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[10] [12] [22] Este texto é um clássico de Frédéric Bastiat, economista francês do século XIX, e que desmonta uma das maiores falácias económicas. Um boa oportunidade para aprenderes e reflectires. Nuno Silva assina mais um Relatório Internacional, com todas as novidades sobre o que de mais importante se passa no panorama político por todos os cantos do mundo, com especial destaque para a situação na Líbia. Nesta edição poderás encontrar três artigos de opinião com a marca de qualidade habitual das palavras de Luís Miguel Ribeiro, Manuel Oliveira e Carlos Pinto. Opiniões atentas e pertinentes para ler com atenção. [4] É sob o mote que Miguel Pires da Silva lançou na sua caminhada até à liderança da Juventude Popular, que a estrutura se prepara para viver os próximos dois anos. Fica a saber todos os pormenores sobre o Congresso Nacional da JP, realizado em Lamego, em especial as novidades com mais impacto na concelhia da Maia.

43 | Julho/Agosto 2011

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O Jovem, jornal oficial da Juventude Popular da Maia. www.jpmaia.com

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[10] [12] [22]

Este texto é um clássico de Frédéric Bastiat, economista francês do século XIX, e que desmonta uma das maiores falácias económicas. Um boa oportunidade para aprenderes e reflectires.

Nuno Silva assina mais um Relatório Internacional, com todas as novidades sobre o que de mais importante se passa no panorama político por todos os cantos do mundo, com especial destaque para a situação na Líbia.

Nesta edição poderás encontrar três artigos de opinião com a marca de qualidade habitual das palavras de Luís Miguel Ribeiro, Manuel Oliveira e Carlos Pinto. Opiniões atentas e pertinentes para ler com atenção.

[4]

É sob o mote que Miguel Pires da Silva lançou na sua caminhada até à

liderança da Juventude Popular, que a estrutura se prepara para viver os

próximos dois anos. Fica a saber todos os pormenores sobre o Congresso

Nacional da JP, realizado em Lamego, em especial as novidades com mais

impacto na concelhia da Maia.

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A moda das petições veio para ficar.

Ultimamente, a classe política tem-se

habituando a promover petições mais ou

menos pífias, mais ou menos inoportunas

e, por norma, completamente

irrelevantes. Foi a vez da JSD, ao lançar a

"Petição Pela Afirmação e Valorização do

Jovem Atleta Português".

Estava capaz de sugerir que, em vez de se

preocuparem com um jovem atleta que

não consegue vingar profissionalmente

porque há clubes que exercem o seu

natural direito de preferir contratar

atletas estrangeiros (melhores ou piores,

não interessa), se preocupassem com os

jovens que não conseguem entrar no

mercado de trabalho porque a legislação

dá preferência à perpetuação de

incompetentes só porque possuem um

contrato sem termo, mesmo quando o

merecem menos do que um jovem mais

motivado e qualificado.

Parece-me que a Assembleia da

República seria melhor aproveitada ao

resolver os problemas e a debelar as

limitações que o estado impõe aos

cidadãos, do que ao dar palco a este tipo

de debate completamente irrelevante e

que em nada deve ser responsabilidade

do estado.

Continuando no campo das

irrelevâncias, não faz sentido levar a

discussão para a típica demagogia do

colocar os "ricos" a pagar a criste. O

problema não está em saber se este

paga mais ou menos do que aquele, ou

se este devia pagar mais ou menos

impostos do que paga. A realidade é que

todos pagamos mais impostos do que

devíamos pagar. E se o fazemos é

porque o estado chegou a um nível de

irracionalidade e de irresponsabilidade

só ao nível do tamanho da própria

se este devia pagar mais ou menos

impostos do que paga. A realidade é que

todos pagamos mais impostos do que

devíamos pagar. E se o fazemos é porque

o estado chegou a um nível de

irracionalidade e de irresponsabilidade só

ao nível do tamanho da própria gordura,

que urge eliminar e não perpetuar.

Sugerir que a solução para os problemas

consiste em usurpar o que é dos outros e

criar mais receitas, oferece aos estados

incompetentes um belo balão de

oxigénio e um tapete para debaixo do

qual podem varrer as suas obrigações de

emagrecimento.

Por isso, é imoral pedir a quem quer que

seja, independentemente do volume da

sua conta bancária, que pague sequer um

cêntimo a mais em impostos enquanto a

cultura despesista do estado não for

posta decisivamente em causa. É o

estado quem tem a obrigação de zelar

pelo bem estar da carteira das pessoas e

não as pessoas que têm de sustentar os

caprichos deste estado de coisas.

