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Cartas

Tid Bits

Feira Macworld

Nova Apple

Games

@Mac

Simpatips

Bê-A-Bá do Mac

Touch-3D

Fusion

Organizer

Expression

Ombudsmac

Mudamos tudo para melhorar sua vida. Em suas mãos está o novo projeto gráficoda sua revista predileta.Novas F O N T E S foram escolhidas para f a c i l i t a r a leitura das pessoas quetinham dificuldade com as fontes anteriormente usadas.Novas CORES foram escolhidas para organizar as seções.Novas vinhetas foram desenhadas pelo MARIO AV para mostrar que eu estavacerto quando o chamei para dividir a direção de arte da revista comigo.Novas seções vão surgir, enquanto outras desapareceram sem deixar vestígio.Foi adotada uma nova maneira (mais velha do que andar pra frente) de representaro resultado das avaliações de software. Agora são essas 12345 queindicam se o produto é caído, passável, maneiro, demais ou matador.Talvez muitos estranhem a nova cara das páginas. Fica claro que mudei paradeixar a revista o mais sóbria possível, dentro dos meus limites. Fiz isso porqueacho que está na hora da MACMANIA amadurecer, e isso significa encaretear.Até o (ainda) dinâmico StEVE JOBS ficou velho – veja a foto na página 14.Aliás, essa é outra novidade: a volta dos números nos pés das páginas.Mas as mudanças não param por aqui. Mudamos a distribuidorapara assinantes. Mudamos de gerente comercial: agora quematende os anunciantes é o grande FRANCISCO ZITO.

E, para completar a transformação, mudamos de endereço.Agora a sede da EDITORA BOOKMAKERS fica na rua Chuí,número 21, São Paulo – pertinho da sede antiga.Mudamos tudo para continuarmos sendo o que sempre fomos.A melhor revista de informática do BRASIL. Que, coincidentemente, fala domelhor computador do mundo.Se você não concorda comigo, não tem problema. O legal deste mundo é que aspessoas têm opiniões diferentes, mas concordam sobre muitas coisas. Como, porexemplo, que o MAcINTOSH é o computador mais amado pelos usuários.Argh! Usuários é uma palavra tão esquisita. Que tal... hãã... macmaníacos?

TONY DE MARCO

É editor de arte da MACMANIA , discutiu tudo com o outro editor de arte,ouviu os conselhos do editor e as broncas da gerente de produção.

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Dança das teclasVenho acompanhando relatos de clientes daApple Brasil que se descabelam com proble-minhas que, com um tanto de boa vontade eoutro tanto de criatividade, dá para contornar.Muita gente reclama do teclado, da ginástica dasteclas para sair um simples cê-cedilha. O layoutde teclado brasileiro que a assistência manda(após tempo e dinheiro) precisa de um tecladobrasileiro, mas quedê ele para vender? Mais fácilé usar o teclado americano mesmo, como os(hah!) pecês vêm fazendo. Com aquela coisa deapóstrofe+c=ç, aspas+u=ü etc.Eu era um descontente teclador que chegou aocúmulo de sentir saudades do 486 quando, to-mando vergonha na cara, fucei o ResEdit e boleium keyboard. Quem não compreende o porquêdo pecê ser mais fácil de digitar que o Mac temagora um arquivinho que livra o usuário do vícionefando dos C+option+shift… É só me man-dar um e-mail que eu “atacho” o dito cujo.

Julio [email protected]

O layout de teclado é um documentinho quealtera a relação entre os caracteres e as teclas.Muita gente gosta de fazer o seu próprio com oResEdit. A MACMANIA tem um layout brasileiropara quem usa o teclado americano, disponí-vel no SuperBBS (ver ao lado). O Julio temoutro. Quem quiser experimentar, é só pedir.

Som no PerformaParabéns pela revista. É realmente uma dasbíblias nacionais sobre Mac. Poderia me dar umaforça? Comprei recentemente um 5215. Ele sóroda som em 22kHz? Se souber de alguém quequeira comprar, só tem 4 meses de uso (meu,me apaixonei pelo Performa 6400).

Carlos Eduardo Porto de [email protected]

Só. O 6400 já tem entrada e saída de som em44kHz estéreo. Anuncie seu Performa em nossosclassificados populares (R$ 10).

Outro macmaníaco japonêsMoro no Japão há mais ou menos 6 anos.Possuo dois Power Macintosh: um 7100/80 AV eum 9500/200. Quais são as placas de vídeo parao Power Macintosh 9500/200 que vocês já tes-taram e me aconselhariam a comprar?

Daniel Tomio Gomes [email protected]

Se você quer apenas uma placa gráfica bemrápida, as mais populares são a IMS Turbo, aRadius Thunder e a Matrox Millenium. Mas, seo negócio é vídeo digital e você quer uma placa

Get InfoEditor: Heinar Maracy

Editores de Arte: Tony de Marco & Mario AV

Conselho Editorial: Caio Barra Costa,Carlos Freitas, Carlos Muti Randolph,Luciano Ramalho, Marco Fadiga,Marcos Smirkoff, Oswaldo Bueno,Ricardo Tannus, Valter Harasaki

Gerência de Produção: Egly Dejulio

Gerência Comercial: Francisco A. ZitoTel. (011) 287-8078 – Fax (011) 284-6597

Gerência de Assinaturas: Rodrigo MedeirosTel./Fax (011) 284-6597

Gerência Administrativa: Clécia de Paula

Fotógrafos: Hans Georg, João Quaresma,Ricardo Teles, Vladimir Fernandes

Capa: Mario AV & Tony de MarcoFreeHand 7.0

Redator: Tomoyuki Honda

Revisora: Danae Stephan

Colaboradores: Carlos Eduardo Witte,Carlos Ximenes, João Velho, Luciano Ramos,Luis Colombo, Luiz Carlos de Jesus,Luiz Fernando Dias, Marcelo Bicalho,Néria Dejulio, Rainer Brockerhoff, RicardoCavallini, Ricardo Serpa, Silvia Richner

Macintóshico: Tony, Heinar, Mario, Osvaldo e Tom

Fotolitos: Paper Express

Impressão: Minden

Distribuição exclusiva para o Brasil:Fernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Teodoro da Silva, 577 – CEP 20560-000Rio de Janeiro – RJ – Fone: (021) 575-7766

Opiniões emitidas em artigos assinados não refletem aopinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

Find...MACMANIA é uma publicação mensal daEditora Bookmakers Ltda.Novo endereço: Rua Chuí, 21 – ParaísoCEP 04104-050 – São Paulo/SP

Para colaborar com a MACMANIA, basta escrever pa-ra esse endereço ou acessar os BBSs Rio-Virtual(021) 235-2906 ou SuperBBS (011) 3061-5588.

Deixe suas cartas, sugestões, dicas, dúvidas e reclama-ções na pasta da MACMANIA nesses BBSs, ou mandee-mail para:

[email protected]@[email protected]

A MACMANIA surfa na Internet pela U-Net(0800-146070).MACMANIA na Web: http://www.macmania.com.br

Perdido no mundo Mac? FAXMANIA é a resposta!Ligue para (011) 816-0448 e disque os códigos:

50521 para Assinaturas50522 para BBS50523 para Livros sobre Mac50524 para Lista de revendas Apple50525 para Cursos de Mac

de captura de vídeo barata e com uma quali-dade razoável, compre uma MiroMotion. Sevocê tem uma boa grana e quer produzir vídeocom qualidade broadcast, tente a Media100.Acima disso, só os sistemas da Avid e da iMix.

Help From HellGostaria muito de saber algum modo de desati-var o irritante botão Help sem o uso de chave defendas e coisas do tipo... Já me cansei de apertaro maldito quando fui apertar o Delete.

Fabricio C. [email protected]

Você deve estar falando da tecla Del, do Exten-ded Keyboard, que não existia no teclado ori-ginal do Mac. Usuários antigos não costumamusá-la, preferindo a Delete, conhecida no PCcomo Backspace. Em todo caso, você podedesinstalar a extensão do Apple Guide.

Parem com as bombas!Oi. Sou leitor há duas edições e gostei muito doconteúdo da revista, mas não da direção de artenem do preço. A MacFormat, uma das melhoresno meu ponto de vista, vem com CD, 164 pági-nas e custa (na Inglaterra) uns US$ 8,5.Baita diferença!Li a carta na MACMANIA de dezembro a respeitodas bombas do Netscape 3.0. Para tua informa-ção, Guigo, e dos leitores da MACMANIA, existesim uma solução. Chama-se Netscape Defrost eé uma extensão que, segundo o autor, evita asbombas. Podem achá-la em http://cygnus.rsabbs.com/~ssykes/nsdefrost.html.

Alejandro [email protected]

Obrigado pela dica, Alejandro. Quem estiver afim de testar o Defrost e contar pra gente se fun-ciona, vai fundo. No que concerne à Mac-Format, lembre-se: aqui não é a Disneylândia.Nem Trafalgar Square. Estamos no Brasil, ecomparar nossas condições com as dos EUA ouInglaterra é covardia.

Vai dar pau assim lá na...Queridos editores da revista mais amada por dezentre dez usuários de Mac deste nosso ido-latrado Brasil. Estou embasbacado e, por quenão dizer, estupefato.Que sistema “operacional” mais inoperante. Euia até “atachar” as telas que andaram me apare-cendo neste Mac OS 7.5.5, mas fiquei com penade quem ia “desatachar” aí.Tô tonto. Na revista 30 (fantástica, pra variar)vocês indicaram aquele baita endereço FTP para

As Cartas Não Mentem

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aquela extension miraculosa. Pois bem, trans-feri ela todinha, bonitinha, instaladinha enadinha da coisa, ficar, no mínimo, menospior de ruim. Tenho um recém-adquirido PowerPC 7200/120 com 32 Mb de RAM e 1.2 giga de disco, eo bicho pena.Gostaria então de sugerir à Apple que nãoproporcione tantas “emoções” assim para osseus tão caros quase-ex-usuários, pois eles jánão estão tão certos assim da fantástica rela-ção custo (e que custo) benefício (sacana-gem, a gente até se sente bem só de olhar obruto em cima da mesa), e das vantagens deum upgrade de sistema, se ele segue o mes-mo enredo do Windows 95.Mas essa coisa toda tá me ajudando. Melhoreipacas o meu inglês. Tem cada termo lindo.

Ricardo R. de [email protected]

7200 com tanto pau assim é uma coisaestranha. Em todo caso, quando você estiverlendo esta revista, já vai estar na rua o MacOS 7.6. Quem sabe ele não traz um pouco deHarmonia ao seu Mac.

Bombas a dar com pauSou assinante e usuário de Mac Performa. Omeu computador estava com 16 Mb de RAM eSystem 7.5.3 em inglês, mas era muito instá-vel. Como o Performa tem muitas limitações,além de um processador mutcho do devagar,tentei incrementar o meninão. Comprei mais16 Mb de RAM e instalei o 7.5.5 em inglês.O sistema está dando mais pau do que nunca.Simplesmente com o computador parado, eledá pau com qualquer aplicativo. Tenho oRAM Doubler e o Speed Doubler, e tanto fazse eles estão ativos ou não, dá pau do mesmojeito. Por favor, vocês têm uma saída? Umsanto para eu rezar?

Alexandre [email protected]

Fora arriscar a instalação do 7.6, há vezesem que as bombas diminuem por meio dorecurso desonroso de fazer um downgradede 7.5.5 para 7.5.3. No caso do RAM e doSpeed Doubler, as versões que não têm dadonenhum pau conosco são, respectivamente,a partir da 1.5 e a partir da 1.3.

Mais bombardeioO meu Performa 630 fica paralisado. Não con-sigo restartar e, quando passo o Norton DiskDoctor, tenho a mesma mensagem (já tendocorrigido o problema diversas vezes): “O bit-map do volume não corresponde ao estadoreal da árvore B de catálogos do seu disco”.

Marta M. [email protected]

Esse problema é perigosíssimo e freqüente,mas podemos curá-lo com uma mãozinhado próprio Dr. Peter Norton (versão 3.1 ouposterior). Siga esta receita:1 – Restarte a partir de um disquete de emer-gência contendo uma cópia do System e doNorton Disk Doctor (o próprio Norton temum comando para criar esse disquete).2 – Rode o Disk Doctor no HD doente.3 – Se o Norton der alguma mensagem “NotFixed”, só resta reformatar. Antes disso, nãoesqueça de recuperar para um disco sadio osseus documentos recentes sem backup.4 – Faça mais uma consulta com o Dr.Norton para confirmar que tudo está bem.

As Cartas Não Mentem

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Ofinal de 96 foi bastante movimentadopara a Apple Brasil. Seu presidente,Sidnei Brandão, saiu da empresa por

motivos pessoais, segundo afirmou suaassessoria de imprensa. Em seu lugar, assu-me a coordenação da subsidiária o diretorda Apple Latin America, Luiz Rubio.Segundo Rubio, a Apple já está procuran-do um novo executivo brasileiro para assu-mir o cargo em caráter definitivo.Em novembro, a Apple já havia trocado dediretor de marketing. Saiu MarçalBorborema e em seu lugar assumiu

Ernesto Watanabe, que ocupava o cargo degerente de produto da empresa.Em entrevista exclusiva à MACMANIA, Luiz

Rubio afirmou que os planos da empresapara o país não foram alterados. “A AppleBrasil conseguiu cumprir 90% das metasprogramadas em seu primeiro ano devida”, disse ele, sem especificar quaismetas eram essas.Segundo Rubio, a fábrica da Apple noBrasil já está em fase de testes e alguns dosPerformas 6300 vendidos no país já foramproduzidos nela. A fábrica está sendo toca-da em parceria com a empresa The GroupTechnology e fica em Sumaré, perto dacapital paulista.

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Grandes mudanças também na Apple BrasilCai o presidente Sidnei Brandão; novo diretor de marketing

Tid Bits

Ocrescimento do número de Macs noBrasil levou a Apple Brasil a lançar acampanha “Sou Compatível com Mac”,

uma iniciativa da empresa para identificaros softwares que rodam na plataforma. Foicriado um selo para ser aplicado emembalagens de software para facilitar suaidentificação. As lojas de informática dei-xam os produtos híbridos (com versõespara PC e Mac, principalmente CD-ROMs)misturados com os demais, obrigando osusuários a vasculhar título por título atéachar um que funcione em Mac. A Applepretende corrigir isso com a distribuição

de cartazes, posters e adesivos nas lojas,mostrando onde estão os produtos paraMac. Os vendedores receberão camisetas eadesivos e alguns pontos de venda terão

gôndolas exclusivas de produtos para Mac.A campanha, de abrangência nacional, pre-tende atingir principalmente os usuáriosque compraram seu primeiro computador.

