411 Aula 11 Patios Ferroviarios

Embed Size (px)

Citation preview

  • PTIOS / TERMINAIS FERROVIRIOS

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

    ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUO E TRANSPORTES

    Disciplina: Infra Ferro-hidro-aero-dutoviria (ENG 09030)

    Prof. Fernando Dutra MICHEL

  • 1. PTIOS FERROVIRIOS E FEIXES DE DESVIOS

    denomina-se comprimento til de um desvio, a parte do desvio onde os trens podero estacionar sem perigo de

    abalroamento com outros trens que circulam pela linha mais

    prxima;

    o comprimento til indicado nos ptios colocando-se pedaos de trilhos cravados no solo, chamados de marcos

    do desvio e caracterizam a posio de incio do paralelismo

    entre duas linhas;

    o comprimento til determinado em funo do nmero de veculos ferrovirios a desviar;

    o desvio chamado vivo quando d sada para os dois lados e morto quando s tem sada para um lado, ficando

    uma das pontas com um pra-choque de desvio.

  • O comprimento total de um ptio dotado de desvios paralelos

    ser igual a:

    ulllmL '2

    lu m + l + l m + l + l

    Desvio vivo

    Desvio morto

    M M

    M

    1. PTIOS FERROVIRIOS E FEIXES DE DESVIOS

  • a) Feixe de desvios em que todos os desvios so paralelos linha

    direta (principal) e cada desvio saindo do anterior

    lu

  • b) Feixes de desvios em que todos os desvios so paralelos linha

    direta (principal) e saindo dessa mesma linha

    sen

    EBAC

    1. PTIOS FERROVIRIOS E FEIXES DE DESVIOS

    AC = distncia de separao das pontas dos coraes dos AMV

    A C

    B

  • c) Feixe de desvios partindo de um desvio com inclinao em relao a linha direta

    1. PTIOS FERROVIRIOS E FEIXES DE DESVIOS

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Tipos de ptios ferrovirios

    ptios de cruzamento

    ptios de triagem

    ptios terminais

  • Ptio de manobra Maring dcada de 70

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Ptios de cruzamento / ultrapassagem

    so ptios destinados apenas ao cruzamento dos trens;

    devem ser projetados de modo a ter comprimento suficiente para conter o trem de maior comprimento que circula no

    trecho;

    dependendo da intensidade do trfego, poder ter um ou dois ou mais desvios e, se necessrio, mais um para

    estacionamento de vages avariados;

    se forem feitas operaes de carga e descarga dos trens neste ptio, ser conveniente ter um desvio em posio

    favorvel, do lado da estao, de modo que os caminhes que

    faro o transbordo possam atingir esse desvio sem atravessar

    o ptio.

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Ptios de cruzamento

    ESTAO

    1

    2

    3

  • Pti

    o d

    e R

    ibeir

    o

    Pre

    to

    Ptios mais longos e/ou

    em maior nmero so

    providncia elementar

    para a ampliao da

    capacidade de uma

    ferrovia, em conjunto com

    o melhoramento da

    geometria e da qualidade

    da via principal. O

    alongamento

    possibilita a formao e

    cruzamento de trens mais

    longos, enquanto o maior

    nmero de ptios permite

    o trnsito simultneo (e

    cruzamento) de maior

    nmero de trens ao longo

    da linha.

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Ptios de triagem

    entroncamento de duas ou mais linhas ou ramais da ferrovia;

    pontos de quebra de trao, em virtude de mudana de perfil da linha (p. ex., ponto final de serra e incio de

    planalto);

    guardam grande semelhana com os ptios terminais.

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Ptios terminais

    CHEGADA DO TREM

    ESTAO

    FEIXE DE RECEPO

    A LOCOMOTIVA

    DESLIGADA DO TREM

    SEGUINDO PARA A

    LINHA DE REVISO

    OU REPARAO

    FEIXE DE TRIAGEM

    OS VAGES SO

    SEPARADOS

    POR DESTINO

    GEOGRFICO

    FEIXE DE CLASSIFICAO

    COMPLETA-SE A SELEO

    DOS VAGES QUE SO

    COLOCADOS POR ORDEM

    DE ESTAO DE

    DESTINO

    FEIXE DE PARTIDA

    O TREM AGUARDA

    O MOMENTO

    DE SER LIGADO

    LOCOMOTIVA QUE O

    CONDUZIR AO DESTINO

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Ptios terminais (fig 1)

    R T C P

    R = recepo

    T = triagem

    C = classificao

    P = partida

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Ptios terminais

    alm dos feixes de recepo, triagem, classificao e partida, o ptio poder ter linhas independentes de acesso ao

    parque de manuteno de locomotivas ou estacionamento;

    ptios de menor importncia podem ter um nmero menor de feixes. Os feixes de triagem e classificao podem ser

    englobados em um s feixe e neste caso o ptio disporia de

    trs feixes ao invs de quatro;

    em casos mais restritos o ptio poder ter apenas dois feixes englobando-se em um os trs primeiros.

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Ptios terminais

    em caso de o ptio possuir linhas em vrias direes e opostas, poder ser necessria a existncia de dois grupos

    completos daqueles feixes (fig. 2);

    a disposio e o nmero dos feixes varia segundo a importncia do ptio. Tambm influi o terreno de que se

    dispe para implantar o ptio e a posio das linhas de

    acesso e sada do mesmo;

    deve-se procurar uma disposio dos feixes em que as diversas fases da movimentao de vages entre os

    mesmos no sofram retrocessos e dirijam-se no mesmo

    sentido;

    h casos em que se tem que optar por feixes paralelos. Neste caso, o feixe de classificao, que geralmente um

    feixe menor, pode ficar ao lado do feixe de sada (fig. 3).

