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No próximo dia 14 de abril, quando a bola rolar para o Campeonato Brasi- leiro da Série A, o torcedor terá de se acostumar a ver um torneio paralelo na camisa dos clubes. O que envolve os bancos que patrocinam as equipes. A Chapecoense é o único clube que, atualmente, não tem nenhuma empre- sa do segmento como patrocinadora. Outros dois clubes também não têm uma marca fixa do setor na camisa: Corinthians e Vasco. Ambos, porém, fecharam acordos pontuais nesta se- mana para estamparem as marcas de Agibank e Help. Os negócios são vá- lidos até o próximo domingo, quando terminam os campeonatos estaduais. O predomínio do segmento no pa- trocínio aos times é uma tendência nos últimos anos, mas nunca houve tama- nha soberania das empresas financei- ras no patrocínio de camisa no futebol. Série A do Brasileirão vira competição dos bancos POR DUDA LOPES E ERICH BETING BOLETIM NÚMERO DO DIA EDIÇÃO • 974 QUINTA-FEIRA, 5 DE ABRIL DE 2018 WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR Cruzeiro e Vasco em duelo válido pela Copa Libertadores, com as camisas tendo no patrocínio máster marcas de empresas do setor financeiro; Série A do Campeonato Brasileiro poderá ter apenas um time sem uma marca de banco no uniforme neste ano de 2018 1 4,6mi De reais foi o quanto a cooperativa de alimento Aurora pagou em 2017 para patrocinar o time da Chapecoense; o acordo foi renovado OFERECIMENTO

4,6mi BOLETIM NÚMERO DO DIA - maquinadoesporte.uol.com.br · do Campeonato Brasileiro poderá ter apenas um time sem ... Desde 2012, quando a Caixa começou a investir no futebol,

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No próximo dia 14 de abril, quando a bola rolar para o Campeonato Brasi-leiro da Série A, o torcedor terá de se acostumar a ver um torneio paralelo na camisa dos clubes. O que envolve os bancos que patrocinam as equipes.

A Chapecoense é o único clube que, atualmente, não tem nenhuma empre-sa do segmento como patrocinadora. Outros dois clubes também não têm uma marca fixa do setor na camisa:

Corinthians e Vasco. Ambos, porém, fecharam acordos pontuais nesta se-mana para estamparem as marcas de Agibank e Help. Os negócios são vá-lidos até o próximo domingo, quando terminam os campeonatos estaduais.

O predomínio do segmento no pa-trocínio aos times é uma tendência nos últimos anos, mas nunca houve tama-nha soberania das empresas financei-ras no patrocínio de camisa no futebol.

Série A do Brasileirão vira competição dos bancos

POR DUDA LOPES E ERICH BETING

B O L E T I M

ME

RO

DO

DIA

EDIÇÃO • 974 QUINTA-FEIRA, 5 DE ABRIL DE 2018

WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR

Cruzeiro e Vasco em duelo válido pela

Copa Libertadores, com as camisas

tendo no patrocínio máster marcas de empresas do setor financeiro; Série A do Campeonato

Brasileiro poderá ter apenas um time sem uma marca de banco no uniforme neste

ano de 2018

1

4,6miDe reais foi o quanto a cooperativa de alimento Aurora pagou em 2017 para patrocinar o time

da Chapecoense; o acordo foi renovado

O F E R E C I M E N T O

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B E I S E B O L T E R Á TA M B É M T W I T T E R

A Major League Baseball (MLB)segue firme com o projeto de dar maior alcance nos meios digitais para a sua competição. Após acordos com Facebook e YouTubeTV, chegou a vez de o Twitter ser anunciado como o novo parceiro da liga de beisebol.

O acordo prevê um jogo por semana a ser transmitido nos EUA no Twitter, sem direitos exclusivos. A estreia será hoje, com o duelo entre Texas Rangers e Oakland Athletics.

P O K E R L A N Ç A L U VA ' I N T E L I G E N T E '

A marca gaúcha de luvas Poker vai usar um novo tipo de luva de goleiro no Brasileirão deste ano.

Contando com 60% dos goleiros do campeonato, a empresa dará uma luva que se ajusta ao formato da mão.

O modelo é a principal aposta da empresa, que em 2017 vendeu mais de 1 milhão de pares de luvas, com valores entre R$ 50 e R$ 400. Para este ano, a expectativa da marca é de ma venda de 1,2 milhão de pares.

