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  50 CAPÍTULO 5. MIOLOGIA GERAL  As células musculares, chamadas fibras, têm a capacid ade de mover-se. O movimento, uma das propriedades mais surpreendentes da matéria vivente, não é patrimônio exclusivo do músculo. No século XVII, observou-se através de um microscópio o movimento de células espermáticas. Existe uma grande variedade de células capazes de mover-se, como, por exemplo: os glóbulos brancos que viajam pelo sangue até os tecidos onde vão atuar, o movimento dos cílios (pelos) na superfície de algumas células como no Sistema Respiratório. Nestes casos, o movimento é função secundária das células. Com o termo "músculo" nos referimos a um conjunto de células musculares organizadas, unidas por tecido conectivo. Cada célula muscular se denomina fibra muscular. No tecido muscular há três tipos de músculos: esquelético  (estriado, voluntário) , liso (involuntário), cardíaco (estriado, involuntário). Músculo liso:   As células do músculo liso são sempre fusiformes. Seu tamanho vari a muito, dependend o de sua origem. As células menores se encontram nas arteríolas e as de maior tamanho no útero grávido. Suas fibras não apresentam estriações e por isso são chamados de liso. Tendem a ser de cor pálida, sua contração é lenta e sustentada, e não estão sujeitos à vontade do indivíduo; de onde deriva seu nome de involuntário. Esse músculo reveste ou forma parte das paredes de órgãos ocos tais como a traquéia, o estômago, o trato intestinal, a bexiga, o útero e os vasos sangüíneos. Como um exemplo de sua função, podemos dizer que os músculos lisos comprimem o conteúdo dessas cavidades, intervindo desta maneira em processos tais como a regulação da pressão arterial, a digestão etc. Além desses conjuntos organizados, também se encontram células de músculo liso no músculo eretor do pêlo, músculos intrínsecos do olho etc. A regulação de sua atividade é realizada pelo sistema nervoso autônomo e hormônios circulantes. As fibras do músculo liso são menores e mais delicadas do que as do músculo esquelético. Não se inserem no osso, mas atuam como paredes de órgãos ocos. Em volta dos tubos, em geral, há duas capas, uma interna circular e uma externa longitudinal. A musculatura circular constringe o tubo; a longitudinal encurta o tubo e tende a ampliar a luz. No tubo digestivo, o esforço conjunto da musculatura circular e da longitudinal impulsiona o conteúdo do tubo produzindo ondas de constrição chamadas movimentos peristálticos.  Além disso, (ex: bexiga, piloro) formam os esfíncteres (músculos que circundam aberturas naturais do corpo). O do estômago é conhecido pelo nome de esfíncter pilórico. Há mesmo dois tipos de músculos esfincterianos: os esfíncteres estriados, que estão sob a ação da vontade (esfíncter estriado da uretra, esfíncter estriado do ânus) e os esfíncteres lisos, que não estão sob a a ção da vontade (esfíncter da bexiga, esfíncter Pilórico).  Músculo cardíaco: Forma as paredes do coração, não está sujeito ao controle da vontade, tem aspecto estriado. Suas fibras se dispõem juntas para formar uma rede contínua e ramificada. Portanto, o miocárdio pode contrair-se em massa. O coração responde a um estímulo do tipo "tudo ou nada", daí que se classifique como unitário simples. O músculo cardíaco se contrai ritmicamente. Tanto o músculo cardíaco quanto o liso são considerados músculos viscerais, pois estes músculos estão presentes no interior das vísceras, e geralmente não se vêem a olho nu (salvo o músculo cardíaco que é volumoso e mesmo constitui a parte fundamental do coração).  As células do músculo esquelétic o são cilíndricas e multinucleadas. Uma fibra muscular ordinária mede aproximadamente 2,5 cm de comprimento e sua largura é menor de um décimo de milímetro. As f ibras musculares se agrupam em feixes. Cada músculo se compõe de muitos feixes de fibras musculares. É avermelhado, de contração brusca, e seus movimentos dependem da vontade dos indivíduos. Constitui o tecido mais abundante do organismo e representa de 40 a 45% do peso corporal total.  A carne que reveste os ossos é tecido muscular. Esses se encontram unidos aos ossos do corpo e sua contração é que origina os movimentos das distintas partes do

5 Miologia Geral

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    CAPTULO 5. MIOLOGIA GERAL

    As clulas musculares, chamadas fibras, tm a capacidade de mover-se. O movimento, uma das propriedades mais surpreendentes da matria vivente, no patrimnio exclusivo do msculo. No sculo XVII, observou-se atravs de um microscpio o movimento de clulas espermticas. Existe uma grande variedade de clulas capazes de mover-se, como, por exemplo: os glbulos brancos que viajam pelo sangue at os tecidos onde vo atuar, o movimento dos clios (pelos) na superfcie de algumas clulas como no Sistema Respiratrio. Nestes casos, o movimento funo secundria das clulas. Com o termo "msculo" nos referimos a um conjunto de clulas musculares organizadas, unidas por tecido conectivo.

