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CURSO PRÁTICO DE VIOLÃO E RITMOS

Chegou a hora de ter o primeiro grande encontro com o violão. Se você é um iniciante e denada tem noção, não se intimide! Pegue seu violão como se fosse um amigo, olhe bem suas partes,

 posicione-o e pratique este exercício cuidadosamente, pois, de agora em diante, você vai aprender de verdade e executá-lo com toda a beleza. Se até agora você só deu pancadas no seu instrumento,

desde já, começará uma intimidade infinita com ele.

Exercício para o ouvido

O ouvido devidamente treinado compreende bem a relação grave-agudo e reconhece atonalidade das notas e acordes. É o que se diz; “Tirar uma música de ouvido”. Vamos exercitar essa técnica:

Toque qualquer nota do violão e escute bem sua tonalidade. Agora, toque uma nota igual a essaem outra corda e compare sua semelhança.Toque essa mesma nota seguidamente e depois seus vizinhos anterior e posterior, comparando astonalidades. Descubra quem é mais grave e quem é mais agudo.Sem olhar a escala nem fazendo contas, procure em cada corda as notas iguais a essa nota.Compare outras notas no mesmo esquema.Qual a nota mais grave no violão? E a mais aguda?

 Não se canse de praticar esses exercícios. Eles ajudarão com os próximos e apressarão seusucesso.

Melodia

É uma seqüência de notas que reproduz a parte expressa da música. A parte expressa é a parte cantada da música. Imagine qualquer música e repare que a voz faz variação de tonalidade; baixo e alto fino e grosso. É a relação grave-agudo. Geralmente, cada sílaba cantada é uma nota equando alteramos a voz, estaremos alterando a nota. Vejamos um exemplo de uma música quetodos conhecem e certamente já cantamos. Cante e compare a variação da tonalidade da voz:

“Parabéns pra você, nessa data querida...”.

Veja o gráfico da voz:AGUDO

QUE -VO - RI - DACÊ

BENS DA -

PA - RA - PRA NES - SA TA

GRAVE

Como já dissemos, a variação da voz também altera a nota. Analisando esse verso acima, notamosque as duas primeiras sílabas PA e RA permaneceram na mesma altura, o que implica que sãoduas notas iguais. A seguinte, (BENS), sofre uma alteração para mais alta (aguda), logo a notasobe. Também desse modo, as notas sobem e descem conforme a voz. Esse é o sentido da música;a variação de tonalidades pela relação grave-agudo.

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O ouvido deve ser bem treinado para diferenciar as notas. Para ter a prova dessa relação, cante este mesmo verso dentro da mesma nota. Horrível, não?Ciframos uma nota qualquer do violão com dois números; o primeiro indica a corda usada e osegundo representa a casa dessa corda. Pode ainda ter um outro número elevado (sobrescrito)apontando o dedo usado.

Para apertar essa nota. Veja o quadro abaixo:

Acompanhamento

Chamamos de acompanhamento o fundo musical que envolve a melodia. São os ACORDESque fazem esse acompanhamento. Podemos dizer que a melodia é a parte cantada e oacompanhamento o resto do som de uma música. Estudaremos sobre isso no próximo capítulo.

Cifragem da melodia

O método de partitura é o modelo perfeito da representação musical. Contudo, usaremos umsistema simplificado para facilitar.

 Dedo (3)

Nota D (Ré)233

Corda (2a) Casa (3a)

 

 Nota D (Ré)

Desta forma, podemos cifrar uma melodia de uma música considerando cada nota por umasílaba ativa, ou seja, uma sílaba cantada. Observando ainda que uma sílaba ativa pode ter duassílabas dentro de apenas uma nota.Vamos executar uma melodia? Como primeira experiênciaescolhemos uma música fácil e bem conhecida de todos; “Para não dizer que não falei das flores”(Caminhando e cantando) de Geraldo Vandré).Antes de tudo, cante-a e compare a variação de tonalidades pela relação grave-agudo. Durante a

execução, usaremos as casas 2, 3, 4 e 5. Estabelecemos que cada dedo esquerdo ficaráresponsável por uma determinada casa. Então, mantenha-os na posição delas. Os dedos para ascasas são:

CASA 5 4 3 2 1

DEDO 4 3 2 1

1a ESTROFE:421 421 34 3 321 454 321 454 443 321 454 443 454“CA – MI – NHAN – DO E CAN – TAN – DO E SE – GUIN – DO A CAN – ÇÃO

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421 421 343 321 454 321 443 443 321 454 443 454SO – MOS TO – DOS I – GUAIS BRA – ÇOS DA – DOS OU NÃO

421 421 454 443 421 443 421 554 443 421 554 421 NAS ES – CO – LAS NAS RU – AS CAM – POS CONS – TRU – ÇÕES

421 421 454 443 454 443 421 554 443 42 1 554 421

CA – MI – NHAN – DO E CAN – TAN – DO E SE – GUIN – DO A CAN – ÇÃO

REFRÃO:

343 343 354 343 343 321 321 321 454 44 421 554 42A-VEM VA – MOS EM – BO – RA QUE ES – PE – RAR NÃO É SA – BER 

454 454 454 321 454 454 443 443 443 454 443 443 443 343QUEM SA – BE FAZ A HO – RA NÃO ES – PE – RA A – CON – TE – CER 

254 343 343 343 232 321 321 321 343 321 321 454 454

VEM VA – MOS EM – BO – RA QUE ES – PE – RAR NÃO - É SA – BER 

343 343 343 321 454 454 443 443 443 454 443 421 554 421QUEM SA – BE FAZ A HO – RA NÃO ES – PE – RA A – COM – TE – CER.

Repare que em alguns casos, há junção de duas sílabas em uma só nota, quer dizer, duas sílabasnuma só sílaba ativa, pois são cantadas juntas.

Ex. “Ca-mi-nha-do e can-tan-do e ..’’ .

As demais estrofes dessa música seguem a mesma cifragem dessa 1a mostrada aqui. Confira toda aletra dessa música no nosso repertório. Vale destacar o valor histórico que tem essa canção, o

 belíssimo cunho intelectual da letra e a simplicidade da harmonia que a torna lindíssima. Ótimaindicação para eventos culturais.

Valor das seqüências de notas

Uma coisa que devemos considerar é o valor das seqüências das notas. Já dissemos que a escala dasnotas é contínua, quer dizer, ao fim de uma, reinicia-se outra com as mesmas notas.

Exemplo; ...D D#/Eb E F F#/Gb G G#/Ab A A#/Bb B C C#/Db D D#/Eb ...

Assim, teremos várias notas iguais, como D no exemplo acima. Mas, entre um D e outro, tem umadiferença de tonalidade também, onde o primeiro é mais grave e o segundo é mais agudo. O som ésemelhante porque são a mesma nota D, entretanto o grau de tonalidade é diferente. Na melodia queacabamos de conferir, temos duas notas iguais aplicadas em duas seqüências diferentes. Temos um Ena cifra 421 e outro em 254 (veja na música “Caminhando e cantando”) . Nem um E poderia ser usado no lugar do outro porque devem obedecer ao valor das seqüências a quem pertencem. Pois o

 primeiro é mais grave e o segundo mais agudo. Por isso, devemos reconhecer a ordem das seqüênciasde notas no violão, a começar pela nota mais grave E da 6a corda solta (60). Esta podemos dizer ser oE1, ou o E da seqüência 1. O próximo será o E2 .Essa seqüência na corda 6 vai até A (LÁ) na casa 5.À partir daí, a seqüência continua na 5a corda solta (A) que tem o mesmo valor de A na casa 65.

Então, todas as notas depois de A (65) tem os valores iguais às que continuam depois de A da 5a cordasolta (50).Por exemplo, B (67) é o mesmo de B (52). Na corda 5 essa seqüência vai até D (55) e seiguala com D da 4a- corda solta. Na Quarta corda, a seqüência segue até G (45) e continua na corda 3

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solta (G) que vai até B (34) para seguir igual a B da 2a corda solta que prossegue até E (25) onde secompara com a 1a corda solta (E) até a última nota desta. Veja o quadro demonstrativo dos valores das seqüências de notas:

Notas

E1 F1 G1 A1 B1 C1 D1 E2 F2 G2 A2 B2 C2 D2 E3 F3 G3 A3 B3 C3 D3 E40 1 3 5 7 8 10 12 (Casas da 6a corda)

0 2 3 5 7 8 10 12 (5a corda)0 2 3 5 7 9 10 12 (4a corda)

(3a corda) 0 2 4 5 7 9 10 12(2a corda) 0 1 3 5 6 8 10 12(1a corda) 0 1 3 5 7 8 10 12

OBSERVAÇÕES:

 Na escala acima, não citamos os meios-tons (sustenido e bemol), mas subentende-se a presença deles

entre as notas comuns. Ex. Entre F1 (61) e G1 (63), é notável que o meio-tom entre eles (F#/Gb)estejam na casa 2 da corda 6 (62). A nota E1 é a mais grave do violão.Podemos localizá-la na casa 60 (Corda 6 solta). E2 é mais aguda que E1, pois, já faz parte de outraseqüência. Encontramos E2 em três casas diferentes e com o mesmo valor da seqüência; 612 (corda 6e casa 12), 57 e 42.

 No quadro acima, ciframos cada corda até a casa 12, mas podemos tocar suas casas posteriores, muitoembora, o indicado é tocar na corda abaixo uma vez que as notas são iguais.Por exemplo, ao contrário de usar a casa 13 da 6a corda (F2), usamos a nota 58 (Casa 8 da 5a corda)ou ainda 43 (3a casa da corda 4). Já na 1a corda, é natural usar todas as casas.Quando for tocar uma melodia, evite tocar cordas soltas e substitua a nota por uma semelhante.

Exemplo, ao contrário de tocar a nota 20, use a 34 (ambas são B).

Exercício prático

Você já deve ter treinado bastante os exercícios do capítulo anterior, como também a melodiadeste. Apenas depois disto, comece esta nova etapa.Procurando uma melodia

Escolha uma música qualquer que conheça bem e procure as notas de sua melodia. Vá tocandoe anotando as notas pelo sistema de cifragem de melodia. Não se aprece, mas seja perseverante. Use atécnica do ouvido para saber quando a nota sobe ou baixa.

Complete a cifragem

Depois de fazer o exercício anterior, inicie a trabalhar este. A tarefa é a seguinte; complete aslacunas com as notas restantes da melodia de música abaixo. Usamos as casas 2, 3, 4 e 5 para osrespectivos dedos 1, 2, 3, e 4.

ASA BRANCA Luiz Gonzaga

454 231 343 __ __ 343 __ __ QUAN – DO O – LHEI A TER – RA AR – DEN - DO

__ __ __ 232 __ __ 343QUAL FO – GUEI – RA DE SÃO JOÃO__ __ __ 343 __ 232 __ __ __ 354EU PER – GUN – TE - EI Ó DEUS DO CÉU UAI

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__ __ __ 321 __ __ __ 454 __ POR QUE TA – MA – NHA JU – DIA –A –ÇÃO454 __ __ __ 232 __ __ __ 454 __ EU PER – GUN – TE - EI Ó DEUS DO CÉU UAI354 __ 321 __ __ 321 __ __ 454

POR QUE TA – MA – NHA JU – DIA –A –ÇÃO

OBS: Note que algumas sílabas ativas contêm duas sílabas unidas numa só nota.

Ex. “...A TER – RA AR – DEN –DO.. .”Em outro caso, a mesma sílaba foi ressoada duas vezes com notas diferentes para cada ocorrência.

 Ex. “ ...EU PER – GUN TE – EI – A DEUS... .”

Faça a sua pesquisa e escreva melodias de músicas de sua preferência.. Uma boa dica é procurar  por canções instrumentais. A habilidade em tocar melodia desenvolve o aprendizado com rapidez.

Divisão dos acordes

Basicamente, os acordes se dividem em duas categorias:

Acordes naturais – Também chamados de ACORDES PERFEITOS. Formados pela união de trêsnotas básicas. Ex. C (Dó maior), Cm (Dó menor).

Acordes dissonantes – 

São os acordes com deformação. Na verdade, são acordes naturais que receberam uma ou maisnotas além das três notas básicas para fazer uma pequena alteração na sua tonalidade, dando umefeito especial ao acorde. Ex. C7, Cm7, F#m7/5-.FORMAMOS OS ACORDES MAIORES com as notas 1, 3 e 5 da escala de cada acorde.Supomos que para formar o acorde C (Dó maior) usaremos a 1a, 3a e a 5a nota da sua escala(escala de C).

Obteremos as seguintes notas:

ACORDE 1 2 3 4 5 6 7 8C C D E F G A G C

Podemos dizer então que, formamos o acorde C com a união das notas C, E e G. Destemesmo procedimento formamos todos os acordes maiores; selecionando as notas 1, 3 e 5 desua escala. Outro exemplo; Acorde de F# (Fá sustenido) é formado pelas notas F#, A# e C#.Lembrando ainda que F# é o mesmo que Gb.

Para executar um acorde maior no violão, devemos simplesmente juntar suas três notas básicas e tocá-las ao mesmo tempo. Como o violão tem capacidade de tocar até seis notas aomesmo tempo (uma em cada corda), podemos repetir um ou mais notas básicas para formar uma

 posição de acorde maior. Apenas há uma condição para isto; a nota mais grave deve ser a doacorde. Esta nota mais grave é o baixo (o burdão) do acorde.

Acompanhe o sistema de formação de acordes no violão:

Escolhamos um acorde para exemplificar; digamos D.6

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Selecionando suas notas básicas chegaremos a D, F# e A.Agora, vamos procurar estas notas no braço do violão a começar pelas cordas-base (cordas 1, 2 e3). Elas devem estar juntas para facilitar que sejam apertadas.Após, devemos acrescentar o baixo que deve ser a nota do próprio acorde (D).Escolha os dedos para apertar cada casa e pronto! Você não deve ter encontrado dificuldades paraformar um acorde de D. Até porque percebeu que no braço do violão, existem várias notas iguaisàs que procurava, possibilitando assim, diversas maneiras de formar um mesmo acorde de D.

Compare o modelo que encontrou com o nosso apresentando abaixo:

Veja outro modelo de um acorde D:

 Note que simplificamos o braço à partir da 4a casa. Na 5a casa, temos uma pestana, que indica odedo 1 deitado sobre as cordas demarcadas (veja figura abaixo).A corda 1 na 5a casa é A.

 Na 2a corda, casa 7, temos um F#.Completamos a base com D na corda 3, casa 7.Repetimos um A na casa sete da 4a corda.Finalmente, na 5a casa da corda cinco acha-se o baixo D.

 

Agora já temos dois modelos para o acorde D (Ré maior), basta tocá-los.

Observe outro exemplo de acorde maior onde usamos as seis cordas:

Formação dos acordes menores

A formação dos acordes menores é semelhante a dos maiores. As notas básicas são enumeradas1, 3 e 5 só que, da escala dos acordes menores. Quando formamos D (Ré maior), selecionamos asnotas de sua escala maior, enquanto que para o acorde Dm (Ré menor), selecionamos suas notas daescala de Dm.

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Encontramos na 1a corda a nota F# na casa 2.Na corda 2 achamos D na 3a casa.Completamos a base com a nota A queconseguimos na 3a corda, casa 2.O baixo D ficou na 4a corda solta.Enumeramos também os dedos para cada casa.O x indica que o polegar direito toca o baixo.Os pontinhos sobre as cordas 1,2 e 3 indica as

Veja na figura ao lado comofazer a PESTANA do modelo

do acorde D demonstrado noexemplo acima.

O dedo 1 deita sobre as cordaspara apertar as notas das

As notas básicas de G (Sol maior) são G, B e D.Neste modelo de acorde, temos G na casa 3 da 1a

corda, temos na 2a corda solta um B, outro G na corda3 solta, na 4a- corda solta um D, na casa 2 da 5a cordaachamos um outro B e finalmente o baixo de G na 3a

casa da 6a corda.Eis que preenchemos todas as cordas e obtemosassim, um acorde maior de G.

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ACORDE 1 2 3 4 5 6 7 8Dm D E F G A Bb C D

Com as notas nas mãos, resta apenas procurá-las no violão e demarcar as casas na cifra. Façasua pesquisa e depois compare com os dois modelos abaixo:

Identifique cada nota nas cifras acima, sabendo que elas devem ser D, F ou A. Observe também que a2ª. Cifra foi simplificada, ou seja, ao contrário de desenhar todas as casas, demarcamos a 2ª. Casacomo a 5ª e assim por diante.

Reconhecendo entre maior e menor

Diferenciar entre acorde maior e menor é ESSENCIAL para a continuação do aprendizado. Para

isso, é necessário exercitar o ouvido para distinguir entre um e outro. A técnica para isso é simples;toque um acorde maior por alguns instantes e em seguida, toque esse mesmo acorde agora comoacorde menor. Ex. D e Dm. Depois torne a tocá-lo maior e menor, tantas vezes possível até que tenhaassimilado a diferença. Faça isso com os demais acordes e logo, a compreensão será natural.

A tonalidade entre um acorde maior e um menor tem uma diferença significante, possibilitandoassim sua distinção. Treine bastante o ouvido para perceber essa diferença.

Exercício de acompanhamento

Vimos no capítulo 4 a melodia da canção “Caminhando e cantando’’. Agora vamos executar o seuacompanhamento usando os acordes apropriados. É uma música simples que usa apenas dois acordes.

Quanto ao ritmo, não leve em conta por enquanto, toque como puder. O importante de imediato éexercitar a troca de acordes. Para começar, vamos precisar dos acordes D e Em. Fica por sua conta

 procurá-los e desenhar suas cifras. Depois é só tocar o acorde que está sobre a letra da música atéquando encontrar outro acorde. Vamos lá?

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES(Caminhando e cantando) De Geraldo Vandré (fragmento)

Em D EmCaminhando e cantando e seguindo a canção

D EmSomos todos iguais, braços dados ou não

D Em Nas escolas, nas ruas, campos, construções

D EmCaminhando e cantando e seguindo a canção.

D EmREFRÃO Vem, vamos embora que esperar não é saber 

D EmQuem sabe faz a hora, não espera acontecer 

D EmVem, vamos embora, que esperar não é saber D Em

Quem sabe faz a hora não espera acontecer.

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D EmPelos campos a fome em grandes plantações

D EmPelas ruas marchando indecisos cordões

D EmAinda fazem das flores seu mais forte refrão

D Em

E acreditam nas flores vencendo o canhão.

REFRÃO

Procurando os acordes

Naturalmente, vamos precisar de todos os acordes maiores e menores para que possamos tocar.Por isso, comece já a procura todos os acordes e desenhar suas cifras.

Acordes II

O aluno já deve ter desenhado todos os acordes como foi pedido no último exercício. Agora,vamos nos aprofundarmos na formação desses acordes maiores e menores.

Fórmula para acordes

Existem muitas formas de desenharmos o mesmo acorde no violão, e também, vários acordesnum mesmo modelo em casas diferentes. Uma fórmula para acordes é um modelo de cifra usado nasdiversas casas e sendo um acorde diferente em cada uma delas.

  Observe na figura ao lado com duas cifras com posições diferentes e um mesmo acorde Dm.

No exemplo à esquerda, temos três cifras com o mesmo molde em casas diferentes. É, portanto,uma fórmula para acordes, sendo que cada um é um acorde diferente, pois estão em casas diferentes.

O molde é o mesmo, mas como estão em casas diferentes, as notas se alteram e, logo, o acordetambém passa a ser outro. A primeira cifra é um acorde A (Lá maior) e tem as notas A, C# e E.

 Na segunda cifra, cada nota aumentou uma casa em relação à A; notas A#, D e F, sendo o acorde A#. Na cifra seguinte, mais uma casa foi adiantada; notas B, D# e F# que formam o acorde de B.Adiantando a fórmula uma casa, teríamos um novo acorde que seria C, depois C#, D , etc.As fórmulas para acordes devem obedecer aos critérios de formação de acordes pela escala de cadaum. Como os acordes naturais são as notas 1, 3 e 5 de cada escala maior e menor, as fórmulas paraacordes maiores e menores devem constar essas notas.

  Então vamos consultar as fórmulas para acordes maiores e menores:

1a- FÓRMULA Para acordes maiores:

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Note que o primeiro acorde é E (Mí maior), os demais são a continuação da escala; F, F#, G,G#, etc. Ciframos apenas três casas, mas prossegue nas outras casas até quando for possível. Observetambém quais cordas estão sendo usadas.

2a- FÓRMULA Para acordes maiores: 3a- FÓRMULA; Para acordes maiores:

1a- FÓRMULA Para acordes menores:

2a- FÓRMULA Para acordes menores: 3a- FÓRMULA; Para acordes menores:

 Com estas fórmulas poderemos cifrar todos os acordes maiores e menores. Uma referência paraidentificar o acorde é a nota do baixo, ou seja, o último bordão.Usando apenas acordes maiores e menores poderemos tocar uma infinidade de músicas. Neste

exercício, dispomos de quatro bem fáceis para começar. Toque-as já!

CABECINHA NO OMBRORoberta Miranda e Fágner (Cifragem simplificada)

C G CEncosta tua Cabecinha no meu ombro e chora

F CE conta logo tuas mágoas todas para min

G CQuem chora no meu ombro eu juro, que não vai embora

G CQue não vai embora, porque gosta de min

F CAmor, eu quero teu carinho

G CPorque eu vivo tão sozinho

Dm C Não sei se a saudade fica ou se ela vai embora

G C

Se ela vai embora, porque gosta de min.

ASA BRANCALuiz Gonzaga (cifragem simplificada)

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G C GQuando olhei a terra ardendo qual fogueira de São João

C D GEu perguntei a Deus do céu, uai, por que tamanha judiação.

C D GEu perguntei a Deus do céu, uai, por que tamanha judiação.G C G

Quando o verde dos teus olhos se espalhar na plantaçãoC D G

Eu te asseguro, não chores não, viu? Eu voltarei, viu, meu coração.C D G

Eu te asseguro, não chores não, viu? Eu voltarei, viu, meu coração.

 NOSSA SENHORA Roberto Carlos

CCubra-me com seu manto de amor, guarda-me na paz desse olhar,

Dm

Cura-me as feridas e a dor me faz suportar G

Que as pedras do meu caminho meus pés suportem pisar Dm G CMesmo feridos de espinhos me ajude a passar Se ficaram mágoas em min, mãe tira do meu coração

FE àqueles que eu fiz sofrer, peço perdão.

CSe eu curvar meu corpo na dor me alivia o peso da cruzDm G C

Interceda por min minha mãe, junto a Jesus. Nossa Senhora me dê a mão. Cuida do meu coração

Dm G CDa minha vida, do meu destino.

 Nossa Senhora me dê a mão. Cuida do meu coraçãoDm G C Am Dm

Da minha vida, do meu destino. do meu caminhoG CCuida de min

OBS. as músicas aqui estão fragmentadas e com cifragem simplificada para facilitar o treinamento.Confira a letra e a cifragem completa delas no Repertório que acompanha esse curso no final do livro.

7 – Acordes dissonantes

Como já mencionamos antes, ACORDES DISSONANTES são acordes comuns acrescidos deuma ou mais notas que as notas básicas (1a, 3a e 5a) para alterar sutilmente sua tonalidade. Isto ocorre

 para dar um efeito de embelezamento e melhor acompanhar a melodia.Quando acrescentamos qualquer outra nota a um acorde que não seja suas notas básicas,

estamos transformando-o em um acorde dissonante.

Vamos imaginar isso com F:

ACORDE 1 2 3 4 5 6 7 8F F G A Bb C D E F

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Além das notas básicas de F (Fá maior), podemos reparar que a nota D também foi destacada,formando assim um acorde dissonante. Essa nota D é na escala de F, a 6a nota, por isso o acorde seráchamado de F6 (Fá maior com sexta maior). É mais ou menos assim que funciona a formação dosdissonantes; denominamos os acordes com os números das notas que nele foram acrescidas. Nestemesmo acorde de F6 poderíamos colocar mais uma nota e formar outro dissonante. Façamos assim:

ACORDE 1 2 3 4 5 6 7 8

F F G A Bb C D E F

O acorde ficaria assim; F2/6 (Fá com segunda e sexta). Entretanto, não se enumera 2 aosdissonantes, neste caso, a nota G (2a) é enumerada como nona 9, considerando a escala comocontínua:

ACORDE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13F F G A Bb C D E F G A Bb C D

Enumera-se acordes dissonantes até pelo número 13 que é o mesmo que 6. Tanto faz então, F6(mais usado) como F13 (é possível encontrar em alguns métodos). Também são usados 4 e 11. Não

se usa 2 e sim 9 As notas 1, 3 e 5 (notas básicas) tem réplicas em 8, 10 e 12.Usamos exemplos de dissonantes com um acorde maior (F). Mas também temos esses mesmos

dissonantes com Fm (Fá menor), onde, a base (notas básicas) é encontradas na escala de Fm e asdissonantes conservam-se os mesmo da escala de F.

Há variação na formação de alguns dissonantes como os acordes com 7a maior (7+), 7a menor (7) e outros como 7a diminuta (O), notas aumentada (+ ) e diminuta (-). Se a nota dissonante for maior (7+), esta se acha na escala dos acordes maiores. Se for uma dissonante menor (7), aencontraremos na escala do acorde menor. Eis como funcionam as notas aumentadas e diminutas; sãonotas que não estão nas escalas de notas dos acordes suprimidas da escala completa.

Compare a escala de F com a escala completa:

ESCALA COMPLETA F F# G G# A A# B C C# D D# E F

1 2 3 4 5 6 7 8ESCALA DE F F G A A# C D E F

Uma nota da escala completa que não constar em F, é uma nota diminuta. Ou aumentada. Ex.A nota C# não consta na escala de F. Pela escala completa, ela está entre as notas 5 (C) e 6 (D) daescala de F. Logo, ela será uma 5a aumentada (por está à frente da nota 5) e 6a diminuta (por estar antes da nota 6).

Pode parece complicado agora, mas logo ficará claro, pois estudaremos cada acorde dissonante,sua formação e como aplicá-las nas músicas.Acordes com sétima menor 

Este será o primeiro acorde dissonante que trataremos, por ser o mais freqüente. A primeiracoisa que devemos levar em conta é que a nota dissonante 7 é a mesma nota tanto para um acordemaior com 7 como para uma acorde menor com 7. Ex. A nota dissonante 7 é a mesma em F7 eFm7.

A sétima nota menor (7) é uma dissonante menor. Logo, a 7a nota da escala dos acordesmenores.

Para formar os acordes de F7 e Fm7, basta procurar a sétima nota na escala de Fm, pois a

dissonante é menor. Veja como:

1 2 3 4 5 6 7 8ESCALA DE Fm F G Ab Bb C Db Eb F

12

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Desta forma chegamos ao resultado (Eb) que é a nota a ser aplicada tanto em F7 como em Fm7.

7a m = (sétima nota de Fm) Eb

F = F A C (notas básicas) F7 = F A C Eb

Fm = F Ab C Fm7 = F Ab C Eb

 Formar acordes maiores e menores com 7a menor agora já não é segredo; basta seguir qualquer umdos caminhos mostrados no exemplo acima, unir todas as notas numa só cifra e pronto!