I N T E L E D E L L F E C H A M C O M N B A

As duas empresas serão apoiadoras da NBA 2K League, que conta com 17 das 30 franquias da liga de basquete americana e é o primeiro torneio de e-sports da NBA.

A competição, que terá início em maio, contará com a Intel na seção de serviços em nuvem e terá direito a componentes diferenciados para os computadores. Já a Dell, por meio da arca Alienware, dará monitores e hardwares para os jogos da liga.

Desde 2012, quando a Caixa começou a investir no futebol, que os bancos se transformaram na solução para os clubes em meio a uma economia brasileira em retração e a um novo tipo de comportamento das marcas no patrocínio aos clubes.

O banco estatal continua a ser a tábua de salvação da maioria. Nada menos que 12 dos 20 clubes (60% do total) estarão com a marca da Caixa estampada na camisa. O número só não é maior porque Chapecoense, Corinthians e Vasco não aceitaram os va-lores propostos pelo banco em renovações contratuais recentes.

Outros três bancos estarão na camisa dos times: Banrisul (Grê-mio e Inter), Crefisa (Palmeiras) e Banco Inter (São Paulo). Além deles, a Valle Express, empresa de meio de pagamento, é a prin-cipal patrocinadora do Fluminense. Os dois times que ainda não contam com um patrocinador principal são Corinthians e Vasco.

Desde 2013, quando a Caixa iniciou um processo grande de entrada no futebol, que os bancos passaram a se interessar mais pelo segmento. Após a estatal, outras marcas chegaram, como a Crefisa e, mais recentemente, o banco Inter, no São Paulo. Ago-ra, os concorrentes desses bancos menores começaram a se me-xer. A Agibank, que rivaliza com o Inter, e o Help!, com a Crefisa, são as novidades mais recentes do patrocínio nesse segmento.

A situação mostra como os clubes não têm conseguido achar novos parceiros comerciais dispostos a bancar os valores pedi-dos para a cota principal do uniforme. No começo do ano, o Corinthians anunciou a Positivo para as costas da camisa. Nos espaços mais valorizados do uniforme, essa foi a única novidade.

Só para se ter uma ideia, há dez anos, apenas três bancos es-tavam na camisa de quatro times no Brasileirão. O Banrisul, na dupla Grenal, o Bonsucesso, no Cruzeiro, e o BMG, no Coritiba.

O futebol brasileiro é, hoje, refém de um modelo que ele próprio criou há quase uma década, quando entrou numa bolha inflacionária produzida pelo "milagre" da marolinha da crise econômica que acabou sendo turbina-da pelos valores irreais baseados numa falsa perspectiva de crescimento do mercado por causa dos megaeventos.

O Brasil de 2009 era um país prós-pero como "nunca antes na história". Éramos os resistentes à crise mundial. Éramos a capital do esporte na década que se aproximava. Éramos o país em que tudo parecia que iria decolar.

Prometíamos ser tanto, mas acaba-

mos não sendo nada disso. E o que ficou foi um mercado completamente bagunçado de patrocínio esportivo.

O marketing no futebol era liderado pelo Corinthians de Ronaldo. O time que desafiou a lógica e repatriou um dos ícones do futebol mundial após mais de 15 anos na Europa. E que, para pagar essa conta, loteou a camisa de jogo sem qualquer critério de retor-no e construção de marca.

Isso criou uma escalada enorme de preços no patrocínio ao futebol brasi-leiro, sem que o retorno sobre esse in-vestimento conseguisse acompanhar.

O resultado foi, após quatro anos,

uma fuga maciça de patrocinadores, assustados com os altos valores, com a crise batendo à porta e com a falta de perspectiva de Copa e Olimpíadas.

A solução foi fazer o que todo mun-do faz quando está sem dinheiro. Ir atrás de um banco... E foi a partir daí que o único segmento com dinheiro à altura do que se pedia e com coragem de apostar no esporte foi o bancário.

O maior desafio agora é achar um novo segmento disposto a patrocinar. Para isso, é preciso voltar no tempo e relembrar o real valor do patrocínio.

