindo-se, assim, a

descentralização administrativa e a delegação de competências. Administração de Nível Municipal

Os municípios podem organizar seus próprios sistemas de ensino. Estes constituem-se das instituições de

ensino fundamental e médio municipais, das instituições de educação infantil privadas e dos órgãos municipais de

educação. Os sistemas municipais devem integrar-se as políticas e planos educacionais da União e dos estados. Os

municípios podem oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, mas a prioridade sempre deve ser o ensino

fundamental. No entanto, podem atuar em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente

as necessidades de ensino fundamental e os recursos estiverem acima dos percentuais mínimos estabelecidos pela

Constituição Federal para a manutenção e desenvolvimento dessa área de ensino. Devem, também, exercer ação

distributiva em relação às escolas, baixar normas complementares para seu sistema de ensino, além de autorizar,

credenciar e supervisionar as escolas de seu sistema de ensino. Os municípios podem, ainda, optar por se integrar

ao sistema do estado ou compor, com ele, um sistema único de educação básica, o que ainda acontece na maioria

deles.

Quanto ao ensino médio, como no Brasil não existe a tradição de se ministrar esse serviço no nível de

administração municipal, como acontece em alguns países, só ocasionalmente vamos encontrá-lo sob a

responsabilidade de municípios.

E ainda limitado o número de municípios que já instalaram seu Conselho Municipal de Educação. Na maioria

dos que já o instalaram, as experiências têm sido bem-sucedidas. O ensino médio, porém, pela sua própria natureza,

deverá ainda permanecer sob a supervisão dós estados.

Diante desse quadro rápido dos principais órgãos responsáveis pela educação escolar no Brasil, é fácil imaginar

a "complexidade de problemas relacionados com o dia-a-dia da escola: transferência de alunos, de um estado para

outro, ou mesmo de um país estrangeiro para o Brasil, o registro de professores qualificados, o aperfeiçoamento do

magistério, o registro das habilitações profissionais de nível médio e muitos outros que passam por diferentes esferas

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de ação desses órgãos acima analisados. Por isso, é necessário um grande entrosamento entre os diferentes setores

e seus níveis administrativos: Secretaria e Conselhos, nos níveis municipais e estaduais, e estes com os órgãos de

nível federal.

Observações Finais Como já dissemos no início, embora a estrutura administrativa de uma organização formal seja um ideal que não existe na prática, ela não deixa de servir de parâmetro para as ações que levam à consecução dos objetivos dessa organização. Com este ponto em mente, podemos exemplificar com o esforço de integração que existe na execução de tarefas específicas atribuídas aos diferentes níveis de administração da educação. Tomemos como exemplo o caso do Plano Nacional de Educação: a União deve elaborá-lo, subsidiada pelo Conselho Nacional de Educação, que deve acompanhar sua execução, em colaboração com os estados, o Distrito Federal e os municípios; os estados e o Distrito Federal devem incumbir-se de elaborar e executar políticas e planos educacionais em consonância com as diretrizes e planos nacionais, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus municípi-os; estes, por sua vez, devem incumbir-se de organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos estados. A filosofia da administração da educação no Brasil transformou-se bastante, em diversos aspectos, desde a

última legislação referente à educação. Mas, o que mais chama a atenção são os princípios da gestão democrática

subjacentes a todas as atribuições dos diferentes órgãos e níveis hierárquicos da organização. No nível da escola,

ênfase é dada à palavra participação tanto de profissionais da educação, como das comunidades local e da escola

na gestão da unidade escolar. No nível da União, dos estados e dos municípios, vemos a incumbência comum de

"autorizar, (...),credenciar, supervisionar (...) seus sistemas de ensino". Não mais inspecionar, fiscalizar, impor

regulamentos, numa relação de superior - subordinado, mas supervisionar, assessorar tecnicamente, acompanhar o

crescimento profissional dos participantes das atividades desenvolvidas, numa relação de colaboração, ajuda técnica

e cooperação. Referência Bibliográfica Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. São Paulo: Pioneira, 1998.Vários Autores. A ESTRUTURA DIDÁTICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA Roberto Moreira Introdução

A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, publicada no DOU de 23 de dezembro de 1996, que "Estabelece as

Diretrizes e Bases da Educação Nacional", diz em seu artigo final de nº 92:

“Revogam-se as disposições das Leis nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e 5.540, de 28 de novembro de 1968, não

alteradas pelas Leis n º 9.131, de 24 de novembro de 1995 e 9.192, de 21 de dezembro de 1995 e, ainda, as Leis n0~

5.692, de 11 de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as demais leis e decretos-lei que as modifica-

ram e quaisquer outras disposições em contrário."

Assim sendo, permanecem em vigor as disposições das Leis nº 9.1311 95 e 9.192/95. A primeira alterou

dispositivos da Lei nº 4.024/61 e tratou, fundamentalmente, da extinção do antigo Conselho Federal de Educação, da

constituição e competência do Conselho Nacional de Educação e da regulamentação das avaliações periódicas das

instituições e dos cursos de nível superior (o denominado “provão"). A segunda (9.192196) alterou dispositivos da Lei

n~ 5.540/68 que regulamentam o processo de escolha dos dirigentes universitários. Vale lembrar que a Lei n-0

5.540/68 fixava normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média e

dava outras providências.

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Nestes termos, exceto as disposições contidas nessas leis (9.131/ 95 e 9.192/95), todas as demais relativas à estrutura, organização e funcionamento do sistema educacional brasileiro foram revogadas pela Lei nº 9.394/96, inclusive as relativas à sua estrutura didática. Como conseqüência, deixam de vigorar os artigos remanescentes da Lei nº 4.024/61, a organização do ensino de 1º e 2º graus proposta pela Lei nº 5.692/71, alterada pela Lei nº 7.044/82, e todas as orientações sobre a reforma universitária ditadas pela Lei nº 5.540/68. Conceito de Estrutura Didática Com estas observações preliminares, focalizaremos a seguir a estrutura didática do Ensino Básico prevista na Lei nº

9.394/96. Desde logo, convém perguntar: O que se entende por estrutura didática? E, mais particularmente: O que se

entende por estrutura?

Esta tentativa de esclarecimento se faz necessária porque é indispensável usar um vocabulário que facilite a

compreensão do texto da lei e os desdobramentos possíveis advindos de sua regulamentação. Mas esta não é uma

tarefa fácil, pois o termo estrutura, como outros, tem sido objeto de muitos usos e interpretações em campos de dife-

rentes ciências. Assim, encontramos o seu emprego em diferentes campos do conhecimento, com significados

próprios, como, por exemplo, nas ciências humanas: estrutura social, familiar, econômica, administrativa e etária; nas

ciências físico-biológicas: estrutura atômica, orgânica e óssea; na psicologia: estrutura mental e da personalidade; na

engenharia: estrutura mecânica e arquitetônica; na lingüística: estrutura lingüística; além de muitos outros usos,

dependendo da ciência e do objeto que estamos focalizando. Mas nem sempre há consenso sobre o exato

significado do emprego do vocábulo.

Esta dificuldade é reconhecida pelos estudiosos do assunto, como ressaltou Roger Bastide:

“ Nenhuma ciência conseguiu realizar progressos substanciais sem dispor de um vocabulário técnico perfeito (...)

Entretanto as ciências humanas e, em especial, as ciências sociais, ainda não apresentaram esse vocabulário

técnico perfeito, indispensável aos seus fúturos progressos. Com efeito, apresentaram elas diversos vocabulários

técnicos, mas cada qual feito por um autor, fato este que vem impossibilitar o trabalho em comum (...) Eis o

motivo pelo qual, para a elaboração do Dicionário Terminológico das Ciências Sociais, patrocinado pela

UNESCO, reuniram-se em Paris, num Colóquio, especialistas em diversas ciências a fim de submeter pelo

menos uma destas palavras 'equivocas', ou seja, o termo estrutura, a uma crítica imparcial."1 Esse Colóquio, realizado em Paris em 1959, reuniu estudiosos de diferentes áreas do conhecimento, entre as quais da biologia, etnologia, economia, direito, psicologia e psicanálise. Na introdução do volume que apresentou essas contribuições, Roger Bastide registrou:

"Como podemos ver, a noção de 'estrutura' é uma noção fecunda, para as disciplinas que a usam, no sentido de

que este termo é uma palavra de ligação, uma destas palavras que, acima das divisões, procuram uma

unificação terminológica das diversas ciências do homem. "

Este é um assunto que poderia ser tratado mais amplamente, mas não é o momento apropriado, pelas

características deste escrito como parte de uma coletânea de temas mais amplos. Mas não é demais registrar que o

mesmo continua a despertar interesse e preocupação entre os estudiosos de educação; basta lembrar, entre nós, o

nível de consulta da obra Educação Brasileira: estrutura e sistema, de Dermeval Saviani,3 que discute, entre outros,

estes conceitos.

Interesse semelhante é demonstrado pelo estudo Conceituação de Sistema de Ensino, de Esther de Figueiredo

Ferraz, elaborado no mesmo ano da obra anterior. Nesse trabalho, a autora faz menção à preocupação manifestada

na reunião dos Secretários da Educação dos Estados e do Distrito Federal, realizada em Curitiba, de 10 a 14 de julho

de 1972, quanto à imprecisão do conceito de sistema de ensino e de suas conseqüências sobre a aplicação da

legislação educacional brasileira.

Assim sendo, cabe neste momento fazer referência a alguns aspectos conceituais. O vocábulo estrutura vem do

latim structura, originário do verbo struere. O Websters' New World Dictionary lhe dá, basicamente, os seguintes

sentidos: o modo de edificar, construir ou organizar; o arranjo ou inter-relação de todas as partes do todo; ou algo

composto de partes inter-relacionadas que formam um organismo ou uma organização.

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Recorrendo a uma fonte freqüentemente consultada, registramos que André Lalande assim define estrutura: "A. Disposição de partes que formam um todo, em oposição às suas funções. Diz-se particularmente: 1º, em Biologia, da constituição anatômica e histológica, por oposição aos fenômenos fisiológicos; 2º, em Psicologia, da combinação dos elementos que a vida mental manifesta, considerada de um ponto de vista relativamente estático: por exemplo, diferentes planos de consciência, ou da predominância destas ou daquelas formas intelectuais” B. Num sentido especial e novo, emprega-se, pelo contrário, para designar, por oposição a uma simples combinação de elementos, um todo formado de fenômenos solidários, tais que cada um depende dos outros e só pode ser o que é na e pela relação com eles.

C. Num sentido análogo ao precedente, orientação de conjunto que domina uma mentalidade e a organiza à volta

de uma idéia diretiva de valor.”

Gerard Durozoi e André Roussel assim definem estrutura: "Uma estrutura constitui um conjunto de elementos em que cada elemento só tem sentido pelas relações que mantém com os outros e em que a modificação de um único elemento acarreta uma modificação no conjunto."

Como vemos, apesar do esforço de delimitação, o termo estrutura não tem uma definição única, válida para todos

os autores; para uns e um somatório de partes e para outros supõe, também, uma relação funcional entre as partes.

Neste segundo sentido, o termo estrutura se confunde com o de sistema. Vale lembrar que André Lalande assim

define sistema: "Conjunto de elementos materiais ou não, que dependem reciprocamente um dos outros de maneira a formar um todo organizado."

Como podemos notar, este conceito se confunde com o de estrutura proposto por Durozoi e Roussel.

