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RESUMO 2º PROVA DE FITOPATOLOGIA GRUPO ASCOMYCOTA Introdução: Como fitoparasitas, causam manchas necróticas em folhas, oídios, antracnoses, podridão de raízes, caules e frutos, murchas vasculares, além de outras doenças. Características: O talo desses fungos, com exceção de um pequeno grupo unicelular microscópico (leveduras), é constituído por micélio septado, geralmente bem desenvolvido. Reprodução sexuada: A produção de ascósporos, ou seja, esporos resultantes de um processo de cariogamia e meiose, produzidos no interior de estruturas especializadas denominadas Ascas é a característica comum a todo filo. Reprodução assexuada: A reprodução assexuada, que normalmente resulta de grande número de propágulos que repetem o genoma do indivíduo, é o processo normal de reprodução de fungos, quando as condições do meio são favoráveis. A reprodução sexuada, na maioria das espécies desses fungos é rara e, só é importante para aquelas espécies que dependem de características dos ascósporos para sobrevivência ou disseminação. IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES DE ASCOMYCOTA: Na identificação das espécies de Ascomycota são consideradas, principalmente as características das asca, ascocarpo e do ascósporo. Características da asca: Características, com relação a constituição da parede, forma de liberação dos ascósporos, reação ao iodo, formato e quanto a disposição dos ascósporos. a) Quanto à parede da asca – Existem dois tipos: unitunicadas e bitunicadas. As Ascas unitunicadas apresentam parede constituída por uma membrana única, de difícil visualização. As Ascas bitunicadas possuem parede constituída por duas membranas, apresentando maior espessura, especialmente no ápice. b) Quanto a forma de liberação dos ascósporos – Ascas evanescentes (ou deliquescentes) são aquelas que vão sendo degradadas, se liquefazem a medida que o processo de maturação dos ascósporos vão evoluindo. Podem ser visualizadas apenas em fases jovens. Ascas persistentes são aquelas cujas paredes permanecem após a maturação e liberação dos ascósporos. As ascas persistentes podem ser operculadas ou inoperculadas. Nas ascas operculadas, a liberação ocorre através de um opérculo, que consiste em uma espécie de tampa formada pela ruptura da asca em local pré-determinado, ao redor do ápice (fig. 2 – E). As Ascas inoperculadas apresentam três tipos básicos: Ascas com poro: (os ascósporos são liberados por um poro fig. 2 – D); Ascas com fenda: (o rompimento ocorre em uma linha pré-determinada (fig 2 – F) e Ascas sem abertura: (o rompimento ocorre em qualquer ponto, não havendo local pré- determinado).

39 - Resumo 2º Prova de Fitopatologia

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RESUMO 2 PROVA DE FITOPATOLOGIAGRUPO ASCOMYCOTAIntroduo:Como fitoparasitas, causam manchas necrticas em folhas, odios, antracnoses, podrido de razes, caules e frutos, murchas vasculares, alm de outras doenas.Caractersticas:O talo desses fungos, com exceo de um pequeno grupo unicelular microscpico (leveduras), constitudo por miclio septado, geralmente bem desenvolvido.Reproduo sexuada:A produo de ascsporos, ou seja, esporos resultantes de um processo de cariogamia e meiose, produzidos no interior de estruturas especializadas denominadas Ascas a caracterstica comum a todo filo.Reproduo assexuada:A reproduo assexuada, que normalmente resulta de grande nmero de propgulos que repetem o genoma do indivduo, o processo normal de reproduo de fungos, quando as condies do meio so favorveis. A reproduo sexuada, na maioria das espcies desses fungos rara e, s importante para aquelas espcies que dependem de caractersticas dos ascsporos para sobrevivncia ou disseminao.IDENTIFICAO DE ESPCIES DE ASCOMYCOTA:Na identificao das espcies de Ascomycota so consideradas, principalmente as caractersticas das asca, ascocarpo e do ascsporo.Caractersticas da asca:Caractersticas, com relao a constituio da parede, forma de liberao dos ascsporos, reao ao iodo, formato e quanto a disposio dos ascsporos.a) Quanto parede da asca Existem dois tipos: unitunicadas e bitunicadas. As Ascas unitunicadas apresentam parede constituda por uma membrana nica, de difcil visualizao. As Ascas bitunicadas possuem parede constituda por duas membranas, apresentando maior espessura, especialmente no pice.b) Quanto a forma de liberao dos ascsporos Ascas evanescentes (ou deliquescentes) so aquelas que vo sendo degradadas, se liquefazem a medida que o processo de maturao dos ascsporos vo evoluindo. Podem ser visualizadas apenas em fases jovens. Ascas persistentes so aquelas cujas paredes permanecem aps a maturao e liberao dos ascsporos. As ascas persistentes podem ser operculadas ou inoperculadas. Nas ascas operculadas, a liberao ocorre atravs de um oprculo, que consiste em uma espcie de tampa formada pela ruptura da asca em local pr-determinado, ao redor do pice (fig. 2 E). As Ascas inoperculadas apresentam trs tipos bsicos: Ascas com poro: (os ascsporos so liberados por um poro fig. 2 D); Ascas com fenda: (o rompimento ocorre em uma linha pr-determinada (fig 2 F) e Ascas sem abertura: (o rompimento ocorre em qualquer ponto, no havendo local pr-determinado).

d) Quanto a forma Os formatos bsicos de ascas so: Globosas (fig. 2 A), clavadas (2 B) e cilndricas ( 2 C).e) Quanto a disposio dos ascsporos As diferentes espcies podem apresentar os scsporos com diferentes arranjos dentro da asca, como por exemplo em fila nica (fig. 2 F), em fila dupla (fig. 2 G) e em paralelo.Caractersticas dos ascocarpos:Ascocarpos so as frutificaes no interior das quais encontram-se as ascas e ascsporos. No interior dos ascocarpos, encontram-se espaos, denominados lculos no interior dos quais encontram-se as ascas. Um ascocarpo pode ser unilocular, ou seja conter apenas um lculo ou multilocular. Um lculo pode ser monoascal, ou seja, conter uma asca ou pluriascal.Tipos bsicos de ascocarpos:A) Acas nuas Ausncia de ascocarpo. Em alguns as ascas so formadas livres no meio, como em leveduras ou diretamente na superfcie do hospedeiro, como em taphrinales (Taphrina, fig. 3).B) Cleistotcio Frutificao geralmente globosa, completamente fechada. As ascas e scsporos somente so liberados se ocorrer o rompimento do cleistotcio. (exemplo de cleistotcio fig. 3. Eurotium s.).C) Peritcio A caracterstica principal desse tipo de ascocarpo a presena de uma abertura, por onde so liberados os ascsporos, denominada ostolo. Podem ter formato globoso como Gibberella (fig. 4) ou dotados de uma protuberncia no local do ostolo, denominada rostro como Neurospora (fig. 3).D) Apotcio: Ascocarpos abertos, em forma de taa ou prato. Nesse tipo de frutificao as ascas so formadas na superfcie do ascocarpo exposta ao ambiente. Alguns apotcios so pedicelados como Monilinia (fig. 3) ou ssseis, na superfcie do substrato, como Diplocarpon (fig. 4).E) Ascostroma: Em alguns as ascas so produzidas diretamente em uma cavidade (lculo), formado em um estroma pr-existente. Neste tipo de ascocarpo, chamado ascostroma, no h, portanto parede especial envolvendo as ascas, que se formam em cavidades dentro de um estroma. Existem ascostromas uniloculares e multiloculares.

Caractersticas dos ascsporos:Os ascocarpos se apresentam de diversos formatos, nmero de clulas e colorao.