    Cada clula muscular se denomina fibra muscular. No tecido muscular h trs tipos de msculos: esqueltico (estriado, voluntrio), liso (involuntrio), cardaco (estriado, involuntrio).

    Msculo liso: As clulas do msculo liso so sempre fusiformes. Seu tamanho varia muito, dependendo de sua origem. As clulas menores se encontram nas arterolas e as de maior tamanho no tero grvido. Suas fibras no apresentam estriaes e por isso so chamados de liso. Tendem a ser de cor plida, sua contrao lenta e sustentada, e no esto sujeitos vontade do indivduo; de onde deriva seu nome de involuntrio. Esse msculo reveste ou forma parte das paredes de rgos ocos tais como a traquia, o estmago, o trato intestinal, a bexiga, o tero e os vasos sangneos. Como um exemplo de sua funo, podemos dizer que os msculos lisos comprimem o contedo dessas cavidades, intervindo desta maneira em processos tais como a regulao da presso arterial, a digesto etc. Alm desses conjuntos organizados, tambm se encontram clulas de msculo liso no msculo eretor do plo, msculos intrnsecos do olho etc. A regulao de sua atividade realizada pelo sistema nervoso autnomo e hormnios circulantes. As fibras do msculo liso so menores e mais delicadas do que as do msculo esqueltico. No se inserem no osso, mas atuam como paredes de rgos ocos. Em volta dos tubos, em geral, h duas capas, uma interna circular e uma externa longitudinal. A musculatura circular constringe o tubo; a longitudinal encurta o tubo e tende a ampliar a luz. No tubo digestivo, o esforo conjunto da musculatura circular e da longitudinal impulsiona o contedo do tubo produzindo ondas de constrio chamadas movimentos peristlticos. Alm disso, (ex: bexiga, piloro) formam os esfncteres (msculos que circundam aberturas naturais do corpo). O do estmago conhecido pelo nome de esfncter pilrico. H mesmo dois tipos de msculos esfincterianos: os esfncteres estriados, que esto sob a ao da vontade (esfncter estriado da uretra, esfncter estriado do nus) e os esfncteres lisos, que no esto sob a ao da vontade (esfncter da bexiga, esfncter Pilrico).

    Msculo cardaco: Forma as paredes do corao, no est sujeito ao controle da vontade, tem aspecto estriado. Suas fibras se dispem juntas para formar uma rede contnua e ramificada. Portanto, o miocrdio pode contrair-se em massa. O corao responde a um estmulo do tipo "tudo ou nada", da que se classifique como unitrio simples. O msculo cardaco se contrai ritmicamente.

    Tanto o msculo cardaco quanto o liso so considerados msculos viscerais, pois estes msculos esto presentes no interior das vsceras, e geralmente no se vem a olho nu (salvo o msculo cardaco que volumoso e mesmo constitui a parte fundamental do corao).

    As clulas do msculo esqueltico so cilndricas e multinucleadas. Uma fibra muscular ordinria mede aproximadamente 2,5 cm de comprimento e sua largura menor de um dcimo de milmetro. As fibras musculares se agrupam em feixes. Cada msculo se compe de muitos feixes de fibras musculares. avermelhado, de contrao brusca, e seus movimentos dependem da vontade dos indivduos. Constitui o tecido mais abundante do organismo e representa de 40 a 45% do peso corporal total.

    A carne que reveste os ossos tecido muscular. Esses se encontram unidos aos ossos do corpo e sua contrao que origina os movimentos das distintas partes do

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    esqueleto, e tambm participa em outras atividades como a eliminao da urina e das fezes. A atividade do msculo esqueltico est sob o controle do sistema nervoso central e os movimentos que produz se relacionam principalmente com interaes entre o organismo e o meio externo. Chama-se de estriado porque suas clulas aparecem estriadas ou raiadas ao microscpio, igual ao msculo cardaco. Cada fibra muscular se comporta como uma unidade. Um msculo esqueltico tem tantas unidades quanto fibras. Por isso se define como multiunitrio. O movimento feito por contrao da fibra muscular.

