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    ANEXO - VDetalhamento de Programas de Recuperao da Flora do Horto

    Florestal Luis Teixeira Mendes

    PROGRAMA DE ERRADICAO E CONTROLE DE ESPCIES EXTICASINVASORAS

    ObjetivoControle e erradicao de espcies exticas invasoras constantes no HortoFlorestal.

    Especficos:

    - identificao de indivduos de espcies exticas e invasoras com marcaode sua localizao;- erradicao e monitoramento dos indivduos localizados.

    JustificativaO Horto Florestal possui espcies exticas em vrios setores, estas precisamser erradicadas em sua grande parte, pois causam prejuzos para abiodiversidade do parque e para o desenvolvimento da sucesso vegetal.

    Atividades a serem desenvolvidas

    1) Monitoramento e erradicao de invaso de espcies utilizadas nopaisagismo

    O Horto Florestal possui reas com paisagismo em seu interior e na bordadurade algumas trilhas, constando espcies exticas e invasoras, nestes locaisdevero ser feitas aes de controle e erradicao dessas espcies. Existemespcies exticas utilizadas na ornamentao do parque que so consideradas

    estabelecidas, estando contidas sem disseminao pronunciadas (vide tabelade diagnstico de flora), para estas espcies recomenda-se apenas omonitoramento, consistindo na observao da regenerao e disseminaopelo parque, sendo constado que no esto se alastrando pela floresta noprecisam ser erradicadas.

    No pomar que est sendo constitudo em torno da lagoa recomenda-se asubstituio das espcies exticas e invasoras que foram plantadas porespcies de frutos carnosos nativas.

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    No caso da espcie Sterculia apetala manduvi recomenda-se a locao comGPS de navegao de todos os indivduos existentes no Horto e com isso omonitoramento peridico de sua regenerao (duas vezes por ano, na pocade frutificao e 4 meses depois), principalmente no entorno dos indivduosadultos, onde normalmente regeneram muitos indivduos. As plntulasencontradas devem ser arrancadas (com razes) e colocadas em recipientesfechados, aps seis meses podero ser enterradas em local propcio outrabalhadas em compostagem. Os frutos encontrados devero ser retirados doparque, como se trata de espcie de interesse para conservao da arara-azulno Pantanal, recomenda-se uma parceria com viveiros interessados naproduo da espcie, ou com rgo de pesquisa como Embrapa eUniversidades. Caso parcerias no sejam concretizadas os frutos devero sercolocados em recipientes fechados e aps 12 meses podero ser enterrados,ou ate triturados e utilizados para compostagem. Os indivduos adultos no

    devero ser retirados, pois o impacto na floresta com a abertura de novasclareiras, formadas pelas quedas, provavelmente ser maior que a existnciade novos indivduos dessa espcie no parque.

    Recomenda-se que funcionrios sejam capacitados para o reconhecimento dasespcies exticas (citadas no diagnstico) e com isso se estabelea uma rondaperidica por trilhas e locais em proximidade das reas ajardinadas (Mapa deUso do Solo), ocorrendo um monitoramento da disseminao de novosindivduos e erradicao dos indivduos de espcies exticas e invasoras. Em

    cada ronda, quando verificadas invases as novas plntulas devero sererradicadas conforme descrio no prximo item.

    2) Erradicao e controle de espcies exticas e invasoras com maiorvigor na regio

    Trs espcies exticas invasoras de porte arbreo possuem grande vigor naregio de Maring e apesar de ainda no apresentarem invaso muitopronunciada no Horto, merecem destaque e maiores cuidados, so elas:

    Leucena leucocephala leucena; Melia azedarach santa-barbara e Hoveniadulcis uva-do-japo. Para estas devero ser executadas atividades deerradicao mais complexas e contnuas.

    Primordialmente necessria a erradicao dessas e outras invasoras nasclareiras existentes, principalmente nas bordas do Horto Florestal.

