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5. Parte Experimental 173 5. Parte Experimental

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5. Parte Experimental

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5. Parte Experimental

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5. Parte Experimental

174

Solventes e Reagentes Todos os solventes e reagentes eram de qualidade pró-análise e foram usados na forma

em que foram adquiridos comercialmente, excepto quando expressamente indicado. Nestes

casos os solventes foram secos e destilados de acordo com os métodos descritos.163

Análise Elementar C,H,N As análises de C,H,N foram realizadas pelo Sr. António Soares no Instituto Tecnológico

e Nuclear (ITN), usando um analisador automático CE Instruments EA110.

Espectroscopia de FTIR Os espectros de IV foram registados num espectrofotómetro Perkin-Elmer 577 ou num

Bruker Tensor 27, sob a forma de pastilhas de KBr ou em nujol em células de CsI.

Espectroscopia de RMN de 1H, 13C e 18F Os espectros de RMN de 1H, 13C e 18F foram obtidos num espectrómetro Varian Unity

300 MHz, utilizando-se o sinal residual do solvente como referência interna para o qual é

conhecido o desvio químico relativamente ao tetrametilsilano (TMS).

Espectrometria de Massa Os espectros de massa dos ligandos 3,5-Me2pzNN-Ant (L8), pzNN-Ant (L9) e Ant-3,5-

Me2pzNN (L10) apresentados no capítulo 3, foram efectuados num espectrómetro Extrel

(Waters) FTMS 2001-DT (FT/ICR-MS), com ionização por impacto electrónico (IE) pelo

Doutor Joaquim Marçalo (ITN).

Os complexos de rénio, apresentados no capítulo 3, foram analisados por espectrometria

com ionização por electrospray (ESIMS), no espectrómetro ThermoFinnigan LCQ no modo

positivo (ITQB) pela Dr. Ana Coelho.

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5. Parte Experimental

175

Cromatografia em Camada Fina (TLC) As reacções de síntese química foram monotorizadas por TLC em tiras de sílica-gel

0.25 mm, Merck, em suporte de alumínio. Os cromatogramas foram revelados com radiação UV

ou com iodo.

Cromatografia em Coluna Foram efectuadas cromatografias em colunas de vidro de dimensões variadas, nas quais

a fase sólida utilizada foi sempre gel de sílica 60, com granulometria 0.060 mesh (Merck).

Cromatografia Líquida de Alta Pressão (HPLC) Para caracterizar as espécies radioactivas sintetizadas, bem como os complexos de rénio

análogos, foi utilizado um sistema de HPLC (Shimadzu C-R4A) equipado com uma bomba

Shimadzu LC-7a, Bio Liquid Chromatograph e dois detectores em série: detector UV (LKB) e

um detector de radiação γ (Berthold – LB 505). Todos os solventes utilizados eram de qualidade

HPLC. A água foi bidestilada em aparelho de quartz. Os solventes preparados foram filtrados

por filtro milipore de 0.22 µm e desaerificados com hélio.

Os cromatogramas foram obtidos por detecção da absorvância a 250 nm e por detecção

da radiação γ, respectivamente para os compostos de Re e 99mTc.

Para HPLC analítico foi utilizada uma coluna de fase reversa Macherey-Nagel C18

(Nucleosil EC 250/4, 100-10) e os eluentes foram gradientes de MeOH/0.1% TFA ou

CH3CN/0.1% TFA com um fluxo de 1.0 ml/min. O método de gradiente de eluição foi o

seguinte: t = 0-3 min: 0% MeOH ou CH3CN; 3-3.1 min: 0-25% MeOH ou CH3CN; 3.1-9 min:

25% MeOH ou CH3CN; 9-9.1 min: 25-34% MeOH ou CH3CN; 9.1-20 min: 34-100% MeOH

ou CH3CN; 20-22 min: 100% MeOH ou CH3CN; 22-22.1 min: 100-0% MeOH ou CH3CN;

22.1-30 min: 0% MeOH ou CH3CN.

Para purificar os compostos radioactivos foi utilizado um processo semi-preparativo. A

coluna semi-preparativa Macherey-Nagel C18 (Nucleosil 100 EC 250/8) foi utilizada com uma

pré-coluna Macherey-Nagel C18 (Nucleosil 100-7 EP 30/8). Os eluentes foram MeOH/0.1%

TFA (gradiente) com um fluxo de 2 ml/min. O método de gradiente utilizado foi o seguinte: t =

0-3 min: 0% MeOH; 3-3.1 min: 0-25% MeOH; 3.1-9 min: 25% MeOH; 9-9.1 min: 25-34%

MeOH; 9.1-20 min: 34-100% MeOH; 20-42 min: 100% MeOH; 42-42.1 min: 100-0% MeOH;

42.1-50 min: 0% MeOH.

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5. Parte Experimental

176

Após a purificação, o solvente das soluções radioactivas foi evaporado em corrente de

azoto. De seguida, redissolveu-se o complexo radioactivo no mínimo de soro fisiolágico e

procedeu-se ao controlo do produto por HPLC analítico. Uma vez verificado o grau de pureza

da solução, o solvente foi novamente evaporado.

Medição da Actividade das Soluções Radioactivas A actividade das soluções que continham compostos de 99mTc foi medida numa câmara

de ionização Aloka, Curiemeter IGC-3, caso das soluções com mais actividade, ou num

contador gama Berthold, LB2111.

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5. Parte Experimental

177

5.1. Síntese e Caracterização de Ligandos N-Heterocíclicos e dos

Respectivos Complexos de Re e 99mTc.

5.1.1. Síntese e Caracterização dos Ligandos

Os ligandos N1-(2-(3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etil)etano-1,2-diamina (L6)75 e N1-(2-

(1H-pirazol-1-il)etil)etano-1,2-diamina (L7)77 foram sintetizados conforme descrito na

literatura. 5.1.1.1. N1-(2-aminoetil)-N2-(2-(3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etil)etane-1,2-diamina (L1)

Este ligando foi sintetizado por duas vias alternativas que a seguir se descrevem:

i) Síntese por acoplamento directo da dietilenotriamina

a) 2-(3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etanol (a)108

N N OH

A uma solução de 2,4-pentanodiona (50 g, 0.5 mol) em etanol absoluto (150 ml),

mantida a uma temperatura abaixo dos 15ºC, foi adicionada, gota a gota, 2-hidroxietilhidrazina

(38 g, 0.5 mol) dissolvida em etanol absoluto (50 ml). Após adição completa, a mistura

reaccional ficou sob agitação à temperatura ambiente durante 1h. O solvente foi removido a

pressão reduzida e o produto da reacção foi purificado por recristalização a -20 ºC de uma

mistura de acetona / éter dietílico (20 ml/200 ml). Obteve-se 56 g (375 mmol, 75%) do

composto a.

1H-RMN (CDCl3): � (ppm) 5.78 (s, pz-H, 1H); 4.02 (t, CH2, 2H); 2.93 (t, CH2, 2H); 2.20 (s,

CH3, 3H); 2.17 (s, CH3, 3H).

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5. Parte Experimental

178

b) N-(2-p-toluenosulfoniletil)-3,5-dimetil-1H-pirazolo (b)108

N N O S

O

O

Uma suspensão do composto a (42 g, 0.3 mol) com cloreto de p-toluenosulfonilo (57 g,

0.3 mol) em acetona (300 ml) e água destilada (300 ml) foi previamente colocada em banho de

gelo, no qual a temperatura foi mantida abaixo dos 10 ºC. A esta suspensão foi adicionada, gota

a gota, uma solução de NaOH (12 g, 0.3 mol). A mistura permaneceu sob agitação 1h à

temperatura ambiente. O produto da reacção precipitou por evaporação da acetona e foi

posteriormente filtrado e lavado com água destilada. Obtiveram-se 79 g (0.27 mol, 90%) de N-

(2-p-toluenosulfoniletil)-3,5-dimetil-1H-pirazolo (b).

1H-RMN (CDCl3): � (ppm) 7.61 (d, Ar-H, 2H); 7.26 (d, Ar-H, 2H); 5.73 (s, pz-H, 1H); 4.29 (t,

CH2, 2H); 4.23 (t, CH2, 2H); 2.42 (s, CH3, 3H); 2.22 (s, CH3, 3H); 2.11 (s, CH3, 3H).

c) N1-(2-aminoetil)-N2-(2-(3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etil)etano-1,2-diamina (L1)

NN NH

NH

NH2

3,5-Me2pzNNN

Dissolveu-se dietilenotriamina (13 ml, 0.12 mol) e NaOH (250 mg, 6.25 mmol) em H2O

(10 ml). A esta mistura adicionou-se, gota a gota com agitação, uma solução do composto b

(1.75 g, 6 mmol) em THF (5 ml). Quando a adição terminou a solução refluxou durante 4 h. O

produto da reacção foi extraído para CH2Cl2 e posteriormente purificado em cromatografia em

coluna na qual o eluente foi CH2Cl2 → MeOH → MeOH:NH4. Obteve-se 634 mg de um óleo

amarelo pálido correspondente a L1 (2.82 mmol, 48%).

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5. Parte Experimental

179

1H-RMN (CDCl3): � (ppm) 5.72 (s, pz-H, 1H); 4.01 (t, CH2, 2H); 2.97 (t, CH2, 2H); 2.77 (t,

CH2, 2H); 2.67 (m, 3(CH2), 6H); 2.18 (s, CH3, 3H); 2.14 (s, CH3, 3H). 1H-RMN (CD3OD): � (ppm) 5.83 (s, pz-H, 1H); 4.08 (t, CH2, 2H); 2.96 (t, CH2, 2H); 2.72 (m,

4(CH2), 8H); 2.25 (s, CH3, 3H); 2.15 (s, CH3, 3H). 13C-RMN (CDCl3): 147.4 (C(3,5)pz); 139.1 (C(3,5)pz); 104.8 (C(4)pz); 51.64 (CH2); 49.10

(CH2); 48.80 (CH2); 48.10 (CH2; CH2); 41.33 (CH2); 13.40 (pz-CH3); 11.00 (pz-CH3)

d) N1-(2-aminoetil)-N1-(2-(3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etane-1,2-diamina (c).

NN N

NH2

NH2

Na reacção que conduz à formação de L1 forma-se também o produto c. Durante o

processo de purificação de L1 por cromatografia em coluna o produto c foi isolado.

1H-RMN (CDCl3): � (ppm) 5.74 (s, pz-H, 1H); 3.99 (t, CH2, 2H); 2.81 (t, CH2, 2H); 2.67 (t,

2(CH2), 4H); 2.50 (t, 2(CH2), 4H); 2.22 (s, CH3, 3H); 2.16 (s, CH3, 3H).

ii) Síntese a partir da dietilenotriamina protegida com BOC.

a) N-(2-(2-aminoetilamino)etil)-2,2,2-trifluoroacetamida (d) (método adaptado da ref. 110)

NH

NH2HNC(O)CF3

1.1 ml de dietilenotriamina (10.3 mmol) foi dissolvida em CH2Cl2 seco (8 ml). A

solução foi mantida em banho de gelo para que a temperatura se mantivesse inferior a 0 ºC. A

esta solução foi adicionada, gota a gota, uma solução de trifluoracetato de etilo (1.25 ml, 10.3

mmol) dissolvido em CH2Cl2 seco (12 ml). A solução permaneceu sob agitação, durante 2 h, a

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5. Parte Experimental

180

uma temperatura inferior a 0 ºC e mais 2 h à temperatura ambiente. Após evaporação do

solvente a pressão reduzida obteve-se 1.66 g (10.3 mmol) de um óleo amarelo correspondente

ao composto d.

b) (BOC)NH(CH2)2NBOC(CH2)2NH(COCF3) (e) (Método adaptado da ref. 110)

NH N NHCOCF3BOC BOC

O composto d (1.66 g, 10.3 mmol) foi dissolvido em CH2Cl2. A esta solução foi

adicionado, gota a gota, a -10ºC, 4.5 g (20.6 mmol) de di-tert-butil dicarbonato dissolvido em

CH2Cl2. Esta solução foi mantida à temperatura ambiente, sob agitação, 24 h. Após esse tempo,

o solvente foi removido a pressão reduzida obtendo-se o composto e que apresentava o aspecto

de um óleo denso.

