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Photoshop 5 Agora com 100 undos FreeHand 8 Arrasa a concorrência ANO 5 Nº46 1998 R$ 5,00 A ÚNICA REVISTA DE MACINTOSH DO BRASIL Q uic kT ime 3 Eletrizando a multimídia ISSN 1414-4395 •Organize suas extensões •Escolha seu scanner Faca realidade virtual • Edite vídeo, música e animacão

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Photoshop 5Agora com 100 undos

FreeHand 8Arrasa a concorrência

ANO5 Nº46 1998 R$ 5,00

A ÚNICA REVISTA DE MACINTOSH DO BRASIL

QuickTime3Eletrizando a multimídia

ISS

N 1

414-

4395

•Organize suas extensões •Escolha seu scanner

Faca realidade virtual • Edite vídeo, música e animacão

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1) O que são Trojan Horses e o que eles fazemno computador?2) Porque não existem muitos vírus pra Mac?(Não que eu esteja reclamando.)3) Qual o melhor anti-vírus para Mac? O Virexé bom?

Adilson Viana Soares Júnior/Belém - PA [email protected]

1) Literalmente: Cavalo de Tróia. Vírus queentra no seu computador disfarçado como umprograminha inofensivo com nome chamativocomo “Pam Anderson Virtual Sex Shop” ou“QuickTime 5.0”.2) Essa é uma das vantagens de se trabalharem uma plataforma minoritária, com poucosusuários no Leste Europeu, que é de onde vema esmagadora maioria dos vírus de PC.3) O Virex é muito bom, mas você precisa tersempre a última versão dele instalada em suamáquina.

Pokaprática à vistaAdquiri recentemente um Power Mac 7200/75,com fax modem externo da Supra Corporationde 28,8 kbps e Iomega Zip externo, e finalmen-te me liguei à Internet.Graças à MACMANIA 38 consegui configurarmeu TCP/IP e meu FreePPP, pois meu provedornão dá suporte para Mac.1) Existe para Mac um programa semelhante aoGet Reply para Windows, que possa retomar umdownload interrompido, sem a necessidade decopiar tudo de novo?2) Existe algum programa que parta arquivos emvários disquetes, que seja capaz de reunir ospedaços e que tenha um equivalente para PC?3) O que significa erro tipo 11? Como evitá-lo?Uso o Netscape 2.01 e também o 3.04 e sempresou surpreendido por ele (principalmente no3.04) me obrigando a reinicializar o computa-dor e refazer minha ligação com o provedor.Não sei o que fazer, me ajudem.

Tulio [email protected]

1) Experimente o NetFinder (US$ 20, sharewaredisponível em www.kagi.com). Ele faz conexãoFTP com cara de Finder, permitindo fazer up-loads e downloads simplesmente movendo oarquivo para outra pasta. O NetFinder continuao download de onde parou, desde que o servi-dor também seja capaz disso.2) Use o StuffIt, conforme foi indicado na MAC-MANIA 42.3) É um erro genérico do sistema. O Mac OS 8acabou com ele. Instale o novo sistema e use aúltima versão do Netscape.

Tudo menos o adesivoMeu carro foi roubado há dois meses, junto comum adesivo da Apple. Agora estou de carro no-vo, mas não consegui arrumar outro adesivo.Alguém tem um sobrando para me mandar pelocorreio? Só assim meu carro ficará completo.

Jussara [email protected]

Se alguma revenda Apple se sensibilizar, man-de um email para a Jussara.

Será que eu consigo?1) Estou com dois pentes de 32 Mb de RAMpara instalar em meu 7600 e gostaria de saberse é necessário chamar um técnico ou levá-lo auma autorizada ou se eu mesmo posso fazê-locom segurança.2) Outra coisa: com o Virtual PC, é possível lerCDs formatados para PC. E sem o Virtual PC, dápra fazer isso?3) Para eu não usar esse dinossauro que é o talCorel, qual o equivalente para Mac para moverimagens e editá-las?

Carlos CorteCorte_Carlos/[email protected]

1) Colocar memória no 7600 é mais fácil queno Performa que utilizamos na matéria“Aumentando a memória”, na MACMANIA 41.Leia as instruções e vá em frente.2) Qualquer Mac com o painel PC Exchangeconsegue montar CDs e outros volumes de PC.Dá pra ver o que tá lá dentro, mas não dápara rodar programas. Para isso você precisa-rá de um emulador, como o VirtualPC ou oSoftWindows.3) O FreeHand, da Macromedia, e o Illustrator,da Adobe, são os dois programas de ilustraçãovetorial mais populares para o Mac. Para edi-ção de imagens escaneadas, tente o Photoshop.

Malditos vírusEu estive lendo a matéria do Alexandre Moraesna seção @Mac, sobre o Hotline.Em certo ponto ele fala sobre os Trojan Horses,e fiquei meio intrigado com uma coisa que nãohavia me preocupado até pouco tempo atrás:vírus no Mac. Eu não compartilho arquivos comoutro Macs, exceto o 6360CD do meu pai, e nãotinha motivo para me preocupar com vírus.Agora que estou conectado à na Internet, fiqueicom medo de baixar um vírus junto com os pro-gramas que eu downloadei recentemente.O pior é que o meu anti-vírus é o mesmo queveio com o meu Performa 6230CD, compradohá um ano e meio: o Virex versão 5.5.3P2, quejá deve estar ultrapassado.

Get InfoEditor: Heinar Maracy

Editores de Arte: Tony de Marco & Mario AV

Conselho Editorial: Caio Barra Costa, CarlosFreitas, Carlos Muti Randolph, Jean Boëchat,Luciano Ramalho, Marco Fadiga, Marcos Smirkoff,Oswaldo Bueno, Ricardo Tannus, Valter Harasaki

Gerência de Produção: Egly Dejulio

Gerência Comercial: Francisco A. ZitoFone/fax (011) 253-0665 287-8078 284-6597

Gerência de Assinaturas: Rodrigo MedeirosFone/fax (011) 253-0665 287-8078 284-6597

Gerência Administrativa: Clécia de Paula

Fotógrafos: Andréx, Hans Georg, João Quaresma,Ricardo Teles, Vladimir Fernandes

Capa: Foto: J.C. FrançaModelo: Priscila Dalmazzo (Mega)Produção: Claudia TenórioVestido: Daime Paciência/Será o BeneditoMake-up: César Medeiros Photoshop: Mario AVIdéia: Tony

Redatora: Cristiane Mendonça (Mtb 027.152)

Revisora: Danae Stephan

Colaboradores: Adelmo, Ale Moraes, CarlosEduardo Witte, Carlos Ximenes, David Drew Zingg,Douglas Fernandes, Everton Barbosa, Fargas, J. C.França, Issamu Kanashiro, João Velho, Luiz F. Dias,Luiz Guilherme Megale, Mario Jorge Passos, NériaDejulio, Orlando, Rainer Brockerhoff, RicardoCavallini, Ricardo Serpa, Silvia Richner, Tom B.

Fotolitos: Paper Express

Impressão: Takano

Distribuição exclusiva para o Brasil:Fernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Teodoro da Silva, 577 – CEP 20560-000Rio de Janeiro – RJ – Fone: (021) 575-7766

Opiniões emitidas em artigos assinados não refletem aopinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

Find...MACMANIA é uma publicação mensal daEditora Bookmakers Ltda.Rua Chuí, 21 – ParaísoCEP 04104-050 – São Paulo/SP

Mande suas cartas, sugestões, dicas, dúvidas e reclama-ções para os nossos emails:

[email protected]@[email protected]

A MACMANIA surfa na Internet pela U-Net(0800-146070).MACMANIA na Web: www.macmania.com.br

Perdido no mundo Mac? FAXMANIA é a resposta!Ligue para (011) 816-0448 e disque os códigos:50522 para BBS50523 para Livros sobre Mac50524 para Lista de Revendas Apple50525 para Cursos de Mac

As Cartas Não Mentem

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Abaixo o MP3!Li a matéria sobre o MP3 na MACMANIA 44,escrita por Ale Moraes.A meu ver, MP3 é pura pirataria, pois você estágravando direto de um meio e colocando à dis-posição de milhares de pessoas.Uma coisa é você criar um som em seu compu-tador e disponibilizar; outra, bem diferente, égravar uma faixa de um CD. Ainda mais mencio-nando que os mesmos podem ser encontradosem servidores de Hotline.A lei 5988/73, que trata de direitos autorais,ainda está em vigor no Brasil, existem leis inter-nacionais que regem o assunto e muitas outras.O preclaro Ale Moraes deve tomar muito cuida-do ao colocar as musiquinhas dos Beatles queele tanto ama nos Hotlines da vida, pois umahora ele tromba com ninguém menos que oMichael Jackson, que detém os direitos das mes-mas... aí ele vai ver com quantas trilhas de MP3se faz um CD.MACMANIA, a meu ver, possui um nível editorialmuito bom, é uma revista bem humorada e nãoprecisa incentivar esse tipo de comportamentopor parte de seus leitores.

Ana Luiza [email protected]

ÍndiceCartas 5

Tid Bits 10QuickTime 18Simpatips 31Scanners 32

@ Mac 38Bê-A-Bá do Mac 40

Photoshop 5 42CorelDraw 6.1 43

FreeHand 8 44Virtual Makeover 48

CD Placar 49Finale 97 50

Ombudsmac 54

Como produtores deconteúdo informativo ede entretenimento, nãotemos o menor interesseem incentivar a pirata-ria e o desrespeito aosdireitos autorais. Entre-tanto, não podemosconcordar com a afir-mação de que um for-mato de áudio digital épirataria. O MP3 estápara os anos 90 como afita cassete esteve paraos anos 70 e 80. Por essemotivo não podemoscondenar a utilizaçãodo Hotline e da Web porfãs que querem trocarmúsicas de seus artistasprediletos. Nenhuma leido mundo prevê as pos-sibilidades de difusão,alcance e impacto cultural da Internet. Emnosso entender, mais importante que asseguraros direitos de Michael Jackson é preservar aliberdade de informação na rede. Coibir o usode uma nova tecnologia com base em leis anti-quadas é dar força àqueles que querem “fechara porteira” da Internet e fazer todos pagarempara ver seus filmes, ouvir suas músicas e bai-xar seus GIFs. Seguindo sua interpretacão, gra-var uma fita ou xerocar um livro também épirataria. Quem nunca pecou que atire a pri-meira bola de papel.

E o mercado educacional?A reestruturação da Apple (principalmente noBrasil) tem me deixado um pouco preocupado:muito tem se falado em centrar o foco nas áreasem que a Apple é líder. Uma dessas áreas (pelo menos nos EUA) é omercado educacional. Pois bem, sou professor,suei para conseguir comprar meu Performa5215 em setembro de 1996 e nunca vi nenhumesforço na área educacional no Brasil.Nos EUA, pode-se comprar computadores comdesconto para professores, escolas etc. (paraficar com um exemplo bem banal). E aqui? (Eunão comprei com desconto algum). Aliás, apro-veitando o gancho, por que vocês da revista nãofazem matérias mostrando escolas e departa-mentos de universidades que usam Mac? Comousam, para que, vantagens do equipamento etc.Para finalizar: espero que a Apple Brasil (e vocêsda MACMANIA) não se esqueçam do usuário

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Mais uma linda propaganda com um belo Mac, estampadoem um big close de página dupla. Desta vez é o CD-ROM da

Playboy. Pena que o produto anunciado não rode emMacintosh, como o da Placar, resenhado nesta edição.

O Mac na mídia

comum, os simples donos de Performas que nãosão artistas gráficos, mas escolheram o Mac...todo mundo sabe por quê.

Mario L. Lahorgue Porto Alegre - RS

Está dado o recado. Gostaríamos de convidara gerente de mercado educacional da Apple,Brasilina Passarelli, a dar seu depoimentosobre o que vem sendo feito pela empresa naárea educacional.

Meu Mac não dá shutdownMeu Mac 8500 se recusa a dar shutdown. Quan-do dou o comando, ele restarta. Raramente fun-ciona bem. Está com 64 megas RAM, tem doisHD, um de 1 giga e outro de 4.Por que essa rebeldia?

Aldo Gonç[email protected]

Esse modelo tem um botão atrás que, quandotravado, transforma o Shutdown em Restart.Ele serve para uso em servidores, que precisamestar sempre ligados. É um botão redondo comuma fenda. Cheque se ele não está travado.Outro motivo pode ser um pau de SCSI ou como software utilizado para formatar o disco.

Performa 6360 presta?Primeiramente quero parabenizá-los por estamaravilhosa revista, que mostra a preocupaçãoda família MACMANIA com os usuários do Mac.1) Qual é o problema que está acontecendocom o Performa 6360, para que várias pessoas

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digam que ele não presta?2) Qual a solução para o problema que estáocorrendo com o 6360?3) Possuo dois PCs 166 MMX, estou comprandoum Performa 6360 e vou trabalhar com o Free-Hand 7.0. Pergunto a vocês: se eu instalar oFreeHand 7.0 para PC, posso trazer meus traba-lhos do Macintosh para o PC e imprimi-los naLaserJet 5L da HP?4) O que faço para deixar o 6360 mais rápido?

Roosevelt R. VigentinJoinville - Santa Catarina

1) O 6360 é uma boa máquina para uso domés-

tico, mas limitada quanto aouso profissional. O maior pro-blema com relação a ele temsido o alto índice de proble-mas de qualidade, incomumno caso de Macs.2) A solução é simples. Chequese o seu Performa está em per-feitas condições. Se não esti-ver, volte à revenda onde ocomprou e peça para trocarpor outro modelo.3) Sim. A melhor maneira parase trabalhar em duas platafor-mas é ter o mesmo programainstalado em ambas.4) Instale um pente de memória cache L2. Maisinformações na MACMANIA 42.

Hacker de bateriaQuero que passem esta dica para o pessoal:Substituí a bateria do Performa 6230CD (gasteiR$ 5,00 por três pilhas alcalinas comuns de 1,5volts) e FUNCIONOU! O problema que mencio-no na carta publicada na MACMANIA 44 sob o

Bomba do leitor

Pode dar uma voltinha... seu arquivo só vai terminar de sercopiado no ano 2.134.Adilson Viana Soares Júnior/Belém-PA [email protected]

UndoNa última edição afirmamos erroneamenteque Macs tinham sido utilizados na execu-ção dos filmes Titanic e Spawn. Apenas osegundo teve seus efeitos totalmente reali-zados no Macintosh. Em Titanic foram utili-zadas estações Silicon Graphics e DECAlpha, estas últimas rodando os sistemasoperacionais Linux e Windows NT.