Taxonomia:Classe Archyascomycetes: No tem ascocarpo Ascas nuas. Ex: Taphrina deformans - Causa crespeira em rosceas.Classe Euascomycetes: Apresenta ascocarpo.Ascocarpo tipo apotcio: Gnero: Pseudopeziza - Apotcio sssil, emergindo da folha do hospedeiro. Ascosporos unicelulares, causador de necrose foliar em trevos e alfafa.Ascocarpo tipo clestotcios: Fungos causadores de cinza ou odio. Gneros: Erysiphe - Cleistotcio ornamentado com fulcros simples, Uncinula Cleistotcio ornamentado com ganchos na extremidade dos fulcros.Ascocarpo tipo peritcios: Gneros: Chaetomium - Peritcio com setas, ascas evanescentes, ascosporos unicelulares, escuros. Saprfita, degradao de celulose. Ocorre em armazenamento de sementes, fibras vegetais. Gibberella - Ascosporo fragmosporo, geralmente com 3 septos. Phyllachora - Peritcio imerso em estroma localizado no interior das folhas do hospedeiro, ascosporos unicelulares. Ampla gama de hospedeiros. Neurospora - Ascosporos unicelulares escuros. Saprfita, comum em sementes.Ascocarpo do tipo ascostroma: Gneros: Mycosphaerella - Ascosporos bicelulares, causa manchas necrticas em folhas. Sphaerulina - Ascosporos fragmosporos. Causa manchas necrticas em folhas. Pleospora- Ascosporos com mais de 7 septos transversais e longitudinais. GRUPO BASIDOMYCOTAIntroduo:Caracterizam-se pela presena de basidiosporos (esporos sexuais) produzidos em basdias, estruturas semelhantes a uma clava, o corpo de frutificao chamado de basidocarpo.

Classe Urediniomycetes:Ordem Uredinales: Fungos chamados de ferrugem (menos ferrugem branca). No existe basidiocarpo (corpo de frutificao) nesta ordem.De acordo com seu ciclo vital as ferrugens dividem-se em 3 grupos:Ferrugens macrocclicas - so aquelas que formam 5 estgios reprodutivos.Ferrugens demicclicas - so aquelas que apresentam 2 ou 3 estgios reprodutivos.Ferrugens microcclicas - so aquelas que formam somente teleutosporos (teliosporos).

Forma 0 - espermognio ou pcnio: tem forma de frasco, localizadas no interior dos tecidos parasitados, tendo o ostolo (abertura) para o exterior revestido de apndices ou cerdas. No interior formam-se numerosos esporos hialinos unicelulares denominados picniosporos ou espermcias.Forma I - acios e aeciosporos: estrutura em forma de taa. Esta taa tem uma cavidade interna revestida por uma membrana formada chamada de perdio. Dentro da taa formam esporos unicelulares, hialinos, denominados aeciosporos.Forma II - uredossoro: esta forma contem em seu interior os uredosporos, que so esporos hialinos, pedunculados, chamados uredosporo. Forma III - teleutossoro: estrutura que dentro se forma esporos de colorao escura, podendo ser uni ou multicelulares, ssseis ou pedunculados, chamados os teleutosporos (teliosporos). A classificao das uredinales se baseia nas caractersticas do teleutosporo. Forma IV - basdios e basidiosporos: o ciclo do fungo completa-se com a produo dos basidisoporos, aps a germinao dos teleutosporos.

Quando a ferrugem necessita de mais de um hospedeiro para completar seu ciclo ela chamada de heterica. J as auticas completam todo o ciclo em um nico hospedeiro.A classificao das ferrugens est baseada nos teleutosporos. Quando estes no aparecerem no ciclo, tem-se o grupo das ferrugens imperfeitas. Se durante o crescimento, estas ferrugens imperfeitas apresentarem estgios de acio esto os possveis gneros podero ser: Aecidium. Se durante o crescimento apresentar estgio de uredossoro, esto pertencer ao gnero Uredo.

Ordem uredinales:Famlia melampsoraceae: Caracteriza-se por apresentarem teleutosporos ssseis, unicelulares e unidos lateralmente. Apresenta um gnero Melampsora. Ex. Melampsora lini - ferrugem do linho. Famlia phakopsoraceae: apresenta teleutosporos ssseis, com duas ou mais clulas e unidos lateralmente. Gnero: phakopsora. Ex. Phakopsora gossypii - ferrugem do algodoeiro, phakopsora pachyrizae ferrugem da soja.Famlia phragmidiaceae: apresenta teleutosporos pedicelados, multicelulares por septao horizontal. Gnero: phragmidium. Ex. Phragmidium mucronatum - ferrugem da Roseira.Famlia pucciniaceae: teleutosporos pedicelados uni ou bicelulares, com septao horizontal. Gneros: puccinia e uromyces. Ex. Puccinia allii - ferrugem do alho e cebola, puccinia graminis tritici - ferrugem do trigo, puccinia sorghi - ferrugem do milho, uromyces appendiculatus - ferrugem do feijoeiro. Famlia hemileiaceae: uredosporos lisos de um lado e equinulados do outro. Teleutosporos unicelulares, pedicelados. A espcie mais importante hemileia vastatrix (forma ii) que causa a ferrugem do cafeeiro.

Ordem UstilaginomycetesOrdem Entylomatales: teleutosporos livres, hialinos ou de colorao amarelo plido, rededos, com membrana espessa. No existe basidiocarpo nesta ordem. Famlia entylomataceae: gnero importante entyloma. Ex.: entyloma oryzae carvo da folha do arroz. Ordem Ustilaginales: no existe basidiocarpo (corpo de frutificao) nesta ordem. Famlia Ustilaginaceae: os principais gneros so: ustilago. Ex. Ustilago maydis - carvo comum do milho. Possui teleutosporo redondo e equinulado (com tipo espinhos).Ordem Tilletiales: famlia tilletiaceae: os principais so: tilletia:. Ex. Tilletia caries- crie do trigo. Teleutosporo reticulado (em forma de bola de golf).Classe Hymenomycetes: possuem basidicarpo. So os champions, orelhas de pau, cogumelos.FUNGOS MITOSPRICOS

Os fungos hoje denominados Mitospricos, so tambm conhecidos como Fungos Imperfeitos (reproduo assexuada), Deuteromicetos. A tendncia do grupo desaparecimento das classes, ou ficar reduzida apenas aqueles fungos que no se reproduzem sexualmente.

Morfologia:Apresentam miclio formado por hifas septadas, em geral bem desenvolvidas. As clulas geralmente multinucleadas e interligadas por poros que permitem a passagem de ncleos de uma para outra. Os esporos tambm denominados condios so produzidos sobre estruturas denominadas conidiforos. Podem variar no tamanho, nmero de clulas, formato e colorao.Conidiforo Hifas simples ou modificadas, com funo de produzirem condios. Podem se apresentar de formas isolados ou agrupados, formando diferentes frutificaes:Sinmio: Conidiforos unidos pela base formando uma coluna ereta;Esporodquio: Conidiforos geralmente curtos, formados sobre uma estrutura semelhante a uma almofada, resultante ao enovelamento das hifas.Picndio: Frutificao pseudoparenquimatosa globosa ou em forma de frasco, contendo no seu interior conidiforo e condios.Acrvulo: Conidiforos que evoluem de forma subepidrmica, rompendo a epiderme por ocasio da maturao.Esclercio e Clamidsporo: Estruturas vegetativas de resistncia, que permitem sobreviver sob condies desfavorveis.

Taxonomia:Tipo de frutificao: serve de critrio de separao de Classe, Ordem e Famlia. Peculiaridades dos conidiforos: servem de critrios para separar Famlia e Gnero. Tipo de condio: para gneros. Para espcie, geralmente baseia-se no tamanho do condio e no hospedeiro sobre o qual o fungo se desenvolve.Ou ainda: a taxonomia artificial proposto por Saccardo ( 1899 ), com base em caractersticas conidiais (formato, septao, e cor). Outros sistemas de classificao propostos, especialmente os baseados na esporognese (modo de formao dos condios).