Repare as demonstrações para F7 e Fm7:

Aplicação de acordes com 7m

 Na maioria dos casos, usa-se ACORDES MAIORES com 7a menor para representar uma passagem para uma tonalidade mais alta, o que chamamos de PREPARAÇÃO.A nota 7m realmente dá uma distorção ao acorde natural com tendência de subir o tom.Outras aplicações nós veremos mais tarde.Quanto aos ACORDES MENORES com 7m, sua mais comum aplicação é dar uma dissonância sutil

 para se aproximar ao seu acorde primo que um acorde maior que tem sua escala igual a este menor (veja sobre isso no capítulo 5).Um acorde menor com 7m tem a mesma base que seu acorde primo natural. Essa semelhança provocaum efeito dentro de uma música quando usamos esses acordes.

 No próximo capítulo estudaremos sobre os valores dos acordes numa seqüência de acordes dentro damúsica.É uma lição IMPORTANTÍSSIMA para a continuidade do curso e aprenderemos mais sobre acordescom 7m.Veja as fórmulas para acordes maiores e menores com 7m.Sua tarefa é identificar os acordes de acordo com a colocação das casas a partir do primeiro que já estádenominado.A maneira mais prática é observar a nota do baixo que é o próprio acorde. Vamos lá!

1a- FÓRMULA; Para acordes maiores com 7m: 2a-FÓRMULA; Para acordes maiores com 7m:

3a-FÓRMULA; Para acordes menores com 7m: ????

Pratique as seqüências de acordes abaixo no intuito de agilizar a mudança de um acorde para outro.Procure compreender também a tonalidade de cada acorde com relação ao outro:

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D A7 D D7 G A7 D

C Am F G7 C

E7 A7 E7 B7 E7

Bb C7 F7 Bb

Em F#7 B7 Em

1a-FÓRMULA; Para acordes menores com 7m: 2a-FÓRMULA; Para acordes menores com 7m:

3a-FÓRMULA; Para acordes menores com 7m:

Pratique as seguintes seqüências envolvendo acordes maiores e menores com 7m. Toque em ritmoqualquer e repita varias vezes, comparando a tonalidade de cada acorde.

Am7 Bm7 Am7 Bm7 Am7 D7 G

F Gm7 Am7 Bb C7 F

D F#m7 B7 Em7 Gm A7 D

A C#m7 Cm7 Bm7 E7 A

Dm F G A7 Dm

C Em7 Dm7 G7 C

G Bm7 Dm7 G7 C Cm Bm7 E7 Am7 D7

Seqüências básicas

Quando tocamos uma música, usamos um conjunto de acordes e dizemos que eles formam a seqüênciadaquele determinada música. Na canção “Caminhando e cantando” que vimos no cap. 5, usamos osacordes D e Em. Eis, portanto, a seqüência desta música. Alguns acordes têm uma relação de

 proximidade com outros dentro de uma seqüência de acordes, e isto ocorre por causa dos valores detonalidades que cada um tem. A compreensão desses valores determina a posição de cada acordedentro da música. Os valores mais comuns --- os mais usados --- são denominados pelos seus valoresnuma escala de acordes chamada de SEQÜÊNCIA BÁSICA, que aprenderemos já.

Tonalidade das músicasCada seqüência de acordes obedece a uma tonalidade. Os acordes dessa seqüência terão seus valorescomparados com o acorde igual à tonalidade. Digamos que uma música tem a tonalidade de D, onde

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Dm7

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os acordes dela serão comparados com D entre mais alto, mais baixo, menor alto, menor baixo, etc. Aseqüência básica de D é a seguinte:

D A(7) D7 G Bm F#m Em Gm F#(7) Am(7)A seqüência básica estabelece os valores de cada acorde de uma seqüência para cada tonalidade.

TOM ou TONALIDADE = O acorde que designa os demais por seus valores.

1o. Acorde maior = é igual ao TOM. Ë o acorde neutro em que serão comparados os valores dosoutros acordes.

2o. Acorde maior (7) = é o ACORDE BAIXO da seqüência com ou sem a dissonância de 7a menor. Nota-se claramente, que é mais baixo que o tom (1o acorde).

3o Acorde com 7 = chamado de PREPARAÇÃO. Este é acorde igual ao 1o (o próprio tom) com adissonância de 7m para passar para o acorde alto (assim como vimos na aplicação desse dissonante nocapítulo anterior).

4o Acorde = É o ACORDE ALTO em relação ao tom. 1o Acorde menor = É o acorde menor primo do tom, sendo assim o mais semelhante. Tem um valor menor de neutralidade.

ACORDE MENOR NEUTRO.

2o Acorde menor = É versão menor do 2o acorde, que, aliás, é o seu acorde primo.

ACORDE MENOR BAIXO.

3o- menor = É o ACORDE MENOR ALTO, semelhante ao 4o acorde, seu acorde primo.

4o- menor = Trata-se do acorde maior alto transformado em menor para sobrepor-se em um efeito desupra tonalidade.

5o acorde maior (7) = Com ou sem 7m, usa-se esse ACORDE FECHADO para efeito de distorçãoda seqüência. Também é uma versão de ACORDE BAIXO nos tons menores.

5o acorde menor (7) = Normalmente usado com uma versão de PREPARAÇÃO, podendo anteceder o 3o acorde maior. Este pode vir ou não com 7m.

A seqüência de D segundo seus valores são estes:

TOM = 1o 2o(7) 3o 7 4o 1om 2om 3om 4om 5o (7) 5om (7)D = D A(7) D7 G Bm F#m En Gm F#(7) Am(7)

Toda música que segue a tonalidade de D, provavelmente usará esses acordes. Por isso a chamamos deseqüência básica de D, já que tem os valores mais comuns para uma seqüência de acordes no tom deD. Os acordes que não estão relacionados nessa escala são acordes excepcionais, que dão sutis efeitosa esses mesmos acordes. Seria possível, por exemplo, pegar o 1o acorde menor e dar dissonânciascomo 7+, 7/6 ou 7m.

Geralmente, a música começa pelo 1o (o tom), variando a tonalidade para alto, baixa ou para umacorde menor. Ai entra o esquema desta escala; se o tom baixar, o acorde será o 2o acorde maior, sesubir será o 4o maior, se for para um acorde menor basta comparar se a tonalidade é menor alta, menor 

 baixa, etc. Como saber isso? Exercitando bem as seqüências básicas e comparar os valores dos15

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acordes.Um exemplo dos valores dessa escala; volte à música “Cabecinha no ombro” e compare osvalores dos acordes usados:

1o (tom) 2o (tom baixo) 4o (tom alto) 3o-menor C G F Dm

Seqüência básica dos acordes

Já vimos a seqüência básica de D, mas cada acorde tem sua escala própria com seus respectivos

acordes e sempre com escalas diferentes. Através da escala de D, escala completa, veja:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12ESCALA COMPLETA D D# E F F# G G# A A# B C C#

TONALIDADE DE D 1o 3om 2om 4o 2o (7) 1om3o 7 5o (7) 4om 5om(7)

Para encontrar qualquer escala, segue o exemplo acima a começar pelo acorde procurado.

Exemplo F# (que o mesmo Gb). A escala completa deve ser iniciada em F#.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12ESCALA COMPLETA F# G G# A A# B C C# D D# E F

TONALIDADE DE F# 1o 3om 2om 4o 2o (7) 1om3o 7 5o (7) 4om 5om(7)

 Desta forma se compõe a seqüência básica de F#:

TOM 1o 2o (7) 3o 7 4o 1om 2om 3om 4om 5o(7) 5om(7)F# F# C#(7) F#7 B D#m A#m G#m Bm A#(7) C3m(7)

Seqüência de tonalidades menores

Mostramos até agora seqüência de tonalidades maiores. Todavia, também se escrevem tonalidadesmenores cuja escala é semelhante à do seu acorde maior primo. No caso de um tom Bm, a seqüência

 básica seria igual à de seu acorde primo D. Um 6o acorde com 7m pode ser acrescentado por ser  bastante usado neste caso; seria o 1om transformado em maior com 7m. No exemplo de Bm teríamosum B7. Usa-se esse acorde como passagem do 1om para o acorde menor alto (3om) como uma espéciede PREPARAÇÃO. É possível encontrar esse acorde também numa escala maior como D. Conclusão;tanto faz escrever a tonalidade como D ou Bm uma vez que suas seqüências são exatamente iguais. O

mesmo acontece com todos os acordes primos. (ex. C = Am, E = C#m, F = Dm, etc.).

Transporte de tonalidade

Imagine que uma música tem uma seqüência de acordes que obedecem a uma tonalidade, cada acordetem um valor dentro dessa seqüência. Cada acorde tem sua própria tonalidade com acordes diferentes,mas, com os mesmos valores. Então, essa música poderá ser tocada em qualquer tonalidade comacordes diferentes para cada valor. Digamos que essa música tenha uma seqüência com os seguintesvalores; 1o, 1om, 4o e 2o 7. Então vejamos quais acordes seriam para as tonalidades de D e F#:

VALORES DA MÚSICA 1o 1om 4o 2o 7

TONALIDADE DE D D Bm G A7

TONALIDADE DE F# F# D#m B C#716

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Se os valores são os mesmos, os acordes variam de acordo com a tonalidade. Essa mesma música podeser tocada em D, F# e em qualquer outra tonalidade.Essa disponibilidade de tocar uma música em qualquer tonalidade proporciona que se ajuste oacompanhamento a cada tipo de voz. Se tocarmos no tom D, a altura da tonalidade é uma diferente daque tocamos em qualquer outra.Uma pessoa pode cantar em uma tonalidade que outra não consegue. Para resolver isso, toca-se emtonalidades diferentes que cada voz se adapte.

Quem tem voz barítono (voz forte, possante) canta em um tom mais agudo, enquanto que um soprano(menos possante que o barítono) pode cantar a mesma música em um tom mais baixo.Se são doze os acordes (pela escala completa), também são doze tonalidades à sua escolha.O homem tem uma voz mais grave que a mulher e, logo, para uma mesma música cada um escolhe umtom diferente. É cabível que um homem e uma mulher cantem juntos num mesmo tom colocandonuma tonalidade que esteja mais ou menos dividida (como na música “Cabecinha no ombro” comRoberta Miranda e Fágner), mas isso sacrificaria uma das vozes.O ideal e o mais confortável é que cada um tenha sua tonalidade.Um exemplo prático dessa transposição de tonalidades é a música “ASA BRANCA” gravada no tomoriginal G por Luiz Gonzaga e mais tarde interpretada por cantoras como Roberta Miranda no tom deC.

Para transportar uma música de uma tonalidade para outra, basta observar os valores da seqüência básica. Vamos transportar o tom G para C da música citada acima.

TOM ORIGINAL G G C D

VALORES 1o 4o 5oTRANSPORTE PARA C C F G

Este método funciona apenas se os acordes constarem nas seqüências básicas, do contrário, nãohá como comparar os valores se eles não fazem parte da escala de seqüências básicas. Para estes casos,usamos a escala completa.Digamos que a seqüência em G tem os acordes G, Bm7, A#O, Am7 e D7 e queremos converter para otom de B;

ACORDES DA MÚSICA G Am7 A#O Bm7 D7

ESCALA EM G G G# A A# B C C# D D# E F F#

ESCALA EM B B C C# D D# E F F# G G# A A#

  Os acordes em B serão; B, D#m7, DO C#m7 e F#7.

Desta maneira é transportada qualquer seqüência de acordes de uma tonalidade para outras quaisquer.É preciso compreender bem o transporte de tonalidades para sabermos adaptar uma mesma música aonosso timbre vocal como também para os outros.

Para isso, vamos praticar os exercícios abaixo:

1a TAREFA; Coloque os acordes na tonalidade de Cm sabendo dos seus seguintes valoresdentro da seqüência básica:

VALORES; 1o m 5o 7 6o 7 3om 2o 1o

 2a TAREFA; Transporte a seguinte seqüência de Eb para a tonalidade de Em:

TOM EM Eb = Eb Eb7+ Eb6 Eb7 Fm Bb7/11 Bb717

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3a TAREFA; Na música abaixo, deixamos algumas lacunas a serem preenchidas com acordes cabíveis para seus valores na tonalidade de D. A tarefa consiste em completá-las corretamente. Como dica,sopramos que os valores usados são; 1o, 2o7, 3o7 e 4o acordes.Depois, escolha outras tonalidades para transportar o tom e toque nelas também.

FIO DE CABELO Chitãozinho & Xororó Tom: D __ __ __ 

Quando a gente ama qualquer coisa serve para relembrar __ __ 

Um vestido velho na mulher amada te muito valor __ __ 

E aquele restinho do perfume dela que ficou no frasco__ 

Sobre a penteadeira mostrando que o quarto __ __ Já foi um cenário de um grande amor 

__ __ E hoje o que encontrei me deixou mais triste

__ __ __ Um pedacinho dela que existe um fio de cabelo no meu paletó

__ __ Lembrei de tudo entre nós do amor vivido

__ __ __ __ Que aquele fio de cabelo cumprido já esteve grudado em nosso suor 

4a TAREFA; Durante o trecho da música seguinte, a seqüência é seguidamente C, G, Dm Am C e Gdurante todo o acompanhamento. Descubra apenas o tempo certo da mudança de cada acorde sobre aletra.

MORANGO DO NORDESTE

Lairton (fragmento) Tom: C

Estava tão tristonho quando ela apareceu

Os olhos que fascinam logo me estremeceu

Meus amigos falam que eu sou demais

Mas é somente ela que me satisfaz.

É somente ela que me satisfaz

É somente ela que me satisfaz

Ah, é amor.

Há, é amor. É amor.

9– Acordes com 7+

Os acordes maiores e menores com sétima maior (7+) são facilmente encontrados nas músicas populares e clássicas. É mais um dissonante que trataremos detalhadamente para um entendimentocompleto.

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Formação de acordes com 7+

A dissonante sétima maior que forma o acorde com 7+ é a nota sete da escala das notas dosacordes maiores. Essa mesma nota é a mesma 7+ para acordes maiores e menores. Se a dissonante émaior, procura-se na escala maior dos acordes.Acompanha a demonstração para formação dos acordes E7+ (Mi maior com sétima maior) e Em7+(Mi menor com sétima maior):

1 2 3 4 5 6 7 8ESCALA DE NOTAS Em E E F# G# A B C# D# E

A nota 7+ para E Em é D# ( igual a Eb) conforma a escala. Unindo essa nota ao acorde E e Em,transformamos os acordes para E7+ e Em7+.

7+ = D#

E = E G# B E7+ = E G# B D#

Em = E G B Em7+ = E G B D#

  Resta apenas, cifrar os acordes juntando todas essas notas.

FÓRMULAS para acordes maiores com 7+: FÓRMULAS para acordes menores com 7+:

Aplicação de acordes com 7+

A entonação de acordes maiores e menores com 7+ é de suavizar o acorde dando a parecer ficar mais baixo. A base de um acorde maior com 7+ é idêntica ao 2o acorde menor na seqüência básica.Como em E7+ e o acorde G#m que é o 2o acorde menor da seqüência básica de E:

E7+ = E G# B D#

G#m = G# D# B

Aplica-se acordes maiores e menores com 7+ justamente para dar essa suavidade ao acorde.

Outras aplicações desses acordes são em efeitos com outros dissonantes como acordes com 7. Ex. E E7+ E7 ... Em Em7+ Em7 ...

Uma seqüência de acordes como estas acima tem representação harmônica em que o acordenatural (E e Em) ganha uma suavidade (E7+ e Em7+) e depois se altera para uma tonalidade que oeleva como uma preparação (E7 e Em7) como que prevendo um acorde mais alto.

Para diferenciar acordes naturais com acordes dissonantes 7+ devemos exercitar o ouvido.Toque um acorde natural e depois o transforme em dissonante 7+ reconhecendo a diferença que éevidente.

Ex. E E7+ E E7+ E ... Em Em7+ Em Em7+ Em ...

Pratique as seqüências abaixo e observe os valores de cada acorde e toque a canção:

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D D7+ D7 G Gm A7 D

B7+ E7+ B7+ F#7 B7+

G7+ Bb Cm D7 G7+F Am7 D7 Gm Gm7+ Gm7 C7 F

C7+ F Em7 Dm7 G7 C Fm C

Am Am7+ Am7 B7 Em Em7+ Em7 A7 Dm E7 A A7+

Para uma total compreensão da dissonante 7+, procure interpretar o valor dos acordes com esse efeito.

FAZ PARTE DO MEU SHOW Cazuza

C7+ Bb7+Te pego na escola e encho a tua bola com todo o meu amor C7+ Bb7+

Te levo pra festa e texto teu sexo com ar de professor Ab7+ Db7+

Faço promessas malucas tão curtas quanto um sonho bomAb7+ Db7+

Se eu te escondo a verdade, baby; é pra te proteger da solidãoC7+ Ab7+ C7+Faz parte do meu show, faz parte do meu show, meu amor oh.

Formação de acordes com 6

A sexta nota maior dissonante que forma acordes maiores e menores com seis encontra-se na escalamaior dos acordes na exata 6a nota. Abaixo, está demonstrado a nota 6 para acordes de G:

1 2 3 4 5 6 7 8ESCALA EM G G A B C D E F# G

A nota E é, portanto, a 6a dissonante para acordes maiores e menores em G. formação:

6a de G = E

G = G B D G6 = G B D E

Gm = G Bb D

Gm6 = G Bb D E

Aplicação de acordes com 6

O uso mais comum dos acordes com sexta é numa passagem rápida para enfeitar o 1o. acorde maior eretornando para ele. Exemplo; F F6 F... Também, numa seqüência com outros dissonantes como;G G7+ G6 G7+... e Gm Gm7+ Gm6... dando um efeito ao acompanhamento. Possivelmente, usam-seacordes maiores com seis como rápido efeito sobre o seu natural.

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Ex. G G6 G...

FÓRMULAS para acordes maiores com 6:

FÓRMULAS para acordes menores com 6:

 Não esqueça; para reconhecer o acorde cifrado, observe a nota do baixo (a corda mais grave) que éigual ao acorde.

Acordes com 6 e 7.

Aqui temos o primeiro exemplo prático de duas notas dissonantes num só acorde.Maiores ou menores com 6 e 7 (menor) são acordes que tem suas notas básicas (1a, 3a e 5a notas)anexadas às dissonantes 6 e 7 numa só cifra.

A formação é simples; tanto a nota 6 como a 7 são as mesmas estudadas anteriormente:

6a nota = 6a nota da escala dos acordes maiores.

7a menor = é a sétima nota da escala dos acordes menores.

Vamos verificar como seriam os acordes D6/7 e Dm6/7.

6a nota de D = B 1 2 3 4 5 6 7 8

D E F# G A B C# D ESCALA DE D7a menor de D = C 1 2 3 4 5 6 7 8

D E F G A Bb C D ESCALA EM Dm

D = D F# A D6/7 = D F# A B C

Dm = D F A Dm6/7 = D F A B C

 Na cifragem desses acordes, não é necessário constar todas as notas, com a exigência que tenha o baixo, a 3a nota básica e as dissonantes, podendo ser suprimidas notas básicas 1a e a 5a.

 Não podemos retirar o baixo por ser a nota que dá nome ao acorde, nem a 3a, pois determina entreacorde maior ou menor e nenhuma das dissonantes por caracterizar o efeito acrescido.Alguns métodos costumam denominar esse acorde como 7/13 (sétima menor e décima terceira maior).Tudo isso porque a 6a nota é igual à 13a.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13ESCALA DE D D E F# G A B C# D E F# G A B

Realmente há igualdade nas notas e por isso, podemos escrever de ambas as formas

FÓRMULAS; Para acordes maiores com 6/7: FÓRMULAS; Para acordes menores com 6/7:

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Aplicação de acordes 6/7

Encontramos acordes maiores com 6/7 freqüentemente como um efeito sobre o ACORDE BAIXO dasseqüências básicas (2o acorde maior). Usamos acordes menores com 6/7 principalmente quando atonalidade da música é menor, envolvendo acordes menores como o 3o m (ACORDE MENOR ALTO). É um efeito sutil que não altera muito, mas que melhor acompanha a melodia quando adissonante é uma nota sobre a sílaba ativa.

Exercício prático:

Am F7+ Am G C Dm6/7 E7 Am

D D7+ D6 D7+ Em Em7+ Em7 A6/7 D

F F6 F F6 Gm C7 Gm C7 F F6 F7 Bb C7 F F6 F

G7+ G6 G7+ G6 E6/7 Am7 D7 Am7 D6/7 G7+

A A6 A7+ A6 A Bm7 E7 Bm7 E7 A A6 A7+ A6 A

SENTADO À BEIRA DE UM CAMINHO Erasmo Carlos

G G6 G G6 Am D7 Am D7Eu não posso mais ficar aqui a esperar 

Am D7 Am D7 G G6 G G6Que um dia de repente você volte para minG G6 G G6 G Am D7 Am D7Vejo caminhões e carros apressados a passar por min

Am D7 Am D7 G G6 G G6Estou sentado à beira de um caminho que não tem mais fim

G G6 G G6 Am D7 Am D7E este sol que queima no meu rosto um resto de esperançaAm D7 Am D7 G G6 G G7De ao menos ver de perto seu olhar que eu trago na lembrançaC D7 G G6 G G7

Preciso acabar logo com issoC D7 G D7 G G6 G G6 GPreciso lembrar que eu existo. Eu existo, eu existo.

Ritmos Chegou a vez de estudar os ritmos para violão, um dos maiores trunfos para o bom instrumentista. Oritmo --- também conhecido como ESTILO --- é quem dá qualidade à música, não adianta pôr osacordes certinhos e “bater’’ nas cordas. Vamos aprender corretamente a tocar as cordas dentro dequalquer ritmo. Já ouviu antes dizerem sobre “VIOLÃO CLÁSSICO?” Costumam até dividir emmétodos; violão clássico e violão popular. Qual a diferença então? São outros acordes, outra afinação,outro violão ou o quê? Nada disso. Aliás, é a mesma coisa entre violão clássico e popular; o mesmoviolão, a mesma afinação e os mesmos acordes. A diferença está no modo de tocar o ritmo. Diz-se declássico, o ritmo dedilhado enquanto que popular toca-se de qualquer jeito, como em batidas comuns. 

Realmente, o dedilhado é a maneira mais perfeita e bela de se tocar.

Dedilhando, a execução da música fica mais próxima ao original, especialmente fazendo os efeitos deacompanhamento (que estudaremos breve).

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P

Guarânia

P M M

I I

P P

Balanço: Lento

Jovem: Rápido

Canção

Jov

Cateretê

Polca

Pagode Sert.Cururu

BoleroBalada

P

P

P

P

P

M

M

M

P MM MP

M

M

11

1

1

1

1

2

2

2

2

3

3

3

ee

64

e e 5e

e

M M

M

P

P

P

P

M

P P

A

B

I

I I

I

I II I

II I I

I

I

I

I I

P

M

MM M M

Baião

P P

I

P M

BaiãoToada

P M

II

P M

P P P

I

M

 Arrasta Pé

P

1

QuerumanaCader. Sert.

M

I

Guarânia

MM M

1 2 3 4e

II I

DVD

violão vídeo

vio

Cader. Sert.

Cader. Sert.

I I

M M

P P

I I

M M

1 2 3 4

P

I I

M M

1 2 4

C

Jovem

P

Marcha

Jovem = Rápido

MP

I

PM

I

Cader. Sert.

Rasqueado = Rápido

Guarânia = Lento

 

P P

Balada

P

P

1 2

I

M

1 2 3 4 ee

P

I I

M M

5

P

P P

I I

M M

1 2 3 4

P

I I

M M

1 2 3 4

1 2 3 41 2 3 41 2 3 41 2 3 41 2 3 41 2 3 41 2 3 41 2 3 4

Fox

JOÃO

ToadaBaião

P M

II

P M

Querumana

Jovem = RápidoGuarânia

P

PP M

PM

I

I

P

Jovem: Rápido

SÍMBOLOS DE RÍTMOS

R R

CURSO ODEON

D

P

Cader. Sert.

DVviolão vídeo

Jovem=

P M

I

P

P

Baião

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I - BATIDAS:Batida com o polegar direito sobre as cordas de cima para baixo.

Ou simplesmente um toque do polegar sobre a nota do baixo (burdão).

Puxada de baixo para cima dos dedos 1, 2 e 3 sobre as cordas básicas.

Indica a batida dos dedos direitos sobre as cordas ativas

no sentido de cima para baixo.

Representa a batida das costas do polegar direito sobre as cordas ativas para cima.Também pode ser com os dedos 1, 2 e 3 na mesma direção.

II - DEDILHADO:

Toque do polegar sobre o burdão.

 Note que o “x” na cifra indica o toque do polegar sobre a nota do baixo (o burdão) e os dedos 1, 2 e3 tocam as cordas ativas, que às vezes dispensa a 1a corda como na segunda cifra. Quando houver 

mais de três notas além do baixo, pode-se escolher quaisquer três para a base.

Ritmos de batidas.

 Naturalmente não poderíamos demonstrar todos os ritmos existentes, pois são inúmeros e novos vãosendo criados à partir dos demais. Selecionamos alguns exemplos dos mais populares e que servem de

 base para outros.

Vamos lá: OBSERVAÇÃO: compasso é um tempo em que se completa a batida de um ritmo.Uma música tem diversos compassos e sempre igual dentro de um mesmo ritmo.

BALADA JOVEM (lento) eROCK POP (acelerado)

1o compasso 2o 3o etc. 

SAMBA1o 2o 3o etc.

 

VALSA 

BEGUME

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REGGAE

FORRÓ

PAGODE

Tocados juntos; o polegar no burdãoe a puxada dos dedos 1, 2 e 3 nas cordas-base.

GUARÂNIA

Ritmos dedilhados

Agora é a vez dos dedilhados. São infinitas as formas de dedilhar, mas relacionamos osdedilhados básicos que ajudarão a interpretar os demais.

DEDILHADO REGULAR 

1 2 3 2 1 1 2 3 2 1

MÚSICA LENTA

1 2/3 1 1 2/3 1 (2/3 tocados juntos)

DEDILHADO CLÁSSICO

1 2 1 3 1 2 1 2 1 3 1 2

BOLERO

1 2 2 1 /3 2 /1 2 1 2 2 1 /3 2 /1 2

( / 3 tocados juntos o burdão e a nota do dedo 3)

BALADA ROMÂNTICA

/3 1 2 1 /2 1 3 1 /3 1 2 1 /2 1 3 1

Você também pode criar seus próprios estilos, ou ritmos bem como quiser, seguindo os exemplosacima e ouvindo bastantes músicas diferentes. Existe ainda um efeito sobre os ritmos chamado de

“breque” (também conhecido como repique), uma espécie de paradinha ou batidas de contra-rtimo.Esse efeito também pode ser aplicado no violão, o mais indicado é ouvir bem a música e procurar reproduzir o mais parecido possível. Uma mesma música pode ser tocada em diversos tipos de ritmos,o que pode ser um interessante meio de variação de treinamento para estilos

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Exercício prático

Todas as músicas que foram vistas até agora não receberam um trabalho orientado para ritmos. É por onde devemos começar a trabalha esta importante lição no nosso treinamento. Toque todas elas, agoraestabelecendo um padrão de ritmos apropriados para cada uma. Outra experiência intuitiva é tocar asmesmas músicas em outros estilos diferentes. Como tarefa geral, procure uma música para cada ritmoe pratique.

Acordes com 7ª diminuta

Dissonantes com 7a diminuta têm uma formação irregular em relação aos demais. Na verdade,trata-se de um acorde maior com 7a menor, e este acorde é que é diminuta comparada ao seu baixo.Por ocasião disto, as notas de todos os acordes com 7a diminuta se igualam em três formações iguais

 para quatro acordes com diferença apenas quanto ao baixo.