As Cartas Não Mentem

título “Paraíba Cabra Mac” (gostei) sumiu.Era só problema de mau contato. E pensar quejá tinha recebido a original de uma revendaautorizada (R$ 35,00).Não sei por quanto tempo vai segurar. Isso já fazaproximadamente um mês.

Sergio [email protected]

Crianças, não tentem isso sem a supervisão deum adulto.

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Tid Bits

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Psion tem kit para MacA Psion Computers lançou o MacCon-nect, programa de conexão que liga o as-sistente pessoal digital (PDA) Psion Series5 a Macs de mesa. Este é o primeiro kit deconexão do Psion 5 para Mac, permitindotrocar arquivos entre o PDA e programascomo ClarisWorks e MS Word. O kit custaUS$ 70 nos EUA.Psion Computer: www.psion.com

RealPC acessa placa 3DMal a Connectix anunciou o VirtualPC2.0, que irá permitir que jogos de PC aces-sem diretamente placas de aceleração 3Dno Mac, a Insignia correu e recuperou oprejuízo. A empresa está disponibilizandoum enabler gratuito de 3Dfx para as ver-sões atuais SoftWindows 95 5.0 e o Real-PC, permitindo acesso direto às placas daTechWorks.Insignia: www.insignia.com

AppleLine via Internet A partir do mês de março, o usuário deprodutos Apple poderá contar com su-porte do AppleLine via Internet.Para ter acesso, você deverá se cadastrarno AppleLine pelo telefone (011 5505-7588). A partir daí, terá noventa dias desuporte gratuito, via telefone ou email.Se após esse período você desejar ampliaro suporte por mais noventa dias, pagaráuma taxa de R$ 39.

Quark compra CorisUm novo QuarkXPress vem por aí. A Quarkcomprou a Coris Inc., uma subsidiária daR.R. Donnelley e Sons, especializada emprogramas de Desktop Publishing e ge-renciamento de produção gráfica.O valor do investimento ainda não foi di-vulgado, mas a Quark tinha reservadoUS$ 200 milhões para possíveis aquisições.O carro-chefe da empresa é o Coris Pu-blisher 3.0 programa de DTP adotado emgrandes corporações como a Avon.O Publisher 3.0 é um sistema de gerencia-mento cliente-servidor que custa cerca deUS$ 100 mil por um pacote que permite16 usuários. Inclui o Publisher Gateway,um conjunto de clientes compatível comPower Macs e PCs Intel, e pode ser aces-sado pela Web através de uma interfacebaseada em Java. Segundo a Quark, aidéia é utilizar as tecnologias da Corispara fortalecer as funções de controle deprodução gráfica do Quark.Quark: www.quark.com

O upgrade do crioulo doidoPlaca de Mac para PC tem chip de Amiga

Omundo da informática também tem seu“acredite se quiser”. Ano passado foram osalemães que disseram ter inventado um

Mac OS “melhor e mais seguro”. Não viu a luzdo dia. Agora uma empresa inglesa chamadaSiamese Systems está “em testes finais” de umaplaca com chip Motorola 68060 para rodar oMac OS 8 dentro do Windows NT!Para quem está chegando agora: o chip 060nunca foi utilizado pela Apple, que migroupara a arquitetura PowerPC deixando pra trásos chips CISC da linha 68.000 da Motorola. Oúltimo desses chipsusado pela Apple foi o040, nos Quadras, até1994. A finadaCommodore chegou autilizar o 060 em algunsmodelos de Amiga.Infelizmente o povo daSiamese ainda não sabequanto custará a Siamese PCI 68040/60, masseu preço sem o processador, será de US$499. Segundo eles, a tal placa (que, obvia-mente, não roda programas de Power Macs)alcança uma velocidade quatro vezes maiorque os velhos Macs 68k, equivalendo a um

PowerPC mediano (ouseja lá o que for).Segundo os siameses, aplaca servirá para promo-ver a integração entre Macse PCs, “algo que infeliz-mente era quase inexisten-te entre as duas platafor-

mas até agora”. Que a Insignia (SoftWindows) ea Connectix (VirtualPC) não ouçam isso.A empresa diz que o Mac OS roda com “algumsacrifício de sua funcionalidade”, mas tambémnão explica que sacrifícios são esses. Siamese: www.siamese.co.uk

Ponha um Mac OS no seu NT

Para quem duvida, taí a placa

Alguns usuários do Zip drive da Iomega es-tão relatando um problema muito sinistro eintrigante. O fenômeno, que está sendo

chamado de “Click of Death” (“Clique da Mor-te”), faz com que os usuários percam dadoscontidos nesse tipo de mídia. Atacado pelo Clique, o Zip passa a não ler maisos discos, produzindo um som estridente declique, o que originou o nome. O problematambém pode resultar na perda de dados conti-dos nos discos.A Web está cheia de receitas para resolver oproblema, desde ficar apertando continua-mente o botão de eject do Zip até reformataro disco. Mas o fabricante até agora não reco-nheceu oficialmente a existência do tal“Clique da Morte”. Segundo Eduardo Favaretto, diretor da Con-trole Informática, distribuidora oficial da Iome-

Clique da morte ataca Zipsga no Brasil, esse defeito talvez seja resultadode problemas com o produto, devido ao desa-linhamento do cabeçote de leitura, causadopor quedas ou exposição do aparelho ao sol.Isso não permitiria que os setores que contéminformações sejam lidos normalmente.Mas tem coisa pior. Segundo usuários quemontaram uma página na Internet para debatero assunto (www.thirdeyesp.com/jatin/iomega)o Clique da Morte é transmissível. Se vocêpegar um disco “clicado” e colocar em outrodrive, ele poderá pegar a doença.“Quem tiver qualquer problema com algumproduto da Iomega adquirido num revendedoroficial da Controle (com o selo da empresa eficha de registro em português), basta entrarem contato com a empresa que o produto seráconsertado ou trocado”, disse Favaretto.Controle Informática: (011) 870-5995.

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Tid Bits

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Newton *1993 † 1998Apple acaba com o precursor dos PDAs

ONewton OS, o MessagePad 2100 e o eMate300 não serão mais produzidos pela Apple.“Essa decisão faz parte de uma estratégia

para focar todos os nossos recursos de desen-volvimento no fortalecimento do sistema ope-racional do Macintosh”, afirma Steve Jobs, atualnão-CEO da empresa.Segundo Jobs, o Newton, dentro dessa estraté-gia, representaria uma divisão de esforços des-necessária e, portanto, teve que ser “steveza-do”. Segundo a empresa, o Newton deverá sersubstituído por um aparelho portátil que roda-rá uma versão “light” do Mac OS.“É uma pena a Apple estar matando um produ-to maduro do ponto de vista tecnológico”, afir-ma André Caramuru, desenvolvedor de soft-ware para Newton.Lançado em 93, o Newton foi um fracasso emsuas primeiras versões pelos problemas queapresentava no reconhecimento de escrita edesempenho geral.Pouco a pouco, a Apple foi melhorando as ver-sões do aparelho, que foi conquistando espaçoem aplicações como automação de força devendas e controle de estoques. Graças a umgrande número de aplicativos e característicasinigualadas por outros aparelhos do gênero, oNewton vinha arregimentando uma legião deusuários fiéis (cerca de cinco mil só no Brasil).É claro que esses usuários não gostaram nadada decisão da Apple. Poucos dias após o anún-

Fireworks é pau pra toda WebQ

uem mexe com Web design sabe como étrabalhosa a edição de imagens e produçãode animações para a Web. Agora a Macro-

media está desenvolvendo um programa quepretende trazer para a produção de imagens amesma facilidade que o Dreamweaver trouxepara o HTML.A idéia do Fireworks é juntar em um únicoprograma ferramentas para edição de texto,desenho, otimização de paletes, criação deimage maps e animação.O Fireworks permite fazer tudo isso e aindamantém os componentes de uma imagem edi-táveis. Ele traz também uma janela de previewde exportação extremamente prática, que trazvárias opções de compressão e paletes de

cores, que podem ser analisadas antes de geraro arquivo final.Os designers também podem criar GIFs anima-dos no Fireworks, controlando a qualidade daimagem e o número de frames.A interface facilita o seu uso, com funçõesespeciais, que podem ser acionadas apenascom um clique.Outra característica do Fireworks na Web é apossibilidade de fatiar uma imagem, e entãoexportar os pedaços como uma tabela deHTML, para acelerar o download de uma pági-na. O programa fornece também um “ImageMap layer” para embutir links de URL. Tambémpermite aplicar efeitos como drop shadow,emboss e brilho. Os Live Effects podem ser

Mas isso não é tãofácil quanto parece. AApple tentou conse-guir investidores paraalavancar o Newtonno passado e não con-seguiu. Criou aNewton Inc, para faci-litar a entrada deinvestimentos, mastambém não tevesucesso. Trouxe oNewton de volta paradentro da empresa etentou vender a tecno-logia para alguns can-didatos que fizerampropostas indecentes.Por último, tentouempurrar a batata

quente para a UMAX, que recusou.Mesmo com toda a reação negativa, a expectati-va é grande em torno dos novos produtos quea Apple deve anunciar no decorrer deste ano.Um aparelho de mão rodando o Mac OS (opróprio, não uma versão pocket como é oWindows CE), capaz de se conectar à Internetpor rádio ou modem-celular e ser montadocomo um HD em seu Mac de mesa, pode muitobem ser a salvação da Apple. Mas a perguntaque não quer calar é: vai rodar Photoshop?

aplicados em qualquer desenho ou texto, e sãomodificados automaticamente quando o dese-nho original é alterado.Além disso, o Fireworks possui funções paracontrole preciso de kerning, tamanho da fontee entrelinhamento, escorrer texto em curva.O formato nativo do FireWorks conterá múlti-plos layers e frames, e os usuários poderãoaplicar diferentes tipos de ferramentas em umaúnica imagem. Por exemplo, ferramentasBezier podem ser usadas para alterar um dese-nho pintado com aerógrafo.Um beta do programa já está disponível no siteda Macromedia, o preço sugerido nos EstadosUnidos é de US$ 300.Macromedia: www.macromedia.com

cio do fim do Newton foi organizada uma pas-seata pacífica em frente à sede da empresa, emCupertino. Os manifestantes foram recebidoscom cookies e refrigerantes pelos funcionáriosda empresa. Alguns disseram que esse “foi omaior apoio que a Apple deu à comunidade deusuários de Newton nos últimos anos”. A gran-de reivindicação dos usuários é que a Applevenda a tecnologia Newton para algumaempresa que possa trocar o desenvolvimentoda plataforma.

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Tid Bits

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ARealNetworks, criadora do RealAudio e do RealVideo,programas de transmissão de áudio e vídeo pela Internet,está lançando um produto para facilitar a publicação de

mídia na Internet.O RealPublisher 5.1 permite publicar com um único cliquearquivos em RealAudio e RealVideo em qualquer servidor. Eletraz também plug-ins de RealPublisher para Adobe Premiere eo plug-in de RealPresenter para Microsoft PowerPoint. O RealPresenter para PowerPoint permite aos usuários fazerapresentações através da Internet ou em intranets para clien-tes do RealPlayer. Os plug-ins de publicação para AdobePremiere, por outro lado, permitem aos usuários criar epublicar conteúdo em RealAudio e RealVideo diretamente doeditor de vídeo da Adobe.Realnetworks: www.real.com

Publique na Web

Direto na chapaQuanto vale seu Mac usado?E

stá babando de olho naquele G3 e com pena daquele Quadrinha que não dámais no couro? Está na hora de passar seu velho Mac para a frente.Para daruma ajuda na hora de colocar seu Mac que lhe deu tanta alegria no prego,

publicamos aqui uma lista de preços de alguns modelos de Macs usados.Os preços desta tabela foram baseados em pesquisa feita pela MACMANIA comusuários e empresas que vendem equipamentos usados. Todos os preços (excetoos modelos integrados, marcados com um asterisco) não incluem teclado e mo-nitor, somente a CPU, na configuração mínima de fábrica. Para saber o preço exa-to do seu equipamento, some R$ 0,10 para cada megabyte a mais de HD e R$ 5para cada Mb a mais de memória RAM. Acrescente mais R$ 300 para o teclado emonitor e depois ponha um anúncio em nossa seção Feira Livre (só dez pilas!).

Aimpressão digital é o futuro da indústria gráfica. Na últimafeira Fiepag, a Gutenberg lançou sua Trendsetter. Trata-sede um sistema computer-to-plate (direto à chapa) que

opera com chapas térmicas, e por isso, permite queimar umachapa de impressão em plena luz do dia.Os outros equipamentos desse tipo, só trabalhavam em salasfechadas com luzes especiais, mas a gravação com laser infraver-melho, inovou essa função. A Trendsetter opera com até oitopáginas no formato A4, os formatos das chapas vão de 394 x330 mm até 813 x 1118 mm, e a espessura de 0.15 até 0.40 mm.Para quem precisa de ainda mais agilidade no processo deimpressão offset, a Gutenberg oferece a impressora Quick-master DI (Direct Imaging), que permite receber diretamentearquivos digitais para impressão, eliminando o uso do fotoli-to. Sua velocidade é de 10 mil folhas por hora, e o tempo deprodução de um trabalho de quinhentas folhas no formato A3a quatro cores é de quinze minutos. Outro lançamento daGutenberg é o Pre-Press Interface CPC 32, um software desen-volvido para executar as mes-mas funções realizadas porum leitor de chapas, utilizan-do arquivos digitais.Gutenberg: (011) 250-4400

Div

ulga

ção

PERFORMASPerforma 5215/75* ......................................R$ 1.000 Performa 6200/75.........................................R$ 700Performa 6230/100.......................................R$ 750Performa 6300/100.......................................R$ 800Performa 6320/120 .....................................R$ 800Performa 6360/160.......................................R$ 850Performa 6400/180.......................................R$ 1.440

POWER MACSPower Mac 6100/66......................................R$ 1.000Power Mac 7100/80......................................R$ 1.200Power Mac 7200/120....................................R$ 1.900Power Mac 7600/132....................................R$ 2.200Power Mac 8500/120 ...................................R$ 2.300Power Mac 8500/150....................................R$ 2.280Power Mac 8500/180 ...................................R$ 2.500Power Mac 9500/150....................................R$ 2.900Power Mac 9500/200....................................R$ 3.700

POWERBOOKSPowerBook 145............................................R$ 800PowerBook 165C .........................................R$ 1.150PowerBook 180C .........................................R$ 1.300PowerBook 520 C ........................................R$ 1.400PowerBook 540 C ........................................R$ 1.600Duo 230 .......................................................R$ 900Duo 280C ....................................................R$ 1.020Duo 2300C...................................................R$ 1.400