CICLO DAS RELAES PATGENO-HOSPEDEIROParasitismo e patogenicidade:As doenas parasitrias, aquelas que tm como agentes causais os parasitas. Parasitas ou fitoparasitas so aqueles organismos que obtm alguma ou todas as substncias necessrias para seu crescimento e reproduo a partir de plantas vivas, sendo estas chamadas de hospedeiros. este fenmeno denomina-se de parasitismo, isto , uma simbiose antagnica.Patogenicidade a capacidade de um organismo causar doena. A maior ou menor capacidade de um patgeno causar doena referida como virulncia. A maior ou menor virulncia de um patgeno depender: a) de sua capacidade de penetrao no hospedeiro (agressividade); b) de sua capacidade de colonizar os tecidos hospedeiros (infecciosidade); e c) de sua capacidade de produzir substncias txicas planta hospedeira (poder toxgeno).Classificao dos parasitas: Parasitas obrigatrios e facultativos; Ectoparasitas e endoparasitas; Parasitas especficos e polfagos; Completam o ciclo de vida num mesmo hospedeiro parasitas auticos ou isicos, os hetericos, necessitam, de mais de um hospedeiro.

Ciclo de vida dos patgenosUm patgeno geralmente exibe durante seu ciclo de vida, duas fases bem distintas:a) A fase durante a qual se encontra intimamente associado com os tecidos vivos, causando doena denomina-se patogenese;b) O perodo durante o qual o patgeno desenvolve-se sobre a matria orgnica do solo, tecido necrosado do hospedeiro ou em restos de cultura, chama-se saprognese. O ciclo de vida dos parasitas obrigados junto com o ciclo de vida da doena, e a fase de saprognese falta no ciclo dos parasitas obrigados. Existe ainda uma outra fase, de inatividade ou atividade restrita, durante a qual o patgeno permanece em estado de repouso ou dormncia. Sobrevivem nessa fase sob a forma de estruturas de resistncia (osporos, clamidsporos, teleutosporos, esclercios e outros).

Ciclo primrio e ciclo secundrioServe para designar o ciclo das relaes patgeno-hospedeiro (ciclo das doenas).Ciclo primrio - se inicia a partir de estruturas de sobrevivncia ou de repouso do microrganismo agente causal ou ainda a partir da fase saproftica desenvolvido em restos de cultura ou matria orgnica do solo. Caractersticas: Introduz o patgeno na cultura afetada e devido ao nmero reduzido de esporos o nmero de leses produzidas reduzido.Ciclo secundrio aquele que se desenvolve a partir do inoculo produzido no fim do ciclo primrio, geralmente ainda sobre a planta hospedeira. Caractersticas: Dissemina o patgeno, fonte de inoculo mais numerosas do como conseqncias um aumento do ndice da doena.

Inculo e fonte de inoculoInculo qualquer poro de organismos patognicos capaz de causar doena. Local onde ele produzido denomina-se fonte de inculo.Inculo primrio: o inoculo responsvel pelo inicio do ciclo primrio das relaes patgeno-hospedeiro, ou seja, o inoculo que inicia o processo doena em cada ciclo da cultura. Inculo secundrio: o responsvel pelos ciclos secundrios da doena, ou seja, o produzido sobre o hospedeiro durante o ciclo da cultura.Fontes de inoculo podem se agrupadas como segue:

a) Plantas doentes: Todos os parasitas obrigados e muitos dos parasitas facultativos tm nas plantas doentes a nica ou principal fonte de inculo. Em muitos casos, a fonte de inculo se localiza em hospedeiros, como: plantas silvestres ou ervas daninhas, igualmente suscetveis ao patgeno.b) Fase saproftica: Nas doenas causadas por parasitas facultativos, capazes de se desenvolverem e multiplicarem na matria orgnica do solo. comum o inculo de certos fungos, seja formado por estruturas de resistncia ou repouso.

Disseminao do inculo e inoculaoA disseminao dos propgulos ou inculo feita, normalmente, em vrias direes , ao acaso, na dependncia dos fatores e agentes que governam essa disseminao. A disseminao envolve trs subprocessos bsicos: a) Liberao: consiste na remoo do patgeno do local onde foi produzido; b) Disperso: transporte do patgeno a partir da liberao at sua deposio e c) Deposio: assentamento do patgeno sobre uma determinada superfcie.Nem todos os patgenos apresentam um processo tpico de disseminao, com trs fases bem definidas. Com relao a viroses, alis, o prprio termo disseminao pouco empregado. A palavra utilizada para indicar o conjunto dos processos de liberao e disperso destes agentes fitopatognicos e transmisso.A disseminao do inculo, em geral, passiva, pois os microrganismos patognicos no transportam os seus propgulos com os seus prprios meios. Quando isto ocorre, temos a disseminao ativa.A disseminao passiva pode ser:Disseminao passiva direta: Existem muitos exemplos de doenas transmitidas diretamente por rgos do hospedeiro, geralmente rgos de reproduo ou de propagao vegetativa.Disseminao passiva indireta: D-se por intermdio dos agentes de inoculao estranhos ao hospedeiro, tais como o vento, gua, insetos, homens, animais, ferramentas e utenslios agrcolas.

GerminaoA germinao termina com a formao de um tubo germinativo para o qual foi deslocado o protoplasma do esporo; o tubo germinativo o rgo que vai desenvolver a fase seguinte, a penetrao nos tecidos do hospedeiro. Quando se trata de bactrias fitopatognicas, o inculo constitudo pelo prprio talo bacteriano. Neste caso, o processo de germinao substitudo pela multiplicao dos talos bacterianos que sero, posteriormente, transportados para o interior do hospedeiro.A germinao governada por fatores genticos e tambm influenciada fortemente pelas condies ambientais, entre as quais destacaremos a influncia de umidade, luz, temperatura, do pH, do oxignio e do CO2.

InfecoProcesso que se estende da germinao do patgeno at o estabelecimento de relaes parasitrias estveis com o hospedeiro. O processo engloba: pr-penetrao ( o conjunto de eventos que ocorre a partir do inicio da germinao do esporo at a penetrao da hifa infectiva no hospedeiro); penetrao e estabelecimento das relaes parasitrias. A infeco comea quando este patgeno germina (fungo), multiplica-se (bactrias) e penetra na planta (vrus e nematides).

PenetraoAps a germinao, o patgeno precisa, penetrar no interior do hospedeiro, para coloniza-lo. A penetrao pode se processar atravs da superfcie integra do hospedeiro, por suas aberturas naturais, por ferimentos ou ainda por rgos especiais.

ColonizaoAps a penetrao do patgeno, ocorre uma fase crtica, entre o momento da penetrao e aquele em que o patgeno passa a se alimentar do hospedeiro, quando a o estabelecimento do patgeno. Isto porque sempre possvel no haver a colonizao do hospedeiro. Tipos de colonizao:a) Superficialmente nas folhas: alguns fungos, como Oidium spp., desenvolvem o miclio na superfcie das folhas.b) Dentro da clula do hospedeiro: fitopatgenos vrus, virides e alguns fungos desenvolvem-se no citoplasma da clula.c) Entre as clulas do hospedeiro: as bactrias fitopatognicas colonizam os espaos intercelulares.d) Dentro do sistema vascular: alguns fungos, como Fusarium oxysporum e a bactria Ralstonia solanacearum colonizam o xilema e so distribudos no interior da planta.e) Em tecidos macerados a distncia: neste caso, o patgeno primeiro secreta enzimas que degradam os tecidos para depois crescer nos tecidos mortos.A colonizao segundo a localizao pode ser de dois tipos: Localizada: quando o patgeno fica circunscrito aos tecidos adjacentes ao local de penetrao ou o patgeno fixa-se em determinado rgo da planta; generalizada: quando a colonizao assume propores gerais, com o parasita disperso por quase toda a planta.