Formação de acordes com 7ª(°)

Duas partes básicas desse acorde; base de um acorde maior com 7a menor exceto a nota desse

acorde e baixo uma casa à frente desse acorde. Como demonstração, usemos o acorde CO (dó comsétima diminuta); o baixo é C e a base é um acorde maior com 7m uma casa antes do baixo (C), nestecaso a base é do acorde B7 menos a nota de B. Confira as notas:

BAIXO = C

BASE (B7) = Eb F# A (foi suprimida a nota de B)

C7° = C Eb F# A (Dó com sétima diminuta)

Dizemos então, que a base de B7 é diminuta ao baixo C. Todos os acordes com sétima diminutacom o baixo em algumas dessas notas do acorde acima, terão formações iguais de notas

( C° = Eb° ( D#°) = F#° ( Gb°) = A°). Acompanhe a formação de A° e certifique-se como será asmesmas notas de C° .

BAIXO = A

BASE (G#) = C Eb F# (menos a nota G# que é igual ao acorde)

A° = A C Eb F# (Lá com sétima diminuta).

As notas são sempre as mesmas para esses acordes, alterando apenas o baixo.As três formações para os acordes com sétima diminuta são:

1o) C° = Eb° ( D#°) = Gb° (F#°) = A°

 NOTAS = C, Eb, F# e A

2o ) B° = D° = F° = Ab° (G#°)

 NOTAS = B, D, F e Ab

3o) Bb° (A#°) = Db°(C#°) = E° = G°.

 NOTAS = Bb, Db, E e G26

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Aplicação de acordes com 7(°)

Este acorde tem duas aplicações principais com relação às seqüências básicas:1) Preenche os espaços entre dois acordes seguidos como um efeito de passagem de um para o outrodentro da seqüência.

Exs. Entre o 1o acorde e o 3o-m, entre 2o e 1o-m, etc.

2) Como um efeito de sobrepor o acorde maior (4o) adiantando-o uma casa e transformando-o em

sétima diminuta.

Ex. supondo que F é o 4o acorde, transforma-o em F#° para dar um efeito como que alteando atonalidade para mais alto que o próprio ACORDE MAIOR ALTO (4oacorde).

FÓRMULAS: Acordes com sétima diminuta:

Pratique a música abaixo observando os valores dos acordes dissonantes com sétima diminuta usadosnas duas aplicações principais estudadas:

À PRIMEIRA VISTAChico César Tom: C

C BO Am

Quando não tinha nada eu quisGbO F7+Quando tudo era ausência esperei

GbO G7Quando senti frio tremi, quando tive coragem ligueiC BO Am GbO F7+

Quando chegou carta abri, quando ouvi Prince danceiGbO G7

Quando o ouro brilhou entendi, quando tive asas voeiC BO Am

Quando me chamou eu vim

GbO F7+Quando dei por min tava aqui

GbOQuando lhe achei me perdi

G7 C BO Am GbO F7+ GbO G7 CQuando vi você me apaixonei....

2a- TAREFA; Execute as seqüências abaixo:

G Bm7 A#O Am7 Cm D6/7 G7+

D D#O Em A7 D

C Em F F#O C Am Dm7 G7 C

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A Bm C#m Em A7 D D#O E GO E F#m7 B6/7 B7 E

F Gm7 Am7 Bb BO F C7 F

Acordes com 4

Acordes maiores com 4a nota dissonante tem uso freqüente e uma tonalidade bem definida.A quarta nota dissonante acrescentada ao acorde maior é a nota 4 da escala dos acordes maiores.

Olhe o exemplo para o acorde G4:

1 2 3 4 5 6 7 8ESCALA EM G = G A B C D E F# G

4a = C

G4 = G B D C

A nota 4 é sempre igual ao acorde maior alto da seqüência básica (4o acorde) assim como C é oacorde alto no tom de G. Esse dissonante simplesmente aproxima o acorde ao valor de seu acorde altoelevando o seu som quase igual ao o 4o acorde. Este é o principal uso deste dissonante.

 No caso de G4, o 1o acorde (G) ganha uma entonação semelhante ao 4o acorde (C),

alteando a tonalidade. FÓRMULAS; Pra acordes maiores com 4:

Acordes com 4 e 7

Também cifrado como 7/11, os acordes com 4/7 são mais usados em efeitos sobre o acordemaior baixo (2o acorde) das seqüências básicas como um efeito de passagem. A nota 4 tem o mesmovalor que a 11a , por isso os acordes com 4/7 são escritos como 7/11. A versão maior com 4/7 nãotem a 3a nota básica – quem determina entre acorde maior ou menor --, enquanto os acordes menorescom 4/7 têm sua formação completa e são mais usados como efeito sobre o acorde 3o m nasseqüências básicas. Repare a demonstração para a escala do acorde A:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11ESCALA EM A = A B C# D E F# G# A B C# D

A7/11 / A4/7 = A E G D

Am4/7 / Am7/11 = A C E D

FÓRMULAS; Para acordes maiores com 4/7: FÓRMULAS; Para acordes menores com 4/7:

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Acordes com 4 e 6Alguns métodos classificam a existência de um acorde dissonante com 4a e 6a numa versão maior,embora seja omitida a nota básica 3. Realmente é possível a formação desse acorde, contudo, suaaplicação é considerada imperceptível e indiferente aos acordes com 4, com 4/7, com 6 e ou com6/7. Sendo assim, não o consideramos.

Multitonalidades 

Realmente o universo musical é muito complexo e cheio de variações. Um dos tantos recursos  paraembelezar a música é o de uma mesma música ter mais de uma tonalidade na mesma execução.Existem várias formas de aplicar a variação de tom das músicas, as mais comuns serão vistas nestecapítulo.

De menor para maior 

A mais conhecida de todas as variações é de um tom menor para maior. Na maioria deles, asestrofes obedecem à tonalidade menor e no refrão passa a ser o tom maior. 

Veja só este exemplo:

SEU AMOR AINDA É TUDO Moacyr FrancoTom: Dm / D

Dm GmMuito prazer em revela, você está bonita!A7 DmMuito elegante, mais jovem, tão cheia de vida

Gm0Eu, que ainda falo de flores, declaro seu nomeA7 D Em A7Mesmo meus dedos me traem, disco seu telefoneD D7+ D6 D7É minha cara, eu mudei minha carta

GMas por dentro eu não mudoEm A7O sentimento não pára, a doença não sara

D A7Seu amor ainda é tudo, tudo

D Bm EmDaquele momento até hoje esperei você

A7 D Em A7Daquele maldito momento até hoje só você

D Bm EmEu sei que o culpado de não ter você sou eu

A7 DmE esse medo terrível de amar outra vez é meu... 

Também pode acontecer o inverso; as estrofes em tom maior e o refrão ou uma outra parte

especial da música ir para uma tonalidade menor, como neste exemplo:

CANTEIROSFágner (cifragem simplificada) Tom: D / Dm

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D A Bm G DQuando penso em você fecho os olhos de saudade

A G F# Bm7 A7Tenho tido muita coisa menos a felicidadeD A7 Bm G DCorrem os meus dedos longos em versos tristes que invento

A G F# Bm

Mas aquilo a que me entrego já me dá contentamentosD7 Gm C F7+

Pode ser até manhã, cedo claro, feito diaGm A7 D

Mas nada que me dizer me faz sentir alegriaD7 Gm C F7+

Só queria ter no mato o gosto de framboesaGm A7 Dm

Pra correr entre os canteiros e esconder minha tristeza.

Um acorde à frente

Nesta variação, a tonalidade inicial maior ou menor é alterada para um acorde seguinte.Geralmente isso acontece na última repetição do refrão, mas há outros casos como a partir da últimaestrofe e refrão. Uma mostra deste aplicativo é a música seguinte:

SEGUINDO NO TREM AZUL Roupa NovaTom: C /C#

C EmConfessar sem medo de mentir 

Dm7 F G7 CQue em você encontrei inspiração para escrever 

EmVocê é pessoa que nem eu

Dm7 F G7 C C7Que sente amor mas não sabe muito bem, como vai dizer F G7 C Am Dm G7 C7

Só me dará prazer se viajar contigoF G7 C Am Dm G7 C

Até nascer o sol seguindo no trem azul...C# Fm

Vai lembrar de um cara que nem euD#m7 F# G#7 C# C#7Que sente amor mas não sabe muito bem, como vai dizer F# G#7 C# A#m

Te dou meu coraçãoD#m G#7 C#7Queria dar o mundoF# G#7 C# A#m D#m G#7 C#

Luar do meu sertão seguindo no trem azul. Um caso especial é o da canção “EU TE AMO”, versão de ROBERTO CARLOS para “AND I

LOVE HER” dos BEATLES; o original do quarteto inglês, o solo aumenta um tom em um acorde(C#m e Dm) e depois, volta para o tom inicial. Na gravação de Roberto, os tons são Bm e Cm. Já nainterpretação de ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO, o tom inicial é Em e a partir do solo até aestrofe e refrão final, o tom se altera um acorde à diante (Fm).

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Dois acordes à frente

Segue os exemplos do modelo acima, só que agora a variação é de dois acordes seguintes.Podemos lembrar, dentre muitas, a canção “CIDADÃO” interpretada por ZÉ RAMALHO, em que naúltima estrofe o tom adianta duas casas. Confira:

CIDADÃO Zé Ramalho

Tom: A / B

A E7 A A7Tá vendo aquele colégio, moço? Eu também trabalhei lá

Em A7 DLá eu quase me arrebento, fiz a massa, pus cimento, ajudei a rebocar.

Dm G AMinha filha inocente vem pra min toda contente; “Pai, vou me matricular!”(A G F#7) B7 E7

Mas me diz um cidadão; “Criança de pé no chão aqui não pode estudar.”D A E7 A A7

Essa dor doeu mais forte, porque é que eu deixei o norte e me pus a me dizer D A E7 A

Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava tinha direito a colher.F#7 B F#7 B B7

Tá vendo aquela igreja, moço? Onde o padre diz “Amém”.F#m B7 E

Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo, lá eu trabalhei também.Em A B

Lá é que valeu a pena, tem quermesse, tem novena e o padre me deixa entrar (B A G#7) C#7 F#7

Foi lá onde Cristo me disse; “Rapaz, deixe de tolice, não se deixe amedrontar...”

OBS: Os acordes dentro dos parênteses (A G F#7) e (B A G#7) representam uma passagemrápida. Deve-se dar uma única batida para cada acorde.

 Nesta seqüência de acordes, começada em A e depois transportada para B, absorveram acordes quetêm valores desconhecidos nas SEQÜÊNCIAS BÁSICAS, mas foram alterados de uma tonalidade

 para outra, conservados de sua aplicação. São esses acordes; G no tom de A que tem o mesmo valor doacorde A no tom de B. O acorde F#7 é o mediador entre as duas tonalidades; em A o seu valor é o 6oacorde maior das seqüências básicas (com 7am) e passa a ser o acorde maior baixo (2o acorde maior)na tonalidade de B.

Tonalidade oposta

Aplica-se essa variação para adequar vozes com capacidades diferentes como uma voz masculina – grave -- e uma feminina – mais aguda --, numa mesma execução. Como as duas vozes têm timbresdiferentes, o homem canta num tom e a mulher em outro. Serão duas tonalidades com os valoresiguais. A tonalidade é chamada de OPOSTA porque os acordes têm valores opostos um do outro emambas as seqüências. Por exemplo, D e G são tons opostos pelos seus valores nas suas própriasescalas, onde em D, o acorde G é o ACORDE ALTO e no tom de G, o acorde D é exatamente ooposto, ou seja, o ACORDE BAIXO. Portanto, duas vozes com timbres diferentes cantarão em tonsopostos. No caso de um cantar em D, o outro cantará em G. Dentro da música que segue este efeito detonalidade, os tons podem ser transportados de um para o outro, várias vezes. Um dos grandes

sucessos do “rei do baião” LUIZ GONZAGA é a música CINTURA FINA, mais tarde regravada pela banda CAPITAL DO SOL. Nesta regravação, a banda usa dois vocalistas; um masculino e umafeminina. Para cada um, o acompanhamento obedece a uma tonalidade diferente; ele canta em Eb e elaem Bb. Acompanhe um fragmento da letra desta música:

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CINTURA FINACapital Do Sol Tom: Eb / Bb

(Ele) Eb Bbm Eb BbMinha morena, venha pra cá pra dançar xote

Eb Bb Ebse deite em meu cangote e pode cochilar.

Bbm Eb BbTu és mulher pra homem nenhum botar defeito

Eb Bb EbE por isso satisfeito com você vou dançar 

Fm Bb EbVem cá cintura fina, cintura de pilão

Fm Bb EbCintura de menina, vem cá meu coração(Ela) Bb Fm Bb F

Minha morena, venha pra cá pra dançar xoteBb F Bb

se deite em meu cangote e pode cochilar Fm Bb F

tu és mulher pra homem nenhum botar defeitoBb F Bb

E por isso satisfeito com você vou dançar.Cm F Bb

Vem cá cintura fina, cintura de pilãoCm F Bb

Cintura de menina, vem cá meu coração.

Veja mais um exemplo deste modelo:

SE VOCÊ QUER Roberto Carlos e Fafá de BelémTom: B / E

B F#7 B(Fafá) Se você quer voltar pra min não vai ser como era antesG#m C#m F#7 B G#m

Tem que ser tudo como eu quero, se não, não vamos ser amantesC#m F#7 B

Você bem sabe do que eu falo, o que eu sofri já foi bastante.A E B7 E(Roberto) Se você quer voltar pra min condições eu não aceitoC#m F#m B7 E C#m

Você bem sabe que eu te quero, mas não me fale desse jeitoF#m B7 E F#7 B

Porque por bem você me leva, mas dessa forma; nada feitoB7 E F#7 B

Mas eu não posso permitir esse amor a ferir que me queiras quando queresG#m C#m F#7 B

Que dividas teus carinhos entre amigos e canções e quem sabe com mulheres

E E7 A B7 E C#mMas eu sempre fui assim; um boêmio sonhador pela vida apaixonado.

F#m B7 ESer assim não é defeito, me assuma desse jeito pra que eu fique do seu lado.

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Casos especiais

Há ainda outros casos especiais e irregulares em que duas, três ou mais tonalidades se misturem entresi de forma que até dificulte sua interpretação. É o caso da música de CAZUZA cujo trecho foi vistono cap. 9; “FAZ PARTE DO MEU SHOW”. Veja como ela é irregular:

C7+ Bb7+

“Te pego na escola e encho a tua bola com todo meu amor”.

O acorde do tom (C) aparece com dissonância de 7+ mas com o valor do 1o acorde maior. Segundoacorde usado (Bb7+) não tem nada a ver com a seqüência de C, formando ai uma queda irregular detom.

Ab7+ Db7+“Faço promessas malucas tão curtas quanto um sonho bom”

Neste verso, o tom já está em Ab, onde Ab7+ seria o 1o acorde e Db7+ seu 4o acorde. Outratonalidade diferente e irregular é esta outra neste verso:

C7+ Ab7+ C7+“Faz parte do meu show. Faz parte do meu show, meu amor”

Um desses casos especiais irregulares mais comum é quando o 1o acorde maior (o próprio tom)assume a dissonância de 7+. A alteração mais provável é com esse mesmo tom (maior) transportado

 para menor.Ex; uma tonalidade em D com o 1o acorde como D7+ e uma variação para Dm.Vejamos como isso seria possível numa música:

ANDANÇA Beth CarvalhoTom: D / F (o mesmo que Dm por serem acordes primos)

D7+ F BbVim, tanta areia andei na lua cheia, eu sei

Gm A7/11 A7 D7+Uma saudade imen - sa

F BbVagando em verso eu vim vestido de cetimGm A7/11 A7 Dm G D

 Na mão direita ro – sas vou levar Olha a lua mansa a se derramar (me leva amor)

EAo luar descansa meu caminhar (amor)

A7Teu olhar em festa me fez sorrir lembro da seresta que um dia eu fiz

(me leva amor)A7/11 A7 DPor onde for quero ser teu par... 

O tom iniciado em D (D7+) elevou-se para Dm, ou o mesmo F, na estrofe que termina em Dm.A rápida passagem de G antes do refrão, serviu de mediador para o tom voltar a ser D.ainda no refrão

 –com o tom em D -- surge um acorde irregular à seqüência de D; que é o acorde E. Este acorde édiferente para D, mas não chega a alterar a tonalidade, apenas faz uma dissonância especial.

Iguais a este, existem mais multitonalidades especiais. Um pouco de atenção e muitadeterminação é o suficiente para deslanchar qualquer dificuldade sobre o assunto.

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Acordes com Baixo alterado

Uma regra básica para nomear os acordes é que a nota do burdão – o baixo – seja igual aoacorde. Qualquer acorde natural ou dissonante em G deve constar com a nota G no baixo.

Acordes com baixo alterado é um caso especial; a base (as notas básicas) é de um acorde e o baixo sofre uma alteração para outra nota.

Am/G (Lá menor com baixo alterado para G) A base é de Am (A,C e E) O baixo é de G

Isso acontece bastante repetindo o acorde (como Am) alterando seu baixo fazendo passagem para outro acorde próximo.

Veja um exemplo de uma seqüência:  Tom: Am = Am Am/G F Dm E7 Am

As circunstâncias mais claras dessas alterações nós passaremos a limpo agora:

1o CASO: Acordes menores com sétima menor no baixo. O baixo é igual à 7a m.Ex. Am = Am/G: Isso acontece principalmente nos acordes 1om e 3om das seqüências básicas.

2o CASO: Acordes menores com terça no baixo. Essa terça nota é a 3a nota básica do acorde menor.Ex. Am = Am/C. Essa alteração aproxima os dois acordes primos menores e maior. Ocorre mais nosacordes 1om e 3om em seqüências simples. Essa formação é idêntica aos acordes maiores com 6 (C6).

3o CASO: Acordes maiores com sétima menor no baixo. Ex. C/Bb.

É muito comum isso acontecer sobre o acorde maior baixo (2o acorde maior) que seria a base (C) e o baixo do acorde maior alto (Bb), como efeito de passagem do acorde alto para o baixo.

4o CASO: Acordes maiores com nona no baixo. Lembrando que a 9a nota é igual à 2a. Ex. Bb/C. Éexatamente, o oposto do caso acima. O acorde maior baixo; a base do acorde alto varia o baixo para oacorde baixo na passagem de um para o outro.

5o CASO: Acordes maiores com terça no baixo. O baixo é igual à 3a nota básica do acorde maior. Ex.G/B. As circunstâncias dessa alteração é muito usado sobre o acorde maior baixo (que é a base) como

 passagem do acorde 1o para o 1om já que o baixo (3a nota do 2o acorde) é uma nota entre os acordes1o e 1om. Ex. Tom: C = C G/B Am ...

Estes são os casos regulares desse tipo de alteração. Assim como acontece com o caso 2, em queo acorde Am/C seja igual a C6, outros casos acordes dissonantes poderiam ser comparados comacordes naturais com baixo alterado. Ex. G7+ que poderia ser chamado de Bm/G.

Exercício prático

1a TAREFA; Pratique as seqüências abaixo, observando os valores dos acordes com baixo alterado:

D A/C# Bm Bm/A G F#m E7 A7/11 A7 D

Em Em/G F#m7 B6/7 Em/D Am/C B7 Em

C G/B Am Am/G F Em7 Dm Dm/C G/B G7 G/B C

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F#m F#m/E Bm Bm/D C#7 F#m C#7 F#m

Dm Dm/F G A7/11 Dm Dm/C G/B Bb A7 Dm

E7+ F#m7 A A/B E7+

YOLANDA Chico Buarque e Simone

G C/GEssa canção não é mais que mais uma cançãoD7/F# G C D G

Quem dera fosse uma declaração de amor C

Romântica sem procurar a justa formaD7 G C D G

De que me vem de forma assim tão cautelosaD/F# Em Em/D C G/B Am Am/GTe amo te amo

D7 G C D G C D GEternamente te amo.

C/GSe alguma vez me sinto desoladoD7/F# G C D G

Eu abro mão do sol de cada diaC

Rezando o credo que tu me ensinasteD7 G C D G

Olho o teu rosto e digo à ventaniaD/F# Em Em/D C G/B Am Am/GYolanda YolandaD7 G C D G C D GEternamente Yolanda...

Efeitos de acompanhamento

Preste bastante atenção neste capítulo, pois o conteúdo dele é IMPORTANTÍSSIMO para queobtenha bons resultados com o violão. Trataremos aqui sobre os efeitos de acompanhamento.

Dividimos em três categorias; introdução, arranjos e solo. Eles são os “recheios” que embelezamo acompanhamento. Vamos conhecer cada um deles:

Introdução

Algumas músicas começam a ser tocadas e, antes que a parte expressa seja cantada, já sabemos de quecanção se trata. Isto porque reconhecemos a sua INTRODUÇÃO. Simples, sofisticada, exuberantes; asintroduções fazem a apresentação da música e muitas vezes, chamam mais atenção que a própria letra.Deixar de executar uma introdução cria um vazio que desprestigia o tocador. Pode ser difícil tocar algumas delas e, até mesmo impossível executar perfeitamente. Mas para não deixar esse vazio, pelomenos se deve tentar uma adaptação simplificada capaz de ser tocada no violão.Vamos tomar, por exemplo, a música “ESSA TAL FELICIDADE” (Veja cap.6). Tem uma introdução originalmente como violão e sua execução pode ser em cima dos acordes, tocando junto o acompanhamento e a

introdução: NOTA: Usaremos aqui um efeito especial onde duas notas aproveitam um mesmo toque;toca-se a corda sobre a primeira nota e arrasta até a segunda.Ex. 21-23 toca-se a corda sobre a nota 21 e arrasta para a nota 22 e esse mesmo toque soará asduas notas.

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Introd. F Am Bb C732 32-33 21 21-23 11 15-16 15 13 25

F Am Bb Am Gm C F21 32-33 21 21-23 11 15-16 15 13 11

Quando você faz os acordes do acompanhamento, já está fazendo as notas da melodia da

introdução, pois elas são as mesmas notas que formam os acordes usados sobre elas. Isto faz com queseja possível tocar o acompanhamento e destacar essas notas.

Para fazer uma boa execução no violão, já vimos que a introdução é indispensável. Portanto, omelhor é ouvir bem, interpretar e tocar o máximo possível ao original.

Arranjos

Chamamos de arranjos, os efeitos dentro do acompanhamento e até sobre a melodia da música. Podemser usados como toques de efeito sobre um acorde, numa passagem de um acorde para outro, repiquedo ritmo e tantas outras finalidades. Como mostra desse espetacular recurso, usemos a música “EU TEAMO” versão cantada por ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO da “AND I LOVE HER” dos

BEATLES. Aqui, são usados toques de efeito na passagem do acorde Em para Am, ou seja, um

ARRANJO. Observe a cifragem:

EU TE AMOTom: Em Introd. Am Em Am

Em Am Em63 53 52 50 Foi tanto que eu te amei

Am Em63 53 52 50 E não sabia

Am Em63 53 52 50 que pouco a pouco euC D7 G7+

Eu te perdia eu te amo... 

É um arranjo simples, mas que sua omissão tiraria todo o brilho que esta belíssima canção tem.Perceba que todas as notas ficam bem ao alcance dos acordes do acompanhamento, como por exemplo, a nota 50 (nota A) que será o baixo do acorde Am, que está sobre ela. Esteja atento sobre osarranjos dentro das músicas. Eles podem passar despercebidos para alguns, mas sua execução odestaca, dando ênfase ao tocador.

SoloO solo é um arranjo instrumental usado para embeleza as canções. Algumas vezes, ele reproduz

a melodia da parte expressa (cantada) ou se baseia nela. Em outros casos, acompanha a mesmamelodia da introdução. Seguindo as instruções dos demais arranjos, é aconselhável que se ouça bem amúsica e procure reproduzir seu solo usando o acompanhamento (com os acordes) e a melodia do solocujas notas são as usadas para os acordes ou que estão em volta da determinada posição. Ex. quando sefaz o acorde F, reproduzem-se as notas F, A e C. Sobre este acorde, a melodia do solo, arranjo ouintrodução, são essas notas ou, em outros casos, outras notas em volta desse acorde.

Vamos acompanhar um exemplo de um solo para ficar claro este recurso musical. Iremos cifrar o solo da mesma música “EU TE AMO” usada no exemplo de arranjos.

 NOTA: A melodia desta música obedece ao tom de Em e o seu solo sofre uma alteração de um acordeà frente. Portanto, a melodia do solo está na tonalidade de Fm.

Tom: Fm36

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Bbm Fm21 22 11-12 11 12-13

Bbm Fm Bbm Fm33 21 22 11-12 11 33 21 22 11-12 11 12-13

Db Eb Ab7+14 26 36 35 33 43 41 43 35

É perfeitamente possível tocar o acompanhamento e o solo nesta música junto. Experimente.DICAS: 1) As notas à partir da 7a casa do braço do violão tem uma sonora mais fechada que das

 primeiras casas. Estas notas são muito usadas em solos e arranjos em músicas da MPB. 2) O uso deuma palheta dá mais som e é indicado para solos. Mas limita o acompanhamento simultâneo

Exercício prático

1a TAREFA: Este verdadeiro sucesso internacional tem um arranjo que, aliás, é também a mesmaintrodução. Cifre esse arranjo e execute-o com o acompanhamento:

TAREFA: Acompanhe a cifragem da introdução seguinte:

CABECINHA NO OMBROFagner e Roberta MirandaTom: C

Introd. C F C21 23 10 11 13 11 11 13 15 13 11 11 10

G7 C C710 11 13 11 10 10 23 23 10 11 10 23 23 21

F C21 23 10 11 13 11 11 13 15 13 11 11 10

G7 F Em Dm C10 11 13 11 10 10 23 11/43 10/42 23/40 21/53

 NOTA: As notas unidas por uma barra são tocadas juntas ao mesmo tempo. Ex. 11/43.

3a TAREFA: Pesquise nas músicas estudadas até agora e em outras, os efeitos de acompanhamentointrodução, arranjos e solo. A dissonante nona é a mesma nota 9 das escalas maiores e menores. À

 partir dela, vários acordes são formados para dar efeito ao acompanhamento. Vamos averiguar seusacordes dissonantes:

Acordes com 9

A formação é mais do que simples; acrescenta-se a 9a nota ao acorde natural maior e menor e pronto. Lembrando que a nona nota é a mesma segunda. Examine os exemplos de F9 e Fm9: 

1 2 3 4 5 6 7 8 9F = F G A Bb C D E F G F9 = F A C G

Fm = F G Ab Bb C Db Eb F G Fm9 = F Ab C G

FÓRMULAS; Para acordes maiores com 9: FÓRMULAS; Para acordes menores com 9:

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Acordes com 4/9

Embora seja de raro uso e até sem uma aplicação evidente, acordes com 4a e 9a sãoclassificados como acordes dissonantes reais por alguns métodos. Além de que, omite-se a 3a nota(que determina entre acorde maior e menor).

Acordes com 4/9 nem maiores nem menores:

Acordes com 6/9

Nas versões maiores e menores, acordes com 6a maior e 9o maior, a exemplo do modeloanterior, são dissonantes pouco usados. Mesmo assim, tem seu registro aqui. Sua formação é contidadas notas 6 e 9 das escalas maiores sobre os acordes naturais.

FÓRMULAS; Para acordes maiores com 6/9: FÓRMULAS; Para acordes menores com 6/9:

Acordes com 7/9

Estes sim são acordes bem definidos nas seqüências. Os acordes maiores com 7/9 são utilizados como

efeitos principalmente sobre os acordes 1o e 2o maior das seqüências básicas e também o 3o menor. Jáos menores com 7/9 são aplicados mais sobre o 2o acorde menor das seqüências.A formação segue oscritérios comuns usados para as notas 7a menor e 9a maior (ou menor) visto anteriormente.