    Os indivduos de Leucena leucocephala esto concentrados em clareiras.Nessas reas de concentrao dever ocorrer a erradicao de todos osindivduos, seguido por um plantio de recuperao (programa de recuperao)e um monitoramento de rebrotas e regenerao at a completa erradicao.

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    Alm disso, todos os indivduos que porventura ocorram de forma esparsadevem ser igualmente suprimidos.

    Os indivduos de Melia azedarach santa-barbara ocorrem principalmente nasbordas do parque e de trilhas, e os de Hovenia dulcis uva-do-japao ocorrem nointerior da floresta e nos arredores da lagoa. Como boa parte dos indivduosdessas espcies no esto em aglomerados ou clareiras erradicao exigecuidados maiores para que no ocorram prejuzos floresta j estabelecida.Os indivduos adultos que se encontrarem dentro da floresta devero serpreviamente localizados e demarcados (tinta spray e croqui de localizao emarcao com GPS de navegao) e posteriormente devero receberprocedimentos de erradicao com o mnimo de impacto na sua retirada. Osindivduos jovens e aqueles que estiverem em locais isolados e bordas poderoser erradicados com maior facilidade sem abertura de novas clareiras.

    Essas espcies so altamente vigorosas e de difcil erradicao, dessa forma,sugere-se atividades de erradicao com utilizao de controle qumicoassociado ao controle mecnico. Abaixo seguem normas e procedimentos parao controle e erradicao dessas espcies:

    Os locais e indivduos a serem erradicados devero ser demarcados elocalizados para consequente monitoramento;O corte dever ser realizado procurando-se causar o menor impacto

    possvel vegetao nativa;Caso o emprego da motosserra seja necessrio, seu operador deverser devidamente habilitado e capacitado atravs de treinamento anterior;Todos os trabalhadores envolvidos devero estar utilizando osequipamentos de proteo individual necessrios s diferentesatividades de erradicao. Devero ainda, ser treinados por um tcnicoresponsvel antes dos procedimentos;As espcies apresentam intenso rebrotamento aps o corte. Destemodo, faz-se necessria a marcao do local onde os tocospermaneceram, de maneira a viabilizar seu monitoramento contnuo eperidico, procedendo desbrotas sucessivas, at que a planta morra porexausto. No entanto, normalmente para estas espcies, isto pode levarmuito tempo ou nem mesmo ocorrer apenas com o controle mecnico.De acordo com Instituto Horus (2012), a forma mais eficiente de eliminarLeucena leucocephala e que tambm pode ser indicado para Meliaazedarach santa-brbara, proceder com o controle qumico paraelimin-las em p. Isto evita que a planta produza rebrotas que, diversasvezes, torna-se um problema ainda maior, mais oneroso e que requerercontrole peridico e acompanhamento intensivo. Espcies que rebrotam

    no devem sofrer anelamento, pois isso estimula a produo de brotos.O tratamento consiste em corte e aplicao de herbicida base de

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    triclopyr, diludo em leo vegetal, na concentrao de 4%. A aplicaodo mesmo herbicida diretamente sobre a casca, na base, em anel aoredor de todo o tronco, eficiente especialmente para plantas com at10 ou 15 cm de dimetro.No caso da Hovenia dulcis uva-do-japo para uma maior efetividade erapidez de erradicao, recomendado o controle qumico,considerando que o controle mecnico atravs das desbrotas sucessivaspode levar muito tempo e muitas vezes no apresentar resultadossatisfatrios. De acordo com Instituto Hrus (2008), para o controlequmico da uva-do-japo as rvores devem ser cortadas rente ao solo(toco com no mximo 10cm) com foice, faco ou motosserra(dependendo do tamanho das plantas). Imediatamente aps o cortedeve-se aplicar o herbicida Imazapyr, com 2% de concentrao diludoem gua, em toda a regio do cmbio. A utilizao de um corante junto

