16
Escola Secundária de Cascais Escola Secundária de Cascais Escola Secundária de Cascais Escola Secundária de Cascais número 2 número 2 número 2 número 2 Ano Lectivo 2006/07 Ano Lectivo 2006/07 Ano Lectivo 2006/07 Ano Lectivo 2006/07 O Vista d’Olhos é patrocinado pela: Os Cantos à Casa 2 Nova Escola 3 Hoje há histórias 4/5 Leitura de imagem 7 Recordações de Natal 8 Pupils Poems 9 Opinião 11 Nesta edição: E mais, muito mais... pág. 6 http://escascais-m.ccems.pt Inaugurou, no passado dia 23 de Janeiro, um novo espaço de partilha de informação e comunicação entre professores e alunos. Vem conhecer! pág. 16 pág. 8

372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

Escola Secundária de CascaisEscola Secundária de CascaisEscola Secundária de CascaisEscola Secundária de Cascais número 2 número 2 número 2 número 2 Ano Lectivo 2006/07 Ano Lectivo 2006/07 Ano Lectivo 2006/07 Ano Lectivo 2006/07

O Vista d’Olhos é

patrocinado pela:

Os Cantos à Casa 2

Nova Escola 3

Hoje há histórias 4/5

Leitura de imagem 7

Recordações de Natal 8

Pupils Poems 9

Opinião 11

Nesta edição:

E mais, muito mais...

pág. 6

http://escascais-m.ccems.pt

Inaugurou, no passado dia 23 de Janeiro, um novo espaço de partilha de informação e comunicação entre professores e alunos.

Vem conhecer!

pág. 16

pág. 8

Page 2: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

2

Viva amigos, Mais um período lectivo passou, e tanta coisa aconteceu… Dificilmente vamos conseguir transmitir todos os acontecimentos que tiveram lugar. A participação da comunidade escolar tem vindo a aumentar, o que torna mais rico o nosso jornal. Bem hajam! As receitas da venda deste jornal irão para ajudar o projecto People, Coast and Sea. Continuem com o bom trabalho. Esperamos voltar no fim do Ano Lectivo com mais trabalhos vossos.

A equipa editorial

Nesta Escola, como em qualquer outra onde eventualmente estivesse a leccionar, gosto quase sempre de trabalhar com as turmas da área das artes, porque obtenho para mim mesmo, no início de cada novo ano lectivo, a ilusão de estar a trabalhar com futuros artistas. Enfim. De qualquer modo é uma doce ilusão, benigna e pacífica, a qual se des-morona tanta vez ao fim de meia dúzia de aulas ou, em certas e raras ocasiões, parece confirmar-se, pois a espontaneidade com que alguns alunos aderem a projectos que lhes apresento é muitas vezes bem gratificante e chega a surpreender-me. Que tem o aluno das artes que os outros não possuem? É difícil de dizer por palavras. Tem de se estar dentro de uma sala de aulas a sentir como eles sentem, respiram, se movem ( no verda-deiro sentido da palavra), e se sensibilizam para certas questões que a outros passam ao longe. Falem-lhes de música, pintura, cinema, desenho e banda desenhada, dança, teatro, fotografia e outras artes formadas ou ainda em embrião, e ver-se-á a turma silen-ciada, mas atentíssima. Só na literatura é que tropeçam e metem os pés pelas mãos, convencidos de que ler na internet é ler: a culpa nem chega a ser bem deles, e se eu agora fosse por aí, teria assunto estafado para mais uma dezena de crónicas como esta. Cruzes, credo! Isto torna-os em alunos excepcionais, gerando turmas com resultados acima da média? Nada disso, e quem assim pense vai ao engano fácil. Bem pelo contrá-rio: são alunos de notas medianas, na sua grande maioria, com um ritmo próprio, com uma capacidade inata muito apurada para destrinçar entre preguiça e ócio, ou entre indolência e lazer, mas com um “radar” especial para ler nas entrelinhas ( ou melhor: nas entre falas) do que se diz a qualquer momento. E, às vezes, são apenas cinco ou seis por turma, mas, sendo elitista como sou, aí já valeu a pena, nem que só essa meia dúzia me escute até às últimas consequências do meu/nosso discurso. No entanto, só por esse número curto, mas sentido, já valeram a pena todas as acrobacias das minhas/nossas palavras. Além do mais, há sempre alunos que por lá andam ao engano, errando de vocação em vocação, até se acabarem por posicionar numa turma que nada tinha em comum com aquilo tudo. É que isto de ser um futuro artista requer uma arte muito espe-cial…

FIM

Renato Solnado (prof.)