MACS 68KClassic II (4/40)* ..........................................R$ 300 SE/30 (5/40)*................................................R$ 300 IIsi (5/40) ....................................................R$ 220IIci (5/80) .....................................................R$ 220IIfx (8/160) ...................................................R$ 300IIvx (8/160) ..................................................R$ 300LC II .............................................................R$ 210LC III ............................................................R$ 250Quadra 700 ..................................................R$ 650Quadra 660av CD 98/80 ..............................R$ 700Quadra 650 (8/160) ....................................R$ 650Quadra 900 (8/230) .....................................R$ 750Quadra 950 (8/230) .....................................R$ 800

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Tid Bits

Ray Dream Studio 5 e Ray Dream 3DTraining Pack são dois CDs quetrazem tutoriais sobre como usar os

programas de animação e renderização 3Dda MetaCreations.Disponíveis para Macintosh e Windows,esses tutoriais trazem lições de treinamen-to interativas e um rico glossário para tirardúvidas de artistas gráficos e designers.O pacote de treinamento leva o usuáriopasso-a-passo através de cada programacom lições práticas. Um botão de linkdireto permite que os estudantes possamacessar os CDs de treinamento direta-mente do Ray Dream Studio 5 ou do RayDream 3D (que é uma versão simplificadado Ray Dream Studio 5), agilizando oprocesso de aprendizado.O Ray Dream Studio 5 e o Ray Dream 3Dda MetaCreations serão vendidos separada-mente pelo preço sugerido de US$ 39.MetaCreations: www.metacreations.com

Aprenda 3D HP tem novas impressorasN

a hora do trabalho sério, nada como umaboa impressora laser. A HP, tradicionallíder nesse setor, está lançando sua nova

linha, as HP LaserJet 4000. Os novos modelosestão substituindo as LaserJet 5, subindo opatamar de definição para 1.200 dpi. A nova

linha tem dois modelos compatíveis com Mac,ambos com processador de 100 MHz, velocida-de de até dezessete páginas por minuto e tonercom capacidade para 10 mil cópias.Os modelos são os seguintes:LaserJet 4000N: 17 ppm (páginas por minu-

to), 1.200 dpi, bandejamultipropósito de 500folhas, PostScript Nível2, PCL6, 8 Mb standard,rede Ethernet e AppleTalk por R$ 3.200.LaserJetTN: 17 ppm,1.200 dpi, duas bande-jas de 250 folhas multi-propósito, PostScriptN2, PCL6, 8 Mb stan-dard, rede Ethernet eAppleTalk, por R$3.500.Hewlett-Packard:(011) 7296-8000As novas HP: rápidas, parrudas e imprimindo a 1200 dpi

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QuickTime Por Ale Moraes*

a ver

3

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De todas as tecnologias desenvolvidas pela Apple, com certeza uma das quemelhor vingaram foi o QuickTime. Lançado em 1991, o QT foi o primeiro software a per-mitir que computadores mostrassem vídeo sem a necessidade de placas ou qualquer hardwareadicional. Hoje o QuickTime é o padrão da indústria de vídeo digital e multimídia, commais de onze mil títulos em CD-ROM que utilizam a extensão da Apple e quase cem novostítulos baseados em QuickTime lançados mensalmente.Do tempo em que apenas servia para rodar filminhos do tamanho de caixas de fósforo em umMac II até hoje, o QuickTime evoluiu, e bastante. Foi agregando formatos de áudio, ani-mação e compressão de imagens. Hoje é o principal trunfo da Apple para garantir suaposição entre os criadores de conteúdo digital.A cartada da Apple se chama QuickTime Media Layer (QTML), um conjunto de tecnologiasque rodam em tudo que é plataforma (Macs, PCs com Windows, estações de trabalho Unixcomo as Silicon Graphics), simplificando o trabalho de quem desenvolve softwares de áudio,vídeo e multimídia. Uma espécie de tradutor universal multimídia, o QTML permite trocarfilmes, músicas e imagens entre qualquer plataforma.

O que há de novoUma lista rápida das novidades do QT3:•Multiplataforma. Permite capturar eeditar vídeo tanto no Mac quanto no PC.Versões anteriores para Windows sópermitiam rodar filmes.•Suporta mais de 24 formatos de arquivode mídia digital.•Novos esquemas de compressão (codecs)de áudio e vídeo.•Arquitetura de efeitos especiais embutida,com mais de 150 efeitos, filtros e transições.•Arquitetura de animação baseada emsprites que permitem combinar efeitos,animações 3D e vídeo.• Novos timbres da Roland para oQuickTime Musical Instruments.

dadeira multimídia

Vídeo Áudio Imagem Animação 3D MIDI Texto

•QuickTime Movie •AIFF/AIFC •BMP (Windows Bitmap) •3D Metafile (3DMF) •Standard MIDI•Digital Video (DV) •AU •GIF •Animated GIF •General MIDI•MPEG •Audio CD Data •JFIF/JPEG •AutoDesk Animator (FLC/FLI) •Karaoke •OpenDML •DV •MacPaint (PICT) •PICS •Video For Windows (AVI) •MPEG Layer 1 & 2 •Photoshop (PSD)

•Sound Designer II •PNG •System 7 Sound •QuickDraw Picture (PICT) •WAVE •QuickDraw GX Picture

•QuickTime Image File •Silicon Graphics Image File •Targa Image File •TIFF

Mac OS Windows 95/NT Unix

O que é suportado pelo novo QuickTime

QuickTime Media Layer

Com o QTML, a Apple abandona de vez a tática de vender o QuickTime como uma tecnolo-gia proprietária para produção de mídia digital para tentar transformá-la em um padrãouniversal, como o Java ou o HTML. E a tática tem dado certo. A ISO (International StandardsAssociation) elegeu o QuickTime como a base do MPEG-4, seu futuro padrão para uso digi-tal de áudio e vídeo.E o primeiro passo rumo à conquista do universo multimídia já foi dado. O QuickTime3.0 é a versão mais robusta já desenvolvida, trazendo inovações que deverão mudar os con-ceitos de manipulação de mídia digital. Pela primeira vez, toda a funcionalidade do QuickTimevai estar disponível simultaneamente no Mac e no Windows, tornando sua aceitaçãomuito mais abrangente. Além de embutir no QuickTime todas as suas tecnologias multimídia, como QuickDraw 3D eQuickTime VR, a Apple fechou parcerias com empresas como Roland, Qualcomm eQDesign para avançar ainda mais as capacidades do QuickTime. O resultado? Um programagratuito que, uma vez instalado, transforma seu Mac em uma máquina capaz de fazer coisasque até hoje só eram possíveis em caros programas de edição de áudio e vídeo.Agora pare de ler esta matéria por alguns minutos, conecte-se ao site da Apple na Internet ecomece a baixar o QuickTime 3.0.A brincadeira está só começando.

QuickTime é ISO aí!O QuickTime 3.0 já estreou com o pé direi-to. Em fevereiro, um pronunciamento con-junto da Apple, IBM, Netscape, Oracle,Silicon Graphics e Sun Microsystems divul-gou que a ISO (International StandardsOrganization) aceitou a proposta de utili-zar o formato QuickTime como ponto departida para o desenvolvimento de um for-mato de armazenamento de mídia digitalunificado para o MPEG-4. Essa decisãodeverá dar um grande impulso no uso pro-fissional do QuickTime, além de acelerar aadoção do formato MPEG-4.

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Instalar o QuickTime 3.0 não requer práticanem habilidade. Basta baixar o programa,desagaquexizá-lo com o StuffIt e jogar o arqui-vo disk image no Disk Copy 6.1, que vem noCD do Mac OS 8. Se você não tem o CD, podepegar o programa na Web em www.info.apple.

com/swupdates. Dois cliques no instalador doQuickTime e ele se encarrega de colocar tudono lugar, inclusive livrando-se de versões anti-gas e seus componentes. São instalados em seuMac os seguintes componentes:

QuickTime ExtensionA extensão que permite ao seuMac ver, criar e editar vídeo, ani-

mação, música, texto e imagens.Fundamento do QuickTime Media Layer.

QuickTime SettingsNeste painel de controle você ajus-ta as opções do QT, incluindo oAutoPlay do CD e a saída MIDI.

Entre as novidades está o ajuste para oQuickTime Plugin 2.0, que pode ser configura-do de acordo com a velocidade da sua conexãocom a Internet.Com o QuickTime Exchange acionado, oMac OS reconhece extensões de arquivos deDOS como .MOV e .BMP e abre os arquivospor meio do QuickTime.

MoviePlayer 3.0Só o QuickTime não adianta nadase você não tiver um programapara usufruir da funcionalidade

que ele coloca em suas mãos. Por esse motivo,a Apple incluiu junto ao QT o MoviePlayer, oSimpleText da multimídia. O novo MoviePlayerpermite editar qualquer tipo de mídia digital,como filmes AVI, GIFs animados, sons em for-mato AIFF, .AU e .WAV e muito mais.

QuickTime Plugin 2.0Para ver filmes, sons e animaçõesem browsers de Web, como oNetscape Navigator e o Microsoft

Nunca foi tão fácil criar uma realidade virtual.Uma nova safra de softwares da Apple e de ou-tras empresas permite transformar imagens deobjetos e cenários em QuickTime VR para in-crementar CD-ROMs e páginas de Web.Para fazer um filme QuickTime VR você não

precisa de muita coisa. O principal é arranjarum tripé que possa ser girado de dez em dezgraus. Girando uma câmera comum de 35 mm(ou melhor, uma câmera digital) no tripé, vocêconseguirá fazer 36 fotos que podem ser com-binadas para gerar um panorama em 360

graus. Ou seja, você terá uma imagem contínuaque dá a ilusão de estar em um ambiente tridi-mensional. Se em vez da câmera você colocarum objeto no tripé e girá-lo enquanto bate asfotos com a câmera fixa, poderá criar umQuickTime VR Object, que você pode pegar egirar para os lados.A maneira mais simples e barata de gerar umQuickTime VR é utilizando os softwares gratu-itos que a Apple disponibiliza em seu site: oMake QTVR Object e o Make QTVR Panorama.

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O impacto da chegada do QuickTime 3.0 serágrande e fará pipocar novidades por um bomtempo no mercado de vídeo profissional.Com esse upgrade, a tecnologia para mídiadinâmica da Apple parece ter atingido umamaturidade que a alçará rapidamente às raiasda completa unanimidade na área.Com esse lançamento, o QT se firma comouma ferramenta de arquitetura aberta,“cross-platform”, pronta para lidar com a quase totali-dade dos formatos existentes de arquivos deáudio e vídeo digital.Mais do que nunca, o QuickTime caminha nadireção de se tornar o padrão definitivo emDesktop Video com qualidade broadcast.Nesse sentido, a maior novidade do QT3.0,inclusive para nós, usuários de Mac, remete àplataforma PC. Explico: a versão 3.0 para Mac

VR

Unanimidade mundial

instalando o bruto

será a primeira, desde seu surgimento, a serlançada simultaneamente com a versão paraWindows, o que habilitará a produção de vídeoem sistemas Wintel. Até agora, no PC só erapossível fazer o playback dos movies.O resultado é que diversos fabricantes impor-tantes de hardware e software já prometemprodutos Wintel baseados em QuickTime forWindows. Naturalmente, há uma boa chancede que esse movimento da indústria se reflita,a médio e longo prazo, em mais e melhoresprodutos híbridos, já que será bem mais fácilportar um software ou os drivers de uma placaPCI de uma plataforma para a outra.Por outro lado, veremos uma integração maiorentre bureaus de Desktop Video baseados emPC e Mac. E logo aparecerão inúmeros casos deestúdios usando harmonicamente, em um mes-

QuickTime

mo trabalho, máquinas de plataformas distintasem tarefas diferentes, mas todas integradaspelo formato QT e ferramentas compatíveis.Outro aspecto relevante são os novos formatossuportados pelo QT: nada menos que 16 for-matos de vídeo e áudio comprimidos. Entre osde vídeo, destaque para o AVR (Avid VideoResolution), usado nas workstations de ediçãonão-linear da Avid, o OpenDML Motion JPEG, oDV e o Vector Animation.O número de formatos suportados de mídiadigital também aumentou. Oito novos tiposforam acrescentados, sendo os principais: AVI,OpenDML, OMF (criado por um consórciocapitaneado pela Avid) e DV, todos para vídeo;Sound Designer II, para áudio; e o Flic (criadooriginalmente para o software Animator daAutodesk), para animação 3D.

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Internet Explorer. A nova opção Fast Start mos-tra o começo de filmes em páginas da Web deforma quase instantânea.

QuickTime VR 2.1Para passear por ambientes emrealidade virtual. A nova versãoinclui o Fast Start pela Internet,

colocação de links de URLs em objetos e me-lhor qualidade de imagem.

QuickDraw 3D 1.5.4 Permite incorporar objetos 3D emfilmes QT. Só para Power Macs.

Sound Manager 3.3Fornece suporte para gravação eplayback de áudio, incorporandomixagem em tempo real e conver-

são de infinitos canais de áudio.

MPEG Extension 1.0.2Permite rodar filmes MPEG-1 semnecessidade de placa de hardware.Só para Power Macs.

QuickTime InstrumentsInclui novos timbres de instrumen-tos criados pela Roland para tocararquivos MIDI.