    Tm a cor vermelha devido a um pigmento muito semelhante quele dos glbulos vermelhos, a hemoglobina muscular ou mioglobina. A forma deles extremamente varivel; h msculos em fita (msculos retos do abdome) em leque (grande peitoral), em cpula (diafragma), denteados (grande denteado). Todos os msculos podem reunir-se, no obstante, em dois grandes grupos: os msculos longos, os quais, mesmo quando pequenos, desenvolveram-se em comprimento, e os msculos largos, nos quais

    prevalece a largura sobre as outras dimenses. Os msculos longos se acham principalmente nos membros, enquanto os largos prevalecem nas paredes do abdome e do trax. Os msculos longos tm a forma de fuso, com uma parte central mais grossa chamada ventre, e duas extremidades mais delgadas; as extremidades se continuam por um cordo branco nacarado: o tendo. Os tendes no so constitudos por tecido

    muscular, mas por tecido conjuntivo bastante resistente. So os tendes que se inserem nos ossos.

    Estrutura do msculo esqueltico

    Os msculos esquelticos esto revestidos por uma lmina delgada de tecido conjuntivo, o perimsio, que

    manda septos para o interior do msculo, septos dos quais se derivam divises sempre mais delgadas. O msculo fica assim dividido em feixes (primrios, secundrios, tercirios). O revestimento dos feixes menores (primrios), chamado endomsio, manda para o

    interior do msculo membranas delgadssimas que envolvem cada uma das fibras

    musculares.

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    Os msculos esquelticos esto ligados direta ou indiretamente (via tendes) aos

    ossos, e trabalham em pares antagnicos (enquanto um msculo do par se contrai, o

    outro, que causa o deslocamento oposto da articulao, relaxa), de forma a produzir os mais diversos movimentos, como andar, diferentes expresses faciais, etc.

    H msculos que tm mais de um tendo, embora tendo um s ventre (diz-se ento que o msculo monocaudado, bicaudado, etc.). Outros, ao contrrio, tm vrios ventres, que, de um lado, tm origem em tendes separados e parecem msculos independentes, mas, do oposto, confluem em um s; estes msculos tomam um nome que indica o nmero dos seus ventres (bceps do brao e da coxa, trceps do brao e da perna, quadrceps da coxa). H enfim, msculos que tm dois ventres, um depois

    de outro, como se fossem dois msculos consecutivos (msculo digstrico).Observando-se a musculatura dos

    membros, fcil perceber que os msculos se agrupam entre si para realizar uma determinada funo; distinguem-se assim grupos e aes antagnicas. Por exemplo, o bceps dobra o antebrao sobre o brao, enquanto o trceps, situado da parte oposta, o distende. No antebrao distinguem-se os msculos da face anterior, que dobram os dedos, e os msculos da face posterior que, ao contrrio, os distendem. Certos msculos, enfim, tm uma curiosa conformao circular: tais so os esfncteres, dos quais a contrao assegura o fechamento de certos orifcios (esfncter anal, esfncter da uretra e da bexiga), e os msculos orbiculares. A estes ltimos pertencem o orbicular da boca (que em humanos, arredonda os lbios e os faz salientes para fora, como no ato de assobiar e na pronncia da vogal U) e o orbicular das plpebras (que permite fechar os olhos). Os msculos largos no se podem inserir mediante tendes, que so cordes redondos; inserem-se por meio de lminas ditas aponeuroses, que tm estrutura anloga aos tendes.

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    Por vezes, os msculos esto recobertos por faixas, delgadas lminas conjuntivas

    que se podem inserir sobre os ossos do mesmo modo que o msculo, e mandar septos para o interior; para dividir as massas musculares ao longo de tais septos caminham vasos e nervos. Os prprios tendes podem ser recobertos por formaes caractersticas: as bainhas fibrosas e as bainhas mucosas. As bainhas fibrosas representam uma proteo do

    tendo, e, por vezes, inserindo-se nos ossos, formam uma polia sobre a qual o tendo desliza para mudar de direo. As bainhas mucosas contm um lquido que favorece o escorregamento do tendo. Estas formaes se acham, na verdade, nos pontos em que os tendes tm necessidade de serem lubrificados e de ser o seu movimento facilitado, isto , em geral, a onde o tendo est em contacto com o osso. A mesma finalidade tem as bolsas mucosas (bolsa sinovial), que so verdadeiras almofadinhas cheias de lquido,

    formam-se entre o tendo e o osso. A bainha sinovial do tendo regularmente constituda com se a bolsa estivesse enrolada ao redor do tendo formando um tubo, um em contato com o tendo e outro em contato com as estrutura vizinhas.

