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4 abril 2019 Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRA Preço 0,50 c/ IVA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS BRAGA TAXA PAGA Autorizado pelos C.T.T. a circular em invólucro de plástico fechado. Autorização N.º D.E. DE00192009SNC/GSCCS Ano XCI – N.º 4467 SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ Na Cidade de Beja, entre as 18.00 horas de sexta-feira (29 de Março) e o final da tarde de sábado (30 de Março), celebraram-se as “24 horas para O Senhor”. Trata-se de uma iniciativa do Papa Francisco que, este ano, foi celebrada pelo 6º ano consecutivo. O Santíssimo esteve exposto para a oração e adoração nas Igrejas do Monte Carmelo - Paróquia do Salvador (até às 9.00 horas da manhã de sábado), na Igreja do Carmo (entre as 9.00 horas e as 14.00 horas de sábado) e, na Igreja da Sé, entre as 14.00 e as 18.15 horas, altura em que se procedeu à Bênção do Santíssimo, seguida da celebração da Eucaristia Vespertina do 4º Domingo do tempo da Quaresma. De salientar o facto de muitos fiéis terem celebrado o Sacramento da Reconciliação, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos, dando assim mais força à sua preparação espiritual para a celebração da Festa da Páscoa. Visita Pastoral de D. João Marcos às Paróquias de Messejana e Casével Durante a visita, o Senhor Bispo teve ocasião para se reunir com os representantes das entidades locais, no salão de reunião de Freguesia de Messejana. Palavra de Boas Vindas “Sr. Bispo, venho aqui, em nome da comunidade Paroquial de Messejana, dar-lhe as Boas Vindas, dizer-lhe quanto é gra- tificante, para nós, a sua presença na nossa comunidade. É com muita alegria que a Fre- guesia de Messejana recebe o seu estimado Bispo nesta data memorável, que marca a primeira Visita oficial e Pastoral à nossa Paróquia. Damos graças ao Se- nhor por nos conceder este dia marcante e histórico na vida da nossa Igreja. De verdade esperámos com entusiasmo esta honrosa visita Pastoral do Sr. Bispo. Somos uma comunidade pequena, mas já fomos grandes. Basta olhar para o património edificado da nossa localidade. O património religioso edificado é bem demonstrativo da fé deste povo ao longo dos séculos. O Património, que nos foi dei- xado pelos nossos antepassados, Dr. José António Falcão, numa das suas últimas visitas, quali- ficou-a como “Um Templo Már- tir”. Queremos chamar a atenção do Sr. Bispo para o acentuado estado de degradação e de emi- nente derrocada em que este templo se encontra. E dizer-lhe, desde já, que nos colocamos ao lado da Diocese para a resolução deste problema. Somos um povo de fé, à maneira Alentejana, nem sempre compre- endida, somos crentes, na vida quotidiana somos bons Cristãos. Graças a Deus! Com a existência de Padre a residir na nossa localidade, já podemos ter Missas diárias e ver a nossa Igreja sempre aberta para acolher quem quiser entrar, não só para rezar, mas também para se colocar diante do Santíssimo Sacramento e desabafar com o Senhor as suas alegrias e an- gustias, e sobretudo sentirmos a presença de Deus no meio de nós. Sr. Bispo, falta-nos a palavra adequada para exprimimos a nossa alegria de ter o nosso Pastor hoje connosco nesta visita Pastoral. De facto lembramos hoje com clareza de ânimo a declaração do Vaticano II, que disse: “Onde está o Bispo, está a Igreja” Mais uma vez muito obrigado pela vossa visita, e esperamos que seja a primeira de muitas. Obri- gada por nos conceder esse gracioso momento de estar e, celebrar a nossa fé com o nosso Pastor. Que o Senhor miseri- cordioso o abençoe e o ajude no seu ministério Episcopal”. Ercília Diogo com a perda de poder económico e populacional que temos sofrido ao longo dos anos, encontra-se de veras em perigo. Dos 11 locais de culto que existiam na nossa freguesia restam 5, sendo um destes relativamente recente ou seja, a Igreja de Stº António na Aldeia dos Elvas. Hoje, estando aqui em repre- sentação da nossa comunidade, perdoe-me Sr. Bispo a ousadia, mas tenho de falar daquela que é para nós a casa da nossa prote- tora que todos veneramos. Falo da Ermida da Senhora d’ Assun- ção. Uma Ermida que foi cons- truída com as remessas que os nossos emigrantes no Brasil, nos XVII e XVIII, enviaram para a sua construção. O então represen- tante do Departamento Histórico e Artístico da Diocese de Beja, “24 Horas para O Senhor”

4 de abril 2019 - diocese-beja.pt · quotidiana somos bons Cristãos. Graças a Deus! Com a existência de Padre a residir na nossa localidade, já podemos ter Missas diárias e ver

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4 de abril de 2019

4abril2019

Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRAPreço 0,50 € c/ IVA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

BRAGATAXA PAGA

Autorizado pelos C.T.T.a circular em invólucrode plástico fechado.

AutorizaçãoN.º D.E.

DE00192009SNC/GSCCSAno XCI – N.º 4467

SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

Na Cidade de Beja, entre as 18.00 horas de sexta-feira (29 de Março) eo final da tarde de sábado (30 de Março), celebraram-se as “24 horaspara O Senhor”. Trata-se de uma iniciativa do Papa Francisco que,este ano, foi celebrada pelo 6º ano consecutivo.O Santíssimo esteve exposto para a oração e adoração nas Igrejas doMonte Carmelo - Paróquia do Salvador (até às 9.00 horas da manhã desábado), na Igreja do Carmo (entre as 9.00 horas e as 14.00 horas desábado) e, na Igreja da Sé, entre as 14.00 e as 18.15 horas, altura em quese procedeu à Bênção do Santíssimo, seguida da celebração daEucaristia Vespertina do 4º Domingo do tempo da Quaresma.De salientar o facto de muitos fiéis terem celebrado o Sacramento daReconciliação, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos, dandoassim mais força à sua preparação espiritual para a celebração da Festada Páscoa.

Visita Pastoral de D. João Marcos àsParóquias de Messejana e Casével

Durante a visita, o Senhor Bispoteve ocasião para se reunir comos representantes das entidadeslocais, no salão de reunião deFreguesia de Messejana.

Palavra de Boas Vindas

“Sr. Bispo, venho aqui, em nomeda comunidade Paroquial deMessejana, dar-lhe as BoasVindas, dizer-lhe quanto é gra-tificante, para nós, a sua presençana nossa comunidade. É com muita alegria que a Fre-

guesia de Messejana recebe oseu estimado Bispo nesta datamemorável, que marca a primeiraVisita oficial e Pastoral à nossaParóquia. Damos graças ao Se-nhor por nos conceder este diamarcante e histórico na vida danossa Igreja. De verdade esperámos comentusiasmo esta honrosa visitaPastoral do Sr. Bispo. Somos umacomunidade pequena, mas jáfomos grandes. Basta olhar parao património edificado da nossalocalidade. O património religiosoedificado é bem demonstrativoda fé deste povo ao longo dosséculos. O Património, que nos foi dei-xado pelos nossos antepassados,

Dr. José António Falcão, numadas suas últimas visitas, quali-ficou-a como “Um Templo Már-tir”. Queremos chamar a atençãodo Sr. Bispo para o acentuadoestado de degradação e de emi-nente derrocada em que estetemplo se encontra. E dizer-lhe,desde já, que nos colocamos aolado da Diocese para a resoluçãodeste problema. Somos um povo de fé, à maneiraAlentejana, nem sempre compre-endida, somos crentes, na vidaquotidiana somos bons Cristãos.Graças a Deus!Com a existência de Padre aresidir na nossa localidade, jápodemos ter Missas diárias e vera nossa Igreja sempre aberta paraacolher quem quiser entrar, nãosó para rezar, mas também para secolocar diante do SantíssimoSacramento e desabafar com oSenhor as suas alegrias e an-gustias, e sobretudo sentirmos apresença de Deus no meio de nós.Sr. Bispo, falta-nos a palavraadequada para exprimimos anossa alegria de ter o nossoPastor hoje connosco nesta visitaPastoral. De facto lembramos hojecom clareza de ânimo a declaraçãodo Vaticano II, que disse: “Ondeestá o Bispo, está a Igreja”

Mais uma vez muito obrigado pelavossa visita, e esperamos queseja a primeira de muitas. Obri-gada por nos conceder essegracioso momento de estar e,celebrar a nossa fé com o nossoPastor. Que o Senhor miseri-cordioso o abençoe e o ajude noseu ministério Episcopal”.