1H-RMN (CDCl3): � (ppm) 3.46 (s largo, (CH2)2, 4H); 3.26 (s largo, (CH2)2, 4H); 1.36 (m largo,

BOC, 18H) 18F-RMN (CDCl3): � (ppm) -76.47 (s, CF, 1H); -76.09 (s, CF, 1H); -75.93 (s, CF, 1H)

c) (BOC)NH(CH2)2N(BOC)(CH2)2NH2 (f) (Método adaptado da ref 111)

NH N NH2

BOC BOC

O composto e (10.3 mmol) foi dissolvido em MeOH (280 ml) e água destilada (12 ml).

A esta solução adicionou-se 55.28 g (0.4 mol) de K2CO3 dissolvido em água destilada. A

mistura refluxou 2 h após as quais a solução foi filtrada. A solução filtrada foi evaporada à

secura e o resíduo redissolvido em água destilada. A esta solução foi adicionado NaOH (40%)

até a solução atingir pH = 13. Posteriormente, extraiu-se o produto da reacção para CHCl3. Após

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5. Parte Experimental

181

evaporação do solvente a pressão reduzida obteve-se 2.05 g de um óleo amarelo correspondente

ao composto e (7.6 mmol, 74%).

1H-RMN (CDCl3): � (ppm) 2.27 (s largo, CH2, 6H); 2.87 (s largo, CH2, 2H); 1.41 (m largo,

BOC, 18H)

d) 3,5-Me2pz(CH2)2NH(CH2)2N(BOC)(CH2)2NH(BOC) (g)

NN NH

N NH

BOC BOC

Dissolveu-se 162 mg do composto e (0.55 mmol) e 44 mg de NaOH (1.1 mmol) em

água destilada. A esta solução adicionou-se gota a gota, sob agitação, 167 mg de N-(2-p-

toluenosulfoniletil)-3,5-dimetil-1H-pirazolo (b) (0.55 mmol) dissolvido em THF. Após adição

completa, a mistura refluxou 24 h. O composto foi extraído para CHCl3 e posteriormente

purificado por cromatografia em coluna na qual o eluente foi CH2Cl2 → MeOH → MeOH:NH4

(98:2). Obteve-se 71 mg de um óleo amarelo claro correspondente ao composto g (0.171 mmol,

31%).

1H-RMN (CDCl3): � (ppm) 2.73 (s largo, CH2, 6H); 2.18 (s, CH3, 3H); 2.15 (s, CH3, 3H); 1.38

(m largo, BOC, 18H)

e) N1-(2-aminoetil)-N2-(2-(3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etil)etane-1,2-diamina (L1)

NN NH

NH

NH2

3,5-Me2pzNNN

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5. Parte Experimental

182

Dissolveu-se 0.33 mmol (71 mg) do composto g em CH2Cl2 e adicionou-se 3.37 mmol

(0.26 ml) de ácido trifluoracético. A solução permaneceu sob agitação, à temperatura ambiente

durante 2 h. No final da reacção, o solvente foi evaporado e o resíduo redissolvido em H2O. Esta

solução foi alcalinizada até pH = 11 por adição de NaOH (40%) e, de seguida, a H2O foi

evaporada. A partir do resíduo seco, o produto da reacção, L1, foi extraído para MeOH.

5.1.1.2. 2-(2-(2-(2-(3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etiltio)etiltio)etiltio)acetato de etilo (L2)

a) 2-(2-(3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etiltio)etanol (h)112

N N S OH

HS(CH2)2OH (0.700 ml, 10 mmol) e NaOH (0.400 g, 10 mmol) foram colocados em 30

ml de água, com agitação. A solução refluxou 5min. A esta solução foi adicionada, gota a gota,

uma solução de N-(2-p-toluenosulfoniletil)-3,5-dimetil-1H-pirazol (b) (2.78 g, 10 mmol) em

THF. A solução refluxou durante 3 h após as quais o THF foi evaporado a pressão reduzida. O

produto da reacção foi extraído para CHCl3. Obteve-se 1.618 g de um óleo amarelo claro

correspondente ao composto h (8.1 mmol, 81%).

1H-RMN (CDCl3): � (ppm) 5.67 (s, pz-H, 1H); 4.39 (s, OH, 1H); 4.03 (t, CH2, 2H); 3.60 (t,

CH2, 2H); 2.83 (t, CH2, 2H); 2.50 (t, CH2, 2H); 2.14 (s, CH3, 3H); 2.09 (s, CH3, 3H).

b) 1-(2-(2-bromoetiltio)etil)-3,5-dimetil-1H-pirazolo (i)

N N S Br

PBr3 (190 �l, 2 mmol) foi adicionado, gota a gota, com agitação, a uma solução do

composto h (400 mg, 2 mmol) em CHCl3. A solução refluxou durante 24 h, sob azoto. Após

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5. Parte Experimental

183

esse tempo, a solução foi lavada com NaHCO3 (10%) e, posteriormente, com H2O. O CHCl3 foi

evaporado a pressão reduzida obtendo-se 329 mg do composto i (1.25 mmol, 63%).

1H-RMN (CDCl3): � (ppm) 5.70 (s, pz-H, 1H); 4.03 (t, CH2, 2H); 2.25 (t, CH2, 2H); 2.89 (t,

CH2, 2H); 2.59 (t, CH2, 2H); 2.16 (s, CH3, 3H); 2.11(s, CH3, 3H).

c) 2-(2-mercaptoetiltio)acetate de etilo (j)

Sulforeto de etilo (1.01 g, 16.6 mmol), 2-mercaptoacetato de etilo (1.824 ml, 16.6

mmol) e trietilamina (250 µl) foram misturadas em MeOH, sob azoto. A mistura permaneceu

em agitação 24 h permitindo que a trietilamina catalisasse a abertura do anel sulfureto de etilo.

Após esse tempo, o solvente foi evaporado obtendo-se 0.993 g de um óleo transparente

correspondente ao composto j (5.517 mmol, 33%).

1H-RMN (CDCl3): � (ppm) 4.15 (q, O-CH2, 2H); 3.21 (t, CH2, 2H); 2.99 (t, CH2, 2H); 2.73 (t,

CH2, 2H); 1.68 (t, SH, 1H); 1.24 (t, CH3, 3H)

d) 2-(2-(2-(2-(3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etiltio)etiltio)etiltio)acetato de etilo(L2)

41 mg de sódio metálico (1.25 mmol) foi colocado em etanol seco, sob azoto, com

agitação, até completa conversão a etóxido de sódio. A esta solução foi adicionado, gota a gota,

uma solução de etil-2-mercaptoacetato (225 mg, 1.25 mmol) em etanol e, posteriormente, uma

solução do composto i (329 mg, 1.25 mmol) em etanol. A reacção ficou em agitação durante

uma noite à temperatura ambiente. O solvente foi evaporado a pressão reduzida e o óleo

NN S S S CO2Et

3,5-Me2pzSSS-CH2CO2Et

CO2EtSSH

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5. Parte Experimental

184

resultante foi redissolvido em clorofórmio e lavado com água. Após evaporação do clorofórmio

obteve-se um óleo amarelo claro correspondente a L2 (0.208 mmol, 17%).

1H-RMN (CDCL3): � (ppm) 5.71 (s, pz-H, 1H); 4.08 (m, CH2, O-CH2, 4H); 3.16 (s, SCH2CO,

2H); 2.89 (t, CH2, 2H); 2.75 (t, CH2, 2H); 2.66 (m, CH2, O-CH2, 4H); 2.59 (t, CH2, 2H); 2.48 (t,

CH2, 2H); 2.19 (s, CH3, 3H); 2.13 (s, CH3, 3H); 1.20 (t, CH2-CH3, 3H). 1H-RMN (CD3OD): � (ppm) 5.83 (s, pz-H, 1H); 4.15 (m, CH2, O-CH2, 2H); 3.29 (s, SCH2CO,

2H); 2.93 (t, CH2, 2H); 2.83 – 2.52 (m, 4(CH2), 8H); 2.29 (s, CH3, 3H); 2.16 (s, CH3, 3H); 1.26

(t, CH2-CH3, 3H).

5.1.1.3. 1-(2-(2-(etiltio)etiltio)etil)-3,5-dimetil-1H-pirazolo (L3)

105 mg de sódio metálico (4.56 mmol) foi colocado em etanol seco, sob azoto, com

agitação, até completa conversão a etóxido de sódio. A esta solução foi adicionado, gota a gota,

uma solução de etanotiol (0.50 ml, 4.56 mmol) em etanol e, posteriormente, uma solução de

composto i (1.20 g, 4.56 mmol) em etanol. A reacção ficou em agitação durante uma noite à

temperatura ambiente. O solvente foi evaporado a pressão reduzida e o óleo resultante foi

redissolvido em clorofórmio e lavado com água. Após evaporação do clorofórmio obteve-se um

óleo amarelo que, posteriormente foi purificado por cromatografia em coluna na qual o eluente

foi AcOEt → MeOH. Obteve-se 737 mg de L3 (3.02 mmol, 66%) com o aspecto de óleo

amarelo claro.

Análise elementar calculada (experimental) para C11H20N2S2: C, 53.69 (54.14); H, 8.20 (8.70);

N, 11.48 (12.04). 1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 5.68 (s, pz-H, 1H); 4.03 (t, CH2, 2H); 2.85 (t, CH2, 2H); 2.53 (m,

CH2, 2H); 2.45 (m, (CH2)2, 4H); 2.16 (s, CH3, 3H); 2.10 (s, CH3, 3H); 1.14 (t, CH3, 3H).

NN S S

3,5-Me2pzSS-Et

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5. Parte Experimental

185

13C-RMN (CDCl3): δ (ppm) 147.4 (C(3,5)pz); 138.9 (C(3,5)pz); 104.5 (C(4)pz); 48.28 (CH2);

31.73 (CH2); 31.71 (CH2); 31.15 (CH2); 25.50 (CH2); 14.35 (CH3); 13.05 (pz-CH3); 10.76 (pz-

CH3).

5.1.1.4. 2-(2-(2-(3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etiltio)etiltio)acetato de etilo (L4)

Sódio metálico (105 mg, 4.56 mmol) foi colocado em etanol seco, sob azoto, com

agitação, até completa conversão a etóxido de sódio. A esta solução foi adicionado, gota a gota,

uma solução de 2-mercaptoacetato (0.50 ml, 4.56 mmol) em etanol e, posteriormente, uma

solução de composto i (1.20 g, 4.56 mmol) em etanol. A reacção ficou em agitação durante uma

noite à temperatura ambiente. O solvente foi evaporado a pressão reduzida e o óleo resultante

foi redissolvido em clorofórmio e lavado com água. Após evaporação do clorofórmio obteve-se

um óleo amarelo que, posteriormente foi purificado por cromatografia em coluna na qual o

eluente foi CH2Cl2 → AcOEt → MeOH. Obteve-se 1.00 g de L4 (3.3 mmol, 72%) que

apresentava o aspecto de óleo amarelo claro.