Fórmulas; Para acordes maiores com 7/9: FÓRMULAS; Para acordes menores com 7/9:

Acordes com 7+/9

Alguns métodos catalogam acordes maiores e menores com 7a maior e 9a maior como acordesdissonantes. Aqui, não classificamos estes como tais por considerarmos supérfluos, embora seja

 possível sua formação.

Acordes com 7/9-

Acordes maiores com sétima menor e NONA DIMINUTA são aplicados nas seqüências geralmentecomo efeito de suavização sobre o acorde maior baixo (2o maior) e 1o acorde menor como passagem

 para o 3om.. Sua versão em acordes menores não tem uma aplicação definida ou clara e é deextraordinário uso. A nona nota diminuta tem uma formação especial. Como se trata de diminuta, ela

não consta na escala dos acordes e sim, na ESCALA COMPLETA DAS NOTAS exatamente umanota anterior à nona da escala dos acordes. Como no caso da 9- de D e Dm; será uma nota antes da 9anota de D (E) na escala completa.

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1 2 3 4 5 6 7 8 ( 9-) 9ESCALA EM D = D E F# G A B C# D Eb E

A nota Eb não faz parte da escala de D. Ela é a nona diminuta por estar uma nota antes de E -- naescala completa -- que é a nona nota de D.

  Obtendo a nona 9- soma-se com a 7a-m aos acordes naturais maiores e menores.

FÓRMULAS; Para acordes maiores com 7/9-: FÓRMULAS; Para acordes menores com 7/9-:

Pratique as seqüências abaixo observando a aplicação dos dissonantes com a nota 9 e 9-

F F9 F F9 Gm Gm9 Gm C7 C7/9 C7 C7/9 F

A7+ D7+ C#m7 F#m7/9- B7 E9 E7 A7

G7+ Bm C D7/9- G7+ Bm C D7/9- G7+

D7+ Gm9 C6/7 F7+ Em7/9 A7/9- D9 D

OCEANODjavanTom: D / Dm Introd. D

D G7+ G/A

Assim que o dia amanheceuA#O Bm Bm7+ Bm7

Lá no mar alto da paixãoBm6 Am7 D7/9

Dava pra ver o tempo ruir Gm7 C7/9 F#m7 B7/9-

Cadê você que solidãoE7/9 G/A

Esquecera de minD7+ G7+ A7Enfim de tudo o que há na terra

A#O Bm Bm7+ Bm7 Não há nada em lugar nenhum

Bm6 Am7 D7/9Que vá crescer sem você chegar Gm7 C7/9 F#m7 B7/9-

Longe de ti tudo parouE7/9 G/A

 Ninguém sabe o que eu sofri...

18 – Efeitos no Baixo

 O estudo de EFEITOS NO BAIXO é semelhante aos efeitos de acompanhamento (cap. 16). Sãoarranjos que se faz nos burdões - cordas que fazem o baixo dos acordes -. Aqui, teremos também umaintrodução ao instrumento contra-baixo, que é destinado a fazer esse trabalho nas bandas musicais.

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Contra-baixo

O baixo é a nota mais grave dos acordes e quem os nomeia. A sua tonalidade aguda rege aseqüência e possibilita a percepção de que acordes se tratam. O instrumento contra-baixo é semelhantea uma guitarra quanto a sua anatomia. Movido à eletricidade, compõe-se de quatro cordas super grossas que correspondem às cordas 3, 4, 5 e 6 do violão na afinação e distribuição das casas.

Veja as cifras abaixo: As mesmas notas do violão nas cordas 3 à 6 é reproduzido no contra-baixo. Em alguns casos, o violãoé usado nas gravações originais como o instrumento para o baixo. Isto acontece com freqüência emsamba, pagode e serestas antigas. Entretanto, o violão tem uma tonalidade mais grave.

Cifragem do baixo

O acompanhamento do baixo é notório nas músicas; basta perceber a sonora mais grave dosacordes. Em alguns ritmos, o baixo é feito apenas com a nota do acorde.Ex. no dedilhado de MÚSICA LENTA, quando tocamos o acorde C7+, o baixo é apenas a nota C(simbolizado com a bolinha preta).

(C) 1 2/3 1 (C) 1 2/3 1

Outros ritmos podem exigir mais do baixo, como é o caso do ritmo de PAGODE; o baixo aqui,geralmente recebe duas notas seguidas; a nota primeira é a do acorde e a outra é a 5a nota básica. Noexemplo de C7+, a primeira é C e a segunda é G:

(C) (C) (G) 

Assim executamos a música “ESSA TAL FELICIDADE” do grupo de pagode

SÓ PRA CONTRARIAR.

O baixo fica mais completo quando usamos ritmos como guarânia, bolero, xote e outros que utilizamtrês ou mais notas. Com isso, as notas do acompanhamento do baixo são, normalmente as três notas

 básicas do acorde (1a, 3a e 5a).

(C) (E) (G) 

Execute esse acompanhamento em “CABECINHA NO OMBRO” com Fagner e RobertaMiranda.

A cifragem para o contra-baixo é da seguinte forma:

A ordem dos toques obedece ao tamanho da bolinha que a representa; da maior para a menor.40

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1o toque 2o 3o.

C = C, E e G Cm = C, Eb e G.

Onde caberia outra nota neste acompanhamento?Poderia ser um toque de efeito sobre a segunda nota como tocar D e no mesmo toque arrastar para E.Exemplo. 40-42.

O baixo no violão

Assim como é usado o contra-baixo separadamente, o violão pode executar o acompanhamentodo baixo em separado ou junto aos acordes, bem como os efeitos de acompanhamento; introdução,arranjo e solo. Isto sim é “violão clássico”.Além dos exemplos dados neste capítulo, tantos outros efeitos podem ser aplicados sobre o baixo noviolão, como por exemplo, arranjos no baixo como passagem de um acorde a outro.

Exemplo: “CIDADÃO”

A E7 A A7 D“Vou pra casa entristecido dá vontade de beber ... 50 52 54 40 e pra aumentar 

A E7o meu tédio eu nem posso olhar o prédio”... Também pode servir como introdução:

Exemplo: “SENTADO À BEIRA DO CAMINHO”

Introd. 55 53 65 63G G6 G ...

Devido à profundidade da música, é impossível demonstrar todos os recursos que se podeaproveitar. Quanto ao baixo, os exemplos aqui não precisam ser seguidos a risca e, aliás, o improviso – desde que correto – é uma grande virtude do bom violonista. Pesquise, compare, pratique e inove.

19 – Acordes com 5+ e 5-

Acordes com 5+

Os acordes maiores e menores com 5a nota aumentada têm aplicações evidentes nas seqüências. Pode

ser utilizado como uma seqüência de efeitos sobre os acordes 1o maior mais o dissonante com 6a. Ex.E E5+ E6 E5+... ou sobre o 1o menor ou 3om. Ex; C#m C#m5+ C#m6.. e outras aplicaçõesisoladas.A 5a nota aumentada não consta na escala dos acordes, mas na escala completa das notas, exatamenteuma nota à frente da 5a nota do acorde. Por exemplo, D5+; a 5a nota aumentada é a nota na escalacompleta depois da 5a nota de D que é A. observe:

1 2 3 4 5 (5+) 6 7 8ESCALA EM D = D E F# G A (A#) B C# D

5+ para D5+ e Dm5+ = A#

FÓRMULAS; Para acordes maiores com 5+: FÓRMULAS; Para acordes menores com 5+:

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Acordes com 5+/7

Apenas na versão de acordes maiores, dissonantes com 7a menor e 5a aumentada são empregados noacorde maior baixo para dar entonação que normalmente antecede o 1o acorde maior. Sua formaçãosegue o exemplo do acorde anterior mais a adição da nota sétima menor ao acorde natural.

G = G, B e D

7a m DE G = F5+ DE G + D# G5+/7 = G, B, D, D# e F.

FÓRMULAS; Para acordes maiores com 5+/7:

Acordes com 5-/7

Esta nota 5a diminuta tem classificação semelhante à aumentada, quer dizer, não consta na escala dosacordes e sim, na escala completa das notas, sendo por sua vez, uma nota ANTES da 5a nota doacorde.

Exemplo: 5- de D:1 2 3 4 (5-) 5 6 7 8

ESCALA DE D = D E F# G (G#) A B C# D

Dificilmente se usa acordes maiores com 7a menor e 5a diminuta. A exemplo de outros acordes raros,eles não têm uma aplicação acintosa. Mesmo assim, classificamos como dissonantes reais.Por outro lado, acordes menores com 5-/7 são bem empregados nas seqüências, especialmente natonalidade menor. A utilização deste é mais visível criando um acorde menor com 5-/7 duas notas àfrente do 1o acorde menor. Ex. Am (1om), Bm5-/7... .Esse dissonante entra na seqüência para anteceder o 5o acorde maior que é uma espécie de acorde

 baixo no tom menor, fazendo uma ponte entre o 1om e o 5o ou o 3om e o 5o.Devido sua semelhança com o 3om, pode facilmente enganar e até o substitui-lo. Acompanhe ademonstração de seqüências em Am:

1). Am = Am Dm Bm5-/7 E7 Am ...Am = Am Bm5-/7 E7 Am ...

 NOTA: A ordem dos números não tem importância. Logo, Am5-/7 é o mesmo que Am7/5-.

FORMULAS; Para acordes maiores com 5-/7: FÓRMULAS; Para acordes menores com 5-/7:

Acordes com 7/9/11+

Este é o último acorde restante. Acorde sem 3a nota -- nem maior nem menor – com 7a menor, nonamaior e décima primeira aumentada. Loucura, não? Classificamos este acorde, mas, a exemplo deoutros, é raridade seu uso e sua aplicação não bem definida. Tanto 7m como 9, não é nada novo.

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Todavia, a nota 11+ é extraordinária. As notas 4 e 11 são as mesmas, logo; 11+ é igual a 4+ queseria o mesmo que 5-, por serem uma nota da escala completa entre as notas 4 e 5 da escala dosacordes. Siga a demonstração: 11+ = 5- de G:

1 2 3 4 ( 5-) 5 6 7 8 9 10 11 (11+) 12ESCALA EM G = G A B C C# D E F# G A B C C# D ...

Daí por diante resta simplesmente agrupar as demais notas 7 e 9 e o baixo em G.

FÓRMULAS; Para acordes com 7/9/11+:

 Encerramos por aqui, a série de acordes. Outros que por ventura, possam ser citados em outrosmétodos, de uma forma ou de outra, estão enquadrados nestes classificados nestes. Considerando N

como qualquer acorde, catalogamos todos os acordes naturais e dissonantes da seguinte maneira: N N4 N4/7 (N7/11) Nm6/9 N5+ Nm NO Nm4/7 (Nm7/11) N7/9 Nm5+ N7 N6 N4/9 Nm7/9 N5+/7 Nm7 Nm6 N9 N7/9- N5-/7 N7+ N6/7 (N7/13) Nm9 Nm7/9- Nm5-/7 Nm7+ Nm6/7 (Nm7/13) N6/9 N/N (baixo alterado) N7/9/11+ Os acordes com baixo alterado (N/N) seguem os exemplos mostrados no cap. 15.Mas, como já foi esclarecido antes, outros casos excepcionais podem formar novos acordes.

 No exercício anterior, ciframos as estrofes de uma canção e deixamos o refrão de lado porque precisaríamos de acordes que só agora neste capítulo vimos.

Eis então:

OCEANODjavanTom: D / Dm

Dm C7/9 F7+ Em5-/7 A5+/7... Amar é um deserto e seus temores

Dm7 C7/9 F7+Vida que vai na sela dessas dores

Gm7 Am7 Não sabe voltar 

Bb7+ Em7 A5+/7Me dá teu calor Dm7 C7/9 F7+ Em5-/9 A5+/7Vem me fazer feliz porque eu te amoDm7 C7/9 F7+Você desagua em min e eu oceano

Gm7 Am7 Bb7+ Em5-/7 A5+/7E esquece que amar é quase uma do - or D F7+ G7+ C D F7+ G7+ C D7+Só sei vi – ver se for por vo - cê.

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A MAÇÃ Raul Seixas (fragmento) Tom: D

D D5+Se eu te amo e tu me amas um amor à dois profanasD6 D7 GO amor de todos os mortaisGm D/F# FO E7

Porque quem gosta de maçã irá gostar de todasA7 A5+/7

Porque todas são iguaisD D5+Se eu te amo e tu me amas e outro vem quando tu chamasD6 D7 GComo poderei te condenar?

Gm D/F# FO E7Infinita tua beleza, como podes ficar presa

A7 DQue nem santa no altar? ...

Pratique as seqüências abaixo:

F F5+ F6 F5+ Gm7 C7 F7+

Gm Gm7+ Gm7 Am5-/7 D7 Gm Gm5+ Gm6 Fm G7 Cm D7 Gm

C G7 Am Bm5-/7 E7 Am D7 G7/9- C

Bb Gm Cm7 F7 F5+/7 Bb

20 – Aplicação da Voz

 Neste capítulo vamos comentar sobre o uso da voz humana como instrumento para cantar eacompanhar o violão, o que é 1a voz, 2a voz, tom, volume, etc. Existe um curso de TÉCNICAS DEVOZ que estuda o aprimoramento vocal para todos os aspectos (não apenas para cantar) e CURSO DECANTO especificamente para quem deseja cantar. Nosso estudo é somente uma introdução ao uso davoz e não, um curso específico como os citados.

Conceito de voz

Quando falamos, não estamos emitindo nenhuma tonalidade, ou seja, não há variação entre grave-

agudo. Prova disto é quando recitamos uma poesia, mensagem ou simplesmente conversamos ao somde um acompanhamento musical; independente desta melodia, a voz é a mesma. Também podemossoar sons não tonantes como a voz falada, soando sons comuns como qualquer barulho.Ex. “pi bip!” (buzina). Entretanto, reproduzir sons tonantes (com variação de tonalidade) cantando,assobiando ou imitando instrumentos musicais com a boca. Neste caso, devemos obedecer ao tom doacompanhamento ou estaremos desafinando a voz, o que não acontece quando falamos.

Propriedades da voz

A primeira coisa relevante é o conceito de TONALIDADE ALTA OU BAIXA e VOLUME que sãocompletamente diferentes:

Tonalidade - é a variação grave (baixo, grosso) e agudo (alto, fino)

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Volume - é a potência do som semelhante ao que controlamos um aparelho.Quando dizemos que alguém está falando alto, significa que o VOLUME está alto. Cantar alto quer dizer em uma TONALIDADE ALTA e não necessariamente em um volume alto. Podemos cantar (num tom) alto ou baixo e controlar o volume para alto ou baixo. Um dos maiores vícios vocais é o denão controlar bem o volume e a tonalidade. Muitas vezes, quando o valor do acompanhamento sobe,costuma-se subir o volume da voz, causando descontrole e comprometendo o canto.

Veja um exemplo comum.

CANTEIROS Fagner GRÁFICO DA TONALIDADE

G

D7DBmA7

“Quando penso em você fecho os olhos de sal –daaaa – de “...

Em decorrência disso, o volume pode ser interpretado erradamente assim:

GRÁFICO DO VOLUME DA VOZALTO

MÉDIO

BAIXO 

“Quando penso em você fecho os olhos de sal- daaaa – de”...

As vozes humanas podem ser dividas em duas categorias; a voz masculina e a feminina. O homem temvoz mais grave e por seu volume de voz é classificado entre tenor (voz forte, volumosa), baixo (baixa)e barítono (média). A mulher, cuja voz é mais aguda cerca de uma oitava, é classificada como soprano(voz forte, volumosa), contralto (baixa) e semi - soprano (voz média). A disponibilidade de transporte

de tonalidade para as melodias possibilita que cada voz seja adequada confortavelmente. Se umamúsica gravada em D é grave ou aguda demais para uma certa voz, ela pode ser executada emqualquer outra tonalidade além de D e, certamente uma se encaixará para cada volume de voz.

 Forçar a voz cantando numa tonalidade inadequada prejudica fisicamente a voz e compromete aexecução.

Vozes das notas 

Toda melodia obedece a um acompanhamento feito por acordes. Cada acorde tem pelo menos, trêsnotas, onde cada nota é um valor de referência para a voz. Supondo o acorde C7, temos as notas C, E,G e Bb. Cada destas notas pode ser uma voz sobre o acorde mencionado. Também duas notas iguais

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⇒ Devemos sempre ter controle da voz para cantarmos numvolume uniforme, ou se a, o mesmo volume

⇒ Selecione o tom das músicas de acordo com o volume da

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em oitavas diferentes (como C nas casas 53 e 21) são vozes separadas. Notas diferentes pode desafinar a melodia ou alterar o acorde para outro dissonante.Ex. a nota F sobre o acorde C o altera para C4 porque F é a 4a nota de DÓ.

A música “YOLANDA” tem duas melodias para o refrão, quer dizer, duas vozes; uma para ChicoBuarque e outra para Simone. Digamos que a 1a voz seja a dele e a 2a a dela.

G D/F# Em Em/D C G?B Am“Es – as can –ção não é mais que mais um – a can – ção...”

 1a voz: 23 23 23 23 34 34 34 45 45 42 42 53 532a voz: 13 13 13 13 23 23 23 34 34 45 45 42 42

 Na primeira sílaba, a 1a voz canta em D (23) e a 2a em G (13). Como ambos estão sobre o acorde G, amelodia está perfeita. Outras vozes poderiam se incorporar aqui; por exemplo, B e outras dessas notasem oitavas diferentes. Quase toda música tem um recheio de outras vozes, especialmente no refrão,

 para preencher mais o canto. Geralmente num volume mais baixo para destacar a 1a voz (do artista principal). Nas músicas sertanejas é marca registrada a distinção de 1a e 2a vozes. Um coral bem

regido explora bastante as vozes e transparece claramente cada uma.

1o Faça um teste de voz usando o violão. Comece pelas notas graves e cante-as pelos seus nomes.

Ex. 60 61 63Mí fá sol...

Se não conseguir alcançar estas notas por serem muito graves, comece da que for possível. No caso deuma voz feminina, possivelmente ela alcançará a partir da nota 30 (G). Neste caso, prossiga assim:

30 32 34 21Sol lá sí dó ...

2o EXERCÍCIO; Tocando uma nota confortável para a voz, cante seguidamente e modula o volumealteando e baixando e sem desafinar. Faça isto em abundância.

3o EXERCÍCIO; 1) Toque um acorde e ouça bem a tonalidade de todas as suas notas tocadas juntas. 2

Procure distinguir o som de cada nota tocando todo o acorde. 3) Procure reproduzir cada nota dentrodesse acorde.

Exemplo: Toque o acorde C e sobre ele, cante cada nota dele: C, E e F e se possível, estas mesmasnotas em oitavas diferentes.

4o EXERCÍCIO; Crie outras vozes para melodias conhecidas substituindo suas notas por outras doacorde do acompanhamento.

Veja uma demonstração:

F F6 F C C9 C F“Pa – ra – bén pra vo – cê nes – as da – ta que – ri – da...”

ORIGINAL 21 21 23 21 11 10 21 21 23 21 13 11 11

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OBS: O hábito de cantar as notas faz com que memorizemos seu tom originalque ajuda a “tirar” as notas e o acompanhamento das músicas e até a afinar o

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SUGESTÃO: 32 32 32 43 42 30 30 30 30 42 40 43 43 ...

Campo Harmônico

Sem duvida este é um dos assuntos mais importantes para quem quer realmente se tornar músico, poiso campo harmônico nos dá a completa visão das possibilidades harmônicas que temos assim comotoda a visualização de escalas, tornando assim o estudo puramente matemático e claro. A principioolhando a tabela tudo é meio confuso, mas é muito mais simples do que parece. Primeiramente temosque entender para quê serve o campo harmônico, qual sua finalidade.O campo harmônico traduz naverdade algo que nós sabemos por instinto, por exemplo, quando você esta compondo uma musica,instintivamente você tenta achar uma seqüência melódica que te agrade, e nas tentativas, é claro que asvezes tocamos seqüências de acordes que parecem não combinar entre si, isso se deve ao fato de queexiste uma seqüência de acordes que se combinam, existe portanto uma seqüência melódica, por exemplo, seria a diferença de tocar em seqüência um acorde maior/ menor/ menor/ menor/ menor/maior temos uma progressão, que quando tocada soa estranho, isso porque existe uma regra paracombinação de acordes, isso não pode ser feito aleatoriamente, você terá um efeito horrível se vocêtocar uma seqüência: Cm/Dm/Em/Fm/Gm/Am/Bm, isso não pode ser feito, então o campo harmônico

serve para nos mostrar a sequência de acordes que irá soar perfeitamente e aonde estariam as escalas para aplicação. Vendo o campo, perceba que ele é composto por  7 graus, a escala musical é composta por sete notas, portanto uma seqüência melódica de acordes está relacionado com a escala musical queé a base de tudo. A primeira coisa a ser feita é entender o campo harmônico natural, o campo da escalamusical, onde você não encontra sustenidos, seria a "mãe" dos campos. Cada grau será também deuma escala, sendo o primeiro grau, da escala jônio, e os outros na seqüência das escalas, segundo

 grau, dórico, terceiro grau, frigio e assim por diante. Na seção das escalas você percebeu, quê asescalas estão escritas na posição original delas ou seja, todas as notas das escalas são naturais,nenhuma têm sustenido ou bemol , vejamos lá em que nota começa a escala jônio? Nota C. é claro, a

escala musical começa com a nota C . Agora temos que entender a relação que existe entre escalas eacordes, veja a escala jônio, tente em cima da escala, que começa em C, montar um acorde de CM e

depois um de Cm, veja em qual desses dois acordes você consegue encaixar na escala, é só pensar, nósestamos vendo o campo harmônico natural sem sustenidos, então veja qual desses dois acordes nãotêm sustenido! É O CM! Esse é o principio do campo harmônico, é você associar a escala ao acorde,veja no campo harmônico a seqüência de acordes do campo natural, já com os acordes associados.CM/Dm/Em/FM/GM/Am/BoPois bem aqui temos o campo harmônico natural, ele servira de base paracriarmos os outros. Para a compreensão de escalas e campo harmônico: Agora feito o primeiro campotemos uma definição sobre os graus.

 primeiro grau será sempre maior 

segundo grau será sempre menor 

terceiro grau será sempre menor 

quarto grau será sempre maior 

quinto grau será sempre maior 

sexto grau será sempre menor 

e o sétimo grau será sempre meio diminuto ou quinta aumentada

Antes de seguir adiante vou explicar porque o sétimo grau é chamado de meio diminuto.A explicação básica do campo harmônico natural é que você tem uma seqüência de acordes que casamcom as escalas, e que nenhum dos acordes e escalas nesse posicionamento tem sustenidos ou bemóis,

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 pois bem faça um acorde de B, tanto faz ser maior ou menor, veja que notas fazem parte do acorde....você irá achar o F#! Ele é a quinta justa de B! Quinta justa seria o seguinte, quando você monta, por exemplo, o modelo maior ou menor da corda E ou A, existe um modelo para o acorde certo? Note queonde está o dedo 3 no acorde corresponde a quinta do acorde, a quinta justa então seria sempre ondeestá seu dedo 3, é chamado quinta justa porque a quinta de B é na verdade, vamos contar juntosB/C/D/E/F  1/2/3/4/5 , é a nota F, mas montando um acorde, a quinta é F#, baseado que nocampo harmônico natural não pode haver sustenidos, temos que tirar esse sustenido do acorde!

Temos dois modelos para esse grau o meio diminuto e o quinta aumentada, ora a quinta justa de B éF#, a quinta aumentada é G! Tiramos o sustenido que não pode ter! Agora como faremos paraentender e criar os outros campos? muito fácil!! O primeiro que fizemos vai servir de base para nós!Uma coisa já esta definida, que são as funções dos graus maior/menor/menor/maior/maior/menor/meiodiminuto, agora mais uma regrinha irá aparecer, é ver quantos tons vamos andar de um grau para ooutro, veja abaixo:

PRIMEIRO PARA O SEGUNDO 1 TON

SEGUNDO PARA TERÇEIRO 1 TON

TERÇEIRO PARA QUARTO ½ TON

QUARTO PARA QUINTO 1 TON

QUINTO PARA SEXTO 1 TON

SEXTO PARA SÉTIMO 1 TON

 NOTE QUE NO CAMPO HARMÔNICO NATURAL ESSA REGRA SE APLICA!

Vamos criar o campo harmônico de GPRIMEIRO GRAU MAIOR  GM

DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO GRAU ANDE 1 TON

SEGUNDO GRAU É MENOR: AM

SEGUNDO PARA O TERCEIRO GRAU ANDE 1 TON

TERÇEIRO GRAU MENOR: BM

TERCEIRO PARA QUARTO GRAU ANDE ½ TON

QUARTO GRAU MAIOR: CM

QUARTO PARA QUINTO GRAU ANDE 1 TON

QUINTO GRAU MAIOR: DM

 QUINTO PARA SEXTO GRAU ANDE 1 TON

SEXTO GRAU MENOR: Em

SEXTO PARA SETIMO GRAU ANDE 1 TON

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SÉTIMO GRAU MEIO DIMINUTO OU 5+: F#o ou 5+

É pura matemática, é só seguir a regra que não têm o que errar, você tem 12 campos para criar,porque existem na verdade 12 notas.

E O CAMPO HARMÔNICO NATURAL É O ÚNICO QUE NÃO TÊM SUSTENIDO OUBEMOL!!!

Agora você sabe quais acordes se casam, mas veja bem, existe sempre as exceções, muitas musicassão criadas com 2 campos diferentes, ou até 3, mas agora tudo têm uma explicação lógica ematemática, 2 casos comuns é em uma determinada musica, ela se progredir para o campo harmônicorelativo, por exemplo vejamos qual seria o campo harmônico relativo de C, É SO VÊR QUAL É AQUINTA DE C. 

Campo harmônico relativo de C é o de G, então determinada musica esta se desenvolvendo no de C erepentinamente vai para o de G, SOA MUITO BEM! Outra opção e fazer uma base, por exemplo,Am/FM/GM e andar essa mesma base 1 ton para frente ficaria então Bm/GM/AM outro efeito bemlegal.

Então o campo harmônico alem de facilitar o seu trabalho de composição, já te mostra onde estão asescalas para solar,já lhe da opções de acordes e facilita e muito para tirar musicas de ouvido, ache dois,três acordes e tente identificar em que campo está, você poderá tirar o resto vendo quais os acordesque fazem parte do campo, e para solos ficará muito mais fácil tira-lo, sabendo onde estão as escalas.

E lembre-se que, o sétimo grau sempre você terá que usar o acorde ou de 5+ ou meio diminuto!em qualquer campo harmônico!

F G A B C D (terças) (escala de C maior começando por E) 

Ao se tocar esta escala em superposição de terças novamente, teremos:

Ex 2:  C D E F G A B (tônicas) e quinta).

A escala de C maior é:

C D E F G A B 

O Objetivo é transformar saber quais acordes saem desta escala. Ao se tocar esta escala emsuperposição de terças (sabemos q os acordes são superposição de terças

Primeiro vamos analisar a escala de C maior (escala usada para primeiros estudos pois é a escala maissimples,não tem nenhum acidente(sustenido ou bemol), sob a forma de tríade (3 notas - tônica,terça),teremos:

Ex 1:  C D E F G A B (tônicas) 

E E F G A B C D (terças) 

G A B C D E F (terça da terça=quintas) (escala de C maior começando por G) 

Primeiro acorde 

- Ao destacarmos cada coluna, ou seja se tocarmos C + E + G teremos qual acorde?