    ao herbicida fundamental para evitar aplicao excessiva e impactoambiental paralelo. Recomenda-se a utilizao de um pulverizadormanual para aplicao do herbicida. obrigatrio o treinamento dosfuncionrios para executar tal atividade, e o acompanhamento de tcnicoexperiente nas primeiras fases de ao.Em caso de remoo das rvores para uso da madeira, o controlequmico fundamental e precisa ser realizado no momento do corte. Asrvores devem ser cortadas rente ao cho. necessria a aplicaodireta de herbicida nos tocos para evitar a gerao de rebrotas. O

    produto mais utilizado neste caso Garlon 4, uma substncia base detriclopir, em concentrao de 80% diludo em leo diesel. Caso no seencontre Garlon, pode ser usado Tordon a uma concentrao de 7%,diludo em gua. Se ainda assim houver rebrotamento, as rebrotasdevem ser eliminadas quando atingirem 15 a 30 cm de altura atravs depulverizao nas folhas, com glifosato diludo em gua a 2%. Aaplicao deve ser realizada com pulverizador de bom desempenho epreciso, sem vazamentos, e em dias sem vento para evitar impactosparalelos sobre outras espcies, solo ou gua. O tratamento precisa serrepetido sempre que as rebrotas atingirem a altura indicada. Trabalhospreviamente realizados sugerem uma tendncia de eliminao dasplantas com quatro aplicaes sucessivas nas rebrotas (Instituto Horus,2012).Aps a erradicao, roadas peridicas devero ser feitas nos locais deconcentrao, estas devem ser feitas sempre antes do incio daproduo de sementes. obrigatrio o treinamento dos funcionrios para executar tal atividade,e o acompanhamento de tcnico experiente nas primeiras fases deao.

    Alm do corte de indivduos grandes, dever ser realizada a erradicaosistemtica dos indivduos juvenis, arrancando-os com raiz;

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    As reas onde se realizarem procedimentos de controle e erradicaodevero ser periodicamente monitoradas; efetuando-se sempre aretirada de novos indivduos que porventura apaream; eEm caso de locais onde a retirada das rvores invasoras ocasionou aabertura de uma clareira pela desocupao do espao, devero serrealizados plantios de recuperao florestal descrito com maiordetalhamento no programa de recuperao de reas degradadas.

    3) Erradicao e controle de espcies exticas e invasoras de portearbustivo e arbreo de invases localizadas

    Foi registrada a ocorrncia de espcies exticas e invasoras, mas apenas comindivduos isolados como: Mangifera indica mangueira e Psidium guajava

    goiaba, presentes principalmente em reas de ajardinamento e nasbordaduras, porm, ainda com baixa frequncia. Desta forma, os indivduosdevero ser localizados e demarcados para posterior erradicao mecnica:

    O corte dever ser realizado procurando-se causar o menor impactopossvel vegetao nativa;Caso seja usada motosserra, seu operador dever ser devidamentehabilitado e capacitado atravs de treinamento anterior;Todos os trabalhadores envolvidos devero estar utilizando osEquipamentos de Proteo Individual (EPIs) necessrios s diferentes

    atividades de erradicao. Devero ser ainda, treinados por um tcnicoresponsvel antes dos procedimentos;Em caso de a espcie apresentar rebrota aps o corte, faz-senecessria a marcao do local onde os tocos permaneceram, demaneira a viabilizar seu monitoramento contnuo e peridico,procedendo desbrotas sucessivas, at que a planta morra por exausto;Alm do corte de indivduos grandes, dever ser realizada a erradicaosistemtica dos indivduos juvenis, arrancando-os com raiz;as reas onde se realizarem procedimentos de controle e erradicao,

    devero ser periodicamente monitoradas efetuando-se sempre a retiradade novos indivduos que porventura apaream; eNo caso de locais onde a retirada das rvores invasoras ocasionou aabertura de uma clareira, pela desocupao do espao, devero serrealizados plantios de recuperao florestal como descrito no programade recuperao de reas degradadas.