SintomasGeralmente os sintomas de determinadas doenas no aparecem imediatamente aps a infeco. O intervalo de tempo que decorre entre a inoculao e o aparecimento de sintomas denominado perodo de incubao.Aps algum tempo do aparecimento de sintomas, pode-se observar a formao de estruturas de patgenos, principalmente de fungos e nematides, os sinais. O intervalo de tempo decorrido da inoculao at o aparecimento de sinais denominado perodo latente.

ReproduoUma vez colonizado o hospedeiro, o patgeno ir se reproduzir, formando propgulos que iniciaro novos ciclos secundrios. Os vrus e virides multiplicam-se por replicao. Os fungos reproduzem-se, principalmente, por meio de esporos de origem assexuada e sexual. Bactrias reproduzem-se por fisso binria transversa. Os nematides tm reproduo sexuada e ocorre tambm partenognese.O estudo das relaes patgeno-hospedeiro constitua base para a aplicao de medidas de controle. As medidas de controle visam interromper o ciclo em qualquer uma de suas fases, impedindo o desenvolvimento da doena.

Fig. 3. Ciclo geral das relaes patgeno-hospedeiroFISIOLOGIA DE FUNGOSMetabolismo Compreende a tomada dos alimentos e seu armazenamento nos tecidos. Corresponde a nutrio e respirao. Nutrio:Os fungos so heterotrfos, usam compostos orgnicos j elaborados como fontes de energia. A nutrio dos fungos realizada atravs de hifas diferenciadas denominadas haustrios. Os fungos ectoparasitas sem haustrio, o processo de absoro dos alimentos feito diretamente pelas hifas miclicas.Os alimentos em muitos casos necessitam ser transformados para serem aproveitados. Os materiais insolveis tero que ser hidrolizados, por enzimas. Assim o amido precisa ser hidrolizado em dextrina e maltase, o acar de cana em glicose e levulase, e as protenas em peptonas. Hidrlise: ruptura de uma ligao qumica pela gua.Em resumo os fungos necessitam para a sua alimentao substncias como oxignio livre gasoso; matria orgnica ternria; substncias nitrogenadas; sais minerais, tais como fosfato e sulfato de potssio, magnsio, ferro, zinco e mangans. Nos processos metablicos dos fungos, diversos fenmenos so observados como o armazenamento das substncias de reserva, respirao e fermentaes.

Substncias de reservas:A substncia de reserva de reserva dos fungos o glicognio. O glicognio forma-se sempre no citoplasma na ausncia de condriossomos. Destina ser utilizadas nos momentos de ativo crescimento ou na maturao dos esporos. Respirao:Todos os fungos necessitam de oxignio para crescer, no existem fungos totalmente anaerbios. No metabolismo normal, os fungos absorvem oxignio e desprendem anidrido carbnico.A respirao aerbica dos fungos dividida nos mesmos estgios da respirao de outros organismos, a saber: a glicolise (com os mesmos passos na respirao e na fermentao) - ocorre no citoplasma e consistindo na converso da gliclise em piruvato. Se no final da gliclise tiver pouco O2 ocorre fermentao, caso contrario ocorrem os demais processos aerbicos da respirao; Ciclo de Krebs - exclusivo de organismos aerbicos, sendo uma continuao da gliclise, uma vez que aproveita o piruvato formado nessa, ocorre na matriz mitocondrial; e cadeia de transporte de eltrons.Fermentao e produtos de metabolismo: A fermentao um dos processos do metabolismo fngico dos mais importantes para o ser humano, isto porque, atravs desse processo, conseguiu-se fabricar bebidas alcolicas, po, queijo, entre outros produtos de grande importncia. Muitos fungos conseguem at sobreviver em condies anaerbicas, pois realizam a fermentao para obteno de energia, tendo, como resultado final, a produo de lcool etlico.A fermentao alcolica das leveduras tem grande aplicao industrial. Descoberta por Pasteur com leveduras da cerveja Sacchoromyces cerevisiae. Abaixo alguns produtos obtidos por fermentao:lcool etlico; cido qlucnico; cido ltico; cido fumrico; cido ctrico

Crescimento: O crescimento pode ser considerado um aumento do n de clulas ou aumento de massa. O crescimento inicia pela germinao dos esporos e termina pela formao dos novos esporos. O crescimento dos fungos subordinado a uma srie de influncias:Influncia dos diferentes alimentos:Os fungos quando cultivados em condies favorveis e abundncia de alimentos de fcil assimilao, crescem rapidamente, formando abundante miclio e quando o alimento tende a diminuir eles formam os corpos de frutificaes. Todos os fungos so hetertrofos, usa compostos orgnicos j elaborados, geralmente, carboidrato como fonte de energia. Alguns so restritos a um tipo de substrato, necessitando de uma seleo particular de substncias, para sustentar o crescimento. Outros parasitas especializados crescem somente em citoplasma vivo, de uma espcie ou variedade de planta, requerendo todos os compostos celulares j elaborados, estes so os organismos obrigados, no podem ser cultivados em meios sintticos, ou em outros materiais no vivos. Os saprfitos que normalmente vivem em meio orgnico muito rico, podem tambm requerer muitos compostos celulares j elaborados. Influncia da temperatura:A temperatura tem efeito marcante nos fungos, embora diferentes organismos tenham diferentes timos de temperatura. Psicrfilos: so organismos com timo de temperatura abaixo de 20C;Mesfilos: inclui a maioria, tem timo entre 20,1C e 45C;Termfilos: tem timo de temperatura acima de 45C. A temperatura no s influi no crescimento da parte vegetativa, como tambm no tamanho e nmero de esporos. O timo de temperatura para o desenvolvimento do miclio pode no ser o timo para a formao dos esporos. De uma maneira geral o timo para todos os fungos est entre 20C 30C.Umidade: A gua indispensvel para o crescimento dos fungos. Pouqussimos fungos podem se desenvolver em pequeno grau de umidade, ex: Odios. Os bolores requerem muita umidade, e imprescindvel na formao dos zosporos.Influncia da luz: A luz influi diferentemente sobre o desenvolvimento dos fungos, nas fases vegetativas e reprodutivas. Na primeira fase os fungos preferem obscuridade ou luz difusa para desenvolver o miclio, e na segunda, procuram a luz para formar as frutificaes. Em relao a luz ultravioleta: a ao letal de luz ultravioleta condicionada pelo comprimento de onda da radiao, o tempo de exposio e pela natureza particular do microorganismo.Efeito do pH:Os fungos so suscetveis a um grau de acidez ou alcalinidade dos meios sobre os quais se desenvolvem. Em geral um ligeiro grau de acidez favorvel germinao dos esporos e ao rpido crescimento de colnias jovens.Influncia de substncias txicas:Os fungos como em outras espcies de seres vivos, so afetados pela presena de certas substncias txicas nos alimento. Certas substncias venenosas em doses pequenas, muitas vezes funcionam como estimulante tnico para os animais. Os fungos so estimulados por pequenas quantidades de substncias txicas em seu meio de cultura. Elementos como sas de zinco, cobre, mercrio e flor, so empregados como estimulantes, no entanto estas substncias podem causar mutaes.Influncia de outros microrganismos:A influncia de outros microrganismos, no crescimento de um indivduo, pode ser devida: a) Competio pelo substrato; Na competio pelo substrato, as espcies com maior habilidade desenvolvem-se melhor, deixando as demais estioladas ou enfezadas. Se tivermos vrias espcies crescendo juntas num mesmo substrato, elas prejudicam-se mutuamente, afetando todas as fases de seu desenvolvimento. As espcies que possuem maior quantidade de enzimas so as mais competitivas.b) Antagonismo pela elaborao de substncias txicas a este indivduo; O antagonismo, como exemplos podem citar: Gliocldiurn fimbriatum e Rhizoctonia solani, a primeira espcie segrega uma substncia com propriedades antibiticas que age sobre o miclio da segunda, provocando sua morte.c) Parasitismo; O parasitismo entre fungos bastante freqente, se trata de uma espcie se aproveita de outra para seu desenvolvimento.