Ercília Diogo

com a perda de poder económicoe populacional que temos sofridoao longo dos anos, encontra-sede veras em perigo. Dos 11 locaisde culto que existiam na nossafreguesia restam 5, sendo umdestes relativamente recente ouseja, a Igreja de Stº António naAldeia dos Elvas.Hoje, estando aqui em repre-sentação da nossa comunidade,perdoe-me Sr. Bispo a ousadia,mas tenho de falar daquela que épara nós a casa da nossa prote-tora que todos veneramos. Falo

da Ermida da Senhora d’ Assun-ção. Uma Ermida que foi cons-truída com as remessas que osnossos emigrantes no Brasil, nosXVII e XVIII, enviaram para a suaconstrução. O então represen-tante do Departamento Históricoe Artístico da Diocese de Beja,

“24 Horas para O Senhor”

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4 de abril de 2019SOCIEDADE2 – Notícias de Beja

“Floresta segura”

A obrigatoriedade de manu-tenção das faixas de gestão decombustíveis constitui uma dasmedidas preventivas previstasno Decreto Lei n.º 124/2006, de28 de junho, visando a reduçãode incêndios rurais.A prática mais comum con-siste na limpeza dos terrenos,para a minimização do risco deincêndio.A Guarda Nacional Republicana(GNR) tem exercido um enormeesforço nas ações de sensi-bilização junto das populações,com a finalidade de promoverboas práticas agrícolas e trans-mitir uma mensagem de devercívico na prevenção gene-ralizada aos incêndios rurais, jáque a floresta é de todos, peloque todos a devem proteger.A limpeza dos terrenos certa-mente poderá minimizar osriscos, embora não consigagarantir que, uma vez realizada,já podemos viver descansados.Embora a campanha tenha comoobjetivo a segurança da flo-

Editorialresta, das pessoas e seus bens,sabemos que todos necessi-tamos estar atentos e tomar asdemais medidas de prevenção,tentando que os focos de incên-dio não surjam e, se surgirem,sejam combatidos no seu início.A meu ver, para além das me-didas legislativas, aplicáveis atodos, não nos podemos esque-cer que a causa principal dosincêndios não é a falta de lim-peza mas antes a negligência e,muitas vezes, as mãos crimi-nosas que, a qualquer hora, dodia ou da noite, põe o fogo emmovimento. Com tanta ape-tência para o crime, é caso paraperguntarmos se “o crime re-compensa”. A necessidade delimpeza dos terrenos, em favorda minimização dos incêndios,deve ser acompanhada da pro-cura das verdadeiras causas ouorigens de tantos incêndios emsimultâneo, sendo muitos delesinexplicáveis pelas elevadastemperaturas ou trovoadas, jáque podem ter sido iniciadosdurante a noite.Por outro lado, julgo que seriauma boa medida a valorizaçãoda própria floresta porque, semessa valorização, é difícil espe-rarmos que os proprietáriossejam exímios na limpeza, para,no final de vinte e cinco ou trintaanos, se tudo correr bem, lheoferecerem quinze ou vintecêntimos por cada árvore queviu crescer com tantos cuida-dos e despesas. Algo está malou até mesmo, muito mal.

António Novais Pereira, Diretor

Vítimas, Verdade e um jardimVem aí a Páscoa da Ressurreiçãocentrada numa Vítima. A ocul-tação de vítimas não humaniza; asociedade adoece mais. Com asvítimas dão-se a conhecer econvidam-se ao arrependimentoos agressores, os corruptos e ospecadores. É fenómeno signi-ficativo atualmente na Igrejaocultar menos para reduzir osescândalos. Embora doloroso émais humano revelar os abusa-dores quando é para bem dasvítimas e deles. Não convémcontudo ter ilusões porque seobserva apenas a ponta doiceberg do fenómeno. O tempoda Páscoa cristã é de memória daVítima suprema, a mais conhecidade todos os tempos, e a maisnegada e ocultada. O mesmoJesus pediu para ser celebrada asua memória de vítima in perpe-tuum, para bem dos pecadores. Eassim tem acontecido, apesar detodos os esforços de apagar oseu nome e de se falar agora,incorretamente, de época pós-cristã. Há vários modos de esque-cer e de negar memória às vítimas.A discriminação é uma das prin-cipais. Apregoa-se a imparcia-lidade e objetividade histórica ejornalística, mas infelizmente nãofaltam exceções. Ser vítima naEuropa é mais que ser vítima naÁfrica. Há vítimas que são maisvítimas; vítimas negadas e víti-mas de ribalta, tal como agres-sores ocultados e agressoresproclamados. As vítimas de ído-los não existem porque eles nãopodem(?) ser agressores. Asvítimas dos ídolos do poder, dodinheiro, da moda e das artes sãoocultadas; doutro modo os seusabusadores seriam agressores; eos seus admiradores (adora-dores?) não o toleram. O MichaelJackson, o pedófilo do filmeNeverland, não parece o mesmodos palcos da arte e da ilusão

coletiva; nem o das parangonasdos tabloides. Por isso nãofaltaram meios de informação ede investigação jornalística arras-tados para o negacionismo detantas loucuras. Os mecanismosde defesa psicológicos, a nega-ção e racionalização interpre-tativas destinam-se a afastar osincómodos e sofrimentos pes-soais. As vítimas podem ficarpresas a laços emocionais dedependência dos agressoresidolatrizados segundo o efeitoEstocolmo. Negam durante mui-tos anos que foram abusadaspara não sofrer mais. Os obser-vadores de abusos e factos reaisconexos negam e ocultam asvítimas por ideologia política,religiosa e facciosa. Quando aliberdade dos diversos prota-gonistas está ferida; bloqueadoo remédio: «a verdade vos farálivres” (Jo 8, 32), a doença e opecado da mentira ficam a cor-roer. Impressiona que isso tenhaacontecido, por exemplo, com asvítimas do ídolo de Neverland ecom as do ‘M’ de Yoland Zauber-mann ou com as da pedofilia naIgreja. Vítimas, agressores, espe-tadores e cronistas entram emnegação, mas as motivaçõesdiferem. E ficam as questões: serádoença, pecado, possessão dia-bólica do pai da mentira, ideo-logização alienante? Será falta deimparcialidade jornalística, histó-rica, sujeição e subjugação apessoas de autoridade política ereligiosa? E ainda, porquê, tolerarmenos o negacionismo de víti-mas do holocausto que o dasvítimas estalinistas e maoístas?Porquê, tolerar menos a ocul-tação de vítimas e agressores depedofilia na Igreja Católica quenoutras Igrejas e religiões; menosnos bispos, pastores, rabinos,que em ídolos das artes e modas?Quando os agressores são admi-

