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Boletim 343 | 25 de julho de 2016 | www.assibge.org.br Entenda as consequências do PLP 257 e da PEC 241 Interventor do “mercado” preside o IBGE PÁGINA 3 Carreira esbarra em projeto do governo PÁGINA 3 PÁGINAS 4 e 5 IBGE amplia trabalho temporário LEIA NA PÁGINA 6 A eleição de Rodrigo Maia para a Presi- dência da Câmara dos Deputados repre- sentou um novo pacto entre forças políti- cas no Brasil. Depois do golpe institucio- nal que colocou na Presidência o biônico Michel Temer, foi a vez de arrumar a casa no parlamento. Partidos de direita e outros que se di- zem de esquerda se uniram no segundo turno para entregar a condução da Câma- ra a Maia. É verdade que derrotaram Eduardo Cunha, mas a que preço? Maia era o candidato de Temer e já avisou que vai colocar na pauta os projetos mais im- portantes para o governo golpista. Coincidentemente, são aqueles que mais agradam ao grande empresariado e ao sistema financeiro, como o fim da participação obrigatória da Petrobras na exploração de Petróleo, mudanças nas regras para a aposentadoria, con- gelamento de recursos para os serviços públicos e de salários para o funciona- lismo, além da privatização de empre- sas estatais e estaduais. Os maiores partidos políticos estão preocupados com sua sobrevivência, com as eleições municipais de 2016 e as presi- denciais de 2018. Só quem tem a perder, caso Temer continue no governo, são os trabalhadores e o povo. Temer não tem qualquer pretensão na política e quer usar o que resta deste man- dato para fazer em dois anos o que as eli- tes não se conseguiram em décadas: aca- bar com o que restou do Estado brasilei- ro e de direitos sociais e trabalhistas. Não é hora de "farinha pouca meu pi- rão primeiro", até porque a farinha pode acabar. Cabe aos servidores do IBGE e de todos os órgãos públicos e empresas es- tatais, se somarem aos demais trabalha- dores e ao povo na resistência para bar- rar as medidas que virão. E isso só se faz com unidade e luta, aqui e agora. GOVERNO TEMER TRAMA CONTRA O SETOR PÚBLICO Projetos em tramitação no Congresso Nacional atacam direitos dos servidores e ameaçam destruir o que resta do Estado brasileiro ASSIBGE-SN cobra reuniões com IBGE e Planejamento A ASSIBGE-SN protocolou ofícios junto ao Ministério do Planejamento e a Direção do IBGE, solicitando reuniões para discutir a reestruturação do Plano de Carreira, além de outros pontos de interesse da categoria. É fundamental a instalação imediata do Grupo de Trabalho tripartite, para que a proposta discutida entre Sindicato e IBGE seja transformada em Projeto de Lei e passe a vigorara o mais rápido possível. Da mesma forma, a ASSIBGE-SN pediu reunião com o Ministério do Trabalho, com o intuito de cobrar o fim da realização de processos seletivos simplificados para a contratação de mão de obra temporária e a realização de concursos públicos que preencham as vagas do quadro de pessoal no IBGE. A LUTA É AQUI E AGORA Confira os ofícios na página 5

4 e 5 Entenda as consequências do PLP 257 e da PEC 241 ... · mento do acordo salarial. Afinal, quem não tem dívidas e planos para sua vida? Alguns colegas chegam a pensar e até

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Page 1: 4 e 5 Entenda as consequências do PLP 257 e da PEC 241 ... · mento do acordo salarial. Afinal, quem não tem dívidas e planos para sua vida? Alguns colegas chegam a pensar e até

Boletim 343 | 25 de julho de 2016 | www.assibge.org.br

Entenda as consequências do PLP 257 e da PEC 241

Interventor do“mercado”

preside o IBGE

PÁGINA

3Carreira esbarra

em projeto dogoverno

PÁGINA

3

PÁGINAS

4 e 5

IBGE ampliatrabalho

temporário

LEIA NAPÁGINA

6

A eleição de Rodrigo Maia para a Presi-dência da Câmara dos Deputados repre-sentou um novo pacto entre forças políti-cas no Brasil. Depois do golpe institucio-nal que colocou na Presidência o biônicoMichel Temer, foi a vez de arrumar a casano parlamento.