Campanha valoriza produtos para Mac

Ao que parece, a Microsoft está mesmodisposta a não deixar a peteca daApple cair. Além de montar uma divi-

são somente para o desenvolvimento deprodutos para Macintosh, a empresa deBill Gates lançou um componente paraintegrar as tecnologias OpenDoc e ActiveX.O ActiveX Part Adapter une a arquiteturaActiveX, uma resposta da Microsoft aosplug-ins do Netscape e ao Java, aoOpenDoc, a tecnologia de software compo-

nente da Apple. Ele permitirá que os con-troles ActiveX sejam executados dentro decontainers OpenDoc, inclusive dentro doCyberdog, o browser-para-toda-obra daApple que é o carro chefe do OpenDoc.Este lançamento embola ainda mais o meiode campo, já que o padrão da Apple eravisto como um concorrente direto dopadrão da Microsoft.Em outubro, a Microsoft lançou uma ferra-menta de desenvolvimento de ActiveX para

OpenDoc e ActiveX: unidos para sempre

O adesivo pode ser feio como bater na mãe, mas é muito melhor do que coisa nenhuma

Mac, que permite aos desenvolvedores,pela primeira vez, usar essa tecnologia emseus aplicativos.Uma versão beta do Part Adapter já estádisponível, assim como a nova versão doSDK, que inclui controles centrais da ver-são para Windows 95. No primeiro semes-tre de 1997 deve sair a versão definitiva.O Internet Explorer 3.0 para Mac já supor-ta o ActiveX.Microsoft: http://www.microsoft.com

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Tid Bits

Um scanner com bilhões de coresA

Epson está vendendo no Brasil o scan-ner Expression 636, capaz de reconhe-cer até 68 bilhões de cores.

A maioria dos scanners disponíveis atual-mente pode registrar cores em 24 ou 30bits, enquanto o Expression digitaliza emcor composta de 36 bits por pixel. Suaresolução máxima é 4.800 x 4.800 dpi e,em escala de cinza, trabalha com tonalida-de de 12 bits.Segundo a empresa, o novo scanner incor-pora a tecnologia TrueScan, que reproduzcom cores mais vivas e nítidas, indepen-dente da velocidade de escaneamento.Outro recurso embutido é o PhotoQuick,uma unidade especial de transparência quepermite digitalizar slides e negativos.O scanner tem um ano de garantia e serácomercializado em três pacotes. A versão

mais barata, a Executiva (RS$ 1.260), vemcom os programas Adobe Photoshop LE e do e-Paper, da Xerox; a versão Artes Gráficas (R$2.797) inclui a versão completa do Adobe

Photoshop, Kai’s Power Tools, Claris HomePage e o e-Paper (Textbridge).Epson do Brasil: (011) 5506-0300Web: http://www.epson.com.br

O novo scanner da Epson captura até as cores que você não consegue ver

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Apache chega parareforçar servidor MacA Tenon Intersystems anunciou que estátrazendo para Mac uma versão do Apache,programa servidor de Web bastante popu-lar no ambiente Unix. Com o nome deWebTen, ele suportará multihoming reale será compatível com os plug-ins e CGIsdo WebStar, o servidor Web da StarNine.Além disso, permitirá ao administradorgerenciar o servidor via Web browser. Osoftware deve ser lançado neste trimestre.Tenon: [email protected]: http://www.tenon.com

RAM Doubler 2 ganhapequeno remendoSaiu a nova atualização do RAM Doubler2.0. O update 2.0.1 corrige problemascom o Restrospect 3.0 em Power MacsPCI, e será obrigatório para quem quiserinstalar o novo Speed Doubler 2.0 e qui-ser usar a opção de cópia mais rápida emrede. O update pode ser encontrado nosite da Connectix.Connectix: http://www.connectix.com

Macromedia compraFutureWaveA Macromedia adquiriu a FutureWaveSoftware, empresa que desenvolve o Fu-ture Splash. O software faz, entre outrascoisas, animações vetoriais que podemser visualizadas por meio de plug-ins debrowsers de Web.Comparado com outras tecnologias deanimação da Web, ele é menor e maisrápido, sendo usado atualmente em sitescomo o da MSN. A nova dona do FutureSplash o está rebatizando como Flash eplaneja integrá-lo ao Shockwave.Macromedia: http://www.macromedia.com/software/flash/

QuickTime absorvetecnologia do Live PictureA Apple licenciou o formato gráfico Flash-Pix, da Live Picture, e poderá inclui-lo noQuickTime Media Layer.O formato, desenvolvido no ano passadopela empresa junto com a Kodak, Hew-lett-Packard e Microsoft, permite manipu-lação de imagens de alta resolução emtempo real, entre outros recursos. A LivePicture, pelo acordo, dará suporte para aApple embutir o FlashPix na arquiteturado QuickTime.

O Universo de Asimov

Tid Bits

“Isaac Asimov's Library ofThe Universe” é umacoleção de 6 CDs híbri-

dos (Mac/PC), baseada noslivros da coleção homônimado famoso escritor norte-ame-ricano. Totalmente em inglês,ela trata da astronomia eespaço, divididos em títuloscomo “The Solar System”,“Space Exploration”e “Astronomy”.O formato é o velho esquemade enciclopédia multimídia,com uma apresentação noestilo “slide show” com 2.400 imagens,narração falada acompanhada do texto correspondente em corpo grande, e ferra-mentas de busca por tópicos. Cada CDvem acompanhado da respectiva literaturade referência, como softwares “TheMerriam-Webster Dictionary” e “American

Concise Encyclopedia”.A configuração mínima para rodar os CDsde Asimov é um Mac com processador68030 de 33 MHz, System 7 e 8 Mb deRAM (6 Mb livres). MSD Multimídia: 0800 22-3200Preço: R$ 74,00

Todos os CDs têm uma sóbria interface padronizada

ANetEye 200, da Axis Communications,é uma câmera digital voltada para aWeb, como a QuickCam e a FlexCam.

Segundo o fabricante, entre as possíveisaplicações da NetEye estão o monitora-mento remoto de ambientes por rede ougeração de arquivos de imagens fotográfi-cas. A câmera, de meio quilo e 4,8 x 12,5 x

15,5 cm, tem foco de 3,8 mm e um obtura-dor eletrônico para controlar o tempo deexposição entre 1/50 e 1/100 segundos.Ela trabalha com 16 milhões de cores emresolução de 352 x 288 pontos e pode serusada em ambientes Macintosh, Unix,Windows e OS/2.Para envio de imagens, conta com o siste-

ma de compressão de ima-gens JPEG e possui um pro-cessador RISC de 32 bitscom 1,8Mb de memóriaRAM e 1Mb de FlashEPROM (memória que per-mite regravação, podendoser atualizada com versõesfuturas do software).No Brasil, a NetEye 200 serádistribuída pela Trellis, e-mail: [email protected], custando algo entreR$ 1.800 e R$ 2.000.Trellis: (011) 280-0733

Mais uma câmera digital

Dá pra adivinhar o que é isso, pela forma?

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MAC COMEMORATIVOFora as revoluções estratégicas anunciadaspelos grandes timoneiros Jobs & Amelio(ver matéria nesta edição), não houvegrandes novidades no stand da Apple.Novos modelos de Mac só deverão ser lan-çados em fevereiro (aguarde a próximaedição), incluindo modelos de mesa,PowerBooks e uma nova QuickTake.Para fazer a alegria da galera, um PowerMac 9500 com o chip Exponential 740 fa-zia um Pentium Pro 200MHz comer poeiraem uma corrida de Photoshop. Detalhe: o Exponential rodava a “apenas”450 e não a 533MHz , como está previsto para os novos modelos high-endque sairão da Apple em meados deste ano.Quem mais chamou atenção com certeza foi o Spartacus, o Mac de luxoque a Apple lançou em comemoração a seu aniversário de 20 anos. Comum design totalmente diferenciado, tela de cristal líquido, saída e entradade vídeo, dois falantes verticais e um subwoofer pra botar debaixo damesa, o Spartacus promete ser um divisor de águas em termos de designde computador. O preço também é pra lá de especial. O Spartacus custa-rá cerca de US$ 9 mil e terá apenas dez mil unidades fabricadas. Na pági-na da Apple na Web você pode se cadastrar em uma lista de interessadosem comprar um brinquedinho desses.Apple: http://www.apple.com

STEVE DIZ: “PÉ NA TÁBUA”A Power Computing ganhou o prêmio Che Guevara pelo standmais combativo da feira. Com funcionários fantasiados demarines e destruição pública de PCs Intel, a Power Computingmostrou que ainda há lugar no mundo para macmaníacos xii-tas. Slogans como “Fight Back for Your Mac” e “Steve diz:defenda seu OS ou corra o risco de perdê-lo”, davam o toquemaoísta do stand da Power Computing (Steve, no caso, éStephen Khang, presidente da empresa). Como não existeforma revolucionária sem conteúdo revolucionário, a Power

Computing botou pra quebrar apresentando ao mundoum protótipo de Mac “envenenado” rodando milagrosa-mente a 300 MHz. Nem a Motorola nem a IBM fazemchips PowerPC a essa velocidade. A Power Computingdisse que estava mostrando o protótipo apenas para pro-var que o PowerPC tem muito futuro pela frente. Aempresa não deu muitas explicações sobre como acele-rou sua máquina. Deixando de lado o vaporware, a Powerlançou seu PowerTower Pro 250MP, com dois chipsPowerPC 604 de 250 MHz, passando na frente da Apple eda DayStar na corrida dos Macs multiprocessados. Outranovidade é que todos os modelos da linha PowerTower

Pro agora virão em bundle com o Macromedia Director.

PERIFÉRICOS EXDRÚXULOSO prêmio para o periférico maisesquisito da feira terminou em em-pate. O No Hands Mouse, da Hun-ter Digital, foi um dos vencedores.Trata-se de um par de pedais quepermitem controlar o cursor: o di-reito movimenta o cursor e o es-querdo clica. Pela bagatela de US$200,00 você pode dar adeus à

ameaça da artrite reumática.O outro produto é o VirtualAudio Imager, que parece tersaído de um episódio doAgente 86. Uma abóbada pen-durada em cima do usuário fazcom que você se sinta “imerso”no som do game que você estájogando.http://www.footmouse.com/

Macworld Expo 97Direto de São Francisco, a MACMANIA traz a seus leitores

as últimas novidades da principal feira de Mac do mundoEra de puro otimismo o clima da Macworld Expo realizada na cidade de São Francisco, no

começo deste ano. Animados pela volta de Steve Jobs à Apple, mais de 70 mil macmanía-cos lotaram o Moscone Center em busca de novidades para incre mentar seus Macs.

Mas, de maneira geral, a feira foi fraca em novos produtos.Parece que os desenvolvedores de software e periféricos ficaram esperando

para ver o que ia acontecer com a Apple no final do ano.Veja abaixo os principais lançamentos e notícias da feira:

Quer um? Faça um bolão com os amigos

Ei, mãe: sem as mãos!

Isto aqui mais parece um lustre dos Jetsons

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Esse foi feito para cair no chão muitas vezes

Apple, Gil Amelio, falou da câmera e, no final do discurso, mostrou para a platéia um QuickTime VRdele mesmo no palco. A lente da BeHere parece umabajur de metal acoplado a uma câmera convencio-nal de 35mm e está sendo vendida nos EUA por R$5 mil. Um sistema para transmissões ao vivo emQuickTime VR deve ser lançado até o final de 97.BeHere: http://www.behere.com

CLONE PIRATAEm uma premoniçãodo que ainda está porvir, um pequeno standna Macworld mostravao primeiro clone deMac sem autorização daApple a aparecer nomercado. A PowerToolslançou sua linha In-finity com preços e

con f i gura -ções inacre-ditáveis. Umclone comchip 604 de200MHz, 24Mb de RAM, disco de 2,5Gbe CD-ROM 8x estava sendo vendido aUS$ 2.449. O design dos modelos eramuito parecido com os clones daMotorola, o que pode ser uma dica dequem a Power Tools está comprandosuas motherboards.PowerTools: hhttp://www.pwrtools.com

Medonho como um PC

eMATE VEM AÍ!Vendido atualmente apenas no merca-do educacional americano, o eMate300 deverá ser liberado para opúblico em geral em meados doano. Um misto de Newtoncom PowerBook, o eMate éum novo conceito emcomputador. Ele não énada mais que um New-ton com teclado e umatela de 480 x 320 pixels,rodeado por uma grossaborda de plástico verdetranslúcido. Isso lhe dá umaresistência inigualável, uma aparênciaamebóide totalmente alien, além de permitir queele seja carregado como se fosse uma bolsinha.Vendido por cerca de US$ 800, vem com o NewtonWorks – que inclui processador de texto, planilha,agenda e programa de desenho – e é totalmentecompatível com programas para o Newton OS. Temmicrofone e mini-falantes embutidos e pode trans-mitir dados por infravermelho.O novo e veloz Newton 2000 também estava emdemonstração. Além de um processador RISC bemmais rápido, de 160MHz, o novo Newton traz comogrande novidade um pequeno alto-falante que per-mite que ele leia textos através de um sistema seme-lhante ao Text-toSpeech do Mac OS. Seu preço nosEUA é de US$ 899.Newton 2000 e eMate 300:http://www.newton.apple.com/newton

QUICKTIME VR AO VIVOA BeHere apresentou sua revolucionária lente paratirar fotos instantâneas em QuickTime VR. Duranteseu discurso de apresentação, o presidente da

De onde será que esses caras tiram este tipo de idéia

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Sexta-feira, 20 de dezembro de 1996. Uma notícia explode na Internet, news-groups e BBSs de Mac. A Apple comprou a NeXT por US$ 400 milhões.O OpenStep, sistema operacional desenvolvido pela NeXT, iria ser o próximosistema operacional da Apple. De brinde, voltava para casa Steve Jobs, um dosfundadores da empresa, responsável por grande parte de sua mitologia. Oque a Apple ia fazer com o OpenStep? Ahhnn, bem… Boa pergunta.Pouco mais de duas semanas depois, Gil Amelio, presidenteda Apple, subia ao palco na Macworld Expo, em SãoFrancisco, ao lado de Jobs, para pôr ordem na confusão.Os dois explicaram a estratégia da Apple para dar novavida ao Macintosh e ao mesmo tempo manter a compati-bilidade com os programas e equipamentos atuais. A em-presa optou por um caminho duplo. Vai continuar fazendoupdates do Mac OS atual, ao mesmo tempo em que prepara o novo sistema,que tem o nome código Rhapsody. Ao final da apresentação, muitas dúvidasforam respondidas, mas algumas ainda permanecem.A MACMANIA estava lá e dá aqui o seu recado.