Na linha de preocupação com a distinção clara dos termos, Dermeval Saviani destaca que a característica

fundamental do ato de sistematizar é sua intencionalidade e chega à seguinte conceituação: "Sistema é a unidade de vários elementos intencionalmente reunidos, de modo a formar um conjunto coerente e operante”.

Diz, ainda: "O termo estrutura, da mesma forma que sistema, também se refere a um conjunto de elementos; por isso, muitas vezes, ambos são usados como sinônimos... Contudo, o que marca de maneira decisiva a distinção entre os dois termos é o fato de a noção de estrutura não preencher o requisito da intencionalidade."

Pelo exposto, os conceitos não são nitidamente distintos e o estudante ou estudioso do assunto pode se deparar

com proposições diferentes sobre a questão. Mas isto não será novidade. Diz Leônidas Hegenberg que o significado,

o sentido, a acepção de uma palavra dependem de acordo entre usuários de uma linguagem.

"Este acordo, ressalta Hegenberg, naturalmente, se alcança ao longo de períodos de tempo muito variáveis e

pode, também, alterar-se à medida que a linguagem se desenvolve e se transforma. A palavra possui significado

na medida em que existam convenções que estabeleçam seu significado. A convenção pode ser apresentada de

modo formal ou pode, ao contrário, resultar do uso. Quando a convenção que governa o emprego de uma

determinada palavra alcança certo estágio de desenvolvimento, uma definição pode fixar, de maneira explícita,

aquela convenção."

Essas observações são feitas a propósito, também, dos conceitos de educação e ensino que mais uma vez

aparecem no texto da Lei nº 9.394/96. Em seu

Artigo 1º a lei estabelece: "A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no

trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

§ 1º Esta lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em

instituições próprias”.

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Nesta conformidade os conceitos de educação e ensino diferem quanto à sua amplitude e abrangência. Assim, o

conceito de educação envolve todas as influências que o indivíduo recebe em sua vida, em diferentes instituições e

circunstâncias variadas. O conceito de ensino é mais restrito; é a educação escolar, que se desenvolve em

instituições próprias, ou seja, as escolas. Nestes termos, todo ensino é educação, mas nem toda educação é ensino

ou educação escolar.

Sendo assim, não são coincidentes os conceitos de sistema de educação e sistema de ensino. O primeiro

envolve a educação formal(desenvolvida nas escolas) e a educação não-formal (desenvolvida em outras instituições

e circunstâncias diversas da vida em sociedade);o segundo sistema de ensino diz respeito a penas à educação

escolar ou processo de escolarização.

Nessa perspectiva, sistema de ensino ou sistema escolar é o conjunto de escolas, de diferentes níveis, publicas e

particulares, leigas e confessionais, que obedecem a uma legislação comum e que, necessariamente, persegue

objetivos nacionais. Se considerado o sistema de ensino brasileiro, é um conjunto de escolas localizados em

território brasileiro( eventualmente localizadas em países estrangeiros), de diferentes níveis, publicas e particulares,

leigas e confessionais, vinculadas à cultura brasileira, que utilizam a língua nacional, funcionam sob a égide das

diretrizes constitucionais e leis nacionais e intencionalmente visam alcançar objetivos estatuídos para a nação

brasileira.

As escolas, de educação infantil à universidade, são unidades componentes desse sistema de ensino. Por essa

razão, mantêm uma relação estreita entre si, de tal forma que o funcionamento de uma afeta marcantemente o da

outra. Por exemplo, o bom funcionamento do ensino fundamental afeta diretamente a performance do ensino médio,

e o desempenho deste repercute diretamente nos resultados do ensino superior. E, sem dúvida, no caminho inverso,

o desempenho do ensino superior terá reflexos marcantes sobre a educação básica como um todo. Apenas para

justificar a afirmação, basta lembrar que o nível de qualidade das licenciaturas em cursos superiores é o

determinante mais relevante para o sucesso das ações nos ensinos fundamental e médio.

Para conceituar o que entendemos por estrutura didática, usaremos como referência a definição de Durozoi ~

Roussel, anteriormente citada. Assim, podemos dizer que a estrutura didática do sistema de ensino diz respeito ao

conjunto de instituições sociais - as escolas, de diferentes níveis e modalidades, responsáveis pela atividade-fim

denominada processo de ensino-aprendizagem. Esta atividade-fim da instituição escolar é intencional, sistematizada,

seqüencial em termos de conteúdo de aprendizagem, vinculada a outros níveis de ensino e orientada por fins e

objetivos previamente estabelecidos. Estruturas Didática e Administrativa

E preciso lembrar que as escolas, de forma semelhante às outras organizações, têm objetivos específicos a

serem atingidos. Assim, a indústria automobilística produz automóveis, a empresa agrícola alimentos, a organização

de comércio produz serviços de venda, e assim por diante. A escola, de todos os níveis, produz serviços de ensino; a

escola superior, em especial, deve, também, produzir pesquisa, gerar conhecimentos e realizar serviços de extensão

à comunidade. Estas são as atividades-fim destas organizações, ou seja, os seus objetivos finais. Assim, para a

escola, em resumo, a atividades-fim é o ensino-aprendizagem. Mas para que a atividade-fim de qualquer organização possa acontecer de maneira eficiente, é necessário que sejam desenvolvidas atividades de outra natureza, que dão apoio e suporte à concretização do objetivo último da organização. Estas são as denominadas atividades-meio da empresa, ou atividades administrativas. Exemplificando: uma indústria alimentícia, um estabelecimento bancário ou uma loja comercial de roupas precisam de pessoas para trabalhar; assim, as atividades de administração de pessoal (ou seja, recrutamento, seleção, treinamento, administração de salários, etc.) são atividades comuns às organizações citadas e se colocam nessas organizações como atividades-meio para a realização das atividades-fim, que nos casos citados são produção de alimentos, prestação de serviços hancário5 e vendas de roupas.

À semelhança das outras organizações, o sistema de ensino (e as escolas individualmente) precisa ter um

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suporte administrativo, uma estrutura administrativa, que sirva de sustentação e apoio para o desenvolvimento de

sua atividade-fim que é o ensino-aprendizagem. Para que o sistema de ensino funcione com eficiência, é

fundamental desenvolver as ações administrativas relacionadas ao planejamento, organização, execução,

coordenação e controle das áreas de pessoal, material, finanças, publicidade, sistemas de informação e outras mais.

E preciso que existam órgãos responsáveis por estas atividades, centralizados ou descentralizados, pois do contrário

as atividades-fim podem ficar comprometidas.

Nestes termos, o sistema de ensino e a unidade escolar compõem se basicamente de dois conjuntos de

atividades que continuamente se Inter-relacionam e exercem mútua influência, a saber, estrutura administrativa,

responsável pelas atividades-meio e estrutura didática, responsável pelas atividades-fim. Nesse livro, inseriu-se um

capítulo específico sobre A Estrutura Administrativa da Educação Básica, com seus órgãos, funções, competências e

legislação; por esta razão, a partir de agora, trataremos apenas da Estrutura Didática da Educação Básica prevista

na Lei nº 9.394/96.

Desde já, cabe ressaltar que a atividade-fim da escola - que é o processo ensino-aprendizagem que acontece em

sala de aula, ou em laboratório, ou mesmo em quadra de educação física, ou ainda em outra dependência escolar -,

mantém estreita relação com as questões administrativas gerais da escola e do sistema escolar, de tal forma que

nem sempre é possível fazer uma distinção clara entre atividade-fim e atividades-meio. A produção dos serviços de

ensino, que envolve o planejamento, a execução, a avaliação e o controle do processo de ensino-aprendizagem está

estreitamente relacionada à fixação dos fins que devem ser alcançados e ao uso dos meios necessários para o

desenvolvimento do citado processo. A Lei nº 9.394/96 alterou parcialmente a estrutura didática da educação

brasileira, em especial a da educação básica. Para que o estudante possa entender melhor o conjunto de mudanças,

é interessante retomar as estruturas anteriores, conforme as disposições contidas nas Leis nºs 4.024/61, 5.692/71 e

7.044/82. Estrutura Didática e Fins da Educação

Contudo, antes de analisar a estrutura didática proposta pela nova lei de educação, é fundamental ressaltar que a

atividade-fim da escola, o processo de ensino-aprendizagem, baseia-se em fins e objetivos que orientam a formação

do educando e que são estabelecidos a partir da Constituição brasileira. Estes princípios e objetivos constitucionais

devem obrigatoriamente ser seguidos nas leis educacionais e nos textos legais que a regulamentam. Dizendo de

outra forma, os fins e objetivos propostos pela Lei nº 9.394/96 não podem contrariar os princípios estatuídos na

Constituição. Esta diretriz, obviamente, é válida desde os atos administrativos do Ministério da Educação até o com-

portamento pedagógico do professor em sala de aula.

Com base nesta orientação, não é demais lembrar que a Constituição Federal (1988) estabeleceu, entre outros,

os seguintes princípios, válidos, necessariamente, para a educação básica:

“Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito

Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I. a soberania;

II. a cidadania;

III. a dignidade da pessoa humana;

IV os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V o pluralismo político

Parágrafo único - Todo o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,

nos termos desta Constituição.

Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I. Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

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II. garantir o desenvolvimento nacional;

III. erradicar a pobreza e a marginalizarão e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV. promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de

discriminação.

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos seguintes:

Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 210 - Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação bási~a

comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1º - O ensino religioso, de matricula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas

de ensino fundamental.

§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades

indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Desse modo, estes são os princípios constitucionais basilares que condicionam as propostas filosóficas e políticas

da educação nacional e, mais especificamente, a orientação didática para todos os níveis de ensino, contida na Lei

nº 9.394/96. A atividade-fim da escola, o ensino-aprendizagem, só tem sentido se buscar, perseguir e alcançar esses

fins nacionais. Consequentemente, os fins e objetivos propostos para o sistema educacional (e em especial para o

sistema de ensino), em seus diferentes níveis, devem necessariamente ser compatíveis e coerentes com os fins

propostos pela Constituição da República Federativa Brasileira. A Estrutura Didática Proposta pela Lei n 9.394/96

Como dissemos no início, com a promulgação da Lei nº 9.394/96, toda a estrutura didática do sistema de ensino

brasileiro foi alterada, sendo que em alguns aspectos de forma mais marcante que outros. Fundamentalmente, a

estrutura didática ditada pela nova lei passa a ter dois níveis: educação básica e educação superior. Textualmente,

diz o seu Artigo 21:

"Art. 21 - A educação escolar compõe-se de:

I. Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.

II. Educação superior"

Neste momento, passamos a considerar alguns aspectos mais relevantes da estrutura didática dá educação

básica. Composta por três níveis: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, tem finalidades específicas,

conforme diz o Artigo 22:

“A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável

para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores."

Estas finalidades devem ser cotejadas e analisadas, como dissemos anteriormente, à luz dos pressupostos

filosóficos e políticos contidos na Constituição Brasileira. Assim, todas as atividades de ensino-aprendizagem, em

todos os níveis de ensino, devera convergir para as finalidades constitucionalmente estabelecidas.