rados, idolatrados, negam-se asvítimas deles e branqueiam-se osseus abusos. Como explicar amaior vitimização de animais quea de crianças, suprimidas antesou ao nascer? A memória da«Vítima Pascal» arrasta a dosmeninos assassinados em Belém,do «divino» refugiado do Egito,a de João Batista, dos galileusdegolados no templo; e ainda anegação das vítimas de Barrabásque transforma Jesus Cristo emagressor, criminoso e escravo. Aaproximação da Páscoa estimulaa refletir nas semelhanças entreo Natal e a Paixão. Ali um Meninoem carne, vivo, sobre palha, emgruta de pedra aberta e iluminadapor anjos a cantar com Maria eJosé, pastores e Magos, à volta.Na Páscoa, uma sepultura davítima da Cruz, aberta na rocha,vazia, um clarão, anjos a falar àsmulheres, a Pedro e João, à volta,a procurar o corpo da vítima. Ali,«vereis um menino»; aqui, «viramo túmulo vazio» e um jardineiro.Aquele site http://www.edu-cris.com/v2/tv/aprende-com-a-biblia/2199-jardim-da-ressur-reicao apresentava ideia lumi-nosa: porque não, ali, o presépioe, aqui, «um jardim de ressur-reição»? Três cruzes, duas depecadores (um arrependido), naelevação do jardim sobre a gruta,de túmulo vazio e pedra rolada,aberto. Porque não, esta cenapascal nas igrejas e nas praças?«Gloria in excelsis Deo»; «Res-suscitou, não está aqui!». Que aVítima cure as vítimas e osdoentes; que os agressores/pecadores se arrependam; e queo remédio da Verdade seja apli-cado e liberte a todos para aressurreição!Funchal, Domingo da alegriaquaresmal.

Aires Gameiro

“Cristo Vive”“Cristo Vive”, é a exortação do Papa,assinada no dia 02 de Abril, dirigida aosjovens, na qual lhes propõe uma vida dedicadaaos outros e a descoberta da própria vocação.Trata-se de um documento surgido nasequência da assembleia dos Bispos decor-rida em Roma, no mês de Outubro último.Nesta exortação, o Papa refere que os jovensquerem uma Igreja que “escute mais” e nãopasse a vida a “condenar o mundo”.Referindo-se à sua experiência pessoal, aoiniciar o seu ministério enquanto Papa,encoraja os jovens a “uma juventuderenovada” e a pedirem a Deus que nos libertede todos quantos querem ver a Igreja a“envelhecer.”

A Cáritas Diocesana de Beja e aParóquia de Nossa Senhora daAssunção promoveram, no pas-sado dia 31 de Março, um eventointercultural na Paróquia deFerreira do Alentejo, no âmbitoda Iniciativa "Partilhar a Viagem",proposta pelo Papa Francisco. OBispo de Beja, D. João Marcos,presidiu à celebração da Eu-caristia e dirigiu a todos ospresentes palavras adequadas aomomento e ao significado quetem, para todos os Homens donosso tempo, esta e outras inicia-tivas que visam acolher, ajudar,integrar e encaminhar os que vêm

A mala da partilha

ao nosso encontro.D. João Marcos chamou a aten-ção para a missão cristã nainculturação e no acolhimento,sendo urgente fazer pedagogiapara que haja maior abertura deespírito e sejamos mais solidários

com todos aqueles que pelasmais variadas razões, fogem dosseus países à procura de segu-rança e até de sobrevivência,porque, afinal, vivemos numacasa que é comum. Agradeceu,no final da celebração, a todas asforças vivas do concelho deFerreira do Alentejo pela pre-sença e pela colaboração e dis-ponibilidade demonstradas.Após a celebração eucarísticahouve um almoço partilhado portodos os paroquianos a todos ospresentes que assim se quiseramassociar a essa“mala de histórias” partilhadas.

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4 de abril de 2019

«Por Cristo, considerei todas as coisas como prejuízo,configurando-me à sua morte»

RELIGIÃO Notícias de Beja – 3

V Domingoda Quaresma

O nosso Domingo

Ano C7 de abril de 2019

Leitura do Livro de IsaíasO Senhor abriu outrora caminhos através do mar, veredas por entreas torrentes das águas. Pôs em campanha carros e cavalos, umexército de valentes guerreiros; e todos caíram para não mais selevantarem, extinguiram-se como um pavio que se apaga.Eis o que diz o Senhor: «Não vos lembreis mais dos acontecimentospassados, não presteis atenção às coisas antigas. Olhai: vou realizaruma coisa nova, que já começa a aparecer; não a vedes? Vou abrirum caminho no deserto, fazer brotar rios na terra árida.Os animais selvagens __ chacais e avestruzes __ proclamarão a minhaglória, porque farei brotar água no deserto,rios na terra árida, para matar a sede ao meu povo escolhido, o povoque formei para Mim e que proclamará os meus louvores».

I Leitura

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos FilipensesIrmãos:Considero todas as coisas como prejuízo, comparando-as com obem supremo, que é conhecer Jesus Cristo, meu Senhor.Por Ele renunciei a todas as coisas e considerei tudo como lixo, paraganhar a Cristo e n’Ele me encontrar, não com a minha justiça quevem da Lei, mas com a que se recebe pela fé em Cristo, a justiça quevem de Deus e se funda na fé. Assim poderei conhecer Cristo, opoder da sua ressurreição e a participação nos seus sofrimentos,configurando-me à sua morte, para ver se posso chegar à ressurreiçãodos mortos. Não que eu tenha já chegado à meta, ou já tenha atingidoa perfeição. Mas continuo a correr, para ver se a alcanço, uma vezque também fui alcançado por Cristo Jesus. Não penso, irmãos, quejá o tenha conseguido. Só penso numa coisa: esquecendo o quefica para trás, lançar-me para a frente, continuar a correr para a meta,em vista do prémio a que Deus, lá do alto, me chama em CristoJesus.

Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São JoãoNaquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. Mas de manhãcedo, apareceu outra vez no templo, e todo o povo se aproximoud’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseusapresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério,colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre,esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisésmandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?». Falavam assimpara Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. MasJesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Comopersistiam em interrogá-l’O, ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entrevós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamentee continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram taispalavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, eficou só Jesus e a mulher, que estava no meio. Jesus ergueu-Se edisse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Elarespondeu: «Ninguém, Senhor». Disse então Jesus:«Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».

A força regeneradora do perdão

Jo 8, 1-11

Aclamação antes do Evangelho

Fr. Pedro Bravo, oc

Filip 3, 8-14II Leitura

Salmo Responsarial 125 (126), 1-6

O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo.

«Vou realizar uma coisa nova: matarei a sede ao meu povo»

Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra

Is 43, 16-21

Convertei-vos a Mim de todo o coração, diz o Senhor; porque soubenigno e misericordioso.

«”Mulher, ninguém te conde-nou?”. “Ninguém, Senhor”.“Nem Eu te condeno. Vai e deagora em diante não pequesmais”» (Jo 8,10s)1– Certamente já ouve momen-tos, no percurso da nossa vida,em que nos encontramos peranteum impasse: ou abandonar oscaminhos de outrora, para ence-tar uma nova caminhada, quepode mesmo ser uma vida nova;ou voltar atrás, acabando porperder tudo o que tanto dese-jávamos alcançar. Pode ser umaoferta de trabalho noutro lugar,para poder melhorar a vida, mastambém o convite a abraçar a féou a perdoar e reconciliar-noscom alguém com quem há temposandamos desavindos.É a uma tal decisão que nosconvida a liturgia do quintodomingo da Quaresma, chamadoDomingo da Paixão. Recebe estenome, não porque nele se leia apaixão do Senhor – o que sóacontecerá no domingo de Ramos–, mas porque nele se evoca apaixão, o incomensurável amor,o ardente «espírito de caridade»que levou Jesus «a entregar-Se àmorte pela salvação dos ho-mens» (coleta). Nele fala-se, esteano, no perdão.O perdão está no coração do Pai-nosso, que é entregue ao longoda semana aos catecúmenos queneste domingo vão ter o terceiroescrutínio, para receber o batismona Vigília Pascal: «Perdoa-nos asnossas dívidas, assim como nósperdoamos aos nossos deve-dores» (Mt 6,12), diz literalmenteJesus. “Dívidas” não no sentidode pagar o que ainda não sepagou e é justo que se pague,mas no sentido daquilo quedevemos fazer ou achamos queos outros deviam ter feito, talcomo S. Paulo diz: «Não devaisnada a ninguém, a não ser o amormútuo, pois quem ama o outrocumpriu a Lei» (Rm 13,8).2– Sabemos, porém, como é difícilperdoar. Ilude-se a sua neces-sidade, declarando-se que seperdoa, mas não se esquece. Evai-se adiando a decisão deperdoar de um dia para o outro,sem se dar conta dos dias, meses