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

Page 3: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

3

PROPOSTA DE NOVA ESCOLA NOTA EXPLICATIVA

Em Setembro de 2005, um grupo de professores da Escola Secundária de Cascais reuniram para questionar o futuro do estabelecimento escolar, já que decorria um boato sobre o seu encerramento por decrepitude face aos novos investimentos imobiliários nas suas imediações.

Como em termos oficiais não existe essa intenção, já que a escola mantém uma população escolar estável de cerca de 800 estudantes, iniciou-se um estudo de novas instalações, acrescentando mais valias em termos de equipamento desportivo e de lazer para serviço da população residente e eventual-mente em regime de exploração mista, mantendo uma ocupação / utilização durante os períodos não lectivos.

O estudo, concluído em Outubro de 2006, está a servir de divulgação para iniciativas da Associação de Pais junto das entidades públicas, aproveitando o período de depressão económica para eventualmente concretizar quando a situação melhorar.

Miguel Vidal, Augusto Nascimento e José Miguel 2007-01-11

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

Page 4: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

4

“HOJE HÁ HISTÓRIAS?” “Não estava ninguém na fonte, quando a Luísa, de cântaro deitado sobre a cabeça, ali chegou. Ninguém. (…) Próximo, um ribei-ro passava(...), onde as mulheres costumavam lavar(..) e as coisas, como as crianças, pareciam, sorrindo, deixar-se adormecer... (...) Luísa quedara-se abstracta junto da bica, ao ruído monótono do fio de água que lhe acordara nos ouvidos, onde lhe tinha ficado encantada, e com algum relevo da voz do Tónio, essa pergunta que ele lhe fizera: J D á s -me um beijo, Luísa? Estava mesmo a ver o rapaz quando lhe dirigira a inesperada pergunta. Fora no adro, um domingo de tarde (…)”

in "Vae Victis", Trindade Coelho, Os meus amores

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . “J Ó Setôr, hoje há histórias, não há?” Era assim que, à quarta-feira, o Pedro Miguel costumava correr para mim, de olhinhos piscos e voz expectante, ao encontrar-me por acaso, antes da aula de Português. O rapazito tinha uns 12 anos e pertencia à turma 7°.B da Escola Secundária de Carcavelos. Já lá vão dez anos e ainda aquela turma me está no coração! Era um conjunto muito "sui generis": quase todos bons alunos, muito vivos, competitivos, às vezes até de mais. Pare-cia que mão conhecedora e hábil os tinha escolhido e juntado, aquando da formação das turmas, no ano anterior. O grupo era relativamente pequeno (20 alunos, pouco mais ou menos) porque incluía a Rita, uma menina invisual a quem todos ajudavam, revezan-do-se com afinco para lhe facilitarem as tarefas. Perante o entusiasmo que revelavam, eu sentia que a análise dos textos e o aprofun-damento das ocorrências gramaticais deixavam algo a desejar. Além disso, eu tinha pouca experiência como professor de Português naquele nível etário, já que leccionava havia ainda relativamente poucos anos e quase sempre tivera os anos mais avançados, maioritariamente na disciplina de Francês. Um dia, à laia de experiência e sem nada lhes revelar previamen-te, levei para a sala de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei o momento azado para referir a semelhança que encon-trava entre aquele trecho e um conto que eu conhecia, de um autor consagrado. Perguntei-lhes se já haviam ouvido falar de Trindade Coelho ou lido algum conto da sua autoria. Não conheciam, mas ficaram curiosos quando lhes disse que muitos dos seus contos tinham feito as delícias de gerações de meninos da idade deles. Quiseram conhecer! E eu propus-me de imediato fazer a primeira leitura, uma vez que já conhecia o texto e poderia, assim, dar-lhe uma entoação mais sugestiva. Passados alguns minutos, verifiquei, estupefacto, que nenhum som se fazia ouvir na sala, para além da voz que vinha de dentro de mim. Fizera-se um silêncio cúmplice, aqui e ali entrecortado por um leve remexer involuntário de um ou outro corpo na carteira. E assim continuou até ao momento em que a campainha se fez ouvir. Mas a leitura não havia chegado ao ponto culminante. E assim o mistério da relação entre os dois supos-tos namorados não ficara desvendado… Aquele toque de despertar foi uma decepção generalizada: queriam saber o fim da história entre a Luísa e o Tónio, dois provincianos com os quais pareciam ter-se identificado em inocência e pureza. Foi então que eu aproveitei o entusiasmo. Propus-lhes que escolhessem um dia da semana, que destinaríamos à leitu-ra integral de contos. No dia seguinte, após algumas discussões, ficou estipulada a 4ª. feira, dia que doravante ninguém parecia querer perder, quanto mais não fosse para saber do resto da história. A partir de então, ninguém chegava atrasado à aula de 4ª. feira. Que-riam estar a par do que se passava naquelas histórias curiosas cuja leitura lhes fora pro-posta.