    4) Controle de espcies exticas e invasoras de porte herbceo emacrfitas

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    Foram verificadas plantas herbceas exticas e invasoras como: vriasgramneas, Impatiens wallerianabeijinho, Ricinus communismamona, Lantanacamaracambar e Hedychium coronariumlrio-do-brejo, todas essas tem fortepoder de disseminao e recomenda-se a erradicao e monitoramento detodos os indivduos. Em geral, muito difcil de se erradicar uma invasora,principalmente as herbceas, uma vez que isso exige tratamentos maisdrsticos, que podem comprometer as espcies nativas locais (Wittenberg eCock 2001). No caso do Horto a invaso se encontra ainda limitada podendohaver uma ao drstica de retirada para extinguir essas espcies do parque.No caso das gramneas, concentradas em algumas clareiras, recomenda-se oarranquio e o corte raso, alm do sombreamento proporcionado pelos plantiosde recuperao (programa de recuperao de reas degradadas).

    Todos os indivduos de beijinho, cambar, lrio-do-brejo e mamona que forem

    encontrados dentro do Horto devero ser arrancados. De acordo com asseguintes normas e procedimentos:

    As touceiras devero ser arrancadas com razes e colocadas e sacolasprocurando no deixar que sementes sejam disponibilizadas ao solo;O arranque dever ser realizado procurando-se causar o menor impactopossvel vegetao nativa;As touceiras devero ser jogadas em tambores bem fechado e sdestinadas ao lixo orgnico quando as sementes no forem mais viveis.

    As lianas existentes no Horto so em sua maioria herbceas ou sub-lenhosas.Sendo assim, na grande maioria, seu tamanho reduzido e sua distribuio serestringe as reas mais abertas como clareiras e bordas da mata (Acevedo-Rodriguez e Woodbury, s.d., Gentry, 1991 apud Engel, Fonseca e Oiveira,1998). Neste caso no existe necessidade de retirada das lianas alm dasclareiras. Nas bordas a incidncia de lianas pequena devido arborizaourbana nas caladas pblicas que circundam o Horto, com rvores que causam

    sombreamento na borda reduzindo efeito de borda e a incidncia de lianas.

    A lagoa do Horto atualmente se encontra com a superfcie inteira dominada porPistia stratiotes alface-da-gua, causando danos a diversidade de peixes dalagoa e eutrofizao. Como trata-se de uma lagoa pequena um processo decontrole mecnico provavelmente surtir efeito inicial. Todas os indivduos dealface-da-gua devero ser retirados da lagoa e colocados em recipientefechado, sendo enterradas aps seis meses de conteno. Um monitoramentoanual com novas retiradas dever ser efetuado at o completodesaparecimento dessa espcie daninha.

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    Consideraes finais sobre programa de erradicao de exticas

    Os programas de enriquecimento florestal, recuperao de reas degradadas,

    e fiscalizao do parque iro colaborar em muito para o sucesso do programade controle e erradicao de espcies exticas.

    Recomenda-se a contratao de tcnico e empresa especializada para aidentificao, localizao, erradicao e monitoramento de espcies exticasinvasoras. indicada a realizao de capacitao de funcionrios e deassociao com tcnicos da rea ambiental da Companhia MelhoramentosNorte do Paran.Um monitoramento peridico dos indivduos erradicados e da existncia de

    novas invases deve ser constante, com planejamento e relatrio semestral.Seguem normas e procedimentos gerais indicados:

    Outras espcies exticas com potencial invasor detectadas duranteatividades de manejo no interior dos remanescentes naturais ou emreas de recuperao tambm devero ser erradicadas;treinamento dos funcionrios para reconhecimento das espcies;treinamento para uso da motosserra e corte de rvores;treinamento para manuseio e aplicao de herbicida;uso de EPIs em todas as atividades relacionadas; e

    obrigatrio acompanhamento de tcnico responsvel, nas primeirasfases de procedimentos.

    PROGRAMA DE RECUPERAO DE REAS DEGRADADAS

    Objetivo

    Esse programa pretende direcionar aes de recuperao em reas

    degradadas do Horto Florestal.