Análise elementar calculada (experimental) para C13H22N2O2S2: C, 51.46 (51.42); H, 7.26

(7.34); N, 9.24 (9.42). 1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 5.82 (s, pz-H, 1H); 4.14 (m, CH2, CH2COO, 4H); 3.25 (s, CH2, 2H);

2.92 (t, CH2, 2H); 2.75 (t, CH2, 2H); 2.57 (t, CH2, 2H); 2.20 (s, CH3, 3H); 2.16 (s, CH3, 3H);

1.25 (t, CH3, 3H). 13C-RMN (CDCl3): δ (ppm) 170.2 (C=O); 147.8 (C(3,5)pz); 139.2 (C(3,5)pz); 105.0 (C(4)pz);

61.37 (CH2OC=O); 48.57 (CH2C=O); 33.40 (CH2); 32.36 (CH2); 31.99 (CH2); 31.44 (CH2);

14.10 (CH3); 13.42 (pz-CH3); 11.10 (pz-CH3).

IV (cm−1): � (C=O) 1731.

NN S S CO2Et

3,5-Me2pzSS-CH2CO2Et

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5. Parte Experimental

186

5.1.1.5. ácido 2-(2-(3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etiltio)etanotiol propiónico (L5)

Dissolveu-se 117 mg de L3 (0.39 mmol) em THF e adicionou-se NaOH (77 mg, 1.93

mmol) dissolvido na quantidade mínima de água. Após refluxo durante uma noite e posterior

arrefecimento à temperatura ambiente, a solução foi neutralizada com HCl 1N. Os solventes

foram removidos por evaporação a baixa pressão e o resíduo seco foi lavado com água. Obteve-

se 66 mg de L5 (0.24 mmol, 62%) que apresentava o aspecto de um óleo branco.

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 5.75 (1H, s, pz-H), 4.14 (2H, t, CH2), 3.21 (2H, s, CH2), 2.86 (2H,

t, CH2), 2.77 (2H, t, CH2), 2.65 (3H, t, CH3), 2.2 (3H, s, CH3), 2.16 (3H, s, CH3). 13C-RMN (CDCl3): δ (ppm) 172.4 (C=O); 147.6 (C(3,5)pz); 139.6 (C(3,5)pz); 105.4 (C(4)pz);

47.8 (CH2C=O); 34.3 (CH2); 32.4 (CH2); 30.6 (CH2); 30.0 (CH2); 12.8 (CH3); 10.9 (pz-CH3).

IV (cm-1): ν(C=O) 1703.

5.1.1.6. N1-(antracen-9-ilmetil)-N2-(2-(3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etil)etano-1,2-diamina

(L8)

HNN NNH

3,5-Me2pzNN-Ant

Adicionou-se 181 mg de 9-antracenoaldeido (0.879 mmol), dissolvido na mistura de

solventes secos CH3OH:CH2Cl2 (1:3), ao ligando 3,5-Me2pzNN (L6) (160 mg, 0.879 mmol)

dissolvido na mistura de solventes secos CH3OH: CH2Cl2 (1:3). A mistura reaccional ficou uma

noite em agitação. Após esse tempo adicionou-se à solução NaBH4 (66 mg, 1.76 mol). Esta

NN S S CO2H

3,5-Me2pzSS-CH2CO2H

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5. Parte Experimental

187

mistura ficou sob agitação mais uma noite. O solvente foi evaporado e o produto da reacção

redissolvido em CH2Cl2. A fase orgânica foi lavada com K2CO3 (pH = 10). Obteve-se 743 mg

(85%) de produto da reacção que foi posteriormente purificado por cromatografia em coluna

(CH2Cl2 → MeOH). Obteve-se um sólido amarelo vivo que corresponde a L8.

Análise elementar calculada (experimental) para C24H26N4: C, 77.2 (72.15); H, 7.77 (6.73); N,

15.00 (14.84). 1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.37 (s, H-Ar, 1H); 8.29 (d, (H-Ar)2, 2H); 7.97 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.48 (m, (H-Ar)4, 4H); 5.68 (s, pz-H, 1H); 4.69 (s, CH2-Ar, 2H); 3.95 (t, CH2, 2H); 2.92 (m,

2CH2, 4H); 2.75 (t, CH2, 2H); 2.14 (s, CH3, 3H); 2.10 (s, CH3, 3H). 13C-RMN (CDCl3): δ (ppm) 146.97 (C(3,5)pz); 138.63 (C(3,5)pz); 131.10 (Ar-H); 129.86 (Ar-

H); 128.72 (Ar-H); 126.71 (Ar-H); 125.62 (Ar-H); 124.94 (Ar-H); 124.49 (Ar-H); 123.78 (Ar-

H); 104.44 (C(4)pz); 49.16 (CH2); 48.82 (CH2); 48.63 (CH2); 47.95 (CH2); 45.15 (CH2-Ar);

13.13 (pz-CH3); 10.61 (pz-CH3).

FT/ICR-MS (+) (m/z): 373.2 [M+H]+ (20%); 276.2 [M-3,5-Me2pz]+ (100%); 233.1

[AntCH2NHCHCH2]+ (33%); 207.1 [AntCH2NH2]+ (96%); FT/ICR-MS (-) (m/z): 372.2 [M]-

(100%).

5.1.1.7. N1-(2-(1H-pirazol-1-il)etil)-N2-(antracen-9-ilmetil)etano-1,2-diamina (L9)

HNN NNH

pzNN-Ant

0.193 g de pzNN (L7) (1.253 mmol) e trietilamina seca (0.253g, 2.5 mmol) foram

dissolvidas na mistura de solventes secos MeOH:CH2Cl2 (1:3). A esta solução foi adicionado 86

mg de 9-antracenoaldeido (0.417 mmol) e a solução permaneceu uma noite à temperatura

ambiente, com agitação. No dia seguinte foi adicionado à solução NaBH4 (0.032g, 0.834 mmol).

Esta solução permaneceu mais uma noite sob agitação e posteriormente foi lavada com K2CO3.

Na fase orgânica encontrava-se o produto da reacção que foi obtido por evaporação do solvente

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5. Parte Experimental

188

e purificado por cromatografia em coluna (CH2Cl2 → MeOH → MeOH:NH4 (8:2)). Obteve-se

0.054g (0.16 mmol, 38%) de óleo cor de laranja escuro correspondente a L9.

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.37 (s, H-Ar, 1H); 8.30 (d, (H-Ar)2, 2H); 7.98 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.48 (m, (H-Ar)4, (pz-H), 5H); 7.29 (t, pz-H, 1H); 6.13 (t, pz-H, 1H); 4.68 (s, CH2-Ar, 2H); 4.12

(t, CH2, 2H); 2.93 (m, 2CH2, 4H); 2.73 (t, CH2, 2H). 13C-RMN (CDCl3): δ (ppm) 139.38 (pz); 131.36 (pz); 130.13 (Ar-H); 129.47 (Ar-H); 129.01

(Ar-H); 127.08 (Ar-H); 125.96 (Ar-H); 124.80 (Ar-H); 124.00 (Ar-H); 105.16 (pz); 51.79

(CH2); 49.20 (CH2); 49.02 (CH2); 48.65 (CH2); 45.35 (CH2-Ar).

FT/ICR-MS (+) (m/z): 345.2 [M+H]+ (100%); 276.2 [M-HPz]+ (14%); 207.1 [AntCH2NH2]+

(12%); FT/ICR-MS (-) (m/z): 344.2 [M]- (100%).

5.1.1.8. N1-(2-(4-(antracen-9-ilmetil)-3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etil)etane-1,2-diamina

(L10)

a) 9-bromometilantraceno (k)134

Br

A uma solução de trifenilfosfina (3.5 g; 13.5 mmol) em CH3CN seco, adicionou-se

lentamente bromo líquido (5 mmol) até que a solução apresentasse uma cor ligeiramente

alaranjada. De seguida, adicionou-se 2.59 g de 9-hidroximetilantraceno (12.44 mmol)

lentamente na forma de sólido. A solução ficou amarela observando-se a formação de um

precipitado amarelo. A mistura reaccional foi arrefecida a 0 ºC e o sólido amarelo filtrado e

recristalizado de clorofórmio. O produto k foi obtido com um rendimento de 68 %.

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.47 (s,H-Ar, 1H); 8.29 (d, (H-Ar)2, 2H); 8.02 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.63 (t, (H-Ar)2 2H); 7.49 (t, (H-Ar)4, 2H); 5.52 (s, CH2-Ar, 2H)

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5. Parte Experimental

189

b) 3-(antraceno-9-ilmetil)pentano-2,4-diona (l)

OO

A uma suspensão de hidreto de sódio (62 mg, 2.58 mmol), em THF seco a 0ºC,

adicionou-se 0.242 ml de acetilacetona (2.34 mmol). Esta mistura ficou sob agitação 2 horas à

temperatura ambiente. A 0 ºC adicionou-se 634 mg (2.34 mmol) de 9-bromometilantraceno e a

mistura permaneceu a esta temperatura 40 min. A solução ficou uma noite sob agitação à

temperatura ambiente ao fim da qual se adicionou 60 ml de HCl 1M, a 0ºC. Por extracção para

éter obteve-se o composto l (1.8 mmol) com um rendimento de 78%.

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.34 (s, H-Ar, 1H); 8.14 (d, (H-Ar)2, 2H); 7.98 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.49 (m, (H-Ar)4, 4H); 4.23 (t, CH-(COCH3)2, 1H); 4.14 (d, CH2-Ar, 2H); 1.93 (s, (CH3)2, 6H)

c) 2-(4-(antraceno-9-ilmetil)-3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etanol (m) (método adaptado da ref.

107)

N NOH

Uma solução de 2-hidroxietilhidrazina (50 �l, 0,721 mmol) em etanol absoluto foi

adicionada, gota a gota, com agitação, a uma solução do composto l (209 mg, 0,721 mmol) em

CHCl3:EtOH (1:1) a 0ºC. A adição foi efectuada mantendo o meio reaccional em gelo. Após 1

h. à temperatura ambiente e sob agitação, os solventes foram evaporados à secura. O produto da

reacção foi purificado por cromatografia em coluna na qual o eluente foi CH2Cl2 → MeOH.

Obteve-se o composto m (127 mg) com um rendimento de 62%.

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5. Parte Experimental

190

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.40 (s, H-Ar, 1H); 8.12 (d, (H-Ar)2, 2H); 8.02 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.36 (m, (H-Ar)4, 4H); 4.69 (s, CH2-Ar, 2H); 3.94 (m, 2CH2, 4H); 1.89 (s, CH3, 3H); 1.60 (s,

CH3, 3H).

d) 4-(antraceno-9-ilmetil)-1-(2-bromoetil)-3,5-dimetil-1H-pirazolo (n)

A uma solução do composto m (127 mg, 0.35 mmol) em tolueno, sob azoto, adicionou-

se 66 µl de PBr3 (0,7 mmol). A solução ficou em refluxo durante uma noite após a qual a

solução foi lavada com uma solução saturada de NaHCO3 (10%) e posteriormente com H2O. A

fase orgânica foi evaporada à secura obtendo-se 105 mg do composto n limpo, o que

corresponde a um rendimento de 71%.

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.39 (s, H-Ar, 1H); 8.12 (d, (H-Ar)2, 2H); 7.99 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.44 (m, (H-Ar)4, 4H); 4.65 (s, CH2-Ar, 2H); 4.24 (t, CH2-Br, 2H); 3,59 (t, CH2-pz, 2H); 1.87 (s,

CH3-pz, 3H); 1.65 (s, CH3-pz, 3H).

e) N1-(2-(4-(antraceno-9-ilmetil)-3,5-dimetil-1H-pirazol-1-il)etil)etane-1,2-diamina (L10)

N NNH

NH2

Ant-3,5-Me2pzNN

N N Br

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5. Parte Experimental

191

Adicionou-se lentamente 105 mg do composto n (0.24 mmol) a uma solução de

etilenodiamina seca (321 �l, 4.8 mmol) em MeOH seco. A solução refluxou durante uma noite.