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

Page 5: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

5

Quando chegámos à quinta história, e uma vez que a leitura desta vez também não chegara aos “finalmentes”, propus-lhes que formassem grupos e, como trabalho de casa, procuras-sem compor, para a semana seguinte, um final que eles próprios leriam na tal aula das “histórias”. Surgiram finais para todos os gostos: uns apaixonantes, trágicos, comoventes, à boa maneira romântica; outros, humorísticos, algo satíricos, com um cheirinho a Herman José; outros, de ficção científica, à Spielberg; enfim, uma panóplia onde o imaginário tivera honras de “dono e senhor”. A partir da oitava história, os alunos apropriaram-se das quartas-feiras para fazerem eles próprios aquilo de que mais gostavam, relacionado com a leitura e tratamento de contos na aula. Sem eu próprio prever, foram surgindo sugestões diversas, algumas delas com evidente tónica criativa: J “Eu gostava de ler na aula um conto da Ilse Losa de que gosto muito. Pode ser, Setôr”, indagava a Marta, com a sua vozinha doce e determinada. J “Posso contar na turma uma história que o meu avô me contou?” J solicitava o Jorge, entu-siasmado, com um risinho matreiro à mistura. J“Já agora, Setôr, podemos contar anedotas?” J alvitrava o Quim Zé, com aquele olhar reguila de quem sabe coisas proibidas de que os outros nem sequer desconfiam. É claro que esta voluntariedade teve de passar pelo crivo de alguma disciplina. E assim se sucederam, ao longo de todas as quartas-feiras, sem excepção, naquele ano, as mais inu-sitadas contribuições, que culminaram, já no 3º. período, com textos compostos pelos pró-prios alunos: histórias que eu fotocopiava para o meu arquivo pessoal, dizendo-lhes, a propósito, meio a brincar, meio a sério, que um dia, quando fosse velhinho, eu publicaria num livro de contos para o qual eles estavam tão brilhantemente a contribuir. Foi, talvez para mim um pouco mais do que para eles, um ano de descoberta. Hoje, na casa dos vinte anos, a maior parte já se encontra a percorrer o caminho uni-versitário. Quando acontece encontrar algum, ainda sinto a voz encostada à saudade e acabo, inevitavelmente, por perguntar:

“� Então, como vão essas his tór ias?” , re ferindo-me, obviamente , à for-

ma como vai decorrendo a sua vida pessoal e sobretudo, académica. Mas também com uma re ferência cúmplice , impl íc i ta, às nossas v ivências comuns do passado. E outro dia, achei graça à resposta do André , o tal menino que às vezes me procurava no f im das aulas, ass im como que à socapa dos co legas, para me mostrar os seus poemas:

“� Olhe, Setôr , as h is tór ias agora são outras, mas f ique sabendo que

também podiam f igurar no seu tal l iv ro de contos , para quando for ve lh i-nho. Lá isso é que podiam. Oh! Se podiam!” E eu r i -me, pois c laro .

“� Imag ino!” E pr inc ipalmente as tuas, meu grande maro to !”

E depois f iquei a pensar e a falar com os meus botões sobre esta coisa de ser professor de meninos e ajudá-los a crescer. Mas também isso agora são “outras histórias…”, dire i eu. E hoje por aqui me f ico .

José Colaço (Prof.) � JULHO/96

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

Page 6: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

6

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

Page 7: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

7

A imagem lembra-me uma citação

conhecida mundialmente: “Nem

tudo o que parece é”. Nada é cer-

to, tudo tem sempre dois lados.

Todos os dias nos confrontamos

com situações de conflito, que têm

por base a falta de comunicação

entre pessoas. Esta falta de comu-

nicação cria barreiras nos relacio-

namentos, pois leva a maus julga-

mentos e a desentendimentos.

Portanto, o conhecimento não se

baseia numa única análise, mas

sim em vários.