Em vez de exigirem ao estado a criação

de mais um imposto para sacar uns euros

extra a quem mais ganha, os “Buffetts”

desta vida poderiam propor que o

mesmo crie (se é que eles já não existem)

certos mecanismos para que os

interessados façam doações ao estado

voluntariamente. Quem quer aumentar a

sua contribuição deve fazê-lo sem

arrastar consigo quem não quer

contribuir mais. Ser altruísta com o

dinheiro dos outros é sempre muito fácil.

A concelhia da Maia da Juventude

Popular vai ficar representada nos novos

órgãos nacionais da estrutura. A eleição

decorreu no fim-de-semana de 23 e 24

de Julho, durante o XVIII Congresso

Nacional da Juventude Popular, que

decorreu em Lamego, Viseu.

A concelhia da Maia da Juventude

Popular esteve representada com

quinze congressistas e viu assim três dos

seus militantes receberem a confiança

do novo Presidente da Comissão

Política Nacional para estarem

presentes em três órgãos nacionais.

O presidente da concelhia da Juventude

Popular da Maia, Manuel Oliveira, vai

fazer parte da equipa de Miguel Pires da

Silva na Comissão Política Nacional. Já o

vice-presidente da estrutura maiata,

Tiago Loureiro, vai assumir a liderança

do Gabinete de Estudos Gonçalo

Begonha e por inerência terá também

assento na nova Comissão Política

Silva na Comissão Política Nacional. Já o

vice-presidente da estrutura maiata,

Tiago Loureiro, vai assumir a liderança

do Gabinete de Estudos Gonçalo

Begonha e por inerência terá também

assento na nova Comissão Política

Nacional; também vice-presidente da JP

Maia, Nuno Silva, continua como

Conselheiro Nacional da Juventude

Popular.

Este configura o momento mais

importante da história da Juventude

Popular da Maia, pois nunca ntes a

concelhia tinha visto tantos dos seus

militantes chamados para assumir

responsabilidades tão elevadas no seio

da estrutura nacional.

Todos sabemos que umas das medidas

impostas pela Troika para o

financiamento a Portugal foram a

redução de custos com o mapa

autárquico e o sector empresarial

público associado a este. A pressão do

triunvirato para que executemos uma

reforma séria sobre este tema

prevaleceu sobre o susto dos paladinos

do caciquismo. Há que eliminar com

urgência. A grande dúvida recairá

sobre todos os vícios e opulência que

se foram construindo: o que fazer aos

modernos edifícios de junta?; o que

fazer com os funcionários que aí

trabalham?; o que fazer com as dívidas

das empresas municipais?; como

promover a nova organização

territorial e incorporação das empresas

municipais nos pelouros das

respectivas autarquias?

Aparentemente o Município da Maia

tem encarado estes problemas com

determinação e coragem. Numa terra

adepta de empresas municipais e palco

de freguesias irrelevantes, só podemos

dar graças quando nos chega aos

ouvidos que a mentalidade está a

mudar e que se todo este resgate não

servir para muito, pelo menos

despertou consciências de que o sector

público se deve reger por normas e

formas de estar tão ou mais rigorosas

que o sector privado. Não é mau que

todos tenham agora medo pelo seu

posto de trabalho. Mesmo que não

trabalhem mais, pelo menos esforçam-

se mais.

Lidador Por terras de

Unir para crescer!

A Juventude Popular esteve reunida

em congresso nacional no passado

fim-desemana, em Lamego. Perto de

400 congressistas decidiram o futuro

da estrutura, tendo como opções as

candidaturas de Miguel Pires da Silva

e Luís Chiti Dias, à sucessão do

deputado Michael Seufert.

Apresentaram também as suas ideias,

um conjunto de militantes de Coimbra

e o aveirense Carlos Martins, autor de

um dos discursos mais decisivos de

todo o Congresso.

A vitória de Miguel Pires da Silva foi

confirmada já durante a madrugada

de Domingo depois de um período de

discussão que se prolongou por mais

de doze horas com as intervenções de

inúmeros congressistas.

A concelhia da Maia esteve

representada com quinze

congressistas e viu três dos seus

militantes receberem a confiança do

novo Presidente da Comissão Política

Nacional para estarem presentes

em três órgãos nacionais da

Juventude Popular. Manuel Oliveira,

Presidente da concelhia da Maia, fará

parte da equipa de Miguel Pires da

Silva na Comissão Política Nacional,

Tiago Loureiro, Vice-Presidente

maiato, ficará à frente do Gabinete de

Estudos Gonçalo Begonha e por

inerência terá também assento na

nova Comissão Política Nacional, na

qualidade de Vice-Presidente, e Nuno

Silva, também Vice-Presidente da

Juventude Popular da Maia, continua

como Conselheiro Nacional da

Michael Seufert deixou a liderança da Comissão Política

Nacional da Juventude Popular, assumindo agora a

presidência da Mesa do Congresso.

Os maiatos Manuel Oliveira e Tiago Loureiro, foram eleitos para a

Comissão Política Nacional e para o Gabinete de Estudos, respectivamente.

