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5 espiritismo e psicologia

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ESPIRITISMO E PSICOLOGIA

A neurolinguística apresenta uma proposta a respeito da nossa conduta mental e da nossa atividade comportamental. Narrando uma estória de sabor indiano, graças a qual um jovem vivia inquieto em razão do sofrimento das criaturas humanas e aos 15 anos de tal forma a problemática perturbava-o qua ele resolveu perguntar aos familiares qual a razão do sofrimento, e todos foram tomados de espanto porque não era uma questão pertinente à vida juvenil, mas ele insistiu com os pais, os avós e invariavelmente respondiam-lhe: - isto não te interessa e nós não sabemos a razão.De tal modo a questão se tornou obcessivo-compulsiva que ele resolveu jordanear pelas estradas entre as aldeias a fim de encontrar alguém que lhe equacionasse a inquietação. Depois de muito caminhar encontrou um dia um ancião que carregava sobre as costas uma cesta de vime, parecia muito pesada porque o ancião arquejava, apresentavasse combalido e o jovem, percebendo que era o seu momento ideal, acercou-se-lhe e perguntou-lhe: -senhor, você que me parece idoso, e o é, que já deve ter sofrido muito, poderia dizer-me porque razão a criatura humana tanto sofre? O outro voltou-se surpreso, olhou-o com certo desdém e não lhe disse nada, optou por continuar a marcha. O jovem Kim percebeu que estava diante da futura resposta.Não temendo qualquer reação, disse ao estranho: -eu te acompanharei! Serei a tua sombra até o dia que me libertes da interrogação e esteve ao seu lado. Naquela noite, o senhor tirou das costas aquela cesta pesada, abriu-a, olhou dentro, deu um grito, era o espanto e a dor. Fechou-a, preparou um alimento frugal que repartiu com o jovem e adormeceu. No dia seguinte abriu novamente a cesta, olhou-a contristado, cerrou-a e depois do alimento depoi-la sobre as costas e prosseguiu a viagem. O jovem Kim

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seguiu-o e perguntou: - qual é o seu nome?Sartebus! respondeu com uma voz cavernosa eo jovem acompanhou-o meses a fio, venceu o inverno, viu chegar a primavera, suportou a canícula veranesca, mas notou que o ancião parecia cada dia mais desgastado, repetia aquele hábito automaticamente, antes de dormir abria a cesta, emitia uma exclamação de dor, cerrava-a e dormia abraçado. No dia imediato repetia o mesmo, depunha cesta sobre as costas e o jovem dizia-lhe: - senhor, de-me a oportunidade, eu sou jovem, eu tenho forças, eu posso levá-la. –Não, a cesta é minha, o conteúdo é meu,não lhe cederei aquilo que a mim me pertence; até um dia que as forças desapareceram e o idoso agora às portas da morte em plena agonia, percebeu que deveria passar adiante a chave do mistério e disse ao jovem: - a verdadeira sabedoria, para libertar-se do sofrimento, é evitar o fardo. Este é o meu fardo que eu carrego diariamente desde quando comecei a pensar. Ele oprime-me , porque cada dia eu vejo pior e não consigo libertar-me das maselas que amontoei durante toda minha vida. E morreu. Kim, apiedado de Sartebus a quem terminara por estimar, sepultou-o com dignidade. E assim que pode, correu precipite na direção da cesta para ver o volume, o fardo de que se constituía, abriu-a e deu um grito.A cesta estava vazia. Sartebus conduzia as próprias penas, carregava o fardo dos seus conflitos, a mágoa das suas culpas a incerteza da sua paz e era isso que lhe constituía a razão difícil de uma existência amarga.Os modernos neurolinguistas asseveram que a nossa vida pode ser saudável ou pode ser atormentada de acordo com a maneira como nós escrevemos o próprio destino. Se resolvemos por carregar o fadário das aflições. Ei-lo pensando demasiadamente e não repartimos com ninguém. Mas se optarmos por liberar-nos de cada situação e fazermos que se dilua ante o sol da realidade estaremos sempre livres e