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Acorde: C (que é a tônica), E (que é a 3a. Maior do C) e G (que é a 5a. Justa do C).

Harmonizamos o primeiro acorde do Campo Harmônico de C maior: C (acorde de dó maior).

Segundo acorde: 

- Ao destacarmos a segunda coluna, ou seja, se tocarmos D + F + A teremos qual acorde? Acorde: D

(que é a tônica), F (que é a 3a. menor do D) e A (que é a 5a. Justa do D).

Harmonizamos o segundo acorde do Campo Harmônico de C maior: Dm (acorde de ré menor).

Terceiro acorde 

- Ao destacarmos a terceira coluna, ou seja, se tocarmos E + G + B teremos qual acorde?

Acorde: E (que é a tônica), G (que é a 3m do E) e B (que é a 5J do E).

Harmonizamos o terceiro acorde do Campo Harmônico de C maior: Em (acorde de mi menor).

Quarto acorde 

- Ao destacarmos a quarta coluna, ou seja se tocarmos F + A + C teremos qual acorde?

Acorde: F (que é a tônica), A (que é a 3M do F) e C (que é a 5J do F).

Assim, harmonizamos o quarto acorde do Campo Harmônico de C maior: F (acorde de fá maior).

Quinto acorde 

- Ao destacarmos a quinta coluna, ou seja se tocarmos G + B + D teremos qual acorde?

Acorde: G (que é a tônica), B (que é a 3M do G) e D (que é a 5J do G).

Assim, harmonizamos o quinto acorde do Campo Harmônico de C maior: G (acorde de sol maior).

Sexto acorde 

- Ao destacarmos a sexta coluna, ou seja se tocarmos A + C + E teremos qual acorde?

Acorde: A (que é a tônica), C (que é a 3m do A) e E (que é a 5J do A).

Assim, harmonizamos o sexto acorde do Campo Harmônico de C maior: Am (acorde de lá menor).

Sétimo acorde Ao destacarmos a sétima coluna, ou seja se tocarmos B + D + F teremos qual acorde?

Acorde de: B (que é a tônica), D (que é a 3m do B) e F (que é a 5a. DIMINUTA do B).

Assim,harmonizamos o sétimo acorde do Campo Harmônico de C maior:

Bm(b5) (acorde de si menor com quinta diminuta).

Logo, os sete acordes do campo harmônico de C maior são: 

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C – Dm – Em – F – G – Am – Bm(b5) 

Campo harmônico Maior

Relativo Maior ou

TônicaMenor Menor  

Maior ou

Subdominante

Maior ou

DominanteRelativo Menor Meio Diminuto (Ø)

I - M7+Jônio II - m7Dórico III - m7Frígio IV - M7+Lídio V - M7Mixolídio VI - m7Eólio VII - m7b5 (Ø)Lócrio

C Dm Em F G Am BØ

G Am Bm C D Em F#Ø

D Em F#m G A Bm C#Ø

A Bm C#m D E F#m G#Ø

E F#m G#m A B C#m D#Ø

B C#m D#m E F# G#m A#Ø

F# G#m A#m B C# D#m E#Ø

C# D#m E#m F# G# A#m B#Ø

F Gm Am Bb C Dm EØ

Bb Cm Dm Eb F Gm AØ

Eb Fm Gm Ab Bb Cm DØ

Ab Bbm Cm Db Eb Fm GØ

Db Ebm Fm Gb Ab Bbm CØ

Gb Abm Bbm Cb Db Ebm FØ

Cb Dbm Ebm Fb Gb Abm BbØ

Campo harmônico Menor

I - m7+Eólio 7+

II - ØLócrio 6M

III - M7+5#Jônio 5#

IV - m7Dórico 4#

V - M7Frígio 3

VI - M7+Lídio 2#

VII - dim (O)Alt 6

Am BØ C Dm E F G#dim

Em F#Ø G Am B C D#dim

Bm C#Ø D Em F# G A#dim

F#m G#Ø A Bm C# D E#dimC#m D#Ø E F#m G# A B#dim

Fm GØ Ab Bbm C Db Edim

Bbm CØ Db Ebm F Gb Adim

Ebm FØ Gb Abm Bb Cb Ddim

Abm BbØ Cb Dbm Eb Fb Gdim

Dbm EbØ Fb Gbm Ab Bbb Cdim

Gbm AbØ Bbb Cbm Db Ebb Fdim

Cbm DbØ Ebb Fbm Gb Abb BbdimCm DØ Eb Fm G Ab Bdim

Gm AØ Bb Cm D Eb F#dim

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Dm EØ F Gm A Bb C#dim

Campo Harmônico é o conjunto de acordes formado a partir das notas de uma determinada escala.Esses acordes são extraídos de uma das quatro escalas estruturais: a maior, a menor, a menor harmônica e a menor melódica. Também pode ser chamado de estrutura tonal visto que odesenvolvimento da harmonia está inteiramente ligado ao aparecimento e desenvolvimento doconceito de tonalidade.

1. Melodia

As melodias são feitas dentro de um contexto em que existe um centro tonal indicando uma harmoniae uma escala. Os acordes sugeridos pela melodia estão contidos no que se chama campo harmônico.

2. Acordes

Para montar o campo harmônico é necessário conhecermos os intervalos (explicado abaixo) e as notasda escala. Cada acorde é formado basicamente por três notas (tríade), a primeira, a terceira e a quinta

notas da escala. Tomando como exemplo a escala de dó maior - dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó -, o acordeterá as notas dó, mi e sol. A primeira nota (dó) dá nome ao acorde, a terceira (mi) o classifica emmaior ou menor - a escala maior forma o acorde maior e a menor o acorde menor (no exemplo dado, -dó, mi, sol - o acorde é dó maior); e a quinta nota o classifica em aumentado ou diminuto, no caso deescala aumentada ou diminuta.

3. Tríades

Intervalos para um acorde maior, exemplo: C

dois tons da tônica para a terça (de C para E) um tom e meio da terça para a quinta (de E para G)

Intervalos para um acorde menor, exemplo: Dm

um tom e meio da tônica para a terça (de D para F) dois tons da terça para quinta (de F para A)

Intervalos para um acorde aumentado, exemplo: F+

dois tons da tônica para a terça (de fá para lá) dois tons da terça para a quinta (de lá para dó sustenido)

Intervalos para um acorde diminuto, exemplo: E° um tom e meio da tônica para a terça (de mi parasol) um tom e meio da terça para quinta (de sol para si bemol)

4. Graus da escala

Cada uma das notas da escala gera um acorde e o resultado são sete acordes, que, de acordo com osconceitos da harmonia funcional, a primeira nota (tendo ainda como exemplo a escala de dó maior),dó, é o 1º Grau (tônica); ré, o 2º Grau (supertônica); mi, o 3º Grau (mediante); fá, o 4º Grau(subdominante); sol, o 5º Grau (dominante); lá, o 6º Grau (superdominante); e si, o 7º Grau (sensível).

A menor distância de uma a outra nota é o semitom. Dois semitons formam a distância de um tom; trêssemitons formam a distância de um tom e meio; quatro semitons formam dois tons; etc. A distância

entre uma nota e outra é chamada de interválo, e os interválos que formam a escala são os de semitom,de tom e de um tom e meio.

5. Escalas

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Assim os interválos da escala maior (para exemplo em dó as notas são: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si e dó)

Tom: de dó para ré, de ré para mi, de fá para sol, de sol para lá, de lá para si;

Semitom: de mi para fá e de si para dó.

Da escala menor (para exemplo em lá as notas são: lá, si, dó, ré, mi, fá, sol e lá):

Tom: de lá para si, de dó para ré, de ré para mi, de fá para sol, de sol para lá;

Semitom: de si para dó e de mi para fá.

Da escala menor harmônica (é a escala menor com o sétimo grau um semitom acima

- para exemplo em lá as notas são: lá, si, dó, ré, mi, fá, sol# e lá):

Tom: de lá para si, de dó para ré e de ré para mi;

Semitom: de si para dó e de mi para fá, de sol# para lá;

Um tom e meio: de fá para sol#.

Da escala menor melódica (é a escala menor com o sexto e o sétimo

graus um semitom acima - para xemplo em lá as notas são: lá, si, dó, ré, mi, fá#, sol# e lá):

tom: de lá para si, de dó para ré, de ré para mi, de mi para fá# e de fá# para sol#;

semitom: de si para dó e de sol# para lá.

6. Cifras

Maiores:

C = dó maior 

D = ré maior 

E = mi maior 

F = fá maior 

G = sol maior 

A = lá maior 

B = si maior 

Menores:

Cm = dó menor 

Dm = ré menor 

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Em = mi menor 

Fm = fá menor 

Gm = sol menor 

Am = lá menor 

Bm = si menor 

Aumentados:

C+ = dó aumentado

D+ = ré aumentado

E+ = mi aumentado

F+ = fá aumentado

G+ = sol aumentado

A+ = lá aumentado

B+ = si aumentado

Diminutos:

C° = dó diminuto

D° = ré diminuto

E° = mi diminuto

F° = fá diminuto

G° = sol diminuto

A° = lá diminuto

B° = si diminuto

7. Sinal Sustenido e Bemol

O sustenido eleva a entoação da nota em um semitom e o bemol abaixa a entoação em semitom.

Exemplo:

C# (lê-se dó sustenido maior)

Eb° (lê-se mi bemol diminuto)

8. Campo Harmônico da Escala Maior

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1º grau: sempre maior. ex: C

2º grau: sempre menor. ex: Dm

3º grau: sempre menor. ex: Em

4º grau: sempre maior. ex: F

5º grau: sempre maior. ex: G

6º grau: sempre menor. ex: Am

7º grau: sempre tipo diminuto. ex: Bm5-

Bemol

Tom de C

C Dm Em F G Am B° C

Tom de F

F Gm Am Bb C Dm Em5- F

Tom de Bb

Bb Cm Dm Eb F Gm Am5- Bb

Tom de Eb

Eb Fm Gm Ab Bb Cm Dm5- Eb

Tom de Ab

Ab Bbm Cm Db Eb Fm Gm5- Ab

Tom de Db

Db Ebm Fm Gb Ab Bbm C° Db

Tom de Gb

Gb Abm Bbm Cb Db Ebm Fm5- Gb

Tom de Cb

Cb Dbm Ebm Fb Gb Abm Bbm5- Cb

Sustenido

Tom de C

C Dm Em F G Am Bm5- C

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Tom de G

G Am Bm C D Em F#m5- G

Tom de D

D Em F#m G A Bm C#m5- D

Tom de A

A Bm C#m D E F#m G#m5- A

Tom de E

E F#m G#m A B C#m D#m5- E

Tom de B

B C#m D#m E F# G#m A#m5- B

Tom de F#

F# G#m A#m B C# D#m E#m5- F#

Tom de C#

C# D#m E#m F# G# A#m B#m5-° C#

9. Campo Harmônico da Escala Menor

Os acordes formados no campo harmônico menor sempre seguirão a ordem:

1º grau: sempre menor. ex: Am

2º grau: sempre tipo diminuto. ex: Bm5-

3º grau: sempre maior. ex: C

4º grau: sempre menor. ex: Dm

5º grau: sempre menor. ex: Em

6º grau: sempre maior. ex: F

7º grau: sempre maior. ex: G

Bemol

Tom de Am

Am Bm5- C Dm Em F G Am

Tom de Dm

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Dm Em5- F Gm Am Bb C Dm

Tom de Gm

Gm Am5- Bb Cm Dm Eb F Gm

Tom de Cm

Cm Dm5- Eb Fm Gm Ab Bb Cm

Tom de Fm

Fm Gm5- Ab Bbm Cm Db Eb Fm

Tom de Bbm

Bbm Cm5- Db Ebm Fm Gb Ab Bm

Tom de Ebm

Ebm Fm5- Gb Abm Bbm Cb Db Em

Tom de Abm

Abm Bbm5- Cb Dbm Ebm Fb Gb Am

Sustenido

Tom de Am

Am Bm5- C Dm Em F G Am

Tom de Em

Em F#m5- G Am Bm C D Em

Tom de Bm

Bm C#m5- D Em F#m G A Bm

Tom de F#m

F#m G#m5- A Bm C#m D E F#m

Tom de C#m

C#m D#m5- E F#m G#m A B C#m

Tom de G#m

G#m A#m5- B C#m D#m E F# G#m

Tom de D#m

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D#m E#m5- F# G#m A#m B C# D#m

Tom de A#m

A#m B#m5- C# D#m E#m F# G# A#m

10. Campo Harmônico da Escala Menor Harmônica

Os acordes formados no campo harmônico da escala menor harmônica sempre seguirão a ordem:

1º grau: sempre menor. ex: Am

2º grau: sempre diminuto. ex: B°

3º grau: sempre aumentado. ex: C+

4º grau: sempre menor. ex: Dm

5º grau: sempre maior. ex: E

6º grau: sempre maior. ex: F

7º grau: sempre diminuto. ex: G#°

Bemol

Tom de Am

Am B° C+ Dm E F G#° Am

Tom de Dm

Dm E° F+ Gm A Bb C#° Dm

Tom de Gm

Gm A° Bb+ Cm D Eb F#° Gm

Tom de Cm

Cm D° Eb+ Fm G Ab B° Cm

Tom de Fm

Fm G° Ab+ Bbm C Db E° Fm

Tom de Bbm

Bbm C° Db+ Ebm F Gb A° Bm

Tom de Ebm

Ebm F° Gb+ Abm Bb Cb D° Em

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Tom de Abm

Abm Bb° Cb+ Dbm Eb Fb G° Am

Sustenido

Tom de Am

Am B° C+ Dm E F G#° Am

Tom de Em

Em F#° G+ Am B C D#° Em

Tom de Bm

Bm C#° D+ Em F# G A#° Bm

Tom de F#m

F#m G#° A+ Bm C# D E#° F#m

Tom de C#m

C#m D#° E+ F#m G# A B#° C#m

Tom de G#m

G#m A#° B+ C#m D# E Fx° (G°) G#m

Tom de D#m

D#m E#° F#+ G#m A# B Cx° (D°) D#m

Tom de A#m

A#m B#° C#+ D#m E# F# Gx° (A°) A#m

Aquelas famosas “7 notas musicais” constituem, na verdade, a escala maior de dó. Uma escala é um

conjunto de notas cujos intervalos entre elas são pré-definidos. A escala maior tem como você pode perceber (entre cada nota mencionada acima, há um intervalo de meio tom), os seguintes intervalosentre as notas: Tom - tom - semitom - tom - tom - tom - semitom. 

Olha só a escala maior de dó:

dó -> ré (um tom)ré -> mi (um tom)mi -> fá (meio tom)fá -> sol (um tom)sol -> lá (um tom)

lá -> si (um tom)si -> dó (meio tom)

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A partir desse princípio, ou dessa fórmula simples, podemos montar a escala maior em qualquertom.

Vamos tentar a escala maior de fá:

fá + 1 tom = solsol + 1 tom = lá

lá + 1/2 tom = si bemol (ou lá sustenido)si bemol + 1 tom = dódó + 1 tom = réré + 1 tom = mimi + 1/2 tom = fá

Perceba a aplicação da fórmula “tom tom semitom tom tom tom semitom”. É isso que define que aescala é uma escala maior (para quem já manja de escalas, isso é apenas uma simplificação com finsdidáticos).

Funções

Até agora demos nomes às notas. Nomes são apenas nomes. Agora trabalharemos com funções. Cadanota numa escala, assim como cada acorde numa melodia, tem uma função específica, ou seja, cadanota desempenha um papel, se comporta duma maneira.Vamos brincar um pouco com as notas, para que você perceba a funcionalidade de algumas delas. Naverdade, esses conceitos são bem familiares para qualquer músico. Vamos brincar com a geração eresolução de *tensão*. Quando uma nota ou acorde *gera* tensão, o músico sente aquela vontadeirresistível de *resolvê-la*, tocando mais uma nota. Tensão é aquela aflição que você fica sentindoenquanto aquela outra nota não chega. Por exemplo: a maioria das melodias simples termina com omesmo acorde que começa, simplesmente porque esse é um meio fácil de resolver qualquer tensão

existente, Teórico demais? Ok! Vamos praticar.Execute, da maneira que achar melhor, a seguinte progressão: C, F, G. 

Executou? E aí? Aposto que mais da metade dos músicos acabou jogando mais um C no final, e, atéquem não o fez, teve vontade de fazer. O que aconteceu? Aconteceu (não se preocupe se você nãoentender nada do que eu vou falar agora) que estamos no campo harmônico de dó, e o F é asubdominante do campo e o G é o dominante. Tocando dessa forma, há a geração de muita tensão por 

 parte do dominante, que é acrescida pelo fato dele ter vindo logo após a subdominante. No fim das contas, o G gerou tensão, e quem resolve essa tensão com eficácia é o C, ficando assim:

C, F, G, C. Tocando desse jeito, pode-se encerrar essa melodia com a sensação de dever cumprido.

Isso mostra que certos acordes, num campo harmônico, têm certas funções. Alguns geram tensão,outros resolvem tensão, e outros são excelentes para passagem. Da mesma forma, as notas têm suasfunçõesnuma escala, e essas funções têm nomes, que são:

tônicasegunda - supertônica/submedianteterça - mediantequarta - subdominantequinta - dominantesexta - superdominante

sétima - sensíveloitava

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Em geral, a subdominante gera alguma tensão que, dificilmente, será resolvida pela tônica. É como seela não fosse suficiente em alguns casos. Já a dominante, quando não é precedida pela subdominante,também não parece pedir a tônica. Conforme você for praticando e se tornando familiar com as notas,conseguirá identificar esses papéis com facilidade.

Acordes

Depois que você domina as escalas, os acordes são absolutamente simples. E eles são mesmo. Antesde mais nada, vamos saber o que é um acorde. Muita gente define os acordes de várias maneirasdiferentes. Em geral, são definições errados. Uma acorde não é nada mais nada menos que doisintervalos ou mais. Veja só:

1 nota = 1 nota2 notas = 1 intervalo2 intervalos = 1 acordeMais de 2 intervalos = 1 acorde

C. O dó maior é um acorde formado por três notas e dois intervalos. As notas são dó, mi e sol. Osintervalos são a terça maior e a quinta justa (em relação ao dó) ou a terça maior e a terça menor (a

 primeira entre o dó e o mi, a segunda entre o mi e o sol). Escala, onde estão as notas que formam o C:

dó - tônicaré - segunda maiormi - terça maiorfá - quartasol - quinta justalá - sextasi - sétima maior

dó - oitavaAssim, qualquer acorde maior é formado por esses dois intervalos: terça maior e quinta justa. Essesacordes com três notas são chamados de “tríades”. Vamos ver, agora, que notas formam o D. Primeiro,quem é a terça maior do ré? Bem, sabemos que a terça maior é o intervalo de 2 tons. Então, a terçamaior de ré é o fá sustenido. Segundo, quem é a quinta justa do ré? Sabemos que a quinta justa é ointervalo de 3 tons e meio. Então, a quinta justa do ré é o lá. Assim, as notas que formam o D (rémaior) são ré, fá sustenido e lá. Simples, não? Viu como é importante dominar as escalas? Ok, para ser 

 preciso, as tríades são formadas pelos graus I, III e V das escalas, sejam quais forem. Para formar-seum acorde maior, usam-se esses graus da escala maior, ou o modo jônio. Mas você já viu acordesmenores, não viu? Esses são formados com os graus I, III e V do modo aeólio, que é conhecido como

menor natural. Para exemplificar, vamos formar o Cm. Primeiramente, montamos a escala de dóaeólio, ou a *escala menor de dó*. “Escala menor natural” é um apelido do modo aeólio. O modoaeólio é formado iniciando-se no sexto grau da escala maior. Isso nos dá a fórmula “tom semitom tomtom semitom tom tom”. Assim, temos:

I - dó - tônica(1 tom)II - ré - segunda maior(0,5 tom)III - mi bemol - terça menor(1 tom)

IV - fá - quarta(1 tom)V - sol - quinta justa(0,5 tom)

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VI - lá bemol - sexta(1 tom)VII - si bemol - sétima menor(1 tom)VIII - dó - oitava

Agora vamos pegar os graus I, III e V dessa escala. Como você pode ver, teremos dó, mi bemol e sol,

ou tônica, terça menor e quinta justa. Preste atenção e me responda: qual é a diferença entre C e Cm?

Tempo…

A terça! No acorde “dó maior”, a terça é “maior”. No acorde “dó menor” a terça é “menor”. Tanto atônica quanto a quinta permanecem inalteradas! Se você toca teclado, deve ter notado que basta voltar uma tecla para ter o acorde menor. Se você toca violão, perceba que você volta uma casa (meio tom)

 para formar um acorde menor (um bom exemplo é aquele E e o Em feitos nas casas 1 e 2, ou o G eGm feitos nas casas 3, 4 e 5, com pestana).

A sétima

Você deve estar se perguntando: “e aqueles acordes com sétima?”. A sétima é um pouco maiscomplicada de se explicar antes de estudarmos campo harmônico. Mas, para formar um acorde comsétima, tudo o que você tem que fazer é pegar os graus I, III, V e VII de alguma escala. Um acorde“maior com sétima maior” é formado usando-se a escala maior. Um acorde “menor com sétima” éformado usando-se a escala menor natural (modo aeólio)

Campo harmônico

Talvez você tenha percebido, por exemplo, que nas músicas que começam com G, o D é sempre maior 

e, quando a música começa em C, o D é sempre menor. Quase sempre é assim. E isso tem um bommotivo. O campo harmônico é um conjunto de acordes. Você deve ter notado que o estudo de teoriamusical é cheio de agregação: várias notas formam uma escala, das escalas saem os acordes e váriosacordes formam um campo harmônico. Assim que formarmos nosso primeiro campo, muita coisa

 passará a fazer sentido. É difícil dar uma boa definição de campo harmônico, então, ao invés de ficar tentando explicar, vamos botar logo a mão na massa. Formaremos um dos campos harmônicos maisusados nas músicas em geral, o campo harmônico maior de dó. Alguns o chamam de “campoharmônico de dó maior” (o que me parece mais correto).O que você vai precisar é: saber formar uma escala maior, saber formar um acorde (pegando os grauscertos da escala) e saber identificar um acorde (chamá-lo de maior ou menor, por exemplo). E tudoisso você já deve saber.

Pois bem, o primeiro passo é dar o tom: C. Sabemos que o C é formado por dó, mi e sol. Sabemos,também, que o mi é a terça maior de dó, por isso o acorde é maior. Vamos jogar isso no topo dumatabela:

dó - mi - sol = C

Agora, fazemos o seguinte: escrevemos as notas uma embaixo da outra, em ordem, seguindo a escalamaior de dó.

dó - mi - sol = Cré - fá - lá

mi - sol - sifá - lá - dósol - si - rélá - dó - mi

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si - ré - fádó - mi – sol

Pronto. Veja que a primeira coluna é a própria escala maior de dó. A segunda e a terceira também, mascomeçam em outras notas. Até agora, usamos nosso conhecimento de escalas. Agora, olhando para as

linhas dessa tabela, formaremos os acordes. Veja a segunda linha: ré - fá - lá. Entre ré e fá há 1,5 tom,

e entre ré e lá há 4,5 tons, ou seja: terça menor e quinta justa. Conclusão? Dm!

dó - mi - sol = Cré - fá - lá = Dmmi - sol - si = Emfá - lá - dó = Fsol - si - ré = Glá - dó - mi = Amsi - ré - fá = Bdimdó - mi - sol = C

O B, na verdade, é “meio diminuto”, pois não estamos formando acordes com sétima ainda.E essa é a fórmula dos campos harmônicos maiores: maior, menor, menor, maior, maior, menor,diminuto, maior. Veja isso na tabela. Se quisermos formar, agora, o campo harmônico de sol maior,

 por exemplo, basta jogarmos esses “maior, menor” na escala de sol, e teremos: sol maior, lá menor, simenor, dó maior, ré maior, mi menor, fá sustenido diminuto e sol maior, ou “G, Am, Bm, C, D, Em,F#dim, G”. Simples. Agora você entendeu o porquê de o D ser menor quando o tom é C, e maior quando o tom é G? Olhe os campos harmônicos! Muita gente, quando ouve a pergunta “quais são asnotas musicais?” responde: “dó ré mi fá sol lá si”. Essa resposta está errada. As notas musicais são 12(e não apenas 7), e são:

dó, dó sustenido (ou “ré bemol”), ré, ré sustenido (ou “mi bemol”), mi, fá, fá sustenido (ou “solbemol”), sol, sol sustenido (ou “lá bemol”), lá, lá sustenido (ou “si bemol”), e si

Aquelas famosas “7 notas musicais” constituem, na verdade, a escala maior de dó. Uma escala é umconjunto de notas cujos intervalos entre elas são pré-definidos. A escala maior tem, como você pode

 perceber (entre cada nota mencionada acima, há um intervalo de meio tom

Funções de acordes

Antes de estudarmos as funções, formaremos o campo harmônico de dó maior usando as sétimas, edaremos os nomes das funções:

dó - mi - sol - si = C7 (tônica)ré - fá - lá - dó = Dm7mi - sol - si - ré = Em7fá - lá - dó - mi = F7 (subdominante)sol - si - ré - fá = G7 (dominante)lá - dó - mi - sol = Am7si - ré - fá - lá = Bdimdó - mi - sol - si = C7

Os acordes maiores têm funções com nomes bonitos, os menores são, cada um, o “relativo menor” de

outro acorde maior, e o diminuto tem uma função esquisita que, em geral, se confunde com o segundoacorde do campo harmônico. O que ocorre com os relativos menores é que há apenas uma nota dediferença entre eles e os acordes com os quais se relacionam. Compare as notas de C e Am,

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dó - mi - sol - si = C7+

lá - dó - mi - sol = Am7A

diferença se resume a sumir com um “si” e botar um “lá” no começo. Para achar o relativo menor dumacorde, bastar dar dois passos para trás no campo harmônico. Assim, o relativo menor de C é Am, deG é Em e de F é Dm. É por causa dessa pouca diferença que, às vezes, podemos trocar um acorde por 

outro. Se o tom é G, pode-se, em algumas músicas, tocar o Bm ao invés do D, pois Bm é o relativomenor de D.

Acordes, campo harmônico e modos gregos.

Todo guitarrista solo que se preze sabe que, em geral, você pode usar a escala do relativo menor dotom para solar. Quando a música é em C, pode-se, em geral, solar em Am. Se a música é em G, pode-se solar em Em. O problema é que alguns músicos acham que isso é apenas um fenômeno natural, semexplicação, e esquecem que o relativo menor é formado usando-se o modo aeólio da escala maior dotom. Em resumo, se o tom é C, então, começando uma escala pelo sexto tom da escala maior de dó(que é o modo aeólio), temos a escala menor de lá, que gera o acorde Am. Mas isso não éexclusividade da escala menor natural. Pode-se solar, por exemplo, no modo dórico de ré, ou no modofrígio de mi. Os modos estão diretamente relacionados aos graus do campo harmônico. Você lembraque formamos um Dm usando os graus I, III e V do modo dórico de ré? E o ré não é o grau II daescala maior de dó? Logo, no campo harmônico maior de dó, o D é menor! Faz sentido! Tudo seencaixa. Assim, ao escolher uma escala para se solar, têm-se, já de prima, sete opções:

dó jônio (que gera C7+)ré dórico (que gera Dm7)mi frígio (que gera Em7)fá lídio (que gera F7+)

sol mixolídio (que gera G7)lá aeólio (que gera Am7, o menor relativo de C)si lócrio (que gera Bdim)

Inversões

Você já viu aquela notação com dois acordes e uma barra no meio? Como C7+/G. Isso é umainversão, ou seja, a nota mais grave desse acorde deixou de ser a tônica, e passou a ser alguma outra.