Filipa Feijo 12ºA nº13

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

Vestígios de uma vida passada. Para mim, esta imagem simboliza a efemeridade da vida. Nós somos como um fruto que nasce de uma semente, cresce e amadurece. E chega a uma dada altura em que o sabor desse fruto é o melhor; con-tudo, um dia irá cair em terra, fican-do apenas vestígios dele. Mafalda Neiva Correia 12ºA nº21

O que importa é o que

está por dentro, o mais

importante não se vê…

sente-se.

Mariana Neiva Correia 12ºA nº21

Num instante ve

jo, uma

jovem forte, bela

, decidi- da, firme e bonita

, viran- do-me a cara. No instante segu

inte, ela

vira-se para mim

, baixa a

cara e envelhece

, o seu olhar é triste, ve

jo que está decrépita.

Manuel Guerra 12

ºA nº22

Na memória dos m

ais experientes, surge

o desejo do regresso ao passado. Ânsia

tal que os chega a dominar por com

pleto,

levando-os, por vezes, a renegar o seu

futuro. Desejam

a velha inconsciência, o

saber de não

saber, que antes

pos-

suíam… pretendem

regressar

àquela

época em que tudo era sim

plesmente o

que era, sentem a falta do não pensar

que lhes permitia vislum

brar as coisas

sem as ver verdadeiram

ente, mas usufruir

do que elas apenas demonstravam

ser.

Sim, com

as experiências se faz a sabe-

doria, mas a sim

ples vivência das coisas

fá-los amaldiçoar a sua actual consciente

inconsciência de que nessa altura é que

foram verdadeiram

ente felizes.

Simone R

oberto 12ºA nº31

Nada é o que parece…

Nada é o que parece à primeira

vista. Só quem olha atentamente

com o intuito de ver algo mais é que

repara nesta dualidade. Ora se vê a

jovem ora a velha, tudo depende do

espírito de cada um.

Também nos fala do tempo, tão

rápido se é bela e elegante, como

velha e abatida. Este não espera,

ladrão dos nossos momentos vivi-

dos, irremediavelmente perdidos,

nesta ampulheta incessante.

Mas também não poderá uma das

faces ser o reflexo interior da outra?

Sara Martins nº26 12ºA

A vida é precaridade.

Olhamos para trás e

tudo surge sufocante-

mente irreversível.

Desfrutar os prazeres da

vida e lutar inescotavel-

mente deve ser, à priori,

o lema da

condição

humana.

Ana Cláudia Miranda

12ºA nº3

Page 8: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

8

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

RECORDAÇÕES DO NATALRECORDAÇÕES DO NATALRECORDAÇÕES DO NATALRECORDAÇÕES DO NATAL

No âmbito do Projecto «A Escola e a Cidadania», vários foram os professores e, sobre-tudo, os alunos que manifestaram um espírito de entreajuda, de cooperação e de soli-dariedade nessa época tão especial. A todos agradecemos do fundo do coração e desejamos que continuem a desenvolver esse sentido de partilha, quer na Escola, quer nas vossas Vidas

Nem sempre nos damos conta do que temos, mas na realidade o que para mim é pouco, para quem precisa é muito – 10º E

Com o coração quente e a mão estendida, demos um cabaz de Natal a alguém especial – 10º D

A todos os alunos que se encontram inscritos, em regime de voluntariado no ATL da Galiza e nas Gaivotas da Torre, os nossos agradecimentos e que continuem a dar o bom exemplo de solidariedade. A pedido do Centro de Saúde de Cascais, com quem o nosso projecto «A Escola e a Cida- dania» tem colaborado, foi criado o logótipo para “Os Amigos do Centro de Saúde de Cascais” pelos alunos José Carlos Aldeiinhas, Gonçalo Filipe Fran-cisco Santos e Paulo Filipe Francisco Santos, da Turma H do 10º Ano, em colaboração com o Professor João Miguel Silva.

O reviver do passado Foi no passado dia 15 do mês de Fevereiro que a nossa escola teve mais uma vez o privilégio de receber a sobri-nha do mais famoso poeta português, Fer- nando Pessoa, Manuela Nogueira. Durante a sua palestra, foi dada a honra a todos os alunos e professores de terem o conheci-mento sobre as poucas, mas boas recorda- ções que Manuela Nogueira tem do tempo que pas-sou com o seu tio. Desde brincadeiras a passeios, nada lhe escapou de contar e tudo foi ouvi-do com muita atenção por parte de todos. No fim houve tempo para perguntas, fazen- do com que todas as dúvidas existentes fossem escla-recidas. Fica assim, então, a recordação de mais um bom momento passado e a vontade de receber novamente Manuela Nogueira, autora de diversos livros para crianças e de fotobibliografias do tio—o poeta Fernando Pessoa.