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Ptios terminais (fig 2)

    R T C P

    P

    C T

    R

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Ptios terminais (fig 3)

    R T

    C

    P

    o feixe de classificao fica ao lado do feixe de sada

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Ptios terminais

    para se dimensionar de modo correto um ptio de triagem ou terminal, fundamental o conhecimento do nmero de trens

    que chegam e partem por dia, de acordo com a programao

    das viagens, nmero de veculos por trem, tempo de

    permanncia dos vages no ptio para carregamento e

    descarga e ainda o conhecimento das necessidades de

    manuteno das locomotivas e vages, bem como das

    instalaes de abastecimento das locomotivas;

    um ptio deve permitir a menor movimentao possvel dos vages, sem retrocessos. Deve permitir circulao at a

    estao por linhas externas aos feixes e, se possvel, passar

    de um feixe a outro sem atravessar feixes intermedirios.

  • Ptio Pari - SP

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Equipamentos de ptio

    alm de um bom projeto, com adequada funcionalidade, um ptio de triagem e principalmente um terminal de carga devem ser

    devidamente equipados para permitir a maior rapidez na carga e

    descarga dos trens, o que certamente colaborar com a eficincia

    da ferrovia;

    um terminal eficiente deve contar com guindastes e prticos ou empilhadeiras para a movimentao das cargas e, conforme o

    caso, silos para carregamento rpido;

    os acessos rodovirios devem tambm ser bem planejados e pavimentados;

    importante dotar o ptio com um equipamento de iluminao que possibilite seu funcionamento a noite;

    a sinalizao e um bom sistema de comunicao com o centro de controle de movimentao dos vages parte tambm

    indispensvel para a eficincia operacional dos terminais.

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Equipamentos de ptio

    desvio

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Equipamentos de ptio

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Equipamentos de ptio

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Equipamentos de ptio

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Equipamentos de ptio

  • 2. PTIOS DE TRIAGEM E TERMINAIS

    Ptios de gravidade

    em ptios modernos de triagem, com grande movimentao de trens, usado o sistema de separao dos

    vages por gravidade;

    os vages so levados ao ponto mais elevado da rampa, por uma locomotiva de manobra, onde so liberados,

    descendo pela contra-rampa at atingir o feixe de

    classificao onde as agulhas dos AMVs so manobradas automaticamente, a distncia, de modo a desviar o vago no

    desvio que se deseja;

    a paralisao dos vages nos desvios correspondentes feita atravs de freios prprios, os retardadores, colocados

    na linha, que vo diminuindo a velocidade at a paralisao

    total do veculo no desvio em que foi lanado.

  • 3. APARELHOS DE MUDANA DE VIA ESPECIAIS

    Giradores

    esses aparelhos no s permitem mudar o sentido de movimento das locomotivas, como tambm os veculos de

    linha, principalmente em reas restritas, como nas

    oficinas, postos de reviso, ptios, etc;

    consistem em um poo, dentro do qual instalada uma estrutura, semelhante a uma ponte em trelia, apoiada em

    um piv central, que permite a sua rotao, manual ou

    mecnica, com o veculo sobre a mesma, que poder

    tomar a direo desejada.

  • 3. APARELHOS DE MUDANA DE VIA ESPECIAIS

    Giradores

  • 3. APARELHOS DE MUDANA DE VIA ESPECIAIS

    Carretes

    permitem a passagem de uma linha, geralmente dentro das oficinas de reparo para veculos ferrovirios;

    as linhas so dispostas paralelamente, de um lado e outro do carreto, que nada mais do que uma prancha

    de grandes dimenses, dotada de rodas, que corre sobre

    os trilhos, dispostos transversalmente em relao as

    diversas linhas onde esto os veculos;

    para passar de uma linha a outra o veculo empurrado para cima do carreto que movimentado at ficar em

    frente linha onde ser desviado.

  • 3. APARELHOS DE MUDANA DE VIA ESPECIAIS

    Carretes

  • 3. APARELHOS DE MUDANA DE VIA ESPECIAIS

    Tringulo de reverso

    podem em alguns casos substituir os giradores que necessitam de uma estrutura de custo bem maior;

    o tringulo de reverso consta de trs desvios interligados, em forma de tringulo, tendo um prolongamento em um dos

    vrtices, denominado chicote do tringulo.

  • 3. APARELHOS DE MUDANA DE VIA ESPECIAIS

    Tringulo de reverso

  • 3. APARELHOS DE MUDANA DE VIA ESPECIAIS

    Cruzamentos

    so peas que permitem a passagem, no mesmo nvel, de uma linha para outra, o que s acontece nos ptios de

    oficinas ou de postos de reviso e excepcionalmente em

    ptios de triagem;

    os cruzamentos podem ser retos quando formam um ngulo de 90 e oblquos quando formam ngulo

    diferente.

  • 3. APARELHOS DE MUDANA DE VIA ESPECIAIS

    Cruzamentos

  • 4. PRA-CHOQUES DE VIA

    so peas feitas de trilhos curvados, ligados por uma pea de madeira, aparafusada aos mesmos e no centro da qual se

    adapta uma mola;

    servem para ser colocados nas extremidades dos desvios mortos evitando o descarrilamento dos veculos na ponta

    do desvio;

    existem tambm peas de ferro fundido, com a forma da circunferncia da roda, que se aparafusam nos trilhos.

  • 4. PRA-CHOQUES DE VIA