Joel 2, 12-13

ou anos que entretanto vãopassando.No entanto, sabe-se que grandeparte das doenças crónicas etantas doenças graves têm a suaorigem na falta de perdão. Antesde mais, na falta do perdão deDeus. Carl Jung, o grande psi-quiatra suíço, afirmava que cercade 60% das enfermidades psí-quicas que lhe apresentavampodia ser curada com uma boaconfissão, tal como a faz a Igrejacatólica. É deste perdão que falao Evangelho, no episódio damulher adúltera.A ser verdade o que os escribase fariseus diziam, tratar-se-ia domais surpreendente milagre daBíblia: uma mulher apanhada emflagrante adultério… sozinha. ALei mandava lapidar ambos osinfratores, o homem e a mulher.Era como se Deus não pudesseperdoar, como se fosse um mé-dico que só conseguia curar umadoença grave, matando o pa-ciente. Aqui, porém, a mulhertorna-se vítima também dastramas dos homens e do ódio dosdoutores da Lei contra Jesus, queentretanto, tinham feito desa-parecer o cúmplice. O ódio cegae o desenlace parecia já estardecidido, mas Jesus desarma-os,dizendo: «Quem de entre vósestiver sem pecado, seja o pri-meiro a atirar-lhe uma pedra».Quem não quer perdoar, quemnão conhece o perdão de Deus,está sempre mais pronto a atirarpedras aos outros, a desconfiar,julgar, criticar, difamar, acusar ooutro, do que a reconhecer osseus próprios erros e pecados.Tendo-se, entretanto, afastadoos que pretendiam acusar amulher, Jesus, que não nega, nemescusa o pecado dela, envia-acom uma palavra reconfortantede perdão, que lhe abre o ca-minho para uma vida nova: «NemEu te condeno. Vai e doravantenão tornes a pecar». Quem somosnós para julgar os outros? Quepedras trazemos guardadas nanossa boca, na nossa mente ecoração, para atirar àqueles dequem não gostamos ou nosqueremos vingar, difamando-os,por detrás, ou lançando-lhestudo à cara, em frente dos outros,logo na primeira oportunidade?

Não será antes esta Quaresmauma boa ocasião para reconheceros nossos próprios pecados epedir perdão a Deus por eles nosacramento da reconciliação?3– Mas há também a falta deperdão ao outro, não raro a faltade perdão a nós mesmos e tantasvezes a falta de perdão… a Deusou a algum santo (a NossaSenhora, por exemplo) por não oterem escutado quando lhespediram a cura de alguma doençaou a resolução de algum problemaseu ou dalgum parente ou amigoseu. A falta de perdão incomoda,pesa, desgasta, corrói, cria umdeserto interior, aumenta-o e atépode matar. Desde logo, a fé!Dela fala a primeira leitura, quenos convida à alegria do ver-dadeiro perdão, que esquece aofensa recebida: «Não vos lem-breis dos acontecimentos pas-sados, não presteis atenção àscoisas antigas. Olhai: vou realizaruma coisa nova. Vou abrir umcaminho no deserto, fazer brotarrios na terra árida… para matar asede ao meu povo escolhido, opovo que formei para Mim e queproclamará o meu louvor». É aalegria do perdão de Deus, que,uma vez recebido, nos leva aoperdão ao outro, à reconciliaçãocom Deus e com os irmãos, amaior maravilha que Deus realizaem nós, porque abre o nossocoração à fé e nos introduz numavida nova, a eterna.Quem o fez, como Paulo, na cartaaos Filipenses, abre o coraçãopara receber «pela fé em Cristo, ajustiça que vem de Deus e sefunda na fé». Consegue assimesquecer-se não só das ofensas,mas também de si mesmo, tor-nando-se capaz de morrer a simesmo, ganhando novas forçaspara caminhar, «pensando sónuma coisa: esquecendo o quefica para trás, lançar-se para afrente, continuar a correr para ameta a que Deus, lá do alto, noschama em Cristo Jesus». É a vidanova, sob o signo do perdão.Queres vivê-la? Reconhece o teupecado, perdoa e pede perdão doque ainda falta perdoar; abre oteu coração à fé e ao perdão erecebê-la-ás multiplicada, nacelebração das festas pascais.

ENTRADAAlém vai Jesus – in Cânticos Alentejanos,39SALMO RESPONSORIALO Senhor fez maravilhas em favor do seu povo,M. Luis, SR, 254

Sugestões de Cânticos

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHOLouvor a Vós, Rei da eterna glória, M. Luis, SR, 363COMUNHÃOJesus Cristo amou-nos, M. Luis, CEC II, 135FINALPrece para pedir a chuva, in Cânticos alentejanos, 59

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4 de abril de 2019DIOCESE4 – Notícias de Beja

Aljustrel celebrou NossaSenhora das Dores

A Paróquia de Aljustrel celebrou entre os dias 28 e 31 de Março, atradicional Festa em Honra de Nossa Senhora das Dores. No primeirodia do Tríduo, quinta-feira, teve lugar a Eucaristia votiva de NossaSenhora das Dores, presidida pelo pregador convidado, Pe. AdrianoMata, concelebrada pelo Administrador Paroquial, Pe. Luís Macuinja.No segundo dia, a Adoração do Santíssimo presidiu o pregadorconvidado, Pe. Diogo Perpétuo e no último dia do Tríduo a Recitaçãodo Terço das Sete Dores de Nossa Senhor, presidiu o Pe. Luís Macuinja.No domingo, o dia da Festa, teve lugar na Igreja da Misericórdia, aEucaristia Dominical IV Domingo do Tempo da Quaresma, sendopresidida pelo Administrador Paroquial, e, como a tarde se fez chuvosa,a tradicional Procissão do Encontro de Nossa Senhora das Dores como Seu Divino Filho a caminho do Calvário, não saiu à rua pelo terceiroano consecutivo, tendo os paroquianos ficado em oração na Igreja daMisericórdia, meditando e rezando novamente as Dores de NossaSenhora, sendo o pregador convidado, o Pe. Rui Carriço, Vigário Geralda Diocese.

Tiago Pereira

Concerto “Domingo de Ramos”Sé de Beja, dia 13 de Abril (sábado) às 21h

No dia 13 de abril, Sábado,pelas 21.00 horas, realizar-se-á, na Sé de Beja, um Concertodenominado “Domingo deRamos”Trata-se uma obra em estreiaabsoluta do compositor bra-sileiro Danilo Guanais, escritasobre os textos da Liturgia deDomingo de Ramos. Comodiz o próprio compositor, “asimplicidade da entrada deJesus em Jerusalém montadonum jumento, reflecte-se nasescolhas que fiz por umalinguagem tonal simples,com centros móveis…” Aobra é apresentada em língualatina, mas haverá uma tra-dução dos textos para o pú-blico. Uma boa forma deentrar no espírito do Domingode Ramos!Coro Vox Laci, de Cascais.Direcção: Vladimir Silva(Brasil)

P. António Cartageno

Moçambique: País vive no «medo» de umaepidemia de cólera – Padre Alberto Tchindemba