Se comparada à Lei nº 5.692/71, a nova LDB define mais precisamente o conceito de educação básica, incluindo

da educação infantil à educação média; esta já era uma tendência no pensamento pedagógico brasileiro. Tal como já

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havia sido consagrado pela Constituição Federal (1988), o ensino de 1º grau passa a denominar-se ensino

fundamental e o ensino de 2º grau denomina-se ensino médio. Educação Infantil

A educação infantil constitui-se no primeiro nível da educação básica; sua finalidade é o desenvolvimento integral da

criança até seis anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e da

comunidade, conforme reza o artigo 21 da nova lei; deve ser oferecida em dois níveis, nas seguintes instituições: "I. creches, ou unidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II. pré-escolas, para crianças de quatro a seis anos de idade."

Se comparada com a legislação anterior, podemos dizer que a educação infantil alcança significativo nível de

institucionalização, com a especificação de seus fins, níveis, sua avaliação e formação mínima dos docentes que

devem atuar nesse tipo de educação, ou seja, o Curso Normal. As Leis n.º 4.024/61 (artigos 23 e 24) e 5.692/71

(artigo 19, § 2º) faziam menções muito singelas à educação dos zero ou seis anos. Ensino Fundamental

O ensino fundamental, segundo nível da educação básica, de acordo com o artigo 32 da Lei 9.394/96, com duração

mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão,

mediante: "1. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do calculo;

II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em

que se fundamenta a sociedade; III. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social."

Para perseguir esse objetivo, as atividades4 didáticas do ensino fundamental, além dos requisitos já registrados,

devem ser executadas seguindo, entre outras, as seguintes regras, que não esgotam o elenco ditado pela Lei:

a) carga horária anual mínima de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo

trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;

b) o currículo deve ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e

estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da

sociedade, da cultura, da economia e da clientela;

c) é facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos;

d) o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da

aprendizagem ou em situações emergenciais;

e) a jornada escolar no ensino fundamental incluirá no mínimo quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula;

f) o ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de

ensino fundamental, e será oferecido sem ônus para os cofres públicos;

g) o ensino fundamental regular será ministrado em Língua Portuguesa, sendo asseguradas às comunidades

indígenas as suas línguas maternas;

h) a classificação do aluno em qualquer série poderá ser feita pela escola, mediante avaliação,

independentemente da escolarização anterior;

i) nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode contemplar

formas de progressão parcial;

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j) na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da 5~ série, o ensino de pelo

menos uma língua estrangeira moderna;

1) a avaliação do aluno, entre outros critérios, deve ser contínua e cumulativa quanto ao seu desempenho,

prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e o dos resultados ao longo do período sobre os

de eventuais provas finais.

Assim, devemos destacar que o ensino fundamental passa a ter uma duração mínima de oito anos e carga horária

anual mínima de oitocentas horas, distribuídas em pelo menos duzentos dias letivos, enquanto a Lei nº 5.692/71

fixava a duração de oito anos letivos, pelo menos 720 horas de atividades ao ano e no mínimo 180 dias letivos para o

ensino de 1º Grau.

Quando a lei diz que o ensino fundamental poderá ser desdobrado em ciclos, situação não prevista anteriormente

pela Lei nº 5.692/71, não está explicitado o momento dessa divisão; caberá regulamentação sobre o assunto. Ensino Médio

O ensino médio, conforme o artigo 35 da Lei n2 9.394/96, é a etapa final da educação básica, com duração mínima de

três anos e tera como finalidades: "I. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o

prosseguimento de estudos;

II. a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser

capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III.O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da

autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV. a compreensão dos fundamentos cientifico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria

com a prática, no ensino de cada disciplina. "

Estas são as finalidades que orientam e que devem ser perseguidas pelas atividades didáticas de todos os

componentes curriculares, da parte comum e da parte diversificada, em todas as séries do ensino médio. Estas

mesmas atividades didáticas (ou atividades-fim) do ensino médio devem, também, seguir regras estabelecidas pela

lei, entre as quais:

a) carga horária anual mínima de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo

trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;

b) o currículo deve ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e

estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da

sociedade, da cultura, da economia e da clientela;

c) a classificação em qualquer série ou etapa poderá ser feita independentemente de escolarização anterior,

mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e

permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de

ensino;

d) a verificação do rendimento escolar observará, entre outros, os critérios da avaliação contínua e cumulativa

dos alunos, a possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado e

obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo;

e) o currículo do ensino médio destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da

ciência, das letras e das artes; o processo de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa

como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;

f) os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal modo que ao final do

ensino médio o educando demonstre: domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a

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produção moderna; conhecimento das formas contemporâneas de linguagem; domínio dos conhecimentos

de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania;

g) o ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões

técnicas;

h) a preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional poderão ser desenvolvidas

nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas em

educação profissional;

i) no currículo do ensino médio será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória,

escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, de caráter optativo, dentro das disponibilidades da

instituição.

Assim, estas são algumas das regras principais que regulam as atividades didáticas do ensino médio e sua

observância é condição precípua para a consecução das finalidades propostas nos termos da lei.

Ainda que não seja o propósito neste momento tratar do detalhamento da orientação didática do ensino médio,

que é objeto de outro capítulo deste livro, cabe ressaltar que em suas finalidades a proposta da Lei nº 9.394/96 difere

do estatuto pela Lei nº 5.692/71, artigo 1º, em sua versão original, posteriormente modificada pela Lei nº 7.044/

82. A lei atual realça a necessidade da formação geral do educando como objetivo primeiro, embora não descarte

cuidar de sua profissionalização. E o que se pode depreender do estabelecido no § 2º do seu Artigo 36, que diz: "O ensino médio, atendido afirmação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas" (grifo nosso).

Este é um aspecto extremamente relevante na estruturação curricular do ensino médio, pois o ajustamento futuro

do indivíduo às mudanças estará muito mais na dependência de sua formação geral do que na informação técnica

específica.

O Educação de Jovens e Adultos A Lei n' 9.394/96, em seus artigos 37 e 38, também prevê que os jovens e adultos poderão concluir os ensinos fundamental e médio pela via dos cursos e exames supletivos, à semelhança do que prescrevia a Lei nº 5.692/71 para o ensino de 1º e 2º Graus. Contudo, para os exames supletivos alteram-se as idades mínimas; aos exames de conclusão do ensino fundamental poderão se inscrever os maiores de quinze anos e para o ensino médio os maiores de dezoito. Anteriormente, vigoravam as idades de dezoito anos para o Ensino de lº Grau e vinte e um para o de 2º Grau.

Assim, os cursos e exames supletivos continuam sendo uma alternativa ou modalidade de ensino para

prosseguimento de estudos e conclusão da educação básica.

Educação Profissional

Analisada do ponto de vista da estrutura didática do sistema escolar, a educação profissional, como é concebida no

Titulo V, Capítulo III (artigos 39 a 42) da Lei nº 9.394/96, não se coloca como um nível de ensino, mas como um tipo

de formação que permeia toda a vida do indivíduo em idade profissionalmente produtiva. Aqui está presente a idéia

da educação permanente ou da educação continuada, em que o indivíduo nunca encerra o seu aprendizado; ao

contrário, constrói, reconstrói, modifica e amplia continuamente a sua educação geral e formação profissional para

atender às pressões e condicionamentos de um mundo profissional em contínua mudança tecnológica.

Lembremos que o artigo 39 reza:

"A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia,

conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Parágrafo único. O aluno matriculado

ou egresso do ensino fundamental, médio e superior, bem como o trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará

com a possibilidade de acesso à educação profissional."

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Colocada nestes termos, a educação profissional não se limita ao conceito de educação escolar, mas se vincula

diretamente ao conceito de educação definido no artigo 1º da Lei n9 9.394/96. Em prosseguimento às diretrizes

ditadas para a educação profissional, estabelecem os artigos 40 e 41:

"Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes

estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho.

Art. 41.O conhecimento adquirido na educação profissional, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação,

reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos..." Estes artigos revelam o realce que se dá ao aprendizado via educação não-formal, não-escolar, em diferentes situações de aprendizagem, a ponto de possibilitar a sua equivalência com os graus escolares do sistema formal de ensino. Esta orientação é

válida para todos os níveis escolares e com ela tenta-se trazer para o sistema de ensino o comportamento de muitas

empresas, que não perguntam em que nível e área de conhecimento o indivíduo é diplomado, mas efetivamente o

que ele aprendeu e concretamente o que sabe pensar e fazer.

Na mesma linha de raciocínio, diz o artigo 42:

"Art. 42. As escolas técnicas e profissionais, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à

comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de

escolaridade."

Assim, à semelhança do que já fazem as universidades, em relação aos cursos de extensão oferecidos à

comunidade, as escolas técnicas e profissionais poderão oferecer cursos especiais, de duração variada, com

conteúdos diferenciados, para atender às demandas da comunidade, particularmente daqueles envolvidos com os

processos produtivos.

Esta orientação geral altera aquela dada pelos artigos 27 e 28 da Lei nº 5.692/71, que se referiam aos cursos de

aprendizagem e qualificação profissional. Mas, sem dúvida, haverá necessidade de regulamentação para que o

sistema de ensino possa operacionalizar estas diretrizes.

Nesse momento, e oportuno lembrar que em 1996, concominantemente com o projeto da LDB, tramitava no

Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 1.603, de 1996, oriundo da mensagem nº 173, de 05/03/96, que

"Dispõe sobre a Educação Profissional, a organização da Rede Federal de Educação Profissional, e dá outras

providências."'

Ainda não é lei, mas sobre o assunto é interessante registrar os comentários feitos por Paulo Nathanael Pereira

de Souza e Eurides Brito da Silva. Educação Especial Formalmente, na Lei nº 9.394/96, a educação especial não se insere na estrutura didática da educação básica, pois é tratada em um capítulo específico. Diz o artigo 58 que por educação especial entende-se a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.

Por necessidades especiais devem ser entendidas as deficiências que apresentam os alunos subdotados e as

características próprias dos educandos superdotados. Para atender a essas necessidades especiais, os sistemas de

ensino devem assegurar, entre outras condições: currículos, métodos, técnicas, recursos educativos específicos;

terminalidade específica para aqueles que não puderam atingir o nível exigido para a conclusão do ensino

fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para

superdotados; professores com especialização adequada em nível médio ou superior para atendimento

especializado; educação especial para o trabalho, visando sua efetiva integração na vida em sociedade.

Assim, em termos práticos, a educação especial se coloca como modalidade da educação básica para atender

alunos excepcionais.

Do ponto de vista de realce da lei, a educação especial recebe tratamento mais significativo na presente lei, se

comparado com a posição que desfrutou na Lei nº 4.024/61, com apenas dois artigos: 88 e 89 e pouca definição de

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diretrizes, e na Lei nº 5.692/71, com um artigo: 9º, sem delimitação precisa do que seria o tratamento especial que

esses alunos deveriam receber.

Educação a Distância

O artigo 80 das Disposições Transitórias da Lei nº 9.394/96 consagra na lei um fato educacional que

efetivamente vem acontecendo no cotidiano, ou seja, a educação a distância ou não-presencial. Diz o referido artigo: "O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.

§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por

instituições especificamente credenciadas pela União.

§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a

cursos de educação a distância.

§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a

autorização para sua implementação, caberão aos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e

integração entre os diferentes sistemas. § 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado..."

Como podemos notar, o texto legal adota, sem distinção, tanto os termos "ensino a distancia como "educação a

distância"; não se percebe se o legislador teve a intenção de distinguir as duas expressões, para dotá-las de

finalidade específica.