O PRÓXIMO DOS era uma fundação de um andar

sobre o qual os programadores conse-guiam erguer, com muito esforço, um

prédio de quatro andares. O Macintoshe sua Toolbox levantaram essa fundaçãopara quatro andares. Durante dez anos

a Microsoft conseguiu copiar e atémelhorar a estrutura do Mac. Com o

OpenStep, colocamos mais vinte andaresneste prédio. Os programadores poderão

desenvolver softwares com 20% doesforço que é necessário para programar

para o Windows ou o Mac OS.

Steve Jobs

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UMA LONGA CAMINHADAEm janeiro de 1996, Gil Amelio assumiu a presidência da Apple com amissão de reestruturar a empresa, fazê-la retornar à lucratividade elevar o Macintosh novamente à liderança tecnológica dentro da indús-tria de computadores pessoais. Somente então, dizia ele, a Apple pode-ria pensar em crescer e ampliar sua fatia de mercado.Um ano depois, digamos que um terço da missão foi cumprida. AApple hoje está bem mais enxuta e focada em seus mercados prioritá-rios que antigamente. A lucratividade esperada, no entanto, ainda nãochegou. Mesmo com um ótimo produto, o Performa 6400, as vendasda Apple no Natal americano foram um fiasco, gerando um prejuízo deUS$ 120 milhões.Isso acabou com as projeções de Gil Amelio, de sair do vermelho apósum ano de gestão. Mas isso não quer dizer que a Apple esteja à beirada falência, muito pelo contrário. Financeiramente, a empresa estábem melhor do que estava há um ano, contando com mais de US$ 1,8bilhão em caixa.O mais espantoso é que, mesmo sendo duas vezes maior que o prejuí-zo de US$ 68 milhões registrado no Natal de 1995, o mau desempenhoda Apple desta vez não gerou nenhum artigo sobre sua “morte iminen-te”, como havia sido decretada por dez entre dez publicações, especia-lizadas ou não, há um ano.A razão é que, pela primeira vez em muito tempo, a Apple conseguiucapitalizar a atenção que desperta na mídia em seu próprio benefício.Poucos dias antes do Natal, a empresa anunciou que estava adquirindoa NeXT. E aí não se falou de outra coisa.

SAÍDA ESTRATÉGICAEra o início do segundo passo. Um dos motivos para a queda da Applefoi que o Mac havia perdido um grande trunfo em relação aos PCs.Desde sua criação, graças à integração entre seu hardware e o Mac OS,o Mac podia fazer coisas que um PC não fazia. Isso fez nascer umasérie de programas, como Photoshop, QuarkXPress e Director, que sóexistiam na plataforma da Apple. Esses programas criaram mercadosonde até hoje a Apple é líder, como editoração eletrônica e criaçãomultimídia.Só que durante os últimos dez anos a dupla Intel-Microsoft teve temposuficiente para copiar os truques do Macintosh. A gota d’água veiocom o Windows 95, que superou o Mac OS em alguns quesitos tecno-lógicos, como a tal multitarefa preemptiva.Mesmo com uma mudança tranqüila para uma nova arquitetura RISC,baseada no chip PowerPC, a Apple não pôde cantar de galo sobre aconcorrência. PCs com Windows NT deixavam o Macintosh a ver naviosem várias aplicações. O velho e lento Mac OS estava fazendo o Macperder terreno em mercados críticos, como o de servidores Web, ani-mação 3D e desktop vídeo.A Apple precisava de algo radicalmente novo, capaz de colocar o Macnovamente na dianteira tecnológica. A grande sacada de Amelio foi per-ceber que a Internet representava uma oportunidade para um saltoqualitativo. Nem o Windows, nem o Mac OS foram sistemas criadosvisando a integração com a rede. O acesso e a distribuição de informa-ção nesses dois sistemas se dá de forma muito pouco intuitiva. O novoMac OS teria que ser um “cidadão da Internet”.

MO PASSOÉ o meu papel tomar decisões

objetivas e ponderadas sobre o Mac OS.Preciso fazer o que é melhor para nossosusuários, nossos desenvolvedores,nossos empregados e acionistas.Ser “o novo chefe” na empresa me dá aliberdade de tomar essas durasdecisões, já que eu não tenho aver com o passado, com ahistória, não tenho vícios nemvacas sagradas. Posso tomardecisões objetivas sobre comoserá o próximo sistema.

Gil Amelio

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computador pessoal do mundo. A turma de Amelio deu um basta noNIH ao decidir que o Copland não se encaixava em seus planos edeveria ser substituído por um outro sistema, mesmo que desenvolvi-do por terceiros. Anos de idas e vindas, atrasos sucessivos e evasão de técnicos haviamtransformado o Copland em um punhado de tecnologias geniais, massem a compatibilidade e coesão que a Apple precisava. Pior, não haviasinais de que ele pudesse ser finalizado em 97. E tempo – com as mar-gens de lucro e sua fatia de mercado sendo comida pelas bordas – éuma coisa que a Apple não tem.

TO BE OR NOT TO BEQuando Ellen Hancock, responsável pelo desenvolvimento do Mac OS,afirmou que a Apple poderia adotar uma solução externa para seu sis-tema operacional, as apostas começaram a correr. Quando técnicos daApple se encontraram com representantes da Be Inc. para avaliar seusistema operacional, a bomba estourou. A “compra iminente” da Bepela Apple por US$ 300 milhões chegou a ser anunciada por diversosjornais e revistas.A comunidade de desenvolvedores de software para Mac se dividiu.Uns babaram com as possibilidades de multimídia, velocidade e supor-te a multiprocessamento do Be OS. Outros acharam um absurdo, poravaliar que tudo o que o Be OS tinha a oferecer já estava em estágioavançado no projeto do Copland. Portanto, era mais sensato a Appleguardar seu dinheiro e acelerar a produção de seu próprio sistema.O fato é que o Be OS ainda é um sistema em fase beta, sem nemmesmo possuir rotinas para impressão. Seu objetivo, segundo o ex-diretor da Apple e presidente da Be, Jean-Louis Gassée, é se tornar a

Tanto o Windows quanto o Mac são sistemas desenvolvidos há mais deuma década. Durante todo esse tempo eles foram agregando caracterís-ticas “modernas”, como suporte a multimídia e Internet, mas no fundocontinuam com a mesma fundação do tempo em que o computadornão tinha nem hard disk e memória RAM se contava em kilobytes.O problema é que sistema operacional é como cobertor curto. Se vocêcobre a cabeça, descobre os pés. Não dá pra ter um sistema operacio-nal leve, rápido e moderno e ao mesmo tempo manter total compatibi-lidade com o passado. Nesse ponto a Apple, empresa escolada em tran-sições de plataforma (quem não se lembra da mudança do System 6para o System 7, ou do Motorola 68k para o PowerPC?), parece queaprendeu a lição.

UNI, DUNI, TÊ, O ESCOLHIDO FOI...Durante 1996 a equipe de Amelio teve a tarefa de montar o quebra-cabeças do futuro do Mac OS. Algumas peças já estavam definidas. Pracomeçar, o sistema deveria ter uma camada entre ele e as chamadasinstruções de baixo nível (o tal de kernel), capaz de garantir sua inde-pendência do hardware e portabilidade para outras plataformas. Essa camada também solucionaria o problema da compatibilidade ver-sus modernidade. Bastaria colocar sobre ela dois sistemas: um compa-tível com todo o legado de dez anos de Mac e outro novinho em folha,pronto para o século XXI.A primeira medida foi avaliar a prata da casa, o System 8, vulgoCopland. A Apple sempre foi conhecida no mercado como “a empresaque diz NIH”. NIH ou Not Invented Here (não foi inventado aqui) eraa desculpa para se reinventar a roda ou não adotar tecnologias só por-que elas não foram desenvolvidas pelos caras que nos deram o melhor

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“Imagine o Mac OS como um Cessna. Nós o inventamos.

Aumentamos sua complexidade para fazê-lo suportarmais passageiros e mais carga.

Os altos e baixos de Steve Jobs

1976Jobs e SteveWozniak lançam oApple I, em forma dekit para montar

1978O Apple II é umenorme sucesso eestabelece a indústriado microcomputador

1981Conhece o centrode pesquisas daXerox, berço doMacintosh

1983Desenvolve oMacintosh em umano, com equipe de50 pessoas

1984Lançamento do Maccom o famosoanúncio de televisão“1984”

A evolução do Mac OS, segundo Amelio

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plataforma ideal para produção de mídia digital, não um sistema paraaplicações de escritório. Ou seja, é um sistema operacional em buscade um programa. “Hoje, o Be OS não está pronto para ser consumidopor seres humanos – serve apenas para o consumo de programado-res”, diz Gassée.Mesmo não sendo comprada pela Apple, a Be não desistiu de conquis-tar o mercado Mac. Uma versão do Be OS compatível com Power MacsPCI já está disponível para desenvolvedores, podendo ser adquiridajunto com o ambiente de programação CodeWarrior, da Metrowerks. APower Computing também está colocando o Be OS em bundle comalguns de seus equipamentos. E para embolar ainda mais o meio decampo, a Be demonstrou durante a feira um emulador de Mac OS quepermite rodar programas de Mac dentro do Be OS. Se os planos da Bevingarem, será ótimo para os macmaníacos, que no futuro terão duasopções de sistema operacional moderno para escolher.

SURGE O NEXTSe a polêmica em torno da compra da Be serviu para alguma coisa, foicomo cortina de fumaça. A história da aquisição da NeXT e da volta deJobs caiu como uma bomba de esperança sobre os usuários de Mac.A NeXT foi criada por Jobs logo após sua saída da Apple. O objetivo erafazer um novo Macintosh, como Jobs achava que ele deveria ser. Ocomputador do futuro, uma linda caixa preta com um sistema de des-crição de tela baseado em PostScript. Um sistema operacional revolu-cionário, com a robustez do Unix e a elegância do Macintosh.Foi um fracasso retumbante. As vendas do hardware da NeXT forambaixíssimas, poucas empresas desenvolviam software para a plataformae a empresa caminhava ladeira abaixo. Em 1993, a NeXT parou de

Finalmente admitimos que esse não é o jeito certo deconstruir um avião. Você não pode colocar tudo isso

em cima de um Cessna. O que nós precisamos é de umBoeing 777, ou seja, uma nova arquitetura.”

Aí percebemos que seu velho motor não ia ser suficiente.Trocamos então a propulsão 68k pelo jato PowerPC.

fabricar computadores e se concentrou nas versões do NeXTStep, reba-tizado como OpenStep, para outras plataformas. Foi aí que as coisascomeçaram a dar certo. Se por um lado o OpenStep não tem todas as novidades revolucioná-rias do Be OS, por outro, traz anos de experiência e uma base instaladade usuários que durante todos esses anos ajudou a refinar o sistema.Por ser um sistema estável e rápido para o qual é muito fácil programar,o OpenStep teve boa aceitação entre grandes corporações. São empre-sas que possuem sistemas proprietários que precisam ser constantemen-te atualizados e ampliados. Corporações como Disney, Ford, Mitsubi-shi, Nasa e American Airlines têm sistemas desenvolvidos no OpenStep.

1985É expulso da Applepelo presidenteJohn Sculley efunda a NeXT

1986Compra a Pixar edesenvolve animaçãode curta metragemem computador

1988Lança a plataformade hardwareNeXT, baseada no“cubo preto”

1993NeXTStep viraOpenStep; a NeXTpassa a trabalharapenas com software

1996Pixar lança“Toy Story” emconjunto com aDisney

1997Volta triunfalde Jobsà Apple

Dá só uma olhada na interface elegantésima do NeXT

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Para a Apple não há nada melhor no momento que botar um pezinhono mercado corporativo. Ela já afirmou que continuará suportando asversões do sistema da NeXT que rodam em chips Intel, Motorola68040 e SPARC. Há também uma versão para PowerPC, que nunca foicomercializada. É essa que deverá servir de base para o novo Mac OS.

A INTERNET É O TCHAN !Mas a grande vantagem é que a aquisição da NeXT cai como uma luvanos planos da Apple de conquistar mercado na Internet. No fundo, oOpenStep nada mais é do que o velho e bom Unix, revisto e bemmelhorado. De lambuja, a Apple também levou no negócio oWebObjects, tecnologia da NeXT que facilita a união entre bancos dedados e páginas de Web. O WebObjects traz a facilidade da programa-ção orientada por objeto para o terreno obscuro das CGIs, o calváriodos Webmasters.Esses dois pontos eram exatamente o que a Apple precisava para con-solidar o Mac como servidor de Internet. Some-se a isso o acordo entreApple e Sun para integrar seus sistemas operacionais e o círculo se fecha.Finalmente, o bordão “A Internet é o caminho” que a nova diretoriavem martelando há um ano se consolida como uma estratégia palpável.

CAMINHO DUPLOA Apple conseguiu encontrar o caminho mais rápido para um novo sis-tema operacional, mas mesmo assim vai demorar um bom tempo parao novo sistema chegar às mãos da maioria dos usuários.A primeira versão comercial do Rhapsody, codinome para o sistemabaseado no OpenStep da NeXT, só deve chegar às prateleiras em mea-dos de 1998. Será um sistema multitarefa, com memória protegida,estável e com quase total compatibilidade com os programas atuais doMac. Somente aplicativos que conversam diretamente com o hardware,

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como drivers de scanner e softwares que usam placas de áudio e vídeo,precisarão ser reescritos parar funcionar dentro do Rhapsody.O Mac OS vai estar instalado como uma rotina dentro do Rhapsody.Para o usuário, a coisa será tão transparente como é hoje trabalhar comprogramas escritos para o chip 68k em Power Macs. Com a vantagemde que os programas rodarão na mesma velocidade (talvez até maisrápido) que rodam atualmente. A interface do Rhapsody e do Mac OSserá a mesma, baseada no jeitão do Copland.“Mas se você quiser desenvolver para o Mac do futuro, pode fazer issohoje, utilizando o OpenStep”, diz Jobs, vendendo seu peixe. Em maio,os desenvolvedores provavelmente já deverão poder botar as mãos naversão PowerPC do OpenStep. No final deste ano, estará disponível aprimeira versão oficial para desenvolvedores do Rhapsody, compatívelcom alguns programas feitos para o Mac OS.

A VOLTA DO COPLANDA Apple vai continuar desenvolvendo as tecnologias que compunham oCopland e irá lançá-las em updates semestrais do sistema, que cami-nhará paralelamente ao Rhapsody. Já estão previstos quatro updatescom codinomes sinfônicos: Harmony, Tempo, Allegro e Sonata.

POUCA NOVIDADEO primeiro update é o Harmony, ou Mac OS 7.6, programado parajaneiro de 97. Poucas novidades além de um programa instalador maisintuitivo, um novo Extension Manager e o novo Control Panel OpenTransport/PPP. Integrados ao 7.6, virão alguns componentes como oOpenDoc, o QuickTime 2.5, o QuickDraw 3D (só para Power Macs), oQuickDraw GX e o LaserWriter 8.4.2. O 7.6 não rodará em Macs maisantigos, com chips Motorola 68000 e 68020, nem nos modelosSE/30, IIx e IIcx.Nos EUA, o preço do upgrade do 7.5 para o 7.6 será de US$ 69. AApple Brasil não tem previsão de quando será lançada a versão brasilei-ra, nem as condições do upgrade.