O superior provincial da Congre-gação do Espírito Santo em Mo-çambique alertou, no dia 1, para asituação dramática das popula-ções da Beira que, depois deatingidas pelo ciclone Idai, sofremagora com o espectro de umaepidemia de cólera.O padre Alberto Tchindembadestaca o “medo” das pessoas,que esta situação se “possaalastrar” a toda a região e agravarainda mais o quadro negro deixadopela catástrofe natural que seabateu sobre Moçambique.De acordo com os últimos dadosdivulgados pelas autoridadesmoçambicanas, o ciclone Idaiprovocou pelo menos 518 mortose 1641 feridos, e mais de 146 milpessoas ficaram sem teto, estandoagora instaladas em centros deacolhimento.Foi numa dessas casas de apoio“a pessoas que perderam tudo”que o padre Alberto Tchindembapôde ver o perigo de uma novatragédia.“Neste centro que visitei estamanhã já aconteceram casos decólera e falaram-me de um óbito,de um senhor que morreu comessa doença, não o conseguiramajudar. Contaram-me também queoutra pessoa tinha acabado de ser

levada para o hospital, para atentarem tratar”, relata o sacerdote.De acordo com aquele respon-sável, o governo moçambicano jácolocou em marcha uma “cam-panha de vacinação” por causa doperigo de cólera, e também de“sensibilização” das populações,“para que tenham cuidado com aágua que bebem e com tudo aquiloque vão consumindo”.A falta de bens essenciais, princi-palmente de alimentos e águapotável, e a ausência de sanea-mento básico, aumentam o riscode propagação das doenças.“Há realmente fome. E não pode-mos contar com as culturas doscampos, pois ficou tudo arra-sado”, sublinha o padre AlbertoTchindemba.No meio das dificuldades, a IgrejaCatólica na região, bem como

várias instituições ligadas a outrasconfissões religiosas, vão fazendoo que podem para ajudar as pes-soas mais necessitadas.“A Igreja Católica tem feito umtrabalho gigantesco na distri-buição de alimentos, através daCáritas, de uma organização emobilização feita através dasparóquias. O que chega é cana-lizado para a Cáritas Diocesana daBeira e a partir dali os párocos vãobuscando os bens para atenderemàs necessidades das suas paró-quias”, explica o superior provin-cial dos Espiritanos.Em termos das necessidades dehabitação, estas também são“enormes” – as autoridades esti-mam que o ciclone Idai terá des-truído quase 60 mil casas.“O que encontrei na Cidade da Beiraé uma situação triste, com muitascasas devastadas, muitas casas semteto, outras caídas”, atesta o padreAlberto Tchindemba, que enalteceo “movimento solidário” que se temverificado, com muitas pessoas atentarem “ajudar aqueles que maisprecisam”.“Aqui vemos a importância doprego, do martelo, da chapa”,salienta aquele responsável, quese confessa também chocado como cenário que encontrou.

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4 de abril de 2019 Notícias de Beja – 5DIOCESE

Fátima Jovem 2019

O Fátima Jovem 2019 encontrasentido no desejo de uma PastoralJuvenil que caminha viva, unidae em festa, em comunhão comuma Igreja que nos acolhe naalegria de viver Cristo Jovem!Indo ao encontro da proposta daConferência Episcopal Portu-guesa para 2018/2019 e em conso-nância com a JMJ Panamá 2019,surge o tema “Eis a Serva”, numaligação clara àquele que é dosmaiores exemplos de missão,

devoção e testemunho fiel naIgreja: Maria. Que com o seu SIMnos inspira e motiva a sermosverdadeiros peregrinos em mis-são no serviço ao próximo.É com grande alegria que surgemnotícias do Fátima Jovem 2019.Este ano com algumas novidades.Desde já, pelo modelo de orga-nização, onde foram envolvidosdiversos movimentos e secre-tariados, e também porque inte-grado nesta atividade teremos o

Festival Nacional da CançãoMensagem!Podes também participar no Fáti-ma Jovem como voluntário/a.Uma forma diferente de viver oFátima Jovem, com um propósitode serviço, como sugere o pró-prio tema do encontro. As tarefasdos voluntários serão simples,passando principalmente porajudar a movimentar os pere-grinos entre atividades. Nãoinvalidando que os voluntáriosvivam as mesmas de igual forma.A sua inscrição como voluntário/a é limitada às primeiras 50 pes-soas e pode ser feita diretamentepelo link https://goo.gl/forms/o7U5krqqekubkBAI2 até dia 14 deAbril.As inscrições para o FátimaJovem 2019, da nossa Diocesetêm de passar obrigatoriamentepela Pastoral Juvenil Vocacional.A PJV está a organizar um auto-carro a partir de Serpa-Beja-Cuba,com alojamento, pequeno-almoçoe almoço de Domingo, as refei-ções de sábado serão da respon-sabilidade de cada um. Mesmoquem apenas se quer inscrever noFátima Jovem terá de o fazeratravés do nosso mail pjv [email protected]. E devem ser feitaspor grupo de acordo com a moda-lidade escolhida:Modalidade 1 – inscrição Fátimano Jovem, transporte, alojamentoe refeiçõesModalidade 2 – inscrição Fátimano Jovem, alojamento e refeiçõesModalidade 3 - inscrição Fátimano JovemAs inscrições deverão ser feitasobrigatoriamente até ao dia 12 eabril.

As jovens do 10º ano de

catequese, da paróquia de

Mértola, foram à Estrutura

Residencial para Pessoas

Idosas da Santa Casa da

Misericórdia de Mértola

(LAR) realizar uma visita e

confortar os utentes com a

reza do terço. Rezaram e

cantaram. Foi um momento

de Fé partilhado pelos jovens

e idosos! Assim Jesus Cristo

se torna Vivo!

Obrigado jovens!

Ana Cristina

Paróquia de Mértola

Preces para pedira chuva

Nos dois últimos domingos, na Igreja do Carmo de Beja, ao fim da Missa das 12h, tem-se cantado um cânticopara pedir a Deus a graça da chuva. O ano passado assimo fizemos ao longo de várias semanas e, quando ameteorologia anunciava já um período de longa seca, eisque Deus nos mandou a chuva abundante durante quasetrês meses. Lembram-se?Vamos pois, continuar a pedir a chuva com fé, e é bomque outras comunidades façam o mesmo. O cântico,recolhido em Entradas, encontra-se na pág. 59 do livrinho“Cânticos alentejanos”. Entre outras quadras, regista-seesta:“Ó Deus e Senhor, água nos mandai! Pedimo-Vos, Pai,de infinito amor!”Esta e outras preces cantadas nasceram de situações degrande seca nos campos do Alentejo. A revista deetnografia “A Tradição de Serpa” (1899-1904) faz-se ecode algumas dessas situações, em que os fiéis organizavamprocissões para pedir a Deus a graça da chuva. Isto nosfoi também testemunhado, durante o trabalho de recolhas,por muitas pessoas que se lembravam perfeitamente denelas terem participado, atestando a sua eficácia.

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4 de abril de 2019OPINIÃO6 – Notícias de Beja

Ceia-de-natal…em maré-de-páscoa

Sílvio Couto

E, se repente, se começassem aescarafunchar as relações fami-liares entre os membros do go-verno? Os tentáculos de sanguee os laços sociais de parentescosão muitos, diversos e quaseimpressionantes…Mas será tudo isto (e o resto)novidade? Bastará consultar oorganigrama da maioria das autar-quias – grandes ou pequenas,seja qual for o partido reinanteou tenha o tempo de governançaque tiver – para percebermosesta tendência a roçar o nepo-tismo elevado à potência maissobrenatural!