Irritabilidade:A irritabilidade uma propriedade do protoplasma que se manifesta a reaes. Os fatores que provocam tais mudanas denominam-se estmulos, chamados de uma maneira em geral de tropismos. Estes recebem nomes especiais como: geotropismo, fototropismo, hidrotropismo e quimiotropismo. Os tropismos podem ser positivos ou negativos, segundo os rgos estimulados, dirijam-se para a agente estimulante ou afastem-se destes.Geotropismo: A gravidade provoca as reaes mais diversas em quase todos os organismos. Ex: No ciclo de desenvolvimento dos Hymenomycetes, notamos que os mesmos executam uma srie de movimentos, alguns dos quais so influenciados pelo geotropismo positivo ou negativo. O resultado destes movimentos colocar sempre de tal forma o himnio para que realize livremente a descarga dos esporos para o espao, a fim de que os mesmos sejam disseminados pelo vento e outros agentes de disseminao.

Fototropismo: Denominasse fototropismo a influncia da luz na direo do crescimento. Os fungos reagem luz e formam curvaturas fototrpicas. A luz tem grande influncia no desenvolvimento e orientao dos esporforos. O desenvolvimento do sistema vegetativo quase sempre negativamente fototrpico.Estas respostas ao estmulo luz so adaptadas a fim de permitir aos rgos de reproduo, liberte seus esporos, de maneira que escapem livremente para o ar. A luz mostra o caminho para a qual o fungo deve lanar seus esporos.Quimiotropismo e quimiotactismo: A atrao ou repulso dos organismos pelos estmulos qumicos denomina-se de quimiotropismo e quimiotaxismo. O estmulo das substncias qumico encontrado nos gametas masculinos e femininos entre miclio (+) e (-) das espcies heterotlicas. Hidrotropismo: O sistema vegetativo pode ser estimulado pelo hidrotropismo positivo, enquanto que os esporforos o so pelo hidrotropismo negativo, com exceo nas espcies aquticas.Tactilidade:Observa-se nas extremidades das hifas dos basidiforos so sensveis ao contato, e a reao constitui um atraso de crescimento nesse ponto. Sabe-se que os filamentos micelianos distinguem o contato entre corpos estranhos e filamento miclicos.FATORES ABITICOSIntroduo:Com o avano da fitopatologia houve a preocupao em reavaliar os distintos fatores que Intervinham no desenvolvimento das doenas. O efeito breve de uma geada sobre pastagens ou sobre plantas resulta numa leso. No entanto um efeito no bitico como alta concentrao de oxidante no ar ou toxidade do Mn no solo, atuando por longos perodos, produzindo um processo daninho numa planta, o resultado uma doena. Doena se caracteriza por ser: fenmeno biolgico; interfere nos processos fisiolgicos da planta; uma interferncia prejudicial planta; um processo contnuo (difere de injria).Num sentido mais amplo, o termo doenas pode ser definido como qualquer desvio na normalidade; seja estrutural ou funcional. Embora semelhantes os sintomas entre agentes biticos e abiticos os causados por agentes abiticos no so transmitidos de uma planta doente para uma planta sadia. Fatores abiticos a serem estudados:

Temperatura:Plantas mais velhas resistem melhores as temperaturas mais baixas. Plantas de clima tropical desenvolvem-se melhor em clima quente, e so severamente injuriadas quando as temperaturas chegam prximo de 0C e plantas perenes de clima temperado so mais resistentes as baixas temperaturas.Os mecanismos dos danos causados por baixas e altas temperaturas so totalmente diferentes entre si. Nas altas temperaturas, ocorre inativao de determinados sistemas enzimticos ou acelerao de outros. Nas baixas temperaturas os danos so causados pelas injurias mecnicas produzidas na formao de gelo nos espaos intercelulares e desidratao do protoplasma.Baixas temperaturas:Os principais problemas ocasionados por baixas temperaturas so as geadas. Danos por esfriamento antes que a temperatura alcance o ponto de congelamento so atribudos a desequilbrios fisiolgicos nas plantas, tais com excessiva transpirao em relao absoro de gua, maior respirao que fotossntese e maior decomposio que sntese protica.Quando chega a uma temperatura de congelamento (danos por geadas), oque ocorre uma ao conjunta de desidratao do protoplasma e o efeito mecnico das partculas de gelo que se formam extracelularmente.A intensidade dos danos ser maior a uma mesma temperatura, quanto mais rpido for o processo de congelamento e degelo, por esta razo a rapidez no congelamento ou descongelamento pode determinar as propores dos danos.Os sintomas observados podem ser: necrose nas gemas, flores, plen, sobre brotos suculentos ou tenros, em pequenos frutos e folhas variando em intensidade conforme o desenvolvimento destes rgos.Altas temperaturas:s vezes difcil separar os efeitos das altas temperaturas dos causados por intensa luminosidade ou seca, pois so trs fatores que muitas vezes se apresentam simultaneamente. Os efeitos do calor excessivo que retardam o desenvolvimento das plantas podem ser devidos tanto a desnaturao de protenas vegetais, como a um desequilbrio da relao fotossntese-respirao.

Efeitos da luz: bem conhecido o efeito que a luz tem sobre a formao da clorofila, como fonte de energia na funo fotossinttica. Tem influncia sobre a transpirao, modificando a permeabilidade do protoplasma ou regulando a abertura dos estmatos, por atuar sobre a presso osmtica.Se a intensidade da luz superar o necessrio por uma planta durante um perodo mais ou menos prolongado, a elaborao de carboidratos comea a diminuir, at paralisar totalmente. Com o excesso de luz, ativa-se a oxidao rompendo o equilbrio (oxidao e a recombinao simultnea), as folhas tornam-se clorticas, verde-amareladas ou bronzeadas, pela destruio paulatina de pigmentos.

Chuvas e umidade atmosfrica:Os vegetais podem sofre transformaes fisiolgicas e morfolgicas quando a chuva, orvalho e a umidade relativa forem absorvidos pelos rgos areos. Nas folhas de vegetais desenvolvidas com excesso de umidade, poder ocorrer uma reduo de elementos vasculares e fibrosos.Quando a uma chuva rpida, seguir um tempo quente de sol radiante, os tecidos molhados freqentemente resultam com queimaduras e tambm comum ocorrer germinao de gros colhidos, devido chuva e a alta umidade do ar.

Falta de aerao do solo e excesso hdrico:Os rgos subterrneos tomam o oxignio do ar existente no solo. Com o solo inundado h dificuldade da livre circulao do ar. Alm da carncia de oxignio, ocorre um excesso de anidrido carbnico, em funo da respirao dos rgos subterrneos e de microrganismos, que no pode ser eliminado, sendo desta forma nociva para as plantas e para os prprios microrganismos.Com a inundao permanente ocorre a decomposio de razes e rgos de armazenamento subterrneos, os quais so invadidos por microrganismos causadores de putrefao.

Fatores abiticos e ciclo de vida dos patgenos

VARIABILIDADE DE MICRORGANISMOSIntroduo:Erikson (1894) foi o primeiro a mostrar que a aparente uniformidade da espcie Puccinia graminis que apresentava uma seletividade de hospedeiros assim: Puccinia graminis isolada de trigo era incapaz de causar doena em outras gramneas como centeio, aveia, etc. Foi ento sugerido pelo mesmo pesquisador o termo Formae Specialis para este tipo de seletividade.Formae specialis o conjunto de indivduos que no apresentam diferenas morfolgicas, mas apresentam diferenas quanto ao hospedeiro que podem atacar. Posteriormente, com a continuao dos estudos, outros pesquisadores verificaram que mesmo dentro da formae specialis diferentes grupos de indivduos variavam quanto patogenicidade, em diferentes cultivares de uma mesma espcie hospedeira, props ento o termo raas fisiolgicas.