Interface customizável: uma das novidades que chegarão em julho

Para provar que os tempos mudaram, a Apple apresentou umrígido cronograma para as próximas atualizações do sistema.Em meados deste ano já deve estar pronta a primeira versãopara desenvolvedores do Rhapsody, sem compatibilidade com

softwares escritos para o Mac OS. No início de 98, será lançadauma versão do novo sistema destinada a usuários high-end.

Em meados do ano que vem, sairá a primeira versão“de consumo” do Rhapsody, com compatibilidade quase

total com os programas atuais.

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JAVA NO MACEm julho as coisas começam a esquentar. Deveser lançada uma nova versão do sistema, pro-vavelmente numerada como Mac OS 7.7, jácom alguns pedaços do Copland. Entre elesestá o novo Finder, totalmente nativo paraPowerPC (finalmente!). Seu jeitão vai ser pare-cido com a interface obtida hoje com os share-wares Aaron e Kaleidoscope, com alguns tru-ques a mais. Ela poderá ser facilmente modifi-cada de acordo com o gosto do freguês. Serápossível, por exemplo, criar janelas combotões em vez de pastas, como no Launcher.A linguagem Java estará integrada ao sistemaatravés do Java Virtual Machine, que permitiráabrir qualquer programa escrito em Java.

ÍCONES QUICKTIMEMesmo depois do lançamento do Rhapsody,ainda virão dois updates do Mac OS como oconhecemos. Poucas informações foram dadassobre essas versões. Amelio apresentou doisdemos mostrando que o objetivo é integrar,cada vez mais, tecnologias como OpenDoc eQuickTime com o Finder, ao ponto em queestas se tornem totalmente transparentes.A primeira demo mostrava ícones de arquivosQuickTime no Desktop que permitiam ver eouvir o filme no próprio Finder, sem precisarabrir um aplicativo.A segunda demonstração era da integração dobrowser Cyberdog com o sistema de arquivosdo Mac. Será possível navegar pela Internet,por uma rede local ou mesmo pelo seu discorígido utilizando apenas a janela do browser.

E AGORA?Se por um lado a compatibilidade de softwaredo Rhapsody vai ser praticamente total, a dehardware ainda é uma incógnita. A únicadeclaração oficial da Apple é que o sistema vairodar “em todos os equipamentos que estãosendo vendidos atualmente”. Analistas achamdifícil que não sejam incluídos os Power Macsde primeira geração, baseados no chipPowerPC 601.Já os Macs 68k são outra história. Apesar doOpenStep já estar portado para o chipMotorola 68040, a Apple não demonstroumuita vontade de estender a compatibilidadedo Rhapsody aos Macs mais antigos.Outra dúvida é em relação à portabilidade. Jáque o OpenStep roda em chips Intel, por quê

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Fique ligadoKernel - Uma camada de software que coordena praticamente todos os serviçosde baixo nível de um sistema operacional, como alocação de memória, gerencia-mento de processo, acesso a dados e interação com o hardware.

Multithreading - O multithreading em um sistema operacional permite quevocê faça subprocessos que executam dentro de um processo maior. É possível,por exemplo, formatar um disquete enquanto um arquivo é copiado. O Mac OS 7.7terá o multithreading no Finder.

Sistema operacional moderno - Sistema que possui algumas tecnolo-gias avançadas, como memória protegida e multitarefa preemptiva. Para o usuáriofinal, resulta em um sistema mais rápido e estável. Por exemplo, no Mac OS, quan-do um programa trava, é bem provável que o computador trave também e vocêseja obrigado a restartar. Em um OS moderno, quando um programa trava, o sis-tema isola o programa, limpa a sujeira que ele deixou na memória, grava um rela-tório sobre o erro e continua funcionando normalmente.

CGI - Common Gateway Interface. Programa que dá interatividade às páginas daWeb, permitindo ligá-las a bancos de dados.

Programação orientada por objeto - Avanço relativamente recentena tecnologia de programação, baseada em unidades (objetos) que agrupam oscomandos e dados necessários para executar uma tarefa. Em tese, facilita o tra-balho do programador, permitindo a reutilização de objetos no desenvolvimentode novos programas.

O “chefão” Gilbert Amelio e Steve “David Copperfield” Jobs falam para os pobres mortais

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não fazer uma versão Pentium do Rhapsody eatacar o inimigo em seu território? A respostaoficial é: primeiro vamos fazer a versão Power-PC, depois pensaremos nisso.O fato é que a Apple ainda não tem bem defi-nido como vai fundir sua tecnologia com as daNeXT. Ainda não está certo qual o sabor deUnix que será utilizado no kernel doRhapsody. Também não se sabe o que aconte-cerá com o QuickDraw GX, já que o OpenStepé baseado em outra linguagem de descrição

de tela, o Display PostScript, da Adobe.As dúvidas são muitas, mas uma coisa é certa.O Mac precisava de um novo sistema operacio-nal o quanto antes e a Apple escolheu uma dasmelhores ofertas do mercado. Mas muita coisaainda precisa ser feita. O primeiro passo já foidado, agora só faltam 999. MMM

HEINAR MARACY É editor da MACMANIA e viajou à Macworld aconvite da Apple.

A portabilidade do novo OS será obtida graças a uma camada de Unix (kernel)que ficará entre o sistema operacional e o hardware, controlando o sistema dearquivos e outras operações. O Mac OS vai rodar como se fosse um processo do

Unix, o que garantirá um desempenho igual ou superior ao que ele atinge atual-mente. Ao lado do Mac OS estará o Rhapsody e o Java VM. Unificando tudo issoestará a interface do Copland, que fará com que o uso de programas escritos

para o Mac OS, Rhapsody ou Java ocorra da mesma forma como é hoje.

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MARATHON INFINITYBungie

Considerado por especialistas o melhor jogo-de-matança já concebidopara a plataforma Mac, Marathon finalmente chega à sua versão final.A lenga-lenga é a mesma de Marathon 2: dois computadores bichados(Durandal e Tycho), com poderes quase divinos e querendo acabar umcom o outro, guiam você por labirintos forrados de ETs desvairadosprontos para o extermínio. O curioso é que você trabalha ora pra umdos computadores doidos, ora pro outro, de tal forma que qualquer per-sonagem pode passar de inimigo a aliado e vice-versa. A certa altura nojogo, você acaba combatendo os próprios humanos, que são – sutil iro-nia – os piores oponentes de todos.Uma característica básica do jogo são os mapas das fases, tão vastos eintrincados que às vezes você fica horas vagando pelos corredores semdescobrir por onde sair. No campo das armas, só uma novidade: umametranca que atira a longa distância e funciona debaixo d’água.Tudo isso – aliado à qualidade de som, apuro gráfico e alucinante jogovia rede – é o que mantém Marathon no topo. Mas, então, por que esseconceito de “eternidade”? A grande sacada é a inclusão de um editor demapas que permite a criação de fases para você usar, trocar com amigos

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MATAR OU MORREROS MELHORES GAMES DE 1996

JEAN BOËCHAT

Oano passado foi bem mais ou menos para games deMacintosh. Sem nenhum lançamento bombástico, poucostítulos se destacaram, mesmo com o esforço de evangeliza-

ção da Apple, que até lançou uma tecnologia específica para acelerara produção de games no Mac, os Game Sprockets. A Apple Brasil também não conseguiu convencer mais distribuidoresde software locais a trazer mais games para Mac. Os lugares para seencontrar games de Mac continuam praticamente os mesmos de umano atrás. Mesmo assim, conseguimos juntar aqui uma lista com osjogos indispensáveis para os gamemaníacos que usam Mac. Há diver-são para todos os gostos.E o melhor ainda está por vir. Em 1997 o Mac promete dar a voltapor cima. Estão começando a aparecer games baseados nosSprockets. Finalmente teremos um jogo de futebol (Actua Soccer) euma versão do megasucesso Quake (por isso a tela com os mons-trengos aí em cima) para Power Macs. Enquanto esses jogos nãochegam, tire seu joystick e mande bala.

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ou disponibilizar na Internet. É lógico que sem o manual é impossívelcriar qualquer coisa, e com ele é apenas “quase” possível. Acompanhatambém um outro programinha para dar uma nova “cara” ao jogo, com acriação de novos personagens, armas, tiros, efeitos, texturas e sons.Você pode criar mapas para jogar sozinho, para jogar em rede ou adicionarseus levels para montar o seu próprio “Marathon IV – Garagem do Prédio”,com participação especial do síndico, do zelador e da vizinha boazuda.

jogados separadamente ou em torneio. Cada um contém umnúmero de missões que precisam ser acionadas para serem cum-pridas. Existem três tipos de missão: acertar alguma coisa queaparece na tela, fazer a bola passar por algum ponto da mesmaou jogar um tipo de jogo escondido – caso em que, no CreepNight, por exemplo, você pode disputar um joguinho tipo“Megamania” ou participar de uma brincadeira parecida comaquelas que existiam em um brinquedo chamado Genius (seráque alguém ainda se lembra disso?). Completar cada cenário não é moleza, não. Não adianta ficardando porradas aleatórias na bolinha. É necessário pensar e usartoda a habilidade no manejo dos flippers. A maior dificuldadeainda está na velocidade da bola e na gigantesca quantidade dedetalhes e animações, que provocam uma bela confusão.A parte gráfica das duas versões é impecável, com um visualbacana, grandes efeitos e muitas animações. O som melhoroumuito de uma versão para outra – agora já é possível ouvir asvozes e a música ficou muito mais agradável. A sensação de estarmeio perdido dentro do jogo continua, mas 3D Ultra Pinball &3D Ultra Pinball 2 são pura alegria.

3D ULTRA PINBALL3D ULTRA PINBALL 2-CREEP NIGHT

Sierra On LineNo ano passado, a Sierra veio com um lançamento disposto a acabar como monopólio da Starplay no mundo dos pinballs para Mac.3D Ultra Pinball correu por fora e veio arrasando. Sua estética tridimen-sional foi aos poucos agradando os pinball-wizards, que acabaram train-do a fidelidade histórica aos clássicos da Starplay, como Tristan, EightBallDeluxe, Crystal Caliburn e Loony Labirinth.Na primeira versão, a temática é futurista e o seu objetivo é construiruma colônia espacial, lançar uma nave e destruir, com o seu canhãolaser, os meteoros que ameaçam a sua estratosfera. Já a segunda versão,conhecida como Creep Night, é ambientada numa estética “Casa Mal-Assombrada”, em que você deve libertar o castelo das forças do Mal.O conceito é o mesmo para ambos: são três cenários que podem ser

X-WING COLLECTOR�S CDLucasArts

“Muito tempo atrás, numa galáxia distante…”Essa é a frase de abertura do X-Wing Collector’s CD, um dos últimosgrandes lançamentos da LucasArts para a plataforma Mac no ano de1996. A introdução, no melhor estilo da saga “Guerra nas Estrelas”, contaque você foi selecionado como novato a pilotar os famosos Wings, caçasespaciais da Frota Rebelde. O CD vem com mais de 120 missõesdiferentes, divididas entre o jogo original (semelhante ao de 1992, lança-do para DOS) e três adicionais. Usando os quatro tipos de nave (X-Wing,A-Wing, Y-Wing e B-Wing), você jogará desde missões de treinamento atégrandes batalhas contra toda a gama de naves do Império Galáctico.Considerado um grande sucesso há quase 5 anos, X-Wing Collectors CDagora pode mostrar o melhor de sua perfomance, principalmente nosgráficos, sons, vídeos pauleira e poder de simulação. Como já diria omestre Yoda: “Rapadura é doce, mas não é mole”. O vôo é bastantesuave, mas o controle é casca grossa. Mesmo nas missões de treinamentovocê enfrenta um bom perrengue.As comparações com o Wing Commander são inevitáveis. A começar pelasemelhança descarada do Wing Commander com o conceito e a históriade “Guerra nas Estrelas”. Mas, no que concerne exatamente ao quesitojogo, as grandes diferenças estão na simulação e na interatividade. O X-Wing tem um grau de simulação muito mais eficiente, mas peca na inte-ratividade, o que é perfeitamente compreensível pela data de sua criação.De qualquer forma, mande brasa que a Força estará com você.

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ponto não imaginado. O elenco contava com atores de peso, como TomWilson, o Biff, de “De Volta Para o Futuro”, Malcom McDowell, o doidãode “Laranja Mecânica”, e Mark Hammill, o Luke Skywalker, de “Guerranas Estrelas”, justamente no papel do Coronel Blair.A interatividade é o ponto forte em WC3. No papel de Blair, o jogadortem que tomar decisões que podem alterar todo o curso da história ouseu relacionamento com os outros personagens. Esse episódio começaquando a nave mãe de Blair é – novamente – destruída e ele é transferi-do para o TCS Victory, sob o comando do Capitão Eisen. Sua namoradafoi capturada pelos Kilrathi e seu paradeiro é desconhecido. A partir daío jogador vai vivendo a sua versão da história.Em Wing Commander IV: The Price of Freedom, o que era bom ficouainda melhor. Orçado em 10 milhões de dólares, o jogo retoma a histó-ria do Coronel Blair. Pasme! Dessa vez, sua nave-mãe NÃO foi destruída!Finalmente os humanos venceram a guerra contra os Kilrathi, graças aBlair, que, usando uma arma superpoderosa, conseguiu destruir o plane-ta Kilrath, causando a rendição dos “gatos”. Agora, Blair está se preparan-do para virar rancheiro, quando sua aposentadoria é interrompida devi-do à ameaça de guerra entre os humanos. A milícia dos MundosExtremos parece estar atacando naves da Confederação sem motivo apa-rente. É aí que o velho Coronel entra.Em WC4, a interatividade fica ainda maior. As opções feitas durante ojogo são mais interessantes para o desenvolvimento da história e das mis-sões. Por exemplo, em dado momento do jogo, o Capitão Eisen seausenta do TCS Intrepid para transportar dados confidenciais e assume ocomando da nave-mãe. O jogador tem a responsabilidade, então, detomar decisões sobre os alvos estratégicos a serem atacados, além de selivrar de acusações de traição e descobrir todas as sujeiras escondidaspela Confederação. Numa das cenas do jogo, Blair se envolve numa dis-cussão com Tolwyn, transmitida ao vivo para toda a galáxia, que é detirar o fôlego até do macgamer mais exigente. O mais legal é que o joga-dor pode passar para o outro lado da briga.Tanto no WC3 como no WC4, as batalhas espaciais são muito bemambientadas, com a possibilidade de escolher a nave a ser utilizada, boasimulação e pilotagem fácil (de preferência com um bom joystick). Enfim, Wing Commander é um grande adventure que conseguiu reunirnum único jogo elementos que garantem diversão para qualquer rato dejoystick: multimídia bem explorada, vídeo interativo, excelente simuladorespacial e a sensação de se estar realmente no comando da história. Opreço dessa “liberdade”, com certeza, vale os 10 milhões de dólaresinvestidos no seu desenvolvimento.