De outra parte, devemos observar que a educação a distância deve ser um instrumento pedagógico a ser usado

em todos os níveis e modalidades de ensino, envolvendo da educação infantil ao ensino pós-graduado e permeando

todo o processo de educação de várias idades.

Assim sendo, a educação a distância não se coloca em um nível específico da estrutura didática do sistema de

ensino, mas pode desempenhar uma papel auxiliar, complementar ou mesmo principal no processo de ensino-

aprendizagem de todos os níveis e modalidades, na educação formal e na educação não-formal. Podemos identificá-

la como uma forma diferenciada de comunicação pedagógica, de interação educador-educando, podendo assumir

diferentes modalidades: desde o já tradicional ensino por correspondência (por meio de material impresso enviado

pelo correio), à teleducação (via rádio e televisão) até os sistemas integrados envolvendo ensino por computador,

ensino via multimídia e hipermídia, ensino via redes locais, ou nacionais ou internacionais (Internet) até as escolas

virtuais.

Em face destas condições, o desenvolvimento tecnológico da informática e das comunicações coloca

significativos desafios à construção e reconstrução das metodologias de ensino para as situações em que mudam

radicalmente as relações professor-aluno e aluno-aluno; rompem-se os limites tradicionais da sala de aula, interagem

indivíduos que não se conhecem pessoalmente, não mais prevalecem as fronteiras geográficas e nacionais e se

confrontam de imediato valores de diferentes culturas.

Em razão desses fatos, criatividade e espírito crítico devem ser os elementos relevantes nas formulações teóricas

e exercício das práticas pedagógicas da educação a distância, nas quais é essencial o domínio de uma nova

linguagem de comunicação educativa. Embora colocada de forma clara, ainda que não detalhada, pela primeira vez numa LDB, a educação a distância não é um assunto inteiramente novo no pensamento pedagógico brasileiro. Vale lembrar que no "Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova", de 1932, encontramos posições claras sobre o uso de multimeios em educação. Em determinada passagem dizia o Manifesto:

"Pois é impossível realizar-se em intensidade e extensão uma sólida obra educacional, sem se rasgarem à escola aberturas no maior número possível de direções e sem se multiplicarem os pontos de apoio de que ela precisa, para se desenvolver, recorrendo à comunidade como a fonte que lhes há de proporcionar todos os elementos necessários para elevar as condições materiais e espirituais da escola... Mas, além de atrair para a obra comum

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as instituições que são destinadas, no sistema social geral, a fortificar-se mutuamente, a escola deve utilizar, em seu proveito, com a maior amplitude possível, todos os recursos formidáveis, como a imprensa, o disco, o cinema e o rádio, com que a ciência, multiplicando-lhe a eficácia, acudiu à obra de educação e cultura e que assumem, em face dos condições geográficas e da extensão territorial do país uma importância capital. "(grifo nosso)”

Assim, podemos registrar que, mais uma vez, a história nos ensina que o cadinho das idéias originais da

humanidade é muito pequeno! Nem sempre o que pensamos ser novo efetivamente o é. Mas, sem dúvida, a

educação a distância, hoje, é um tema que apresenta novos desafios às formulações teóricas e ao exercício

pedagógico tanto em relação à educação formal como na educação não-formal de todas as idades.

Resumo e Conclusão

Em resumo, a estrutura didática da educação básica, instituída pela Lei n-0 9.394/96, envolve escolas de diferentes

níveis, a saber: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, além, também, de duas modalidades de

ensino, que assumem características peculiares, dadas as suas finalidades: a educação profissional e a educação

especial. E abrange, igualmente, a educação a distância, uma forma diferenciada de comunicação pedagógica e de

interação professor-aluno, que usa novas tecnologias de comunicação escolar, que podem ser usadas no nível da

educação básica e em qualquer outro nível de ensino.

Esta estrutura didática e suas escolas componentes, responsáveis pela atividade-fim do sistema escolar, o

processo ensino-aprendizagem, devem, necessariamente, orientar-se e perseguir os fins, objetivos e princípios

estatuídos pela Constituição Brasileira e pela legislação complementar, como os estabelecidos pela Lei nº 9.394/96.

A virtude da estrutura didática do sistema de ensino e das atividades de ensino-aprendizagem em sala de aula

poderá ser avaliada pelo que contribuírem para o alcance desses princípios, como a valorização da cidadania e da

dignidade da pessoa humana, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, bem como a promoção do bem

de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Referência Bibliográfica Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. São Paulo: Pioneira, 1998.Vários Autores. CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA CAPÍTULO III Da Educação, da Cultura e do Desporto SEÇÃO I Da Educação

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições

públicas e privadas de ensino; IV. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V. valorização dos profissionais do ensino, garantido, na forma da lei, plano de carreira para

o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela União;

VI. gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

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VII. garantia de padrão de qualidade.

Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científico, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

§ 1º É facultativo às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica.

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I. ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurado, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

II. progressiva universalização do ensino médio gratuito; III. atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na

rede regular de ensino; IV. atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; V. acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a

capacidade de cada um; VI. oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII. atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de

material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa

responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a

chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I. cumprimento das normas gerais da educação nacional; II. autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e educação infantil. § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de

colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.

§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no caput deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do Art. 213.

§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano nacional de educação.

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§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no Art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.

§ 5º O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas, na forma da lei.

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:

I. comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; II. assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou

confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. § 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino

fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.

§ 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder Público.

Art. 214. A lei estabelecerá o Plano Nacional de Educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à:

I. erradicação do analfabetismo; II. universalização do atendimento escolar; III. melhoria da qualidade do ensino; IV. formação para o trabalho; V. promoção humanística, científica e tecnológica do País.

Emenda Constitucional nº 11, de 1996

Permite a admissão de professores, técnicos e cientistas estrangeiros pelas universidades brasileiras e concede autonomia às instituições de pesquisa científica e tecnológica.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do parágrafo 3º do Art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

Art. 1º São acrescentados ao Art. 207 da Constituição Federal dois parágrafos com a seguinte redação:

“Art. 207 .........................................................................................

§ 1º É faculto às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica.”

Art. 2º Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 30 de abril de 1996. A Mesa da Câmara dos Deputados: Luís Eduardo, Presidente – Ronaldo Perim, 1º Vice-Presidente –

Beto Mansur, 2º Vice-Presidente – Wilson Campos, 1º Secretário – Leopoldo Bessone, 2º Secretário – Benedito Domingos, 3º Secretário – João Henrique, 4º Secretário.

A Mesa do Senado Federal: José Sarney, Presidente – Teotônio Vilela Filho, 1º Vice-Presidente – Júlio Campos, 2º Vice-Presidente – Odacir Soares, 1º Secretário – Renan Calheiros, 2º Secretário – Levy Dias, 3º Secretário – Ernandes Amorim, 4º Secretário.

DO 2-5-96 Relator da Proposta de Emenda Constitucional no Senado Senador DARCY RIBEIRO

Emenda Constitucional nº 14, de 1996

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Modifica os Arts. 34, 208, 211 e 212 da Constituição Federal, e dá nova redação ao Art.60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do $ 3º do Art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

Art. 1º É necessário no inciso VII do Art. 34 da Constituição Federal, a alínea e, com a seguinte redação:

“e) aplicação do mínimo exigido de receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.”

Art. 2º É dada nova relação aos incisos I e II do Art. 208 da Constituição Federal, nos seguintes termos:

I. “ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria;

II. progressiva universalização do ensino médio gratuito;”

Art. 3º É dada nova redação aos $$ 1º e 2º do Art. 211 da Constituição Federal e nele são inseridos mais dois parágrafos, passando a ter a seguinte redação:

“Art. 211..........................................................................................

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino, mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de

colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.”

Art. 4º É dada nova redação ao $ 5º do Art. 212 da Constituição Federal nos seguintes termos:

“§ 5º O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas, na forma da lei.”

Art. 5º É alterado o Art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e nele são inseridos novos parágrafos, passando o artigo a ter a seguinte redação:

“Art. 60. Nos dez primeiros anos da promulgação desta emenda, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão não menos de sessenta por cento dos recursos a que se refere o caput do Art. 212 da Constituição Federal, à manutenção e ao desenvolvimento do ensino fundamental, com o objetivo de assegurar a universalização de seu atendimento e a remuneração condigna do magistério.

§ 1º A distribuição de responsabilidades e recursos entre os Estados e seus Municípios a ser concretizada com parte dos recursos definidos neste artigo, na forma do disposto no Art. 211 da Constituição Federal, é assegurada mediante a criação, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, de natureza contábil.

§ 2º O Fundo referido no parágrafo anterior será constituído por, pelo menos, quinze por cento dos recursos a que se referem os Arts. 155, inciso II; 158, inciso IV; e 159, inciso I, alíneas a e b; inciso II, da Constituição Federal, e será distribuído entre cada Estado e seus Municípios, proporcionalmente ao número de alunos nas respectivas redes de ensino fundamental.

§ 3º A União complementará os recursos dos Fundos a que se refere o $ 1º sempre que, em cada Estado e no Distrito Federal, seu valor por aluno não alcançará o mínimo definido nacionalmente.

§ 4º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ajustarão progressivamente, em um prazo de cinco anos, suas contribuições ao Fundo, de forma a garantir um valor por aluno correspondente a um padrão mínimo de qualidade de ensino, definido nacionalmente.

§ 5º Uma proporção não inferior a sessenta por cento dos recursos de cada Fundo referido no $ 1º será destinada ao pagamento dos professores do ensino fundamental em efetivo exercício no magistério.

§ 6º A União aplicará na erradicação do analfabetismo e na manutenção e no desenvolvimento do ensino fundamental, inclusive na complementação a que se refere o $ 3º, nunca menos que o equivalente a trinta por cento dos recursos a que se refere o caput do Art. 212 da Constituição Federal.

§ 7º A lei disporá sobre a organização dos Fundos, a distribuição proporcional de seus recursos, sua fiscalização e controle, bem como sobre a forma de cálculo do valor mínimo nacional por aluno.”

Art. 6º Esta emenda entra em vigor a primeiro de janeiro do ano subseqüente ao de sua promulgação.

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Brasília, 12 de setembro de 1996. A Mesa da Câmara dos Deputados: Luís Eduardo, Presidente – Ronaldo Perim, 1º Vice-Presidente –

Beto Mansur, 2º Vice-Presidente – Wilson Campos, 1º Secretário – Leopoldo Bessone, 2º Secretário – Benedito Domingos, 3º Secretário – João Henrique, 4º Secretário.

A Mesa do Senado Federal: José Sarney, Presidente – Teotônio Vilela Filho, 1º Vice-Presidente – Júlio

Campos, 2º Vice-Presidente – Odacir Soares, 1º Secretário – Renan Calheiros, 2º Secretário – Ernandes Amorim, 4º Secretário – Eduardo Suplicy, Suplente de Secretário.

DO 13-9-96

Relator da Proposta de Emenda Constitucional no Senado Senador LÚCIO ALCÂNTARA

REDAÇÃO ORIGINAL

“Art. 211.....................................................

§ 1º A União organizará e financiará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, e prestará assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória.

§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e pré-escola.”

“Art. 212.....................................................

§ 5º O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida, na forma da lei, pelas empresas, que dela poderão deduzir a aplicação realizada no ensino fundamental de seus empregados e dependentes.”