 No exemplo dado, o baixo (a nota mais grave) é o sol.É importante salientar que a sonoridade dum acorde quase não muda quando este é invertido se omesmo for uma tríade. Se você toca violão, quase sempre pode ignorar o segundo acorde. Se toca

teclado, pode usar apenas o segundo acorde e ignorar o primeiro.Quando se trata de tétrades (com a sétima presente), aí sim, o som fica bem diferente.

Funções das inversões

As inversões podem, de certa forma, mudar a função dum acorde. Imagine uma música cujo tom é C. Nesse campo harmônico, F7+ é o subdominante. Mas, que acontece se usarmos um F7+/A? Veja só:

F7+ = fá, lá, dó, mi.

F7+/A = lá, dó, mi, fá.

Vejamos agora os intervalos:

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Entre fá e lá: terça maiorEntre fá e dó: quinta justaEntre fá e mi: sétima maior

Entre lá e dó: terça menorEntre lá e mi: quinta justaEntre lá e fá: sexta

Assim, F7+/A poderia ser chamado de Am6. E Am6 tem cara de relativo menor. Assim, um acordecom inversão poderia ser usado para fazer o papel de dois acordes, nesse caso: Am e F7+. Seria um“policorde”.

É claro que essas mudanças todas são bem relativas, e dependem muito da música. Há casos em quetrocar um acorde por seu relativo menor é absurdo, há casos em que ignorar uma inversão acaba com amelodia. Há casos e casos. O importante é ter consciência de tudo isso, pois são ferramentas muitoúteis em vários momentos da vida de um músico (quando um acorde é complicado e você não temtempo de se acostumar, ou uma corda arrebentou, ou quando você quer fazer algo diferente e bonito).

O ciclo das quintas

O ciclo das quintas é uma ferramenta que serve para saber o número de acidentes numa escala. Eu, particularmente, não gosto de chamar os sustenidos e bemóis de “acidentes”, mas, como todoschamam, eu me obrigo a chamar também… O ciclo das quintas ascendente serve para sabermos onúmero de sustenidos. O ciclo das quintas descendente serve para sabermos o número de bemóis.Vou dar um exemplo: quantas notas sustenidos há na escala maior de ré? A resposta é duas. Por quê?Pelo ciclo das quintas ascendente.

Montando o ciclo das quintas ascendente.

É bem simples fazer isso. Começando no dó, você pergunta: “quem é a quinta de dó?”, e bota aresposta depois do dó. A resposta é sol. Daí pergunta novamente: “quem é a quinta de sol?”, e bota aresposta depois de sol. A resposta é ré. E por aí vai. Assim, sabemos que a escala maior de dó não temacidentes. A escala maior de sol tem um sustenido, e a escala maior de ré tem dois sustenidos.

dó - 0 sustenidossol - 1ré - 2lá - 3mi - 4

si - 5fá sustenido - 6dó sustenido – 7

Lembra que pra montar a tabuada do nove você ia numerando pra cima e para baixo? Pois é, essascoisas são cheias de macetes. Dê uma olhada nas notas “uma sim, uma não”. Depois, veja elas “umanão, uma sim”: é só ir pulando um tom até o dó sustenido (no qual, logicamente, todas as notas sãosustenidos).

Montando o ciclo das quintas descendente.

Agora, ao invés de subirmos uma quinta, vamos descer uma quinta. A pergunta passa a ser:

“o dó é quinta de quem?”.

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dó - 0 bemóisfá - 1si bemol - 2mi bemol - 3lá bemol - 4ré bemol - 5sol bemol - 6

dó bemol – 7

a) quantos sustenidos há na escala maior de fá?

Resposta simples: nenhum, pois fá não está no ciclo das quintas ascendente.

Resposta complexa: vamos montar a escala maior de fá.

fá, sol lá, si bemol, dó, ré, mi, fá Resultado: nenhum, mesmo.

 b) quantos sustenidos há na escala maior de fá sustenido?

Resposta simples: 6.

Resposta complexa: vamos montar a escala maior de fá sustenido.

fá sustenidosol sustenidolá sustenidosidó sustenido

ré sustenidomi sustenido (que é fá)fá sustenido (que já foi contado)

Perceba que, ao contrário do que alguns dizem, existe, sim, o “mi sustenido”. Tudo bem que ele éexatamente a mesma coisa que “fá”, mas, na partitura e na contagem de armaduras, ele é um “mi” queé sustenido, ou uma sétima maior, sendo a sétima uma nota, teoricamente, diferente da oitava.Você nunca repete um nome ao falar uma escala.

c) quantos bemóis há na escala maior de fá?

Resposta simples: 1.

Resposta complexa: vide pergunta “a”.

d) quantos bemóis há na escala maior de fá sustenido?

Reposta simples: nenhum, pois fá sustenido não consta no ciclo das quintas descendente.

Resposta complexa: vide resposta “b”.

O ciclo das quintas ascendente no violão

Bote o dedo na casa 3 / corda 5. Esse é o dó. Exatamente acima dele, na casa 3 / corda 6, está o sol. Asquintas são assim: ou exatamente em cima, ou na corda anterior, duas casas depois. A quinta do sol é

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ré, que está na corda 5 / casa 5. A quinta do ré é lá, que está exatamente acima dele. Você pode ir sódescendo, se quiser, ou pegar o dó da corda 1 (casa e ir só subindo, lembrando daquele “desvio” entreas duas primeiras cordas e as outras (você sobe pela 8, mas na corda 3 passa a subir pela 7).

O ciclo das quintas descendente no violão

Usando o mesmo raciocínio acima, a nota da qual “eu” sou a quinta está exatamente abaixo de mim,

certo? No caso do dó na corda 5 / casa 3, a nota da qual ele é quinta está abaixo dele (corda 4, casa 3).Ou voltando duas casas e subindo uma corda (corda 6, casa 1).Para quem conhece as escalas, verá que o intervalo invertido da quinta é a quarta justa. Por exemplo:dó é a quinta de fá. Então, fá é a quarta de dó. Assim, você pode transformar o “ciclo das quintasdescendente” no “ciclo das quartas ascendente”.

O ciclo das quintas

O ciclo das quintas é uma ferramenta que serve para saber o número de acidentes numa escala. Eu, particularmente, não gosto de chamar os sustenidos e bemóis de “acidentes”, mas, como todoschamam, eu me obrigo a chamar também…O ciclo das quintas ascendente serve para sabermos o número de sustenidos. O ciclo das quintasdescendente serve para sabermos o número de bemóis.Vou dar um exemplo: quantas notas sustenidos há na escala maior de ré? A resposta é duas. Por quê?

Pelo ciclo das quintas ascendente.

a) quantos sustenidos há na escala maior de fá?

Resposta simples: nenhum, pois fá não está no ciclo das quintas ascendente.

Resposta complexa: vamos montar a escala maior de fá.Fá sol lá si bemol dó ré mi fá

Resultado: nenhum, mesmo.

O ciclo das quintas ascendente no violão

Bote o dedo na casa 3 / corda 5. Esse é o dó. Exatamente acima dele, na casa 3 / corda 6, está o sol. Asquintas são assim: ou exatamente em cima, ou na corda anterior, duas casas depois. A quinta do sol éré, que está na corda 5 / casa 5. A quinta do ré é lá, que está exatamente acima dele. Você pode ir só

descendo, se quiser, ou pegar o dó da corda 1 (casa e ir só sbindo, lembrando daquele “desvio” entreas duas primeiras cordas e as outras (você sobe pela 8, mas na corda 3 passa a subir pela 7).

Armaduras

Como já foi dito na lição sobre o ciclo das quintas ascendentes e descendentes, você pode usar essasferramentas para saber com que escala estamos lidando, dado o número de acidentes que ela contém.Eu imagino que qualquer um que já tenha pego alguma partitura tenha percebido algumascaracterísticas delas. A maioria começa com uma clave de sol (no caso das partituras para violão,teclado, piano e outros) e, ao lado da clave, há a divisão de tempo (4/4, 2/4, 5/8, 3/8, etc). Em algumasdessas partituras, há, entre a clave e o tempo, algumas “armaduras”, ou seja, alguns sinais de sustenido

ou bemol nas linhas da pauta. Como essas: Se você ainda não manja de ciclo das quintas, não prossiga. Leia aquela lição novamente! Quantas armaduras você vê ali? Seis certo? Qual é a escalaque tem seis sustenidos? Siga o ciclo das quintas ascendentes: dó, sol, ré, lá, mi, si, fá sustenido. A

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escala maior de dó não tem sustenidos, a escala maior de sol tem um sustenido, etc. Então, a escalamaior de fá sustenido tem seis sustenidos. E o que isso significa? Significa que o tom da música emquestão é fá sustenido!Agora, olhe novamente as armaduras, e identifique as notas em que elas estãoDe baixo para cima são: lá, dó, ré, mi, fá, sol. Não tenha dúvidas aqui: olhe pro desenho e veja isso!

Isso é importante!

Agora, vamos montar a escala maior de fá sustenido:

fá sustenido, sol sustenido, lá sustenido, si, dó sustenido, ré sustenido, mi sustenido, fá sustenido

Deu pra entender? Durante toda a música, usaremos apenas as notas da escala maior de fá sustenido, anão ser que a partitura peça o contrário.

Por que isso?

Ora, pense bem em como seria botar uma música toda na partitura jogando um sinal de sustenido emcada uma das seis notas da escala! A partitura seria uma confusão tremenda! Botando as armaduras no

início, o músico já saca que, cada vez que ele for tocar um dó, no caso citado, ele deve tocar um dósustenido, a não ser que haja um sinal explicitando o contrário. No fim das contas, o que conta é omodo com que você olha a partitura. Ela não indica notas: ela indica escalas. Quer dizer, ela não diz“dó”, mas diz “tônica”. No exemplo que eu dei, ao invés de dizer “dó” (ou seja, fazer isso jogandouma bolinha na linha correspondente ao dó), ela diz “quinta maior da escala de fá sustenido”. Se vocêtiver isso bem claro na sua mente, a partitura fica menos complicada do que ficar lidando com as notasassim, por elas mesmas.

Cifras

As cifras são letras usadas para representar acordes. Embora haja uns camaradas que insisistam emusá-las para representar notas, isso está muito errado. Cifras representam acordes. As notas a genteescreve por extenso. Preparem-se: a partir da semana que vem, estarei publicando outras aulas deteoria musical. Virão: escalas, acordes, campo harmônico, funções, modos gregos, etc...

A=lá, B=si, C=dó, D=ré, E=mi, F=fá, G=sol

Sustenidos e bemóis

Quando uma nota é sustenido, significa que ela é meio tom mais aguda. O mesmo serve para osacordes. Quando uma nota é bemol (ou, “bemolizada”), significa que ela é meio tom mais grave.

C = dó, Cm = dó menor 

Cm7 = dó menor com sétima (essa sétima é menor, mas não é preciso mencionar isso)

C7+ ou C7M = dó maior com sétima maior.

Cm7+ ou Cm7M = dó menor com sétima maior.

C° ou C(-5) ou C(5-) = dó diminuto.

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C+ ou C(5+) = dó aumentado.

DESCOBRIR OS ACORDES DE UMA MÚSICA PARA VIOLÃO?

 Na harmonia de uma determinada tonalidade teremos um conjunto de acordes específicos para ela já pré determinados pelo próprio campo harmônico. Em uma melhor análise podemos dizer que cada

tonalidade terá seus acordes padrões, ou seja, é o campo harmônico de determinada tonalidade que irádefinir se o acorde de Mi (E) será maior ou menor, natural, bemol ou sustenido e assim com os outrosacordes também. Baseados em uma estrutura harmônica principal ou básica sendo sempre o 1º grau(E), 2º grau (F#), 3º grau (G#), 4º grau (A), 5º grau (B), 6º grau (C#) e o 7º grau (D#), Entendemos,então que sempre o 1º, 4º e 5º graus serão maiores. Já o 2º, 3º e 6º grau serão menores e o sétimo grausempre será diminuto. Podemos dizer, então que toda vez que uma música for na tonalidade E (Mimaior) usaremos, por padrão, os acordes E, F#m, G#m, A, B, C#m e D#º, entendeu? Isso filtra osacordes e te dá uma maior chance de cifrar sozinha uma música, pois agora você já tem uma base dequais serão os acordes que vão aparecer. Agora, que você aprendeu sobre campo harmônico, poderárapidamente descobrir os acordes com mais facilidade. Para isso basta descobrir o tom. Se o Tom for C teremos: C, Dm, Em, F, G, Am, Bº. Caso o tom seja G, teremos outros acordes diferentes: G, Am,

Bm C, D, Em, F#º.

Toque qualquer música e em qualquer tom!

 Na verdade esse assunto tem muito a ver com Progressão Harmônica, por isso assim que possível pretendo falar um pouquinho a respeito, ok? Amigos, essa é uma dica que eu gostaria de partilhar comvocês. Essa matéria é especialmente para você que é acostumado (e viciado) em tocar sempre olhandoas cifras. Aí vamos para um exemplo bem prático: você está tocando uma música em um tomespecífico, por exemplo C, (Dó maior). Aí antes de começar a tocar o pregador diz: "me dá um Lámaior". E então começa o desespero para fazer a transposição da música, pois você até tinha a música

 pronta, mas não no tom solicitado.Primeiramente é preciso saber qual a diferença entre cifragem analítica e a cifragem prática (ouuniversal).

A cifragem analítica, muito usada no estudo teórico da análise harmônica, emprega numerais romanosde I a VII para representar os acordes cujas fundamentais são os graus da escala diatônica (v. acima)acompanhados de sinais, letras e numerais arábicos (ex. IV m7). A cifragem prática é aquela utilizadana música popular, em especial para acompanhamento ao violão, e segue a mesma estrutura daanalítica, mas substitui os numerais romanos por letras que indicam a nota fundamental do acorde

(ex. Fm7). 

Vou procurar ser o mais prático possível.Imagine uma música com a seguinte seqüência de acordes:

C - Am- F - G

Na cifragem analítica seria:

I - VIm - IV - V

Onde: os algarismos romanos equivalem aos graus do tom principal. Entendeu?

C - Am - F - G

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I - VIm - IV – V

Sabemos que o quinto grau de C é = G.

E que o sexto grau (menor) de C é = Am.

Então minha dica é: você pegar músicas com cifragens simples, assim como essa que mostrei e ao

invés de anotar os acordes como de costume, você irá anotar apenas a cifragem analítica. Assim,independente da tonalidade que você precisar tocar, será possível tocar a música perfeitamente.Com o exemplo acima, se precisássemos tocar essa mesma música, porém no tom de A (Lá Maior),ficaria da seguinte forma:

I grau - A ,

VIm = F#m,

IV = D,

V = E

Como cifrar uma música

Cifrar uma música pode ser uma atividade frustrante. Calma lá, não quero te colocar pra baixo não.Acontece que cada qual tem sua capacidade e seu grau de avanço no estudo de violão. Porém, paraaqueles que já conhecem os acordes básicos, a formação dos mesmos e também os acordes relativos, é

 possível aprender como cifrar uma música. É assim: coloque aquelas letrinhas (A, D…) em cima daletra da música e pronto. Não, não é assim, é claro. Já vi instrumentistas simplesmente ouvirem amúsica (desconhecida para eles) e – em poucos minutos – tocarem todos os acordes em perfeita

seqüência, simplesmente acompanhando a música. Fácil, não? Não para mim, posso garantir. E talveznão para você também. Se você tem dificuldade em “sentir” os acordes, pode aprender como cifrar uma música de outra maneira. A primeira coisa é familiarizar-se com a música. Ouça a música váriasvezes. Preste atenção nas mudanças de acorde.

Antes de sair tentando ver qual o primeiro acorde, afine o violão. Em seguida, tente descobrirqual é o primeiro acorde da música, aquele que dá nome à tonalidade.

Geralmente, a música começa com este acorde, mas tome cuidado. Nem sempre é assim. Por vezes oacorde vem na introdução e no começo da música já aparece outro. Outra dica para descobrir atonalidade (o acorde principal) ao tirar uma música de ouvido, é – em alguns casos – o acorde final da

música. Somente – é claro – naquelas canções que terminam assim. No caso de uma música que vaiabaixando o volume aos poucos, isto não funciona.

A partir daqui, você tem duas opções:

1) Você descobriu a tonalidade da música – basta então ir cantando a música e colocando os acordesque seriam lógicos de se colocar ali.

Acorde 1 – o que dá a tonalidade o I da escala

Acorde 2 – o IV da escala

Acorde 3 – o V da escala

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Os acordes relativos dos três acordes acima.

New York Christian e Ralph.

Introdução G (I) Am (rel. de IV) C (IV) G

Am C G

Esta é a história de um novo herói

…. (a estrofe segue nesta sequencia)

C G

Tinha um sonho, ir pra Nova Iorque

Am

Saudade vai, vai, vai

C

Saudade vem, vem, vem

G

Te buscar 

Como você pode ver, a tonalidade da música é G (I), mas ela começa com Am (relativo de C). Sãosomente três acordes. Nesta música acontece o que já mencionei. Ela começa na relativa de C (IV). Enem usa o acorde V, que seria D. Cifrar uma música destas, não é difícil. Mesmo que você descobrisse

 primeiro o acorde Am, a partir do momento em que descobrisse os outros, saberia que a música nãoestá nesta tonalidade. Se a tonalidade fosse Am, o acorde IV deveria ser D e o V seria E.

2) Você não descobriu o acorde I, nem tampouco os outros.

A minha saída num caso destes, é aprender a cantar bem a música, praticando junto com a

gravação original. Depois, colocar um acorde em que a voz se encaixe (mesmo que não seja atonalidade original) e tentar cantar a música. Você vai sentir a hora de mudar o acorde. Parece que ficafaltando alguma coisa (e fica mesmo… o próximo acorde). Basta então seguir a regra: I, IV, V e seusrelativos, para achar pelo menos os acordes principais. Lembre-se que não há um padrão para a ordemdos acordes. Uma vez que você consiga tocar todas as partes da música, fica fácil comparar com agravação. Você perceberá se a tonalidade está acima ou abaixo. Basta então transportar, o que já émais simples. Ou não, se você estiver satisfeito com a tonalidade em que cifrou a música. Algumascoisas podem nos atrapalhar um pouco ao aprender como cifrar uma música. Por exemplo: às vezes

 parece que vem um novo acorde. Você tenta todos os possíveis e imagináveis e nada bate. Pode ser que não venha nada. Fique no acorde em que estava. Outras vezes colocamos um acorde e parece queé aquele, está perto, mas falta alguma coisa. Geralmente é o acorde relativo. Pequenas seqüências

 podem aparecer também. Três ou quatro acordes num só compasso podem dificultar um pouco aguerra. Porém há umas seqüências muito utilizadas, fáceis de se deduzir, se você sabe o que vem antese depois.

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Por exemplo:  Antes – G Depois – C

Mas havia algo no meio, uma “caída”. Provavelmente é: G D/F# Em C.

Outro pequeno truque é colocar repetidamente o mesmo pedaço da música e tentar achar obaixo, tocando as notas na sexta ou quinta cordas. Não há uma só resposta para a pergunta “comocifrar uma música”. Mas uma coisa é certa: é preciso ter paciência e praticar. Alguns têm mais

facilidade, outros não. Se você costuma tocar as músicas lendo a letra e as cifras, provavelmente vaiter dificuldade, por falta de treinar o ouvido. Mas isto é outro assunto.

Violão – acordes relativos

Os acordes relativos, como você verá a seguir, acabam por si só, explicando muito das escalasmaiores e menores. E também da formação de acordes. Dizemos que um acorde é relativo de outroquando as duas tonalidades (uma maior e uma menor) possuem as mesmas notas em suas escalas.Fácil, certo? Ok, complicou um pouco, mas descomplicaremos já. Repare na tabela abaixo:

Obs: Algumas notas deveriam ser representadas em suas escalas com o simbolo b (bemol),porém para efeitos práticos utilizamos apenas # (sustenido).

As linhas em branco são as tonalidades maiores e as linhas em cinza, as menores. No primeiro campotemos o nome da tonalidade e a seguir as notas de sua escala. A numeração indica o grau de cada notana escala. Muito bem. Olhe a primeira linha, tonalidade C (dó maior). A linha cinza logo abaixo é atonalidade Am (lá menor). As duas tonalidades são relativas. Os dois acordes (C e Am) são relativos.Porque possuem as mesmas notas em suas escalas. E assim sucessivamente com as outras tonalidades.

 No violão, acordes relativos são facilmente encontráveis, sem consultar a tabela. Para um determinadoacorde maior, basta trazer a nota tônica (que dá nome ao acorde) três semitons para baixo, ou seja, trêscasas para baixo. Por exemplo: suponhamos que você faça o acorde C e a tônica (C) está na terceira

casa da quinta corda. Três casas para trás, teremos a quinta corda solta, que é A. Portanto, o acorderelativo de C é Am. Um acorde relativo de um dado acorde maior sempre será um acorde menor. Evice-versa. Evidentemente, para achar no violão o acorde relativo de um acorde menor, “viajaremos”três casas para frente. Suponhamos, por outro lado, que você esteja fazendo o acorde D (ré maior), na

 posição em que a quarta corda (D) fica solta. É claro que não é possível andar três casas para trás nestecaso. Simples encontre a nota ré em outra corda. Quinta corda, casa cinco, por exemplo. Andando trêscasas para trás, teremos a nota B. O acorde relativo de D é então Bm (consulte a tabela).

Como achar a escala menor relativa a partir da escala maior

Dada uma escala maior, achar a escala relativa daquela tonalidade é muito fácil. As notas se repetem a

 partir do sexto grau. Veja a tabela abaixo:

Como você pode ver, asnotas se repetem.Porém, é claro,começando pela notaque dá nome à novatonalidade. Veja porexemplo o sexto grau

da escala de B (simaior). É a nota G# (solsustenido). A linhaabaixo, da tonalidade

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G#m começa então com a nota G#. Repare que, continuando em frente, temos a repetição do sétimo eoitavo graus. Como o oitavo grau é a mesma nota do primeiro, podemos ver claramente a repetição, naseguinte seqüência: 6,7,1,2,3,4,5 da tonalidade B. Uma das muitas utilidades de saber que umadeterminada escala maior é igual a uma outra menor, é na hora de improvisar um pequeno solo, por exemplo. Se você sabe tocar a escala maior e a tonalidade da música é menor, voilá! As notas são asmesmas, lembra? Para “tirar” uma música de ouvido, também é bastante útil conhecer os acordesrelativos. Uma vez que você saiba a tonalidade em que a música está, saberá que poderão aparecer os

seguintes graus e seus relativos, para começar:

I, IV e V

 Na escala de C (dó maior), teríamos:

I – C e Am IV – F e DM V – G e Em

É claro que podem aparecer outros acordes, mas seguindo esta diretriz, você com certeza já estará commeio caminho andado – ou mais!

Estude um pouco a tabela e com certeza achará outras peculiaridades nas escalas.

Amigo, a escala maior é feita sempre assim:

I tom II tom III semitom IV tom V tom VI tom VII semiton I, ou seja

escala de C: C, D, E, F, G, A, B

 para o campo harmonico pegamos os acordes

Formação = em CI, III, V = C, E, G = C

II, IV, VI = D, F, A = Dm

III, V, VII = E, G, B = Em

IV, VI, I = F, A, C = F

V, VII, II = G, B, D = G

VI, I, III = A, C, E = Am

VII, II, IV = B, D, F = Bº

Concluindo o campo harmônico maior 

I, IIm, IIIm, IV, V, VIm, VIIº

Para fazer o campo menor se usa o mesmo principio, na escala menor:

I tom II semitom III tom IV tom V semitom VI tom VII tom I, ou seja

C menor: C, D, Eb, F, G, Ab, Bb, C

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Formacao = em Cm

I, III, V = C, Eb, G = Cm

II, IV, VI = D, F, Ab = Dº

III, V, VII = Eb, G, Bb = Eb

IV, VI, I = F, Ab, C = Fm

V, VII, II = G, Bb, D = Gm

VI, I, III = Ab, C, Eb = Ab

VII, II, IV = Bb, D, F = Bb

Campo harmônico menor.

Im, IIº, III, IVm, Vm, VI, VII Obs: Essa e a escala menor NATURAL. 

Bemois e Sustenidos sempre diminuem ou aumentam em um semitom, tenha em mente que:

C# = Db; D# = Eb; F# = Gb; G# = Ab; A# = Bb;

COMO CIFRAR UMA MÚSICA

Não existe uma regra para cifrar uma música, o que estamos explicando a seguir são os toques básicos

 para cifragem. Você deve ter em mente que para que a cifra fique boa, deve ter uma base deconhecimento de teoria musica, se quiser que fique ótima, daía vai ter que se esforçar um pouco eafundar a cara num livro, tipo Dicionário de Acordes Cifrados, do Almir Chediak, do contrário alguémsempre encontrará erros de escrita ou exageros e até "incompreensões" na sua escrita.Grandes nomescomo B. B. King não aprenderam a teoria, mas sabem-na devido à convivência, dependência esubsistência da música. Antigamente era fácil você cifrar uma música porque sempre respeitavam(com algumas exceções) um campo harmônico, mas hoje quem nunca ouviu Oficina G3 sem searrepiar os caras tocam coisas que parecem desconexas, notas que nada têm a ver com o acorde basedo hino. Esse é o motivo de "descabelo" entre os músicos que querem tocar as músicas deles. Paraaprender cifrar uma música você deve ter, além dos conhecimentos citados, criatividade, aliás,muuuuiiitttaaa criatividade se não sua música vai soar "Maria vai com as outras". Lembre-se:

Criatividade não se aprende em escolas, é um dom nato! O que você aprende nas escolas é teoria,aplicações, organização e o "idioma da música", isso equivale aprender a falar satisfação (correto) paranão confundir com sastifação(incorreto), entendeu?

Para cifrar uma música corretamente você precisa:

Saber de cor a melodia da música!

Isso quer dizer que não adianta ouvir uma música pela primeira vez e colocar o CD no CD-Player etocar junto que vai sair igualzinho! Procure aprender a melodia, cantar nem que seja escondido, se asua voz "não ajuda"ou assobiar a melodia de forma que quando o vocalista estiver cantando-a, você

tenha uma intimidade com a música e saiba o caminho da melodia, dessa forma você pode improvisar usando sua criatividade e dando mais beleza à música. Prestar atenção no baixo, que geralmente é o"condutor" da harmonia da música e saber diferenciar um C de C/E (não é tocar C - Dó-Ré-Mi com a

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mão direita e E - Mi-Sol#-Si com a esquerda... C/E é um acorde de Dó com inversão de sua Terça,então a seqüência seria: C/E - Mi-Sol-Dó. [Mais informações sobre inversões] Saber diferenciar umacorde de passagem de um acorde fixo. Acordes de passagem são aqueles que servem de ponte ou

 preparação para outro e são executados de forma rápida que às vezes passam despercebidos: Exemplo:C7, Am7, Dm7, G7... geralmente são os Dominantes.

Devem ser diferenciados exatamente porque são rápidos e podem passar sem ser notados.