Após esse tempo a solução foi levada à secura. O produto reaccional foi redissolvido em CHCl3

e lavado com H2O. O ligando L10 limpo é um óleo cor de laranja e foi obtido após purificação

por cromatografia em coluna (MeOH → MeOH:NH4 (8:2)) com um rendimento de 50%.

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.39 (s, H-Ar, 1H); 8.15 (m, (H-Ar)2, 2H); 8.00 (m, (H-Ar)2, 2H);

7.42 (m, (H-Ar)4, 4H); 4.65 (Ar-CH2, 2H); 3.94 (t, CH2, 2H); 2.88 (t, CH2, 2H); 2.66 (m, CH2,

2H); 2.57 (m, CH2, 2H) 1.89 (s, CH3, 3H); 1.75 (s, br, N-H, 1H); 1.57 (s, CH3, 3H). 13C-RMN (CDCl3): δ (ppm) 145.97 (C(3,5)pz); 136.02 (C(3,5)pz); 131.69 (Ar-H); 131.44 (Ar-

H); 130.48 (Ar-H); 129.19 (Ar-H); 126.40 (Ar-H); 125.68 (Ar-H); 124.89 (Ar-H); 124.73 (Ar-

H); 114.37 (C(4)pz); 52.04 (CH2); 49.11 (CH2); 48.34 (CH2); 41.52 (CH2); 23.47 (CH2-Ar);

12.52 (pz-CH3); 9.52 (pz-CH3).

FT/ICR-MS (+) (m/z): 373.2 [M+H]+ (6%); 355.2 [M-H3N]+ (12%); 342.2 [M-CH4N]+ (45%);

286.1 [M-C4H10N2]+ (100%); FT/ICR-MS (-) (m/z): 372.2 [M]- (100%).

5.1.1.9. N1-(2-(4-(antraceno-9-ilmetil)-1H-pirazol-1-il)etil)etano-1,2-diamina (L11)

a) 2-(antraceno-9-ilmetil)malonato de etilo (o)164

OO

OEtEtO

EtOH seco foi adicionado a 122 mg de sódio metálico (5.3 mmol), sob azoto. A solução

ficou com agitação até completa conversão a etóxido de sódio e foi, posteriormente, adicionada

à solução de malonato dietílico (844 mg, 5.3 mmol). Após 1 h, adicionou-se 1.3 g de 9-

bromometilantraceno (k) (4.8 mmol) e a solução permaneceu uma noite, sob agitação, à

temperatura ambiente. O EtOH foi removido por evaporação a pressão reduzida e o produto

reaccional foi, posteriormente, lavado com H2O. Obteve-se o composto o (1.44g) com um

rendimento de 85%.

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5. Parte Experimental

192

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.38 (s, H-Ar, 1H); 8.26 (d, (H-Ar)2, 2H); 7.85 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.38 (m, (H-Ar)4, 4H); 4.28 (d, Ar-CH2, 2H); 4.02 (m, (O-CH2)2, 4H); 3.85 (t, CH-(CO2)2, 1H);

1.03 (t, OCH2CH3, 6H)

b) 2-(antraceno-9-ilmetil)propano-1,3-diol (p)164

OHOH

1.27 g de composto o (3.624 mmol) foi dissolvido em éter seco. A esta solução foi

adicionado LiAlH4 (4.35 ml, 4.35 mmol) lentamente, sob agitação e mantendo a solução a 0ºC.

A mistura reaccional ficou sob agitação, à temperatura ambiente, uma noite, após a qual se

adicionou H2O e posteriormente, NaOH 1M. Evaporando à secura a fracção etérica obteve-se o

composto p (880 mg) com um rendimento de 91%.

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.35 (s, H-Ar, 1H); 8.29 (d, (H-Ar)2, 2H); 7.99 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.49 (m, (H-Ar)4, 4H); 3.82 (m, CH2-OH, 4H); 3.94 (d, Ar-CH2, 2H); 2.32 (m, CH-CH2OH,

1H).

c) 2-(antracen-9-ilmetil)malonaldeido (q) (método adaptado da ref. 135)

OHO

HH

A uma solução de composto p (880 mg, 3.3 mmol), DMSO seco (3.6 ml, 3.3 mmol) e

Et3N seca (4.53 ml, 32.74 mmol) em CH2Cl2 seco (13.5 ml) a 0ºC, foi adicionado lentamente

Py�SO3 (2.57g, 16.16 mmol). Após 1 noite sob agitação, a mistura reaccional foi lavada com

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5. Parte Experimental

193

éter. A mistura reaccional foi diluída com CHCl3 e a fase orgânica lavada com água destilada. O

composto q (468 mg) é um óleo amarelo obtido por evaporação da fase orgânica, com um

rendimento de 54%.

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 13.60 (s, br, OH, 1H); 8.43 (s, H-Ar, 1H); 8.14 (m, (H-Ar)2, (OCH)2

4H); 8.02 (d, (H-Ar)2, 2H); 7.50 (m, (H-Ar)4, 4H); 4.53 (s, Ar-CH2, 2H);

c) 2-(4-(antracen-9-ilmetil)-1H-pirazol-1-il)etanol (r) (método adaptado da ref. 107)

N NOH

Uma solução de 2-hidroxietilhidrazina (120 �l, 1.786 mmol) em etanol absoluto foi

adicionada, gota a gota, com agitação, a uma solução de composto q (468 mg, 1.786 mmol) em

CHCl3:EtOH (1:1), a 0ºC. Após 1 h à temperatura ambiente e sob agitação, os solventes foram

evaporados á secura. O produto r (318 mg) é obtido puro por cromatográfica em coluna (na qual

o eluente foi CH2Cl2 → CH2Cl2:MeOH (8:2)) com um rendimento de 48%.

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.46 (s, H-Ar, 1H); 8.31 (d, (H-Ar)2, 2H); 8.09 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.51 (m, (H-Ar)4, 4H); 7.54 (s, H-pz, 1H); 6.97 (s, H-pz, 1H); 4.80 (s, Ar-CH2, 2H); 3.99 (t,

CH2, 2H); 3.81 (t, CH2, 2H)

d) 4-(antracen-9-ilmetil)-1-(2-bromoetil)-1H-pirazolo (s)

N NBr

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5. Parte Experimental

194

A uma solução de composto r (539 mg, 1.786 mmol) em tolueno adicionou-se PBr3

(336 �l, 3.572 mmol), sob azoto. A solução ficou em refluxo durante uma noite. Após esse

tempo, a solução foi lavada com uma solução saturada de NaHCO3 e posteriormente com H2O.

A fase orgânica foi evaporada á secura obtendo-se 553 mg do composto s (85 %) com a

aparência de óleo cor de laranja.

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.39 (s, H-Ar, 1H); 8.22 (d, (H-Ar)2, 2H); 8.01 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.46 (m, (H-Ar)4, 4H); 7.43 (s, H-pz, 1H); 6.92 (s, H-pz, 1H); 4.76 (s, Ar-CH2, 2H); 4.24 (t,

CH2, 2H); 3.56 (t, CH2, 2H) 13C-RMN (CDCl3): δ (ppm) 139.39 (CH2-pz); 132.21 (H-pz); 131.64 (Ar-H); 129.70 (Ar-H);

129.14 (Ar-H); 128.80 (Ar-H); 126.38 (Ar-H); 125.88 (Ar-H); 124.95 (Ar-H); 124.50 (Ar-H);

120.77 (H-pz); 53.22 (CH2); 30.04 (CH2); 22.98 (CH2-Ar)

e) N1-(2-(4-(antracen-9-ilmetil)-1H-pirazol-1-il)etil)etano-1,2-diamina (L11)

N N NH

NH2

Ant-pzNN

Adicionou-se lentamente o composto s (553 mg, 1.5 mmol) a uma solução de

etilenodiamina seca (2 ml, 30 mmol) em MeOH seco. A solução refluxou durante uma noite.

Após esse tempo, a solução foi levada á secura. O produto da reacção foi redissolvido em

CHCl3, lavado com H2O abundante e filtrado. Obteve-se 342 mg de produto da reacção cujo

rendimento foi de 66.3%. L11 é um óleo, obtido após purificação por cromatografia em coluna

(CH2Cl2:MeOH (95:5) → CH2Cl2:MeOH:NH4 (60:40:4)), com um rendimento de 39%.

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5. Parte Experimental

195

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.35 (s, H-Ar, 1H); 8.22 (d, (H-Ar)2, 2H); 7.98 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.44 (m, (H-Ar)4, 4H) 7.38 (s, (H-pz), 1H); 6.84 (s, (H-pz), 1H); 4.72 (Ar-CH2, 2H); 3.94 (t,

CH2, 2H); 2.84 (t, CH2, 2H); 2.58 (t, CH2, 2H); 2.47 (t, br, CH2, N-H, 3H). 13C-RMN (CDCl3): δ (ppm) 138.66 ((3,5(C)pz-H); 132.22 ((3,5(C)pz-H); 131.57 (Ar-H);

129.60 (Ar-H); 129.06 (Ar-H); 128.47 (Ar-H); 126.21 (Ar-H); 125.74 (Ar-H); 124.86 (Ar-H);

124.46 (Ar-H); 120.50 (C(4)pz-H); 51.78 (CH2); 51.58 (CH2); 48.95 (CH2); 41.28 (CH2); 22.93

(CH2-Ar) FT/ICR-MS (+) (m/z): 345.2 [M+H]+ (100%).

5.1.1.10. N1-[2-(antrapirazolo)etil]etano-1,2-diamina (L12)

a) 2-(antrapirazolo)etanol (t)

O

N N OH

2 g de 1-cloroantraquinona (8.242 mmol) foi colocado a reagir com 2-

hidroxietilhidrazina (2.8 ml, 41.21 mmol), em DMSO seco, durante uma noite, a 150ºC. À

solução foi adicionado CH2Cl2 que posteriormente foi lavada com H2O. O produto obtido foi

purificado por coluna cromatografica por um processo isocrático com AcOEt. Obteve-se 698

mg do composto t (2.644 mmol, 32%).

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.28 (1H, d, Ar-H), 8.03 (1H, d, Ar-H), 7.99 (1H, d, Ar-H), 7.62

(2H, m, Ar-H), 7.48 (2H, m, Ar-H), 4.59 (2H, t, CH2), 4.23 (2H, t, CH2).

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5. Parte Experimental

196

b) 1-(2-bromoetil)-antrapirazolo (u)

O

N N Br

PBr3 (200 �l, 2.132 mmol) foi adicionado, gota a gota, com agitação e sob azoto, a uma

solução de 2-hidroxietilantrapirazolo (205 mg, 0.7765 mmol) em tolueno. A solução refluxou

durante uma noite. Após esse tempo, a solução foi lavada com NaHCO3 e, posteriormente, com

H2O. Após evaporação do solvente a pressão reduzida obteve-se 127 mg do composto u (0.3884

mmol, 50%).

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.44 (1H, d, Ar-H), 8.19 (1H, d, Ar-H), 8.04 (1H, d, Ar-H), 7.71

(4H, m, Ar-H), 4.89 (2H, t, CH2), 3.90 (4H, m, 2x CH2).

c) N1-[2-(antrapirazolo)etil]etano-1,2-diamina (L12)

O

N N NH

NH2

AntrapzNN

520 �l de etilenodiamina seca (7.77 mmol) foi adicionada, gota a gota e com agitação, a

uma solução de composto u (125 mg, 0.388 mmol) em MeOH seco. A solução permaneceu sob

refluxo uma noite. Após esse tempo, o solvente foi evaporado e o produto reaccional

redissolvido em CH2Cl2. Esta solução foi lavada com H2O e posteriormente evaporada à secura.