    Atividades a serem desenvolvidas

    Ficam definidas como reas a receberem plantios de recuperao: clareirasexistentes no Horto, com ocupao de espcies herbceas-arbustivas eprincipalmente exticas.As reas degradadas em questo devem ter seu desenvolvimento acelerado,atravs de plantios de restaurao com mudas de espcies pioneiras,secundrias e climcicas. Para tal so necessrias as atividades descritasabaixo:

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    a) Delimitao de faixas de plantio e abertura de picadas:Nos trechos com vegetao no estgio inicial de fisionomia herbceo-arbustiva(clareiras) devero ser delimitadas faixas de plantio retilneas para facilitar suamanuteno posterior (Figura 1). Sugere-se um espaamento entre faixas de 2a 3 m, dependendo da fragilidade do local (espaamento menor em locais maisfrgeis). Aps a delimitao do posicionamento das faixas, estas devero serabertas numa largura mnima que permita o deslocamento e posteriormanuteno do coroamento das mudas. A limpeza da picada deverconcentrar-se somente no corte das gramneas e demais herbceas, poupandoarbustos, rvores e arvoretas (nativas) que porventura j se encontrem na faixade plantio. Arbustos de espcies ornamentais podero ser retirados.

    Figura 1- Esquema de plantio em reas de recuperao.

    b) Coveamento, plantio e estaqueamento:O coveamento e o plantio podem ser realizados em sequncia. O plantio deveser realizado a partir dos meses de setembro ou outubro (no fim da estiagem)devendo ser escolhido um perodo de chuvas constantes para efetu-lo. Emdias de sol as mudas devem ser plantadas sempre no final da tarde evitando-se assim as horas mais quentes do dia. Aps o plantio todas as mudas devero

    ser estaqueadas com estacas de bambu para permitir sua localizao durantess atividades de manuteno do plantio. A capina de coroamento deve ser feita

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    periodicamente (trimestralmente) retirando-se a cobertura herbcea e suasrazes num raio de 0,5 m em torno da muda.

    d) Monitoramento e manuteno do plantio:O plantio dever ser monitorado no mnimo por trs anos com frequnciatrimestral. Nesta periodicidade, devero ser realizadas as roadas e capinas decoroamento, e, caso necessrio, a reposio de mudas.

    e) Espcies indicadas:O indicado que cada faixa de plantio tenha diferentes espcies, nuncarepetindo-se espcies em sequencia na mesma faixa. Recomenda-se que umafaixa de plantio seja composta de espcies prioritariamente pioneiras e outrafaixa de espcies secundrias e climcicas e assim sucessivamente. Arecomendao de espcies climcicas deve-se ao fato de tentar forar maior

    sombreamento e chuvas de sementes no futuro e tambm por se tratar declareiras pequenas, onde essas espcies podero ter acompanhamentoespecial, pois de incio tero pouco sombreamento. Recomenda-se que asmudas pioneiras e secundrias sejam maiores com cerca de 1 metro de alturae as climcicas de 0,3 a 0,5 metros. Ficam indicadas espcies rsticas eocorrentes das fitofissionomias da regio, preferencialmente zoocricas.

    Recomenda-se que as mudas sejam adquiridas em viveiros da localidade paramelhor adaptao, diminuio de perda de diversidade e potencial gentico.

    Importante que as mudas passem por perodo de rustificao antes do plantiofinal.

    Acompanhamento tcnico e projetos especficos sero necessrios eenquadrando-se nas proposies deste programa.

    As espcies pioneiras indicadas so preferencialmente zoocricas (dispersaspor animais), como: Casearia sylvestris guaatunga, Inga marginata ing,Solanum paniculatum jurubeba, Trema micrantha grandiva e Syagrusromanzoffianajeriv. Alm destas, algumas pioneiras leguminosas tambm sorecomendadas, pelos benefcios que trazem ao solo atravs da fixao denutrientes e aporte de matria orgnica. Dentre estas, so indicadas: Acaciapolyphylla monjoleiro,Anadenanthera peregrina angico-branco,Anadenantheracolubrina angicoe Enterolobium contortisiliquum orelha-de-macaco.