No PC, o QuickTime 3.0 não substitui total-mente o QuickTime for Windows 2.1.2. As duasversões podem ficar instaladas em uma mesmamáquina. Isso foi feito para evitar incompatibi-lidades com programas antigos, que continua-rão utilizando o QT 2.1.2.Para abrir um filme AVI no Mac utilizando oQuickTime 3, ele precisa estar comprimidocom o codec Cinepak. Se não estiver, tudo oque você vai ver é uma tela em branco.Se isso acontecer, você vai precisar de umaextensão chamada Microsoft Compressors forthe Macintosh, disponível em ftp://ftp.micro-

soft.com/developr/drg/Multimedia/Jumpstart/

VfW11-Mac.

criando objetosPara fazer um objeto com o shareware daApple, você precisa primeiro transformá-lo emum filme QuickTime convencional. Para isso,basta colocar as imagens numeradas em umapasta e abri-las no MoviePlayer, utilizando ocomando Open Image Sequence. Na opção deframes por segundo, coloque o valor 1. Umavez criado o filme, abra-o no Make QTVRObject (à direita). Escolha Add Object Data no

menu Edit e cheque se a opção de número decolunas está com o número 36. Clique OK epronto! Seu filme será convertido para VR.

criando panoramasCriar um panorama é um processo semelhante:você começa com fotos de um ambiente exter-no ou imagens captadas por uma câmera devídeo, converte-as para filme QuickTime e faz oseu VR. A vantagem desse processo é que eledispensa o “stitching” (costura), o processo de

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A implementação do formato DV no QuickTimepor si só já seria motivo de agitação do merca-do. Esse formato está se alastrando pelo merca-do, ocupando o espaço do HI-8, do Super VHSe até do Betacam.A Apple deverá lançar ainda este ano um Maccom uma interface FireWire, que poderá exibire editar um arquivo de vídeo transferido digi-talmente de uma câmera DV, mesmo sem usarplaca dedicada.O QT 3.0 traz ainda outra inovação de peso:melhorias na arquitetura de software permitirãoque aplicativos e placas aceleradoras baseadasem QT trabalhem com efeitos visuais de modopadronizado, numa linguagem comum, semprecisar perder tempo ou esforço recorrendo acódigos de programação mais complexos.O usuário terá em pouco tempo mais opções

para trabalhar com efeitos em tempo real.A nova versão do QT define um modo padrãopara descrever efeitos visuais, construído a par-tir de um formato de recipiente de dados cha-mado QuickTime Atom, assegurando a capaci-dade de descrição de qualquer tipo de efeitoexistente ou que venha a ser criado.A padronização de procedimentos garante ummeio comum de comunicação entre software ehardware acelerador capaz de incorporar osefeitos descritos. Além disso, vem embutido noQT 3.0 um set completo de mais de 150 efeitosvisuais comuns, que incluem SMPTE wipes,diversos tipos de transições, chromakeying eajustes de cor. Ele também fornece suportepara renders baseados tanto em hardwarecomo software, novamente facilitando o traba-lho de programas e placas aceleradoras.

Há a expectativa de que o mercado das placasde vídeo dual-codec, com dois streams devídeo, também será afetado com a chegada doQT 3.0. Ele se beneficiará das melhoriasreferentes à parte de efeitos visuais e tambémde outras relacionadas com o suporte paramúltiplos canais de vídeo simultâneos.Muitos dos novos recursos do QT não apare-cerão de imediato, já que dependem de suaimplementação nos aplicativos pelos seusrespectivos desenvolvedores. É o caso dacapacidade de captura dinâmica de mídia emarquivos seqüenciais de 2 Gb.Por essas e outras, ainda é cedo para avaliartoda a repercussão do novo QT no mercado devídeo profissional, mas já deu para perceberque ele vai fazer diferença, isso vai.JOÃO VELHO

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Chamar um QuickTime Movie de filminho ésubestimar o trabalho que a Apple teve paraencaixar tudo quanto é formato de mídia den-tro do QT 3.0. Segundo a Apple, um Quick-Time Movie é um “container”, isto é, um veícu-lo para informações em forma de vídeo, áudio,texto etc.Então, vamos pôr a mão na massa e aproveitaros novos recursos do QuickTime 3.0.

vídeoPara começar, uma edição simples de filme.Pegue dois filmes QuickTime. Selecione a cenaque você quer copiar do primeiro movendo abarra do QuickTime com o botão Shift aperta-do. Copie (Ω-C) a seleção, clique no segundofilme e mova o botão da barra até um frame an-tes de onde você quer colar a cena copiada.Dê Ω-V e pronto, você montou seu novo filme.

Para selecionar precisamente uma seção de umfilme, você pode usar os botões de avanço àdireita da barra do QuickTime ou as teclas desetas enquanto segura o Shift. Para aumentar

ainda mais a precisão, deixe aberta a janela deGet Info do programa, com o menu da direitana opção Time. Aí você pode controlar suaseleção em centésimos de segundos.Para deletar tudo menos a parte selecionada deum filme, segure Option e escolha Trim, nomenu Edit. Você pode também substituir umaparte selecionada de um filme por uma cenaque você copiou de outro. Segure a tecla Shifte escolha Replace no menu Edit.Qualquer trilha visível de QuickTime (filme,animação, texto) pode ser movida, escalada, fli-pada, entortada ou girada na janela de vídeo.Isso é útil quando você precisa combinar filmesde tamanhos diferentes, textos e objetos 3D.Você pode, por exemplo, colocar dois filmesrodando lado a lado. Pegue dois filmes domesmo tamanho e com o mesmo tempo deduração. Selecione um deles (Ω-A) e dê Copy(Ω-C). Selecione o outro filme, aperte Option,vá ao menu Edit e escolha o comando Add:

Você passa a ter os dois filmes no mesmo ar-quivo, um sobre o outro. Para verificar isso,mude um pouco a composição, fazendo o se-guinte: vá ao menu Movie e escolha Get Info.No menu da esquerda, escolha a opção VideoTrack e, no menu da direita, escolha Size:

Clique em Adjust e veja como aparecem guiasno filme. Se você deslocar certinho o filmepara a esquerda ou para a direita, seuQuickTime ficará mais largo e os dois filmesvão poder rodar simultaneamente, lado a lado:

Experimente o mesmo truque com composi-ções diferentes:

filtrosUma grande inovação do QT3 são os seus fil-tros de vídeo embutidos. Para aplicá-los em umfilme, basta escolher Export to QuickTimeMovie no menu File e clicar no botão Filter:

VRQuickTime (continuação)

emendar várias fotos pelas bordas.Uma boa opção para quem quer fazer panora-mas em VR é o programa PhotoVista, daLivePicture. Ele tem uma função de stitchingautomático que junta as imagens e ainda trazfiltros para acomodar as imagens de acordocom a câmera que foi utilizada para bater asfotos. No exemplo à direita, foram usadas duas

fotos em formato panorâmico.Mas a ferramenta profissional para quem mexecom VR é o QuickTime VR Authoring Studio,da Apple. Com ele é possível controlar pratica-mente todas as possibilidades e variáveis doformato VR. Você pode criar filmes multinodes(com pontos de passagem para outros filmesVR) e até links de URL embutidos.

botando a mão no movie

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Aí você vai poder escolher o efeito que querdar em seu filme. Veja alguns deles:

•Blur - Borra o foco da imagem.•Sharpen - Melhora o foco da imagem.•Emboss - Dá relevo à imagem, deslocando-a

e transformando-a em preto e branco.•Film Noise - Gera defeitos como poeira e“fios de cabelo”, deixando a imagem comaspecto de filme velho.•HSV Balance - Altera os valores de tonali-dade, saturação e brilho.

animaçãoColoque numa pasta vários PICTs numerados:Picture1, Picture2, Picture3 e assim por diante.Escolha Open Image Sequence no MoviePlayere presto! Um desenho animado em QuickTime,prontinho. Morra de inveja, Walt Disney.É possível até importar GIFs animados e dese-nhos feitos em PC nos formatos Fli e FLC.

áudioAbra uma faixa de CD de áudio:

A faixa é automaticamente convertida em AudioTrack de QuickTime e salva no seu disco rígido:

No menu Export você pode converter a trilhapara uma grande variedade de formatos dife-rentes, com variados graus de compressão, atédez vezes menor que o tamanho original.O QT3 traz dois novos formatos de compressãoimportantes. Um é o QDesign, desenvolvido

pela empresa homônima para compressão demúsica com qualidade de CD. O outro é oPureVoice, da Qualcomm, para transmissão devoz pela Internet com qualidade telefônica.

Adicionar uma trilha de áudio em seu filme ésimples. Copie a trilha e escolha Add (menuEdit com Option apertado). Uma boa dica édeixar a janela de Get Info aberta no menu Sizena hora de copiar a trilha. Ela mostra a duraçãoda seleção; assim, você pode copiar uma trilhade áudio do tamanho exato do seu filme. Omesmo pode ser feito com trilhas MIDI.

Original Blur Sharpen

HSV Edge Detect Color Style

Sepia Emboss Film Noise

O VR do monstro acima foi feito com umacâmera com back digital (sensor digital nolugar do filme). O Authoring Studio foi usadopara gerar o VR a partir das imagens (à direita).A câmera foi fornecida pela Phase One, empre-sa que está trazendo para o Brasil equipamen-tos e programas para a produção profissionalde QuickTime VR. Um de seus principais pro-dutos é a QuickTime VR Turntable, uma mesatotalmente automatizada para produção deobjetos VR, que custa US$3.000.

O próprio Mac se encarrega de rodar a mesacom o objeto, acionar a câmera e montar ofilme QuickTime VR.O suporte técnico de QuickTime VR da PhaseOne no Brasil é feito pela Usina de Imagens.

para saber maisMake Object/Make Panorama:www.apple.com/quicktime/dev/tool.html

PhotoVista: www.livepicture.com

Usina de Imagens: (011) 262-4003

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O QuickTime Instruments tem timbres compa-tíveis com o novo formato General MIDI, queelimina um pau bem conhecido: aquela irri-tante troca acidental de timbres que ocorrequando você toca a música em outro computa-dor. Além disso, traz novos instrumentos noformato GS, licenciados da Roland. Além deserem mais ricos e encorpados que os sonsoriginais do QuickTime, eles permitem maioruniformidade em diferentes equipamentos.Para começar a brincar, você vai precisar dealguns arquivos MIDI. Eles existem aos montesna Internet, em sites como o MidiFarm,www.midifarm.com. Baixe alguns arquivosMIDI quaisquer para o seu disco. Agora abra oMoviePlayer e escolha Import no menu File. Oarquivo MIDI será convertido para QuickTimeMovie. Vá até o menu Movie e escolha GetInfo. Mude o menu da esquerda para MusicTrack e o da direita para Instruments. Você vaiver o nome de todos os instrumentos utiliza-dos na música. Dê dois cliques no nome de uminstrumento. Vai aparecer o pianinho do sinte-tizador do QuickTime:

Você pode zoar com a sonoridade da música,trocando os instrumentos para outros que nãotenham nada a ver (abaixo), aprimorá-la cominstrumentos mais precisos, ou mesmo desati-vá-los optando por No Instrument:

E você pode criar seu próprio instrumentoQuickTime. Experimente arrastar um sample(qualquer som curto no formato SystemSound) para a janela de instrumentos do Infodo MoviePlayer:

mexendo na letraAdicionar legendas em um filme QuickTime ésimples como dar Copy e Paste. Na verdade, éexatamente isso que você precisa fazer. Copieum texto de um programa tipo SimpleText ecole no MoviePlayer com o comando Add. A tri-lha de texto vai aparecer embaixo do filme,mantendo as características (estilo, fonte etamanho) do texto original.Se você selecionar uma parte do filme e esco-lher o comando Add Scaled (segurando Optione Shift antes de ir ao menu Edit), o texto iráaparecer durante toda a duração da seleção.Uma aplicação bem divertida de texto noQuickTime é o karaokê. Você pode encontrararquivos .kar em sites de MIDI ou em sitesespecializados em karaokê, como o ComputerKaraoke Home Page, www.teleport.com/~-

labrat/Karaoke.shtml. Os arquivos karaokê sãoarquivos MIDI contendo uma trilha de texto,compatíveis com o QuickTime. Quando vocêtoca um arquivo .kar, a letra da música aparecena janela, acompanhando a melodia.Com o QuickTime novo, além de poder leresses arquivos, você pode alterar o texto dokaraokê e controlar o tempo em que as legen-das permanecem na tela. É um pouco compli-cado, mas vale a pena. Importe os arquivos .karpara o MoviePlayer. Na janela Import, você veráum botão Options que permite alterar as carac-terísticas do texto, como a cor da fonte e a cordo fundo. Também dá para centralizar o textoou justificar à esquerda ou à direita. Há ainda aopção de anti-alias no texto, o que é bonitomas não é recomendável, pois, dependendo domodelo de Mac, o texto fica lerdo e atrasadoem relação à música. Clique OK e pronto!

brincando com sons

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fique ligado•Sprite: vinheta ou personagem animadopor meio de deslocamento sobre um fundo.•Frame: cada uma das imagens paradasque, em seqüência, formam um vídeo.•Frame rate: quantidade de imagens devídeo exibidas por segundo. Quanto maior,mais fluido o movimento e maior o arqui-vo resultante. O normal em filmes QT são15 frames por segundo; em cinema, 24; emtelevisão, 30.•Qualidade broadcast: imagem comframe rate, resolução e gama de cores com-patíveis com transmissão de TV. Vídeo digi-tal com qualidade broadcast exige enor-mes quantidades de memória de arma-zenamento e muita capacidade gráfica.•Compressão: método para eliminar sele-tivamente (na gravação) e restaurar (naleitura) parte da informação de áudio evídeo, a fim de que o arquivo ocupe menosespaço na memória e fique mais fácil detransmitir. A compressão pode ser ajustadapara gerar arquivos menores com maioresperdas de qualidade ou arquivos maiorescom menores perdas de qualidade.•Codec: fórmula padronizada paracomprimir e descomprimir informação deáudio ou vídeo num determinado formato.•Edição não-linear: edição de trilhasgravadas digitalmente em disco, em opo-sição à edição linear, que é a composiçãoseqüencial a partir de fitas.•Wintel: PC com Windows e chip Intel.

Nem bem foi lançado e já estão começando aaparecer programas que tiram proveito dasnovas funções do QuickTime 3. Como écomum, os primeiros a tirar partido das ino-vações são os pequenos desenvolvedores deshareware, mas não deverá demorar muitopara os grandes softwares de áudio, vídeo emultimídia serem atualizados para o QT3. AMacromedia, por exemplo, já anunciou que irálançar um plug-in para Director capaz de con-verter projetos feitos no programa para QT3.

LightningDraw/Web

O LightningDraw/Web, da Lari Software, é umprograma de ilustração vetorial que já foi oprimeiro para a tecnologia QuickDraw GX.Quando a Apple descontinuou o GX, a Lari nãoperdeu o rebolado e imediatamente reposicio-nou seu produto como software de ilustraçãopara a Web, salvando desenhos em GIF e JPEG. Agora o LightningDraw também salva em for-mato QT3D, produzindo arquivos minúsculospara download rápido pela Web. Ele tem as fer-ramentas tradicionais de programas comoIllustrator e FreeHand, mas traz também umamãozinha que permite arrastar curvas. Outranovidade é a possibilidade de fazer desenhosvetoriais transparentes. Para mostrar o pio-neirismo do LightninDraw, basta lembrar quesomente em sua versão 8.0 é que o FreeHandimplementou essas duas funções. Uma versãocom uso limitado por 30 dias do Lightning-Draw está disponível no site da empresa. A taxade registro é de R$ 99.A Lari agora está preparando um programa quepromete ser um sério concorrente do Macro-media Flash. O Electrifier Pro utilizará os recur-sos do QT3 para criar animações com efeitosde transição, streaming e links embutidos deURL. Segundo a empresa, uma animação queocuparia 1Mb em GIF animado ocupará apenas42 K quando feita no Electrifier Pro.