O também maiato Nuno Silva, foi eleito Conselheiro Nacional.

Maia merecem fazer parte deste

novo projecto e tudo farão para

continuar a zelar pela qualidade do

trabalho político da estrutura”.

Ficou ainda a garantia de que

este comprometimento exigente

com a nova representação nacional

em nada prejudicará a continuidade

do empenho na actividade política a

nível concelhio: “gostamos de mais

da nossa concelhia e da nossa cidade

para que ela seja posta em segundo

plano. Sentimos um enorme orgulho

quando na JP usam a concelhia

da Maia para exemplos de

qualidade e competência. De forma

alguma vamos abdicar desse

reconhecimento e deixar de

trabalhar ainda mais.”

Quanto à nova direcção da Comissão

Política Nacional, Manuel Oliveira

considera Miguel Pires da Silva

“uma pessoa dinâmica e com

um projecto de união e crescimento

para a JP muito forte.” Remata com

“a certeza de que o Miguel fará um

grande mandato e conseguirá, com

o empenho da restante equipa,

colocar a Juventude Popular na

frente de batalha por uma juventude

com mais liberdade na Economia e

na Educação, rica em valores e

consciente do enorme potencial do

seu país”.

De salientar ainda a presença do

presidente da JSD, Duarte Marques,

na sessão de encerramento do

Congresso, bem como a do

Vice-Presidente do CDS-PP e

eurodeputado, Nuno Melo.

De salientar ainda a presença do

presidente da JSD, Duarte Marques,

na sessão de encerramento do

Congresso, bem como a do

Vice-Presidente do CDS-PP e

nova Comissão Política Nacional, na

qualidade de Vice-Presidente, e Nuno

Silva, também Vice-Presidente da

Juventude Popular da Maia, continua

como Conselheiro Nacional da

Juventude Popular.Para Manuel

Oliveira, este foi o “momento mais

alto e histórico” da concelhia da Maia

da Juventude Popular pois “nunca a

concelhia tinha tido dois militantes

com representação na direcção

nacional e a coordenação de

um órgão tão exigente e fundamental

como o Gabinete de Estudos Gonçalo

Begonha”. Ainda nas palavras do

Presidente da JP Maia, “este

congresso foi mais um grande

momento para a Maia depois de um

ano em que já fomos distinguidos com

o prémio de melhor estrutura

concelhia da JP. A maior prova de

meritocracia dentro da JP vê-se nesta

confiança por parte do novo

Presidente nacional. Os militantes da

Maia merecem fazer parte deste novo

projecto e tudo farão para continuar a

zelar pela qualidade do trabalho

político da estrutura”. Ficou ainda a

garantia de que este

comprometimento exigente com a

nova representação nacional em nada

prejudicará a continuidade do

empenho na actividade política a nível

concelhio: “gostamos de mais da

nossa concelhia e da nossa cidade

para que ela seja posta em segundo

plano. Sentimos um enorme orgulho

quando na JP usam a concelhia da

Maia para exemplos de qualidade e

competência. De forma alguma

vamos abdicar desse reconhecimento

e deixar de trabalhar ainda mais.”

Quanto à nova direcção da CPN,

Manuel Oliveira considera Miguel

Pires da Silva “uma pessoa dinâmica e

um órgão tão exigente e fundamental

como o Gabinete de Estudos Gonçalo

Begonha”. Ainda nas palavras do

Presidente da JP Maia, “este

congresso foi mais um grande

momento para a Maia depois de um

ano em que já fomos distinguidos com

o prémio de melhor estrutura

concelhia da JP. A maior prova de

meritocracia dentro da JP vê-se nesta

confiança por parte do novo

Presidente nacional. Os militantes da

Maia merecem fazer parte deste novo

projecto e tudo farão para continuar a

zelar pela qualidade do trabalho

político da estrutura”. Ficou ainda a

garantia de que este

comprometimento exigente com a

nova representação nacional em nada

prejudicará a continuidade do

empenho na actividade política a nível

concelhio: “gostamos de mais da

nossa concelhia e da nossa cidade

para que ela seja posta em segundo

plano. Sentimos um enorme orgulho

quando na JP usam a concelhia da

Maia para exemplos de qualidade e

competência. De forma alguma

vamos abdicar desse reconhecimento

e deixar de trabalhar ainda mais.”

Quanto à nova direcção da CPN,

Manuel Oliveira considera Miguel

Pires da Silva “uma pessoa dinâmica e

com um projecto de união e

crescimento para a JP muito forte.”

Remata com “a certeza de que o

Miguel fará um grande mandato e

conseguirá, com o empenho da

restante equipa, colocar a JP na frente

de batalha por uma juventude com

mais liberdade na Economia e na

Educação, rica em valores e

consciente do enorme potencial do

seu país”.