Não será para atingir um lugarzitode razoável emprego que muitos(velhos ou novos) se inscrevemnos partidos políticos…quepodem aceder ao poder commaior ou menor dificuldade? Nãoserá para proteger os seus quealguns se sacrificam em estaremna vida da política pública? Nãoserá para conquistar protago-nismo que uns tantos passam pelotirocínio de colar cartazes, defigurar em comícios e até serem fiéisao chefe, seja o geral, o particularou mesmo o disfarçado de amigo/companheiro/camarada?É diante deste puzzle de cum-plicidades que foram à procurade nomes comuns no atual go-verno. Assim encontraram muitosapelidos iguais em funções varia-das, não disfarçando que umgrupo familiar – há quem lhechame como se fosse ‘uma ceiade natal’ – fiel ao chefe tem tudoe todos na mão, isto é, na obe-diência às orientações conge-minadas, nos antros da reuniãode parceiros do mesmo bolo.Costa, Vieira, Marques, Santos,Cabrita, Martins, etc… são ape-lidos que percorrem vários no-

mes, num crescendo nas váriasremodelações – uma em 2016,quatro em 2017, duas em 2018 euma em 2019 – fazendo inclusãode mais e mais afetos à mesmalinha de rumo e aos vínculosfamiliares entre si… Por isso,poder-se-á considerar que, aten-dendo à época pré-pascal, vãosobrevivendo aos conluios emmaré-de-páscoa, que, se bemsouberem as passagens bíblicas,por lá se incluem traidores,trânsfugas e acobardados…

= Se olharmos a outros contextos– de governos anteriores e asituações autárquicas conhe-cidas – quase que somos tenta-dos a reconhecer que nada há denovo sob o ritmo da terra. Outrosfizeram idêntico percurso e ascoisas foram pagas por todoscom o recurso a maus resultados.O pior é que ainda não foidesfeito o novelo de confusõesnão muito distantes e já estamosa dar os mesmos passos pararecebermos os resultados outroraconseguidos…De facto, aindanão aprendemos as lições, algu-mas delas pagas a peso de gran-

de austeridade – nunca vencida,mas tão-somente dita como ali-viada – e com restrições deenorme crise e de contenção deregalias. Mesmo que nos quei-ram persuadir, que algo vai con-tinuar na senda do (dito) suces-so, vivemos numa bolha artificial,que bastará um pequeno arre-medo de instabilidade social,económico-financeira ou mesmode segurança e tudo desabarácomo castelo de ilusões…De verdade faltam-nos critériosde conduta alicerçados nosvalores de cidadania, de respon-sabilidade e na cultura da har-monia entre direitos e deveres.Não será com facilitismos decréditos para serviços secun-dários que iremos recuperar acredenciação do país, das fa-mílias e das organizações socioe-conómicas. Não será com apolarização de benesses parauma parte da população – oscerca de setecentos mil funcio-nários públicos são pouco maisde 15% dos que estão em vidaativa – sobre os que contribuemcom o seu trabalho, os impostose a criação de riqueza, que iremos

ser um país de sucesso, deprodutividade e de futuro. Torna-se urgente criar igualdade dedireitos e de deveres para todos,particularmente para com os quemais contribuem para que o paísnão se afunde, nem se faça domiserabilismo uma boa fonte derendimentos.

= Agora que quase tudo foirevertido em favor das reivindi-cações como iremos prosseguirna senda do progresso, se osabutres já sobrevoam sobre oscadáveres?Desculpando a observação: nin-guém é como é, sem razões. Issomesmo nos faz tentar compre-ender a Nação que somos: dehospitaleiros e asseados pareceque entramos na senda do ter-ceiro-mundismo mais primário,onde as famílias se prolongam nopoder, como se tivesse sidorestaurada uma tal monarquiarepublicana.Portugal merece melhor. O nossofuturo não pode esperar por liçõesque já deviam ter sido aprendidas.Basta deste incipiente nepo-tismo… à portuguesa!

Para o céu, só em grupo

Este título reveste alguma am-biguidade e equívoco. Quandopartimos, partimos sozinhos. Osnossos familiares ficam e nin-guém nos poderá acompanhar, anão ser Jesus. A responsabi-lidade é pessoal. Daqui o ditadopopular: «para a Missa e para omoinho, não esperes pelo vizi-nho». A decisão é tua. Se omarido, se a esposa, se o teuamigo não avança em relação aDeus, avanças tu pessoalmente.Para iluminar o tema, uma históriapitoresca, que pertence ao patri-mónio imaterial da minha terranatal, Alvoco da Serra. Já li estahistória como originária daRússia medieval, só mudavafolha de nabo, em “réstia” dealhos. Conta a tradição popularque a mãe de S. Pedro lavavanabos em água corrente. Semquerer, deixou escapar uma folhadas mãos, que foi levada pelaágua. Compreensiva, disse: «vai-te folha, por amor de Deus».Quando morreu não tinha nadade bom escrito no livro da vida, anão ser aquela folha “oferecidapor amor de Deus!». Por isso, não

António Aparício

pôde entrar no Céu. S. Pedro tinhamuita pena por tão penosasituação e pedia insistentementeao seu divino Mestre que atirasse de lá. «Está bem», disse oSenhor a Pedro. – «Pegas nafolha de nabo, iças com ela a tuamãe e todas as almas que a elase agarrarem». S. Pedro assimfez. Mas chegando à porta do Céue querendo entrar sozinha, a mãede S. Pedro sacudiu-se e partiu afrágil folha, sendo arrastada naqueda, com todas as outras

almas. Moral da história e dateologia popular: quem entra noinferno, não sai de lá, sempre forado amor de Deus para que foicriado; e no céu não se podeentrar sozinho, só acompanhado.No linguajar da minha terra,quando alguém é egoísta, so-berbo e invejoso, comenta-se: «Écomo a mãe de S. Pedro».Afirma o Concílio Vaticano II:«Em qualquer tempo e nação, éaceite a Deus todo aquele que Oteme e pratica a justiça (At 10,

35). Aprouve, no entanto, a Deussantificar e salvar os homens,não individualmente excluindotoda a relação entre eles, masantes constitui-lo em povo queo conhecesse na verdade e Oservisse na santidade. E assimescolheu Israel para seu povo,estabeleceu com ele uma alian-ça e foi-o instruindo gradua-lmente, manifestando-se a Simesmo e os desígnios da Suavontade na história desse Povoe santificando-o para Si» (L.G.9). O Concílio explicita que Israelé figura e profecia do novo povode Deus, a Igreja, «chamando deentre os judeus e os gentios umpovo que realizasse a sua uni-dade, não segundo a carne, masno espírito e constituísse o novoPovo de Deus» (L.G. 9).Na celebração do batismo, àporta da Igreja, sinal de acessoaos bens espirituais, encontra-sesempre a Igreja comunidade devida e de amor, formada pelopresidente da celebração, pelospais e pelos padrinhos e restantesconvidados. Ninguém pode nas-cer, se não for gerado por umamãe e por um pai. Se Deus querpovoar a terra com filhos, só

através da Igreja Sua Esposa enossa querida mãe: gera-nos,alimenta-nos, faz-nos crescer eviver e leva-nos com amor esolicitude, como peregrinos noscaminhos da vida, rumo à eter-nidade. Imediatamente antes doritual do batismo, pergunta ocelebrante: «Quereis que o vossofilho receba o batismo na fé daIgreja que todos acabamos deprofessar»? A tua fé, só é fé, sefor “nossa”, a fé da Igreja.Em cada canto da terra, movidospela sua religiosidade natural, hámilhares de pessoas que rezam enão precisam de padres, nem deigrejas, nem de missas, sacra-mentos ou medianeiros. Têm um“telefone vermelho” para comu-nicar com Deus. A nossa fé édiferente. Quando nos reunimosem nome de Cristo, somos o seuPovo, a Sua família, os seusdiscípulos, a Sua Igreja, o sinalde que Ele ressuscitou e nosressuscita, nos congrega, nosfala, nos alimenta e nos conduz.Agora na terra, depois no Céu.Aqui na fé e na esperança, depoisna visão e na posse definitiva.Sem esta relação fraterna, não sepode entrar no Céu.