Partidos de direita e outros que se di-zem de esquerda se uniram no segundoturno para entregar a condução da Câma-ra a Maia. É verdade que derrotaramEduardo Cunha, mas a que preço? Maiaera o candidato de Temer e já avisou quevai colocar na pauta os projetos mais im-portantes para o governo golpista.

Coincidentemente, são aqueles quemais agradam ao grande empresariadoe ao sistema financeiro, como o fim daparticipação obrigatória da Petrobrasna exploração de Petróleo, mudançasnas regras para a aposentadoria, con-gelamento de recursos para os serviçospúblicos e de salários para o funciona-lismo, além da privatização de empre-sas estatais e estaduais.

Os maiores partidos políticos estãopreocupados com sua sobrevivência, comas eleições municipais de 2016 e as presi-denciais de 2018. Só quem tem a perder,caso Temer continue no governo, são ostrabalhadores e o povo.

Temer não tem qualquer pretensão napolítica e quer usar o que resta deste man-dato para fazer em dois anos o que as eli-tes não se conseguiram em décadas: aca-bar com o que restou do Estado brasilei-ro e de direitos sociais e trabalhistas.

Não é hora de "farinha pouca meu pi-rão primeiro", até porque a farinha podeacabar. Cabe aos servidores do IBGE e detodos os órgãos públicos e empresas es-tatais, se somarem aos demais trabalha-dores e ao povo na resistência para bar-rar as medidas que virão. E isso só se fazcom unidade e luta, aqui e agora.

GOVERNO TEMER TRAMACONTRA O SETOR PÚBLICO

Projetos em tramitação no Congresso Nacionalatacam direitos dos servidores e ameaçam destruir

o que resta do Estado brasileiro

ASSIBGE-SN cobra reuniõescom IBGE e PlanejamentoA ASSIBGE-SN protocolou ofícios junto ao Ministério do Planejamento e aDireção do IBGE, solicitando reuniões para discutir a reestruturação do Planode Carreira, além de outros pontos de interesse da categoria. É fundamentala instalação imediata do Grupo de Trabalho tripartite, para que a propostadiscutida entre Sindicato e IBGE seja transformada em Projeto de Lei e passea vigorara o mais rápido possível. Da mesma forma, a ASSIBGE-SN pediureunião com o Ministério do Trabalho, com o intuito de cobrar o fim darealização de processos seletivos simplificados para a contrataçãode mão de obra temporária e a realização de concursos públicosque preencham as vagas do quadro de pessoal no IBGE.

A LUTA É AQUIE AGORA

Confiraos ofícios na

página 5

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2__Jogo Rápido | 25 de julho de 2016 | www.assibge.org.br

Em tempos difíceis é comum muitos ibgeanos procura-rem o Sindicato para saber das ações judiciais ou do anda-mento do acordo salarial. Afinal, quem não tem dívidas eplanos para sua vida? Alguns colegas chegam a pensar eaté a repetir que "o sindicato não faz nada".

Geralmente os que mais criticam são justamente osque menos se dispõem a participar e a doar seu tempopara as causas comuns. Alguns até se desfiliam do sindica-to, achando que não precisam dele.

O Sindicato não tem varinha de condão e nem os pa-trões ou o governo estão dispostos a atender aos traba-lhadores. A Justiça, por sua vez, não tem pressa para nós.Portanto, a solução não é individual, mas coletiva.

Enquanto alguns colegas questionam a situação salari-al ou o andamento do Plano de Carreira – reivindicaçõesmais do que justas de nossa categoria –, não percebem operigo que se aproxima, muito mais grave para a socieda-de, o serviço público e o funcionalismo (Leia artigos daspáginas 4 e 5).

É o caso do PL 257, que o governo Temer pretendeaprovar em troca de um alívio momentâneo das dívidasdos estados. Se aprovado, ele vai representar a privatiza-ção de empresas estaduais, atacar direitos dos servidorese contingenciar despesas.

Já a PEC 241 propõe o congelamento das despesas dogoverno por vinte anos, proíbe a contratação de novosservidores e a realização de concursos públicos, acabandocom a obrigatoriedade constitucional de gastos mínimoscom as áreas sociais, como a Educação e a saúde.

O que hoje assombra os servidores do Rio de Janeiro ede alguns estados pode se tornar regra para todo o funci-onalismo, com o endurecimento das exigências para a apo-sentadoria, o congelamento de salários, o fim da estabili-dade, o atraso e parcelamento de pagamentos e suspen-são do crédito consignado.