GRAG E THOG BONKHEADS1 A.M. Productios

Este é um lançamento da novata 1 A.M. Productions (grande nome!),copiando radicalmente aquele velho joguinho de plataforma do MarioBros. O babado é o seguinte: os moradores de Trollsville – localizadasob a superfície da Terra – estão em estado de calamidade. Um terremo-to abriu uma fenda na crosta terrestre e agora eles devem defender aqualquer custo os mundos inferiores da invasão das criaturas terrenas.Para tal missão, os Irmãos Bonkheads – Grag e Thog – foram convoca-dos não exatamente pela sua destreza ou inteligência. A idéia é a seguin-te: as criaturas vêm descendo pelas plataformas e os dois irmãos utilizamseus crânios de pedra para detonar os bichinhos quando estes estão porcima. No meio do caminho aparecem alguns presentes que dão umaforça nessa empreitada. Você pode jogar sozinho ou em dupla. A diferen-ça em relação ao Mario Bros é a quantidade de plataformas e algumasvariações como teias de aranha e hologramas.

WING COMMANDER III E IVOrigin

A saga de Wing Commander tem arrebatado uma legião enorme de fãs ecausado um estrondoso sucesso comercial no mundo dos games. Desdea sua primeira versão, lançada para os videogames do início da década,até a superprodução de Wing Commander IV, a Origin tem demonstradoque a luta-do-bem-contra-o-mal-no-espaço ainda é um excelentechamariz para os gamers. A partir da versão III, os macmaníacostambém podem participar e decidir os caminhos dessa grandeepopéia. Em Wing Commander, o jogador assume o papel doCoronel Cristopher Blair, um piloto da Confederação Terrestreque está em guerra contra uma raça de imensos felinos conhe-cidos como os Kilrathi. Nesse primeiro episódio é contada ahistória do Coronel e seus companheiros, entre eles: Maniac,piloto metido a gostosão; Almirante Tolwyn, comandante daFrota Terrestre; e, como não poderia faltar, Angel, a garota deBlair. Ao final, a nave-mãe de Blair é destruída por um ataquede caças Kilrathi invisíveis – tecnologia até então desconhecidapelos humanos – e é Blair quem leva a culpa.Em Wing Commander II, Blair é rebaixado e transformado numpiloto de escritório, voando apenas em missões burocráticas oude patrulha, até se meter no meio de novas investidas dosKilrathi, conseguindo provar sua inocência.A revolução começou em Wing Commander III: The Heart ofthe Tiger. Utilizando técnicas cinematográficas e atores parainterpretar os personagens, a Origin revitalizou a saga a um

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Em termos de qualidade gráfica e sonora, Blackthorne acaba empatandocom seus principais competidores: Prince of Persia e Flashback.Aparentemente não há grandes diferenças conceituais entre eles. O quepode-se dizer é que Blackthorne se propõe a apresentar um mundo eum tipo de história diferente da velha ladainha de sempre.

BLACKTHORNEBlizzard EntertainmentConsiderado um “Prince of Persia com atitude” ou um “Flashback commais limão”, Blackthorne é um ótimo jogo de plataforma que reúne oque há de melhor em desafios para aqueles que gostam de pular, correr,detonar monstros com violência e resolver quebra-cabeças. A ação estácentrada em Kyle Blackthorne, um jovem guerreiro que veio vingar suafamília e recuperar o reino que lhe é de direito. Para tal, ele deve enfren-tar a horda de monstros mutantes que escravizam seu povo através detortura e fome. Com reflexos rápidos e uma boa cartucheira, KyleBlackthorne caminha entre catacumbas, florestas e cavernas, num cená-rio bastante sombrio e geralmente violento. Até os próprios humanos sematam por comida e abrigo.

ABUSEBungie

Um novo paradigma no gênero de jogo de plataforma criado pela CrackDot Com e distribuído pela Bungie Software – a mesma do Marathon –,Abuse foi um dos grandes lançamentos em 1996. Combinando o melhordesse estilo com a última palavra em tecnologia gráfica e sonora, movi-mentos em 360° e o máximo de agilidade, ele chegou para detonar.O enredo é o seguinte: você é um sujeito condenado injustamente a tirarférias forçadas numa colônia penal de segurança máxima, onde um mis-terioso desastre biogenético transformou todos os habitantes — guardase prisioneiros — em tenebrosos monstros. Sua única esperança é roubaruma poderosa armadura e tentar chegarno mais profundo dos níveis da prisão,antes que a praga contamine omundo exterior. De resto, é a mesmacoisa: sair porcavernas, cor-redores eesgotos, arran-jando as maisdiversas armas paradestruir os monstrosque encontrar. O controledo jogo lembra um pouco o DarkCastle, em que você utiliza o tecladopara os movimentos e o mouse paramirar e atirar. Isso pode ser um pou-quinho complicado nocomeço, mas com treinofica fácil. Além disso, tambémpode ser jogado via rede Appletalkou TCP/IP em até 8 pessoas e aindavem com um editor de levels. Paramelhorar, a Bungie tem vendido umbundle com Abuse e MarathonInfinity por um precinho camaradae direito a entrega em casa,mesmo no Brasil.

WARCRAFT IIBlizzard EntretenimentOs jogos de “real-time strategy” têm sido uma das últimas coqueluchesdo mercado de games. A alta performance dos gráficos e sons foram res-ponsáveis pela popularização desse estilo, o que vem incitando os pro-dutores a procurar novas alternativas nesse meio, como o já esperadoRebellion, um jogo de estratégia baseado em “Guerra nas Estrelas”.Warcraft foi o grande precursor desse estilo e tanto a versão originalcomo a sua seqüência, Warcraft II, foram portadas para a plataforma Mace prometem fazer sucesso entre os macmaníacos.Em Warcraft II, o macgamer deve escolher entre comandar as forçasHumanas ou Orcs – raça de asquerosos monstrinhos verdes que dariamtudo para pendurar a própria família no pau-de-arara. A partir daí, ojogador deve administrar os recursos e matérias-primas disponíveis parao seu exército, bem como conseguir novos recursos naturais (ouro, óleo, madeira etc.), implantar e tornar funcionais fábricas de armas, bar-cos, aeroplanos, fortificações e afins. Além disso, ele deve montar e trei-nar peões para o trabalho braçal e um exército para proteger suas basese atacar as instalações inimigas. No decorrer do jogo, o macgamer vai utilizando novos tipos de soldadose uma infinidade de veículos de guerra para os mais diferentes terrenos.Isso sem contar com a presença de personagens especiais sob seu con-trole, como magos, por exemplo.Entre os recursos multimídia mais explorados do jogo, o mais divertidodeles é a digitalização das vozes das tropas. É muito comum ouvir coisasdo tipo “estamos sendo atacados!” ou renegados dizendo que estão de“saco cheio” de receber ordens a toda hora. Warcraft II é uma boa opçãopara os aficionados do gênero e diversão garantida para quem semprequis comandar um exército de monstrinhos verdes em direção aos caste-los dos mocinhos.

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ma qualidade, com atenção para os mínimos detalhes. Outra vantagem époder jogar via rede ou por modem, com direito a janela de chat parasair provocando os concorrentes. Em resumo, IndyCar Racing II é quase um grande jogo de carro, mas nãocustava nada eles facilitarem um pouco a direção.Bom, por aqui continua valendo a pena comprar uma placa Pentiumpara poder jogar World Circuit F1 GP II.

VIRTUAL POOLMac Play

Este jogo da Mac Play entra com destaque para a galeria dos simuladoresde esportes (sinuca é esporte?). Gráficos 3D decentes e controles simplesgarantem uma sensação bastante realista. Dá pra controlar a força datacada e a posição da batida na bola branca. Tem até marca de giz. Comodestaque, a possibilidade de jogar por rede e modem de forma bembacana. O caído é que as quatro modalidades de jogos só incluem regrasamericanas, sem a nossa sinuca tradicional de oito bolas nem um bilhar-zinho esperto. Sem esquecer que fica faltando o chopinho, o tremoço eo português rabugento.

NASCAR RACINGSierra On Line

Licenciado oficialmente pela própria NASCAR (Federeção Nacional deStock Car dos EUA), NASCAR Racing segue a mesma linha do seu primo,o Indy Car Racing II, ambos distribuídos pela mesma empresa, a SierraOn-line Inc. A diferença está basicamente no que concerne a uma catego-ria e outra. O realismo de simulação de Nascar é pauleira, com direito ainfluência do tempo em relação à temperatura dos pneus e como issopode atrapalhar ou ajudar na performance. Para um bom desempenho, énecessário bastante treino e teste com os mais diferentes settings, usandoos carros das equipes já existentes ou criando a sua própria, podendoescolher o chassi e a marca dos pneus, fazer todos os ajustes de câmbio eoutros badulaques. Além disso, como no Indy Car Racing II, você aindapode criar todo o design da equipe, da pintura do carro ao uniforme.Uma vez com o carro tinindo, você poderá disputar corridas simplespelos 9 autódromos ou o circuito total da Nascar, em disputa da WinstonCup. Assim você estará lado a lado com os melhores pilotos da categoria,

INDYCAR RACING II Sierra On Line

Lançado no começo de 1996, Indy Car Racing II veio como a salvaçãopara o marasmo dos jogos de carro para Mac. Como anunciado naMACMANIA 22, o jogo dá ênfase ao realismo e requer grande destreza napilotagem. Realmente não é fácil manter o carro na pista, portanto, daruma de Nelson Piquet ralando no muro não vai ser uma das coisas maiscomplicadas. A diversão está em pilotar os carros da verdadeira FórmulaIndy e, o que é muito mais legal, construir a sua própria equipe, pintar ocarro, colocar decalques de patrocínio e criar o uniforme do piloto – dospés ao capacete. Indicado para Power Macs, o jogo tem gráficos de extre-

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acelerando como Tom Cruise no filme “Dias de Trovão”. Para cada pista,é legal ter um acerto de carro apropriado, que normalmente deve sermudado no decorrer da corrida, através da observação das informaçõesdo desempenho e do trabalho junto ao box. Você ainda pode convidarseus amigos para uma corrida via rede e, de vez em quando, aproveitarpara jogá-los fora da pista. Para guiar, é aconselhável um bom joystick

ou, na melhor das hipóteses, uma ajudinha do novo lançamento daThrustmaster Inc.: um conjunto de volante e pedais chamado FormulaT2 Racing Wheel.Os cenários são bem elaborados e cheios de detalhes, apesar dos aciden-tes que só ficam na fumaça e não causam grandes explosões. Em resumo,NASCAR Racing é adrenalina pura para quem curte um bom racha.

DESCENT IIMac Play

— Você parece melhor desde a nossa última sessão.— Será, doutor? Sei lá, continuo me sentindo inseguro,angustiado...— Fale-me mais sobre isso.— É que antigamente tudo era mais simples, sabe? Umamasmorra, uma doze e era mais ou menos isso. Uns demô-nios, talvez uns alienígenas de vez em quando; mas davapra saber de onde eles vinham. Eu sabia por onde eu estavaandando, o chão era o chão, o teto era o teto... mas agora...agora... mmm... oh... não...— Calma, calma. O que é que acontece agora?— Calma! É fácil dizer calma! Calma! Não é o senhor quetem que ficar preso naquele cockpit abafado, sem poder irao banheiro, rodopiando em gravidade zero, um enjôo,uma vontade de vomitar! Perdido em túneis escuros semsaber que lado é o de cima! — Não entre em pânico. Lembre-se que agora, na versão II, você temo robô-guia, que você pode programar pra encontrar armas, chaves,ou a saída pra você. Além disso, há o holofote que você pega logo nasegunda fase. Você tem que se dar conta de que o seu medo de seperder na escuridão não é real, é na verdade uma projeção incons-ciente de...— Não é real? NÃO É REAL? E ELES? O que o senhor me diz DELES?— Ainda não começamos a discutir os seus sintomas de paranóia... — PARANÓIA? Escuta aqui, ELES são reais! E querem me matar! Robôsde todos os tamanhos e tipos! Pequenininhos e rápidos! Enormes eblindados! Armados com metralhadoras! Mísseis! Pulsos de energia!Tem um robô ladrão, que rouba os armamentos da minha nave! Robôscom garras de diamante! Robôs... robôs... INVISÍVEIS. Por Deus, invisí-veis já é sacanagem!— Nessas situações extremas é importante manter o sangue-frio.

Procure usar o conversor de energia, que transfere carga do seu sis-tema de armas para os escudos. Mantenha um olho no retrovisor.Não se esqueça de atirar nas paredes e de destruir todos os painéisde controle que encontrar, para abrir eventuais passagens secretasonde poderá haver armamento extra e energia.— É, é... e ARMADILHAS também! Esses malditos bastardos estãoespreitando em todo lugar!— Acalme-se. Já discutimos aqui os novos armamentos disponíveispara você nesta versão. Extravasar a violência é saudável, você precisadisso. Pense no prazer que você sente ao disparar o canhão de plas-ma...— Aaaaah, sim... e o de fusão também... e os superlasers quádru-plos... o canhão Gauss e... mmm... o Omega!— Não se esqueça dos mísseis.— Uuuuuh... Mísseis de concussão, teleguiados, cegantes. Dez tiposao todo. Minas de proximidade. Mmmm... o míssil “Earthshaker”...Aaah...— Está mais calmo agora? Uma coisa boa que você pode fazer é trei-nar em rede, com os seus amigos.— Amigos? Que amigos? Mas o senhor tem razão, estou mais calmoagora. Só que... ehh... ainda tem uma coisa...— O que é?— Sabe o reator?— Aquela coisa imensa que você tem que destruir pra passar de cadafase, fortemente guardado, que atira pulsos de energia em você eque, depois de ser destruído, te deixa com segundos para achar asaída antes que tudo exploda?— Esse mesmo. É que...— Sim?— ELE LEMBRA A MINHA MÃE!

Tom B.

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como A-10 ouo F/A -18, masé possívelconfigurá-lapara ummelhordesempenho.Apesar detudo isso,Apache é bembacana. A sen-sação de estarnum helicóp-tero é bem fiel e a simulação das missões é extremamente bem feita, cominimigos inteligentes e muitas opções de batalha. Mas continua sendoum jogo mais indicado para os aficionados em simulação realista.