O produto da reacção foi purificado por cromatografia em coluna (MeOH → MeOH:NH4

(100:3)). Obteve-se 52 mg de pó amarelo correspondente ao ligando L12 (0.171 mmol, 44%).

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5. Parte Experimental

197

Análise Elementar Calculada para C18N4OH18: C, 70.57; N, 18.29; H, 5.92. Encontrada

experimentalmente: C, 67.03; N, 16.91; H, 5.91. 1H-RMN (CD3OD): δ (ppm) 8.29 (1H, d, Ar-H), 8.13 (1H, d, Ar-H), 7.92 (2H, t, Ar-H), 7.71

(2H, m, Ar-H), 7.53 (1H, t, Ar-H), 4.66 (2H, t, CH2), 3.22 (4H, t, 2(CH2)), 2.72 (4H, m,

2(CH2)). 13C-RMN (CD3OD): δ (ppm) 187.94 (C=O); 143.79 (Ar); 142.75 (Ar); 137.59 (Ar); 137.21

(Ar); 135.97 (Ar); 132.81 (Ar); 132.67 (Ar); 132.40 (Ar); 130.04 (Ar); 127.24 (Ar); 126.61

(Ar); 124.73 (Ar); 120.10 (Ar); 54.86 (CH2); 53.26 (CH2); 52.86 (CH2); 44.54 (CH2).

IV (KBr, cm−1): � (C=O) 1656, 1637, 1610, 1594.

5.1.1.11. 1-(2-(2-(etiltio)etiltio)etil)-antrapirazolo (L13)

a) 1-(2-(2-etanoltio)etil)-antrapirazolo (v) O

N N S OH

0.230 ml de HS(CH2)2OH (3.24 mmol) e 0.130 g de NaOH (3.24 mmol) foram colocados em

água, com agitação. A solução refluxou 15min. A esta solução foi adicionado, gota a gota, uma

solução do composto u (0.212g, 0.648 mmol) em THF. A solução refluxou durante uma noite e,

após esse tempo, o THF foi evaporado a pressão reduzida. O produto da reacção foi extraído

para CHCl3. Obteve-se 0.193g do composto v (0.596 mmol, 92%).

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.44 (1H, d, Ar-H), 8.20 (1H, d, Ar-H), 8.05 (1H, d, Ar-H), 7.71

(3H, m, Ar-H), 7.53 (1H, m, Ar-H), 4.73 (2H, t, CH2), 3.72 (2H, m, CH2), 3.18 (2H, m, CH2),

2.67 (2H, m, CH2).

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5. Parte Experimental

198

b) 1-(2-(2-bromoetiltio)etil)-antrapirazolo (w)

O

N N S Br

Adicionou-se, gota a gota e com agitação, 140 �l de PBr3 (1.49 mmol) a uma solução do

composto v (193 mg, 0.596 mmol) em tolueno:CH2Cl2 (1:1). A solução refluxou durante uma

noite após a qual foi lavada com NaHCO3 (10%) e, posteriormente, com H2O. O solvente foi

evaporado a pressão reduzida obtendo-se 230 mg do composto w (0.590 mmol, 99 %).

1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.45 (1H, d, Ar-H), 8.21 (1H, d, Ar-H), 8.04 (1H, d, Ar-H), 7.69

(3H, m, Ar-H), 7.53 (1H, m, Ar-H), 4.69 (2H, t, CH2), 3.40 (2H, m, CH2), 3.21 (2H, m, CH2),

2.85 (2H, m, CH2).

c) 1-(2-(2-(etiltio)etiltio)etil)-antrapirazolo (L13)

O

N N S S

AntrapzSS-Et

219 �l de HSCH2CH3 (2.96 mmol) e 0.118 g de NaOH (2.956 mmol) foram colocados

em água, com agitação. A solução refluxou 5min. A esta solução foi adicionado, gota a gota,

uma solução de composto w (0.230g, 0.590 mmol) em THF. A solução refluxou durante uma

noite após a qual, o THF foi evaporado a pressão reduzida. O produto da reacção foi extraído

para CHCl3 e posteriormente purificado por cromatografia em coluna usando como solvente

CH2Cl2. Obteve-se 87 mg de um óleo cor de laranja escuro correspondente a L13 (0.236 mmol,

40%).

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5. Parte Experimental

199

Análise Elementar Calculada para C20N2S2OH20: C, 65.20; N, 7.61; S, 17.37; H, 5.48.

encontrada experimentalmente: C, 64.51; N, 7.40; S, 16.63; H, 4.70. 1H-RMN (CDCl3): δ (ppm) 8.38 (1H, d, Ar-H), 8.12 (1H, d, Ar-H), 7.96 (1H, d, Ar-H), 7.65

(2H, m, Ar-H), 7.59 (1H, m, Ar-H), 7.50 (1H, m, Ar-H), 4.64 (2H, t, CH2), 3.14 (2H, t, CH2),

2.57 (4H, m, (CH2)2), 2.41 (2H, q, CH2), 1.13 (3H, t, CH3). 13C-RMN (CDCl3): δ (ppm) 183.48 (C=O); 139.25 (Ar); 139.19 (Ar); 133.16 (Ar); 131.50 (Ar);

129.07 (Ar); 128.40 (Ar); 128.36 (Ar); 126.23 (Ar); 123.31 (Ar); 122.60 (Ar); 120.76 (Ar);

114.82 (Ar); 77.21 (Ar); 50.00 (CH2); 32.34 (CH2); 32.31 (CH2); 31.47 (CH2); 25.89 (CH2);

14.63 (CH3).

IV (KBr, ν/cm−1): � (C=O) 1651, 1637, 1610, 1593.

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5. Parte Experimental

200

5.1.2 - Síntese e Caracterização de Complexos de Re

Os complexos de rénio foram sintetizados a partir de diferentes compostos de partida

cuja síntese se encontra descrita na literatura. Estes compostos de partida foram: ReOCl3(PPh3)2

(1)113 e [ReO2(py)4]Cl (2)113b para os complexos de Re(V) e [Re(CO)5Br] (4)165 e

(NEt4)2[ReBr3(CO)3] (5)126 para os complexos de Re(I).

O complexo fac-[Re(CO)3(3,5-Me2pzNN)]Br foi sintetizado de acordo com o descrito

na literatura.75

5.1.2.1 - [ReO(OMe)(3,5-Me2pzNNN)]BPh4 (3)

85 mg do ligando 3,5-Me2pzNNN (L1) (0.343 mmol) foi dissolvido em MeOH e

adicionado a uma solução de [ReO2(py)4]Cl (97.5 mg, 0.171 mmol) em MeOH. A solução foi

mantida a 60ºC, com agitação, durante 4 horas. O produto da reacção foi colocado a recristalizar

em MeOH com NaB(Ph4). Várias semanas depois obtiveram-se de cristais verdes escuros, de

faces definidas, que foram analisados por difracção de raios-X.

5.1.2.2 – Reacção de 3,5-Me2pzSSS-CH2CO2Et com [ReO2(py)4]Cl

Foram dissolvidas 42 mg de 3,5-Me2pzSSS-CH2CO2Et (L2) (0.124 mmol) em MeOH.

Esta solução foi adicionada à solução de [ReO2(py)4]Cl (60 mg, 0.104 mmol) em MeOH. A

mistura reaccional foi mantida em refluxo, com agitação, durante cerca de 3h. O solvente foi

removido por evaporação a pressão reduzida e o precipitado recristalizado em CH2Cl2/éter. A

evaporação lenta dos solventes conduziu à formação de cristais verde esmeralda de faces bem

Re

ONN

NNH2

NH OMe

+ BPh4-

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5. Parte Experimental

201

definidas. A análise por difracção de raio X mostrou estar em presença do dímero

[ReOCl2(py)2]2(�-O) descrito na literatura.125

5.1.2.3. fac-[Re(CO)3(3,5-Me2pzSS-Et)]Br (6)

ReN

N SS

COCO

OC

Uma solução de [Re(CO)5Br] (100 mg, 0.24 mmol) e de 3,5-Me2pzSS-Et (L3) (65 mg,

0.27 mmol) em MeOH seco refluxou durante uma noite, sob azoto. Após esse tempo, o MeOH

foi evaporado a pressão reduzida e o resíduo seco foi lavado com THF. O sólido resultante foi

extraído para a H2O. A suspensão foi centrifugada e o sólido precipitado foi seco. Obteve-se 69

mg de sólido branco microcristalino que corresponde ao complexo fac-[Re(CO)3(3,5-Me2pzSS-

Et)]Br (42%).

Análise elementar calculada (experimental) para C16H22N2O5S2ReBr: C, 28.3 (28.01); H, 3.37

(3.31); N, 4.7 (4.65); S, 10.8 (9.44). 1H-RMN (CD3OD): δ (ppm) 6.23 (s, pz-H, 1H); 4.73 (m, CH2, 1H); 3.96 (m, CH2, 1H); 3.78

(m, CH2, 1H); 3.38 (m, (CH2)2, 2H); 3.23 (m, CH2, 1H); 3.05 (m, CH2, 2H); 2.61 (m, CH2, 1H);

2.57 (s, CH3, 3H); 2.35 (s, CH3, 3H); 2.01 (m, CH3, 1H); 1.43 (t, CH3, 3H).

Neste complexo há protão que está por baixo do Metanol deuterado. 13C-RMN (CDCl3): δ (ppm) 160.03 (C�O); 156.17 (C(3,5)pz); 146.57 (C(3,5)pz); 110.30

(C(4)pz); 37.26 (CH2); 34.37 (CH2); 33.96 (CH2); 32.41 (CH2); 17.08 (CH2-CH3); 13.64 (pz-

CH3); 12.10 (pz-CH3).

IV (KBr, cm−1): ν (C�O) 2039, 1919.

HPLC tr = 18.4 min (Nucleosil 100-10 C18; 1 ml/min; MeOH / 0.1% TFA)

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5. Parte Experimental

202

5.1.2.4. fac-[Re(CO)3(3,5-Me2pzSS-CH2CO2Et)]Br (7)

ReN

N SS

COCO

CO2Et

OC

Uma solução de (NEt4)2[Re(CO)3Br3] (100 mg, 0.13 mmol) e 3,5-Me2pzSS-CH2CO2Et

(L4) (40 mg, 0.13 mmol) em MeOH seco refluxou durante uma noite, sob azoto. Após

evaporação do MeOH, o resíduo é redissolvido em H2O, da qual precipita 45 mg de um sólido

branco microcristalino correspondente ao complexo 7 (0.07 mmol, 53%).

Análise elementar calculada (experimental) para C16H22N2O5S2ReBr: C, 29.4 (29.57); H, 3.37

(3.91); N, 4.3 (4.27). 1H-RMN (CD3OD): δ (ppm) 6.25 (s, pz-H, 1H); 4.73 (m, CH2, 1H); 4.33 (m, CH2, 2H); 3.94

(m, CH2, 1H); 3.77 (m, CH2, 1H); 3.47 (m, CH2, 2H); 3.00 (m, CH2, 2H); 2.62 (s, CH3, 3H);

2.52 (m, CH2, 2H); 2.35 (s, CH3, 3H); 2.02 (m, CH2, 1H,); 1.32 (t, CH3, 3H). 13C-RMN (CD3OD): δ (ppm) 191.59 (C�O); 168.38 (O-C=O); 156.36 (C(3,5)pz); 146.69

(C(3,5)pz); 110.37 (C(4)pz); 63.78 (CH2); 49.16 (CH2); 41.04 (CH2); 37.52 (CH2); 35.03 (CH2);

32.39 (CH2); 17.02 (CH2-CH3); 14.40 (pz-CH3); 12.10 (pz-CH3).

IV (KBr, cm−1): � (C�O) 2036, 1947; � (C=O) 1721.