Não é possível pensar no próprio umbigo, no momen-to em que o que está em jogo é a sobrevivência do Estadobrasileiro, dos serviços públicos e das empresas estatais.

É HORA DEPENSAR GRANDE

Cerca de cinquenta companheiros reintegrados compareceramà reunião de 14 de junho, no Rio, convocada pela ASSIBGE-SNpara tratar da Ação ajuizada pelo Sindicato, que cobra valoresdevidos e não pagos, em função do período em que estiveramafastados do IBGE.

Na ocasião o Departamento Jurídico da ASSIBGE-SN esclareceuque no processo cabe o cumprimento da decisão através da execu-ção que já está em curso, obedecendo-se as regras previstas noCódigo de Processo Civil e no Regimento Interno do Superior Tribu-nal de Justiça.

No caso específico do Mandado de Segurança 7993, o processotramita normalmente e a demora, como ocorre em qualquer deman-da em que o Poder Público é instado, decorre das regras protetivas àFazenda Pública e ao Tesouro Nacional, além da amplamente notici-ada sobrecarga de processos aguardando julgamentos.

No dia 4 de abril deste ano, o Ministro Relator da Execução de-terminou o envio do processo para a Contadoria Judicial, para aelaboração do parecer sobre os valores corretos, observando-setambém os descontos previdenciários a serem efetivados, para jul-gamento. Tão logo seja decidido, a União Federal, através de pre-catório, como determina a Constituição da República de 1988, pa-gará os valores devidos, já descontados os valores a título de con-tribuição para a seguridade. O IBGE, com base nos dados, efetiva-rá a contagem de tempo de serviço e contribuição.

Assim, estará garantida a contribuição para custeio do Plano deSeguridade Social do Servidor no período de outubro de 2001 a agostode 2007, data do retorno dos demitidos do governo Collor.

No cumprimento integral da decisão através do pagamento dosatrasados, será computada também a contribuição para efeitos deaposentadoria, no período mencionado e assim, quando o julga-

dor decidir pelos valores a serem pagos, decidirá tam-bém pelo desconto previdenciário já embutido noscálculos, que servirão para comprovação do recolhi-mento das contribuições ao Plano de seguridade doservidor público.

Os efeitos práticos dessas informações se desdo-brarão na concessão das aposentadorias destes servi-dores que já tiverem tempo e contribuição suficientes,além do pagamento dos retroativos de abono de per-manência e revisão das aposentadorias para maiordaqueles servidores que já tiverem sido aposentados.

Ação quer rever perdas dosdemitidos do governo Collor

Jurídico informa

Contato com o Departamento JurídicoTelefone: 21 3575-5761

PLANTÕES JURÍDICOSAdvogados: segundas, terças e quintas das 15h às

17h | Estagiária: diariamente das 10h às 12h

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3__Jogo Rápido | 25 de julho de 2016 | www.assibge.org.br

Quase dois meses se passaram do anúncio dePaulo Rabello de Castro para a Presidência do IBGE.Mas parece que Castro não veio para tocar a Casaem seu dia a dia e está mais preocupado com oshumores do "mercado".

Suas primeiras movimentações são no sentidode fazer um reconhecimento do terreno, realizan-do reuniões aqui e acolá com as chefias. Enquantoisso, seu nome continua citado como "diretor-pre-sidente da SR Ratting, primeira empresa brasileirade classificação de risco de crédito", ao mesmotempo em que ocupa o posto de Presidente doIBGE, de acordo com o sítio do Instituto Milleniumna internet (www.institutomillenium.org.br.).

Entusiasta do livre mercado e do Estado míni-mo, o nome de Rabello de Castro não enfrentouapenas a resistência da ASSIBGE-SN, mas tambéma condenação de colegas do Ibama, ICMBio, SBF,MMA e do Conselho Federal de Economia, alémde acadêmicos de diversas áreas.

Em manifesto assinado por cerca de cem pro-fessores e acadêmicos, publicado recentemente, ossignatários ressaltam que "O indicado, amigo do pre-sidente interino, é vinculado a interesses privados,em especial do mercado financeiro. Trata-se de di-retor presidente da SR Rating e fundador da RC Con-sultores, empresas de consultoria financeira que ela-boram projeções que são vendidas no mercado, uti-lizando, dentre outros, dados do IBGE."