Presidente:

Miguel Pires da Silva

Vice-Presidentes:

Francisco Peres Mota

Manuel Aranha

André Araújo Correia

Fernando Neves

Manuel Caiado Figueiredo

Secretário-Geral:

José Miguel Lello

Vogais:

Pedro Pinto Lopes

Daniel Pinto

Pedro Vidal

Ana Castro

António Gomes Pereira

Vítor Vicente

Frederico Pimentel

Paulo Pereira

José Rosas Brandão

Ricardo Marques

Manuel Oliveira

Abel Baptista

Duarte Salgado Bucho

Marco Rodrigues

Rafael Souza-Falcão

Gabinete de Estudos

Gonçalo Begonha Coordenador:

Tiago Loureiro

Vice-Coordenadores:

Lúcia Santos

Luís Pedro Mateus

Vogais:

Diogo Pascoal

Francisco Ancede

Joana Martins Rodrigues

Rafael Borges

Presidente

Michael Seufert

Vice-Presidentes:

Rodrigo Lobo D’Ávila

Patrique Alves

Vogais:

Carlos Martins

Susana Garcia

Mesa do

Congresso Nacional

Mesa do

Conselho Nacional

Presidente

Vera Rodrigues

Vice-Presidentes:

André Rodrigues Barbosa

Miguel Garcez

Vogais:

Miguel Guedes Cardoso

Mafalda Laranjo

Comissão de

Fiscalização e

Disciplina Presidente

Hugo Nunes

Vice-Presidentes:

Pedro Morais Vaz

Vogais:

Marta Carvalho Esteves

Será que alguém presenciou o ataque

de raiva que acometeu o bom

burguês Jacques Bonhomme*, quando

seu filho partiu uma janela?

Quem assistiu a esse espectáculo

seguramente constatou que todos

os presentes, e eram para mais

de trinta, foram unânimes

em hipotecar a sua solidariedade

ao infeliz proprietário da vidraça

quebrada: "Há males que vêm para

o bem”, diziam. “São acidentes

deste tipo que ajudam a indústria a

progredir”. Continuavam: “É preciso

que todos possam ganhar a vida. O que

seria dos vidraceiros, se não houvesse

janelas partidas?”

Ora, há nessas fórmulas de

condolência toda uma teoria que é

importante captar-se, pois é

exactamente igual àquela teoria que,

infelizmente, rege a maior parte de

nossas instituições económicas.

Supondo-se que seja necessário

gastar seis francos para reparar os

danos feitos, pode dizer-se, com toda

a certeza, e estou de acordo com isso,

que o incidente faz chegar seis francos

à indústria vidraceira, provocando o

seu desenvolvimento na proporção de

seis francos. O vidraceiro virá, fará o

seu serviço, ganhará seis francos,

esfregará as mãos de contente e

abençoará, do fundo do seu coração, o

miúdo que jartiu a janela. Isto é o que

se vê.

Mas se, por dedução, chegamos à

conclusão, como pode acontecer, de

que é bom que se quebrem vidraças,

de que isto faz o dinheiro circular, de

que daí resulta um efeito

impulsionador do desenvolvimento da

indústria em geral, então eu serei

obrigado a exclamar: alto lá! Essa

teoria pára naquilo que se vê e não

tem em consideração aquilo que não

se vê.

Não se vê que, se o nosso burguês

gastou seis francos numa

determinada coisa, não vai poder

gastá-los noutra! Não se vê que, se ele

não tivesse nenhuma janela

para substituir, teria trocado, por

exemplo, os seus sapatos velhos ou

posto um livro a mais na sua

biblioteca. Enfim, teria aplicado seus

seis francos em alguma outra coisa

que, agora, não poderá mais

comprar.

Façamos, pois, as contas da indústria

em geral.

Tendo sido partida a janela, o fabrico

de vidros foi estimulado em seis

francos; é o que se vê.

Se a janela não tivesse sido partida, o

fabrico de sapatos (ou de qualquer

outra coisa) teria sido estimulada na

proporção de seis francos; é o que

não se vê.

E se tivéssemos em consideração o

que não se vê por ser um facto

negativo, como também o que se vê,

por ser um facto positivo,

compreenderíamos que não há

nenhum interesse para a indústria em

geral, ou para o conjunto do trabalho

nacional, o facto de janelas serem

partidas ou não.

Façamos agora as contas de Jacques

Bonhomme. Na primeira hipótese, a

da janela partida, ele gasta seis

francos e não tem mais nem menos

prazer do que antes; apenas tem uma

janela nova.

Na segunda hipótese, aquela na qual

o incidente não ocorreu, ele teria

gasto seis francos em sapatos e teria

tido ao mesmo tempo o prazer de

possuir um par de sapatos e também

uma janela.