MyVidEditor

Outro shareware fundamental para quem querconhecer os poderes do QT3 é o MyVidEditor,programa que permite capturar e editar vídeoutilizando os efeitos de transição doQuickTime 3. O MyVidEditor vem acompa-nhado do MyVidCap, um programa de capturade vídeo que nada mais é que uma versão me-lhorada do Apple Video System e permite cap-tar imagens de TVs, câmeras de vídeo e video-cassetes em Macs com placas AV. Sua principalvantagem é utilizar os compressores do QT3,incluindo o poderoso codec da Sorenson.Já o editor de vídeo tem uma interface umtanto estranha, mas até agora é o único progra-ma capaz de utilizar os efeitos de transiçãoembutidos no novo QuickTime. Com ele vocêconsegue fazer transições com efeitos comowipe, cross fade, iris, explosion e outros, queaté hoje só eram possíveis ser obtidos em pro-gramas como Adobe Premiere ou After Effects.Agora estão embutidos no sistema.

ClearPhone

O ClearPhone, da empresa homônima, é umprograma de teleconferência que usa o sistemade compressão PureVoice da Qualcomm, licen-ciado pela Apple. O resultado é assombroso.Em vez da tradicional voz de walkie-talkie

programas

compatíveis

comum nesse tipo de programa, o ClearPhonetem uma resolução sonora muito boa, próximaà obtida em um telefone.E isso é só o começo. Ainda existem muitascapacidades escondidas no QuickTime, prontaspara que desenvolvedores arrojados as pegueme transformem em novos e criativos programas.Os hotspots, por exemplo, que são pontos emfilmes que, quando clicados, desencadeiamações, como abrir o browser em uma URL,mandar um email ou abrir outro filme.Dá pano pra manga.A própria Apple já deu a dica de que pretendetransformar o QuickTime Media Layer em umamídia interativa, fundindo os conceitos defilme e multimídia em uma coisa só. µLari: www.larisoftware.com

MyVidEditor:www.cadvision.com/ASC/MVEMVC.htm

ClearPhone: www.clearphone.com

ALE MORAESÉ torcedor da Apple.*Colaborou Heinar Maracy

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Atalhos no QuarkO QuarkXPress permiteacionar algumas funçõesusando o teclado expandido:

Função TeclaUndo...........................................................F1Cut..............................................................F2Copy ...........................................................F3Paste ...........................................................F4Bring to Front ............................................F5Lock/Unlock................................................F6Hide/Show Guides .....................................F7Hide/Show Tools........................................F8Hide/Show Measurements .........................F9Hide/Show Document Layout ...................F10Hide/Show Style Sheets.............................F11Hide/Show Colors .....................................F12MARCEL SATORU KIKUCHIPoços de Caldas/[email protected]

Simpatips

Internet x AppleTalkSe você se conecta à Internet emum Mac com apenas uma portaserial (como um PowerBook, porexemplo) já deve ter passado

pelo problema de, ao tenter uma conexão, nãoter sucesso porque a porta estava sendo utilizadapelo AppleTalk. Você pode tentar desligar oAppleTalk, mas às vezes isso não funciona e oMac precisa ser restartado para liberar a porta.Qual a saída? Vá ao painel AppleTalk e mude oprotocolo de rede para outra porta (InfraRed, nocaso de PowerBooks). Quando terminar suaconexão e quiser imprimir ou entrar em rede,volte o AppleTalk para a porta original.

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Mande sua dica para a seção SIMPATIPS. Se ela for aprovada e publicada, você receberá uma exclusiva camiseta da MACMANIA.

Janelas Pop-UpO Mac OS 8.1 introduz alguns no-vos atalhos de teclado para manipu-lar janelas pop-up abertas. Eles são:Ω-Shift-W: em vez de transformar

uma janela pop-up em uma aba na parte de baixo datela (como o Ω-W), esse comando faz com que elafeche totalmente, voltando para a pasta onde estava.Ω-Option-Shift-W: fecha todas as janelas abertas, alémde acabar com todas as abas que estão no Desktop.

Falso StartupStartup Items são bem úteis,mas algumas vezes seria bomter uma escolha entre rodá-los

ou não após o startup. Eis uma maneira sim-ples de ter essa opção.Crie uma nova pasta no Desktop (Ω-N), façaum alias dela, coloque este alias na pastaStartup Items (dentro do System Folder) ejogue a pasta original no lixo.Agora, toda vez que você ligar seu Mac, vaiaparecer uma caixa de diálogo dizendo que oarquivo original ligado ao alias não pode serencontrado. Esta caixa de diálogo possui umbotão OK e um botão Cancel. Clique OK pararodar os outros itens de startup, ou Cancelpara evitar que esses itens sejam carregados.SERGIO P. BARROZO NETTORio de Janeiro/[email protected]

O Mac OS do McGyver

Segredos do PhotoshopSe você segurar determinadas teclas enquanto abrir oPhotoshop, poderá fazer alguns truques. Veja a lista:

Jogue seu AppleTalk pra escanteio

Na edição passada, na ma-téria sobre o Mac OS 8.1,dissemos que é possívelinstalar o novo sistema cor-retamente sem precisar deum drive externo, mas que

isso era só para os mais corajosos. Aqui vão dezpassos para instalar o sistema 8.1 (com forma-tação para HFS+) com apenas um disquete eum CD do Mac OS 8.1 Faça um download do Disk Tools do 8.1 ecopie-o para um disquete (dica: use o DiskCopy 6.1).2 Ligue o seu Mac com o disquete que vocêacabou de copiar no drive.3 Reformate o seu HD com o HD Setup queestá no Disk Tools, criando uma partição “MacOS Standard” (HFS) com no mínimo 150

megabytes. Faça outra partição “Mac OSExtended” (HFS+).4 Instale o Mac OS 8 na partição “Mac OSStandard”.5 Ligue o seu Macintosh com o novo sistemainstalado.6 Copie (ou baixe da Internet) o update do 8.1.7 Atualize o seu sistema para Mac OS 8.1 erestarte.8 Instale o Mac OS 8 e o 8.1 na partição “MacOS Extended” (HFS+).9 Escolha a partição “Mac OS Extended”(HFS+) como disco de Startup e restarte.10 Você pode apagar a partição original do“Mac OS Standard” (HFS), usando o “EraseDisk...” no menu Special, e escolher o par-ticionamento que quiser, “Mac OS Standard”ou “Mac OS Extended”.

Teclas FunçãoΩ + Option Abrir a caixa de diálogo Select Plug-ins;

mantendo pressionadas essas teclas, apareceráa caixa de diálogo Scratch Disk Preferences,onde você pode escolher seu scratch disk.

Option Abrir a caixa Open File.

Ω Verificar se os plug-ins estão presentes.

Shift Desabilitar o Adobe Type Reunion.

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partida fica muito a dever em funções maisavançadas, como controle preciso da cor.Tanto o ScanMaker (plug-in do ScanMakerV300) quanto o TWAIN (plug-in para o Ex-pression) têm um controle mais avançado paraajustar as cores em modo preview, sendo osajustes aplicados durante o scan. A vantagemde corrigir as cores no scan é que menos cor-reção de cores é necessária depois no Photo-shop, evitando a degradação dos detalhes.Você precisa decidir o que é mais importante:facilidade de uso ou controle preciso.O destaque dentre os softwares vai para o Ex-pression, que permite calibração de entrada esaída, podendo escanear diretamente emCMYK com a devida calibração da imagemincluída. Todos os softwares apresentam fun-

ções de Unsharp(controle de foco), Descreen (eliminação deretícula), curvas de brilho e contraste e calibra-ção de balanço de cores. Os controles podemse auto-reajustar toda vez que o scanner recebeum original novo. O Descreen é uma funçãoparticularmente importante, que desfocaligeiramente o scanner ao captar fotos reti-culadas de revistas, eliminando os moirés quesurgiriam no processo normal.

A cada dia que passa, fica menor a diferençaentre os equipamentos de milhares de dólarese os equipamentos com preços populares. Háalguns anos, havia duas tecnologias distintas descanners evoluindo paralelamente. De umlado, scanners de baixa resolução, de três pas-sagens (uma para o vermelho, uma para overde e uma para o azul). Do outro, scannerscom alta resolução,flatbeds ou cilín-dricos. Hojeessas tec-

nologias estãoconvergindo, resultado dapopularização desses aparelhos, antesrestritos a bureaus de DTP, mas que são cadavez mais procurados por usuários domésticos.A tendência é que a diferença entre scannersprofissionais e domésticos fique centrada naprodutividade, tanto em relação à velocidadequanto à facilidade de uso dos softwares e àcapacidade de automatização das tarefas.Para nosso teste de scanners “populares”, esco-lhemos três modelos disponíveis hoje no mer-cado brasileiro: Epson Expression 636, Micro-tek V300 e Agfa SnapScan 310.

O HARDWAREO SnapScan 310 é o scanner que apresentoumelhor leitura de cores, com profundidade de30 bits (bilhões de cores) e resolução ótica de600 x 300 dpi. A resolução interpolada vai até9600 dpi, como nos outros dois modelos.

Entre os modelos testados, esse foi considera-do o de melhor design e acabamento, e o maisbem construído. Além disso, ele apresenta uma“régua” interna nas laterais do vidro, que per-mite um rápido posicionamento da imagem.Tem uma trava do carro de leitura muito bemposicionada na parte inferior. Tanto o Scan-Maker V300 quanto o Expression 636 têm leitu-ra de cores de 24 bits (milhões de cores), só

que o Expression tem uma resolu-ção ótica de 600 x 600,superando os demais. Eleapresenta um design sim-ples, com travamento docarro também bem posicio-nado, mas com dois peca-

dos: a chave de ligar pareceter sido tirada de um antigo ins-

trumento de teste, e girar a chavede configuração SCSI exige uma

chave de fenda. O Microtek tam-bém tem uma chave de destra-

vamento ao lado do plug deforça, parecendo mais um

seletor de voltagem.O scanner menos baru-lhento é o SnapScan.Você nem percebe que eleestá funcionando.

O SOFTWARETanto o Scanmakercomo o SnapScan vêmcom o ColorIt, um pro-grama de edição deimagens que lembra de longe oPhotoshop, e uma versão light do programa deOCR OmniPage. O modelo da Agfa tambémtraz o PaperPort, para catalogar imagens. Paracaptura de imagem a partir de um programa,todos oferecem somente plug-ins para Photo-shop. O SnapScan tem, além do plug-in, umsoftware proprietário que permite fazer batchscans (escanear várias imagens de uma vez). Todos os plug-ins se comportam muito bem.O FotoLook, do SnapScan, é o que apresentamelhor facilidade de trabalho, mas em contra-

Scannerspor LUIZ FERNANDO D. DIAS

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Foto

s Han

s Geo

rg

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Fique ligadoFizemos testes de velocidade para os três mo-delos. Todos os tempos foram medidos toman-do como base o scan integral de uma páginatamanho A4, colorida, a 300 dpi, com aplicaçãode um pequeno Unsharp. No SnapScan, oUnsharp é ajustável; foi utilizado o 100%. A maior surpresa do teste é o tempo de pre-

view incrivelmente rápido doSnapScan. O SnapScan é tam-bém o que tem a captura decores mais próxima da reali-dade, mas perde em resolu-ção. Em visão de 100% aimagem já tem a aparênciade um scan interpolado,mesmo a 300 dpi, coisa quenão acontece com os ou-tros dois modelos. A ima-gem do Microtek tambémapresenta boas cores, per-dendo em nitidez.O scanner de melhor quali-dade geral é o Expression,que, mesmo sendo inferiorem saturação de cores, nosoutros aspectos se sobressai.Com um pouco de dedicação,

o Expression apresenta resulta-dos muito bons, graças ao seu

Flatbed: scanner plano, como os mode-los de mesa testados neste artigo.Cilíndrico: scanner profissional em queo original é preso num cilindro rotativode acrílico que gira a alta velocidade.Driver: software usado para controlaro scanner. Pode ser um plug-in de Photo-shop, uma XTension de QuarkXPress ouum programa separado.Resolução ótica: resolução verdadeirado sensor do scanner. Pode ser maiorna vertical que na horizontal.Interpolação: cálculo matemático usa-do para alterar o tamanho da imagem.Resolução interpolada: resolução“falsa” que o driver do scanner pode ob-ter interpolando a imagem escaneada.Trava: os scanners planos têm umatrava para prender o mecanismo deleitura durante o transporte.OCR: software que extrai o texto deuma página escaneada.Moiré: manchas que aparecem na ima-gem devido à interferência entre a retí-cula de impressão e o sensor do scanner.

Amostras de scans a 300 dpi

Scanner cilíndrico profissional Epson Expression

Agfa SnapScan 310Microtek ScanMaker

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SnapScan ScanMaker ExpressionPreview 5 s 20 s 15 sScan 200 s 183 s 170 s

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software da sua versão profissional, o Silver-Fast, muito superior em cores e velocidade. µ

LUIZ FERNANDO D. DIASTrabalha na Ciclo Graphics. [email protected]

Amostras ampliadas a 72 dpi

Scanner cilíndrico profissional Epson Expression

Agfa SnapScan 310Microtek ScanMaker

software de calibração simples mas eficaz. Po-rém, nos demais recursos, os scanners mais ba-ratos são bem próximos ao Expression. Somen-te a resolução ótica maior justifica a diferençade preço. A Epson poderia formar uma combi-nação imbatível se juntasse a esse scanner o

Ficha técnicaEpson Microtek Agfa Expression 636 ScanMaker V300 SnapScan 310

Preço R$ 1.800 R$ 359 R$ 380Garantia 1 ano 1 ano 1 anoResolução 600 dpi 300 dpi 300 dpióticaResolução 9600 dpi 9600 dpi 9600 dpiinterpoladaProfundidade 24 bits 24 bits 30 bitsde coresSoftware Presto! PageManager LE, Microtek ScanWizard, Color It!, PaperPort,(bundle) Claris Home Page, MicroFrontier Color It!, Acrobat Reader,

Adobe Photoshop 3.0 Caere OmniPage, FotoSnap, FotoLookAdobe Acrobat Reader

Software de ScanMaker FotoLook TWAINdigitalizaçãoOCR TextBridge Pro 96 Caere OmniPage PaperPort

Limited EditionTelefone (011) 0800-550535 (011) 811-5936 (011) 5188-6432

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Omercado Mac tem uma característicamuito peculiar. Apesar de relativa-mente pequeno em relação aomundo Windows, tem uma repercus-são desproporcional na mídia em

geral. Qualquer mudança na diretoria daApple, o menor movimento estratégico,uma nova propaganda, um novo lançamen-to de produto, tudo é motivo para se falarda Apple e fazer previsões sobre o futurosombrio da empresa.Na Web, isso se reflete de uma maneiraengraçada. Existem dezenas de sites dedica-dos a escavar e divulgar rumores e boatossobre o que a Apple pretende fazer nos pró-ximos meses. Essa é uma tradição no jornalismo de Mac quese exacerbou nos últimos tempos. Até pareceque todo empregado que a Apple demitiuresolveu se vingar da empresa montando seupróprio site de boatos.Todos eles têm suas “fontes exclusivas” dentroda Apple e são alimentados por leitores e espiõesespalhados pelo mundo que enviam para osorganizadores do site suas dicas e descobertas.Enfim, se você quer saber qual a última empre-sa que estão falando que vai comprar a Apple(no momento em que este artigo estava sendoescrito, a bola da vez era a Disney) ou qual é onovo e insanamente grande produto que estásendo desenvolvido nos porões de Cupertino,abra seu browser e navegue pelos sites abaixo.