Mecanismos gerais de variabilidade de agentes fitopatognicosMutao:Mutao mais ou menos uma mudana abrupta no material gentico de uma clula a qual transmitida hereditariamente a prognie. A mutao base de todos os processos de variabilidade nos organismos fitopatognicos.Qualquer troca na seqncia de nucleotdeos modifica o cdigo gentico e resulta em mutao. As trocas podem ocorrer por: Mutaes gnicas:Substituio ocorre a substituio de nucleotdeos; Insero um ou mais nucleotdeos so inseridos na seqncia; Inverso um segmento de DNA sofre uma rotao de 180; e Deleo em que ocorre a remoo de um ou mais nucleotdeos.Mutaes cromossmicas:Transposio ocorre a passagem de um segmento de cromossomos ou todo para outro cromossomo.Hibridao:Dois ncleos haplides (1n), contendo material gentico diferente, unem-se para formar um ncleo diplide (2n), chamado zigoto. O zigoto divide-se meioticamente e produz novas clulas haplides. Portanto, hibridao vem a ser a combinao de ncleos diferentes e incorporao na prognie de caractersticas genticas de ambos os pais.Recombinao gnica: Recombinao meitica (sexuada) o principal mecanismo amplificador da variabilidade em organismos superiores, ocorrendo durante a meiose.

Mecanismos de variabilidade em fungosHeterocariose: Coexistncia de ncleos geneticamente diferentes em um citoplasma comum atravs anastomose de hifas.Parassexualidade:Ocorrncia de plasmogamia entre duas hifas genticamente diferentes, formando um heterocarion, ou seja, presena de dois ncleos geneticamente diferentes na mesma clula. Esta situao de heterocariose termina quando ocorre a unio destes ncleos originando uma clula ou hifa diplide, a qual se perpetua por mitose.Adaptao citoplasmtica: a capacidade de o organismo adaptar-se a um novo ambiente, anteriormente desfavorvel, quando em contato com este. Trs tipos de adaptao tm sido mostrados:1. Capacidade de tolerar substncias anteriormente txicas;2. Capacidade de adquirir habilidade para utilizar novos substratos de crescimento;3. Capacidade de adquirir ou perder patogenicidade.

Diferena entre o ciclo sexual e parassexual:1. Fuso de ncleos s ocorre entre clulas sexuais especializadas (sexual); Fuso dos ncleos pode ocorrer entre hifas (parassexual).2. Da fuso do ncleo resulta o zigoto (diplide), que persiste por apenas uma diviso celular (sexual); A clula diplide pode se dividir mitoticamente por vrios ciclos (parassexual).

Mecanismos de variabilidade em bactrias:Transformao:Absoro de fragmentos de DNA do meio externo e subsequente incorporao no genoma. um evento raro exige clulas especializadas (clulas competentes).Conjugao:Transferncia de fragmentos de cromossomo ou plasmdeos de uma clula doadora para uma receptora. Atravs de plasmdeos especiais os plasmdeos de conjugao.Transduo: a transferncia de material gentico de uma bactria a outra por intermdio de bacterifagos ou vrus.1. DNA bacteriano encapsidado e levado para outra clula;2. Durante a exciso do genoma viral ele traz parte do DNA bacteriano;Bacterifago ltico e lisognico:De maneira geral, os bacterifagos lticos (tambm chamados virulentos) aderem superfcie da clula hospedeira e injetam seu material gentico no interior desta, o genoma do bacterifago replicado, gerando novas cpias do vrus. A replicao do fago leva a morte da clula hospedeira, liberando no ambiente, inmeras cpias do vrus.Durante a fase lisognica (tambm chamada de temperada), o genoma do bacterifago integra-se ao genoma da bactria ocorrendo que este bacterifago multiplica-se juntamente com o genoma da bactria, pois os genes que controlam seu ciclo ltico no so expressos. Normalmente esse controle mantido por uma protena repressora da expresso gnica do prprio vrus. Quando este repressor inativado o bacterifago induzido. Essa induo resulta na produo de novas partculas virais, ocasionando a morte da clula hospedeira e liberando os novos bacterifagos.

Mecanismo de variabilidade em vrus:Mutao: o principal mecanismo de variabilidade.Recombinao genmica: mais comum do que em outros microrganismos e pode ocorrer entre o vrus e hospedeiro.Tipos:Homloga - duas partculas virais semelhantes trocam segmentos homlogos de DNA.Ilegtima (no-homloga) - partculas virais diferentes trocam segmentos genmicos entre si.Aberrante (genomas de RNA) - duas partculas virais semelhantes trocam segmentos no-homlogos do genoma.

Consequncias da variabilidade: Ocorre variao do patgeno quanto especificidade do hospedeiro, gerando Formae specialis e raas.

CLASSIFICAO DE DOENAS SEGUNDO PROCESSOS INTERFERIDOSIntroduo:Diversos critrios baseados no hospedeiro ou no patgeno podem ser usados na classificao das doenas. Quando o hospedeiro tomado como referncia:# Doenas que ocorrem em determinada espcie# Segundo a parte atacada# Segundo a natureza dos patgenos # Segundo a interferncia nos processos fisiolgicos vitais da planta (McNew).McNew props seis processos vitais cujos eventos obedecem uma ordem cronolgica:1. Acmulo de nutrientes em orgos de armazenamento para o desenvolvimento de tecidos embrionrios; (Grupo I) - Doenas que destroem os orgos de armazenamento;2. Desenvolvimento de tecidos jovens s custas de nutrientes armazenados; (Grupo II) - Doenas que causam danos em plntulas (Damping-off);3. Absoro de gua e nutrientes a partir de um substrato;(Grupo III) - Doenas que danificam as razes (Podrides de razes e colo);4. Transporte de gua e minerais atravs do sistema de vasos; (Grupo IV) - Doenas que atacam o sistema vascular (Doenas vasculares);5. Fotossntese; (Grupo V) - Doenas que interferem na fotossntese (Manhas, Ferrugens, Odios e Mldios);6. Utilizao pela planta de substncias elaboradas atravs da fotossintese; (Grupo VI) - Doenas que alteram o aproveitamento das substncias fotossintetizadas(Carves Galhas e Viroses) . medida que o grupo das doenas aumenta (nmero maior) aumenta a evoluo dos parasitas, diminui a sua agressividade e aumenta a especificidade do patgeno sobre o hospedeiro.Grupo IGrupo IIGrupo IIIGrupo IV

Processo interferidoDestruio de reservas e nutrientes, ocasionando reflexos na nutrio de tecidos embrionrios.Digesto de reservas com reflexos na germinao e desenvolvimento das plntulas.absoro e acmulo de gua e minerais.Transporte de gua e minerais.

DoenasPodrides moles de frutos e hortalias, podrides de sementes e madeira.

Tombamento, mela, doenas de sementeiras, danos em sementes e plntulas em pr e ps- emergncia.podrides de razes e colo.Vasculares ou murchas.

Agentes casuaisErwinia caratovora, Botrytis, penicillium, Rhizopus spPythium Phytophthora Fusarium Rhizoctonia Colletotrichum, Phoma, Xanthomonas, Pseudomonas

Thielaviopsis basicola, Fusarium solani, Ophiobolus gramonis, Phytophthora cactorum, Rosellinia, Sclerotinia ( fazem parte da microflora do solo).Verticillium albo-atrum, Ralstonia solanacearum, Erwinia , Clavibacter.

SintomasNutre-se do lquido extravasado, multiplica-se e atua nos tecidos adjacentes levando-os a um colapso com extravaso de lquidos.Antes da emergncia: manchas, morte Ps-emergncia: encharcamento, necrose, murcha e tombamento

Murcha, apodrecimento de razes, amarelecimento e queda precoce de folhas, murcha e morte.Murcha (exteriorizao da falta de gua).