HPLC tr = 17.5 min (Nucleosil 100-10 C18; 1 ml/min; MeOH / 0.1% TFA)

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5. Parte Experimental

203

5.1.2.5. fac-[Re(CO)3(3,5-Me2pzSS-CH2CO2H)]Br (8)

ReN

N SS

COCO

CO2H

OC

Uma solução de [Re(CO)5Br] (93 mg, 0.23 mmol) e de 3,5-Me2pzSS-CH2CO2H (L5)

(66 mg, 0.24 mmol) em MeOH seco refluxou durante uma noite, sob azoto. Após esse tempo, o

MeOH foi evaporado a pressão reduzida e o resíduo seco foi lavado com H2O. O sólido

resultante foi recristalizado em THF/Hexano obtendo-se 65 mg de fac-[Re(CO)3(3,5-Me2pzSS-

CH2CO2H)]Br (0.1 mmol, 43%).

Análise Elementar Calculada para C14H18N2O5S2ReBr: C, 26.9; H, 2.88; N, 4.49. Encontrada

experimentalmente: C, 27.2; H, 3.02; N, 4.52. 1H-RMN (CD3OD): δ (ppm) 6.25 (s, pz-H, 1H); 4.73 (m, CH2, 1H); 4.37 – 4.23 (m, CH2, 1H);

3.99 – 3.89 (m, CH2, 1H); 3.80 – 3.74 (m, CH2, 2H); 3.54 - 3.39 (m, CH2, 2H); 3.06 – 2.95 (m,

CH2, 1H); 2.62 (m, CH, CH3, 4H); 2.36 (s, CH3, 3H); 2.08 – 1.88 (m, CH2, 1H). 13C-RMN (CD3OD): δ (ppm) 190.306 (C�O); 169.66 (O-C=O); 156.40 (C(3,5)pz); 146.61

(C(3,5)pz); 110.34 (C(4)pz); 49.17 (O-CH2); 41.25 (CH2); 37.64 (CH2); 34.87 (CH2); 32.40

(CH2); 17.01 (pz-CH3); 12.17 (pz-CH3).

IV (KBr, cm−1): ν (C�O) 2036, 1944; ν (C=O) 1702.

HPLC tr = 15.0 min (Nucleosil 100-10 C18; 1 ml/min; MeOH / 0.1% TFA)

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5. Parte Experimental

204

5.1.2.6. fac-[Re(CO)3(3,5-Me2pzNN-Ant)]Br (9)

ReN

N NHNH

COCO

OC

+ Br -

Dissolveu-se 121 mg de 3,5-Me2pzNN-Ant (L8) (0.327 mmol) em MeOH seco. A esta

solução adicionou-se 132 mg de [Re(CO)5Br] (0.327 mmol). A mistura reaccional ficou em

refluxo, sob agitação, uma noite. Após evaporação do solvente obteve-se o produto da reacção

quase limpo. A purificação por recristalização em THF/n-Hexano seguida de lavagem com THF

conduziu à formação de 67 mg de um pó amarelo pálido correspondente ao complexo fac-

[Re(CO)3(3,5-Me2pzNN-Ant)]Br (29%).

Análise elementar calculada (experimental) para C27H26N4O3ReBr: C, 44.88 (43.24); H, 3.60

(3.39); N, 7.75 (7.8). 1H-RMN (CD3OD) δ (ppm): 8.67 (s, H-Ar, 1H); 8.41 (d, (H-Ar)2, 2H); 8.15 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.70 (d, (H-Ar)4, 2H); 7.57 (d, (H-Ar)2, 2H);7.18 (s, br, N-H, 1H); 6.09 (s, H-C(4)pz, 1H); 5.55

(m, Ar-CH2, 1H); 5.37 (m, Ar-CH2, 1H); 4.50 (m, CH2, 1H); 4.36 (s, br, N-H, 1H); 4.02 (m,

CH2, 1H); 3.52(m, CH2, 2H); 2.81 (m, CH2, 1H); 2.62 (m, CH2, 2H); 2.39 (m, CH2, 1H); 2.28 (s,

CH3, 3H); 2.25 (s, CH3, 3H). 13C-RMN (CDCl3): δ (ppm) 152.50 (C(3,5)pz); 144.13 (C(3,5)pz); 131.36 (Ar-H); 130.50 (Ar-

H); 130.06 (Ar-H); 129.93 (Ar-H); 128.23 (Ar-H); 126.31 (Ar-H); 125.61 (Ar-H); 122.17 (Ar-

H); 108.24 (C(4)pz); 53.23 (CH2); 48.99 (CH2); 48.62 (CH2); 48.14 (CH2); 15.36 (pz-CH3);

12.22 (pz-CH3). 13C-RMN (DMSO): δ (ppm) 153.38 (C(3,5)pz); 143.98 (C(3,5)pz); 131.08 (Ar-H); 130.59 (Ar-

H); 129.46 (Ar-H); 129.15 (Ar-H); 127.82 (Ar-H); 127.06 (Ar-H); 125.45 (Ar-H); 123.92 (Ar-

H); 107.62 (C(4)pz); 67.05 (CH2-Ar).

IV (KBr, cm−1): ν (C�O) 2024, 1900.

ESI-MS (m/z): 643.0 [M]+

HPLC tr = 23.9 min (Nucleosil 100-10 C18; 1 ml/min; MeOH / 0.1% TFA)

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5. Parte Experimental

205

5.1.2.7. fac-[Re(CO)3(Ant-3,5-Me2pzNN)]Br (10)

ReN

N NHNH2

COCO

OC

+ Br -

A reacção de 100 mg de Ant-3,5-Me2pzNN (L10) (0.269 mmol) com 109 mg

[Re(CO)5Br] (0.269 mmol) foi conduzida em MeOH, sob refluxo, durante uma noite. O

solvente foi removido sob vácuo e o produto reaccional foi lavado com n-hexano. Obteve-se

192 mg de um pó amarelo acastanhado correspondente a fac-[Re(CO)3(Ant-3,5-Me2pzNN)]Br

(0.262 mmol, 98%).

Análise elementar calculada (experimental) para C27H26N4O3ReBr: C, 44.88 (42.40); H, 3.60

(3.74); N, 7.75 (7.09). 1H-RMN (CD3OD) δ (ppm): 8.49 (s, H-Ar, 1H); 8.16 (d, (H-Ar)2, 2H); 8.05 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.49 (m, (H-Ar)4, 4H); 6.90 (s, br, N-H, 1H); 5.38 (s, br, N-H, 1H); 4.83 (s, Ar-CH2, 2H); 4.38

(m, CH2, 1H); 4.02 (m, CH2, 1H); 3.82 (s, br, N-H, 1H); 3.41 (m, CH2, 1H); 2.84 (m, CH2, 2H);

2.44 (m, (CH2), 3H); 2.22 (s, CH3, 3H); 1.66 (s, CH3, 3H). 13C-RMN (CD3OD): δ (ppm) 194.506 (C�O); 152.65 (C(3,5)pz); 142.30 (C(3,5)pz); 133.03

(Ar-H); 131.87 (Ar-H); 131.19 (Ar-H); 130.49 (Ar-H); 128.18 (Ar-H); 127.33 (Ar-H); 126.17

(Ar-H); 125.38 (Ar-H); 118.38 (C(4)pz); 55.65 (CH2); 43.13 (CH2); 30.69 (CH2); 24.13 (CH2);

14.86 (pz-CH3); 9.98 (pz-CH3).

IV (KBr, cm−1): ν (C�O) 2025, 1889.

ESI-MS (m/z): 643.0 [M]+.

HPLC tr = 23.1 min (Nucleosil 100-10 C18; 1 ml/min; MeOH / 0.1% TFA)

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5. Parte Experimental

206

5.1.2.8. fac-[Re(CO)3(Ant-pzNN)]Br (11)

ReN

N NHNH2

COCO

OC

+ Br -

A uma solução de 45 mg de Ant-pzNN (L11) (0.131 mmol) em MeOH, adicionou-se 53

mg de [Re(CO)5Br] (0.131 mmol) sob azoto. A solução ficou uma noite a 60ºC, sob agitação.

Após evaporação do solvente, o produto da reacção foi lavado com CHCl3. Obteve-se 50 mg de

um pó amarelo torrado correspondente ao complexo fac-[Re(CO)3(Ant-pzNN)]Br (55%).

1H-RMN (CD3OD) δ (ppm) 8.49 (s, H-Ar, 1H); 8.32 (d, (H-Ar)2, 2H); 8.08 (d, (H-Ar)2, 2H);

7.89 (s, (H-pz), 1H); 7.47 (m, (H-Ar)4, 4H); 7.38 (s, H-pz,, 1H); 6.93 (s, br, N-H, 1H); 5.26 (s,

br, N-H); 4.44 (m, CH2, 1H); 4.31 (m, CH2, 1H); 4.10 (m, CH2, 2H); 3.41(s, br, N-H); 2.72 (m,

CH2, 2H); 2.42 (m, (CH2), 4H); 1.97 (m, CH2, 1H). 13C-RMN (DMSO): δ (ppm) 194.32 (C�O); 143.99 (C(4)pz); 132.98 (Ar-H); 131.64 (Ar-H);

131.33 (Ar-H); 129.34 (Ar-H); 129.17 (Ar-H); 126.54 (Ar-H); 126.37 (Ar-H); 125.30 (Ar-H);

124.55 (C(3,5)pz); 121.89 (C(3,5)pz); 79.22 (pz-CH2); 54.66 (CH2); 51.69 (CH2); 47.78 (CH2);

21.91 (CH2).

IV (KBr, cm−1): ν (C�O) 2026, 1896.

ESI-MS (m/z): 614.9 [M]+.

HPLC tr = 23.1 min (Nucleosil 100-10 C18; 1 ml/min; MeOH / 0.1% TFA)

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5. Parte Experimental

207

5.1.2.9. Reacção de AntrapzNN (L12) com [Re(CO)5Br]

Uma solução de [Re(CO)5Br] (116 mg, 0.286 mmol) e AntrapzNN (L12) (92 mg, 0.300

mmol) em MeOH seco refluxou durante uma noite, sob azoto. Após evaporação do MeOH

obteve-se 0.046 g de um pó amarelo analisado por RMN de 1H a diferentes temperaturas, IV e

espectrometria de massa, tal como discutido na secção 3.3.2. A caracterização do(s) produto(s)

reaccional(is) não foi conclusiva.

1H-RMN (CDCl3, 20ºC) δ (ppm): 8.43 (d, H-Ar); 8.34 (d, H-Ar); 8.17 (d, H-Ar); 8.06 (d, H-

Ar); 7.75-7.67 (m, H-Ar); 7.59-7.51 (m, H-Ar); 4.79-4.65 (m, CH2); 4.13-2.65 (m, CH2).

IV (KBr, cm−1): ν (C�O) 2020, 1870; � (C=O) 1653, 1593

5.1.2.10. Reacção de AntrapzSS-Et (L13) com [Re(CO)5Br]

Uma solução de [Re(CO)5Br] (34 mg, 0.084 mmol) e AntrapzSS-Et (L13) (31 mg,

0.084 mmol) em MeOH seco refluxou durante uma noite, sob azoto. Durante a reacção

observou-se a precipitação de um pó amarelo que foi isolado por centrifugação. A

caracterização deste pó por RMN de 1H a diferentes temperaturas, IV e espectrometria de massa

não foi conclusiva, tal como discutido na secção 3.3.2.

Análise elementar calculada (experimental) para C23N2S2O4ReBrH20: C, 38.33 (38.44); H, 2.81

(3.40); N, 3.90 (3.73). 1H-RMN (CDCl3, 60ºC) δ (ppm): 8.44 (d, H-Ar, 1H); 8.19 (d, H-Ar, 1H); 8.06 (d, H-Ar, 1H);

7.85 (d, H-Ar, 1H); 7.70 (m, 2(H-Ar), 2H); 7.55 (t, H-Ar, 1H); 4.90-4.78 (m, CH2); 4.08 (s,

largo, CH2); 3.55-3.51 (m, CH2); 3.09-2.81 (m, CH2); 2.60-2.58 (m, CH2); 1.37 (t, CH3, 3H).