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4 de abril de 2019

Diretor: António Novais PereiraRedação e Administração:Rua Abel Viana, 2 - 7800-440 BejaTelef. 284 322 268E-mail: [email protected]

Assinatura 35 Euros anuais c/IVAIBAN PT50 0010 0000 3641 8210 0013 0

Impressão:Gráfica do Diário do MinhoRua de Santa Margarida, n.º 4-A - 4710-306 Braga

4abril2019

Depósito Legal

N.º 1961/83

Editado emPortugal

Propriedade da Diocese de BejaContribuinte Nº 501 182 446

RegistoN.º 102 028

Tiragem1.500

REGIONAL Notícias de Beja – 7

Atividade operacional semanalO Comando Territorial de Bejalevou a efeito um conjunto deoperações, no distrito de Beja, nasemana de 25 a 31 de março, quevisaram a prevenção e o combateà criminalidade violenta, fisca-lização rodoviária, entre outras,registando-se os seguintes da-dos operacionais:1. Detenções: Seis detidos emflagrante delito, por diferentesmotivos: condução sob o efeito doálcool; condução sem habilitaçãolegal e violência doméstica. 2. Apreensões: Duas doses dehaxixe; uma arma de fogo; dois

veículos; um computador; umamáquina de jogo; 86 euros emmoedas. 3. Trânsito:Fiscalização: 274 infrações dete-tadas, destacando-se, 22 rela-cionadas com tacógrafos, 16 comfalta de seguro de responsa-bilidade civil obrigatório, 16comfalta de inspeção periódica obri-gatória, 15 por excesso de carga,13 relacionadas com iluminaçãoe sinalização; 12 por conduçãocom taxa de álcool no sanguesuperior ao permitido por lei; 12por excesso de velocidade; 9 por

PSP em Beja - SÚMULA SEMANAL

falta ou incorreta utilização docinto de segurança e/ou sistemade retenção para crianças; 7 porinfrações relacionadas com ospneumáticos, 4por uso indevidodo telemóvel no exercício dacondução.Sinistralidade: 28 acidentesregistados, resultando um feridograve e um ferido leve. 4. Fiscalização Geral: 15 autosde contraordenação: 13 no âm-bito da legislação da proteção danatureza e do ambiente e 2 noâmbito da legislação policial.

O Comando Distrital de Beja daPSP (CD Beja), no âmbito dassuas competências deprevenção e combate perma-nente à prática de ilícitos cri-minais e contraordenacionais,entre 22 e 28MAR2019, na suaárea de jurisdição, registou edestaca os seguintes resultadosoperacionais: Detenção de 3homens, com idades compre-endidas entre os 17 e de 50 anosde idade: um por condução deveículo automóvel sob o efeitodo álcool, tendo acusado umaTAS de 1,44 g/l; outro por con-dução de veículo automóvel, semhabilitação legal para o efeito e,o terceiro, mediante cumprimentode mandado de detenção, noâmbito de Processo-crime deViolência Doméstica.Foram identificados 2 homens, de19 e 21 anos de idade. Este, porsuspeita da prática de danos/

actos de vandalismo (pinturas, dotipo graffiti) em carruagens dosComboios de Portugal e, o outro,por suspeita de comercializaçãode vestuário contrafeito. Destaação policial, resultou a apre-ensão de 49 T-Shirts.Acidentes rodoviários: Em Bejae Moura, registo de 6 acidentesrodoviários, dos quais resultaramdanos materiais.Operações de Fiscalização: 1Operação de Fiscalização Rodo-viária, em Beja, com recurso aRadar, que contabilizou 1843veículos controlados, com adeteção de 8 infrações; 12 Ope-rações de Fiscalização Rodo-viária, enquadradas no Plano deAtividadeOperacional do CD Beja (estasemana, privilegiando a fisca-lização afeta à condução sob oefeito do álcool, excesso develocidade e utilização dos aces-

sórios de segurança), que conta-bilizaram: 377 Veículos fisca-lizados; 295 Condutores subme-tidos ao teste de alcoolemia; 44Infrações detetadas.No âmbito das Ações preven-tivas/de sensibilização e outraso Núcleo de Armas e Explosivosdo CD Beja, nas suas instalaçõese também através do seu Balcãode Atendimento Não Permanente,realizado esta semana no Muni-cípio de Almodôvar, procedeu àrecolha de 31 armas de fogo decaça e 1 arma de fogo de defesapessoal, perdidas a favor doEstado.O Policiamento de Proximidadedo CD Beja, promoveu 1 Ação desensibilização subordinada àtemática do Consumo de BebidasAlcoólicas e Estupefacientes, naadolescência, assistida por 22adolescentes/jovens adultos(idades entre os 15 e 20 anos).

Bom humorBom humorBom humorBom humorBom humorO meu filho é mais estúpido

que o teu

Dois homens encontram-se num bar:– O meu filho é mais estúpido que o teu!– Não é nada!– Então vamos fazer assim, se ele for mais estúpido que o teudás-me 10 euros, senão dou-tos eu!– Tudo bem, aceito.– Ok. Gaspar, anda cá.– Sim pai?– Toma 2 euros para ires ali à loja comprar uma TV a cores.– Está bem.E o miúdo sai pela porta do bar com os 2 euros na mão… E o outrohomem chama o filho e diz.– Vai lá a casa e vê se eu lá estou.– Está bem pai.Por acaso os dois miúdos encontram-se na rua e comentam:– O meu pai é mais estúpido que o teu!– Não é!– Então vê bem: o meu pai deu-me 2 euros para ir comprar uma TVa cores e nem sequer disse a cor que queria!– Então e o meu: disse-me para ir a casa ver se ele estava lá e nemsequer me deu a chave!

Defesa do segredo da ConfissãoNo dia 29 de Março, o PapaFrancisco saiu em defesa do“segredo de Confissão”, a queestá obrigado qualquer membro doclero católico, considerando queeste sigilo não pode ser anulado.“O sigilo sacramental é indis-pensável e nenhum poder humanotem jurisdição, nem pode rei-vindicar, sobre ele”, disse, duranteum encontro que decorreu noVaticano, com os cerca de 750participantes do 30.º Curso sobreForo Interno, promovido peloTribunal da Penitenciaria Apos-tólica (Santa Sé).O tema foi objeto de discussão naAustrália, por exemplo, onde asautoridades queriam impor a obri-gatoriedade de denúncia às auto-ridades de abusos sexuais demenores reportados durante osacramento da Confissão, algorejeitado pela Igreja Católica.O Papa observou que “a própriaReconciliação é um bem que a

sabedoria da Igreja sempre salva-guardou com toda a sua forçamoral e jurídica, com o sigilosacramental”.“Este, embora nem sempre enten-dido pela mentalidade moderna, éindispensável para a santidade dosacramento e para a liberdade deconsciência do penitente, o qualdeve estar certo, em qualquermomento, que o colóquio sacra-mental permanecerá no segredodo confessionário”, acrescentou.A nova lei do Vaticano para aproteção de menores e pessoasvulneráveis, determina a obrigato-riedade de denúncia de casos deabusos, excetuando as situaçõesligadas, precisamente, ao “sigilosacramental”.A lei canónica e, em geral, as leiscivis de liberdade religiosa isentamos sacerdotes da obrigação deprestarem declarações sobre oque souberem pelo exercício dasua atividade pastoral, especial-

mente no confessionário.O confessor que violar direta-mente o sigilo sacramental incorre,de forma automática, em pena deexcomunhão, de acordo com oDireito Canónico; a mesma pena éreservada a quem captar pormeios técnicos o que for dito entrepenitente e confessor.Francisco desafiou os novos padresque participaram no curso a “ouvircom grande generosidade as Confis-sões dos fiéis”, com o “coraçãoaberto, com espírito de pai”.O Papa referiu, numa passagemimprovisada do seu discurso, queo foro interno não é uma “expres-são sem sentido” da doutrinacatólica, mas deve ser visto como“algo sagrado”, cujo desrespeitorepresenta “um pecado contra adignidade da pessoa que confiano sacerdote, mostra a sua reali-dade para pedir o perdão”.