Francisca Terreiro 12º F nº 7

Page 9: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

9

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

The poem about myself

I am a strange boy I wonder if love really exists

I hear birds singing in the garden I see a heart hiding from another

I want to feel happiness I am a strange boy

I pretend to be myself I feel a big emptiness

I touch the untouchable I worry about my friends

I cry through music I am a strange boy

I understand what I don’t want

I say I will win I dream about the sky

I try to understand “the why” I hope we will get it I am a strange boy

Rodrigo Dias, 11º ano A

I AM I am a free fighter who loves the power of nature I hear the gods applauding my Eternal freedom and I see myself flying away Oh I want to feel the greatness of the wildness I am a free fighter who loves the power of nature! I embrace Africa wildlife As I know it is Strong, It is intense I feel the power of jungle I touch the clean and pure waterfalls I worry about the extinction of species and destruction of Earth I cry when God’s creation disappears, Oh, I am a free fighter who loves the power of nature! I understand that freedom is the only way to survive I say we must respect the environment if we want to live in a healthy planet I dream of making an expedition around the world I have to play an important role in the protection of our planet Oh, how I hope you believe in what I’m saying Oh! I am a free fighter who is becoming a strength of nature!

I am…

I am a dreaming person I wonder about the future I hear the sounds of laughs I see the smile of my friends I want my dreams to become truth I am a dreaming person I pretend to be always happy but I feel sad sometimes I touch people I worry about the people I love I cry when I listen to music I am a dreaming person I understand dreams and reality are two different things I say one day I will make my dreams come true I dream about the perfect day I try to have it I hope I’ll have it I am a dreaming person

Maria Moreno, 11º ano A

An “I am” poem I am the Angel of Darkness I wonder how’s to love somebody seriously I hear the call of the Sun every time I wake up I see a better world somewhere. I want to be capable of anything I am the Angel of Darkness I pretend to be a missionary of good and evil. I feel life around me. I touch the wind as a gift. I worry about the extinction of Faith. I cry for all the lies on us. I am the Angel of Darkness. I understand the balance of things. I say it’s all a question of attitude. I dream of a Princess from sky. I try to do my best on everything. I hope I’ll live enough. I am the Angel of Darkness.

João Miguel Gonçalves, 11º ano A

Page 10: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

10

Esta imagem sugere-me o modernismo, a vanguarda, o Futurismo. O Futurismo deu-se pela cor, pelo som, pela palavra, pela imagem, pela própria sensação dinâmica. Álvaro de Campos é o heterónimo de Pessoa que transmite sensações modernas, vertigi-nosas, energia explosiva, a volúpia da imaginação. É um poeta eufórico, explosivo, whitma-niano, que cantou as sensações desenfreadas, a emotividade pânica. Álvaro de Campos sente-se, muitas vezes, perturbado pelas sensações que busca compreender, procura entra- nhar-se em si mesmo para melhor com-preender o mistério do mundo e o mistério do homem. Ele é Pessoa mais despedido, libertan- do toda a angústia que o sufoca num crescendo de loucura, gritando o seu amor por todas as vidas anónimas e o desespero de as devassar para, de seguida, num tom recolhido e grave, (“Ode Triunfal” e “Ode Marítima”) reflectir sobre a fatalidade da morte e a doçura triste da infância que não mais volta. O poeta adere ao futurismo ao negar a arte aristotélica, ao pro-curar de forma vigorosa a inova- ção estética e ideológica da arte. Campos escreve num estilo torren- cial, nervoso, vertiginoso, de versos livres, vigorosos, submetidos à sen- sibilidade, dos impulsos e das emoções, com períodos longos e frases aparente- mente caóticas, com uso frequente da metáfora, repetição, onomatopeia, anáfora e comparação. Esta imagem é toda ela uma manifestação clara e explosiva de energia e força; uma sensa-ção dinâmica do Futurismo que nos é transmitida pela própria dinâmica da imagem. Ilustração de Miguel Martins, nº 20, 12º G Texto elaborado por Bárbara Botelho, nº 7, 12º A