O Sindicato tem insistido que essa situação con-figura conflito de interesses, o que é vedado pelaLei Nº 12.813, de 16 de maio 2013. No entanto, anomeação de Castro não impede que a ExecutivaNacional da ASSIBGE-SN cumpra sua função de con-tinuar cobrando as reivindicações da categoria daDireção do IBGE . Entre elas, a eleição direta doPresidente, do Conselho Diretor, das chefias regio-nais e de departamentos.

Temer nomeiainterventor do"mercado" parapresidir IBGE

Carreira esbarra em projetosdo governo Temer

O reajuste salarial do funciona-lismo federal, que passa a vigorara partir de agosto deste ano, nãoé parte de nenhuma bondade dogoverno Temer, é fruto da campa-nha salarial unificada de 2015.

Foi com mobilização, parali-sações e greves em algumas ca-tegorias que se chegou aos rea-justes. No entanto, os novos va-lores não repõem as perdas pas-sadas, sequer a inflação de 2016e as projeções inflacionárias dospróximos anos.

Algumas categorias aceitaram aincorporação da Gratificação de

Correr atrás das perdas salariaisé e continuará sendo uma obriga-ção do sindicato, mas a luta por umPlano de Carreira pode amenizaras perdas, na medida em que ga-ranta a progressão e a promoçãodo servidor ao longo se sua vidafuncional.

No entanto, o compromisso dogoverno Temer é com a rapinagemde recursos públicos, carreando omáximo do Orçamento da Uniãopara o pagamento de juros da dí-vida pública aos credores do país.

Por este motivo, o governoacena com projetos que podeminviabilizar qualquer reorganiza-ção das carreiras do funcionalis-

Reajuste salarial é resultadoda Campanha Salarial de 2015

LEIA A ÍNTEGRA DO MANIFESTO: www.assibge.org.br

Manifestação de repúdio à nomeação de Rabello de Castro,na Sede do IBGE, no Rio

Desempenho parcelada nos próxi-mos anos, permitindo a exclusãodeste direito para os que se aposen-taram antes de 2004. A ASSIBGE-SNdecidiu, nas assembléias de todo opaís, por não excluir do acordo ne-nhum setor da nossa categoria eapostar num compromisso de incor-poração desses valores para todos nanova carreira funcional.

No caso dos servidores do IBGE,teremos 10,78% de reajuste, par-celados em agosto de 2016 (5,5%)e janeiro de 2017 (5%). Só em 2015a inflação atingiu 10,67% e para2016 a projeção é de 7,2%.

mo. Se aprovada, a PEC 241/16 ga-rantirá que o governo federal ces-se a realização de novos concursospúblicos, impeça a concessão de re-ajustes salariais ao funcionalismopúblico, proíba a alteração da es-trutura de carreiras ou criação decargos que impliquem aumento dedespesa.

A luta do funcionalismo e dosservidores do IBGE pela reestrutu-ração das carreiras funcionais noserviço público passa pelo enfren-tamento e retirada da PEC 241/16da pauta do Congresso Nacional. Seela for aprovada, todo o esforçoque fizemos até aqui poderá ir porágua abaixo.

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O IBGE anunciou para este anoa realização de novo processoseletivo simplificado para a con-tratação de 7.500 servidorestemporários.

De janeiro de 2008 a abril de2016 o número de temporáriosno IBGE saltou de 2.179 para5.634. De acordo com os dadosmais recentes, o IBGE possui cer-ca de 5.300 servidores do qua-dro de pessoal, um terço em con-dições de se aposentar. Em con-trapartida já são 5.600 servido-res temporários, contratadospela Lei 8745/93.

Entre outros aspectos estamesma lei determina que a utili-zação de mão de obra temporá-ria no serviço público só se justi-fica "para atender à necessida-de temporária de excepcionalinteresse público". No entanto,os temporários estão presentesem praticamente todas as pes-quisas contínuas do IBGE, juntocom estagiários e terceirizados.

Quem confirma isso é o pró-prio diretor de RH do IBGE. Ementrevista ao jornal Folha Dirigi-da (junho/2016), Bruno Malhei-ros reconheceu que "Esses fun-cionários temporários (...) atuamem todas as pesquisas, nos maisde 580 municípios em que o Ins-tituto está presente".

Enquanto aposta na contra-tação em massa de temporários

Novo processo seletivopara 7.500 mil temporários

Mais uma leva de trabalhadores a engrossar a massa deprecarizados, utilizados em todas as áreas do Instituto.