ADCT, Art. 60:

“Art. 60. Nos dez primeiros anos da promulgação da Constituição, o Poder Público desenvolverá esforços, com a mobilização de todos os setores organizados da sociedade e com a aplicação de, pelo menos, cinqüenta por cento dos recursos a que se refere o Art. 212 da Constituição, para eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental.

Parágrafo Único. Em igual prazo, as universidades públicas descentralizarão suas atividades, de modo a estender suas unidades de ensino superior às cidades de maior densidade populacional.”

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – Capítulo da Educação LEI FEDERAL N° 8069/90 CAPÍTULO IV – Do direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer Art. 53 – A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – direito de ser respeitado por seus educadores; III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores. IV – direito de organização e participação em entidades estudantis; V – acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

PARÁGRAFO ÚNICO – É o direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

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Art. 54 - É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

II – progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular

de ensino; IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de

cada um; VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador; VII – atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar,

transporte, alimentação e assistência à saúde. § 1° - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2° - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. § 3° - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola. Art. 55 – Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. Art. 56 – Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I – maus-tratos envolvendo seus alunos; II – relação de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III – elevados níveis de repetência. Art. 57 – O Poder Público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório. Art. 58 – No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de criação e o acesso às fontes de cultura. Art. 59 – Os Municípios, com apoio dos Estatutos e da União estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude. LDB – LEI FEDERAL Nº 9394/96

Presidência da República

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Vide Adin 3324-7, de 2005 Vide Decreto nº 3.860, de 2001

Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I

Da Educação Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. § 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

TÍTULO II

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Dos Princípios e Fins da Educação Nacional Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

TÍTULO III Do Direito à Educação e do Dever de Educar

Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade; V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola; VIII - atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Art. 5º O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo. § 1º Compete aos Estados e aos Municípios, em regime de colaboração, e com a assistência da União: I - recensear a população em idade escolar para o ensino fundamental, e os jovens e adultos que a ele não tiveram acesso; II - fazer-lhes a chamada pública; III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola. § 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais. § 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente. § 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade. § 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior. Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos sete anos de idade, no ensino fundamental. Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade, no ensino fundamental. (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005) Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino; II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público; III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da Constituição Federal. Aqui

TÍTULO IV

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Da Organização da Educação Nacional Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. § 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais. § 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta Lei. Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento) I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema federal de ensino e o dos Territórios; III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva; IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum; V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino; VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação; VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de ensino; IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino. § 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei. § 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais. § 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior. Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino; II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público; III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios; IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio. VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003) Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes aos Estados e aos Municípios. Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino. VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003) Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica. Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;

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IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII - informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do percentual permitido em lei.(Inciso incluído pela Lei nº 10.287, de 20.9.2001) Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III - zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: I - as instituições de ensino mantidas pela União; II - as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa privada; III - os órgãos federais de educação. Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem: I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público estadual e pelo Distrito Federal; II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público municipal; III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela iniciativa privada; IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente. Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de educação infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino. Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem: I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas pelo Poder Público municipal; II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada; III – os órgãos municipais de educação. Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis classificam-se nas seguintes categorias administrativas: (Regulamento) I - públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público; II - privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Art. 20. As instituições privadas de ensino se enquadrarão nas seguintes categorias: (Regulamento) I - particulares em sentido estrito, assim entendidas as que são instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não apresentem as características dos incisos abaixo; II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de professores e alunos que incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade; II – comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de pais, professores e alunos, que incluam em sua entidade mantenedora representantes da comunidade; (Redação dada pela Lei nº 11.183, de 2005) III - confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação confessional e ideologia específicas e ao disposto no inciso anterior; IV - filantrópicas, na forma da lei.

TÍTULO V Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

CAPÍTULO I Da Composição dos Níveis Escolares

Art. 21. A educação escolar compõe-se de: I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;

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II - educação superior. CAPÍTULO II

DA EDUCAÇÃO BÁSICA Seção I

Das Disposições Gerais Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. § 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais. § 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei. Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino; III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino; IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares; V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; VI - o controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação; VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis. Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento. Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo. Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. § 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil. § 2º O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. § 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos. § 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos. (Redação dada pela Lei nº 10.328, de 12.12.2001)

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§ 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) § 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia. § 5º Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição. Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.(Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003) § 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.(Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003) § 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.(Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003) § 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003) Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes: I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; III - orientação para o trabalho; IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais. Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente: I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural; II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.

Seção II Da Educação Infantil

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade. Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

Seção III Do Ensino Fundamental

Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública a partir dos seis anos, terá por objetivo a formação básica do cidadão mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005) I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

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§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. § 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. § 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. § 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais. Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis, em caráter: I - confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável, ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades religiosas; ou II - interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa. Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997) § 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. § 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso." Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola. § 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de organização autorizadas nesta Lei. § 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino.

Seção IV Do Ensino Médio

Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. Art. 36. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste Capítulo e as seguintes diretrizes: I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania; II - adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes; III - será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição. § 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre: I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna; II - conhecimento das formas contemporâneas de linguagem; III - domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania. § 2º O ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas. (Regulamento) § 3º Os cursos do ensino médio terão equivalência legal e habilitarão ao prosseguimento de estudos. § 4º A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional, poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação profissional.

Seção V Da Educação de Jovens e Adultos

Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.

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§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. § 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. § 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos; II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. § 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.

CAPÍTULO III DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Art. 39. A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.(Regulamento) Parágrafo único. O aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio e superior, bem como o trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a possibilidade de acesso à educação profissional. Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho. (Regulamento) Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos. (Regulamento) Parágrafo único. Os diplomas de cursos de educação profissional de nível médio, quando registrados, terão validade nacional. Art. 42. As escolas técnicas e profissionais, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade. (Regulamento)

CAPÍTULO IV DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Art. 43. A educação superior tem por finalidade: I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas: (Regulamento) I - cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino; II - de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo; III - de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino; IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. Art. 45. A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização. (Regulamento) Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos limitados, sendo renovados, periodicamente, após processo regular de avaliação. (Regulamento)

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§ 1º Após um prazo para saneamento de deficiências eventualmente identificadas pela avaliação a que se refere este artigo, haverá reavaliação, que poderá resultar, conforme o caso, em desativação de cursos e habilitações, em intervenção na instituição, em suspensão temporária de prerrogativas da autonomia, ou em descredenciamento. (Regulamento) § 2º No caso de instituição pública, o Poder Executivo responsável por sua manutenção acompanhará o processo de saneamento e fornecerá recursos adicionais, se necessários, para a superação das deficiências. Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver. § 1º As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo, os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração, requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições. § 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino. § 3º É obrigatória a freqüência de alunos e professores, salvo nos programas de educação a distância. § 4º As instituições de educação superior oferecerão, no período noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade mantidos no período diurno, sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, garantida a necessária previsão orçamentária. Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular. § 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias registrados, e aqueles conferidos por instituições não-universitárias serão registrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação. § 2º Os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras serão revalidados por universidades públicas que tenham curso do mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou equiparação. § 3º Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos por universidades estrangeiras só poderão ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de pós-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior. Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão a transferência de alunos regulares, para cursos afins, na hipótese de existência de vagas, e mediante processo seletivo. Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão na forma da lei. (Regulamento) Art. 50. As instituições de educação superior, quando da ocorrência de vagas, abrirão matrícula nas disciplinas de seus cursos a alunos não regulares que demonstrarem capacidade de cursá-las com proveito, mediante processo seletivo prévio. Art. 51. As instituições de educação superior credenciadas como universidades, ao deliberar sobre critérios e normas de seleção e admissão de estudantes, levarão em conta os efeitos desses critérios sobre a orientação do ensino médio, articulando-se com os órgãos normativos dos sistemas de ensino. Art. 52. As universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por: (Regulamento) I - produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto regional e nacional; II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral. Parágrafo único. É facultada a criação de universidades especializadas por campo do saber. (Regulamento) Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes atribuições: I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior previstos nesta Lei, obedecendo às normas gerais da União e, quando for o caso, do respectivo sistema de ensino; (Regulamento) II - fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes gerais pertinentes; III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa científica, produção artística e atividades de extensão; IV - fixar o número de vagas de acordo com a capacidade institucional e as exigências do seu meio; V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em consonância com as normas gerais atinentes; VI - conferir graus, diplomas e outros títulos; VII - firmar contratos, acordos e convênios; VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral, bem como administrar rendimentos conforme dispositivos institucionais; IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma prevista no ato de constituição, nas leis e nos respectivos estatutos; X - receber subvenções, doações, heranças, legados e cooperação financeira resultante de convênios com entidades públicas e privadas.

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Parágrafo único. Para garantir a autonomia didático-científica das universidades, caberá aos seus colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos orçamentários disponíveis, sobre: I - criação, expansão, modificação e extinção de cursos; II - ampliação e diminuição de vagas; III - elaboração da programação dos cursos; IV - programação das pesquisas e das atividades de extensão; V - contratação e dispensa de professores; VI - planos de carreira docente. Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Público gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial para atender às peculiaridades de sua estrutura, organização e financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus planos de carreira e do regime jurídico do seu pessoal. (Regulamento) § 1º No exercício da sua autonomia, além das atribuições asseguradas pelo artigo anterior, as universidades públicas poderão: I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, assim como um plano de cargos e salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos disponíveis; II - elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas gerais concernentes; III - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo Poder mantenedor; IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais; V - adotar regime financeiro e contábil que atenda às suas peculiaridades de organização e funcionamento; VI - realizar operações de crédito ou de financiamento, com aprovação do Poder competente, para aquisição de bens imóveis, instalações e equipamentos; VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras providências de ordem orçamentária, financeira e patrimonial necessárias ao seu bom desempenho. § 2º Atribuições de autonomia universitária poderão ser estendidas a instituições que comprovem alta qualificação para o ensino ou para a pesquisa, com base em avaliação realizada pelo Poder Público. Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral, recursos suficientes para manutenção e desenvolvimento das instituições de educação superior por ela mantidas. Art. 56. As instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio da gestão democrática, assegurada a existência de órgãos colegiados deliberativos, de que participarão os segmentos da comunidade institucional, local e regional. Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocuparão setenta por cento dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes. Art. 57. Nas instituições públicas de educação superior, o professor ficará obrigado ao mínimo de oito horas semanais de aulas.(Regulamento)

CAPÍTULO V DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. § 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. § 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.

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Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público. Parágrafo único. O Poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.

TÍTULO VI Dos Profissionais da Educação

Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: (Regulamento) I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço; II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades. Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. (Regulamento) Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão: (Regulamento) I - cursos formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o curso normal superior, destinado à formação de docentes para a educação infantil e para as primeiras séries do ensino fundamental; II - programas de formação pedagógica para portadores de diplomas de educação superior que queiram se dedicar à educação básica; III - programas de educação continuada para os profissionais de educação dos diversos níveis. Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. Art. 65. A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática de ensino de, no mínimo, trezentas horas. Art. 66. A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado. Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por universidade com curso de doutorado em área afim, poderá suprir a exigência de título acadêmico. Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público: I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim; III - piso salarial profissional; IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho; V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho; VI - condições adequadas de trabalho. Parágrafo único. A experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino.