    Para as espcies secundrias-tardias e climcicas recomenda-se que espciesraras ou ameaadas de extino devam constar na seleo. So sugeridas:Aspidosperma polyneuron peroba, Eugenia uniflora pitanga, Holocalix balansaealecrim, Myrocarpus frondosus cabreva, Campomanesia xanthocarpa

    guabiroba, Balfourodendron riedelianum pau-marfim, Allophylus edulis vacum,Cupania vernalis cuvat, Cordia ecalyculata ch-de-bugre, Jacaratia spinosa

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    jaracati, Casearia gossypiosperma espeteiro, Tabebuia heptaphylla ip-roxo eZanthoxylum riedelianum mamica entre outras.

    Estimando os tamanhos das clareiras verificadas, verifica-se a necessidadeimediata de 420 mudas necessrias para o programa de recuperao, sendoaproximadamente metade pioneiras e metade secundrias e climcicas.

    PROGRAMA DE CONSERVAO E ENRIQUECIMENTO FLORESTAL

    ObjetivoRealizar o enriquecimento florestal de reas de bordadura do Horto Florestal,assim como reas impactadas pela eroso da descarga pluvial.

    JustificativaOs remanescentes do Horto possuem um efeito de borda que deve ser contidoao mximo possvel, pois trata-se de um remanescente com impossibilidade decrescimento, a floresta em questo no tem como expandir sua rea, sendoassim, a o efeito de borda pode causar uma regresso do processo desucesso. Tentando diminuir essse efeito negativo fica proposto plantios deenriquecimento principalmente nas bordas e reas impactadas pela eroso.

    Atividades a serem desenvolvidas

    Orienta-se um plantio com mudas distanciadas de 15 em 15 metros plantadasem locais que apresentem solo no compactado, no hidromrfico, livres decompetio com plantas herbceas e planos. Indica-se que sejam plantadas aquantidade de mudas que preencha linearmente todas as bordas existentes econtornos de reas erodidas. Os locais de plantio devem ser marcados paraposterior manuteno e monitoramento. A delimitao dos locais das covasdeve ser acompanhada por roada num raio de 1 m em torno do futuro local dacova. A capina de coroamento deve ser feita em seguida retirando-se acobertura herbcea e suas razes num raio de 0,5m em torno do futuro local dacova. O coveamento e o plantio podem ser realizados em sequncia. O plantiodeve ser realizado nos meses chuvosos. Em dias de sol as mudas devem serplantadas sempre no final da tarde evitando-se assim as horas mais quentesdo dia. Aps o plantio todas as mudas devero ser estaqueadas para permitirsua localizao durantes s atividades de manuteno do plantio. Recomenda-se o plantio de espcies secundrias-tardias e climcicas e adequadas parareas sombreadas no sub-bosque, espcies raras, endmicas ou ameaadasde extino devem constar na seleo.

    So recomendadas mudas de tamanho mediano, entre 40 a 60 cm.

    importante que as mudas passem por um perodo de rustificao (preparao

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    fisiolgica da muda para suportar o choque do plantio e as adversidadesambientais) antes do plantio final.

    Os plantios de preferncia devem ser feitos nos primeiros 10 metros quemargeiam a bordadura ou rea impactada pela eroso.

    Deve ser efetuado um monitoramento do plantio verificando a fitosanidade dasmudas e mortalidade, quando constada mortalidade as mudas devem sersubstitudas com alterao do local de plantio.

    Ficam indicadas as seguintes espcies: Astronium graveolensguarit, Apuleialeiocarpa grpia, Cariniana estrellensis jequitib, Myracrodruon urundeuvaaroeira, Aspidosperma polyneuron peroba, Tabebuia impetiginosa ip-roxo,Copaifera langsdorffii leo-copaiba, Luehea divaricata aoita-cavalo,

    Zanthoxylum riedelianum mamica e Hymenaea courbariljatob.