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saudáveis, não obstante algumas injunções peculiares, o desgaste orgânico, das aflições emocionais e até mesmo de algum distúrbio de natureza psíquica que poderemos sobrepor o sentimento de amor, de bondade e avançar até o momento da libertação. A moderna psicologia, estabelece conforme a doutrina espírita o diz que é necessário cultivarmos o bem estar mesmo nas situações mais penosas. Quanto mais nos queixarmos da vida, mais amarga se nos apresenta e quanto mais considerarmos natural qualquer ocorrência agradável ou perturbadora, mais facilmente dela nos libertaremos.Desse modo iniciemos as questões diante do tema.Atualmente, percebemos algumas pessoas com uma inquietude muito grande e pessimismo, o que os leva a um estado de muita ansiedade. Qual a melhor terapia que o espiritismo e a psicologia propõe?A ansiedade é a decorrência inevitável da vida que nos permitimos experienciar. Somos indivíduos que sempre estamos no lugar em que não nos encontramos.Se aqui estamos, há uma certa ansiedade mórbida para que logo acabe a solenidade a seguirmos na direção do vazio, porquanto ao chegarmos em casa ou no próximo projeto essa mesma ansiedade que é filha da insatisfação estará em nós. Graças a isso, o Dr. Volney escreve que nos grandes gigantes do comportamento humano é esse vazio existencial e Joana de Angelis, na sua obra”O homem Integral”assevera que a ansiedade é um dos gigantes da alma que corroi o indivíduo como decorrência da sua insatisfação. Terapêutica, somente me acontece o que é de melhor para o meu progresso. Farei o que esteja ao alcance das minhas possibilidades. Não irei resolver o problema do mundo. Concentrar-me-ei em resolver os meus próprios problemas. Na hora que eu ascenda, o mundo eleva-se comigo, Na hora que eu tombe, a sociedade comigo cai.Fazer um trabalho neurolinguístico de auto renovação. Aquele que conhece a

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doutrina espírita realmente, não aquele que a viu passar, dispõe de material terapêutico para libertar-se do vazio existencial preenchendo esse espaço da falta de sentido da vida com objetivo do bem.Afeiçoe-se a uma ação dignificante mesmo que não seja acompanhada pela emoção. É natural que no início de uma atividade nós temos que lutar contra o nosso hábito da indiferença ante os problemas do mundo e que o realizemos mais por dever do que por prazer. À medida que vamos executando o trabalho a satisfação de vê-lo crescer naturalmente tornasse-nos uma emulação para seguirmos adiante.Aquele que encontrou Jesus, diz ainda Joana de Angelis, nunca mais é o mesmo. Mas aquele que o viu passar, deslumbrou-se e logo se olvidou diante de uma outra perspectiva.A terapia psicológica para o vazio existencial é a viagem interior na busca de sentido. A terapêutica espírita é o encontro das finalidades para as quais encontramo-nos na terra para o processo da reencarnação e como complemento, evite a auto compaixão. Desperte a auto estima e diga-se: - Eu, tudo posso se em Jesus eu depositar a minha crença porque todo aquele que nele crê, mesmo morrendo viverá.Dentro do seu conhecimento em contato com espíritos suicidas, qual o conselho que você pode dar a uma trabalhadora de casa espírita que passa por depressão e vem lutando contra ideias suicidas insistentes? Que não deixe de fazer a sua terapêutica psiquiátrica. Como disse ontem, a indução ao suicídio no depressivo, tem duas gêneses, uma pessoal, a necessidade de libertar-se da situação mortificadora. Essa angustia que é emocional e se torna física leva o indivíduo à necessidade de apagar a consciência para poder libertar-se dessa aflição indescritível e como se encontra fragilizado o ser os seus adversários inspiram para que tome a decisão em um momento de surto quando a razão está bloqueada.Que fazer? Toda a vez que vier a ideia da fuga, sorrir e dizer: - para onde