O amor como ele é “Um momento inesquecível”, de Nicholas Sparks, é um romance terno e comovente do que realmen-te é o amor, a afeição, a generosidade, e a perda de quem amamos. Nicholas Sparks conta-nos, desta vez, a história de dois adolescentes - Landon e Jamie Sullivan. Dois adolescentes com per- cursos opostos e interesses divergentes. Um jovem estudante descom- prometido e a antiquada filha do pastor baptista de uma pequena cidade na Carolina do Norte. Mas, naque-le estranho Natal de 1958, Landon olhará Jamie com os olhos do amor, o que muda radical- mente o rumo daquelas duas vidas. É uma história comovente, pois retrata o verdadeiro significado do amor, e não o amor que foi banaliza- do e o amor idealizado, isto é daqueles romances em que quando chegamos ao final lemos “e viveram feli-zes para sempre”. Mas, alguém vive para sempre? Aliás, mas alguém é feliz para sempre? “Um momento inesquecível” é um romance genial, pois faz-nos chorar não por sabermos que nunca iremos viver felizes para sempre, mas porque obtemos a consciência de que não precisamos do homem perfeito, do homem ideal ou da mulher ideal para nos apaixonarmos ou para sabermos o significado do amor. Não, apenas precisamos do momento, da altura certa e da pessoa certa para que a nossa história de amor se torne num momento inesquecível. Adélia da Palma, nº1, 12ºE

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

Page 11: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

11

A questão da cultura deve-se, nomeadamente, ao contexto social, político e eco-nómico em que se vive. Enquanto que a juventude de há cinquenta anos atrás se preocupava e interes-sava pelo Conhecimento, de forma a poder ganhar uma participação mais activa na sociedade de então e mudá-la para melhor, hoje em dia os jovens vivem num mun-do material, inconscientes do contexto social em que se inserem. A cultura do Ser foi substituída pela cultura do Ter. É devido a esta despreocupação que são facilmente manipulados e entretidos, em grande parte através desta nova forma de Cultura que as novas tecnologias per-mitem. Não digo com isto que a televisão, os computadores ou os novos estilos musicais sejam maus veículos de transmissão de informação; contudo, admito que são facil-mente desvirtuados por assuntos que em nada contribuem para o nosso desenvol-vimento intelectual, como cidadãos e como pessoas. O conhecimento deu lugar ao entretenimento. Basta ver o exemplo da televisão. Se experimentarmos assistir durante um dia inteiro à TVI, chegamos à conclusão de que o melhor que este país tem para nos oferecer são as telenovelas e os programas onde se discutem as revis-tas “cor-de-rosa”! O mesmo se passa com os jogos de computador e as consolas. Afinal, de que nos serve sermos os mais rápidos a carregar nas teclas, se nem três palavras segui-das conseguimos ler sem gaguejar?! Na minha opinião, as novas tecnologias não são responsáveis por alguma estu-pidificação juvenil a que se assiste, pois embora tenham vindo a ter um impacto negativo a nível cultural, poderiam trazer benefícios extraordinários se proporcio-nassem a tomada de consciência acerca do mundo que nos rodeia. A chamada cultura clássica, que integra a literatura, o cinema, o teatro e as exposições consegue, nesse domínio, ultrapassar em larga escala a nova forma de cultura que os jovens privilegiam hoje em dia. Os livros, por exemplo, permitem-nos explorar mundos totalmente diferentes do nosso e conhecer novos pontos de vista, para além de desenvolverem a nossa imaginação e criatividade, em simultâneo com a própria linguagem. O ideal seria, por conseguinte, aliar o melhor de cada forma de cultura, utilizan-do as novas tecnologias para expandir a cultura clássica, em vez de a esmagar. Joana Judas, 12º.B, nº. 15 Jan./2007

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

Page 12: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

12

10 A

Como são as Competições: O sistema de disputa do bodyboard no Circuito Mundial funciona da seguinte maneira: os atletas entram no mar duas vezes, em heats com quatro atletas. O vencedor é o que somar o maior número de pontos nesses dois heats. O circuito mundial de bodyboard, denominado de Super Tour, reú-ne os 24 melhores bodyboarders do planeta.

Manobras: Tubo: ficar, durante alguns instantes, totalmente coberto pela onda, no espaço formado pela pare-de da onda e a projecção de sua crista, quando a mesma se quebra. El rollo: pode ser ou não uma manobra aérea, faz-se batendo contra a crista da onda, e girando num eixo paralelo ao solo em torno de si e retornar a base dela mesma. Somente é considerada aérea caso o executor se separe da crista da onda, verticalmente, durante a realização da manobra. El rollo invertido: pode ser ou não uma manobra aérea, faz-se batendo contra a crista da onda, e girando num eixo paralelo ao solo em torno de si, porém em sentido invertido ao da crista da onda e retornar à base dela mesma.