    No organismo animal existe uma enorme variedade de msculos, dos mais variados tamanhos e formato, onde cada um tem a sua disposio conforme o seu local de origem e de insero.

    Inseres dos msculos esquelticos

    Um msculo esqueltico tem pelo menos duas fixaes. Alguns msculos, como os faciais, so presos pele, enquanto outros (como os da lngua) so fixados s membranas mucosas. Uns poucos msculos fixam-se s fscias (uma lmina de tecido fibroso) e

    outros formam faixas circulares (por exemplo, o esfncter externo do nus). Para efeito de informao, muitos msculos so comumente descritos como tendo uma origem e uma insero. Entretanto, alguns podem agir em ambas as direes sob circunstncias

    diferentes.

    Toda vez que um msculo se contrai, uma de suas extremidades permanece fixa enquanto a outra se desloca. A extremidade fixa a origem e a mvel a insero. s vezes torna-se difcil distingui-las, porm nos membros a afixao proximal a origem, a afixao distal a insero. A maioria dos msculos apresenta um tendo de origem; aqueles que apresentam mais de um tendo so denominados bceps, trceps ou quadrceps. O mesmo se aplica a insero, sendo os msculos denominados

    bicaudados e policaudados.

    origem

    insero

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    Arquitetura dos msculos esquelticos

    Em alguns msculos, a maioria das fibras corre paralela ao longo eixo do msculo, e umas poucas correm por todo o seu comprimento. Os msculos com suas fibras dispostas em paralelo, ou quase, podem deslocar um peso por uma grande distncia. Em

    outros msculos, as fibras so oblquas ao seu longo eixo. Por causa de sua semelhana com as penas, so chamados msculos penados (1. pennatus, pena). Eles so conhecidos como: (1) msculos unipenados, quando as suas fibras tm uma origem linear ou estreita, parecendo uma meia pena; (2) msculos bipenados, quando suas fibras originam-se de uma ampla superfcie parecendo uma pena completa; (3) msculos multipenados, quando septos se estendem dentro das inseres dos msculos dividindo-as em vrias pores peniformes; (4) msculos circumpenados, quando as fibras

    convergem para um tendo que se estende em sua substncia.* * A terminologia de (1) e (2) imprpria O melhor seria usar os termos hemipenado

    para (1) e penado para (2)

    Importante: alguns msculos podem no se prender ao esqueleto, isto , so superficiais e ligados somente pele, denominando-se msculos cutneos. Normalmente estes msculos esto em associao com a fscia superficial e com firme ancoragem cutneo, movem a pele.

    Fscias: so lminas de tecido conjuntivo que envolvem os msculos e os separa em grupos e os firma na posio. Funcionam como bainhas elsticas, tornando assim mais

    Msculo trceps braquial, na face lateral do brao esquerdo do co: A. cabea lateral, B. cabea longa e C. insero

    Cabea longa M. trceps branquial

    Eqino

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    eficiente a ao muscular. A separao entre os msculos feita por septos que partem profundamente da fscia e podem prender-se nos ossos. Proporcionam espaos para que os vasos e nervos atinjam os msculos. As fscias podem ser superficial ou profunda. A superficial uma camada mais frouxamente agrupada prxima pele; a profunda a camada definitiva que investe os grupos de msculos e que envia septos intermusculares. A fscia profunda, muitas vezes, possui mais de uma camada e varia de espessura, dependendo da sua localizao.

    Nomenclatura dos msculos Os msculos, assim como todas as estruturas do corpo do animal, so identificados de acordo com a Nmina Anatmica Veterinria, uma publicao que normatiza todos os

    termos em latim, criando um vocabulrio aceito internacionalmente. Para a denominao dos msculos foram utilizados os seguintes fatores:

    Posio do msculo no esqueleto: intercostal, nasal, peitoral etc.

    Forma: trapzio, piriforme, serrtil, deltide etc.

    Direo das fibras: reto, obliquo, transverso etc.

    Ao: flexor, adutor, extensor, elevador etc.

    Atividade fisiolgica: adutor, supinador etc.

    Tamanho: magno.