Mecanismos de ataqueEnzimas: celulase, amilase, pectinolticas e Toxinasenzimas (pectinolticas e proteolticas),toxinas, ao mecnicaToxinas e enzimasToxinas

SobrevivnciaMO como saprfitas e nas sementesno solo como saprfitas, sementes restos de cultura e estruturas de resistnciasolo (estruturas de resistncia), sementes restos de culturaSolo, xilema, restos de cultura, sementes.

Tipo de parasitismofacultativosfacultativos, tacam tecidos jovens metabolicamente ativos.Facultativos muito agressivos e pouca especializao em relao ao parasitismo.Facultativo com alta especialidade em nvel de espcie de planta.

PenetraoFerimentosdireta e por ferimentos, colonizao inter e intracelular so muito influenciados pelo ambiente, idade dos tecidos.

Ferimentos, plos radiculares, manta micelial, enzimas e apressrios.Ferimentos, aberturas naturais e plos absorventes.

ControleEvitar ferimentos, Melhores condies de armazenameno, higenizao e tratamento qumico.

diminuio do inculo, melhorar as condies para a germinao, mudana de local, evitar altas densidades de sementes.

(Difcil, o solo um ambiente complexo),rotao de culturas, estimular antibiose, mudana de local, cultivares resistentesResistncia varietal, Rotao de culturas, mudana de local.

MEIOS DE CULTURA

Os meios de cultura so substncias ou solues que proporcionam o desenvolvimento de um microrganismo ou mais. H uma grande quantidade de meios utilizados no isolamento, na manuteno e na propagao de culturas puras de bactrias e de fungos fitopatognicos. Um meio adequado deve incluir fontes de C, N, e sais inorgnicos. Outros dependendo do microrganismo devem ter mesmo, vitaminase e fatores de crescimento (aminocidos).Os meios de cultura de acordo com seu estado so classificados em: lquidos, slidos e semi-slidos e quanto composio em: sintticos, semi-sintticos e naturais.

Meios lquidos:Os meios lquidos so menos usados que os slidos, por serem mais difceis de lidar e mais sujeitos a contaminaes, so usados principalmente para aumentar o inoculo de bactrias e fungos. Os microrganismos em cultura lquida podem ser cultivados em meio parado ou em meio agitado, a agitao proporciona mais aerao e uniformidade no desenvolvimento do fungo.

Meios slidos:Normalmente, so utilizados no isolamento de bactrias e fungos para fins de identificao e de preservao de culturas.Caractersticas do Agar: - Um polissacardeo obtido de algas ;- No tem nenhum valor nutritivo;- Forma um gel claro abaixo de 40C;- Funde-se a 80 - 100C e tolera as altas temperaturas de esterilizao sem se destruir;

Meios semi-slidos:O Agar esta na faixa de temperatura entre 50 a 60 C.

Meios sintticos:So aqueles cuja composio e concentraes qumicas dos ingredientes so conhecidas. Esses meios so teis nos estudos fisiolgicos. Ex: Agar nutritivoPeptona 5 g

Extrato de carne 3 g

Cloreto de sdio 1 g

Agar 15 g

gua1000 ml

Meios semi-sintticos:So aqueles onde pelo menos alguns dos ingredientes, so de composio desconhecida ou varivel. Ex: adio de extrato de levedura. O extrato de levedura contm certas vitaminas, mas desconhecem-se as quantidades exatas. O resultado um meio cuja composio relativamente previsvel, porm no completamente conhecida quimicamente.

Meios naturais:Os meios naturais so compostos, parcial ou integralmente, por produtos naturais, como partes de plantas, de infuses ou de extratos de materiais de origem vegetal ou animal. Nem todos os microrganismos, podem ser cultivados em meios de culturas. Os parasitas obrigatrios no crescem em meios artificiais de cultura, por isto se utiliza meios naturais. Ex de meio natural:BDA (batata dextrose Agar)Batata 140 g

Dextrose 10 g

Agar 20 g

gua destilada esterilizada1000 ml

Controle do pH e distribuio do meio:O meio usado deve ser ajustado para um pH timo, com vistas ao cultivo de bactrias ou de fungos antes da esterilizao. Para tornar o meio cido ou alcalino num nvel desejado, acrescentar cido clordrico (HCl) ou Hidrxido de sdio (NaOH), respectivamente.A distribuio do meio nos tubos de cultura, feita com o funil distribuidor e ainda com o auxlio do funil Roux , no qual o meio de cultura mantido fundido. Ao distribuir os meios deve-se evitar bezuntar a boca dos tubos de cultura. Depois de receberem o meio de cultura, os tubos ou frascos so fechados com um tampo de algodo.Outros meios:Meios diferenciais so aqueles que pem em evidncia determinadas propriedades teis a identificao de diferentes espcies. Meios seletivos permitem dominncia absoluta do organismo que se quer isolar.

ESTERELIZAOConceito:Esterilizao o processo de destruio de todas as formas de vida microscpicas.

Mtodos de esterilizao:A esterilizao pode ser obtida por meios fsicos, qumicos ou mecnicos. O uso adequado desses tratamentos deve destruir todos os microrganismos. A seleo determinada pelo seu custo, por sua eficincia e por sua aplicabilidade.

Esterilizao por meios fsicos: Pode ser pelo calor (seco ou mido) ou por filtraoEsterilizao pelo calor seco:Mtodo mais usado para a esterilizao de aparelhos e materiais resistentes ao calor seco, como as vidrarias e slidos secos que no se fundem ou no se queimam facilmente. Pode ser feita:a) Flambagem - Consiste na esterilizao utilizando uma chama direta, feita rapidamente em instrumentos pequeno.b) forno de Pasteur - Recipiente retangular de paredes duplas isoladas termicamente e aquecido a eletricidade. Recipientes como, bales de vidro, e outros que possam ser fechados com tampo de algodo, depois de tampados, so colocados no forno sem outro preparo, as placas de Petri so embrulhadas em papel antes de arrumadas no forno. As pipetas recebem pequeno tampo de algodo na extremidade pela qual vai se fazer a aspirao. Todo o material deve estar rigorosamente limpo e seco antes de submetido esterilizao.A esterilizao deve prolongar-se (depois de atingida a temperatura de 300C) durante 3 horas. Completado o tempo necessrio para a esterilizao, a temperatura do forno dever baixar lentamente, a fim de evitar o fendilhamento do material. de vidro, em consequncia da contrao desigual do vidro, que se d quando a temperatura cai bruscamente.

Esterilizao pelo calor mido:Mtodo usado para a esterilizao de lquidos e substncias slidas que se evaporam facilmente. A temperatura e o tempo de esterilizao so menores que o da esterilizao a seco, uma vez que seu poder de penetrao maior, levando os microrganismos morte pela coagulao de protenas.a) Autoclave Como processo de autoclavagem o ar do interior da cmara substitudo por vapor dgua que muito mais eficiente na transmisso do calor. Ento fechar a vlvula e manter a temperatura de 120C durante 20 minutos. Aps acabar o perodo esperar baixar a presso e abrir o autoclave.

Esterilizao por filtrao:Solues que contenham substncias qumicas facilmente destrutveis pelo calor, no podem ser autoclavados, se utiliza, nesses casos, a esterilizao por filtrao. A filtrao consiste em fazer passar substncias lquidas atravs de filtros especiais esterilizados, com o fim de livr-las de microrganismos que as contaminam. A filtrao feita em dispositivos adequados, atravs de velas ou discos esterilizantes.

Esterilizao por meios qumicos:Dentre as numerosas substncias qumicas que exercem ao desinfetante ou assptica, destacamos:- lcool comum.- Hipoclorito de sdio: usado na proporo de 1:1.- Formol: usado em soluo a 5%.