TÍTULO VII Dos Recursos financeiros

Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educação os originários de: I - receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II - receita de transferências constitucionais e outras transferências; III - receita do salário-educação e de outras contribuições sociais; IV - receita de incentivos fiscais; V - outros recursos previstos em lei. Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público. § 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não será considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. § 2º Serão consideradas excluídas das receitas de impostos mencionadas neste artigo as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária de impostos.

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§ 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes aos mínimos estatuídos neste artigo, será considerada a receita estimada na lei do orçamento anual, ajustada, quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de créditos adicionais, com base no eventual excesso de arrecadação. § 4º As diferenças entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas, que resultem no não atendimento dos percentuais mínimos obrigatórios, serão apuradas e corrigidas a cada trimestre do exercício financeiro. § 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ocorrerá imediatamente ao órgão responsável pela educação, observados os seguintes prazos: I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada mês, até o vigésimo dia; II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo dia de cada mês, até o trigésimo dia; III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final de cada mês, até o décimo dia do mês subseqüente. § 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a correção monetária e à responsabilização civil e criminal das autoridades competentes. Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a: I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação; II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino; III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino; IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino; V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino; VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas; VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo; VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte escolar. Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com: I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão; II - subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, desportivo ou cultural; III - formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos; IV - programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social; V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar; VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio de função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino. Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino serão apuradas e publicadas nos balanços do Poder Público, assim como nos relatórios a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal. Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, prioritariamente, na prestação de contas de recursos públicos, o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição Federal, no art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e na legislação concernente. Art. 74. A União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, estabelecerá padrão mínimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade. Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela União ao final de cada ano, com validade para o ano subseqüente, considerando variações regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino. Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão mínimo de qualidade de ensino. § 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a fórmula de domínio público que inclua a capacidade de atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo Estado, do Distrito Federal ou do Município em favor da manutenção e do desenvolvimento do ensino. § 2º A capacidade de atendimento de cada governo será definida pela razão entre os recursos de uso constitucionalmente obrigatório na manutenção e desenvolvimento do ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padrão mínimo de qualidade. § 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e 2º, a União poderá fazer a transferência direta de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado o número de alunos que efetivamente freqüentam a escola. § 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser exercida em favor do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios se estes oferecerem vagas, na área de ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o inciso V do art. 11 desta Lei, em número inferior à sua capacidade de atendimento.

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Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no artigo anterior ficará condicionada ao efetivo cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e Municípios do disposto nesta Lei, sem prejuízo de outras prescrições legais. Art. 77. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas que: I - comprovem finalidade não-lucrativa e não distribuam resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcela de seu patrimônio sob nenhuma forma ou pretexto; II - apliquem seus excedentes financeiros em educação; III - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades; IV - prestem contas ao Poder Público dos recursos recebidos. § 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para a educação básica, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública de domicílio do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão da sua rede local. § 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder Público, inclusive mediante bolsas de estudo.

TÍTULO VIII Das Disposições Gerais

Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilingüe e intercultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos: I - proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências; II - garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-índias. Art. 79. A União apoiará técnica e financeiramente os sistemas de ensino no provimento da educação intercultural às comunidades indígenas, desenvolvendo programas integrados de ensino e pesquisa. § 1º Os programas serão planejados com audiência das comunidades indígenas. § 2º Os programas a que se refere este artigo, incluídos nos Planos Nacionais de Educação, terão os seguintes objetivos: I - fortalecer as práticas sócio-culturais e a língua materna de cada comunidade indígena; II - manter programas de formação de pessoal especializado, destinado à educação escolar nas comunidades indígenas; III - desenvolver currículos e programas específicos, neles incluindo os conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades; IV - elaborar e publicar sistematicamente material didático específico e diferenciado. Art. 79-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003) Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.(Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003) Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. (Regulamento) § 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. § 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância. § 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. (Regulamento) § 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens; II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais. Art. 81. É permitida a organização de cursos ou instituições de ensino experimentais, desde que obedecidas as disposições desta Lei. Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição. Parágrafo único. O estágio realizado nas condições deste artigo não estabelecem vínculo empregatício, podendo o estagiário receber bolsa de estágio, estar segurado contra acidentes e ter a cobertura previdenciária prevista na legislação específica.

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Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica, admitida a equivalência de estudos, de acordo com as normas fixadas pelos sistemas de ensino. Art. 84. Os discentes da educação superior poderão ser aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituições, exercendo funções de monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos. Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a titulação própria poderá exigir a abertura de concurso público de provas e títulos para cargo de docente de instituição pública de ensino que estiver sendo ocupado por professor não concursado, por mais de seis anos, ressalvados os direitos assegurados pelos arts. 41 da Constituição Federal e 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Art. 86. As instituições de educação superior constituídas como universidades integrar-se-ão, também, na sua condição de instituições de pesquisa, ao Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, nos termos da legislação específica.

TÍTULO IX Das Disposições Transitórias

Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano a partir da publicação desta Lei. § 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei, encaminhará, ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação, com diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial sobre Educação para Todos. § 2º O Poder Público deverá recensear os educandos no ensino fundamental, com especial atenção para os grupos de sete a quatorze e de quinze a dezesseis anos de idade. § 3º Cada Município e, supletivamente, o Estado e a União, deverá: I - matricular todos os educandos a partir dos sete anos de idade e, facultativamente, a partir dos seis anos, no ensino fundamental; I – matricular todos os educandos a partir dos seis anos de idade, no ensino fundamental, atendidas as seguintes condições no âmbito de cada sistema de ensino: (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005) a) plena observância das condições de oferta fixadas por esta Lei, no caso de todas as redes escolares; (Incluída pela Lei nº 11.114, de 2005) b) atingimento de taxa líquida de escolarização de pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) da faixa etária de sete a catorze anos, no caso das redes escolares públicas; e (Incluída pela Lei nº 11.114, de 2005) c) não redução média de recursos por aluno do ensino fundamental na respectiva rede pública, resultante da incorporação dos alunos de seis anos de idade; (Incluída pela Lei nº 11.114, de 2005) II - prover cursos presenciais ou a distância aos jovens e adultos insuficientemente escolarizados; III - realizar programas de capacitação para todos os professores em exercício, utilizando também, para isto, os recursos da educação a distância; IV - integrar todos os estabelecimentos de ensino fundamental do seu território ao sistema nacional de avaliação do rendimento escolar. § 4º Até o fim da Década da Educação somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por treinamento em serviço. § 5º Serão conjugados todos os esforços objetivando a progressão das redes escolares públicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de tempo integral. § 6º A assistência financeira da União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a dos Estados aos seus Municípios, ficam condicionadas ao cumprimento do art. 212 da Constituição Federal e dispositivos legais pertinentes pelos governos beneficiados. Art. 88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adaptarão sua legislação educacional e de ensino às disposições desta Lei no prazo máximo de um ano, a partir da data de sua publicação. (Regulamento) § 1º As instituições educacionais adaptarão seus estatutos e regimentos aos dispositivos desta Lei e às normas dos respectivos sistemas de ensino, nos prazos por estes estabelecidos. § 2º O prazo para que as universidades cumpram o disposto nos incisos II e III do art. 52 é de oito anos. Art. 89. As creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas deverão, no prazo de três anos, a contar da publicação desta Lei, integrar-se ao respectivo sistema de ensino. Art. 90. As questões suscitadas na transição entre o regime anterior e o que se institui nesta Lei serão resolvidas pelo Conselho Nacional de Educação ou, mediante delegação deste, pelos órgãos normativos dos sistemas de ensino, preservada a autonomia universitária. Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 92. Revogam-se as disposições das Leis nºs 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e 5.540, de 28 de novembro de 1968, não alteradas pelas Leis nºs 9.131, de 24 de novembro de 1995 e 9.192, de 21 de dezembro de 1995 e, ainda, as Leis nºs 5.692, de 11 de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as demais leis e decretos-lei que as modificaram e quaisquer outras disposições em contrário. Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza

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Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 23.12.1996 APRESENTAÇÃO NOÇÕES GERAIS SOBRE LEGISLAÇÃO 1-O Estado rege-se por Leis, aplicáveis a todos 2- Direitos e Deveres- expressos na Lei:

Direito- aquilo que não é proibido por lei. Dever- tudo o que é decorrente de prescrição legal existente.

• que não é proibido por lei, é permitido. 3- Validade da Lei.

* Ser baixada por quem tem competência para fazê-lo. * Respeito a hierarquia das leis.

"A autoridade e poder tem que ser exercidos nos limites e competências definidos por lei."

4- PESSOA FÍSICA E OU JURÍDICA. 4.1. Estatutos, regimentos, contratos, convênios, acordos e ajustes. Os órgãos administrativos, ainda que com funções normativas, como os Conselhos de Educação, não podem contrariar, restringir ou ampliar os textos legais, nem a interpretações que lhe derem podem sobrepor-se às do judiciário.

PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS LEGAIS * A lei mais nova revoga a anterior de igual categoria naquilo que se conflitarem ou se contrariarem. * Não é auto-aplicável a lei que depende de regulamento específico. * Ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer aquilo que a lei não determina, ainda que a exigência parta de autoridade legalmente investida. * Ninguém pode alegar o desconhecimento da norma legal. * Entre uma lei de ordem pública( que visa reger direitos, deveres e interesses da coletividade) e uma de ordem privada( que rege o relacionamento entre pessoas físicas e ou jurídicas), prevalece a primeira. * Ninguém pode ser punido sem que a lei assim determine, nenhuma punição pode ser imposta sem o direito de defesa. * Ao Poder Judiciário cabe decidir e dar a palavra final sobre a interpretação e aplicação de qualquer texto de lei. * É direito de qualquer um ir ao Judiciário em defesa do que entende ser seu direito. ORDEM E HIERARQUIA DECRESCENTEDA LEGISLAÇÃO 1- UNIÃO.

1.1. Constituição Federal 1.2. Lei, Decreto-lei Federal ou Medida Provisória. 1.3. Decretos Federais.

1.4. Atos Administrativos: portarias, regulamentos, resoluções, etc. 2- ESTADO.

2.5.Constituição Estadual. 2.6.Lei ou Decreto-lei Estadual 2.7.Decretos Estaduais

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2.8.Atos Administrativos: portarias, regula mentes, resoluções, etc. 3 - MUNICÍPIO.

3.1. Lei Orgânica municipal. 3.2. Lei ou Decreto-lei Municipal. 3.3. Decretos Municipais.

3.4. Portarias, regulamentos, resoluções, e atos administrativos do Município. A EDUCAÇÃO NA LDBEN - LEI FEDERAL Nº 9394/96 TIPO DE EDUCAÇÃO DISCIPLINADA PELA LDBEN PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL (Constituição Nacional Art. 206, Const. Est. Art. 237, LDBEN Art. 2º e 3º, LC 49/98 Art, 3º. ) IGUALDADE LIBERDADE PLURALISMO DE IDÉIAS GRATUIDADE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO GESTÃO DEMOCRÁTICA PADRÃO DE QUALIDADE VINCULAÇÃO DO ENSINO AO TRABALHO E AS PRÁTICAS SOCIAIS EDUCAÇÃO: DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO E DA FAMÍLIA (Const.Fed. 205, Const.Est. Art. 10, LDBEN Art. 2º e 4º, LC 49/98 Art. 5º ) DEVER DO “ESTADO” MEDIANTE: (C.F. Art. 208. C.E Art 242, LDBEN Art. 4º, LC 49/98 art. 5º) • ENSINO FUNDAMENTAL OBRIGATÓRIO E GRATUÍTO • PROGRESSIVA UNIVERSALIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO • OFERTA DA EDUCAÇÃO INFANTIL • OFERTA DAS MODALIDADES DE ENSINO: ED. ESPECIAL, ED. DE JOVENS E ADULTOS E ED.