    Estrutura: semimembranoso

    Ou associao desses aspectos: grande dorsal, obliquo abdominal externo. Msculos do Trax Consiste em sete msculos ou conjunto de msculos, que esto inseridos nas vrtebras torcicas, nas costelas e suas cartilagens e no esterno. So os msculos da respirao. Msculos levantadores das costelas: uma srie de msculos que ocupam e sobrepem-se s extremidades dorsais dos espaos intercostais. Agem deslocando as costelas cranialmente na inspirao ou produzem rotao e flexo lateral da espinha. Msculos intercostais externos: cada um ocupa um espao intercostal, desde o msculo levantador da costela at a extremidade esternal da costela. Na o ocupam espao intercartilaginoso. Agem puxando as costelas cranialmente na inspirao. Msculos intercostais internos: estende-se por todo o comprimento dos espaos intercostais, incluindo sua parte intercondral. Possuem ao contrria aos msculos intercostais externos durante a expirao, ou seja, puxa as costelas caudalmente na expirao.

    Reto do trax: uma pequena lmina quadriltera localizada acima das extremidades inferiores das primeiras costelas em aparente continuao com o reto do abdome. Ele pode auxiliar na inspirao ou concorrer com o msculo reto do abdome.

    Msculo retrator da costela: pequeno msculo triangular que se situa caudalmente a ltima costela. Ao: retrair a ltima costela.

    Msculo transverso do trax: um msculo situado na superfcie torcica do

    esterno e das cartilagens das costelas esternais. Puxa as costelas e suas cartilagens medial e caudalmente, auxiliando dessa forma a expirao.

    Diafragma: um largo msculo mpar, que forma uma partio entre as cavidades

    torcica e abdominal. Em seu delineamento, ele tem alguma semelhana com a copa de uma palmeira. A superfcie torcica fortemente convexa e est coberta pela pleura. A superfcie abdominal profundamente cncava, e est coberta em sua maioria pelo peritneo. Apresenta uma borda muscular que pode ser subdividida em partes costal e esternal; uma parte lombar (com 2 pilares); e um centro tendneo.

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    Ovino

    Os pilares so o direito e o esquerdo, o direito mais longo. O diafragma perfurado por trs forames: hiato artico (intervalo entre os dois pilares por onde passa a aorta descendente), hiato esofgico (perfura o pilar esquerdo e d passagem ao esfago) e o forame da veia cava (penetra no centro tendneo, passa a veia cava). O diafragma o principal msculo inspiratrio e aumenta longitudinalmente o dimetro do trax. A contrao produz uma diminuio

    geral da curvatura do diafragma.

    Diafragma

    Trax

    Abdomen

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    Ovino

    Fscias e Msculos Abdominais

    A fscia superficial do abdome est em parte dorsalmente fundida a fscia toracolombar.

    Fscia profunda: representada pela tnica abdominal. Ela uma lmina de tecido elstico que auxilia os msculos abdominais a sustentar o grande peso das vsceras abdominais.

    Msculos Intercostais Interno

    Diafragma

    Centro tendneo

    Diafragma

    Centro tendneo

    Msculos Intercostais Interno

    Veia Cava Caudal

    Esfago

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    Linha alva: uma rafe fibrosa mediana que se estende da cartilagem xifide at o tendo pr-pbico. essencialmente formada pela juno das trs aponeuroses dos msculos obliquo abdominal externo, interno do abdome e transverso do abdome. Ligeiramente caudal ao meio h uma cicatriz, o umbigo, que indica a posio de abertura umbilical do feto.

    Msculo obliquo externo do abdome: o mais extenso dos msculos abdominais.

    uma lmina larga e de formato irregularmente triangular, mais largo caudalmente. Aes: 1. comprimir as vsceras abdominais (defecao, mico, parto e expirao) 2. flexionar o tronco (arquear o dorso); 3. agindo isoladamente flexiona o corpo lateralmente. Msculo obliquo interno do abdome: est situado sob o obliquo externo do

    abdome e tem ao semelhante. Nele h o nulo inguinal profundo (fenda dilatvel). Msculo reto do abdome: est limitado parte ventral da parede abdominal;

    estende-se da regio esternal ao pbis. Tm ao similar ao anterior e adaptado para flexionar as articulaes lombossacrais e as partes lombar e torcica da espinha.

    Msculo transverso do abdome: assim denominado pela direo de suas fibras, uma lmina triangular curva. Ao: idem geral.

    Outros: pequeno msculo cremster (externo): pode ser considerado como uma

    parte destacada do msculo obliquo interno do abdome, com o qual ele se une em sua origem.

    Ao: levantar a tnica vaginal e com ela os testculos.

    Msculo Cremster

    Testculo