MACOS RUMORSwww.macosrumors.com

Organizado por Ryan Meader, estecom certeza é um dos melhores sitesde rumores do momento, atualizadodiariamente, às vezes com duas ediçõesdiárias. Um bom balanço entre notíciasquentes, credibilidade e opiniões perti-nentes faz do Rumors uma referênciabásica para quem quer saber paraonde está indo a Apple e ler as últimasfofocas. O site traz esporadicamentealgumas resenhas de shareware e temseções especiais que acompanham odesenvolvimento das novas versões doRhapsody e do Mac OS.

MAC THE KNIFEwww.zdnet.com/macweek/macthe

knife/index.html

O pai de todos os sites de boatos.Com um nome parodiado de umpersonagem de Bertolt Brecht, MacThe Knife é um colunista fantasmada revista MacWeek. Sua coluna éestilosa, escrita com altas doses debom humor, às vezes incompreensí-vel. Mas as notícias são quentes,principalmente em relação a novosprodutos e programas que aindanão chegaram nem a beta. Distribuicanequinhas a quem enviar dicasquentes para o site.

@MacHEINAR MARACY

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http://www.boatos.comSites com rumores sobre a Apple não faltam na Web

APPLE RECONwww.pelagius.cvom/applerecon

Site dedicado a informar os acionistas e investi-dores em ações da Apple (sim, eles existem),portanto, boa fonte de informações sigilosas.Sigilo, por sinal, é o sobrenome do Recon.Todos os artigos vêm carregados com o jargãode Wall Street, com gírias usadas nos meiosfinanceiros, cheios de entrelinhas e referênciasa relatórios passados. A impressão que se temé a de entrar no meio de uma conversa entreespiões ou jogadores de pôquer, onde umapiscada vale tanto quanto uma dúzia de pará-grafos. Mesmo assim, traz boas análises estraté-gicas e conjunturais. Vale pelo que diz e, prin-cipalmente, pelo que não diz.

O que esse cara está querendo dizer mesmo?

Se você procura um bom boato, vá ao Rumors

MacinTouch, notícias quentes todo dia

MACINTOUCHwww.macintouch.com

Outro site veterano, coordenado por Ric Ford.Notas curtas diariamente sobre novidades, boa-tos e lançamentos. Volta e meia traz telas denovos programas e imagens de Macs antes delesserem lançados no mercado. Ric Ford se notabilizou ano passado por suaCarta Aberta a Steve Jobs, onde acusava o não-CEO de querer acabar com o Mac, como aca-bou com o Apple II. Um telefonema de quinzeminutos de Jobs bastou para fazer o rapaz vol-tar ao caminho certo. Coisas de quem detém opoder do Campo de Distorção de Realidade.

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MACNNwww.macnn.com

A CNN do Mac. Uma infinidade de notas diá-rias sobre lançamentos, updates, notícias di-versas e boatos em geral. Atualizado duasvezes por dia, traz uma boa cobertura do mer-cado Mac, com ênfase em novos produtos.

AS THE APPLE TURNSwww.infoxczar.com/atat

Já que toda essa história de fofocas, intri-gas, boatos e decisões dramáticas queenvolvem a Apple parece um novelão deTV, porque não fazer um site que contetudo isso em forma de episódios de novela?Exemplo: terça, 11:50. Alguém abriu o bicoe agora todos estão falando sobre o novoApple Media Player. Enquanto isso, SteveJobs se prepara para seu show que serátransmitido pela Web e satélites na próximasemana, e a Microsoft continua reclamandoque o Departamento de Justiça não fala coi-sa com coisa. Tudo isso em mais um dra-mático episódio de “As The Apple Turns”.E agora, uma palavra do nosso patrocinador.

SAN JOSE MERCURY NEWSwww.sjmercury.com

Tradicional jornal do Vale do Silício que traznotícias diárias sobre a Apple. Um bom lugarpara acompanhar novelas de sucesso como “AFuga dos Executivos”, “O Corte das Cabeças” e“Em Busca do CEO”. Foi o primeiro a anunciara queda de Spindler e a subida de Gil Amelio em1996. Traz periodicamente avaliações do desem-penho da empresa em seus mercados chave. µ

Muita notícia e resenhas de programas

Informações sigilosas para quem tem grana

WEBINTOSHwww.webintosh.com

O nome é horrível, mas o site é bom. Boatosaqui servem apenas para apimentar uma boacoleção de notícias, resenhas de software e arti-gos sobre Mac em geral. Volta e meia eles lan-çam um petardo opinativo sobre como a Applevai ressurgir das cinzas ou como Steve Jobsestragou tudo de novo. Atualizado várias vezesdurante o dia.

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Todas as vezes que você liga o seu Mac,logo após a frase “Welcome To Macin-tosh” começa a surgir uma porção depecinhas de quebra-cabeças no seu moni-tor. Essas peças são os ícones das exten-

sões e painéis de controle (control panels),que são miniprogramas que modificam o siste-ma operacional e acrescentam funções a ele.As extensões e os painéis são carregados namemória RAM e começam a funcionar antesmesmo do sistema. Ficam armazenados naspastas Extensions (Extensões) e Control Panels(Painéis de Controle), no System Folder.

ESTENDA SEU CONTROLEExtensões são um mal necessário. É umamaneira fácil para programadores adicionaremrecursos e integrarem seus programas ao MacOS, mas também podem comprometer a estabi-lidade do sistema.Uma das principais fontes de problemas no seuMac é o conflito de extensões, que ocorrequando duas extensões não gostam uma daoutra; por exemplo, quando elas tentam usar omesmo espaço da memória RAM ao mesmo

tempo. Por isso a regra de ouro do macmanía-co é: em caso de bomba, restarte com Shift.Pressionando a tecla Shift durante o restart, osistema abre sem as extensões, possibilitandosaber se o problema está em alguma delas.Aí você vai ter que fazer um trabalho de deteti-ve para descobrir qual das dezenas de exten-sões está dando pau.Se você acabou de instalar algum programa, háuma grande chance de que a extensão culpadaesteja relacionada a ele. Tire-a da pastaExtensões e restarte o Mac. Se ele funcionardireitinho, você resolveu o problema.

DE OLHO NOS PAINÉISOs outros itens que são carregados quandovocê liga o Mac são os painéis de controle. Elesexecutam funções como acertar a hora do seuMac (Date & Time), abrir programas (Laun-cher), ajustar cores do monitor e volume dosom (Monitors & Sound), conectar à Internet(Modem, PPP e TCP/IP) etc. Eles sempre carre-gam imediatamente depois das extensões.A principal diferença entre extensões e painéisde controle é que um painel pode ser abertocom dois cliques. Se você tentar abrir umaextensão, vai ver uma placa dizendo que issonão pode ser feito, simplesmente porque nãohá nada que você possa fazer numa extensão,exceto ativá-la e desativá-la. Já os painéis decontrole têm interfaces que permitem que ousuário faça alterações em seus parâmetros.O meio mais fácil de acessar os painéis de con-trole é pelo menu da Maçã, no canto esquerdoda barra de menu (tela abaixo). Pelo menuvocê também tem acesso ao painel de controlemais importante de todos, o ExtensionsManager (Gerenciador de Extensões).

Bê-a-bá do MacCRISTIANE MENDONÇA

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Extensões: amigas ou inimigas?Aprenda a domar esses bichinhos manhosos

Se você não tiver a menor idéia doque está causando as bombas, o jeito éir instalando as extensões aos poucos.Siga este procedimento:1 Vá até o Extensions Manager e habi-lite apenas as extensões do Mac OS(set Mac OS All). Restarte.2 Abra novamente o ExtensionsManager e ligue mais algumas dasextensões que você normalmente usa(siga sua intuição, ligando aquelasque você tem quase certeza que nãodão pau). Restarte.3 Repita o processo ligando as exten-sões aos poucos, até seu Mac voltar aapresentar problemas. Com certeza aextensão problemática vai estar entreas últimas que você ligou.

O Extensions Manager é um painel onde vocêliga ou desliga as extensões e demais painéisde controle, de acordo com sua necessidade.Basta assinalar no quadradinho com X os itensque você quer que fiquem ativados. Quandovocê desliga uma extensão no Extensions Ma-nager, ele tira a extensão da pasta Extensions ea coloca em uma outra pasta, a “Extensions(Disabled)” (Extensões Desabilitadas). Os pai-néis de controle desativados vão para a pasta“Control Panels (Disabled)”.Você pode usar o Extensions Manager paradesligar os itens menos essenciais e ganhar umpouco de RAM para poder usar um programaque exija mais memória, ou isolar um conflitodesligando uma das extensões conflitantes.Uma maneira de organizar as suas extensões écriar sets, que são conjuntos de extensões paradeterminadas funções. Você pode, por exem-plo, criar um set só com as extensões necessá-rias para rodar CD-ROMs e games, outro paraacessar a Internet, outro para multimídia etc.A vantagem de criar sets diferentes é que vocêterá a certeza de que o seu trabalho não vai seratrapalhado por um pau causado por algumaextensão que estava ociosa.O instalador do Mac OS põe no seu Mac umaporção de painéis e extensões básicas paraMedidas de

desespero

Um set para Internet deve incluir no míni-mo os control panels Modem, PPP e

TCP/IP, além dos Libs do Open Transport

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Tudo no lugarVocê pode usar a função Labels(Etiquetas) do Mac OS para organizarsuas extensões e painéis de controle.Siga os passos:1 Abra o Extensions Manager e selecioneo set Mac OS All.

2 Abra a pastaControl Panels eselecione todas asextensões doMac OS (Ω-A).

3 Vá atéLabels (nomenu Filedo Finderou viaControl-clique) eescolha uma cor paradestacar os ícones.

4 Repita o processo nas extensões. Volte ao set anterior.Tudo o que pertence ao Mac OS ficafácil de distinguir do resto:

Outra dica: não deixe o nome dos seussets no default (“My Settings”). Tente sermais objetivo, colocando nomes óbvioscomo “Games”, “Internet” etc.

manter a funcionalidade da máquina. No Ex-tensions Manager existem dois sets permanen-tes (“Mac OS All” e “Mac OS Base”), que ativamsó as extensões originais do Mac OS. A partirdaí, você pode acrescentar o necessário paraformar o set pretendido. Também pode remo-ver os itens do Mac OS de que não precisa: porexemplo, se você não vai usar a síntese de vozdo Mac, pode desligar a extensão Speech Ma-nager e o painel de controle Speech. O mesmovale para todas aquelas extensões com nomesde impressoras que você não possui. µ

Um set para games deve conter as exten-sões de aceleração de vídeo ATI (nos Macs

mais novos) e Apple Game Sprockets (sópara certos jogos). Games e CD-ROMs

usam QuickTime e QuickDraw 3D e VR

Um set para Photoshop precisa do driverdo scanner (que costuma ficar junto comas extensões), ColorSync (só se for usado)

e QuickTime (responsável pelo JPEG)

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Para corrigir alguns bugs e tornar o Corel-Draw compatível com o Mac OS 8, a Co-rel está distribuindo (com preço sugeri-do de US$ 19.95, nos Estados Unidos)um update para a versão 6.1.

O update vem em CD, e inclui, além do progra-ma, mais de mil cliparts, centenas de templatespara anúncios, brochuras, convites, papelaria etambém páginas masters compatíveis com alinha de papelaria PaperDirect. Acompanhatambém, em formato PDF, um guia com noven-ta páginas explicando tudo sobre o processode impressão com Desktop Publishing. Só esselivro já valeria o investimento no update, ape-sar de ser necessária alguma paciência paraimprimir todas as páginas.Instalar o update é muito simples: ele substituiautomaticamente a versão anterior pela nova,inclusive preferences, aliases e plug-ins, man-tendo tudo como estava na versão 6.0.4.

Além de solucionar alguns bugs daversão anterior (algumas aindapermanecem, como, por exemplo,não fazer cópias de imagens muitocomplexas), ela incorpora funçõese ferramentas para criação de pági-nas para Web, sendo possívelimportar e exportar imagens GIF,JPEG e endereçar URL para páginascriadas no CorelDraw.Outro melhoramento fica por contado que a Corel chamou de FlashRedraw, que acelera o redesenho de tela, masnão é tão flash quanto o nome sugere. Houvetambém pequenas mudanças na interfacevisual do programa, mas somente um usuárioassíduo irá notá-las.Tudo isso tem o seu preço. Como a versãoanterior é um papa-memória, é sugerido pelofabricante que o computador tenha 32 Mb de

ResenhaVALTER HARASAKI

Salva-vidas para quem migrou do PC para o Mac

CorelDraw 6.1

RAM para rodá-lo, além de 50 Mb livres dedisco para instalar o update completo. µ

CORELDRAW 6.1Corel: [email protected]

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Há um ano e meio, estávamos admirandoos recursos sofisticados, porém meiodeslocados, que a Macromedia jogou noFreeHand 7. Essa versão, embora madu-ra e competente, tinha um aspecto ligei-

ramente inacabado e poucas novidades. Parauma porção de aplicações práticas, nem valia oupgrade do 5 para o 7, a despeito do salto nonúmero de versão.Desta vez não. O programafoi inteiramente revisado emelhoramentos abundam portoda parte, o que naturalmen-te já esperávamos. Porém, oFreeHand 8 apresenta uma coisa que o 7 nãotinha: uma montanha de recursos novos, váriosdeles totalmente inéditos na concorrência edefinitivamente impressionantes.As reações que o novo FreeHand inspira nosusuários habituais são mistas. Há o deslumbra-mento (frases típicas: “Nossa, que efeito!”, “Ei,enfim lembraram de pôr isso!” e “O que façocom isso tudo?”) e rola também uma certa raiva(“Por que já não era assim antes?”, “Se eu tives-se isso há uns dois anos...” e, novamente, “Oque faço com isso tudo?”).