PROFISSIONAL • OFERTA DO ENSINO NOTURNO REGULAR AJUSTADO A DEMANDA • “ OFERTA DO ENSINO MÉDIO OBRIGATÓRIO – MT) DEVER DA FAMÍLIA: ( LDBEN Art. Art. 2º LDB) • MATRICULAR OS MENORES DE SETE ANOS NO ENSINO FUNDAMENTAL O ENSINO À INICIATIVA PRIVADA É LIVRE MEDIANTE: ( C F Art. 209, LDBEN Art.7º) • CUMPRIMENTO DAS NORMAS LEGAIS; • AUTORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PODER PÚBLICO. ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL ( LDBEN Art. 8º )

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REGIME DE COLABORAÇÃO ENTRE AS ESFERAS FEDERATIVAS CABE A UNIÃO COORDENAR A POLÍTICA EDUCACIONAL NO PAÍS, EXERCENDO FUNÇÃO: NORMATIVA, REDISTRIBUTIVA E SUPLETIVA LIBERDADE AOS SITEMAS DE ENSINO SE ORGANIZAREM, NA FORMA DA LEI INCUMBÊNCIAS DA UNIÃO: ( C. F. Art. 211, LDBEN Art. 9º) • ORGANIZAR O SISTEMA FEDERAL DE ENSINO • FINANCIAR AS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO • EFETUAR O REPASSE DE RECURSOS FINANCEIROS AOS ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS DE FORMA:

REDISTRIBUTIVA E SUPLETIVA • PRESTAR ASSISTÊNCIA TÉCNICA E FINANCEIRA AOS ENTES FEDERADOS • ELABORAR COM OS ENTES FEDERADOS AS DIRETRIZES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA • ASSEGURAR UMA FORMAÇÃO BÁSICA COMUM • ASSEGURAR O PROCESSO DE AVALIAÇÃO NACIONAL DO RENDIMENTO ESCOLAR, NOS DOIS NÍVEIS

DE ENSINO • BAIXAR NORMAS GERAIS • AUTORIZAR, CREDENCIAR, RECONHECER SUAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO E O ENSINO SUPERIOR DA

INICIATIVA PRIVADA INCUMBÊNCIAS DO ESTADO E DF ( C.F. Art. 211, C.E Art. 238, LC 49/98, LDBEN Art. 10) • MANTER OS ÓRGÃOS OFICIAIS E SUAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO • ATUAR PRIORITARIAMENTE NO ENSINO MÉDIO • COLABORAR COM O MUNICÍPIO NA UNIVERSALIZAÇÃO DO ENSINO OBRIGATÓRIO (

RESPONSABILIDADES IGUAIS) • ELABORAR E EXECUTAR SUA POLÍTICA EDUCACIONAL, EM CONSONÂNCIA COM AS DIRETRIZES

NACIONAL • BAIXAR NORMAS COMPLEMENTARES PARA EDUCAÇÃO NO ESTADO ( SISTEMA) • AUTORIZAR, CREDENCIAR, RECONHECER, SUPERVISONAR E AVALIAR SUAS INSTITUIÇÕES DE

ENSINO, O ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL TÉCNICO DA INICIATIVA PRIVADA E O ENSINO SUPERIOR OFERTADO PELOS MUNICÍPIOS

INCUMBÊNCIAS DO MUNICÍPIO ( C.F Art 211, LDBEN Art.11) • ORGANIZAR E MANTER OS ÓRGÃOS OFICIAIS E SUAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO • ATUAR PRIORITARIAMENTE NO ENSINO FUNDAMENTAL E EDUCAÇÃO INFANTIL • EXERCER AÇÃO REDISTRIBUITVA EM RELAÇÃO AS SUAS ESCOLAS • BAIXAR NORMAS COMPLEMENTARES PARA A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO ( caso tenha criado o seu

sistema de ensino) • ATUAR NO ENSINO MÉDIO E SUPERIOR SOMENTE DEPOIS DE ATENDIDO PLENAMENTE A EDUCAÇÃO

INFANTIL E ENSINO FUNDAMNETAL, COM RECURSOS ACIMA DOS 25% OBRIGATÓRIOS) • OPTAR POR CRIAR O SEU SISTEMA DE ENSINO OU INTEGRAR-SE AO SISTEMA ESTADUAL • AUTORIZAR E RECONHECER OS CURSOS DE SUAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO, EXCETO SUPERIOR, E

OS CURSOS DE EDUCAÇÃO INFANFIL DA INICIATIVA PRIVADA ( caso tenha constituído o seu sistema de ensino)

• COMPOR, OPCIONALMENTE COM O ESTADO, UM SISTEMA ÚNICO DE ENSINO) INCUMBÊNCIAS DA ESCOLA ( LDBEN Art 12) • ELABORAR E EXECUTAR SUA PROPOSTA PEDAGÓGICA

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• ADMINISTRAR SEU PESSOAL E SEUS RECURSOS MATERIAS E FINANCEIROS • ASSEGURAR O CUMPRIMENTO DOS DIAS LETIVOS E HORAS-AULA ESTABELECIDAS • VELAR PELO CUMPRIMENTO DO PLANO DE TRABALHO DE CADA DOCENTE • PROMOVER MEIOS PARA A RECUPERAÇÃO • CRIAR PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO SOCIEDADE /ESCOLA • INFORMAR AOS PAIS E RESPONSÁVEIS SOBRE O CUMPRIMENTO DA FREQUÊNCIA E O REDIMENTO

ESCOLAR DOS ALUNOS INCUMBÊNCIAS DO PROFESSOR ( LDBEN Art.13) • PARTICIPAR DA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA • ELABORAR E CUMPRIR SEU PLANO DE TRABALHO, EM CONSONÂNCIA COM O PPP DA ESCOLA • ZELAR PELA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS • ESTABELECER ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO • MINISTRAR OS DIAS LETIVOS E HORAS-AULA • PARTICIPAR DOS PERÍODOS DEDICADOS A PLANEJAMENTO E AO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL • COLABORAR COM AS ATIVIDADES DE ARTICULAÇÃO DA ESCOLA COM AS FAMÍLIAS E A COMUNIDADE NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO DA LDBEN (Art. 21 à 60) • NÍVEL: ENSINO SUPERIOR E EDUCAÇÃO BÁSICA • MODALIDADES: EJA, ED. PROFISSIONAL, ED. ESPECIAL, EDUCAÇÃO INDÍGENA, EDUCAÇÃO RURAl. ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

EDUCAÇÃO INFANTIL:

FINALIDADE E ORGANIZAÇÃO

A educação infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade e se apresenta como um dos aspectos inovadores da Lei. Despe-se de caráter meramente assistencialista , integrando as funções de cuidar e educar, e passa a constituir a PRIMEIRA ETAPA DA EDUCAÇÃO BÁSICA, complementando a ação da família e da comunidade. Não tem o objetivo de promoção, nem mesmo para o ingresso no ensino fundamental, e é oferecida em:

- CRECHES ou entidades equivalentes para crianças de até três anos de idade; - PRÉ-ESCOLAS, para crianças de quatro a seis anos.

RESPONSABILIDADE DA OFERTA A creche e a pré-escola constituem direito da criança à educação e um direito da família de compartilhar a educação de seus filhos em instituições sociais, assim como são um dos meios mediante os quais o Estado efetiva o seu dever de educar. No mesmo sentido, cabe ao Município oferecer educação infantil, em creches e pré-escolas, buscando formas de colaboração com outras instituições, para a oferta, expansão e melhoria de sua qualidade. ESTRUTURA PEDAGÓGICA A proposta pedagógica da educação infantil deve considerar o bem-estar da criança, seu grau de desenvolvimento, a diversidade cultural das populações infantis, os conhecimentos a serem universalizados e o regime de atendimento a ser oferecido pelas Instituições educacionais (tempo integral ou parcial). AVALIAÇÃO A avaliação, na educação infantil, será feita mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento da

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criança, tomando como referência os objetivos estabelecidos para essa etapa da educação, que não tem função de promoção nem constitui pré-requisito para o acesso ao ensino fundamental. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DESTA ETAPA

As instituições de educação infantil integram o Sistema Municipal de Ensino ou o Sistema Estadual de Ensino, segundo as opções que forem feitas pelos municípios.

Os estabelecimentos de educação infantil serão autorizados, credenciados e supervisionados pelos respectivos sistemas de ensino, assegurado o prazo de três anos, a contar de 20/12/96, para sua reorganização e cumprimento das novas exigências legais.

Os municípios com sistemas de ensino criados e já instalados por leis específicas, se for o caso, baixarão normas complementares para autorização, credenciamento e supervisão das instituições de educação infantil, levando em conta as diretrizes estabelecidas pela União e pelo Estado, cumprindo-se o que for previsto no regime de colaboração.

Os municípios que se integrarem no sistema estadual de ensino ou compuserem com este um sistema único de educação básica cumprirão as diretrizes e normas para credenciamento e funcionamento de instituições educacionais estabelecidas pelo Conselho Estadual de Educação.

A educação infantil guia-se pelos princípios da educação em geral.

ENSINO FUNDAMENTAL

OBEJETIVOS ( art.32) • Desenvolver a capacidade de aprender • Dominar a leitura a escrita e o cálculo • Compreender o meio ambiente natural e social • Fortalecer o vínculo familiar e os laços de solidariedade humana ORGANIZAÇÃO (ART.23)

• Por séries anuais de disciplinas

• Ciclos

• Períodos semestrais

• Alternância regular de períodos de estudos

• Grupos não-seriados

• Com base na idade e competência

• Outras formas FORMA DE DESENVOLVIMENTO(ART.32)

• Em língua portuguesa

• Presencial

• A distância, em caráter de suplência(art.32)

• Frequência obrigatória: mínimo de 75%(art.24) ESTRUTURA ORGANIZACIONAL(ART.24) DURAÇÃO DO CURSO: - mínimo de oito anos DURAÇÃO DE CADA ANO LETIVO: - mínimo de 800 horas distribuidas em um mínimo de 200 dias DURAÇÃO DA JORNADA DIÁRIA DE TRABALHO: 4 horas, no mínimo

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ESTRUTURA CURRICULAR(ART.26) BASE NACIONAL COMUM + PARTE DIVERCIFICADA

• BASE NACIONAL COMUM: - estabelecida pelo sistema

• PARTE DIVERSIFICADA: - estabelecida pela instituição de ensino e o sistema Ensino religioso, de matrícula facultativa, obrigatório às escolas públicas (art.33) Lingua estrangeira moderna obrigatória, a partir da 5ª série( art.26). Possibilidade de classificação de alunos com ou sem apresentação de vida escolar anterior(art.24). Possibilidade de reclassificação de aluno inclusive quando chegar com transferência( art. 23). Possibilidade de progressão parcial, no regime seriado( art.24). Possibilidade de progressão continuada, no regime seriado. ENSINO MÉDIO OBJETIVOS E FINALIDADES: • Consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o

prosseguimento de estudos. • Preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de

se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; • Aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da

autonomia intelectual e do pensamento critico; • Compreensão dos fundamentos cientifico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a

prática, no ensino de cada disciplina. FORMA DE DESENVOLVIMENTO: • Em língua portuguesa. • Presencial . • A distância. • Presença obrigatória ( 75%). ESTRUTURA ORGANIZACIONAL • Duração mínima de 3 anos. • 2400 horas de efetivo trabalho escolar. • Mínimo de 200 dias letivos anual. • jornada diária, nos cursos noturnos, com duração compatíveis. • Atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas. FORMAS DE ORGANIZAÇÃO

• Por séries anuais de disciplinas.

