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48ª Reunião Nacional sobre Educação Fiscal no Contexto Educacional Relação Estado e Sociedade Profª Maria Margarida Machado Faculdade de Educação/UFG

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48ª Reunião Nacional sobre Educação Fiscal

no Contexto Educacional

Relação Estado e Sociedade

Profª Maria Margarida Machado

Faculdade de Educação/UFG

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48ª Reunião Nacional sobre Educação Fiscal

no Contexto Educacional

Conceito de Estado

Para chegar ao conceito de Estado é inevitável responder a duas perguntas:

1ª Qual é a relação entre a natureza humana e a sociedade (os indivíduos são naturalmente sociáveis ou egoístas)?

2ª Qual é a relação do conhecimento e ação humanas para com a natureza (a ciência está limitada a contemplar e compreender a natureza, ou podemos dominá-la)?

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Conceito de Estado

Historicamente, o surgimento do Estado vincula-se à representação de interesses. Desde Aristóteles em seu Tratado da Política, pensar a organização social implica explicitar de que interesses estamos falando.

Antiguidade Clássica interesse comum

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Estado na perspectiva liberal justificado pelos contratualistas

Idade Moderna interesse individual

1º Thomas Hobbes (1588 – 1679) Inglaterra – Leviatã

2º John Locke (1632- 1704) Inglaterra – Segundo Tratado sobre o Governo

3º Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) Suiça – Contrato Social

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Thomas Hobbes (1588 – 1679) – Leviatã

É para conservar a vida que se cria o pacto social. Este pacto justifica a existência do poder absolutista.

O que pensa sobre o estado natural:

“ O homem é o lobo do homem.”

“ Guerra de todos contra todos.”

“ Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a si.”

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John Locke (1632- 1704)

Segundo Tratado sobre o Governo

Sua posição é explicitamente contra o dirigente absoluto, que não se submete ao contrato social.

Também considera o homem, no seu Estado Natural, como em eminente estado de guerra, o que justifica o pacto social. O governo civil é o remédio adequado para as inconveniências do Estado Natural.

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-Defesa incontestável do direito do homem que se materializa pela propriedade conquistada pelo TRABALHO.- Argumentos com suporte bíblico.- Desconstrução de premissas anteriores;

- Não é a quantidade de Terra que revela o poder é o Trabalho;- O poder pátrio não se confunde com o político;- O poder vem da Lei;- A lei emana do povo.

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Caderno 13 (1932-1934)

Breves notas sobre a política de Maquiavel

Caderno especial : redação mais tardia, elaborados em sua maioria a partir de uma retomada de materiais já presentes nos cadernos miscelâneos. Trata de um assunto específico e com título do próprio autor, no caso do Caderno 13 são temas relativos ao Estado e à política em geral.

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Estado Ampliado = “sociedade política + sociedade civil, ou seja, hegemonia revestida de coerção”

Sociedade civil consiste em um espaço superestrutural novo que emerge nas sociedades contemporâneas e é constituída pelos organismos privados, de adesão voluntária: os partidos, as Igrejas, sindicatos, a escola, os meios de comunicação, as associações de trabalhadores e as diversas formas de organizações sociais.

Sociedade política consiste nos aparelhos coercitivos da sociedade: governo, a burocracia, as forças armadas, o sistema judiciário, que possuem o monopólio legal da violência e objetiva a “dominação”.

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A supremacia de um grupo social se manifesta como ‘dominação’ e como ‘direção’ intelectual e moral. Assim, um grupo social é dominante dos adversários, que tende a ‘liquidar’ ou a submeter, também, com a força armada; e é dirigente dos grupos afins ou aliados.

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DIFERENÇAS SOCIEDADE OCIDENTAL E ORIENTAL:

 

SOCIEDADE ORIENTAL – Estado é tudo e a sociedade civil é primitiva e gelatinosa. Não há organização autônoma da sociedade civil.

SOCIEDADE OCIDENTAL - Socialização da participação da política: implantação do sufrágio universal, criação de partidos políticos e sindicatos de massa e o desenvolvimento da imprensa. Relação de equilíbrio entre Estado e sociedade civil.

 

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O que tudo isto tem a ver com esta reunião????

“ A Educação Fiscal deve tratar da compreensão do que é o Estado, suas origens, seus propósitos e da importância do controle da sociedade sobre o gasto público, através da participação de cada cidadão, concorrendo para o fortalecimento do ambiente democrático.” (PNEF, Caderno 1, 2009, p. 27)

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4.4. Missão

Da Educação Fiscal

Estimular a mudança de valores, crenças e culturas dos indivíduos, na perspectiva da formação de um ser humano integral, como meio de possibilitar o efetivo exercício de cidadania e propiciar a transformação social. (PNEF, Caderno 1, 2009, p. 27)

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De que contexto educacional falamos?

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Faixa etária

População estimada (N)

Anos de estudo (em%)

< 1 1-3 4-8 9-11 >=1218-24

22.731.066 2,4 3,0 26,0 54,1 14,5

25-29 16.282.480

3,8 5,2 26,4 44,1 20,5

30-45 44.366.133

7,6 9,4 34,0 32,4 16,7

46-59 28.663.181

13,1 13,5 38,6 21,0 13,8

>=60 21.587.085

30,6 19,5 32,4 9,9 7,6

Total 133.629.945 11,2 10,3 32,4 31,4 14,7

Fonte: Elaborado a partir dos microdados da PNAD 2009.

Percentual da População por faixa etária e grupos de anos de estudos

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Que pressupostos devem nortear esta ação educacional?

Todos têm sabedoria. O saber sistematizado é pertinente às necessidades da

ação pedagógica.A formação se dá a partir da ação: a educação cidadã é um

processo de luta e de formação permanenteO trabalho da educação cidadã é crítico:

parte da visão da população mais excluída é coletivo e planejado, deve ser feito com a ajuda de

todos é conflituoso e não inventa necessidades, mas

desvela interesses e intencionalidades

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Problematização

dialogicidade

Relações homem-mundo

“Conhecer, na dimensão humana, que aqui nos interessa, qualquer que seja o nível em que se dê, não é o ato através do qual um sujeito, transformado em objeto, recebe, dócil e passivamente, os conteúdos que outro lhe dá ou impõe.

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O conhecimento, pelo contrário, exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica em invenção e em reinvenção. Reclama a reflexão crítica de cada um sobre o ato mesmo de conhecer, pelo qual se reconhece conhecendo e, ao reconhecer-se assim, percebe o ‘como’ de seu conhecer e os condicionamentos a que está submetido seu ato. Conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos. E é como sujeito e somente enquanto sujeito, que o homem pode realmente conhecer.” (FREIRE, 2002, p.27)

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Obrigada pela atenção!

Desejo ao todo(a)s um bom trabalho nesta empreitada da Educação Fiscal.

Maria Margarida Machado.

[email protected]