OS FILHOS DE MARATHONUma das grandes novidades que começaram a aparecer no fim doano passado são os jogos construídos em cima da arquitetura (engi-ne) de Marathon 2. Juntando uma fórmula de sucesso com novostemas, personagens e cenários, várias produtoras de games estãoapostando bastante nesse filão. Entre os novos lançamentos, vale apena destacar: Prime Target, Damage Inc. e ZPC.Prime Target, lançado pela Macsoft, é um jogo de matança baseadoem política. O ano é 2004 – ano de eleições nacionais – e você éconvidado por um amigo senador a conhecer o Senado Federal.Chegando lá, você é recebido a bala e descobre que seu amigo foiassassinado. A partir daí você tem que explorar o prédio para desco-brir pistas e acabar com os conspiradores que querem abalar a demo-cracia. Você usará diferentes tipos de armas e poderá interagir com ocenário, dando tiro nas coisas ou movimentando objetos.Em Damage Inc., você é um sargento que lidera um grupo de solda-dos contra contrabandistas de armas. Nele, a grande diferença emrelação ao seu criador, – Marathon 2 –, está na possibilidade de secontrolar os quatro soldados explorando terrenos, seguindo umdeterminado líder ou atancando. São mais de 30 níveis com diferen-tes missões. Para cumpri-las. você deve agir com o máximo de estraté-gia para o trabalho em conjunto, mas podendo também fazer o traba-

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APACHEInteractive MagicPara quem quer algo perto de um simulador de verdade, daqueles queos pilotos usam para treinar, Apache é o ideal. Este simulador de heli-cóptero lançado pela Interactive Magic, fica em cima da risca que separao total realismo da “jogabilidade”. A atenção dada aos detalhes chega aser mais fiel do que o macgamer poderia esperar. Aparentemente, o jogotem problemas para começar a rodar e sua documentação é meio fraca,sem conter informações específicas de troubleshooting para a plataformaMAC – conseguimos alguns “erros tipo 11” até a coisa rolar. Uma vezfuncionando, o jogo permite escolher entre dois modos: o arcade e re-alistic mode. O arcade pode ser considerado meio baba pelos experts,mas é ideal para quem está começando. Já o modo realistic é tão difícilque pode complicar até a vida dos mestres da pilotagem. Mais uma vez adocumentação peca, pois não há um tutorial adequado para aprender avoar. Acaba sendo tão difícil levantar vôo, quanto mais pousar. A partegráfica não traz grandes novidades em relação a outros simuladores,

lho por suas próprias mãos ou mandando seus soldados cuidarem dasujeira. Os tipos de armas são os mais variados, de faca a lançador degranadas. O jogo em rede também não foi descartado, o que podetornar Damage Inc. muito mais agradável, com você mandando seuscolegas de escritório para o front.ZPC, da Zombie Software, é uma espécie de jogo de matança inte-lectual. Os cenários e gráficos são baseados no construtivismo russo,o herói é um rebelde que se revolta contra um estado totalitário, maso jogo é baseado no velho e bom atire em tudo que se mexe.

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O QUE VEM POR AÍ�1997 promete. Depois de um ano de atraso, finalmente a ID vai lançar aversão Mac do Quake, o melhor jogo de PC da atualidade. Chega de inve-jar o vizinho pecezista! Vamos ter argumentos para resolver no muque asdiscussões sobre quem tem a melhor plataforma, jogando em rede con-tra os usuários de PCs via Internet. A inglesa Gremlin Interactive está lançando também o primeiro game defutebol para Mac, o Actua Soccer, que nada mais é que o Virtua Soccerconhecido dos pecezistas, convertido e tirando proveito da tecnologiados Sprockets. A Bungie resolveu não se deitar sobre os louros dos Marathons e compa-rece com dois lançamentos do balaco. O primeiro é Myth, jogo de bata-lha e estratégia no estilo Warcraft 2, com muita carnificina, cenários rea-listas e uma tal de visão multimétrica. Você vai poder dar zoom no seuexército para lutar as batalhas de pertinho. O outro é Weekend Warrior,uma sátira a gincanas televisivas, que utiliza as capacidades gráficas doQuickDraw 3D para criar um cenário 3D totalmente navegável. E vemmais por aí. Veja a nossa checklist:• The 11th Hour (Virgin Games) – A continuação de 7th Guest.• Dark Forces II: Jedi Knight (Lucas Arts) – A esperada seqüência de DarkForces, com direito a sabre de luz.• Leisure Suit Larry: Love for Sail (Sierra) – Mais um divertido game comLarry Suit Larry, o grande conquistador.• Phantasmagoria 2: A Puzzle of Flesh (Sierra) – Muito mais assustador equente do que a primeira versão.• NBA JAM: Tournament Edition (MacPlay) – Basquetebol da melhor qualida-de, com direito a grandes estrelas e jogo via rede.• Pitfall: The Mayan Adventure (Activision) – Sempre um clássico.

• Tie Fighter Collector’s Edition (LucasArts) – A versão do X-Wing, só queagora do outro lado.• VR Soccer (MacPlay) – Mais um de futebol... Aleluia!• Duke Nukem 3D: Atomic Edition (Apogee/Gt Interactive) – Mais um dematança para alegria da galera.• Hellraiser (Magnet Interactive) – Interativo baseado no filme de mesmo nome.• Outlaws (LucasArts) – Jogo de velho oeste baseado nos spaghetti westerns deSergio Leone. Uh-uh!• The Sacred Pools (SegaSoft) – Aventura numa ilha exótica na Amazônia. • Star Trek: Starfleet Academy (MacPlay) – Uma combinação de simuladorcom jogo de ação em que você é treinado para se formar como piloto.Participação da galera da USS Enterprise: Kirk, Chekov e Sulu.• Top Gun: Fire at Will! (Spectrum Holobyte) – Simulador de vôo baseado nofilme de Tom Cruise.• The X-Files (Fox Interactive) – Jogo de aventura baseado na famosa série da TV.• X-Wing vs. TIE Fighter (LucasArts) – Jogo de simulação de combate espacialde Guerra nas Estrelas.• Blade Runner (Virgin Interactive) – Quem quer matar replicantes?

JEAN BOËCHAT É Zen.

*Colaborou Roberto “Darkew” Skubis

ONDE COMPRAR:Brasoft: (011) 238-1444Tomorrow: (011) 852-4466MGO: (011) 725-1661

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senta outra imagemquando o mousepassa sobre a imagemde fundo), charts ebullets.Produzido pelaMacromedia, porenquanto só roda emPower Macs e Win-dows 95, mas já temprometidas versõespara Windows 3.1 eMacs 68040.Logo ao abrir o programa, vocêescolhe que tipo de applet desejafazer. O AppletAce ainda copiapara o folder onde ficará o seuHTML todos os arquivos .classnecessários para rodar o applet.Para se ter uma idéia da facilidade,no caso de image maps é só esco-lher as áreas, definir onde vãoentrar as imagens e qual o linkdesejado. Tudo bem Macintosh,

gráfico e intuitivo. No final, é só dar umpreview para ver se está tudo bem esalvar o HTML que vai ser inserido nasua página final.O programa ainda tem alguns bugs. Àsvezes as coisas não funcionam e é precisorevisar tudo com carinho. Mesmo assim,para uma primeira versão ele já resolve osproblemas de quem não quer virar um“java nerd”. http://www.macromedia.com

WEBBURSTO WebBurst não é tãosimples, mas não pode serconsiderado complicado.

Ele possui um menu flutuante que segue uma linha de pro-gramação. O primeiro botão define qual o evento do objetoselecionado, algo como “se o mouse passar por cima da ima-gem tal...”. Os próximos botões vão definir o que esse even-

to vai causar, coisas como mostrar outraimagem, fazer links etc.

Para fazer um image map no WebBurst é preciso criar um mapa da ima-gem com objetos nativos do WebBurst, como quadrados e esferas.Colocados os objetos, é só clicar em um deles e ir selecionando nos menusalgo como Mouse Enter Object-show Home.gif, ou seja, quando o mouse

Logo quando a linguagem Java começou a despontar, algumas pes-soas comentavam que não seria possível tal tecnologia pegar porquea grande sacada da Internet era sua facilidade de programação.Embora a linguagem Java seja mais acessível que o C++, aindaassim é bem mais complicada que o pobre HTML.

O que essas pessoas não esperavam é que o caminho natural das coisasiria trazer programas que criassem Java tão facilmente quanto uma pági-na HTML no PageMill.Que tal seria poder criar um banner que mostrasse em uma seqüênciatodos os seus patrocinadores com links direcionando para seus sites? Ouaqueles botõezinhos que ficam diferentes quando o mouse passa por cima?E tudo isso sem ao menos saber o que é um .class ou o significado de JDK.Pois é, isso já é possível, mesmo para quem não se considera um“Cibernerd” e, principalmente, para quem não pretende ser um. Se vocêé designer ou diretor de arte e precisa produzir sozinho seus sites, estána hora de conhecer alguns programas que provam que Java é possível.E indo um pouco mais longe, agora vão começar a aparecer os progra-mas que prometem fazer todo o seu site com tecnologia Java e nãosomente um ou outro bannerzinho.Segundo a RandomNoise (pra variar, mais uma empresa californiana),quando esta revista estiver em suas mãos, já estará disponível uma versãobeta do seu programa, chamado Coda, que deve ser o primeiro a criarpáginas 100% baseadas em Java.Com o Coda vai ser possível criar páginas Java sem conhecimento deprogramação e com total visualização dentro dopróprio programa, ou seja, o que você vê no Codaé o que você vai ver em qualquer browser quesuporte Java.Voltando ao presente, já é pos-sível trabalhar com Java semprecisar aprender um puto deprogramação. Já surgiram diver-sos programas que cumpremesse feito, como o AppletAce, oWeb Burst e o ActionLine.Esses programas ainda estão amadu-recendo e, apesar de alguns aindaestarem na primeira versão, a coisaestá evoluindo bem rápido. Às vezes,só o tempo de uma revista rodar nagráfica é o suficiente para os progra-mas evoluírem em relação ao que foiimpresso nela.

APPLETACEMais simples que seus concorrentes, o AppletAce é também omais incompleto. Apesar disso, ele consegue fazer com facili-dade os applets do momento, como banners em movimento

(inclusive com links diferentes), image maps com direito a rollover (apre-

@MacRICARDO CAVALLINI

...mas ele cumpre o que promete

A interface do AppletAce não é muito bonita...

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Java sem as mãosCriando applets sem conhecimento de programação

O WebBurst tem essa deliciosa palete que controla quase tudo

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as imagens colocadas dentrodele com nomes e em foldersdiferentes, o que prejudicaquem trabalha em grandes pro-jetos. Isso sem contar que elemanda para o espaço todo aque-le trabalho que você teve comsuas paletes de cores para dei-xar suas imagens no menor ta-manho possível. Além disso, eleainda mostra o nome do progra-ma quando roda o applet nobrowser. Pior que isso, só o fa-migerado “Made with Macrome-dia” do Director, que graças aDeus não é obrigado a aparecer

no AppletAce. http://www.powerproduction.com

ACTIONLINEPor último, o ActionLine, quetambém está na primeira versão,pelo menos quando esta matéria

estava sendo escrita. Tal e qual os outros, aindatem muito o que amadurecer e sua interface épouco amigável, embora seja toda gráfica. Umbreve tutorial em formato Acrobat ajuda a des-vendar o programa.Seus objetos são chamados de “portais”. Parase criar um image map é necessário usar outraferramenta chamada Action Link, com a qualvocê liga uma imagem na outra, e através deum menu você faz a setagem de comandoscomo Show ou Go to URL. Mais chato que osoutros, mas ainda sem nenhuma linha de pro-gramação. http://www.imcinfo.com

RESUMINDOOs programas ainda estão pobres e têm muitoo que melhorar. Mesmo assim, são uma ótimaalternativa para quem não quer ou não sabeprogramar em Java, resolvendo muitos dos “pro-blemas” de programação de um bom site. MMM

RICARDO REIS CAVALLINIÉ consultor de computação gráfica nas áreasde DTP e Interactivity.

e-mail: [email protected]: http://www.impex.com/cavalliniO ActionLine é espartano e limitado

Essas são as paletes do WebBurst; a do cavalo é o library

passar sobre o objeto, irá mostrar uma outraimagem chamada Home.gif. Em seguida, selecio-ne Mouse Leave Object-hide Home.gif para que,na hora que o mouse sair de cima do mesmoobjeto, a imagem seja escondida. Depois é sórepetir a operação para cada pedaço do mapa,mudando o nome das imagens, é claro.Vale lembrar que as imagens que vão aparecerdevem ser escondidas no começo do applet. Oprocesso é um pouco mais chato que noAppletAce. Mesmo assim, tudo isso é feito semprecisar escrever nada. Todas as opções estãonos menus em uma ordem bem fácil de serentendida, e o programa é bem mais completoe poderoso que o AppletAce.Depois de tudo pronto, é só dar um Export toJava Powered Applet e… Tcharam! Sai umapplet no capricho.Mas nem tudo é perfeito. O WebBurst regrava

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SimpatipsTONY DE MARCO

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Poucas coisas dão mais satisfação a um macmaníaco do que descobriruma dica. Tropeçar num atalho de teclado, contornar bugs e encontrarfunções não documentadas no manual são coisas que acontecem a qual-quer um que preste atenção no que está fazendo. Tenhoorgulho das dicas abaixo, mas isso é besteira. O impor-tante é dividir o conhecimento. Mande a sua e mostre arevista para a sua mãe, que é o que eu sempre faç[email protected]

Exorcizando JPEGsImagine pegar “aquela” imagem na Internet e depois dar de cara comuma das placas abaixo ao tentar abri-la no Photoshop. Para evitar essecontratempo, tenha sempre à mão o JPEGview. Abra a imagem no pro-graminha (nem precisa salvar) para acabar com a zica e tente nova-

mente abrir no Photoshop. Voilà!

Texto fantasmaNão é um pé no saco ter

que redigitar algo no Photoshop só porque elemisteriosamente esqueceu o que você acaboude escrever? O martírio acabou. Acontece que oPhotoshop memoriza os textos por layers. Seescrevemos no layer 1 e passamos para o layer 2,o Text Box volta a ficar vazio. Volte ao layer 1,peça o Text Box e seu texto estará lá. Podemosescrever centenas de textos que podem ser alte-rados a qualquer momento, basta criar um layerpara cada um deles.

A lingüiça dos mil toquesTem coisa mais irritante do que dar um scroll hori-zontal de 25 Km para poder ler um e-mail que veioem uma única linha no Netscape Mail? Para umaleitura mais confortável, peça um Reply da men-sagem e dê um Quote para ver o texto quebradoem várias linhas.