IV (KBr, ν/cm−1): ν (C�O) 2033, 1955, 1908; � (C=O) 1651, 1595.

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5. Parte Experimental

208

5.1.3. Síntese e Caracterização dos Complexos de 99mTc(I)

As manipulações químicas que envolveram substâncias radioactivas foram efectuadas

atrás de uma parede de chumbo com um visor de vidro impregnado de sais de chumbo numa

“hote” com extracção. Os frascos que continham produtos radioactivos foram colocados dentro

de contentores de chumbo, de espessura adequada.

O controlo da dose de radiação absorvida pelo manipulador foi efectuado por leitura de

dosímetros (detecção de radiação) individuais.

5.1.3.1 Síntese e Purificação dos Complexos com 99mTc(I) – procedimento geral

O pertecnetato de sódio (Na[99mTcO4]) foi obtido por eluição de um gerador de 99Mo/99mTc com NaCl 0.9% (Amersham ou MDS Nordion S.A., Belgica). A actividade do

eluído foi medida numa câmara de ionização Aloka, Curiemeter IGC-3, Tóquio, Japão). O

pertecnetato de sódio obtido permitiu a síntese do produto de partida [99mTc(CO)3(H2O)3]+ (5a)

tal como se encontra descrito.62

O complexo fac-[99mTc(CO)3(3,5-Me2pzNN)]Br foi sintetisado de acordo com o descrito

na literatura.77

Preparou-se previamente uma solução de ligando com uma concentração que variou

entre 10-2 e 10-5M. Quando o ligando é hidrossoluvel, a solução foi preparada em água destilada.

No caso dos ligandos insolúveis em água, a solução foi preparada em EtOH.

Num frasco de vidro selado, foi introduzido, em atmosfera de azoto, 100 �l de solução

de ligando. A este frasco, adicionou-se também 900 �l de uma solução de [99mTc(CO)3(H2O)3]+

(1-2 mCi) em tampão fosfato (0.1 M, pH 7.4). A mistura foi incubada a uma temperatura (60-

100ºC) e durante um período de tempo (30 a 60 min) que variou com o ligando envolvido na

reacção.

Após arrefecimento, a solução foi analisada por HPLC caracterizando-se desta forma a

espécie radioquímica formada, por comparação do seu tempo de retenção (detecção δ) com o do

complexo de rénio congénere (detecção UV).

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5. Parte Experimental

209

5.1.3.2. fac-[99mTc(CO)3(3,5-Me2pzSS-Et)]+ (6a)

A mistura do ligando 3,5-Me2pzSS-Et, L3 (cuja concentração final foi 10-3M) com

[99mTc(CO)3(H2O)3]+ foi incubado 60 min a 100 ºC obtendo-se o complexo 6a.

HPLC (CH3CN / 0.1% TFA (gradiente)): tr (6a) = 18.7 min

5.1.3.3. fac-[99mTc(CO)3(3,5-Me2pzSS-CH2CO2Et]+ (7a) e

fac-[99mTc(CO)3(3,5-Me2pzSS-CH2CO2H)]+ (8a)

A mistura do ligando 3,5-Me2pzSS-CH2CO2Et, L4 (cuja concentração final foi 10-3M)

com [99mTc(CO)3(H2O)3]+ foi incubado 60 min a 37 ºC obtendo-se os complexos 7a e 8a.

HPLC (CH3CN / 0.1% TFA (gradiente)): tr (7a) = 17.7 min

tr (8a) = 15.2 min

5.1.3.4. fac-[99mTc(CO)3(3,5-Me2pzNN-Ant)]+ (9a)

A mistura do ligando 3,5-Me2pzNN-Ant, L8 (cuja concentração final foi 5 x 10-4M)

com [99mTc(CO)3(H2O)3]+ foi incubado 30 min a 100 ºC obtendo-se o complexo 9a.

HPLC (MeOH / 0.1% TFA (gradiente)): tr (9a) = 24.7 min

5.1.3.5. fac-[99mTc(CO)3(Ant-3,5-Me2pzNN)]+ (10a)

A mistura do ligando Ant-3,5-Me2pzNN, L10 (cuja concentração final foi 104M) com

[99mTc(CO)3(H2O)3]+ foi incubado 30 min a 80 ºC ontendo-se o complexo 10a.

HPLC (MeOH / 0.1% TFA (gradiente)): tr (10a) = 23.6 min

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5. Parte Experimental

210

5.1.3.6. fac-[99mTc(CO)3(Ant-pzNN)]+ (11a)

A mistura do ligando Ant-pzNN, L11 (cuja concentração final foi 5 x 10-4M) com

[99mTc(CO)3(H2O)3]+ foi incubado 30 min a 80 ºC obtendo-se o complexo 11a.

HPLC (MeOH / 0.1% TFA (gradiente)): tr (11a) = 23.7 min.

5.1.3.7. Síntese de “[99mTc(CO3)( AntrapzNN)]” (12a)

A mistura do ligando AntrapzNN, L12 (cuja concentração final foi 10-4M) com

[99mTc(CO)3(H2O)3]+ foi incubado 60 min a 60 ºC obtendo-se 12a.

HPLC (MeOH / 0.1% TFA (gradiente)): tr (12a) = 22.8 min

5.1.3.8. Estabilidade na Presença de Cisteína e Histidina

Alíquotas de 100 �l das preparações dos complexos de 99mTc (nas quais a concentração

de ligando é 10-4 M) foram adicionadas a 900 �l de solução 10-3 M de cisteina. Alíquotas de 100

�l das mesmas preparações radioactivas foram adicionadas a 900 �l de solução 10-3 M de

histidina. As soluções dos aminoácidos são em PBS a pH 7.4. As misturas foram incubadas a 37

ºC e analisadas por HPLC ao fim de 1, 2, 4 e 6 h.72

5.1.3.10. Lipofilia

A lipofilia dos complexos foi avaliada por determinação do coeficiente de partição

(PO/W) no sistema bifásico n-octanol / PBS (0.1 M, pH 7.4), segundo o seguinte procedimento:

A três tubos de centrifuga adicionou-se 1 ml de n-octanol e 1 ml de soro fisiológico. A

mistura foi agitada em vórtex durante 1 min, sendo, de seguida, adicionado a cada tubo 25 �l da

solução de complexo de 99mTc em estudo. Agitou-se novamente em vortex durante 1 min e

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5. Parte Experimental

211

centrifugou-se a 3 000 rpm durante 5 min, de modo a obter uma separação eficiente entre a fase

orgânica e a fase aquosa. Seguidamente, retiraram-se três aliquotas de 100 �l de cada uma das

fases e a respectiva actividade foi medida num contador de radiação gama. O coeficiente de

partição (PO/W) foi calculado aplicando a expressão: PO/W=C1/C2, em que C1 representa a

actividade na fase orgânica (cpm) e C2 a actividade na fase aquosa (cpm). A lipofilia do

complexo é avaliada pelo valor do log PO/W.

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5. Parte Experimental

212

5.2. Estudo Espectroscópico da Interacção com o DNA dos Ligandos e

Complexos de Re acoplados a um Fragmento Intercalador.

Procedimento geral

Por espectroscopia de UV-Visivel, fluorescência e dicroismo circula, acompanhou-se

titulações nas quais se adicionava, progressivamente, à solução da molécula em análise,

volumes mínimos de uma solução de DNA.

O DNA utilizado é um sal de sódio de DNA de timo de vitela (calf thymus) da Sigma e

foi utilizado sem qualquer purificação. O sal de DNA foi dissolvido numa quantidade mínima

de tampão Tris (0.01M, NaCl 0.05M, pH 7.4) agitando a solução durante 24h a 4ºC. A

concentração de DNA, expressa por nucleótido, foi determinada por espectrometria de UV-

Visivel usando ε260nm = 6600 M-1cm-1. A pureza da solução de DNA foi testada medindo a razão

Abs260nm/Abs280nm. Todas as medidas foram efectuadas a 28ºC em tampão Tris (0.01M, NaCl

0.05M, pH 7.4) com 5 a 20% de DMSO para permitir a dissolução dos compostos a testar na

concentração requerida ao ensaio.129

Utilizando dicroismo linear acompanhou-se uma titulação na qual se adiciona

progressivamente à solução de DNA solução da molécula em análise. As soluções foram

dissolvidas em tampão fosfato (10mM, pH = 7.2) com 2 a 4% de DMSO.166, 167

Os estudos espectroscópicos de UV-Visivel, fluorescência e dicroismo circular foram

realizados no Centro de Química Estrutural do Instituto Superior Técnico, com a colaboração do

professor João C. Pessoa e da Doutora Isabel Correia.

As análises por dicroismo linear foram efectuadas pelo investigador G. Viola no

Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Padova (Italia).

Espectroscopia de UV/Visível

Os espectros foram traçados num espectrofotómetro de UV-Visivel V-560 da Jasco em

células de vidro com um percurso óptico de 1cm.

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5. Parte Experimental

213

Para eliminar a influência da absorvância do DNA, foram adicionadas quantidades

iguais de solução de DNA à célula onde se encontra a amostra a testar e à célula de referência.

Espectroscopia de Fluorescência

Os espectros foram traçados num espectrofluorimetro Luminescence Spectrometer

LS50B da Perkin Elmer em cuvetes de quartz de 1 cm de percurso óptico.

As soluções de 3,5-Me2pzNNAnt (L8), pzNNAnt (L9), antrapzNN (L12) e fac-

[Re(CO)3(3,5-Me2pzNN-Ant)]+ (9) foram excitadas a λ=340 nm e as de Ant-3,5-Me2pzNN

(L10), Ant-pzNN (L11) e fac-[Re(CO)3(Ant-3,5-Me2pzNN)]+ (10) a λ=345 nm. Os splits de

emissão e excitação foram seleccionados para cada uma das soluções de modo a maximizar a

intensidade de fluorescência das mesmas. Foi obtido o espectro de emissão entre λ=360-600

nm, com uma velocidade de varrimento de 100 nm/min.

Dicroismo Circular

Os espectros foram obtidos num espectropolarimetro Jasco J -720 que possui um

polarimetro com um fotomultimetro UV-Visivel (200–700 nm). Formam usadas cuvettes de 1

ou 2 cm de percurso óptico.

O espectro do solvente, no qual se encontravam solubilizados os compostos, foi

subtraído aos espectros das amostras. Os espectros foram traçados entre 500 e 250 nm, com

sensibilidade de 10 mdeg, resolução de 0.2 nm, velocidade de varrimento de 50 nm/min,

resposta de 4 seg., largura de banda de 0,5 nm e acumulação 1.

Dicroismo Linear

Foi utilizada uma “flow cell” num espectropolarimetro Jasco J500 A equipado com uma

interface Jasco J e um PC IBM. Os espectros foram obtidos com a sensibilidade de 10 mdeg, a

resolução de 0.2 nm, a resposta de 4 seg. e a velocidade de varrimento de 50 nm/min.

A preparação das amostras foi efectuada com um dispositivo descrito na literatura para

o estudo de soluções de polímeros.168

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5. Parte Experimental

214

5.3. Ensaios in vitro de Ligandos e Complexos de Re e de 99mTc em

Células Tumorais (B16-F1) e Não Tumorais (V79)

Nos ensaios in vitro utilizaram-se sempre em paralelo duas linhas celulares: B16-F1 de

melanoma de ratinho e V79 de fibroblastos de pulmão de hamster chinês. Para a cultura destas

duas linhas celulares utilizou-se o mesmo procedimento que a seguir se descreve.