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eu fugirei? Fugirei para um lugar muito pior. Já que aqui me encontro permanecerei até o instante da liberdade. E ademais, além de não ter o direito de interromper o fluxo de minha vida orgânica eu não me posso permitir a ingratidão de ferir profundamente aqueles que me amam.Que confiam em mim através da minha deserção do culto dos deveres.Substitua sempre o pensamento perturbador por um otimista e faça como terapêutica o uso dos medicamentos da doutrina espírita. A oração, o depressivo tem muita dificuldade, ore à meia voz.Água santificada, entregue-a ao divino amigo e evoque o poder que ele tem de interpenetrar nas moléculas da água com as substâncias saudáveis. Por fim, o passe, com certa frequência. E deixe-se arrastar pelas mãos da divina providência. Todos nós estamos sujeitos a situações embaraçosas como essas, a depressão é um fenômeno corriqueiro e todos nós periodicamente passamos por estágios depressivos rápidos que não se tornam mórbidos. Mas quando se repetem muito eles se tornam naturalmente psiquiátricos e nós desequilibramos.Considerando que Deus nos concede a benção do esquecimento, o que o senhor pode nos dizer das terapias de vidas passadas?Em nosso movimento, qualquer novidade adquire cidadaniaporque não somos cidadãos espíritas, somos frequentadores da casa espírita e normalmente ali estamos em busca de benefícios imediatos sem desejarmos nos iluminar de dentro para fora. As terapias, denominadas de vidas passadas são terapêuticas psicológicas que nada tem a ver com o espiritismo.Graças à reencarnação que os psicoterapeutas detectaram a interferência dos espíritos em nossas vidas gerando obcessões. Temos aí a confirmação experimental das informações paradgmáticas das propostas filosóficas do espiritismo. E logo procuramos adotá-las como fontes de salvação.Quando o véu do esquecimento desce sobre nós, ele não tem por meta

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apagar as lembranças mas, torná-las muito tênues porque não suportaríamos a soma de evocações de várias existências que terminariam por perturbar o nosso equilíbrio homeostásico psicofísico levando-nos a um transtorno delirante. Mas como Deus é amor e naturalmente não deseja que soframos, mas que nos iluminemos, através das ciências médicas, da tecnologia tem-nos proporcionado graças aos seus missionários a diminuição das aflições, a ampliação do estágio carnal, as comodidades que nos dão mais dignidade para uma vida honorável e essas terapêuticas, cromoterapia cristal terapia, terapia de vidas passadas ou existências passadas são para que possamos resgatar não pelas lágrimas,mas pelos sorrisos de bem fazer.Mas merece considerar que a terapia de vidas passadas não nos faz recordar existências transatas.Na experiência regressiva nós somos levados ao momento desencadeador do trauma cujo o conflito hoje experenciamos. Quando o bom terapêuta sabe conduzir-nos àquele fator que hoje se apresenta como culpa, como castração, como conflito, a nossa evocação é daquele momento e não das pessoas em volta. O esquecimento das nossas existências passadas, tem o grande benefício de apagar a grande tragédia do cotidiano e também de podermos respeitar àqueles com os quais convivemos porquanto se nos recordássemos de nossa existência pessoal,recordar-nos-íamos também daqueles que viveram conosco e evocaríamos as suas feridas morais, mentais, espirituais, humilhando-os. Seria muito mais difícil o perdão. Então a divindade desse o véu. Mas nós temos através do ressumar de clichês do inconsciente no Déjà vu,no déjà senti,no déjà raconte,na simpatia, na antipatia,numa premonição, numa evocação, através de um sonho. As lembranças que fazem parte do cardápio de nossa existência.A terapia portanto regressiva é uma terapêutica como outra qualquer, porém com raízes mais profundas e não irá

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equacionar todos os problemas. Não é uma caixa de pandora que se abre e saem todas as maselas, todas as misérias é um processo que resulta normalmente bem mas nem sempre bem por causa da lei de causa e efeito pois que do contrário era somente buscarmos um bom psicoterapeuta e estaríamos livres da carga opressiva que nos induz à reparação.deveremos, os espiritistas estar vigilantes para aplaudirmos a ciência que comprova os nossos postulados mas não trazer os seus métodos para a casa espírita. A casa espírita tem um programa, espiritizar os seus frequentadores, faze-los mergulhar profundamente nos ensinamentos dessa doutrina muito complexa de aparência simples,muito profunda e aparentemente fácil. Não se pode compulsar uma obra espírita, assevera o codificador no capítulo I do livro dos Médiuns a espíritos.Com a mesma severidade que folheamos um jornal, uma revista ou uma estória muito leve,exige reflexão, cuidado mental e incorporação do seu conteúdo a nossa vida e no capítulo III, do método, Kardec estabelece a melhor maneira de nosdeixar-nos impregnar pelo conhecimento espírita. Então a terapia de vidas passadas não nos faz recordar de existências como em verdadeiros romances e como se pode depreender, há muitos pontos vulneráveis.Vivemos hoje, cercados de imagens. A televisão, a internet, todas as imagens virtuais e o nosso inconsciente capta-as e naturalmente, arquiva-as. No estado operado de consciência são liberadas muitas dessas imagens que aparentemente podem apresentar-se como experiências que nós já vivemos. Filmes que assistimos