PRECARIZAÇÃO

DO IBGE

Os aprovados do concurso de 2016 têm solicitadonotícias do Sindicato em relação à posse, visto que oanúncio do concurso incluía a perspectiva de integra-ção dos aprovados aos quadros do IBGE ainda este ano.

É preciso lembrar que este concurso foi fruto demuita pressão da categoria, através da ASSIBGE-SN, naluta pelo fim do trabalho temporário e a recuperaçãodo quadro de pessoal do IBGE. São cerca de 600 vagasa serem preenchidas, em sua maioria nas agências detodo o país e na Sede/RJ.

Tendo em vista que o concurso foi realizado em abril,a ASSIBGE-SN incluiu este ponto na pauta de solicitaçãode reunião com o Ministério do Planejamento, entre-gue na quarta-feira, 13 de julho, em Brasília. Cabe res-saltar que a efetivação de concursados passa por umasérie de trâmites legais a serem cumpridos.

Assim que houver alguma novidade a respeito, o Sin-dicato informará pelos seus canais de comunicação. Fi-quem atentos, acompanhem e divulguem aos colegas.

ASSIBGE-SN cobra dogoverno convocação deconcursados de 2016

CONCURSO 2016

6__Jogo Rápido | 25 de julho de 2016 | www.assibge.org.br

com pouca formação e baixa re-muneração (salários de R$1.250,00), o IBGE não repõe se-quer o número de efetivos quese aposenta anualmente. Nomais recente concurso foramaprovados cerca de 600 novosservidores, ainda sem previsãode quando serão nomeados. Sóem 2015, 357 servidores doquadro se aposentaram. Nosprimeiros sete meses de 2016foram 349 aposentadorias.

O Sindicato já notificou o Mi-nistério Público sobre esta situ-ação, demonstrando que a ex-cepcionalidade e a temporalida-de viraram regra no IBGE. Aguar-damos um posicionamento daJustiça a este respeito.

PRECARIZAÇÃO AVANÇATRABALHADORES TEMPORÁRIOS NO IBGE:

• Em 2008 — 2.179• Em abril de 2016 — 5.634• 5.600 temporários, contratados pela Lei 8745/93

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Num esforço de reflexão sobre o destino do país, a ASSI-BGE-SN está promovendo a série de debates "Que conjun-tura é essa?", com convidados que ajudem os ibgeanos adesvendar o que nos espera diante da crise e do governointerino de Michel Temer.A primeira inciativa aconteceu dia 1 de julho, no auditóriodo Sindicato, no Rio, com a participação da filósofa e es-critora Márcia Tiburi e com o economista e radialista Pau-lo Passarinho.Um resumo das intervenções dos convidados está no Por-tal do Sindicato na internet (www.assibge.org.br).A ideia é realizar outros debates e estimular sua repro-dução pelos núcleos sindicais da ASSIBGE-SN em todoo país, o que já começou no Rio e em outros estados.

Foi no dia 30 de junho e contou com cerca de 80 colegas,que aderiram com entusiasmo à atividade promovida pelaSecretaria de Aposentados e Pensionistas da ASSIBGE-SN.Além das tradicionais comidinhas típicas, a festa contou commúsica ao vivo e a dança de quadrilha. O salão do Sindicatoficou pequeno para tanta animação!Contatos com a Secretaria: (21) 3575-5765/5769

ASSIBGE-SN promovesérie de debates"QUE CONJUNTURA É ESSA?"

Aposentados realizaramfesta junina no Rio

RECADASTRAMENTO ICATU SEGUROSA ICATU Seguros, através da Riosul Vida Seguros, está fazendocontato com os segurados da apólice da ASSIBGE-SN para efeitos derecadastramento ou confirmação de desligamento do seguro.Entretanto, em alguns casos, tem sido difícil encontrar os segurados.Por essa razão, solicitamos às coordenações de núcleos, maisespecificamente, AL, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MS, MT, PA, PE, PR,RJ, RS, SC, SE e SP, que atualizem os endereços dos segurados eretornem a informação à Executiva Nacional. Precisamos do apoiodas coordenações para garantir o contato entre a seguradora e osegurado, resguardando-o de prejuízos que porventura possamocorrer, decorrentes do não recadastramento.