Essaé velha,mas é boa evale para qualquer ver-são do FreeHand. Paracriar novos tipos de li-nhas tracejadas, esco-lha uma delas no menu pop-up e solte o botãodo mouse enquanto aperta a tecla Option. Oprograma vai mostrar a janela Dash Editor,onde você escolhe quantos pixels aparecem equantos não aparecem. As linhas recém-criadas surgem no fim da lista de linhas ponti-lhadas. Podemos criar uma cacetada delas.

Esfolador automáticoVocê sabe, escangalhar letras é o hype atualda propaganda brasileira. Apresentamosagora o método instantâneo de dar uma

aparência grunge aos seustítulos. Não requer práticanem, tampouco, habilidade.Siga a bolinha:

Crie traços caóticos no FreeHand

2 Aplique uma linha bem louca nas letras, conforme a dica ao alto.

3 Dê um Auto Trace. Repita a ope-ração, quantas vezes quiser.

Separando ospontos dos

traços

1 Converta o texto para curvas no FreeHand ou qualquer outro programa vetorial.

Mande sua dica para a seção SIMPATIPS. Seela for aprovada e publicada, você receberáuma exclusiva camiseta da MACMANIA.

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to, como alias, application, clipping file, control panel, extension, docu-ment, folder, font, letter, sound ou stationery.Label (etiqueta) – Seleciona apenas os documentos com um determi-nado label.Date created/modified (data de criação/modificação) – Limita abusca de arquivos de acordo com as datas em que eles foram criadosou modificados.Version (versão) – Compara a versão de softwares (bom para jogar foraversões velhas do SimpleText).Comments (comentários) – Procura uma seqüência de caracteres nocampo Comments, na janela de Get Info (C-I).Lock attribute (atributo de bloqueio) – Verifica se são itens trancados,isto é, que não podem ser modificados.

Folder attribute (atributo de pasta) – Procura apenas pastas vazias,compartilhadas ou montadas (pastas de outras máquinas em rede, mon-tadas no seu Desktop).File type/creator (tipo de arquivo/criador) – Procura por tipo dearquivo ou pelo programa que o criou. São representados por umaseqüência de quatro caracteres. Exemplo de type: TEXT para arquivos dotipo texto, GIFf para GIF etc. O creator pode ser ttxt para SimpleText,MSWD para Word etc. Ele irá encontrar todos os arquivos do mesmo tipoem sua máquina.

Onde está aquele maldito documento? Essa é, com certeza, uma dasperguntas mais recorrentes entre os usuários que acabaram decomprar seu Mac. Apesar da metáfora do Desktop (Mesa deTrabalho) ser mais ou menos intuitiva, é muito fácil para o usuárionovato salvar seus trabalhos no lugar errado, esquecer o nome

deles e ficar abrindo pastas dentro de pastas até conseguir encontrá-los.Da mesma forma que existem pessoas que mantêm suas mesas arrumadi-nhas com cada coisa em seu lugar, existem aquelas (segundo pesquisas, amaioria) que deixam toda a papelada amontoada em pilhas. Assim comono mundo real, a mesa de trabalho virtual do Macintosh também pode setornar uma bagunça generalizada. Com uma vantagem: no Mac você temum ajudante capaz de vasculhar todas as suas pastas e arquivos emsegundos e achar o que você procura. Ele se chama Find File (EncontrarArquivo).

PROCURANDO ARQUIVOSRepita comigo: você aciona o Find File pelo submenu Find… do menu File do Finder (C-F) ou selecionando o Find File domenu Apple. Isso quer dizer que há vários jeitos de acessar o mesmo programa.Mas se a Find File Extension não estiver instalada, quem vai apare-cer é o velho Find do System 7.1. Ele é um programa menos pode-roso que o do 7.5, permitindo especificar apenas um critério debusca, além de outras limitações. Apenas por curiosidade, se vocêapertar C-Shift-F, quem vai aparecer é o Find antigo e não o novo.O Find File faz busca em todos os discos ou pastas especificadasno menu Find Items. Ele só não encontra coisas que estão dentrode maletas (suitcases), como as que guardam fontes, ou dentro doarquivo System. Existem dez critérios de seleção para procurar seus arquivos.Nessas opções, o uso do drag & drop é total. Basta arrastar um ícone deuma pasta para o menu Find Items, por exemplo, para procurar apenasarquivos dentro dela. No Find Items (Encontrar ítens), além dos discos, disquetes e CD-ROMsmontados, é possível selecionar on the desktop (ou na mesa de trabalho;não pesquisa discos montados, apenas pastas que estão no desktop) ein the Finder selection (na seleção do Finder; apenas em pastas selecio-nadas no Finder).

CRITÉRIOS DE BUSCAName (nome) – Procura os arquivos por um pedaço, pelo final ou pelainicial do nome. Dá até pra procurar um arquivo que não tenha uma

certa palavra no nome.Size (tamanho) –Procurar arquivosmaiores que 10 Mb oumenores que 5 k.Kind (tipo) – Procurapelo tipo de documen-

Bê-a-bá do MacTOMOYUKI HONDA

Restrinja sua busca utilizando dois critérios ao mesmo tempo

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Não se perca no MacO Find File é uma ferramenta poderosa

Dê C-Shift-F para usar o Find antigo

Você nem precisa digitar o critério de busca; é só arrastar e soltar

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OPÇÕES EXTRASE não é só isso. Se você clicar o menu pop-up do Find File enquantopressiona a tecla Option, aparecerão mais quatro critérios:Content (índice) – Faz a busca de palavras dentro de arquivos que con-tenham texto, como Word, ClarisWorks ou PageMaker. Bom para quandovocê não se lembra do nome do arquivo mas sabe o que há no conteú-do. Sua execução é bem mais lenta.Name/icon lock (bloqueio de nome/ícone) – Procura documentos quetenham ícones ou nomes que não podem ser modificados.Custom icons (ícone personalizado) – Encontra todos os arquivoscom ícones personalizados.Visibility (visibilidade) – Procura arquivos invisíveis ou visíveis. Façaum teste e descubra quantos arquivos invisíveis existem no seu Mac.

CRUZANDO CRITÉRIOSE ainda tem mais. Clicando no botão More Choices (Mais opções), vocêcria uma nova linha de critérios de busca. Aí você pode cruzar critérios eprocurar, por exemplo, todos os documentos de ClarisWorks que vocêcriou no ano passado, ou todos os Gifs animados que contêm a palavrasex no nome.Se o Find File começar a reclamar que não tem memória para mostrartodos os arquivos encontrados, amplie a memória alocada para ele.Selecione o ícone do programa, dê Get Info (C-I, Obter Informações) eaumente a memória default de 280 k para 1 Mb ou mais.

ITEMS FOUNDÉ a janela com o resultado da busca. Se você clicar na tecla Stop (Parar)no meio de uma busca com a tecla Option apertada, você vai diretamen-te para a janela de Items Found (Itens Encontrados), sem passar pela pla-quinha que pergunta se você quer mesmo parar a busca.

Chegando na lista de resultados,basta clicar em um item para abri-lo. Você pode arrastar arquivosdesta janela para o Desktop oucopiá-los, arrastando enquantosegura a tecla Option. Se arrastarsegurando C, você criará umalias do item.Quer imprimir uma lista dos itensachados? Dê C-A (Select All ouSelecionar tudo) na lista e cole oresultado num processador detexto para ter uma lista tabuladacom os nomes dos arquivos. Vocêpode também arrastar a lista parao SimpleText ou outro programaque aceite drag & drop para criaruma lista mais detalhada. Se vocêarrastar segurando Option teráuma lista mais detalhada ainda.

Sua barra de menu tem os itens View e Label, que funcionam do mesmomodo que no Finder, assim como os comandos do Edit e File. Ceguetaspodem ampliar o tamanho da fonte dessa janela no menu Preferences.Um comando que está disponível só quando a janela Items Found estáativa é o Open Enclosing Folder (ou Abrir Pasta Contenedora, C-E), queabre a pasta que contem o item selecionado. MMM

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REGRAS BÁSICAS • Preste atenção na

janela de Open/Save (Abrir/Salvar) para ver onde você está salvan-do seu documento.

• Nunca salve um docu-mento com o nome Un-titled-1 (Sem Título-1).

• Seja descritivo. Batize seu documento com um nome fácil de adivinharo conteúdo.

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Uma ferramenta para criar rápida e facil-mente protótipos 3D para visualização(mock-ups), displays e também peças emcartonagem. É o que o Touch 3D preten-de e, numa certa medida, consegue ser.

Para tanto, ele incorpora a um conjunto defunções de modelagem 3D o recurso de planifi-car (unfold ou desdobrar) o objeto criado, quepode ser impresso e depois montado na baseda tesoura-e-cola, mais ou menos como sefosse uma caixa de papelão. É um recurso utilíssimo, e a maneira como foiincorporado ao programa é bastante engenho-sa: como um ponto de vista. O objeto pode servisto de frente, lateralmente, de cima, em pers-pectiva e – o pulo do gato – planificado. Àmedida que a peça vai sendo trabalhada, a vistadesdobrada se atualiza. Ao final, é só imprimir,cortar e colar, certo?Errado. Vou explicar por quê.O método de desenho temcomo ponto de partida triân-gulos, quadrados e malhasortogonais, criadas com fer-ramentas da Toolbox (Caixa de Ferramentas)ou através do menu. Os vértices desses objetossão editados um a um ou em conjunto, usandoas ferramentas disponíveis (de deslocamento,distorção, cópia, giro e reflexão). O aplicativonão dispõe de ferramentas mais sofisticadas demodelagem. É como se o usuário tivesse nas

mãos uma folha de papel infinitamente plásti-ca. Tudo tem que ser feito dobrando, cortandoe esticando essa folha, o que exige habilidade emuito, muito planejamento, senão a coisa virauma bagunça, principalmente na vista desdo-brada, com aquele montão de polígonos super-postos que é de dar nó nos óio. No todo, amodelagem do Touch-3D é fraquinha. O pro-grama procura contornar isso com um set deobjetos pré-modelados para edição e tambémimportando vários formatos (DXF, MiniCad,3DMF, EPSF). Os traçados em EPS só são raste-rizados adequadamente se forem construídoscom quadrados e/ou triângulos fechados. Casocontrário, chegam deformados.Para facilitar o trabalho, principalmente nahora de desdobrar, o objeto pode ser dividido

em layers de cores diferentes, visualizados sozi-nhos ou em conjunto. Porém, a falta de umapalete de layers flutuante obriga a idas freqüen-tes ao menu, atrasando bastante o trabalho.Aliás, a falta de confortos de interface, comoatalhos de teclado, se faz sentir o tempo intei-ro. Às vezes também se fazem notar pequenosproblemas de preview.Na hora de dar saída na peça desdobrada, outropepino. Nem tudo que pode ser construído em3D pode ser desdobrado em uma só peça plana(aliás, pouquíssima coisa pode). O programatenta fazer isso, mas as sobreposições são inevi-táveis e, às vezes, tornam a peça incompreensí-vel. A saída é usar a única ferramenta existentepara tentar organizar a vista desdobrada (quasesempre não basta) ou até dividir a peça em par-

ResenhaMARCELO BICALHO

Desdobrado, ele fica essa zona aqui. Será que dá para montar?

Um dos shapes que vêm com o programa Aqui, o mesmo shape desdobrado

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Um legítimo Bugatti, visto com seus respectivos layers

Touch-3D 2.0Faça seus próprios protótipos e mock-ups no Macintosh

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tes e imprimir os layers separadamente. Oumesmo terminar a edição em um programa dedesenho 2D. Uma função que evite toda essatrabalheira é imprescindível para que o progra-ma se torne o sucesso que pode ser. Por enquanto, ele é muito útil para ajudar notrabalho de prototipagem, mas não dispensa o

uso de um programa de modelagem 3D paraprodução das imagens e um de desenho veto-rial para editar as imagens desdobradas. MMM

MARCELO BICALHOÉ ilustrador, designer e adorava a revistaRecreio.

TOUCH - 3D 2.0Lundstrom DesignCAD Technology: (011) 829-8257Preço: US$ 495 (BR com impostos)

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Para editar um vértice do barco, basta clicar e arrastar Uma esfera importada em DXF do Strata Vision parece um polvo

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Até algum tempo atrás, se alguém quises-se desenvolver sua própria home page,deveria conhecer um pouco sobre pro-gramação HTML. Nada muito difícil, masnão deixa de ser uma

linguagem de programação.O pior de tudo era que, depoisde algum tempo perdido nafrente da tela de seu computa-dor, o resultado final quase sempre era diferen-te do imaginado. A programação HTML é muitorestrita para que possamos mostrar todos osnossos dotes artísticos.Em seguida, surgiram programas que comalguns comandos geravam resultados muitopróximos da realidade, mas para chegar a talresultado era preciso saber pelo menos as pos-sibilidades de comandos a serem usa-dos. Quer dizer, para colocar figuras etextos em lugares fixos na tela, era pre-ciso inserir tabelas e mais tabelas. Emuitas vezes o resultado conseguido noNetscape ou no Explorer era diferentedo que o programa editor mostrava. É ocaso do PageMill e do Claris HomePage, para citarmos dois exemplos.Agora parece que alguém lá em cimaouviu nossas preces. No final do anopassado foi lançado o NetObjectsFusion, software já conhecido da plata-forma Windows NT. Para desenvolveruma página no Fusion, você não precisase preocupar muito com que comando

ResenhaLUIZ FERNANDO DIAS

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NetObjects Fusion 1.0Uma revolucionária maneira de fazer sites de Web

Estrutura do site com todas as páginas

irá utilizar. Faça sua páginada maneira que bem enten-der, que ele se encarregade convertê-la para oNetscape ou Explorer.Com o uso extensivo detabelas, com muitas linhase muitas colunas, ele trans-forma exatamente aquiloque você imaginava em umarquivo HTML, sem quepara isso você necessitesaber uma linha de progra-mação. O único porém éque suas páginas ficamextremamente grandes(algo em torno de 5 a 10

Listagem geral dos arquivos usados na página

Compare a mesmíssima página no Fusion e no Netscape

Kb por página). Você trabalha com seusdados da mesma forma que trabalharia emum software de editoração eletrônica, posi-cionando seus elementos, aumentando,diminuindo e editando o estilo de texto.