INTERFACE AMIGÁVELÉ muita coisa a explorar, e no entanto o pro-grama não parece mais complicado do queantes, graças a uma interface nova, muito seme-lhante às das versões anteriores, porém muitomais flexível.Para que ninguém se sinta deslocado num soft-ware tão grande, até os menus são customizá-veis. Você pode alterar os atalhos de teclado aoseu bel-prazer. O programa até já vem com setsopcionais de atalhos de teclado que coincidemcom os dos softwares gráficos mais usados:Photoshop, Illustrator, QuarkXPress, Page-Maker, CorelDraw, Director, Authorware eFontographer. Pode-se também rearranjar asbarras de ferramentas, mudando os botões deordem e acrescentando ou removendo botões.Além disso tudo, não somos mais obrigados aagüentar a feia e espaçosa Toolbar “estiloWindows” que estreou na versão 7. Qualquerbotoneira pode virar palete e vice-versa. Isso,somado às consagradas paletes empilháveis e

encaixáveis, significa que o espaço de trabalhona tela é mais bem aproveitado.

FEATURES CHAPANTESO FreeHand 8 exibe uma complexa redundân-cia de ferramentas que é fruto dos seus cons-tantes redirecionamentos de mercado. Nascidopara ilustração e desenho artístico, ele foireformulado para DTP e para execução delayouts globais de produtos impressos. Agoratambém serve para a produção de conteúdopara a Web: ele exporta diretamente animaçõesno formato Flash da Macromedia, GIFs e atépáginas Web brutas, com HTML e tudo.É um escopo muito variado, e para a maioriados novos usuários é interessante não ter quelembrar o tempo todo que se está trabalhandocom curvas Bézier e suas limitações inerentes.Com justiça, os features novos que saltam maisà vista no FH8 são aqueles que não evocam afria natureza geométrica das curvas:•Os objetos podem ser transparentes! Não étransparência simulada, não: agora é pra valer.Finalmente implementaram isso direito numprograma vetorial. Você assinala um objeto

como transparente na palete Fill, isso com amesma facilidade com que aplica cores, e acurva permanece editável. O atributo tem onome de “Lens Fill”, porque uma das opçõesde transparência transforma o objeto numa“lente” que amplia parte do resto da imagem.•Após anos de canseira, não é mais requeridofechar uma curva para preenchê-la com cor.•Existe uma nova ferramenta de edição de cur-vas a mão livre, chamada Freeform, que lembramuito o Smudge (“dedinho”) do Photoshop.

ResenhaMARIO AV

A mesma palete pode serreordenada à vontade. Esse tipode refinamento é o que a gentecostuma esperar dos melhores

programas de Mac.Só que isso também existe,

igualzinho, na versão Windows

44

Nossa tradicional tela com todas as paletes para você ver como é bom um monitor grande

FreeHand 8Para os ilustradores que têm sede de poder

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Não conhece o FreeHand?Sem problema. Use nele os mesmos atalhos

de teclado do seu programa predileto

Ferramentas de rastreamento de arquivospõem o FH8 a par com o QuarkXPress

Você pode pôr e tirarbotões das paletes via

Drag & Drop

•Uma ferramenta de “espelho” gera reflexõescaleidoscópicas cabeludas.•Há ferramentas novas para gerar relevos con-vincentes (emboss), sombras, distorções eoutros efeitos que parecem mais “em casa” noPhotoshop que num programa vetorial.•Objetos selecionados podem ser instantanea-mente transformados de vetores para bitmaps,sem a necessidade de exportar e reimportar.•Para quem faz animação, uma mão na roda:crie um blend complexo, transforme automati-camente cada etapa do blend em um layer eexporte tudo na forma de um arquivo de ani-mação Flash para enfeitar o seu website.•Exporte layouts de páginas para a Web na

forma de código HTML e seus respectivos GIFs.•O FreeHand continua sendo o único progra-ma vetorial com uma ferramenta embutida deAutotracing colorido, o único que faz blendsentre mais de dois objetos, o único com buscae troca de objetos como se fossem texto e oúnico cujos documentos podem conter páginascom formatos e orientações diferentes.

OLHO NA CONCORRÊNCIAO software ainda inclui minúcias bem-vindascomo: visualização de caracteres invisíveis nostextos; conversão de minúsculas em maiúsculase vice-versa; preview de fontes no menu; umcomando específico para reexportar um docu-mento no último formato anteriormente expor-tado; um comando para salvar e rever determi-nadas vistas do mesmo documento; folhas deestilos para aplicar em objetos, com possibili-dade de importar e editar swatches do Illus-trator; suporte a gerenciamento de cores DCSda Kodak; e a lista não acaba mais.Demonstrando também que a Macromediapresta atenção nos truques da concorrência, elaincorporou descaradamente alguns dos melho-

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res recursos de outros programas. Surgiramdois comandos com clara inspiração noQuarkXPress: Collect for Output e Links (umclone do Picture Usage). Ambos servem pararastrear os objetos embutidos num arquivo(TIFFs, EPS importados etc.). Do Illustrator foiherdada a integração total com o Photoshop,incluindo Drag & Drop direto de um programapara o outro. Foi incluído até um recurso doPainter: um tal de “Graphic Hose” joga na pági-na uma torrente de objetos pré-definidos pelousuário, exatamente como o Image Hose. DoCorelDraw foram imitados um comando paraadicionar pontos a uma curva e o poderosorecurso de dar Rotate, Scale e Skew por meiode alças de controle que aparecem quando seclica no objeto duas vezes. A própria transpa-rência já existia no CorelDraw, mas a Macro-media provoca a rival afirmando que a trans-parência do FH8 é a primeira “que imprime”.No aspecto do desempenho, o FreeHand 8mata a pau. Ele precisa de menos RAM paraexecutar funções como o antes frustrante

Create PICT, e também ficou significativamentemais rápido. Testes de cronometragem mos-tram que ele é mais veloz no desenho de tela ecarrega bem mais depressa que o Illustrator e oCorelDraw. Isso já acontecia antes, mas o 8 émais rápido até que as próprias versões ante-riores. Os modos de visualização Preview eKeyline agora dispõem de um “Fast Mode” paraacelerar trabalhos que envolvem blends pesa-dos, imagens importadas, muito texto etc.

CONCLUINDOO FreeHand 8 dá um show e faz notar que o 7,que já não era nenhuma porcaria, foi somenteum ensaio. Como demérito, há o fato do FH8somente existir para Power Macs e não maispara Macs 68k, embora tenha versões idênticase 100% compatíveis para Windows 95 e NT.Ele é mais intuitivo? Certamente não. O progra-ma até tenta disfarçar bem, mas você continuasendo obrigado a raciocinar na lógica tortuosadas curvas Bézier para poder desenhar com al-guma eficiência sem se perder nas ferramentas.

É mais fácil de usar? Certamente sim. Pelo queacabou de ser dito, parece contradição, masexplica-se. O FreeHand 8 traz na interface revi-sada um verdadeiro Santo Graal dos megasoft-wares: uma “cara” customizável o bastante paraque todos os níveis de usuários se sintam satis-feitos, do iniciante ao calejado.É mais poderoso? Tá brincando. Para ilustrado-res profissionais, apenas o novo recurso detransparência “que funciona”, a velocidadeextra e a compatibilidade com outros progra-mas já valem o upgrade. µ

MARIO AVÉ editor de bitmaps da MACMANIA.

FREEHAND 8.0Macromedia: www.macromedia.com

Preço: R$ 639Magna: (011) 811-5936Pars: (021) 553-5293

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Os exclusivos blends com vários objetos emseqüência e em trajetórias curvas são ideais para animações

Novos tipos de distorçãotiram um pouco a dureza

do mundo dos vetores

Belos desenhoscíclicos, gerados

com a ferramentaMirror, prometemser a nova moda

Acabamentos naturais (e EPS gigantescos)podem ser preparados em instantes com o

Graphic Hose, inspirado no Painter

Você viu aqui primeiroO que o FreeHand 8 traz de mais chocante

Objetos soltos podemser transparentes oufuncionar como lupas

sobre áreas da imagem

46

Curvas ficam preenchidassem necessidade deestarem fechadas

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Você não vai achar nenhuma informaçãosobre ele no site da Adobe, mas o betado Photoshop 5 está em estado adianta-do. Embora algumas partes dele sejamporções inalteradas do Photoshop 4, já

estão lá as novidades quecaracterizarão o release final.O 5 tem poucas mudanças, eisso se encaixa na atual estra-tégia da Adobe de soltar umaversão nova do programa porano, em vez de fazer um megalançamento sabeDeus quando. Isso significa mais grana para aAdobe, via updates, e uma curva de aprendiza-do mais suave para os usuários. É tranqüila avida de um produto sem concorrentes.

MÚLTIPLOS UNDOS... ENFIMA interface do Photoshop 5 é igual à do 4,exceto por um acerto no tom de cinza das fer-ramentas, uma alteração gratuita e pentelhanos controles deslizantes das paletes e maismudanças nos menus. Surgiu uma ferramentanova, o Magnetic Lasso, que funciona como ummisto do laço com a varinha mágica. À medidaque é arrastado, ele seleciona grupos de pixelscom cores semelhantes. A idéia é facilitar osrecortes em fotos, mas nem sempre dá certo.O verdadeiro recurso inovador que deverágarantir o sucesso do produto é a paleteHistory, onde são registradas asações executadas mais recentemente.Clicando uma ação, a imagem retor-na ao seu estado no momento emque ela tinha sido aplicada. Jogandoa ação no lixo da palete, ela é anula-da. O efeito é o de um “super-Undo”,permitindo desfazer ações seletiva-mente e não apenas em marcha à ré.Você decide a quantidade máxima deações que a palete pode guardar,mas quanto maior o número, maior aexigência de scratch disk do progra-ma. Se você usar o máximo de 100ações e abrir muitos layers, vai con-seguir encher com scratch um discode 1 Gb ao editar uma imagem deapenas 30 Mb! Não é por coincidên-cia que a nova versão permite definir

até quatro scratch disks. Infelizmente, a exigên-cia de hardware para edição de fotos continuaficando cada vez mais exorbitante e mais seme-lhante à do vídeo digital.Outra boa novidade é a reformulação da ferra-menta de texto, que até agora era simplesmente

uma vergonha, de tão arcaica. A nova ferramentafunciona exatamente como você poderia dese-jar: cada bloco de texto pode ser editado quan-tas vezes forem necessárias, ficando num layerpróprio cujo nome é formado pelas primeiraspalavras da frase. Além disso, atributos tipográfi-cos como kerning e baseline shift foram final-

mente incluídos. Para completar,o texto é atualizado em temporeal na janela do documento epode ser movido sem a necessi-dade de fechar a caixa de edição.Outro recurso que estréia tardia-mente são os comandos de ali-nhamento, que atuam entre osconteúdos dos layers corrente-mente linkados.

Os demais features prometidos são deinteresse para os profissionais de pré-impressão. Haverá mais funções dispo-níveis para editar imagens no modo de 48bits de cor (16 bits por canal), e o suportea perfis de dispositivos está sendo amplia-do. Diversão garantida, ao menos até oano que vem. µ

PreviewMARIO AV

Esta é a primeira versão do Photoshop sem mudanças radicais na interface. Ufa...

Photoshop 5.0O peso-pesado da edição de imagens muda pouco, mas muda bem

Você pode controlar o texto e o layer ao mesmo tempo

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Virtual Makeover é um programa que “faz”maquiagem e penteado, lembrando vaga-mente os softwares dos salões de belezaque dão opções de cortes de cabelo. Masas diferenças são muitas, a começar pelo

fato de que ele não pode ser usado comercial-mente. E nem daria: a lentidão do programatornaria inviável o seu uso em um salão cheiode dondocas impacientes. O Virtual Makeover é muitobonitinho, em tons pastel,tem duas músicas de fundoque ficam melhor no off, eé de quem entende doassunto, a revista Cosmopolitan, que se apre-senta como fera na área de beleza e que aquino Brasil é licenciada pela revista Nova, daEditora Abril.Se você domina a língua inglesa, mas não sabeo que fazer com as maquiagens, há muitas in-formações e dicas, além de sugestões de pro-dutos para compra. Para os profissionais debeleza, o Virtual Makeover é uma mão na roda,já que podem ser feitos vários ensaios semarrasar com o estoque de maquiagens e semprecisar de alguém para servir de modelo. São seis tons de base, 24 sombras e batons, 16

blushes, seis lápisde olhos e quatrode contorno de lá-bios, 16 lentes decontato e uma pin-ça que retira pêlose os substitui porcores, no casoonze. Para a cabe-ça, os 150 estilosde cabelos são umnúmero expressi-vo, mas a quanti-

dade deve-se mais à variação entre tamanhos,tonalidades e os estilos “criativo”, “glamouroso”e “masculino”. Ainda é possível adicionar bri-lhos e cores às madeixas com a ferramenta“highlights”. Usando o mouse, você passeiapor dois menus e, a qualquer momento, commuita paciência, pode adicionar maquiagens etrocar cores e tamanhos de pincéis. Tambémdá pra retirar cada pincelada (Undo) ou limpartudo. É bom salvar sempre cada passo de suacriação: os arquivos são gerados num formatoexclusivo, o CVMO. Como ponto de partida, pode-se escanear umafoto ou carregar a imagem direto de uma câme-ra digital. Não deixe de seguir as instruções deenquadramento da foto: bem de frente, fundoneutro e cabelos presos. A pose é de quem estáindo sentar-se na cadeira de um maquiador e, éclaro, foto e monitor têm de ser coloridos.Ainda dá pra usar uma foto razoável, escaneadacom maior resolução ou que esteja bem próxi-

ma às recomenda-ções, e ir adaptando-a com alguns recur-sos do software. Masvale a pena produzirfotos só para isso? Também dá para sevirar, e bem, com osmodelos que vêmcom o programa.Pena que ele tenhasó um modelo mas-culino. Mas vocêpode adquirir nosite do Virtual Make-over um pacote(US$ 20, nos EUA)com mais fotos demodelos, chapéus,

óculos, cores e tudo para atualizar seus esto-ques virtuais, além de ver uma demo rolando.É realmente uma pena que o software seja tãolento a ponto de desestimular o seu uso. Aplaca “Please Wait” aparece toda vez que vocêtroca as ferramentas, e às vezes o cursor sim-plesmente congela. Ler o manual ou conheceras dicas é tão irritante quanto uma longa espe-ra no salão de beleza. Mas, enquanto nãoinventarem o Photoshop para usar diretamentena pele, o Cosmopolitan Virtual Makeover éuma saída para caprichar no visual. µ

CLAUDIA TENÓRIOÉ parente do homem da capa preta.