    Estimando-se as metragens lineares de eroses existentes e o permetro doparque, tem-se a necessidade imediata de 343 mudas de espcies climcicaspara enriquecimento florestal.

    PROGRAMA DE PROTEO CONTRA INCNDIOS

    ObjetivoDeterminar atividades para proteo do Horto contra incndios.

    JustificativaNo existem relatos de grandes incndios no Horto Florestal, existindo apenaspequenos focos de incndio, mas todos controlados. Porm, para que noaconteam infelizes acidentes recomenda-se que os funcionrios recebemtreinamento contra incndios e que se estabelea contato e planejamento como Corpo de Bombeiros do municpio.

    Atividades a serem executadasFicam determinadas algumas atividades e normas necessrias para um melhorcontrole e proteo do Horto contra incndios:

    o planejamento e execuo de um programa de educaoambiental visando a conscientizao de usurios do parquepara os problemas causados pelos incndios;

    o colocao de placas informativas e de advertncia nas cercasdo parque;

    o dilogo com os vizinhos no sentido de responsabiliz-lostambm, no engajamento contra queimadas e incndios;

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    o fiscalizao constante nas reas durante as pocas de maiorrisco (estiagem);

    o nas bordaduras manter rea de aceiro bem limpa, commanuteno constante nas reas de maior risco;

    o treinamento dos funcionrios em cursos de combate aincndios;

    o aquisio de um conjunto completo de equipamentos decombate a incndios: abafadores; enxadas grandes;pulverizadores costais; ps.

    o contato peridico com o Corpo de Bombeiros responsvelpela regio;

    o elaborao de plano de emergncia no caso de incndios,que dever abranger comunicao e aes de controlesistematizadas; e

    o manuteno de sistema eficiente de comunicao no Horto.

    PROJETOS E ESTUDOS ESPECFICOS RECOMENDADOS

    Estudos sobre Espcies Exticas Invasoras no Horto Florestal

    Objetivo

    Diagnosticar as estratgias e impactos da invaso, alm de desenvolver eavaliar mtodos de erradicao e controle de espcies exticas invasoras

    Atividades e normas:

    Estudar a ecologia da invaso das diferentes espcies invasoras ouestabelecidas, avaliando intensidade e formas de disperso, relaescom fauna e flora nativas, e impactos causados;Estudar os mtodos de erradicao e controle de espcies exticasinvasoras, assim como anlise de sua eficincia e impactos paralelos; edevero seguir critrios cientficos e normas de licenciamento para aexecuo junto ao rgo competente, em especial pelas atividades decorte de rvores e utilizao de herbicidas.

    ESTUDOS SOBRE A RESTAURAO FLORESTAL

    ObjetivoAvaliar a restaurao florestal no Horto, comparando a restaurao espontnea

    a mtodos de enriquecimento florestal.

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    Atividades e Normas:Implementar um estudo referente dinmica de desenvolvimentosucessional da floresta, atravs do monitoramento de parcelaspermanentes;aplicar e avaliar tcnicas de restaurao florestal nos locais maisperturbados pela ao humana;Manter permanentes com avaliaes sobre a evoluo das reasrestauradas, em comparao reas testemunhas onde no foramrealizadas aes restaurao.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICASENGEL, V.L.; FONSECA, R.C.B.; OLIVEIRA, R.E. Ecologia de lianas e omanejo de fragmentos florestais. Srie Tcnica IPEF, Piracicaba, v. 12, n.32,

    p.43- 64, 1998.

    HRUS INSTITUTO. Espcies Exticas Invasoras: Fichas Tcnicas.Disponvel em:. Acessoem: 20 jan. 2012.

    WITTENBERG R, COCK MJW (eds.) (2001). Invasive Alien Species: A toolkitof Best Prevention and Management Practices. CAB International, Wallingford,

    Oxon, UK