Ora, como Jacques Bonhomme faz

parte da sociedade, deve concluir-se

que, considerada no seu conjunto, e

fazendo-se o balanço dos seus

trabalhos e dos seus prazeres, a

sociedade perdeu o valor relativo à

janela partida.

Daí, generalizando-se, chega-se a

esta conclusão inesperada: a

sociedade perde o valor dos objectos

destruídos inutilmente. E chega-se

também a este aforismo que vai

arrepiar os cabelos dos

proteccionistas: partir, estragar,

dissipar não é estimular o trabalho

nacional ou, mais sucintamente,

destruição não é lucro.

É preciso que o leitor aprenda a

constatar que não há somente dois,

mas três personagens no pequeno

drama que acabei de apresentar. Um

deles, Jacques Bonhomme,

representa o consumidor reduzido a

ter, por causa da destruição, um só

prazer em vez de dois. O outro, sob a

figura do vidraceiro, mostra-nos o

produtor a quem o incidente estimula

o negócio. O terceiro é o sapateiro (ou

outro industrial qualquer) cujo

trabalho é desestimulado também

pelas mesmas razões. É esse terceiro

personagem que se mantém sempre

na penumbra e que, personificando

aquilo que não se vê, é peça

fundamental do problema. É ele que

nos faz compreender o quanto é

absurdo afirmar-se que existe lucro na

destruição. É ele que nos ensinará que

não é menos absurdo procurar-se

lucro numa restrição, já que esta é

também, no final das contas, uma

destruição parcial.

* Jacques Bonhomme, em francês,

representa o homem comum do povo,

probo, responsável.

A “Primavera Árabe” será, com

certeza, objecto de estudo científico

para os académicos durante largos

anos. Mas haverá sempre a

“Primavera Árabe” de revolta e

manifestação que deu novo rumo à

Tunísia e ao Egipto e que,

actualmente, ainda se prolonga na

Síria, e uma guerra civil que dura há

mais de meio ano nas areias da Líbia.

Certamente a mais sangrenta das

revoltas, esta Primavera na Líbia

durará pelo Outono dentro, até que o

líder derrotado seja encontrado. Faria

dia 1 de Setembro 42 anos de poder,

que tomou no longínquo Setembro de

1969, mas Kadhafi está em fuga,

dentro do seu país, com dois dos seus

filhos (tomando a informação

disponível como fidedigna).

dizer que o Coronel chegou ao fim da

sua carreira como o excêntrico líder

líbio e passará para outro papel. Um

de quatro cenários aparece: Kadhafi

será capturado e levado para o exílio;

Kadhafi será capturado e entregue ao

Tribunal Penal Internacional; Kadhafi

será capturado e julgado na Líbia

pelos seus crimes; ou Kadhafi será

morto no momento da captura.

Se o primeiro cenário que coloco é

manifestamente mais complicado de

acontecer, já os outros três tem as

suas hipóteses mais elevadas. A

entrega de Kadhafi à comunidade

internacional para responder aos

mandatos de captura do Tribunal

Penal Internacional é um gesto

importante que o Conselho Nacional

de Transição daria à comunidade

internacional mas é legitimo que os

líbios o queiram julgar. Quem me

conhece sabe que sou contra o

Tribunal Penal Internacional pois

acredito que os acusados não devem

responder por crimes cometidos num

líbios o queiram julgar. Quem me

conhece sabe que sou contra o

Tribunal Penal Internacional pois

acredito que os acusados não devem

responder por crimes cometidos num

país por outra entidade que não a

justiça desse país.

O terceiro cenário, que acho o mais

provável, é que Kadhafi seja

capturado e julgado na Líbia pelos

crimes cometidos. Uma solução como

a de Saddam Hussein. Além disso,

parece-me a solução mais sensata e

racional serem os Líbios a julgarem-no

como já expliquei. Já o quarto cenário,

terá quase a mesma probabilidade do

julgamento na Líbia. É possível que,

um qualquer soldado rebelde, ou

patente com uma ganância de

vingança possa premir o gatilho fora

de tempo, e executar o Coronel. Para

o futuro da própria Líbia, era bom que

não acontecesse.

Em quinze dias, os rebeldes

o futuro da própria Líbia, era bom que

não acontecesse.

Em quinze dias, os rebeldes

conseguiram aquilo que tentavam há

meses: chegar à capital líbia. O dia 28

de Julho é chave neste processo. Foi

neste dia que os soldados rebeldes

conseguiram capturar o chefe do

exército rebelde, Abdul Fatah Younis,

que foi morto por um soldado rebelde

durante a ordem de prisão que o

Conselho Nacional de Transição tinha

ordenado. Com a possibilidade de ser

agente duplo, Abdul Fatah Younis

seria preso e acabou morto e

substituído na frente do exército

rebelde. Nesse mesmo dia, os

rebeldes do ocidente líbio começaram

a avançar, e os rebeldes de Benghazi

fizeram o mesmo até que dia 13 de

Agosto, cercam Tripoli. Entretanto, os

bombardeamentos da NATO foram

dando uma ajuda e aberto caminho

aos rebeldes.

fizeram o mesmo até que dia 13 de

Agosto, cercam Tripoli. Entretanto, os

bombardeamentos da NATO foram

dando uma ajuda e aberto caminho

aos rebeldes.