360:executa-se girando num eixo perpendicular ao solo e no sen- tido do corte da onda (se estamos a descer a onda para a esquerda, a rota-ção é feita para a esquerda), esta manobra pode ser feita em diversas secções da onda. 360 Invertido: executa-se girando no sentido contrário (para a direita, numa onda para a esquer-da), contra a força natural da onda. É mais difícil que o 360 convencional, pontuando melhor em campeonatos.

Aéreo: virar junto com a prancha contra a crista da onda, levantar voo, e voltar para alguma parte da onda. 360 Aéreo: manobra aérea, bater contra a crista da onda e girar 360 graus, num eixo horizontal, ainda no ar, voltando a aterrar em alguma parte da onda (quando feito no sentido contrário ao corte da onda é chamado 360 aéreo invertido.) Drop Knee: andar com um dos pés e o joelho oposto apoiados na prancha em vez de andar deitado.

ARS: Air Roll Spin (literalmente o El Rollo 360 Aéreo) manobra aérea, onde se executa um El Rollo e, ainda no ar, inicia-se um 360, podendo completá-lo antes ou depois de aterrar na onda nova-mente. Backflip: manobra aérea, inicia-se como um El Rollo ou Aéreo, batendo-se contra a crista da onda e projectando-se no ar, executando um giro num eixo perpendicular ao solo (diferentemente do eixo paralelo seguido pelo El Rollo e ARS). Manobra muito arriscada devido à possibi-lidade de dano cervical. Alguns spots portugueses:

Cabedelo do Douro (Porto) / (Nazaré); Supertubos (Peniche); Reef (Ericeira); Praia de Carcavelos (Lisboa); Z-Point (Sagres); Leça da Palmeira (Porto); Figueira da Foz (Cabo de Mondego); Praia Norte (Nazaré).

Trabalho realizado: Bernardo Marques; Miguel Fonseca;

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

Cont.

Page 13: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

13

Vencer… Vivo num mundo só meu, No mais remoto canto Onde tudo começou. Mundo inerte, Que não me vê, Uma escuridão sem fim, O meu refúgio ... Uma luz que re f lec te O limite do amanhecer. Dor... Sentimento que perdura, Que corrói e desfigura, Lima cada traço do ser Cicatriza cada momento que fez sofrer, Queimadura que teima em não sarar. Homem que não sofre É o que permanece inerte Dentro do seu cofre. Na escuridão do pensamento, Prisioneiro do próprio sofrimento. Amor... A derradeira tentação, Dor que provoca Uma boa sensação, Mágoa que floresce, Fraqueza que fortalece, Sol que nasce quando a treva da lua é finda, Ódio que ama. O grito rasgado da alma No vácuo do nosso vazio infinito, Voz que não é ouvida, Dor que não é sentida, Apenas uma ideia iludida, Tortura que vem sem se ver, Batalha que estamos fadados a perder. Mas o destino é só nosso para viver. E nas suas linhas escrever. O triunfo de todas as dificuldades Vencer ...

26 de Fevereiro de 2007

Ângelo Rebelo (pseudónimo de um aluno do

12º. Ano)

The poem about myself I am a dreamer I wonder if I have the power to complete my goals I hear a voice deep inside I see a light in the end of the tunnel I want to be what I want I am a dreamer I pretend to work hard I feel like I’m in a labyrinth I touch the untouchable I worry about everyone around me I cry when I’m disappointed with myself I am a dreamer I understand that everything is possible I say I can I dream about what makes me happy I try to be the best I can I hope I’ll do it I am a dreamer Francisco Beja Neves, 11º ano A

I am I am an introspective boy who loves mu-sic. I wonder what’s the right way for me. I hear angel wings in the sky as clouds go by. I see them point their light towards me. I want to feel the happiness of doing what I like. I am an introspective boy who loves mu-sic. I pretend that I go up to the sky and back. I feel the wind in my face as I fly. I touch the warm Sun without burning my hand. I worry if I ever become angry at the world. I cry for the times that have passed. I am an introspective boy who loves mu-sic. I understand the world may never be per-fect. I say that God looks after us. I dream of coming to help people. I hope I’ll be able to fill in my place in the world. I am an introspective boy who loves mu-sic. Vasco Quaresma, 11º ano A

Page 14: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

14

Tu és boa/bom demais para ser verdade. Não consigo tirar o meus

olhos de ti. Tu serias como um céu de tocar. E eu só te quero

abraçar, tanto. Durante o tempo que este amor durar. E graças a

Deus por me dar força para continuar a lutar. Tu és boa/bom demais

para ser verdade, e eu não consigo tirar os meus olhos de ti.