Ter sempre um bom livro, revista ou "amigo" de teoria, para evitar erros como: C7+ (o sinal +significa aumentado e não Maior, como a maioria grafa) Procure ler bastante, assinar Revistas,comprar livros que tenham estudos de teoria e métodos de cifragem. Uma boa sugestão:

 Como aplicar as simbologias

Pesquise o que você tem dúvida na hora de usar as simbologias, ninguém sabe tudo e na dúvida nãoescreva errado; Discuta com outros músicos os símbolos que pode e deve usar.

Usando a criatividade.

Essa é a parte mais sensível da coisa, digamos!

Se você vai à um museu, vê os quadros do Portinari e não consegue entender, tudo bem, seu ramo éoutro! Se assistir um teatro onde os caras ficam: batendo lata, ligando e acelerando moto-serras,esmeril, derramando tinta, barro em cima dos dançarinos (argh!), controle-se, sua veia criativa é outra!Isso não quer dizer que os citados têm falta de criatividade, cada um na sua, mas com alguma coisa emcomum (ta parecendo comercial de cigarros!). O que vocês têm em comum? Têm visão diferente daarte. A criatividade é uma coisa natural, um bom pianista pode tocar a vida toda, sempre de formametódica e não gostar do que faz, mas suas apresentações serão sempre um homem e um piano, o que

é muito diferente de um piano e um músico. Já imaginou que o Michael Jackson dissesse que "detestamúsica pop" sendo ele considerado o rei da música pop? Pois é o que ele declarou recentemente. Poisé, amigos isso se chama conveniência!

Existem muitas formas de cifrar um hino:

Deus está aqui.

1ª cifra: Normal

C G7 C C7

Deus está aqui, aleluia!

F G7 C C7

Tão certo como o ar que eu respiro

F G C

Tão certo como o amanhã que se levanta

F G7 C

Tão certo como eu te falo e podes me ouvir 

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2ª cifra: Com um pouquinho de criatividade

C G/B E Am C7

Deus está aqui, aleluia!

F9 G7 C C7

Tão certo como o ar que eu respiro

F9 G/F C E Am Am/G* 

Tão certo como o amanhã que se levan....ta

F F/G C G

Tão certo como eu te falo e podes me ouvir 

3ª cifra: Mais um pouquinho de criatividade

C G/B E Am Gm7 C7

Deus está aqui, alelu.......ia!

F7M F/G C Gm7 C7

Tão certo como o ar que eu respiro

F7M G/F C E Am Am/G* 

Tão certo como o amanhã que se levan....ta

Dm7 F/G C F/G

Tão certo como eu te falo e podes me ouvir 

3ª cifra: Re-harmonização

C7M Bb7M Am7 Gm79 F#7(#11)

Deus está aqui, alelu.......ia!

F7M F/G C7M

Tão certo como o ar que eu respiro

F7M G/F B/E E7 Am Am/G

Tão certo como o amanhã que se levan........ta

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Dm7 G7(b9) C9

Tão certo como eu te falo e podes me ouvir 

Como podemos observar a criatividade quebra todas as regras, pois o campo harmônico de Dó maior obedece aos seguintes critérios:

Tríade: 

I II III IV V Vi VII ------------------ Graus harmônicos

C Dm Em F G Am Bm5-............................ Acordes (cifras)

Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si

Mi - Fá - Sol - Lá - Si - Dó - Ré

Sol - Lá - Si - Dó - Ré - Mi - Fá

Tétrade 

I7M II7 III7 IV7M V7 VI7 VIIº ------------------ Graus harmônicos

C Dm Em F G Am Bm5- ........................... Acordes (cifras)

Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si

Mi - Fá - Sol - Lá - Si - Dó - Ré

Sol - Lá - Si - Dó - Ré - Mi - Fá

Si - Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá

Obs: O VII é diminuto porque se diminui a Terça e a Quinta.

 Capotraste.

Basicamente o capotraste, uma vez colocado no braço do violão, funciona como um (#) sustenido, ouseja, aumenta em meio tom – para cada casa do braço – a tonalidade das cordas.

A tabela abaixo explica melhor.

 

assim por diante. Tudo bem, mas isso servepra quê? Você pode usar o capotraste – porexemplo – para obter um som diferente, maisagudo, para uma determinada música. Ou paratransportar a tonalidade de uma música, sem

mexer nos acordes.

Transportando a tonalidade com o capotraste

Capo na

Cordassem capo Casa 1 Casa 2 Casa 3 Casa 4

Sexta E F F# G G#Quinta A A# B C C#Quarta D D# E F F#Terceira G G# A A# B

Segunda B C C# D D#Primeira E F F# G G#

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Suponhamos que você esteja tocando uma música em D (ré maior). Os acordes são D, Bm, G, A7.Mas a tonalidade está um pouco baixa para a voz do cantor. Suponhamos que um tom acima seriasuficiente. Você deveria então transportar a harmonia, ficando os acordes assim: E, C#m, A, B7.

Usando o capotraste, você não precisaria fazer isto. Basta colocar o capotraste na segunda casa e tocar a música como se fosse com os acordes originais, ou seja, nas mesmas posições. O que acontece aí, éque fazendo o acorde D com o capotraste na segunda casa, ele já não é um D e sim, um E.

A mesma coisa com os demais. O capotraste fez ali uma pestana para você. Mas você também podeusar o capotraste caso a tonalidade esteja muito alta. Vamos pegar o mesmo caso acima. Supondo-seque a tonalidade tivesse que ser três semitons abaixo, você ficaria com os acordes: B, G#m, E, F#7.Mas você não quer tocar estes acordes todos com pestana. Transporte então a tonalidade para A.Acordes: A, F#m, D, E7.

Coloque o capotraste na segunda casa e toque com a nova seqüência (A). Parece meio complicado a princípio, mas funciona. As possibilidades são muitas. Imagine que você coloque o capotraste naquarta casa. Fazendo então uma seqüência G, C, D, na verdade estará tocando B, E, F#.

Com o capotraste na mesma casa (quarta), se você tocar D, G e A, estará tocando F#, B e C#.Trazendo o capotraste uma casa para trás, a mesma seqüência ficaria sendo F, A# e C.

Tocando em dupla

Outra grande pedida, é quando você está tocando com outra pessoa, dois violões. Um usa o violãonormal e outro com o capotraste. A harmonia fica mais cheia, mais bonita. Uma música com osacordes G, C, Am e D, por exemplo.

O primeiro violão, sem o capotraste tocas estes acordes (é claro). No segundo violão, coloca-se o

capotraste na quinta casa e tocam-se as posições D, G, Em e A. Veja as fotos abaixo. A primeirasimplesmente mostra o capotraste junto ao braço, antes de ser colocado. A segunda, o capotraste jácolocado na quinta casa.

 

Compreendendo o capotraste

Enfim, as possibilidades são inúmeras. Basta com prender a mecânica da coisa. Com o capotraste no braço do violão, você está fazendo a posição de um acorde e obtendo outro som, tantos semitons acimadaquele acordes, quantas forem as casas adiante em que você colocou o capotraste.

Para compreender melhor, faça qualquer acorde solto, como A, por exemplo, e vá seguindo adiante no braço do violão.

Acorde normal, na segunda casa = A

Acorde na terceira casa = A# – o que é que fica faltando aí? A pestana, certo? Coloque o capotrastena primeira casa.

Acorde na quarta casa = B – fica faltando a pestana. Coloque o capotraste na segunda casa.

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Acordes na quinta casa = C – fica faltando a pestana. Coloque o capotraste na terceira casa.

E assim por diante. Faça o exercício acima com outros acordes soltos, como G, E, D e C e vocêacabará descobrindo mais alternativas. Além de estar compreendendo melhor o braço do violão. Natabela abaixo, você pode escolher nas colunas (sentido vertical) que som quer obter com o capotrastena casa desejada.

Exemplo: Capotraste na casa 4 e você quer os acordes E, B e A. 

Volte na mesma direção horizontalmente até a coluna azul e achará a posição que deve fazer.

Neste caso, E = C, B = G e A = F

Portanto você vai armar as posições C, G e F, mas vai obter o som de E, B e A.

O capotraste é um prendedor que atua como uma pestana móvel, permitindo que você tire vantagemdas cordas soltas em qualquer posição. Em vez de tocar acordes com pestana nos registros mais altos,você pode prender um capotraste atrás de um determinado traste e ter acesso aos acordes da primeira

 posição em qualquer lugar do braço. Como o dedo indicador não tem de segurar todas as cordas, você pode embelezar a harmonia com hammer-ons e pull-offs que seriam difíceis – ou até mesmoimpossíveis – sem um capotraste.

Lembra daquela música que possui os acordes Ab ou Bb? Que normalmente os acordes seguintesserão pestanas também e fazendo com que no meio da música de um cansaço nos dedos, com ocapotraste muitas vezes fica muito fácil tocar a música, pois você poderá fazer em vez de pestanas,

fazer acordes naturais, vou passar um exemplo de uma música muito

conhecida, Same Mistake de James Blunt, que é usado o capotraste.

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Cifra exemplo

ACORDE DE G

Usando o Capotraste

Muitas vezes menosprezado, o capotraste é uma ferramenta poderosa para criar partes belas eressonantes. Guitarristas de jazz e violonistas clássicos consideram o capotraste uma muleta (ou umaforma de trapacear), mas instrumentistas de bluegrass, folk, country, blues e rock adotam o recursocomo uma maneira de adicionar ressonância e sustain em suas músicas. Essencialmente, o capotraste éum prendedor que atua como uma pestana móvel, permitindo que você tire vantagem das cordas soltasem qualquer posição. Em vez de tocar acordes com pestana nos registros mais altos, você pode

 prender um capotraste atrás de um determinado traste e ter acesso aos acordes da primeira posição emqualquer lugar do braço. Como o dedo indicador não tem de segurar todas as cordas, você podeembelezar a harmonia com hammer-ons e pull-offs que seriam difíceis – ou até mesmo impossíveis – sem um capotraste. Já acompanhou um vocalista que adora cantar em Ab ou Bb? Armado com umcapotraste, você pode abandonar as rígidas aberturas com pestanas e tocar movimentos mais fluidos natonalidade de G ou A. Como veremos a seguir, o capotraste também permite criar overdubsimpressionantes em estúdio.

É preciso prática para se acostumar a usar esta ferramenta, mas vale o esforço.

O Ex. 1 mostra o potencial musical do capotraste. Você pode usar pestanas para tocar uma progressãoCm9-Bb-Ebmaj7-Cm9 de quatro compassos, mas essa abordagem não produz a ressonância de umcapotraste preso no traste 3.

Você pode tocar Cm9, Bb e Ebmaj7 – que normalmente requerem pestanas – usando dedilhadosfamiliares e fáceis de tocar. Você ouvirá a música como está escrita, mas seus dedos farão as formasAm, G e C, mas elevadas em três semitons.

 Note como os vários movimentos permitem criar tensão e relaxamento. Essas passagens seriam muitodifíceis de tocar sem o capotraste.

Solo Prático de Violão

Solo prático de violão é o desenvolvimento do solo do violão através de números. As 06 cordas doviolão são as seguintes:

De cima para baixo - Solta

Mi - corresponde ao n.º 60 - La: n.º 50 - Re: n.º 40 - Sol: n.º 30 - Si: n.º 20 - Mi: n.º 10

Cada traço do violão corresponde ao n.º 01, ou seja:

A Quinta corda (de baixo para cima), apertada no 3º traço, diz respeito ao n.º 53

A primeira corda (de baixo para cima), apertada no quinto traço, corresponde ao n.º 15

A Sexta corda (de baixo para cima), apertada no primeiro traço, corresponde ao n.º 61

Curso de Violão Sertanejo

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1) Escalas duetadas em terças: São duas escalas sobre-postas.

É a distancia de três notas entre uma e outra.

Ex: C e E = C, D, E.

C – D – E – F – G – A – B – C.

Escala de C em terças

III 5 V 5 II 4 III 4 0 3 II 3 IV 3 I 2C D E F G A B CIII 5 III 3 0 3 II 3 0 2 I 2 III 2 0 1

E F G A B C D E

 __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________ 

Joga uma oitava acima: Intervalo de sexta.

II 4 III 4 0 3 II 3 IV 3 V 3 VII 3 IX 3

E F G A B C D EI 2 III 2 0 1 I 1 III 1 V 1 VII 1 VIII 1

C D E F G A B C __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________ 

 __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________ Intervalos de oitavas: uma nota grave e uma aguda.

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III 5 0 3 II 4 III 4 V 4 VII 4 IX 4 X 4

C D E F G A B CI 2 III 2 0 1 I 1 III 0 V 1 0 2 VIII 1

C D E F G A B C __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________ 

Intervalos de décimas: joga uma oitava a mais.

III 5 0 4 II 4 III 4 V 4 VII 4 IX 4 X 4

C D E F G A B C0 1 I 1 III 1 V 1 VII 1 VIII 1 X 1 XII 1

E F G A B C D E __________________________________________________________________________________ 

 __________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________  _  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________ 

Rasqueado = Rápido Guarânia = Lento

1 2 3 4 5 1 2 3 4 5I P I P I I P I P I

Música:

Saudade de minha terra: Misturando interv. de terças com interv. de sextas.

Introd: G, F, E G, F, E, D A, G, F A, G, F, E G, F, E G, F, E GG, F F, E E, D D, C.

Escalas de C

C, D-, E-, F, G, A- B°, C.

Relativos de A- em terças

V 6 II 2 III 5 V 5 II 4 III 4 I 3 II 3

A B C D E F G# A  III 5 0 4 II 4 III 4 I 3 II 3 0 2 I 2

C D E F G# A B C __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________ 

 __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________ Música: Índia

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Guarânia = Lento

Escala de G em terças:

III 6 V 6 II 5 III 5 V 5 II 4 IV 4 0 3

G A B C D E F# GII 5 III 5 0 4 II 4 IV 4 0 3 II 3 0 2

B C D E F# G A B 

 __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________ 

Invertendo em Terças

II 5 III 5 0 4 II 4 IV 4 0 3 II 3 IV 3

B C D E F# G A B0 3 II 3 0 2 I 2 III 2 0 1 II 1 III 1

G A B C D E F# G

 __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________ 

Escala de G em décimas: (não detalhadas por notas)

Ritmo Toada

  Toada = Lento  Jovem = Rápido

Música: Chico Mineiro Intr: 3 0 /2 0; 3 II /2 I; 3 V /2 3; 3 V /2 V; 2 III /1 II; 3 IV /2 II; 2 V/1 III; 2 III /1 II; 2 I /1 0; 3 IV /2III; 3 II /2 I.....

Escala de E- em Sextas: (não detalhadas por notas)

Musica: Mercedita

Escala de D em Terças

V 5 II 4 IV 4 0 3 II 3 IV 3 II 2 III 2

D E F# G A B C# D  IV 4 0 3 II 3 0 2 II 2 III 2 0 1 II 1F# G A B C# D E F#

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 __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________ 

Escala de D em sexta (não detalhadas por notas)“ “ oitavas (não detalhadas por notas)“ “ décimas (não detalhadas por notas)

Ritmo: Balanço – LentoJovem – Rápido

“””

Música: Porta do Mundo.

Música: Medo da Chuva.Raul Seixas Ex: de oitavas.

Escala de B- em terças (não detalhadas por notas)

Sextas (não detalhadas por notas)

Ritmo Fox(Bem Lento)  “””””” 

1 2 3 4

Música: Robero Carlos

Nunca mais você ouviu falar em mim

Acordes: B-, B7, E- A7, D, F#, B- B7, E-, G, F#... B ... Quantas vezes eu tentei...

Escala de A em Terças

V 6 II 5 IV 5 V 5 II 4 IV 4 I 3 II 3

A B C# D E F# G# AIV 5 0 4 II 4 IV 4 I 3 II 3 0 2 II 2

C# D E F# G# A B C#

 __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________ 

Escalas de A em Sexta – (não detalhadas por notas)Escalas de A em Décima - (não detalhadas por notas)Escalas de A em Oitavas – (não detalhadas por notas)

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Ritmo Cururu

 Abafa Abafa

Música: O menino da Porteira

Escalas de F# em terças e sextas: (não detalhadas por notas)

Escala de E em Terças

II 4 IV 4 I 3 II 3 IV 3 II 2 IV 2 V 2E F# G# A B C# D# E

I 3 II 3 0 2 II 2 IV 2 0 1 II 1 IV 1G# A B C# D# E F# G#

 __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________________ 

Escala de E em sextas, em décimas, em intervalos de quartas (não detalhadas por notas).

Ritmo Polka Paraguaia

Musica : Galopeira

Todas as Cordas em cima

em baixo 

Escalas de C# em terças e sextasEscalas de B em terças e sextas (não detalhadas por notas)Escalas de G# em terças e sextasEscalas de F em terças, sextas e décimas.

Ritmo: pagode sertanejo: Cavalo enxuto

  “ Chaminé: Música: 60 Dias Apaixonados

“ Querumana: Recanto Feliz

OBSERV: RÍTMOS: GUARÂNIA (LENTO) RASQUEADO (RÁPDO)

  TOADA (LENTO JOVEM (RÁPDO)

BALANÇO (LENTO) BOLERO MAMBO (RÁPDO)

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Campo Harmônico dos Acordes Maiores:

Ex.: Escala de C

Intervalo: T T S  T T

T

Graus: I II III IV V VI

VII

 

Acorde:  Maior menor menor Maior Maior menor

Diminuto

Agora faça vc msm a Continuação da escala com os outros Acordes...

Ex.: Escala de Am

Intervalo: T S  T T T T

Graus: I II III IV V VI VII

 

Acorde:  menor Diminuto Maior menor Maior MaiorMaior

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Segue abaixo uma tabela que irá lhe ajudar e muito nesse processo:

Como mostra na tabela acima, ao tocar violão você tem que ter em mente que cada

acorde possui seu campo harmônico e seus acordes subseqüentes. Isso quer dizer, que

na maioria das vezes, você irá encontrar apenas os acordes que estão dentro de seu

respectivo campo harmônicos ao executar uma música no Violão.

Exemplo: Se você estiver tirando uma música qualquer no violão, e descobriu que o

primeiro acorde do primeiro verso é C (Dó Maior), os acordes que você encontra nessa

tabela como sendo do Campo Harmônico de C serão os que mais têm chances de

aparecerem na música. Ai então, você precisa utilizar aquela famosa técnica de

 Tentativa e Erro. Mas agora pelo menos você sabe que “teoricamente” os acordes

possíveis de aparecerem são C – Dm – Em – F – G – Am - Bº.

Muito f ácil não?

Bom, sei que na teoria é tudo muito fácil e simples, mas a verdade é que você precisa se

acostumar com essas seqüências de acordes e prestar atenção ao tocar uma música no

violão. Pois isso irá lhe dar uma visão muito mais ampla da música. E facilitar muito a

sua vida quando estiver tentando tirar qualquer música de ouvido ao Tocar Violão.

Mais sobre Campo Harmonico87

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Sem dúvida este é um dos assuntos mais importantes para quem quer realmente se tornar músico, pois ocampo harmônico nos dá a completa visão das possibilidades harmônicas que temos assim como toda avisualização de escalas, tornando assim o estudo puramente matemático e claro. Primeiramente temos queentender para quê serve o campo harmônico, qual sua finalidade.

Campo harmônico traduz na verdade algo que nós sabemos por instinto, por exemplo, quando você estacompondo uma musica, instintivamente você tenta achar uma seqüência melódica que te agrade, e nastentativas, é claro que as vezes tocamos seqüências de acordes que parecem não combinar entre si, isso sedeve ao fato de que existe uma seqüência de acordes que se combinam, existe portanto uma seqüênciamelódica, por exemplo, seria a diferença de tocar em seqüência um acorde maior/ menor/ menor/ menor/ 

menor/ maior temos uma progressão, que quando tocada soa estranho, isso porque existe uma regra paracombinação de acordes, isso não pode ser feito aleatoriamente, você terá um efeito horrível se você tocar umaseqüência :

Cm Dm Em Fm Gm Am Bm

Isso não pode ser feito, então o campo harmônico serve para nos mostrar a seqüência de acordes que irá soa r perfeitamente e a onde estariam as escalas para aplicação. Vendo o campo, perceba que ele é composto por  7graus, a escala musical é composta por sete notas, portanto uma seqüência melódica de acordes estár elacionado com a escala musical que é a base de tudo. Na segunda aula analisaremos como é o vínculo entr eas escalas e os acordes.

Veja no campo harmônico a seqüência de acordes com suas respectivas sétimas:

Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5)

Pois bem aqui temos o campo harmônico natural, ele servirá de base para criarmos os outros. Agora feito oprimeiro campo temos uma definição sobre os graus.

I II III IV V VI VII7M m7 m7 7M 7 m7 m7(b5)

 Antes de seguir adiante vou explicar porque o sétimo grau é chamado de meio diminuto. A explicação básicado campo harmônico natural é que você tem uma seqüência de acordes que casam com as escalas, e quenenhum dos acordes e escalas nesse posicionamento tem sustenidos ou bemóis, pois bem faça um acorde deB, tanto faz ser maior ou menor, veja que notas fazem parte do acorde... Você irá achar o F#! Ele é a quinta justa de B!

Quinta justa seria o seguinte, quando você monta, por exemplo, o modelo maior ou menor da corda E ou A,existe um modelo para o acorde certo? Note que onde está o dedo 3 no acorde corresponde a quinta doacorde, a quinta justa então seria sempre onde está seu dedo 3, é chamado quinta justa porque a quinta de B

é na verdade, vamos contar juntos B/C/D/E/F 1/2/3/4/5, é a nota F, mas montando um acorde, a quinta é F#,baseado que no campo harmônico natural não pode haver sustenidos, temos que tirar esse sustenido doacorde!

Temos dois modelos para esse grau o meio diminuto e o quinta aumentada, ora a quinta justa de B é F# ,aquinta aumentada é G! Tiramos o sustenido que não pode ter! Agora como faremos para entender e criar osoutros campos?

 Agora você sabe quais acordes se casam, mas veja bem, existe sempre as exceções, muitas musicas sãocriadas com 2 campos diferentes, ou até 3, mas agora tudo têm uma explicação lógica e matemática, 2 casoscomuns é em uma determinada música, ela se progredir para um outro campo harmônico. Então o campoharmônico além de facilitar o seu trabalho de composição, já te mostra onde estão as escalas para solar, já lhedá opções de acordes e facilita e muito para tirar músicas de ouvido, ache dois, três acordes e tente identificar 

em que campo está, você poderá tirar o resto vendo quais os acordes que fazem parte do campo, e para solosficará muito mais fácil tirá-lo, sabendo onde estão as escalas.

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Violão – acordes relativos

Os acordes relativos, como você verá a seguir, acabam por si só, explicando muito das escalasmaiores e menores. E também da formação de acordes.

Dizemos que um acorde é relativo de outro quando as duas tonalidades (uma maior e uma menor) possuem as mesmas notas em suas escalas. Fácil, certo? Ok, complicou um pouco, masdescomplicaremos já. Repare na tabela abaixo:

Obs: Algumas notas deveriam ser representadas em suas escalas com o simbolo b (bemol), porém

 para efeitos práticos utilizamos apenas # (sustenido).

As linhas em branco são as tonalidades maiores e as linhas em cinza, as menores. No primeiro campotemos o nome da tonalidade e a seguir as notas de sua escala. A numeração indica o grau de cada notana escala.

Muito bem. Olhe a primeira linha, tonalidade C (dó maior). A linha cinza logo abaixo é a tonalidadeAm (lá menor). As duas tonalidades são relativas. Os dois acordes (C e Am) são relativos. Porque

 possuem as mesmas notas em suas escalas. E assim sucessivamente com as outras tonalidades.

 No violão, acordes relativos são facilmente encontráveis, sem consultar a tabela. Para um determinadoacorde maior, basta trazer a nota tônica (que dá nome ao acorde) três semitons para baixo, ou seja, três

casas para baixo.

Por exemplo: suponhamos que você faça o acorde C e a tônica (C) está na terceira casa da quintacorda. Três casas para trás, teremos a quinta corda solta, que é A. Portanto, o acorde relativo de C éAm. Um acorde relativo de um dado acorde maior sempre será um acorde menor. E vice-versa.

Evidentemente, para achar no violão o acorde relativo de um acorde menor, “viajaremos” três casas para frente.

Suponhamos, por outro lado, que você esteja fazendo o acorde D (ré maior), na posição em que aquarta corda (D) fica solta. É claro que não é possível andar três casas para trás neste caso.

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Simplesmente encontre a nota ré em outr a corda. Quinta corda, casa cinco, por exemplo. Andando trêscasas para trás, teremos a nota B. O acorde relativo de D é então Bm (consulte a tabela).

Como achar a escala menor relativa a partir da escala maior

Dada uma escala maior, achar a escala relativa daquela tonalidade é muito fácil. As notas se repetem a partir do sexto grau. Veja a tabela abaixo:

Como você pode ver, as notas se repetem. Porém, é claro, começando pela nota que dá nome à novatonalidade. Veja por exemplo o sexto grau da escala de B (si maior). É a nota G# (sol sustenido). Alinha abaixo, da tonalidade G#m começa então com a nota G#. Repare que, continuando em frente,temos a repetição do sétimo e oitavo graus. Como o oitavo grau é a mesma nota do primeiro, podemosver claramente a repetição, na seguinte sequencia: 6,7,1,2,3,4,5 da tonalidade B.

Uma das muitas utilidades de saber que uma determinada escala maior é igual a uma outra menor, é nahora de improvisar um pequeno solo, por exemplo. Se você sabe tocar a escala maior e a tonalidade damúsica é menor, voilá! As notas são as mesmas, lembra?

Para “tirar” uma música de ouvido, também é bastante útil conhecer os acordes relativos. Uma vez quevocê saiba a tonalidade em que a música está, saberá que poderão aparecer os seguintes graus e seusrelativos, para começar:

I, IV e V

 Na escala de C (dó maior), teríamos:

I – C e Am

IV – F e Dm

V – G e Em

É claro que podem aparecer outros acordes, mas seguindo esta diretriz, você com certeza já estará com

meio caminho andado – ou mais! Estude um pouco a tabela e com certeza achará outras peculiaridadesnas escalas.

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Toque qualquer música e em qualquer tom!

 Na verdade esse assunto tem muito a ver com Progressão Harmônica , por isso assim que possível pretendo falar um pouquinho a respeito, ok?

Amigos, essa é uma dica que eu gostaria de partilhar com vocês.Essa matéria é especialmente para você que é acostumado (e viciado) em tocar sempre olhando ascifras.Aí vamos para um exemplo bem prático: você está tocando uma música em um tom específico, por exemplo C, (Dó maior). Aí antes de começar a tocar o pregador diz: "me dá um Lá maior". E entãocomeça o desespero para fazer a transposição da música, pois você até tinha a música pronta, mas nãono tom solicitado.Fora que, na hora da correria você acaba colocando um acorde errado e aí vem mais desespero....rsss...

Então vamos lá:Primeiramente é preciso saber qual a diferença entre cifragem analítica e a cifragem prática (ou

universal).A cifragem analítica, muito usada no estudo teórico da análise harmônica, emprega numerais romanosde I a VII para representar os acordes cujas fundamentais são os graus da escala diatônica (v. acima)acompanhados de sinais, letras e numerais arábicos (ex. IV m7).A cifragem prática é aquela utilizada na música popular, em especial para acompanhamento ao violão,e segue a mesma estrutura da analítica, mas substitui os numerais romanos por letras que indicam anota fundamental do acorde (ex. Fm7).