A Batalha de Tripoli, sangrenta e

citadina, exige das tropas outro tipo

de engajamento. A guerra citadina é

bem diferente de uma guerra nas

estradas líbias no meio do deserto. Em

três dias, a capital foi tomada e a 23

de Agosto, a sua quase totalidade

controlada pelos rebeldes que

festejaram nas ruas de Tripoli e

transferiram o governo para lá. Nesse

dia o complexo de Kadhafi foi tomado

e o mundo viu o “socialismo árabe” do

destronado líder líbio.

Desaparecido e em fuga, as tropas

rebeldes deram 4 dias para os fieis ao

antigo ditador se renderem, enquanto

que a vizinha Argélia confirmou que a

esposa do Coronel e três dos filhos

Desaparecido e em fuga, as tropas

rebeldes deram 4 dias para os fieis ao

antigo ditador se renderem,

enquanto que a vizinha Argélia

confirmou que a esposa do Coronel e

três dos filhos passaram a fronteira e

estão no país. Para um actor neutro,

a Argélia tomou, de certo modo,

partido na guerra civil que o Conselho

Nacional de Transição (CNT) já

entendeu ser uma grave afronta ao

novo regime da Líbia. Sendo por

razões humanitárias ou não, Argel

devia ter contactado o CNT e

negociado a estadia de parte da

família na Argélia, principalmente da

esposa e filha grávida do ex ditador.

Setembro mostra-se como um mês

decisivo no futuro do país e que volta

a ser o mês de mudança de regime,

42 anos depois.

No último congresso nacional da Juventude Popular

que se realizou em Lamego, todos fomos

contemplados com exposições de opinião contendo

premissas, que de forma leviana, povoam o

pensamento de muitos jovens portugueses – e não só.

Falo nomeadamente das correntes de opinião que se

revelam a favor de uma união dos indivíduos para o

consumo apenas e só de produtos nacionais com o

intuito de proteger o mercado nacional, e assim,

garantir postos de trabalho.

De forma mais explícita ou em forma de lobby, sempre

existiram tentativas de proteccionismo de mercado

por parte dos estados, instituições e grupos de

interesse de indivíduos, no entanto com o passar dos

anos com o abandono de políticas de autarcia

económica, nomeadamente com a integração na união

europeia, abolição de tarifas aduaneiras e

consequentemente uma maior exposição e

interdependência num mundo cada vez mais

globalizado, obrigou o relaxamento desse tipo de

proteccionismo com vista a aumentar as quantidades

produzidas, transaccionadas e consumidas entre os

países (ver artigo de opinião da edição anterior, sobre

mercado internacional).

Assim, no sentido da preservação e manutenção das

liberdades individuais como factor primordial para a

condição de um mercado livre e concorrencial, que

sempre defendemos e é altamente desejável para a

competitividade da economia, não posso deixar passar

em branco estas novas correntes de pensamento que

visam a defesa de grupos de interesse isolados e que

em nada abonam a favor da população em geral, isto

é, dos consumidores.

Perante estas situações fico sempre intrigado quando

vejo alguém a comentar ou incentivar sobre medidas

de consumo exclusivo de produção nacional, pelo que

me questiono sobre o que é que entendem como

produção nacional.

Vamos supor um exemplo: Um investidor de

nacionalidade estrangeira e com uma conta bancária

estrangeira, decide abrir uma exploração agrícola com

100% de mão-de-obra nacional, mas recorrendo a

matéria-prima 100% estrangeira (sementes, adubos,

maquinaria) ou vice-versa. Consideremos isto como

produção nacional?

Agora, vamos supor um outro exemplo: Uma

empresa que importe exclusivamente produtos

agrícolas, embale e distribua em território nacional

para consumo é considerado produção nacional? Se

apontarmos ao critério da escolha de produtos

nacionais pelo seu código de barras, então este

último exemplo seria considerado nacional. Se

atendermos aos critérios da AEP com a campanha

“compre o que é nosso” nos critérios de adesão

podem-se diluir os efeitos da nacionalidade da mão-

de-obra com os consumos intermédios, com o rácio

[(VAB+INCI)/Valor da Produção]*.