OC - Agência Ecclesia

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4 de abril de 2019ÚLTIMA PÁGINA

No passado dia 19 de Março de2019, Solenidade de São José,esposo da Virgem Maria, cum-priram-se dois anos sobre aconstituição e existência dogrupo de oração dos devotos deSão José na Diocese de Beja.Para assinalar a data, o gruporeuniu na capela de Nossa Se-nhora da Esperança em Beja,onde teve o momento formativo,preparando a celebração daEucaristia. Nesta, houve a bên-ção e imposição do Escapuláriode São José (aprovado a 23 deJaneiro de 1893, pelo Papa LeãoXIII) aos membros deste grupode oração, presidida pelo assis-tente espiritual, Padre FranciscoEncarnação. Na sua homilia oPadre Francisco, destacou opapel de São José enquantoguardião da Sagrada Família, daIgreja e da nossas famílias dehoje.Este grupo de Oração reúne-seàs primeiras quartas-feiras decada mês, na Capela do Bairro daEsperança. Poerão vir a juntar-seoutros elementos que queiramconhecer a espiritualidade destegrupo de oração, que tem em SãoJosé o seu Patrono Universal,rezar e celebrar a fé da Igreja.

Um pouco de históriaOs Devotos de São José são umgrupo de oração fundado for-malmente no dia 19 de Março de2017, dia da Solenidade de SãoJosé, esposo da Virgem Maria,padroeiro da Diocese de Beja epadroeiro da Igreja Universal,fruto da piedade popular paracom aquele a que se deu o títulode «o maior de todos os Santos».O Papa Pio IX, no dia 8 dedezembro de 1870, declarou oglorioso São José, Padroeiro daIgreja Católica. Através de De-creto da Congregação dos Sagra-dos Ritos, o Papa atendeu àsolicitação do episcopado domundo inteiro, então reunido noConcílio Vaticano I (08/12/1869 a20/10/1870), os quais rogaram ao

Grupo de oração dos Devotos deSão José celebrou o 2º Aniversário

Santo Padre que se dignasseconstituir São José Padroeiro daIgreja Católica.D. José do Patrocínio Dias tinhauma devoção muito especial aSão José. Por isso uma das suasgrandes obras, depois de entrarna Diocese, foi a Mansão de SãoJosé, uma casa para acolher ecuidar de senhoras idosas.A 2 de janeiro de 1967 o nossoArcebispo-Bispo Manuel dosSantos Rocha, depois de ouvidoo Cabido e os outros Sacerdotesda Diocese, em documento diri-gido ao Senhor Cardeal Perfeitoda Sagrada Congregação do Ritoescreve que “anuíram cordial-mente, para que seja escolhidocomo Padroeiro São José, Chefeda Sagrada Família, solicitointercessor dos moribundos,silencioso e bom trabalhador,admirável e imitável servo deDeus”.A resposta chegou à Dioceseatravés do Breve Pontifício doPapa Paulo VI, datado de 12 deJaneiro do mesmo mês: “Oscristãos de Beja dão prova destezelo piedoso. O prelado Dio-cesano, Venerável Irmão Manueldos Santos Rocha, tendo acei-tado o pedido do colégio Cano-nical da sua igreja catedral e detodo o clero a si confiado,nomeou padroeiro celeste dasua Diocese o Esposo da Bemaventurada Virgem Maria, insi-gne com o nome de Operário.E nos suplicou confirmássemosa nomeação. Atendendo com

maior agrado este desejo…CONFIRMAMOS, isto é, cons-tituímos novamente e decla-ramos SÃO JOSÉ OPERÁRIOE ESPOSO DA BEM AVENTU-RADA VIRGEM MARIA PA-DROEIRO PRINCIPAL JUNTODE DEUS DE TODA A DIO-CESE BEJENSE com as honrase privilégios litúrgicos devidosaos Padroeiros principais doslugares”.Após a receção do Breve do Papao nosso Bispo numa mensagemdatada de 14 de março escreve“E é também desejo muito vivodo Pastor Diocesano que os fiéisna oração individual, na oraçãode família, nas assembleias deevangelização sob qualquerforma ou de atos litúrgicos esobretudo em reuniões presi-didas pelo sacerdote – rezemfervorosamente SENHOR JESUS,SALVADOR DO MUNDO SAL-VAI-NOSSENHORA DA CONCEIÇÃO,PADROEIRA DE PORTUGAL,ROGAI POR NÓSSÃO JOSÉ, PADROEIRO DESTADIOCESE, ROGAI POR NÓS”Na primeira vez em que celebrouna Catedral a missa de São Josécomo Padroeiro Principal danossa Diocese Dom Manueldestacou na sua homília “Ele foichefe da família de que o Verbode Deus quis pertencer- chefecom todos os direitos, deveres eresponsabilidades e sacrifícios.Esteve por isso associado à obrada redenção…Virgem castíssimoSão José viveu unicamente parao serviço de Jesus e de Mariasendo por isso o modelo protetordas almas consagradas. Deve serinvocado como modelo de traba-lhador, não apenas dos que têmas mãos calosas mas também detodo aquele que realiza ação útilquer física quer intelectual,pois ele também era contem-plativo, sério e atento os valo-res superiores”.

JMGrupo devotos de São José

10 conselhos do Papa paraos jovens de todo o mundo

O Vaticano publicou, no dia 2, a exortação apostólica ‘Cristo Vive’, doPapa, que recolhe as conclusões da assembleia do Sínodo dos Bisposque decorreu em outubro de 2018, sobre a Igreja Católica e as novasgerações. Um texto em que Francisco entra em diálogo, muitas vezes,com os jovens de todo o mundo.

Tantos jovens, em muitas partes do Globo, têm saído para as ruas paramanifestar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovensna rua. São jovens que querem ser protagonistas da mudança. Porfavor, não deixeis que outros sejam os protagonistas da mudança.Sois vós que tendes o futuro.

A oração é um desafio e uma aventura. E que aventura! Permite que oconheçamos cada vez melhor, que entremos na sua densidade e quecresçamos numa união cada vez mais forte.

Tu tens de descobrir quem és e de desenvolver a tua forma própria deser santo, para lá daquilo que disserem e opinarem os demais. Chegara ser santo é chegar a ser mais plenamente tu próprio, a ser esse queDeus quis sonhar e criar, não uma fotocópia.

Procura, antes, esses espaços de calma e de silêncio que te permitamrefletir, orar, olhar melhor o mundo que te rodeia, e então sim, comJesus, poderás reconhecer qual é a tua vocação nesta terra.

Fazei barulho! Deitai fora os medos que vos paralisam, para que nãovos convertais em jovens mumificados. Vivei! Entregai-vos ao melhorda vida! Abri a porta da gaiola e saí a voar! Por favor, não vos reformeisantes de tempo.

Enquanto lutas para dar forma aos teus sonhos, vive plenamente ohoje, entrega-lhe tudo e enche cada momento de amor. Porque é verdadeque este dia da tua juventude pode ser o último, e então vale a penavivê-lo com toda a garra e com toda a profundidade possível.

A amizade não é uma relação fugaz ou passageira, mas estável, firme,fiel, que amadurece com o passar do tempo. É uma relação de afeto quenos faz sentir unidos e, ao mesmo tempo, é um amor generoso, que nosleva a procurar o bem do amigo.

O teu desenvolvimento espiritual manifesta-se, antes de mais,crescendo no amor fraterno, generoso, misericordioso (…). Oxalá vivascada vez mais esse «êxtase» que é sair de ti mesmo para procurar obem dos outros, até dar a vida.

Queridos jovens, não aceiteis que usem a vossa juventude parafomentar uma vida superficial, que confunde a beleza com a aparência.

O modelo de beleza é um modelo juvenil, mas estejamos atentos, porqueisso não é um elogio para os jovens. Significa apenas que os adultosquerem roubar a juventude para si, e não que respeitam, amam e cuidamdos jovens.

Papa FranciscoFonte: Ecclesia