Vou procurar ser o mais prático possível.Imagine uma música com a seguinte sequência de acordes:

C - Am- F - G

 Na cifragem analítica seria:I - VIm - IV - V

Onde: os algarismos romanos equivalem aos graus do tom principal. Entendeu?Vejamos de novo:

C - Am - F - GI - VIm - IV - V

Sabemos que o quinto grau de C é = G.E que o sexto grau (menor) de C é = Am.

Então minha dica é: você pegar músicas com cifragens simples, assim como essa que mostrei e aoinvés de anotar os acordes como de costume, você irá anotar apenas a cifragem analítica. Assim,independente da tonalidade que você precisar tocar, será possível tocar a música perfeitamente.

Com o exemplo acima, se precisássemos tocar essa mesma múscia, porém no tom de A (Lá Maior),ficaria da seguinte forma:I grau - AVIm = F#mIV = DV = E 

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Chega de desespero. Você será capaz de tocar qualquer música em qualquer tom.Faça um teste. Veja como é simples e funciona.

Introdução à teoria dos acordes

 Autor: Márcio Ellery Girão Barroso

 O som Música, as notas e a escala Escala diatônica Intervalos Acordes - Tríades Acordes com estruturas complexas A cifragem

O SOM

 No seu violão devidamente afinado, toque a 1ª corda no 5º traste (lá-3). O resultado é a vibração dacorda na freqüência principal de 440 hz (hertz - ciclos por segundo). Esse rápido vaivém da corda noar que a circunda, agita as moléculas do ar para frente e para trás e estas as mais próximas e assim por diante, num movimento ondulatório de pressão e contrapressão que caminha em todas as direções e,em particular, na de seus ouvidos. (A caixa de ressonância do violão se encarrega de amplificá-las).

Propagação do somChoque entre as moléculas de ar 

O mesmo ocorre a partir de uma orquestra, na qual cada instrumento tem a sua forma particular de

agitar as moléculas do ar, num concerto em que as ondas se misturam umas às outras, somando esubtraindo suas pressões e contrapressões, viajando até você por vários caminhos: no direto e depoisde se refletirem uma ou diversas vezes nas paredes do teatro. Se conseguíssemos enxergar algumamolécula do ar desse teatro, veríamos um verdadeiro espetáculo de dança cujos movimentos sãocausados por cada instrumento da orquestra, e até mesmo pelo tossir dos ouvintes.

Mas a viagem do som ainda não terminou. Ao chegar ao ouvido ele encontra a orelha, que é a sua parte externa, e que tem a função de canalizar o som para o “verdadeiro” ouvido que é denominadoouvido interno situado dentro do crânio. Nele, as ondas de pressão se transformam em movimentosmecânicos, passando pelo tímpano, ossículos, músculos e fluido coclear, até chegarem aos primeirosespectadores do som, uma fileira de neurônios das células ciliares auditivas.

 Nesse momento, as ondas de pressão e os movimentos mecânicos, ou seja, fenômenos físicos, setransformam em percepção psicológica, numa mágica metamorfose que liga você a cada um dosinstrumentos à sua frente, agora não mais numa agitação de moléculas, mas de emoções. É tambémonde se diferenciam o violão de um martelo, a consonância de um ruído, o Mozart de um Salieri.

A MÚSICA, AS NOTAS E A ESCALA

A música é a arte dos sons e dos ritmos. Os nossos ouvidos são capazes de perceber sons numa gamade freqüência que vai de 16 hz a 20.000 hz. Em torno de 4.000 hz somos capazes de distinguir freqüências com apenas 1 hz de diferença. Dessa imensa variedade de sons possíveis de ouvir, a

música ocidental utiliza uma pequena fração de cerca de 90 sons distintos (diferentes alturas de som ).Mesmo assim, milhares de composições musicais à nossa disposição atestam o enorme poder dessa sóaparentemente pequena quantidade de sons utilizados.

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A escolha desses sons, ou notas, tão especiais vem desde a antiguidade, e foi consolidada apenas noinício do século XVIII com a definição precisa da escala musical (o conjunto de notas usadas namúsica).

Existem duas notas singulares que determinam os limites da escala: quando a freqüência do som édobrada (f, 2f, 4f ...) a nossa percepção indica um som exatamente igual, apenas em alturas distintas.Assim se dá, por exemplo, com as notas dó em diferentes posições no violão. Daí a conclusão imediata

de que a escala (mais tarde denominada escala cromática) seria um conjunto de notas entre umafreqüência e o seu dobro.

Outr o fenômeno no qual intervêm, de um lado a nossa percepção, do outro a mecânica das vibraçõesque produzem sons, é a consonância. Quando tocamos numa corda do violão ela vibra maisfortemente na freqüência da nota para a qual ela foi projetada (por exemplo, o lá).

Entr etanto, ela também vibra com menor intensidade em outras freqüências também perceptíveis aoouvido. Desde o início da fabricação dos instrumentos musicais, observou-se que para ser agradável aoouvido, cada som deveria resultar de uma freqüência principal igual a uma das freqüências secundáriasdos outros sons. Com isso, os diferentes sons detêm uma consonância em suas vibrações principais.

Poder-se-ia dizer que no caso do sistema de sons hoje utilizado na música ocidental, a galinha nasceu primeiro que o ovo. Primeiro vieram as composições musicais e os instrumentos que as executavam,incluindo a voz humana, baseados em sons discretos que consonassem agradavelmente aos ouvidos.Somente muito depois é que se estabeleceram matematicamente as relações precisas desses sons e asua universalização. As explicações a seguir são, portanto, uma mera tentativa de estabelecer umacronologia científica do sistema de sons atual.

Assim, após várias experiências e alguns cálculos matemáticos chegou-se a um conjunto de 12freqüências (notas) entre uma freqüência e o seu dobro. Foi só escolher uma freqüência semente (em

torno de 440 hz) e estava inventada a escala cromática. A distância entre duas notas seqüenciais destaescala se denomina semitom . Dois semitons em seqüência formam, pois, um tom.

Restava, no entanto, um problema de caráter prático a ser resolvido. Se uma música fosse tocada a partir de uma determinada nota (por exemplo, o dó), não era possível transcrevê-la para outra nota deinício (por exemplo, o ré). Isto porque as freqüências calculadas para as 12 notas da escala eramnúmeros irracionais e não mantinham a relação que permitisse tal transcrição. Por exemplo, a relaçãodas freqüências entre o dó e o ré não era a mesma que entre o ré e o mi. Para resolver o problema, asfreqüências foram “acochambradas” de forma que a relação entre elas fosse constante. Estavainventada a escala temperada, que embora fugisse da perfeição consonante entre as notas, resolvia o

 problema da transcrição. O “Teclado Bem Temperado” do genial Bach foi uma das primeiras obras

nessa nova escala.

Ainda tendo o ouvido como o mestre a ser agradado, concluiu-se que para manter uma relação sonoraagradável entre as notas, uma música não deveria conter aleatoriamente as 12 notas da escala, masapenas algumas delas. Foram inventadas então as escalas diatônicas, contendo apenas oito notas(sendo a oitava com o mesmo som da primeira, ou seja, com o dobro de sua freqüência) e com as quaisas músicas deveriam ser prioritariamente construídas. Estava inventado o dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó.Daí que a relação entre uma freqüência e o seu dobro é chamada de oitava.

 Na realidade, a escala adveio da relação (agradável) de 3/2 entre duas freqüências (que ocorre entre asnotas que têm entre si três notas, como, por exemplo, fá, dó, sol, ré, lá, mi, si) .

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ESCALA DIATÔNICA

A escala diatônica (ou simplesmente escala) é o conjunto de 8 notas que têm entre si a seguinterelação:

- entre a 1ª e a 2ª notas --> 1 Tom- entre a 2ª e a 3ª notas --> 1 Tom

- entre a 3ª e a 4ª notas --> 1 Semitom----------------------------------------------------- entre a 4ª e a 5ª notas --> 1 Tom----------------------------------------------------- entre a 5ª e a 6ª notas --> 1 Tom- entre a 6ª e a 7ª notas --> 1 Tom- entre a 7ª e a 8ª notas --> 1 Semitom

ou resumindo: T T S T T T S.

Pode-se também pensar na escala como dois conjuntos de 4 notas T T S iniciando respectivamente na1ª e 5ª notas. O tetracorde (antigo instrumento grego da família da lira) era composto de 4 cordas narelação T T S entre suas notas.

O nome da escala é o da sua primeira nota, também chamada de fundamental (dó, ré, mi, fá, sol, lá si,dó – é a escala de dó).

Os Graus da escala são cada uma de suas notas de 1 até 7 em algarismos romanos e têm a seguintedesignação oriunda da percepção musical de cada grau na escala:

I – Tônica

II – SupertônicaIII – MedianteIV – SubdominanteV - DominanteVI - SuperdominanteVII - Sensível

Observações:- A teoria dos acordes deveria ser explicada a partir da notação dos Graus, pois assim independeria dosnomes das notas que mudam para cada escala em particular (em dó, ré etc.). Entretanto, parasimplificar, em geral usaremos a escala de dó, entendendo-se as notas como seus respectivos graus

nesta escala.

- Pode-se elevar o som de uma nota de um semitom sem mudar o nome da nota pelo artifício deatribuir-lhe um recurso sustenido. Assim, o sol sustenido é um semitom mais alto que o sol , o meiocaminho entre o sol e o lá. Da mesma forma, pode-se diminuir a nota de um semitom pelo artifício dobemol : lá bemol é um semitom abaixo do lá. Daí se conclui que os sons do sol sustenido e do lá bemol 

são idênticos, embora se lhes dêem nomes diferentes de acordo com a escala do tom. O sinal de sustenido na notação musical é #, o de bemol é b.

INTERVALOS

O intervalo é a combinação de duas notas. É quantificado pela medida da altura entre elas na escaladiatônica. Qualquer música é feita de intervalos sucessivos, daí a importância de sua compreensão.

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ContextoOs intervalos podem ser Melódicos ou Harmônicos.

Melódicos: as notas são tocadas uma por vez. As melodias são feitas por intervalos melódicossucessivos.

Harmônicos: as notas são tocadas ao mesmo tempo. Os acordes são feitos por dois ou mais intervalos

harmônicos.

Denominação dos intervalosQuando se lê algo do tipo “intervalo menor de sexta”, significa que a distância entre as duas notas naescala diatônica é de 6 (“sexta” como dó-lá) e que existe uma alteração cromática de menos umsemitom na segunda nota (“menor” como dó-láb). A notação dos intervalos é, pois, dividida em Tipo(1ª, 2ª, ...) e Qualificação (alteração cromática) conforme se verá a seguir.

Denominação: pelo TipoO tipo é determinado pela contagem da altura entre as duas notas na escala diatônica. Pode ser ascendente ou descendente conforme a primeira nota seja mais grave ou aguda que a segunda.

Vai de 1ª em diante sendo que:

Intervalo Simples: de 1ª a 8ª , ou seja, na mesma oitava.Intervalo Composto: de 9ª em diante, ou seja, acima da oitava. Pode-se dizer que o intervalo de 9ª é omesmo que o de 2ª uma oitava acima e assim por diante (bastando somar 7 ao simples para se obter ocomposto equivalente).

Observações:

- O intervalo da nota para ela mesma tem o tipo igual a 1 (dó-dó). Também chamado de uníssono.- Os acidentes sustenido e bemol não afetam os tipos dos intervalos. Por exemplo, todos estes sãointervalos de 6ª : dó-lá, dó-láb, dó-lá#, dób-lá, dó#-lá.

Denominação: pela Qualificação -- Alterações Cromáticas (b e #)

O intervalo de 5ª (p.ex. dó-sol) exerce um papel preponderante na percepção musical por serem sonsque se combinam com grande consonância e foram, de fato, a base da construção da escala. Ocorreque o intervalo descendente de 5ª leva a uma nota que faz com a primeira um intervalo ascendente de4ª (p.ex. dó-fá – é de 5ª na descendente e de 4ª na ascendente).

Estes intervalos especiais (1ª, 4ª, 5ª e 8ª) levam o nome de Justos (ou Perfeitos) e exercem um papeldiferenciado na qualificação dos intervalos.Os outros intervalos (2ª, 3ª, 6ª e 7ª) são denominados Maiores.

Os intervalos são qualificados de acordo com a adição ou subtração de semitons em sua segunda nota(colunas Alteração e Quantidade na tabela abaixo).

Qualificação dos Intervalos:

Qualificação Notação Alteração Quantidade a partir do .. ExemploMaior M 2ª, 3ª, 6ª, 7ª dó-ré; dó-lá

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Justo J 1ª, 4ª, 5ª e 8ª dó-fá

Aumentado aum. Adição 1 semitom Maior ou Justo dó-ré#;dó-fá#

Menor m Subtração 1 semitom Maior dó-mib

Diminuto dim. Subtração 2 semitons1 semitom

Maior Justo

dó-sibb

dó-solb

 

Com essas informações pode-se construir a seguinte tabela de número de semitons necessários paracada intervalo (especialmente útil no violão onde cada traste representa um semitom):

Número de semitons nos intervalos (as notas representam o intervalo a partir do dó)

Intervalo de Maior/Justo Menor Aumentado Diminuto

2ª 2 ré 1 réb 3 ré# 0 rébb=dó (*)3ª 4 mi 3 mib 5 fá (*) 2 mibb=ré (*)

4ª 5 fá - 6 fá# 4 mi (*)

5ª 7 sol - 8 sol# 6 solb

6ª 9 lá 8 láb 10 lá# 7 lább=sol (*)

7ª 11 si 10 sib 12 si# (*) 9 sibb=lá

8ª 12 dó - 13 dó# (*) 11 si (*)

(*) – Estes intervalos não são normalmente utilizados na formação dos acordes.

ACORDES – TRÍADES (com três notas diferentes)

Desde a antiguidade já se percebia que duas notas com intervalos de 3ª (ex. dó-mi) ou de 5ª (ex. dó-sol) tocadas ao mesmo tempo soavam consonantes, enquanto os intervalos de 2ª e 4ª soavamdissonantes. Isso não era por acaso já que, ao vibrar, uma corda produz, além da nota fundamental,outras nos intervalos de 3ª e 5ª com intensidade relevante. Também se percebeu que ao acrescentar uma nota ao intervalo (de 2 para 3 notas) produzia-se um som de imensa robustez sonora, muito maior 

que a combinação simples de 2 notas. Esta associação dos intervalos de 3ª e 5ª tocados ao mesmotempo deu origem aos primeiros acordes de que se tem notícia, denominados acordes perfeitos, por combinarem os três principais sons da nota mais grave do acorde.

Os acordes mais simples, portanto, são formados por um conjunto de três notas diferentes, daíreceberem o nome de tríades. São classificados conforme os intervalos, a partir da nota mais grave,entre a 1ª e a 2ª nota e esta e a 3ª nota conforme tabela abaixo:

Qualidade Intervalo entre 1ª e 2ª notas

Intervalo entre2ª e 3ª nota

FÓRMULAIntervalos a partir da 1ª nota

Maior Maior (M) menor (m) 1-3-5Menor menor (m) Maior (M) 1-b3-5

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Diminuto (*) menor (m) menor (m) 1-b3-b5

Aumentado (**) Maior (M) Maior (M) 1-3-#5

(*) – Diminuto pois subtrai 1 semitom do intervalo de 5ª (Justo).(**) – Aumentado pois acrescenta 1 semitom ao intervalo de 5ª.

Nome

O acorde recebe o nome de sua primeira nota, denominada fundamental. Por exemplo, a tríade dó-mi-sol é um acorde em Dó maior (ou, por convenção, em Dó); a tríade mib-solb-sib é um acorde em Mi

 bemol menor.

Fórmula

 Note que no segundo exemplo acima (mib-solb-sib), a fórmula do acorde de Mi menor (seja bemol ousustenido) deve conter as notas sol e si. Daí se usar solb em vez de fá# e sib em vez de lá#. Estas notas

iguais, porém com notação distinta, são chamadas de enarmônicas.

A fórmula da tríade deve, portanto, sempre obedecer aosintervalos 1-3-5 a partir da nota fundamental, sendo que asalterações cromáticas é que indicam a qualidade do acorde.

Dobra

 No violão, normalmente se toca um acorde com pelo menos4 notas (ou cordas). Por isso, ao tocar uma tríade, pelomenos uma nota será repetida. A isto se chama dobrar o

acorde. Não há nenhuma conseqüência na percepção doacorde ao ser dobrado, a não ser dar-lhe maior riquezasonora .

 

Inversão

Inverter um acorde significa colocar como nota mais grave, não a sua nota fundamental, mas uma dasoutras duas notas da tríade. Por exemplo, se em vez de dó-mi-sol, tivermos mi-sol-dó (ambos umacorde em Dó).

As fórmulas e notação dos acordes invertidos são as seguintes:

1ª inversão: 3-5-1 (ex. mi-sol-dó que é o acorde em Dó com baixo em mi)2ª inversão: 5-1-3 (ex. sol-dó-mi que é o acorde em Dó com baixo em sol).

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Embora o acorde seja o mesmo, as inversões dão uma riqueza sonora característica que podem ser exploradas nos arranjos musicais. Na posição fundamental os acordes são harmonicamente maisestáveis que suas inversões, daí serem mais utilizados no acompanhamento musical. A 1ª inversão seusa mais freqüentemente como passagem suave entre dois acordes que estejam na posiçãofundamental. A 2ª inversão é a mais harmonicamente instável das três posições, pois contém umintervalo dissonante de 4ª com a nota fundamental (ex. sol-dó), sendo também usada como acorde de

 passagem, porém de forma mais agressiva, por exemplo, na transição entre uma tensão e umrelaxamento na harmonia.

A CIFRAGEM

 No séc. XVI começou a ser usado no ocidente um sistema de notação musical além do pentagrama, etinha como objetivo uma rápida apreensão visual e alguma liberdade para o intérprete. Era a Cifragemque consistia na colocação de numerais arábicos abaixo da linha melódica do pentagrama pararepresentar os acordes que a acompanhavam. Hoje em dia permanecem em uso dois tipos de cifragem:a analítica e a prática.

A cifragem analítica, muito usada no estudo teórico da análise harmônica, emprega numerais romanosde I a VII para representar os acordes cujas fundamentais são os graus da escala diatônica (v. acima)acompanhados de sinais, letras e numerais arábicos (ex. IV m7).

A cifragem prática é aquela utilizada na música popular, em especial para acompanhamento ao violão,e segue a mesma estrutura da analítica, mas substitui os numerais romanos por letras que indicam anota fundamental do acorde (ex. Fá m7).

Infelizmente não há uma padronização internacional sobre as regras de cifragem para violão. Cada país, ou mesmo cada autor, adota diferentes sinais para representar os mesmos acordes cifrados. Alémdisso, no Brasil há uma complicação adicional, pois, em vez de se adotarem os nomes das notas

fundamentais utilizados no país (Dó, Ré, Mi, ... Si), usam-se os nomes da notação inglesa (A, B, C, ...G). A correspondência entre uma e outra é a seguinte:

A – lá B – si C – dó D - ré E - mi F - fá G - sol

RegrasAs regras são basicamente as seguintes:

- A cifra inicia pela nota fundamental do acorde: A, B, C, ... G, A#, B#, C#, ... G#, Ab, Bb, Cb, ... Gb.- Em seguida vem a qualidade do acorde:

Qualidade Símbolo Alternativas comuns Exemplo

Maior (nenhum) Maj, M, Ma C

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Menor m min, - Cm

Dominante 7 (*) dom7 C7

Diminuto º dim Cº

(*) Aqui há uma quebra da regra geral da notação, pois deveria ser b7 indicando um intervalo de 7ª

menor. Porém, em nome da simplificação, adotou-se somente 7.

- Os acordes com estruturas complexas são representados colocando-se as suas fórmulas após aqualidade. As tabelas a seguir repetem as tabelas dos acordes complexos já mostrados anteriormente,

 porém incluindo os símbolos de cifragem.

CIFRA ANALÍTICA

Sistema baseado em números romanos, utilizado no estudo da harmonia, para medir a distânciaexistente entre a fundamental do acorde principal ( acorde equivalente ao tom) e a fundamentaldos demais acordes da seqüência.Nada mais é do que o ato de substituir o número arábico pelo romano. A este segundo (númeroromano), somamos as características próprias do acorde que representa [m, m7, 7M, m7(b5),7(b9), (#5), etc.]

Ex.

Cifra analítica VIm IIm7 V7(9) I7MCifra popular Em Am7 D7(9) G7M Quadro demonstrativo:

Int. T b9 9 #9 ou3m

3 4 #4 oub5

5 #5 oub6

6 7 7M

Cifra I bII II #IIoubIII

III IV #IVoubV

V #VoubVI

VI bVII VII

No caso das inversões utilizamos, para cifrar o baixo, o número arábico correspondente aointervaloEx.

Cifra analítica Im Im/7 IVm7Cifra popular Em Em/D Am7

CAMPO HARMÔNICO 

Campo Harmônico é a seqüência de acordes compatíveis harmônicamente dentro de um tom.

Bom, existe o CH maior, que se trata do modo jônio, e o CH menor, que se trata do modo éoleo, queserá o sexto grau do modo jônio.

As progressões harmônicas maiores seguirão a lógica:

Tônica - 2Maior - 3 Maior - 4Justa - 5Justa - 6 Maior - 7 Maior 

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C ------- D ------- E ----------F -------G ---------A--------B

Bom, CDEFGAB são somente as notas que formam a escala jônia de Dó. No entanto, o Campo Harmônico é derivado deste modo, tendo acordes maiores e menores.Partindo a tônica, a seqüência maior/menor será:

1º GRAU (MAIOR) - C2º GRAU (MENOR) - Dm3º GRAU (MENOR) - Em4º GRAU (MAIOR) - F5º GRAU (MAIOR) - G6º GRAU (MENOR) - Am7º GRAU (MENOR) - Bm

O sétimo grau (Bm), irá conter um F#, o que vai fazer com que a música caia no modo Lídio. Assimsendo, para ter um acorde totalmente dentro do tom jônio de C, é usualmente utilizado o acorde deBm7 (b5), também conhecido como Meio-Diminuto.

Agora, seguem as formações dos campos harmônicos nos tons maiores:

1º - 2º - 3º 4º 5º 6º 7º 8ºC -- Dm -- Em -- F -- G -- Am -- Bm -- CD -- Em -- F#m- G -- A -- Bm -- C#m - DE -- F#m- G#m - A - B -- C#m - D#m - EF -- Gm -- Am - Bb - C - Dm - Em - FG -- Am - Bm - C - D - Em - F#m - GA -- Bm - C#m - D - E - F#m - G#m - AB -- C#m - D#m - E - F# -G#m - A#m - B

o sétimo grau do campo harmônico é um acorde diminuto e não menor...

Agora, um exercício bem simples a respeito do que postei acima:

Cadenciando acordes:

Dentro de qualquer tom:

Pegue 3 graus do C. H e cadencie os acordes:Exemplo:

2º grau --> 1º grau --> 6ª Grau

1º grau --> 7º Grau --> 4º grau - 5º Grau (7) --> 1º Grau

Alguns graus do C. H tem uma determinada função.Vale você reparar que o 5º Grau com 7º dá uma abertura na música, que pode ser usada para finalizá-la(caso você passe do 5ºgrau(7) para o 1º grau) ou para mudar a textura da música, quando você passa

do 5º Grau(7) para o segundo grau.

Exemplo:

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Finalizar: 2º Grau --> 5º Grau (7) --> 1º Grau

Dau uma "abertura" na música: 1º grau --> 2º Grau --> 5º Grau (7)

Continuidade (com uma mudança na textura) : 1º Grau --> 5º Grau (7) --> 2º Grau --> 1º Grau

Uma finalização um pouco mais complexa, que deixa a música meio "por acabar": 5º Grau (7) --> 2º

Grau --> 1º Grau --> 1º Grau Menor --> 5º Grau (7)

Por exemplo:Em Dó maior: G7 - Dm - C - Cm - G7

CAMPO HARMÔNICO 

Sem dúvida este é um dos assuntos mais importantes para quem quer realmente se tornar músico, poiso campo harmônico nos dá a completa visão das possibilidades harmônicas que temos assim comotoda a visualização de escalas, tornando assim o estudo puramente matemático e claro. Primeiramente

temos que entender para quê serve o campo harmônico, qual sua finalidade.

campo harmônico traduz na verdade algo que nós sabemos por instinto, por exemplo, quando vocêesta compondo uma musica, instintivamente você tenta achar uma seqüência melódica que te agrade, enas tentativas, é claro que as vezes tocamos seqüências de acordes que parecem não combinar entre si,isso se deve ao fato de que existe uma seqüência de acordes que se combinam, existe portanto umaseqüência melódica, por exemplo, seria a diferença de tocar em seqüência um acorde maior/ menor/ 

menor/ menor/ menor/ maior temos uma progressão, que quando tocada soa estranho, isso porqueexiste uma regra para combinação de acordes, isso não pode ser feito aleatoriamente, você terá umefeito horrível se você tocar uma seqüência :

Cm Dm Em Fm Gm Am Bm 

Isso não pode ser feito, então o campo harmônico serve para nos mostrar a sequência de acordes queirá soar perfeitamente e aonde estariam as escalas para aplicação. Vendo o campo, perceba que ele écomposto por 7 graus, a escala musical é composta por sete notas, portanto uma seqüência melódicade acordes está relacionado com a escala musical que é a base de tudo. Na segunda aula analisaremoscomo é o vínculo entre as escalas e os acordes.

Veja no campo harmônico a seqüência de acordes com suas respectivas sétimas:

Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5) 

Pois bem aqui temos o campo harmônico natural, ele servirá de base para criarmos os outros. Agorafeito o primeiro campo temos uma definição sobre os graus.

I7M IIm7 IIIm7 IV7M V7 VIm7 VIIm7(b5)

Antes de seguir adiante vou explicar porque o sétimo grau é chamado de meio diminuto. A explicação básica do campo harmônico natural é que você tem uma seqüência de acordes que casam com asescalas, e que nenhum dos acordes e escalas nesse posicionamento tem sustenidos ou bemóis, pois

 bem faça um acorde de B, tanto faz ser maior ou menor, veja que notas fazem parte do acorde.... você

irá achar o F#! Ele é a quinta justa de B!

Quinta justa seria o seguinte, quando você monta, por exemplo, o modelo maior ou menor da corda Eou A, existe um modelo para o acorde certo? Note que onde está o dedo 3 no acorde corresponde a

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quinta do acorde, a quinta justa então seria sempre onde está seu dedo 3, é chamado quinta justa porque a quinta de B é na verdade, vamos contar juntos B/C/D/E/F 1/2/3/4/5, é a nota F, masmontando um acorde, a quinta é F#, baseado que no campo harmônico natural não pode haver sustenidos, temos que tirar esse sustenido do acorde!

Temos dois modelos para esse grau o meio diminuto e o quinta aumentada, ora a quinta justa de B éF# ,a quinta aumentada é G! Tiramos o sustenido que não pode ter! Agora como faremos para

entender e criar os outros campos?

Agora você sabe quais acordes se casam, mas veja bem, existe sempre as exceções, muitas musicassão criadas com 2 campos diferentes, ou até 3, mas agora tudo têm uma explicação lógica ematemática, 2 casos comuns é em uma determinada música, ela se progredir para um outro campoharmônico. Então o campo harmônico além de facilitar o seu trabalho de composição, já te mostraonde estão as escalas para solar, já lhe dá opções de acordes e facilita e muito para tirar músicas deouvido, ache dois, três acordes e tente identificar em que campo está, você poderá tirar o resto vendoquais os acordes que fazem parte do campo, e para solos ficará muito mais fácil tirá-lo, sabendo ondeestão as escalas.