EPIDEMIOLOGIA

Conceitos iniciais:Epidemiologia pode ser definida entre outros conceitos, como o estudo dos fatores que afetam a velocidade de aumento da doena entre populaes de plantas. Epidemia trata de populaes, indivduos no tem interesse.Existem doenas normalmente presentes numa regio, incidindo, geralmente, sobre poucas plantas. Essas doenas so conhecidas como endmicas. As causas que determinam a ocorrncia dessas doenas so as mais variadas possveis, mas sempre se relacionam com baixa virulncia do agente causal, pequena populao ou baixa suscetibilidade do hospedeiro, e condies ecolgicas desfavorveis ao patgeno. Quando uma doena incide sobre muitos indivduos numa rea ou regio, num determinado tempo, ela denominada epidmica. As epidemias se caracterizam por serem altamente destrutivas e de ocorrncia explosiva. Quando as epidemias se estendem por grandes reas de um continente elas so chamadas de pandmias.

1. Doenas monocclicas: estas doenas se caracterizam por apresentarem um nico ciclo durante o cultivo, o inculo produzido em plantas doentes no ir causar doena nas plantas vizinhas durante o mesmo perodo de cultivo. O inculo produzido nessas plantas servir para infectar plantas que novamente se estabelecerem nessa rea, o caso de doenas vasculares (murchas).2. Doenas policclicas: so aquelas que o inculo produzido sobre plantas doentes, infectam no mesmo cultivo. Nestas doenas h formao do chamado inculo secundrio, encarregado da propagao da doena dentro da lavoura. As doenas que causam manchas foliares so tipicamente doenas policclicas.

Objetivos:Os principais objetivos da epidemiologia prever o aparecimento da doena e estabelecer um sistema de alarme.

Fatores determinantes de uma epidemia:Trs elementos so fundamentais para ocorrer uma doena parasitria: um patgeno virulento, um hospedeiro suscetvel e condies ambientais favorveis. Esses elementos devem ocorrer simultaneamente.

Relacionados com o hospedeiro:Postulado fundamental:Patgenos com genes desnecessrios de virulncia no sobrevivem em uma populao.Que diferena existe entre uma multilinha composta de linhagens R1, R2, R3 e R4, cada linhagem contendo apenas um gene de resistncia, e uma cultivar resistente tradicional com 4 genes reunidos numa mesma planta?Ambas tem os mesmos 4 genes de resistncia, mas a estratgia de seu emprego diferente. No caso da cultivar tradicional o uso de 4 genes de resistncia em todas as plantas submete o patgeno a uma intensa seleo direcional que, levar seleo da super raa (1,2,3,4). E quando isso acontecer, em pouco tempo, toda a populao ser dizimada porque o inoculo proveniente de qualquer planta ser capaz de causar doena em todas as plantas da cultura. Quando se usa cultivares multilinhas a situao muda por completo. E caso raas mais complexas apaream a seleo estabilizadora se encarregar de no permitir que elas sejam selecionadas. As raas (1,2,3,4) que pode atacar todas as linhagens da cultivar multilinha, ter sempre, 3 genes desnecessrios de virulncia, o que significa dizer que sua capacidade de sobrevivncia ser grandemente prejudicada a tal ponto de ser praticamente eliminada da populao do patgeno.

Relacionados com o patgeno:Elevado grau de virulncia: A virulncia funo do poder invasor ou agressividade, da infecciosidade e do poder toxgeno. a resultante destas trs foras componentes, no caso especfico da manifestao de uma epidemia, pesa fundamentalmente a primeira condio, a agressividade do patgeno, pois dela decorre a quantidade de indivduos afetados. Elevado potencial de inculo: O incio de uma epidemia depende da quantidade de inculo inicial disponvel. Para as monocclicas, pela natureza de sua propagao, a quantidade inicial de inculo fator fundamental para que a epidemia se manifeste. Em doenas policclicas, sua quantidade no to importante como o para as monocclicas. Alta capacidade reprodutiva: Patgenos que apresentam alta capacidade reprodutiva so, em princpio, os mais importantes do ponto de vista epidemiolgico.Rpida e eficiente disseminao: No basta um patgeno apresentar alta capacidade reprodutiva para ser potencialmente importante do ponto de vista epidemiolgico, necessrio, tambm, que o inculo produzido seja rpido e com disseminao eficiente.Larga amplitude de aceitao s condies do ambiente: Esta condio assegura uma maior prevalncia do patgeno no ambiente onde se estabeleceu.Relacionado com o ambiente:A participao do ambiente no surto de uma doena faz sentir-se mediante trs aspectos: Condies favorveis: devemos entender o conjunto de fatores ecolgicos que favorecem, isoladamente, o patgeno, promovendo sua sobrevivncia ou fixao na rea, mesmo quando ele no est associado ao seu hospedeiro. Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum, por exemplo, encontra melhores condies de sobrevivncia em solos arenosos e de baixo pH. Condies predisponentes: so aqueles que influenciam to somente o hospedeiro, a torn-lo mais sujeito a doena ainda antes do estabelecimento da relao direta planta-patgeno. Entende-se condio de maior ou menor suscetibilidade determinada por fatores no genticos, que comumente atuam antes da infeco da planta pelo patgeno.

Condies propiciatrias: referem-se doena j em processo, so os fatores ambientais adequados ao melhor desenvolvimento da interao patgeno hospedeiro. O favorecimento o patgeno e a planta ambos associados.

Fatores responsveis pela ascenso de uma epidemia:- Densas populaes de uma mesma cultura; - Suscetibilidade da populao hospedeira;- Agressividade do patgeno;- Introduo de determinadas tcnicas agronmicas;- Constancia de emprego de certos tratos culturais;- Mudanas climticas;- Mutaes patognicas.

Fatores responsveis pelo declnio de uma epidemia:- Variaes climticas ou edaficas;- Aumento percentual de indivduos resistentes;- Uma moderao da atividade dos veculos de disseminao; - Uma variao genotpica do patgeno, com reflexos negativos para a sua virulncia;- Interferncia do homem, do tcnico ou especialista, planejando e executando um efetivo programa de controle.COLETA DE AMOSTRAS DE SOLO E RAZES PARA ANLISE NEMATOLGICAFitonematides so seres que se encontram no solo parasitando plantas cultivadas em:Orgos subterrneos (razes, bulbos, tubrculos e rizomas);Orgos areos (caules, folhas e sementes);Organismos quando penetrarem e se alimentarem, causam danos mecnicos, alm de retirarem nutrientes da planta para o seu prprio sustento;Estes fitonematides no se distribuem uniformemente no solo.

Como coletar amostras de solo e razes:Material necessrio: Enxado ou trado; Sacos plsticos (1 a 2L); Baldes; Tesoura de poda; Etiquetas e lpis; Fichas de informao; e Caixa de isopor.Cuidados: A umidade do solo deve ser (60% c/c); Na coleta de razes evitar o ressecamento; Preencher a ficha identificao da amostra; Acondicionamento da amostra para envio ao laboratrio; Identificar os pontos de coleta (localizao); Na impossibilidade do envio imediato, guardar amostras na geladeira.Para colete deve ter o cuidado de fazer sub-amostras representativas da rea, e locais onde estiver sintomas de reboleiras realizar mais amostragens. Sendo que a amostragem pode ser em paralelo ou aleatrio.Como coletar em culturas anuais:Antes da arao e gradagem Colher 15-20 subamostras de razes da cultura atual e plantas daninhas; Aps o preparo do solo percorrer a rea em zigue-zague coletando 15-20 subamostras solo/ha at 20-30cm de profundidade; Misturar subamostras para obteno 1 amostra composta/ha (800g solo e 100g razes);Como coletar em culturas perenes:Coletar as amostras na projeo da copa da planta; Percorrer a rea em zigue-zague coletando uma poro do solo (trado/p/enxado) at 20-30cm profundidade;Como coletar em viveiros/mudas:Coletar no viveiro, aleatoriamente, 10 mudas + solo rizosfera para cada 1000 mudas; Amostra composta: 800g solo e 1% mudas; Identificar amostra e enviar imediatamente ao laboratrio.