As células foram descongeladas rapidamente em banho maria a 37ºC e colocadas no

meio de cultura à mesma temperatura. O meio de cultura utilizado foi o DMEM (contendo

Glutamax-I, Gibco ref. 61965) com 10% de soro fetálico de bovino (Gibco, ref. 10270) e 1% de

solução de antibióticos (100 UI/ml de penicilina e 100 µg/ml de estreptomicina, Gibco ref.

15140). As células foram incubadas numa estufa a 37ºC numa atmosfera com 5% de CO2.

Assim que as células aderiram, mudou-se o meio de cultura dos frascos para remover o DMSO

presente na alíquota de congelação e nocivo para as células.

Sempre que as células em cultura atingiram uma confluência (preenchimento do fundo

do frasco) entre 70 e 80% procedeu-se à passagem (P) das células. Para tal, o meio de cultura foi

aspirado, as células foram lavadas com PBS e aplicou-se uma solução de tripsina - 0.5% EDTA

(Gibco ref. 25300). Após cerca de 2 min a 37ºC as células soltaram-se do fundo do frasco e a

tripsina foi inactivada por adição de meio de cultura (4 vezes o volume da solução de tripsina).

As células foram homogeneizadas e distribuídas ou diluídas para novo(s) frasco(s) de cultura. A

cultura prosseguiu com mudança de meio de 2 em 2 dias.

Nas experiências realizadas foram utilizadas células nas passagens entre P2 e P11.

As células foram armazenadas em azoto líquido ou a -80ºC em aliquotas de 1 ml

preparadas em meio de congelação (meio de cultura suplementado com 10% de soro fetálico e

10% de DMSO).

Os ensaios em culturas de células foram efectuados com a colaboração das Doutoras

Fernanda Marques e Paula Raposinho (investigadoras do grupo onde este trabalho se insere) e

dos Doutores José Rueff e Sebastião Rodrigues (investigadores do Departamento de Genética

da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa). A avaliação da captação

celular por microscopia de fluorescência foi efectuada pelos Doutores Fernanda Marques e

Gabriel G. Martins no Instituto Gulbenkian da Ciência.

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5. Parte Experimental

215

5.3.1. Viabilidade Celular

A citotoxicidade foi analisada por um teste designado por MTT 151 que avalia a

viabilidade celular após contacto com a molécula a testar. As células que se mantêm viáveis

reduzem o MTT (brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-1l)-2,5-difeniltetrazólio) a formazan,

durante a respiração celular, nos mitocôndrios. A detecção de formazan é portanto uma forte

indicação da integridade dos mitocôndrios e, indirectamente, da viabilidade celular.

Os testes foram efectuados em placas de 96 poços.

5.3.1.1. Citotoxicidade de ligandos e complexos de rénio

As células foram aplicadas em placas (cerca de 9000 células / 200 �l / poço) 6 horas

antes da adição das soluções dos compostos a testar para garantir a adesão das células aos

poços. As soluções dos compostos foram preparadas em meio de cultura por diluições

sucessivas de uma solução mãe contendo 1% DMSO. Utilizou-se 8 poços para cada

concentração avaliada. As soluções ficaram a incubar durante 12 horas a 37ºC e após esse

tempo as células foram lavadas com PBS e posteriormente incubadas com MTT durante 3 a 4

horas a 37ºC. Após lavagem com PBS, adicionou-se 200 �l de DMSO, para dissolver os cristais

de formazan formados. Leu-se a absorvância a 595 nm num espectrofotómetro de placas (Power

Wave Xs, Bio-Tek).

O valor da viabilidade máxima das células foi determinado em cada placa (controlo)

incubando as células apenas com meio de cultura (concentração zero de composto).

A citotoxidade das moléculas foi avaliada por determinação dos valores do IC50. Este

parâmetro corresponde à concentração necessária para reduzir a 50% o valor da absorvância

obtido nos poços controlo da mesma placa, ou seja a concentração que reduz para metade a

viabilidade celular.

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5. Parte Experimental

216

5.3.1.2. Radiotoxicidade

As células foram aplicadas em placas (cerca de 7000 células / 200 �l / poço) 6 horas

antes da adição do composto a testar para garantir a adesão das células aos poços. Os complexos

de 99mTc, purificados por HPLC semipreparativo, foram redissolvido em meio de cultura

preparando-se soluções com diferentes actividades radioactivas, por diluições sucessivas. Estas

soluções ficaram a incubar com as células 36 horas a 37ºC, após as quais, as células foram

lavadas com PBS. Testaram-se 8 poços com cada actividade.

As células foram incubadas com MTT durante 3 a 4 horas e posteriormente foram

lavadas com PBS. Para dissolver os cristais de formazan formados adicionou-se 200 �l de

DMSO a cada poço. Leu-se a absorvância a 595 nm num espectrofotometro de placas (Power

Wave Xs, Bio-Tek).

5.3.2. Captação Celular e Internalização no Núcleo (adaptado da ref. 169)

Nos estudos de captação celular e internalização as células foram aplicadas em placas

de 24 poços (cerca de 105 células / 500 �l / poço) 16 horas antes da aplicação do composto

radioactivo a testar para garantir a adesão das células. Os complexos de 99mTc foram purificados

por HPLC semi-preparativo e redissolvidos em meio de cultura. Estas soluções (200 000 cpm /

500 �l / poço) foram postas a incubar com células (30 min, 1, 2, 3 e 4 horas) a 37ºC numa

atmosfera com 5% CO2. As células foram então lavadas com uma solução de PBS com 0,2 % de

BSA e tratadas com tripsina (100 �l / poço). A inactivação da tripsina fez-se com 250 �l de

meio de cultura. As células, então em suspensão (em eppendorf) foram centrifugadas e lavadas

2 vezes com solução fria de PBS com 0.2% de BSA. A destruição da membrana celular da

célula foi conseguida pela adição de 500 �l de tampão de lise (Tris 10mM, MgCl2 1.5 mM,

NaCl 140 mM, pH 8.0-8.3) e 1 �l de Nonidet P-40 a 10 % (Roche) durante 15 min em gelo.

Centrifugou-se a 1300 g e a 4ºC durante 2 min. Após centrifugação obteve-se o precipitado (que

continha o núcleo das células) e o sobrenadante (com os restantes conteúdos celulares). A

actividade medida no precipitado corresponde à internalização nuclear e a captação celular é o

somatório da actividade medida no precipitado e no sobrenadante.

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5. Parte Experimental

217

Testaram-se 4 poços a cada tempo.

Durante o ensaio verificou-se que as células sujeitas aos compostos testados durante 4

horas mantiveram-se viáveis (controlo da viabilidade celular). Com efeito, foram seleccionados

3 poços em cada placa e nestes as células foram tripsinisadas e colocadas em contacto com

solução de trypan blue. As células viáveis, por serem impermeáveis a este reagente, não

adquirem a cor azul.

5.3.3 Avaliação da Captação Celular por Microscopia de Fluorescência

Para efectuar os estudos por microscopia de flourescência foram aplicadas cerca de 5 x

104 células por poço em placas de 6 poços. As células ficaram uma noite a incubar. No dia

seguinte o meio foi aspirado e as células foram incubadas com novo meio no qual estava

dissolvida a molécula a analisar (80 µM). As células ficaram incubadas com aos complexos de 99mTc a testar durante 3 h após as quais foram lavadas com PBS e fixadas com uma solução de

3% paraformaldeido em PBS, durante 20 min à t.a. Após 3 lavagens com PBS, as células foram

incubadas com 5 µM de DRAQ5 (corante de DNA) durante 20 min à t.a. A seguir as placas

foram lavadas 3 vezes com PBS e montadas em slides standard do microscópio em glicerol com

3% N-propilgalato para melhorar as condições de visualização e prevenir o aparecimento de

manchas. As amostras foram observadas num microscópio Leica DMRA2, utilizando uma

objectiva de 100 x 1.4 NA e um filtro Chroma + A4 UV para avaliar a fluorescência do

antraceno (�ex max = 350 nm, �em max = 410 nm) e um filtro vermelho Y5 Cy5 para o DRAQ5

(�ex max = 647 nm, �em max = 670 nm). As imagens foram obtidas e tratadas com uma máquina

fotográfica CoolSNAP HQ 1.3 Mpixel cooled CCD e com o software MetaMorph.

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5. Parte Experimental

218

5.4. Cristalografia de Raios-X de Cristal Único

Os cristais foram montados em capilares de vidro. No caso do complexo 7 o cristal foi

montado embebido em Nujol de modo a minimizar a perda de cristalinidade. Os dados de

difracção de raio-X foram obtidos à temperatura ambiente num difractómetro Enraf-Nonius

CAD-4 com radiação monocromática de molibdénio (λ=0,71069Å). As estruturas foram

resolvidas utilizando métodos de Patterson usando o programa SHELXS-97 e refinadas usando

o programa SHELXL-97.170, 171 A representação gráfica das estruturas foi efectuada com o

programa ORTEP-3.172 A resolução e o refinamento das estruturas foram efectuados com a

ajuda da Doutora Ângela Domingos e da Doutora Isabel Cordeiro dos Santos (ITN).

5.4.1. [ReO(OMe)(3,5-Me2pzNNN)]BPh4 (3)

Re

O1

O2

C7

C8

C11 C12

C13

C9

N2

N1

C1

C2 N3

C3 C4

N4

C5

C6 N5

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5. Parte Experimental

219

Tabela 5.1 – Dados cristalograficos para o complexo [ReO(OMe)(3,5-Me2pzNNN)]BPH4 (3).

Formula empírica; Massa molecular Com36H45BN5O2Re; 776.78 gmol-1

Sistema Cristalográfico Monoclínico

Grupo Espacial P21/n

Dimensões da Célula Unitária a = 12.101(2) Å � = 90º

b = 14.3993(15) Å � = 96.285(13)º

c = 19.975(2) Å = 90º

Volume (V) 3459.6(9) Å3

Z 4

Densidade (calculada) 1.491 mg m-3

�(Mo-K�) 3.55 mm-1

Reflexões totais 7102

Reflexões únicas 6767 [R(int) = 0.0551]

Parâmetros refinados 406

�() Max e min 0.9996 e 0.7721

S on F2 1.048

Ajuste final [I>2sigma(I)] R1 = 0.0667, wR2 = 0.0916

Ajuste final (todos os dados) R1 = 0.1476, wR2 = 0.1132 a R = �| | F�| - | FC| | / �| F�|, wR2 = [�(w(F�2 - FC

2)2)]1/2; [F� > 4 (F�)].

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5. Parte Experimental

220

5.4.2 - [Re(CO)3(3,5-Me2pzSS-CH2CO2Et)]Br (7)

Tabela 5.2– Dados cristalográficos para o complexo [Re(CO)3(3,5-Me2pzSS-CH2CO2Et)]Br (7)

Fórmula empírica; Massa molécular C16H26BrN2O7S2Re; 688.62 g mol-1

Sistema Cristalográfico Triclínico

Grupo Espacial P �

Dimensões da Célula Unitária a = 9.8592(10) Å � = 66.412(12)º

b = 11.0784(17) Å � = 76.308(11)º

c = 11.8537(18) Å = 85.189(11)º

Volume (V) 1152.7(3) Å3

Z 2

Densidade (calculada) 1.984 mg m-3

�(Mo-K�) 7.233 mm-1

Reflexões totais 4616

Reflexões únicas 4383 [R(int) = 0.0182]

R1b 0.0368

wR2 0.0841 a R = �| | F�| - | FC| | / �| F�|, wR2 = [�(w(F�2 - FC

2)2)]1/2; [F� > 4 (F�)] b Os valores foram calculados para dados com I > 2�(I)

ReS2

S1

N1

N2

C1

C3

C2C9

O4 O5