GRANDE VANTAGEMUma das grandes vantagens do Fusion emseu modo de edição de páginas é que, pelo menos na parte de formatação detexto e gráficos, ele já está trabalhandocom o HTML 3.2, fazendo com que tenha-mos formação de fontes, tarjas de fundo coloridas etc.Suas vantagens não param por aí. AtravésPalete que insere filmes, sons, Java, textos etc.

do próprio software, é possível visualizar todaa estrutura de um site, página a página. Querdizer, você coloca todas as páginas que esta-rão dentro de seu site, seus nomes e links.Uma vez feito isso, ele junta todas imagens,filmes, CGIs, JavaScripts, Shockwave etc. quefazem parte do seu site, sem que você preciseficar procurando por eles mais tarde, ou atémesmo correr o risco de ter algum problemade imagem não localizada. Quando vocêmodifica uma imagem, o próprio software seencarrega de mudar todas as referências a elaque existam no site.Em seguida, você poderá pedir ao próprio soft-ware que publique suas páginas para algumsite determinado, a ser utilizado para algumteste ou até mesmo como final.Para completar todo este pacote, o Fusion

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ainda vem com vários estilos predefinidos depáginas, com exemplos de botões, cabeçalhos,menus etc. Além desses estilos, o programatraz vários CGIs, shockwaves, scripts de Java,

GIFs89 (figuras animadas) eoutros objetos para facilitar otrabalho.

DESVANTAGENSMas o Fusion ainda não estáperfeito, aliás, como todos osprogramas desta área.Ultimamente, a todo momentouma nova versão da linguagemHTML é lançada, o que faz comque mesmo as últimas versõesde softwares populares dedesenvolvimento de páginasfiquem desatualizadas.Quando se começa a trabalharmelhor com o Fusion, descobre-se que, de todas as desvanta-

gens, a principal delas é a conversão de acen-tuação, muito importante para nós, tupiniquins.Outra desvantagem é que ele não trabalha comframes, função cada vez mais utilizada pelo

Essa é a trecaiada que vem de brinde com o Fusion

mundo afora. E, por fim, outro problema: oFusion somente consegue importar uma únicapágina por vez, obrigando-o a refazer toda aestrutura do seu site. Imagine importar um sitede 400 páginas, uma a uma.A maior parte dessas desvantagens foram elimi-nadas na versão 2.0, que está sendo lançadapara Windows NT. Esperamos ansiosamente aversão Macintosh. MMM

LUIZ FERNANDO D. DIASTrabalha na Ciclo Graphics e está pensandoem fazer uma reforma na sua barraquinhaesotérica da praça da República, para recebernovas energias.

FUSIONNetObjects: www.netobjects.comPreço: US$ 695

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Anova versão do meu organizador pessoalpreferido chegou às mãos do público nofinal de setembro e não decepcionou: oClaris Organizer 2.0 é um upgrade muitobem-pensado, apesar de não trazer

mudanças estelares na sua forma de utilização.O grande mérito da Claris foi fazer algumas alte-rações necessárias na agenda eletrônica e, emcima disso, aplicar com sucesso uma “plástica”mais do que bem-vinda. O conceito continua omesmo: módulos de agenda,lista de tarefas, contatos enotas, e o usuário (usuárioconcorre com micreiro noconcurso de palavra mais feiado jargão informatês, masnão estou muito inspirado hoje) utiliza essesmódulos de maneira integrada, através deattachments (anexos). Você cria um contato,em seguida cria um compromisso ligado a essecontato e o programa pergunta se você queranexar o compromisso – ou nota, ou tarefa – aocontato. Você pode deixar o Organizer criarautomaticamente os anexos, via Preferences.O conceito dos anexos permite também criarlinks entre esses módulos e outros documentosno seu disco rígido, sejam eles de qualquer for-mato. Usando o Organizer, em dois minutosvocê acaba descobrindo o quão poderoso podese tornar o programa, graças aos links. No meucaso particular, tenho que escrever semanal-mente a coluna para o Jornal do Brasil, e essa éuma tarefa semanal na minha lista de tarefas.Um link entre essa tarefa e uma das colunasescritas no Word (5.1, é claro) permite que eu abra o processador de texto de dentro dopróprio Organizer. Muito prático e convenien-te, inclusive para e-mail. O Claris permite colo-car endereços de e-mail e URLs associados aseus contatos.Na parte de inovações, um dos destaques é anova ferramenta de busca, muito mais espertae rápida que a da versão anterior. Não canso deme espantar com a rapidez com que a janelade busca se atualiza à medida que vou digitan-do os caracteres da palavra que estou procu-rando. Tiro o chapéu para a turma da Claris.Além disso, uma nova e ampliada palete flu-tuante (que agora pode ficar fixa na tela, ao

gosto do freguês) tor-na bem mais fácil acriação de novos con-tatos, compromissos enotas. Também asvisualizações, criadasde acordo com asnecessidades de cadaum, ficaram maispoderosas e flexíveis.Você pode determinaruma lista com todosos compromissos liga-dos a uma determina-da categoria, dentrodo prazo de tempoque bem escolher. Posso ainda falar daspossibilidades deimpressão, que eramboas na versão 1.0 e ficaram ainda melhores na2.0, mas tenho medo que o espaço acabe e eunão consiga falar da parte cosmética das altera-ções. E não pensem que, por serem cosméti-cas, essas alterações não são importantes. Pelocontrário, elas são, por si só, razões suficientespara se realizar o upgrade.

MAIS CORESO novo Organizer ficou bem mais colorido, epara quem usa tela grande isso é uma dádiva,pois você agora pode ver toda uma semana deagenda, de manhã à noite, com os compromis-sos coloridos de acordo com as categorias aque eles pertencem. Classifico os compromis-sos familiares, pessoais, profissionais e financei-ros com cores bem distintas e chamativas. Em

ResenhaRICARDO SERPA

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Veja como a ficha dos contatos é completa

Claris Organizer 2.0O velho e bom organizador de compromissos volta de cara nova

Se os clientes estão fartos dos seus furos, compre o Organizer

uma só olhada, posso saber como anda a minhasemana e se vale a pena dar aquela escapadasonhada há tempos. Só usando é que você vaipoder sentir como isso facilita a vida de quemestá sempre correndo contra o relógio.Depois disso tudo, fica difícil reclamar defalhas gritantes no Organizer da Claris, mascomo sou persistente e esforçado, vou entre-gar o segredo: não se deixe iludir com as pos-sibilidades de “decoração” do Organizer ofere-cidas na nova versão. São quinze diferentesopções (variando de pimentas vermelhas numfundo mostarda até o azul-metálico-adolescen-te-cheguei), a maioria delas absolutamentehorrorosas. Fique com o padrão default, é omenos perigoso para os olhos. MMM

RICARDO SERPAÉ fotógrafo, macmaníaco e responsável pelacoluna “O Mundo das Maçãs”, publicadatodas as terças no Jornal do Brasil.

CLARIS ORGANIZER 2.0Claris Corp: http://www.claris.comPars: (021) 552-9442Preço: R$ 135

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Tradicionalmente, os programas gráficospara o Mac podem ser divididos em doistipos: programas bitmap, que trabalhamcom imagens, fotos e figuras digitalizadasou geradas no computador bit a bit, como

no Photoshop; e programas vetoriais, comoIllustrator ou FreeHand, que trabalham comcurvas matemáticas que podem ser calculadasem qualquer tamanho sem perda de resoluçãoe que utilizam a linguagem PostScript.

O que acontece é que, en-quanto boas ilustrações digi-tais podem ser feitas nosprogramas PostScript, efei-tos como crayon, aquarelase pintura a óleo só são pos-

síveis em programas bitmap, como o Painter. Agrande desvantagem é que o desenho, para teruma boa impressão, deve ser feito com muitaresolução, o que torna o processo lento e com-plicado para editar, já que, uma vez desenhadoum traço imitando pintura a óleo, a imagem setransforma num amontoado de pontos.A Fractal Designer, empresa que nos deu orevolucionário Painter, veio mudar esse cená-rio. O Expression é uma maravilhosa misturade Painter com Illustrator, ou melhor, é umPainter que gera arquivos PostScrip matemáti-cos de seus desenhos orgânicos. Aí você pergunta: “E para que isso serve?” Damaneira que o pessoal da Fractal e da Creative

House bolaram esse software, ele não só servepara muita coisa como é um novo tipo de tec-nologia disponível para qualquer artista gráfico. Estava faltando algo diferente em softwares deilustração para que a qualidade das pinturas nocomputador fosse realmente melhorada. No

ResenhaLUIZ COLOMBO

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Fractal ExpressionPrograma pinta e borda vetores e bitmaps

Issa! Veja o que esse programa, em boas mãos, é capaz de fazer Por não usar pixels, a ampliação não perde a qualidade

fundo, os programas que vemos hoje, como oPainter, levam o mesmo conceito de pontos natela que o velho MacPaint. É óbvio que tudo foimuito melhorado, mas, uma vez derramada a“tinta” no “papel” da tela, só com a velha “bor-racha” para modificar.

Com o Expression, o Festival Mundial das Paletes Flutuantes ganha mais um concorrente

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uma única curva, e não as milhares decurvas que formam seu antigo desenho(veja a tela ao lado).Outra enorme vantagem que esse novométodo proporciona é atribuir transpa-rência às curvas, o que torna a pinturamais natural ainda.Depois de acabada, sua bela obra de artepoderá ser impressa em qualquer tama-nho sem perder qualidade, pois, apesarde parecer uma pintura natural a óleoou pastel, na verdade ela é totalmentePostScript. Pode-se ampliá-la ou distor-cê-la à vontade. Uma vez que tudo é

matemático, o arquivo ocupa muito menosespaço que um arquivo PICT ou TIFF doPhotoshop.O programa permite ainda trabalhar comlayers, texturas, degradês e edição de cores. Agama de tipos de pincel e a maneira como elesse organizam é muito simples.Os arquivos podem ser gravados em EPS, PICT,Illustrator e no próprio formato do programa.A Fractal tem uma versão beta do seu programadisponível na Internet. MMM

Essa palete de pincéis é cabeluda

Dá até para “pincelar” golfinhos PostScript

No Expression, um traço de pincel a óleopode posteriormente ser modificado, rodadoe até ter suas características alteradas, comose fosse uma curva de Illustrator. Melhorainda: o pincel não precisa ser um traço aóleo, pode ser qualquer pintura que você játenha feito, como um golfinho, por exemplo.Semelhante à função Image Hose do Painter, acada pincelada aparece um golfinho seguindoa curvatura do seu traço. E, depois de pinta-do, ele pode ser modificado como se fosse

LUIZ COLOMBOÉ arquiteto, consultor e produtor multimídia.

EXPRESSIONFractal Design CorporationHomePage: http://www.fractal.comPreço: US$ 199

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Após ler artigos e mais artigos em revistasespecializadas, babar em anúncios mara-vilhosos em revistas americanas e entrare sair de mega stands em feiras, o clienteinteressado em comprar um Mac, no

momento supremo do “agora vai”, acaba sem-pre no mesmo lugar: em uma revenda.Especializada ou nem tanto, atenciosa ou nemtanto, com bons preços ou nem tanto, masacaba lá. Nessa hora o cliente conhece (ourevê) o que seria a “cara da maçã”, ou, se dese-jar, o “nariz da maçã”.De fato, a revenda autorizada, na ponta de umcanal competente ou não, acaba sendo sempreo elemento mais exposto, como um nariz, queé sempre o primeiro a aparecer (os narigudosque me perdoem), sendo também a parte maisexposta e mais sensível a uma eventual reaçãode insatisfação do cliente.Assim, para sobreviver nesta selva, cada reven-da autorizada busca, ao seu modo, uma dife-renciação. Alguns oferecem um bom suportepré e pós venda, outros um atendimento aten-cioso de qualidade e alto nível técnico, treina-mento e consultoria, entre vários outros “plug-ins” que acabam agregando valor ao produtoMacintosh.Entretanto, é o mercado profissional que sabevalorizar esses diferenciais e não o mercado devarejo, que busca simplesmente preço e nadamais. Aliás, as margens apertadas nos Macsentry level jamais permitiriam um atendimentomais diferenciado. Em outras palavras, é nomercado profissional que as revendas autoriza-das encontram demanda, espaço para atuar emargens para respirar (já que estamos falandode narizes).E este mercado não demanda apenas CPUsmais rápidas ou monitores de 17” e 20”, masprincipalmente soluções. E quando falo emsoluções entenda não apenas softwares, massim todo um mundo de periféricos e acessóriostão fartamente disponíveis no lado de cima doEquador e tão “faltamente” por aqui.E é aqui que entram (ou pelo menos deveriamentrar) os distribuidores. Em vez de se preocu-parem apenas com as mágicas de financiamen-tos, ou estocar “aquele modelo que vendemais”, os distribuidores deveriam procurar dis-ponibilizar para as revendas o “material” queelas precisam para configurar as diferentes

soluções profissionais para seus clientes.Cadê as placas gráficas ATI? E as placas de mul-tiprocessamento Apple e DayStar? E as acelera-doras QuickDraw 3D?O mercado profissional requer soluções. Osdistribuidores deveriam pensar menos no vare-jo e enxergar que a demanda de Power Macs éuma conseqüência da oferta dos elementos que

compõem as soluções profissionais. Um PowerMac 9500/200 com 128 Mb de RAM não poderáir a lugar nenhum sem uma placa gráfica (ATIXClaim, por exemplo) de alto desempenho.Os slots PCI nos Power Macs são argumentosde venda somente se houver, nas revendas, pla-cas PCI com drivers compatíveis. As daughter-cards foram criadas para serem substituídas poroutras com processadores mais rápidos ou commultiprocessamento, que também deveriamestar nas revendas.O que acontece então é que a logística adotadapelos distribuidores, focada em apenas algunsitens da solução (a CPU e o monitor), acabamatando a aplicação profissional das tecnolo-

gias de ponta geradas pela Apple. Por exemplo,shows das fantásticas possibilidades da tecnolo-gia QuickDraw 3D de nada adiantam se a placaaceleradora QuickDraw 3D (essencial para umaperformance profissional) somente puder serencontrada dentro do equipamento dedemonstração.Está na hora dos distribuidores fazerem algo

mais do que insistirsomente no mercadohome. Ou estocar algu-mas caixas de dois outrês modelos diferentesde Power Macs.Está na hora dos distri-buidores entenderemque eles são a retaguar-da das revendas.Entenderem que sóhaverá demanda dePower Macs se as reven-das possuírem o “mate-rial” (e, é claro, o knowhow) para compor assoluções que incluamestes Power Macs. Cada um fazendo o seupapel: as revendas aten-dem o cliente e configu-ram a melhor soluçãopara ele; os distribuido-res estocam o materialnecessário para comporas soluções; a Appledivulga a marca, desen-volve a tecnologia, gera

demanda e oferece condições para que o canalpossa funcionar.Já que nós, revendas, somos o nariz da maçã,estando sempre expostos, que pelo menos amaçã esteja virada para o mercado que quer anossa presença e está realmente nos procuran-do: o mercado profissional. MMM

DAVID OLIVEIRAÉ diretor da CAD Technology, revendaautorizada Apple.

Opiniões emitidas nesta coluna não refletem necessariamente as da revista.

OmbudsmacDAVID OLIVEIRA

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O Nariz da Maçã

Tom

B.