Desculpa-me a minha maneira de te olhar, mas é que não há nada

igual a que comparar. Tu deixas-me sem saber o que fazer, não há

palavras para o descrever. E se por acaso te sentires da mesma

maneira, por favor deixa-me saber. É que não consigo desviar o

meu olhar, és boa/bom demais para eu ter de te largar.

Se bem me lembro, foi no dia 21 de Setembro. Era tarde, fazia calor, estava na

minha primeira aula, biologia. Ela entrou, ela fascinou-me, aquela era a “Maria”.

Como sempre, atrasada, talvez até um pouco desleixada, ela passou ao meu

lado. Ela sorriu, eu olhei, e fiquei apaixonado. Amor à primeira vista. Há quem

diga que não existe. Mas eu descobri o que é estar apaixonado, pela primeira

vez, achado, arrasado, maltratado, desagregado, enforcado, no meio de uma

vida com significado...Senti todas aquelas dores amargas, secretas. Toda aquela

inspiração que incentivou “Shakespear” e muitos outros poetas. Descobri paz no

meio de tanta entropia, uma tristeza enorme que cativava alegria. Um significado

para uma vida que sempre me passou ao lado.

E agora, seria ela um achado? Oh, não. Fiquei entre a paz e o terror. Tristeza

não virou alegria e eu continuei no meio da minha próprio confusão, entropia,

tanta dor.

Eu vejo-a sorrir, ouço-a falar, através dessa parede invisível. Eu sei que ela me

vê a olhar-lhe, e ela já sabe...Quero abraçá-la, mas isso ela já sabe. E se o

escrevo não é para que ela simplesmente o saiba. É para que ela o sinta. Pois

eu podia pedir-lhe tanta coisa...Quero abraçá-la, falar-lhe, contar-lhe o que

sei...Mas a única coisa que tenho é para lhe dizer obrigado, obrigado por aquele

dia tão bonito em que vivi, o dia em que me apaixonei, no dia em que pela

primeira vez te vi...

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

Page 15: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

15

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07

A rádio tem vindo a promover a divulgação da mais variada informação, pertinente para a nossa escola. Para tal, temos conta-do com a solicitação da comunidade esco-lar. Queremos continuar a colaborar. ☺ Em Abril, três membros da nossa rádio vão participar num workshop de voz, promovido pela Câmara Municipal de Cascais. Na próxima edição, contaremos como decorreu!

I am

I am an insane guy crazy for her I wonder how the weather is like I hear the rain, I see the clouds I want to touch the sky I am an insane guy crazy for her I pretend to fly I feel lighter I touch the sky I worry about the distance I cry when we are not together I understand we can’t change it I say it’s not my fault I dream about being closer I try to imagine it I hope for the sun to shine I am an insane guy crazy for her Pedro Mateus, 11º ano A

I am…

I am a comic boy who likes surf I wonder how my future will be I hear the sound of the waves I see a beautiful sun on the beach I want the summer I am a comic boy who likes surf. I pretend to be a good student I feel I’m a terrible poet I touch the sea I worry about the climate changes I cry about the hungry ones in the world I am a comic boy who likes surf. I understand English I say I will be a good student I dream about my future I try being a good person I hope to be a good engineer I am a comic boy who likes surf. João Maria Rodrigues, 11º ano A

Page 16: 372mero 2 06 07) - Centro de Competência Entre Mar e Serra...de aula o livro "Os meus amores", de Trindade Coelho. A certa altura, no final da análise de um texto do manual, achei

16

Ficha Técnica: Vista d’Olhos: - Jornal da Escola Secundária de Cascais Propriedade: Escola Secundária de Cascais Montagem e Design Gráfico: Alunos do Clube do Jornal e Rádio Periodicidade: Trimestral Tiragem: 100 exemplares Preço: 1 “Olho” Impressão: E.S.Cascais Coordenadoras do Jornal: Profª. Catarina Moita Colaboradores do Jornal Profº. José Colaço Profª. Margarida Cymbrom Prof. João Miguel Comunidade Escolar

Escola

Secundária de Cascais Av. Pedro Álvares Cabral

Bairro do Rosário 2750-513 Cascais Tel.: 214865435 Fax: 214835863

Vista d’OlhosVista d’OlhosVista d’OlhosVista d’Olhos Número IINúmero IINúmero IINúmero II Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07Ano Lectivo 2006/07