Futebol é refém de situação que ele mesmo criou há 10 anos

O P I N I Ã O

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O britânico Kyle Edmund, atual número 1 do Reino Unido e 26o no ranking mundial da ATP, assinou com a montadora britânica Jaguar. O acordo comprova a importância que as mon-tadoras vêm dando ao tênis e faz com que a Jaguar ganhe força no duelo com concorrentes como Mercedes-Benz, Kia, Ford e Porsche.

O contrato que torna Edmund o novo em-baixador da Jaguar também indica o compro-misso da marca com o tênis no Reino Unido. A Jaguar já é patrocinadora do também britânico Andy Murray, ex-número 1 do mundo e atual número 30, que ficou bastante tempo afastado por contusão e está voltando agora às quadras.

Além de Edmund e Murray com a Jaguar, o tênis ainda tem parcerias como Roger Federer

e Mercedes-Benz; Rafael Nadal e Kia; Serena Williams e Lincoln (marca da Ford); e Maria Sha-rapova e Porsche. Além delas, outras monta-doras, como Audi, Fiat, Peugeot e Volkswagen também têm seus nomes bastante vinculados ao esporte com patrocínios e naming rights de torneios, por exemplo. A própria Jaguar é o carro oficial do Grand Slam de Wimbledon.

Em relação a Kyle Edmund, o tenista britânico vive seu melhor momento na carreira. Semifi-nalista do Australian Open, o atleta de 23 anos é considerado o substituto de Andy Murray.

“Estamos entusiasmados com a parceria, ao mesmo tempo que entramos no quarto ano da Jaguar como carro oficial de Wimbledon”, diz Scott Dicken, diretor de marketing da Jaguar.

Patrocínio a britânico amplia disputa de montadoras pelos principais tenistas

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POR REDAÇÃO

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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A fabricante de material esportivo Puma assinou um contrato de pa-trocínio com um jogador de apenas 9 anos de idade da base do Santos.

David Nogueira Carmo, que é principal destaque do time de fut-sal sub-9 do Santos, tornou-se atle-ta patrocinado pela marca, que em 2019 passará a vestir o Palmeiras.

A informação, publicada pelo site Globoesporte.com, foi confirmada pela Puma, que emitiu um comuni-cado sobre o patrocínio assinado.

"Desde 2012, a Puma Brasil in-veste no programa Grassroot, que acredita e apoia os jovens talentos das categorias de base sub-13, sub-15 e sub-17 do futebol nacional a fim de disseminar o DNA Puma na categoria. Como parte dessa aposta em novos nomes promissores, co-municamos que David Nogueira do Carmo passa a fazer parte do proje-to com o suporte técnico da Puma", disse a empresa em comunicado.

O negócio surpreende por se tra-

tar de um dos contratos mais preco-ces da história do futebol nacional.

Com o negócio, David superou o atacante Rodrygo, que começa a ser titular no time do Santos atualmen-te com apenas 16 anos e que, aos 11 anos, havia assinado com a Nike.

A escolha do jovem jogador é feita com base nos números que ele tem até agora. Em 43 jogos, ele já fez 56 gols, tanto que chamou a atenção do Palmeiras, que tenta convencer o atleta a defender o clube.

A decisão de mudar de cidade, po-rém, depende também do trabalho do pai do garoto. Edmilson Carmo é jogador de futebol, foi formado no Santos e atua pela Portuguesa San-tista. Por isso, o desejo da família ainda é de permanecer em Santos.

"Por tudo o que o Santos fez, mi-nha posição é mantê-lo aqui, espe-rar o que clube pode oferecer", disse Edmilson ao Globoesporte.com.

Pela idade que tem, David não pode ainda firmar contrato de tra-balho com nenhum clube.

POR REDAÇÃO

Puma fecha acordo com mais jovem atleta do futebol brasileiro

O Palmeiras anunciou o lançamento de um novo produto licenciado. O clube fechou parceria com a Husky uma parceria para a produção do frigobar oficial, com cores e emblemas do Palmeiras.

O acordo foi fechado por meio de uma parceria com a Infotel, uma das principais empresas de dis-tribuição do país. A linha exclusiva de frigobares

personalizados do time será vendida com descon-to de 10% aos sócios-torcedores do Avanti.

O frigobar tem capacidade para até 70 litros e possui controle por compressor, termostato ajus-tável, estante de metal, armazenamento de portas, pé ajustável e porta reversível. O produto está à venda somente em lojas de departamento.

Palmeiras lança linha de refrigeradores