Referido no exemplo anterior, pode-se já apontar uma

instituição que se apropriou desta corrente de

pensamento de se consumir exclusivamente aquilo que

é nacional, como é o caso da AEP, que por cada

atribuição de autorização do seu “compre o que é

nosso” cobra uma taxa pelo seu serviço, obrigando

produtores que queiram ver os seus produtos

reconhecidos como “nacionais” a adquirirem o seu

serviço impondo-lhes custos, que ficam a cargo do

consumidor ou reduzindo as margens de lucro dos

produtores.

Desta forma, não posso deixar passar a crítica a esta

ideia que cada vez mais se encontra mais em voga.

* Nota: VAB - Valor Acrescentado Bruto INCI – Incorporação Nacional de Consumos Intermédios

A par da expectável renovação de equipas dos órgãos

nacionais, Lamego trouxe ainda curiosas

interpretações sobre o futuro e desfechos sobre o

passado da Juventude Popular. Naquele que foi o meu

quarto Congresso Nacional, suspeito seria se não

dissesse que foi o melhor. Ainda que do ponto de vista

material e logístico, a JP deu neste congresso um

passo em frente na dignidade do momento. Nunca

foram dadas tão boas condições de trabalho aos

congressistas num espaço que perdurará durante

muito tempo na memória de muitos. Foi óptimo,

finalmente, ter um espaço com verdadeiro espírito de

congresso que possibilitou sem grande esforço

acompanhar a longa maratona dos trabalhos. Também

nunca será em demasia salutar as quatro Moções de

Estratégia Global e as quatro Moções de Estratégia

Sectorial.

Independentemente das suas ideias, a JP vive da

discussão coerente e interessada que possa alimentar

a sua posição política num Portugal cada vez mais

complexo e com urgência de mudança. Dos resultados

mais notórios, surge a expectativa em torno da nova

Comissão Política Nacional e do Gabinete de Estudos

Gonçalo Begonha. Se o novo Coordenador do GEGB

conheço na perfeição e não tenho dúvidas que fará um

trabalho sem precedentes no que respeita a enorme

qualidade e compromisso com a formação da JP, o

novo Presidente da CPN dá-me garantias de união e

empenho na construção de uma estrutura solidária

com os seus. Há muito trabalho pela frente, todos

somos necessários e capazes de fazer crescer ainda

mais uma JP que por vários motivos tem tido

dificuldades em manter-se de pé.

Nos últimos anos a JP tem sofrido, como nenhuma

outra associação juvenil partidária, o fenómeno do

afastamento dos jovens da política activa. Com muito

menos recursos e sentido de organização que a

Juventude Socialista e a Juventude Social-Democrata,

a JP tem sentido particulares dificuldades, na última

década, em conseguir manter um nível de exigência,

resistência e comprometimento que a caracterizam

desde a reunião do Teatro S. Luís em 1974. Num

cenário macro, que condiciona todas as nossas

atitudes e tomadas de posição, a JP não tem sabido

aproveitar da melhor forma todas as oportunidades

que a constante mudança proporciona. No entanto, é

óbvio que nem só dos factores externos pode a JP

queixar-se. Se pensarmos que a mudança começa por

dentro, a JP tem cometido (sinto e defendo isso desde

que conheço a estrutura) erros crassos quando não se

alavanca no poder e margem de exposição das suas

concelhias e distritais - uma velha questão na

estrutura, um constante problema que dificilmente se

dissocia de específicos momentos de oportunidade.

Embora não se exija heróis nem fórmulas mágicas, a

verdade é que este problema tem travado imenso o

crescimento qualitativo da JP, tornando-a muitas

vezes permeável a más intenções e outras que, sem

orientação e estratégia, se perdem em “boa vontade”.

Consequência ou não deste mar de intenções, na

última década, também o perfil do novo militante da

JP mudou categoricamente. Pressente-se um

sentimento unânime que o militante da JP é hoje um

espelho da Educação e da vida familiar e social em

Portugal. Muitos caracterizam-no como “incapaz de

escrever duas frases sem um erro ortográfico”, outros

como “irresponsável, incapaz de saber-estar e criticar

fundamentadamente o que o rodeia” e ainda outros

como “alguém que não consegue distinguir socialismo

de liberalismo”. Embora eu concorde com a

generalidade destas críticas, todos sabemos que é um

passo recorrente, em qualquer que seja a situação, a

geração presente criticar a futura. Temos de ser

especialmente cuidadosos quando, mesmo que

inconscientemente, colocamos filtros sobre quem

deve estar ou não na JP. Temos de ser inteligentes ao

geração presente criticar a futura. Temos de ser

especialmente cuidadosos quando, mesmo que

inconscientemente, colocamos filtros sobre quem

deve estar ou não na JP. Temos de ser inteligentes ao

ponto de compreender que todas as organizações são

afectadas pela sociedade que a rodeia e que estas

serão alvo dos vícios e costumes dessa. A JP não tem

sabido harmonizar esta questão e aprender a viver

com ela, retirando partido dos pontos fortes e apostar

numa melhoria dos pontos fracos.