VIRTUAL MAKEOVERSegaSoft Networks: www.virtualmakeover.com

Preço: US$ 40 (EUA)

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ResenhaCLAUDIA TENÓRIO

48

Mais do que um bom ensaio para seus futuros make-ups, o programa serve como uma boa diversão

Cosmopolitan Virtual Makeover Transforme seu computador em um instituto de beleza

A interface é direta, simples e muito bem-acabada

O posicionamento dafoto original é funda-mental para a quali-dade da simulação

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Atradicional revista Placar acaba de lançaro seu segundo Almanaque Placar doFutebol. Aproveitando o mote da Copada França, a Placar preparou um grandecompêndio com informações sobre

todas as Copas do Mundo. Feito pela AbrilMultimídia, em parceria com a produtoraNewchannel, este é um dos primeiros lança-mentos híbridos (Mac e PC) da editora.Funciona direitinho no Mac, sem precisar denenhuma instalação, a não ser que a suamáquina não tenha oQuickTime 2.5. Nessa partetécnica, o único problema éa descrição da configuraçãomínima recomendada, ondelêem-se coisas como: “Hardware - 486 DX2 66MHz (PC); processador compatível com sistema7.0 ou superior (Macintosh).”O CD segue a linha de direção de arte já conhe-cida na revista, com uma interface sem grandescomplicações, dividida em quatro seções.

COPA DO MUNDONesta seção você encontra tudo sobre as Copasdo Mundo. Ela se divide em três partes, rechea-das de fotografias, depoimentos em áudio emuitos vídeos. Na primeira estão todas as infor-mações sobre cada Copa passada: heróis,jogos, finais e as histórias de cada mundial.Na segunda parte, você encontra o que precisasaber sobre a Copa da França: os estádios euma tabela interativa para serpreenchida. Pelo que parece,o CD ficou pronto antes dosorteio dos grupos, mas asolução não é de todo ruim:você escolhe os times nummenu e a tabela vai sendomontada com os escudos decada seleção, que você aindapode imprimir para fazer seusjogadores de botão. No CDestão disponíveis escudos de198 federações de todo omundo! Na terceira parte estáo desempenho do Brasil, comimagens da Placar nas últimassete Copas e uma relação dos

jogos e dos jogadores quedefenderam a seleçãocanarinho em todos osmundiais.

DEUSES E DEUSASAqui você encontra osgrandes artilheiros brasi-leiros, as melhores repor-tagens da Placar e aquelemonte de mulheres mara-vilhosas que normalmentelevantam a revista, comdireito a um calendáriopara imprimir e um jogoonde você responde tudoque sabe sobre regras dofutebol para poder irtirando a roupa da juíza Malu Bailo, com oscomentários dos Sobrinhos do Ataíde.

DICIONÁRIO DO FUTEBOLAqui não é preciso falar muito. Um dicionáriode fácil consulta, contendo 930 termos futebo-lísticos, com vídeos, áudio e fotos.

JOGANDO COM PLACARNesta seção você encontra mais diversão (meioinútil, é claro). Tem um joguinho de pergun-tas sobre futebol brasileiro, onde o prêmio éver uma outra moça bem à vontade. Umesqueminha ensinando a desenhar os Super-

Heróis do Futebol – uma versão revisitada dosvelhos mascotes dos clubes brasileiros, comum jeito Marvel de ser; uma coletânea dosmelhores momentos do MTV Rock & Gol 97,com narração e comentários (novamente) dosSobrinhos do Ataíde; destaque para o sensacio-nal gol de goleiro do time dos Paralamas eNação Zumbi; e, para terminar, um instaladordo kit de acesso do Universo Online com dezhoras de Internet de graça, com um pequenodetalhe: é só para quem tem PC. Mancada feiada rapaziada.O Almanaque Placar do Futebol 2 é uma gran-de obra de referência para os amantes do no-bre esporte bretão, principalmente para nós,os brasileiros. Participamos de todas as Copasdo Mundo e somos os primeiros no ranking daFIFA. Todo mundo tenta, mas só o Brasil podeser penta. µ

JEAN BOËCHATÉ conselheiro editorial da MACMANIA e acha-va que precisaria comprar um PC para jogarFIFA Soccer98. Hoje tem um Nintendo 64.

ALMANAQUE PLACAR DO FUTEBOL 2Abril Multimídia: 0800-911100Preço: R$ 45

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ResenhaJEAN BOËCHAT

Decore algumas informações e desafie a turma do boteco

49

O velho truque de colocar mulher para garantir a diversão

Almanaque Placar 2Novo CD-ROM de futebol é bola na rede

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Dizem que, se Gutenberg tivesse compu-tador, não conseguiria imprimir coisaalguma, pois teria que se preocuparcom todos os possíveis bugs e proble-mas de software. Mas o que não teriam

feito Bach e Beethoven se houvesse computa-dores disponíveis naquela época? Quem já ten-tou usar alguns programas de edição de parti-turas provavelmente também responderia queo computador só iria atrapalhar.

Realmente, um “processadorde música” tem tudo paraser um software extrema-mente complexo. Um pro-grama completo não devesomente controlar a produ-

ção de som através de dispositivos externos,mas também tocar as notas corretas de acordocom a partitura, e até mesmo escrever a parti-tura “ao vivo” caso alguém a toque em alguminstrumento digital, incluindo os detalhesexpressivos do intérprete.Uma partitura musical clássica é essencialmenteuma figura gráfica, cuja representação se tornaainda mais complicada para composições con-temporâneas, que condensam muitas informa-ções novas em forma de desenhos nem semprepadronizados. Imagine, então, a facilidade queé implementar (e usar) as mesmas capacidadesdos editores de texto convencionais, como

comandos de procura esubstituição de notas,movimentação de blo-cos de melodias etc.A CodaMusic lançouem dezembro a versão97 do Finale, um pro-grama que prometeajudar os músicos deorquestra a se livraremdos temíveis manuscri-tos de compositoresimpulsivos. Apesar deter sido um dos primei-ros programas gráficosna área musical, o pro-grama é, em geral, lem-brado como sendo umdos mais indigestospara usuários leigos, como é o caso geral dosmúsicos. Curiosamente, o Finale sempre foialvo de inveja no mundo musical pecezista,mesmo depois de lançarem uma versão inicialpara Windows, com crescente compatibilidadeentre as duas plataformas.

UM TAPA NA INTERFACEEntretanto, a CodaMusic está investindo muitopara reverter tal imagem. Nos últimos anos, ainterface gráfica veio sofrendo uma melhora

considerável. Atécolocaram balõesde Help para aju-dar a explicar itensde menu obscurosou alguma opçãoconfusa nas caixasde diálogo. Nestaversão, a interaçãocom o usuárioficou mais objetivae elegante. Omanual, que anti-gamente consistiaem três enciclopé-dias, agora ganhouuma atualizaçãogeral, sendo final-mente publicado

ResenhaZOLTAN PAULINYI

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Finale 97O Zen e a arte de escrever música no computador

Um plug-in maneiro permite transcrever arquivos MIDI

em versão eletrônica, no formato PDF.Obviamente este não é o tipo de software parase instalar e sair usando. Para os pokaprátikas,é recomendável dedicar uma semana seguindoum tutorial — na verdade, um conjunto de oitoaulas que ilustram o jeitão do programa. Osapressadinhos estão condenados a vagar, portempo indeterminado, entre menus e caixas dediálogo pouco intuitivas, muitas das quais nemsão necessárias para os comuns mortais. Adocumentação também contém uma série dedicas e recomendações importantes para agili-zar seu trabalho. Aliás, são impressionantes os recursos de entra-da de música, que incluem uma sofisticadacombinação de teclado MIDI, teclado alfanu-mérico e mouse.O resultado de tanto investimento é extrema-mente recompensador: a qualidade de impres-são é profissional. Esse é o maior trunfo sobreos concorrentes, que sempre dão a sensaçãode que você desenhou sua partitura no“PaintBrush”... O próprio Finale cuida da maioria dos detalhesde espaçamento e disposição das notas e tex-tos, o que não evita eventuais imprevistos quepodem ser facilmente ajustados no mouse.Para os perfeccionistas, tudo pode ser minucio-samente configurado, não só a parte gráfica,mas a sonora também.O Finale 97 está mais intuitivo, mas não muito

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PLUG-INS MUSICAISO mais bacana deste último lançamento é a uti-lização de uma arquitetura de plug-ins, quepromete uma flexibilização muito grande. Osfornecidos pela Coda são uma mão na rodapara inverter, transpor e espelhar melodias,contar notas, marcar tempos e compassos e atéescrever a dinâmica automaticamente paratranscrições de músicas MIDI! É possível queoutras empresas venham a desenvolver novasferramentas ainda mais poderosas.Por tudo isso, o Finale continua na liderançados softwares profissionais, o que é amarga-mente retratado no preço — e isso até quemelhorou após o aparecimento da concorrên-cia… Entretanto, passado o choque da comprainicial, os upgrades são razoáveis.Claro que algumas coisas denunciam a dificul-dade de se alcançar a perfeição. A extração daspartes da orquestra ainda é meio primitiva: sevocê escolher a opção mais prática, fatalmenteterá o texto embolado com a música (justamen-te quando você terminou a tal trilha sonorapouco antes do ensaio!).

E tendo em vista que oprograma é gráfico, pre-pare-se para certas exi-gências de velocidade (oque não o impede depagar seus pecados emum Mac 68K).Então, será que vale apena continuar compon-do no papel? Se vocêtiver a fluidez de Mozart,pode continuar traçandoo pentagrama na mãomesmo. Se não, umaajuda eletrônica desseporte certamente reduzi-rá o consumo de lápis e borracha. µ

ZOLTAN PAULINYIÉ violinista, compositor, físico e programa-dor. Sofrido músico de orquestra, sempre tentando ler partituras mal editadas em programas caseiros.

As cores são usadas apenas para facilitar a visualização

FINALE 97Coda: www.codamusic.com

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Não, este não é um texto prevendo onaufrágio iminente da Apple. Mas há nahistória da empresa uma decisão quetem algo em comum com a tragédia doTitanic. Vamos então fazer um pouco de

história virtual, pensar o que não foi, maspoderia ter sido.Na noite fatal o primeiro-oficial Murdoch estavaencarregado da ponte de comando do Titanic.Ao ouvir o alarme indicando iceberg à frente,ele imediatamente ordenou a reversão dosmotores e a mudança de curso.Infelizmente, o imenso transatlântico desviouapenas o bastante para não bater de frente,mas o gelo rasgou sua lateral inundando deimediato cinco dos seus compartimentos estan-ques, um a mais do que seria o seu limite paracontinuar flutuando. Ironicamente, no instanteda batida a maioria dos passageiros sequernotou. Horas depois, dois terços estariam mor-tos, quase todos congelados no mar.Agora o cenário alternativo: se o Sr. Murdochnão tivesse ordenado o desvio e o navio tives-se batido de frente no iceberg a história seriaoutra. É provável que o navio não tivesse afun-dado, porque apenas dois ou três comparti-mentos seriam destruídos e os demais nãoteriam sido inundados. Talvez 1.500 vidas fos-sem poupadas.No final dos anos 80, a Apple enfrentou umdilema: deveriam licenciar o Mac OS paraoutros fabricantes de hardware ou mantê-locomo uma exclusividade do seu Macintosh? Éimportante lembrar que o sucesso extraordiná-rio do Windows ainda estava para acontecer.Portanto o Mac OS, com sua então indiscutívelsuperioridade técnica, com o apoio de outrosfabricantes de micros, poderia ter se tornado osistema operacional dominante. Aparentemente o licenciamento do Mac OSnunca chegou a ser seriamente considerado naApple nos anos 80, apesar de o próprio BillGates ter sugerido a eles esse caminho em umincrível memorando de 1985, revelado apenasrecentemente no livro “Apple, the inside storyof intrigue, egomania and business blunders”(algo como “Apple, a história dos bastidores deintriga, egomania e trapalhadas comerciais”),de Jim Carlton. O então CEO da Apple, JohnSculley, não deu ouvidos ao rapaz de Redmond.Se hoje essa atitude parece mesmo uma asnei-

ra, fica mais fácil entendê-la se observarmos oque eram a Apple e a Microsoft naqueles tem-pos. Os dados financeiros dos últimos onzeanos, disponíveis nos sites das próprias empre-sas, são reveladores. Em 1987 o faturamento daApple foi de 2,66 bilhões de dólares, enquantoas vendas da Microsoft totalizavam 346 milhões.De fato, somente em 1997 o faturamento daMicrosoft ultrapassou o da Apple!Mesmo tendo um negócio mais enxuto, dez anosatrás os lucros do fabricante do MS-DOS não

chegavam a um terço do lucro líquido da Apple. Nenhuma das duas decisões radicais seriamfáceis. No caso do Titanic é provável quealgumas dezenas de pessoas tivessem morri-do por causa da força do impacto, lançadasatravés de janelas ou por cima das amuradas.O navio mais luxuoso do mundo seria se-riamente danificado. O Sr. Murdochcertamente perderia seu emprego e arruina-ria sua carreira, se não acabasse na cadeia.

Para a Apple, abrir mão da exclusividade do OStambém teria graves implicações. De imediato,seu faturamento iria despencar. Dos demaisfabricantes ela receberia no máximo 5% deroyalties (a Microsoft ganha muito menos dosgrande fabricantes, cerca de US$ 20 por PC, ouaproximadamente1% do preço da máquina).Além disso, cada clone vendido tomaria o lugarde um Mac legítimo que poderia lhes renderdois ou três mil dólares. A empresa teria que encolher. É bem provável

que isso custasse oemprego de milhares defuncionários e talvez atéo do Sr. Sculley. Mastalvez hoje a Apple, enão a Microsoft, fosse aempresa mais valiosa einfluente do mundo.Jogar tortas no BillGates não teria a míni-ma graça. E nós quesomos macmaníacosquem sabe fôssemosardorosos defensoresdo Linux, BeOS oualgum outro sistemaalternativo. Nos dois casos, diantede um dilema, tomou-sea decisão mais óbvia eaparentemente segura.No caso do Titanic, aescolha teve as pioresconseqüências possíveispara 68% dos passagei-ros. Na história daApple, o caminho esco-lhido entregou 95% dosusuários de micros aosistema da Microsoft.

Outras conseqüências, prefiro não arriscar. Masnão resisto à tentação de perguntar: será quehá botes salva-vidas para todo mundo?

LUCIANO RAMALHOÉ conselheiro editorial da Macmaniae já aprendeu a nadar.

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OmbudsmacLUCIANO RAMALHO

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A Apple e o Titanic