RIOSUL VIDA SEGUROSATENDIMENTO A SEGURADOS - RS:Rua Riachuelo, 1098/1101 - Centro - Porto AlegreTel: (51) 3226-8111

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: DANIELE CARDOSO - [email protected]

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Geral: [email protected]: [email protected]: [email protected]

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UNIODONTO INFORMASocilitamos aos ibegeanos associados ao plano odontológico queanotem todas as formas de entrar em contato com a Uniodonto Rio:Av. Passos, 120 / 11º Andar | Centro - Rio de Janeiro• INFORMAÇÕES: Tel: (21) 2195-0200• CADASTRO: Atualizar Cadastro de Beneficiários (inclusões,exclusões, correções de dados e solicitações de 2 ª via de carteiras).Tel: (21) 2195-0240 / 2195-0243email: [email protected]• FINANCEIRO: Realizar negociações de débitos e solicitações deboletos. Tel.: (21) 2195-0220email:[email protected]

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Jogo Rápido • Boletim Informativo da ASSIBGE-SN | Sede: Av. Presidente Wilson, 210 - 8º andar - Castelo - Rio de Janeiro/RJ | CEP 20030-021www.assibge.org.br | [email protected] | Jornalista responsável: Henrique Acker (MTb 17.635) | Diagramação/arte: Juarez Quirino

A "miscigenaçãoda raça" semprefoi o argumentodos que não queremadmitir o graude discriminaçãoe preconceitoque perpassama sociedade brasileiraem seus pouco maisde 500 anos deexistência.

Muitos historiadores contemporâneosatribuem essa "miscigenação" não a uma

pretensa democracia racial, mas ao contrá-rio, à prática do estupro do colonizado e do

escravizado pelo colonizador.

É nas relações concretas do dia a dia que se constatacomo as diferenças étnicas, de gênero e orientaçãosexual são tratadas no Brasil. A violência contra as cha-madas "minorias", que fogem ao esteriótipo do "ho-

mem branco e de boa família" é patente e assusta.

O Brasil é um dos países em que mais se agride e matahomossexuais, onde a cor da pele e a condição social são

determinantes para o assassinato de jovens e em que mu-lheres são espancadas, violentadas e mortas por seus companhei-

ros e ex-companheiros.

Essa é uma das heranças do colonialismo, que se impôs de cima a baixo dasociedade brasileira e que ainda está mais presente do que nunca. Afinal, é

sempre bom lembrar, faz pouco mais de um século que abolimos a escravidão.

Na verdade o Brasil ainda não se aceita como país de maioria negra e as elitesdominantes se impõem por práticas violentas em todos os setores. A transição da

sociedade colonial para o Império e a República se deu sem a participação popular,sempre como um projeto executado de cima para baixo. A violência do Estado também estápresente. De acordo com organismos internacionais temos a polícia que mais mata no mun-do, de preferência jovens negros de periferias e favelas.

A luta contra todo tipo de discriminação não pode esperar. Ela tem se manifestado nos últi-mos anos de inúmeras maneiras, seja com as marchas do orgulho gay e dos movimentosnegros e de mulheres, ou mesmo com o escracho público de políticos e personalidades queexpressam opiniões eivadas de preconceitos.

A aceitação das diferenças como algo natural pela humanidade é um processo que en-volve a luta por uma sociedade nova, que ofereça a todos as oportunidades e o reconhe-cimento de suas potencialidades. Ela começa em casa, mas se estende por todos os es-paços, como a escola pública e os meios de comunicação. E avança também com políti-cas públicas de reparação histórica das desigualdades.

BRASIL: O MITO DA DEMOCRACIAMISCIGENADA

REALIDADE EM NÚMEROS• 13 mulheres assassinadas por dia no Brasil (SIM - 2014). De acordo coma Central 180, de 52.957 denunciantes em 2014, em 80% dos casos osagressores tinham laços afetivos com a vítima | • De 2004 a 2014 foramregistradas 20.418 mortes em confrontos com a polícia (Anuário Estatísticode Segurança Pública) | • 289.806 jovens entre 15 e 29 anos - 98,3% dosexo masculino - foram vítimas de homicidios no Brasil entre 2004 e 2014(Ministério da Saúde) | • Para cada indivíduo não negro assassinado em2014, 2,4 negros foram assassinados no Brasil (IBGE) | • 326 homossexuaisassassinados no Brasil em 2014 e 318 em 2015 (Relatório anual sobre oassassinato de homossexuais - Grupo Gay da Bahia)