A JP não é de um grupo do Norte ou de uma rebelião

do Sul; não é uma colectividade com fins desportivos e

culturais e, certamente, não é uma agência de

emprego. A JP é uma instituição com quase quarenta

anos de história, actriz e espectadora de importantes

mudanças sociais e económicas do nosso país, palco

onde já militaram (e militam!) actuais Ministros,

Secretários de Estado e Deputados, voz da indignação

dos jovens contra um Estado omnipresente e

estrangulador. Saibamos, mais do que permanecer

assim, fazer perceber que é assim que tem de

continuar. Vamos a isto!

Neste mês, carrega-se uma esperança verde lusa, de

que o virar de página político do mês passado possa

nos propulsar para fora da linha vermelha em que

estamos financeiramente inseridos. Como em todas as

crises financeiras que a história conheceu, existiu a

oportunidade da transformação e da superação de

esforços. Mas este fenómeno que aglutina em si já

algumas potências europeias tem, na sua génese, uma

falha do Euro. Vejamos.

A moeda única implica uma política monetária

também ela única e uma situação consolidada dos

desempenhos financeiros dos países que a compõem.

Em consequência, devem ser respeitadas regras e

responsabilidades comuns. As vantagens da moeda

única são obviamente numerosas como cada um de

nós as terá percebido desde a criação do Euro. No

entanto, esta moeda única implica para cada país, uma

disciplina comum a respeitar. Tal não significa uma

perda da soberania nacional pois esta manifesta-se nas

modalidades escolhidas para atingir essa disciplina.

Mas de facto, esta sempre foi uma barreira que a

vertente histórico-cultural de cada país invocou para

manter o rumo divergente em matéria de políticas

económicas e financeiras na UE.

Em consequência dessa barreira inultrapassável, a

zona Euro pôs “os carros à frente dos bois.” Trágico

erro! Assim, esqueceu-se do manual para direccionar

os bois: não há política cambial comum, não existem

emissões de títulos de dívida comum. Podemos ainda

citar a ausência de fiscalidade coordenada e a

inexistência de um modelo económico comum e de

uma política comum de crescimento… A União

Europeia tem, evidentemente, muito a ganhar em

proteger e conservar uma moeda única. No entanto,

chegadas às condições dos mercados actuais, é

necessário ir mais longe.

Não faz sentido continuar a deixar os países da zona

Euro financeiramente mais vulneráveis de se

apresentarem nos mercados com títulos de dívida para

financiar a sua dívida pública. Do ponto de vista dos

mercados, existindo o Euro, a dívida dos países da zona

Euro apenas pode constituir um risco representado

pela potência económica global da zona Euro.

Deve ser redireccionada a política cambial, destinada a

assegurar um crescimento económico satisfatório,

pivotado pelo BCE cujo papel deixaria de ser apenas o

do controlo da inflação.

Deve ainda ser redefinida a função da banca,

separando as actividades de crédito, de trading para

conta própria e as actividades ligadas a seguradoras.

Isto poderia levar a uma restrição nas actividades para

conta própria dos bancos. Interesses económicos à

parte, e porque não?

Ainda é importante a implementação de um modelo

económico global, coerente, onde cada país oriente a

sua economia em coordenação com a dos outros em

termos de níveis de crescimento, inflação e fiscalidade.

Se decisões que rumem neste sentido não forem

tomadas rapidamente, a situação actual verá países da

zona Euro em recessão enquanto outros estiverem em

crescimento. Provocará certamente um fosso ainda

mais profundo e um efeito inadaptado para os países

de fraca produtividade, taxas de juro divergentes entre

países endividados e ainda uma fiscalidade disparatada

que levarão a que se ponha em causa a sua

continuação na moeda única. Ao não encontrar uma

resposta proteccionista à escala europeia que

colmate as falhas da construção europeia e

assim elimine o suco do oportunismo e da pressão dos

mercados, a pressão que recai sobre a zona Euro e que

anestesia as atenções sobre a dívida dos EUA,

transformará a opção de saída do Euro dos membros

incumpridores no único escape possível para a

sobrevivência de todos.

Claro que, à partida, uma saída do Euro seria

instantaneamente catastrófica para países

sobrendividados, que sofreriam uma forte

desvalorização das suas novas moedas e teriam que se

declarar em incumprimento nas suas dívidas em euros.

O custo de produtos importados seria imediatamente

acrescido e uma forte inflação esmagaria o já fraco

poder de compra. O ajustamento seria brutal, mas a

termo a competitividade poderia seria reencontrada,

permitindo de novo o crescimento mediante uma

execução orçamental sólida. Este cenário traçaria

ainda consequências dramáticas para os restantes

países credores como a Alemanha ou os países do

Norte mas esta passividade das instâncias europeias

culminará inevitavelmente num ponto sem retorno…