• Ciclos.

• Períodos semestrais.

• Alternância regular de períodos de estudos.

• Grupos não-seriados.

• Com base na idade e competência.

• Outras formas.

A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional, poderão ser

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desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação profissional. O ensino profissional, articulado com o ensino médio, será ministrado: • de forma seqüencial. • de forma concomitante. • de forma concomitante e seqüencial paralelas. ESTRUTURA CURRICULAR(ART.26) - BASE NACIONAL COMUM + PARTE DIVERSIFICADA

• BASE NACIONAL COMUM: - estabelecida pelo sistema nacional de ensino

• PARTE DIVERSIFICADA: - estabelecida pela instituição de ensino e o sistema estadual (não podendo exceder a 25% da carga horária do curso, res. 03ceb-cne/1998)

- Ensino religioso, de matrícula facultativa(art.33). - Língua estrangeira moderna obrigatória, a partir da 5ª série( art.26).

- Educação física facultativa nos cursos noturno ( art.26 §3º). MODALIDADES DE ENSINO DA EDUCAÇÃO BÁSICA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA OBJETIVOS

• Dar oportunidades educacionais apropriadas;

• Interesses, condições de vida e de trabalho;

• Viabilizará e estimular o acesso e a permanência do trabalhador na escola;

• Restabelecer o direito e a igualdade à educação;

• Desenvolver os conhecimentos e valores dos alunos desta modalidade;

• Atender aos alunos que não puderam estudar em idade própria. ORGANIZAÇÃO

• CURSOS

• EXAMES

CURSOS

Correspondente ao ensino fundamental, não podendo cincluí-lo com menos de 15 anos ( ldben), para os maiores de 14 anos (res.01/00-cne, art.7º) min.res./cee/mt, art7ª, § 1º) Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos...I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;(LDBEN) Art. 7º... Parágrafo único. Fica vedada, em cursos de Educação de Jovens e Adultos, a matrícula e a assistência de crianças e de adolescentes da faixa etária compreendida na escolaridade universal obrigatória ou seja, de sete a quatorze anos completos.( Res. 01/00-CNE)

Art. 7º...§ 1º Considera-se como idade para acesso, em qualquer fase, no ensino fundamental, 14 anos completos, e no ensino médio, maiores de 17 anos. ( Min.Res.CEE/MT)

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Correspondente ao ensino médio, não podendo concluílo com menos de 18 anos ( ldben), para os maiores de 17 anos ( res.01/00-cne, art.8º,§2º) (min.res.cee/mt, art.7º § 1º)

Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, ...II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos (LDBEN) Art. 8º... § 2..., os cursos de Educação de Jovens e Adultos de nível médio deverão ser voltados especificamente para alunos de faixa etária superior à própria para a conclusão deste nível de ensino ou seja, 17 anos completos. (Res.01/00-CNE)

EXAMES

Para os maiores de 15 e 18 anos respectivamente

ESTRUTURA DOS CURSOS

Art. 9º Cabe aos sistemas de ensino regulamentar, além dos cursos, os procedimentos para a estrutura e a organização dos exames supletivos, em regime de colaboração e de acordo com suas competências.(Res.01/00-CNE)

REGULAMENTAÇÃO

FORMAS: presencial. semi presencial e a distância

FORMA PRESENCIAL

ETAPA FUNDAMENTAL

• 1º segmento (correspondente ao E . Fund. .I a IV)

- dividido em fase I, II, e III.

• 2º segmento (correspondente ao E. Fund. V a VIII)

- dividido em fase I, II, e III.

ETAPA DE ENSINO MÉDIO

• Fase I

• Fase II

• Fase III

DURAÇÃO DE CADA FASE: 800 horas e 200 dias letivos frequência: 75 % , em cada fase

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular.(LDBEN) Art. 3º As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental estabelecidas e vigentes na Resolução CNE/CEB 2/98 se estendem para a modalidade da Educação de Jovens e Adultos no ensino fundamental.

Art. 4º As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio estabelecidas e vigentes na Resolução CNE/CEB 3/98, se estendem para a modalidade de Educação de Jovens e Adultos no ensino médio.( Res.001/00-CNE)

Art.10 - Os planos de cursos, independente da forma a ser oferecida, serão elaborados em conformidade com as diretrizes curriculares nacionais...( Res. 180/00-CEE/MT)

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL * Legislação anterior(lei federal nº5692/71 e outras)

- Curso com currículo integrado - Aproveitamento de estudos realizados - Habilitação profissional, mínimo de três anos letivos

* Legislação atual(lei fed.nº 9394/96, dec.fed.2.208/97, par.17/97 e res.03 e 04/98-CNE)

- Desintegração dos cursos - Dnsino médio etapa final da ed.básica, objetivando: aprofundamento de estudos, preparação básica para o

trabalho e cidadania - Educação profissional: organização própria – articulação c/ ensino regular

• COMO PODE SER ORGANIZADO? - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL - OBJETIVOS E METAS - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR - CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA

• FUNDAMENTAÇÃO LEGAL LDB – Cap. III do título V ( art.39 à 42 ) - Deve integrar-se às diferentes formas de educação, ao trabalho à ciência e à tecnologia( art.39). - Todos devem ter acesso a educação profissional ( parágrafo único do art.39) - Articular com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada ( art.40). - Aproveitamento do ensino assistemático, para prosseguimento ou conclusão de estudos( art.41). - Cursos especiais abertos a comunidade ( cursos livres) ( art.42).

DECRETO FEDERAL Nº 5.154-04 ( revoga o Dec. Fed. Nº 2.208/97

- Normatiza os artigos 39 à 42 da ldb. - Normatiza o § 2º do artigo 36 da ldb.

“O ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas”

PARECER 17/97-CNE

- Esclarece dúvidas sobre a interpretação do decreto federal nº 2.208/97

RESOLUÇÃO Nº 04/98-CNE - Estabelece normas para formação dos currículos DOS CURSOS DE educação profissional.

• OBJETIVOS E METAS

- Conduzir ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva ( art.39 ldb). - Possibilitar acesso a todos na Educação Profissional (art.39 ldb). - Oferecer cursos especiais à comunidade(art.42 ldb). - Promover a transição entre escola e mundo do trabalho, capacitando jovens e adultos com conhecimentos e

habilidades gerais e específicas para o exercício de atividades produtivas(dec.2.208/97). -qualificar, reprofissionalizar e atualizar jovens e adultos, com qualquer nível de escolaridade, visando a sua

inserção e melhor desempenho no exercício do trabalho(dec.2.208/97) - Proporcionar conhecimentos tecnológicos.

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• ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A educação profissional está organizada em três níveis: (art.3º Res. 01-05-CNE) I. “Educação Profissional de nível básico” passa a denominar-se “formação inicial e continuada de trabalhadores”; II. “Educação Profissional de nível técnico” passa a denominar-se “Educação Profissional Técnica de nível médio”; III. “Educação Profissional de nível tecnológico” passa a denominar-se “Educação Profissional Tecnológica, de graduação e de pós-graduação”. FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE TRABALHADORES Destinado a qualificação, requalificação e reprofissionalização de trabalhadores, independente de escolaridade prévia. Características do curso:

- Destinado a todos(art.42 ldb). - Modalidade de educação não-formal(art.4ºdec) - Duração variável(art.4º dec). - Não está sujeito a regulamentação curricular (art.4º dec). - Obrigatório às instituições federais e as instituições públicas e privadas sem fins lucarativos apoiadas

financeiramente pelo poder público(§1º, art.4º dec). - Aos concluintes será conferido certificado de qualificação profissional(§2º, art.4º dec). - Na articulação com a educação básica admite-se várias formas de. ( par.17/97). - As competências adquiridas podem ser aproveitadas no nível técnico e tecnológico, mediante avaliação

realizada pela instituição em que o interessado pretenda matricular-se ( parecer 17/97-cne), regulamentar.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO

Será oferecido independentemente do ensino médio, podendo ser oferecido de forma concomitante ou sequencial a este.(art.5º dec).

Características do curso: - Organização curricular própria, com carga horária definida(art.5ºdec). - Aproveitamento das disciplinas de caráter profissionalizante, ministradas no ensino médio, até o limite de

25% da carga horária mínima do curso (par. único, art. 5º dec e art. 13 res.03/98-cne). - Quando estruturado por disciplina, podendo ser agrupado sob a forma de módulo(art. 8º dec.). - Pode ser implementado currículos experimentais, desde que aprovados pelos órgãos dos respectivos

sistemas(§ 1º art.6º dec.). - Possibilidade de se adotar concomitância e sequêncialidade( condicionar o ingresso no curso técnico a

determinada série do ensino médio) ( par.17/97-cne). EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TECNOLÓGICA, DE GRADUAÇÃO E DE PÓS-GRADUAÇÃO

Severá ser estruturado para atender os diversos setores da economia, abrangendo áreas especializadas,

conferindo diploma de tecnólogo.

• ORGANIZAÇÃO CURRICULAR A educação profissional técnica, com organização curricular própria, obedecendo o que se segue:

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- A formação dos currículos plenos deverá obedecer as diretrizes curriculares nacionais, constantes de carga horária mínima por curso, conteúdos mínimos, habilidades e competências básicas, por área profissional ( art. 6º dec).

- Currículo composto por 70 % com diretrizes curriculares nacionais já complementadas pelos respectivos sistemas e 30%, no mínimo, pelos respectivos estabelecimentos de ensino ( art. 6º dec).

- As diretrizes curriculares devem ser elaboradas de forma paticipativa – setores interessados, trabalhadores, professores e empresários, antes da homologação do mec( art. 7º dec).

Os currículos organizados por módulos deve:

- Ter caráter de terminalidade, para efeito de qualificação profissional, cabendo neste caso certificação. - Aproveitamento de estudos de disciplinas ou módulos. - para obtenção de habilitação e diploma, o prazo para conclusão entre o primeiro e o último módulo não pode exceder a cinco anos. - A escola que ministrar o último módulo expedirá o diploma, desde que o interessado apresente as certificações dos módulos já estudados.

• CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA É a possibilidade de avaliação, reconhecimento, aproveitamento e certificação de competências e conhecimentos adquiridos através de estudos não formais e no trabalho ( art.41 lbd e parec.17/97-cne). Poderá ser aplicada em todos os níveis da educação profissional( parec.17/97 CNE). A certificação de competência pode ocorrer para fins de dispença de disciplina ou módulo. O conjunto de certificação de competência equivalente a todos as disciplinas ou módulos de uma habilitação profissional da o direito a diploma. A matéria depende ainda da regulamentação do sistema. Referência Bibliográfica Lei de diretrizes e Base da Educação Nacional – Lei Federal nº 9394/96 Resoluções do CEE/MT.