8

50 min. aprox. Voz - Teatro Viriato · Serei eternamente grata. Obrigada. Sónia Pereira, Locutora de Rádio/Jornalista O Heaven tem sido uma experiência verdadeiramente incrível,

  • Upload
    dobao

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

50 min. aprox.

m/6 anos

Coreografia, espaço cénico,

organização de figurinos André Mesquita

Texto excerto d’Os Passos em Volta de Herberto Helder

Voz Sónia Pereira

Apoio dramatúrgico

ao texto de Herberto Helder Anna Koskela

Cocriação, movimento e interpretação

Ana Marques Pinto, Alexandra Maria M.B. Monteiro,

Aurora do Céu Gonçalves Batista, Ana Luísa Viegas Sifredo

Ferreira, Ana Margarida Cardoso Heleno André,

Ana Cristina Amaral Teixeira, Andreia Cristina Figueiredo

F. Mendes, Anna Koskela, Carlos Reis, Célia Lopes,

Cláudia Marisa Dias Ferreira Afonso, Fátima Ferreira,

Fernanda Melo, João Ricardo Dias Ventura,

Liliana Conceição Tavares Rodrigues, Manuela Antunes,

Manuela Isabel Almeida Pereira, Margarida Carvalho,

Margarida Quintal, Maria Gabriela Cunha Matos,

Orlando Pinto, Paula Costa, Ricardo Meireles,

Rogério Bento, Solange Lima, Sónia Pereira,

Sónia Alexandre Duarte Ferreira, Sónia Ferreira Rodrigues

Música All Things Beautiful, Nick Cave & Warren Ellis;

Eluvium static nocturne; Love is a Losing Game e So Happy I

Could Die, Lady Gaga, arranjos de Adam Tendler

Desenho de Luz Pedro Teixeira e André Mesquita

Produção Teatro Viriato

Primeiro: Ricardo Ventura sobe ao púlpito e as restantes pessoas entram no palco e posicionam-se; Segundo: Orlando e Carlos

ficam alinhados numa “diagonal”, a Fernanda circula numa “clareira” à frente do púlpito do Ricardo V. e a Andreia sentada no

chão e a Fátima a executar “movimento do mosquito” (confirmar); Terceiro: Interação “implícita” e espontânea entre a massa

humana, interação baseada em movimentos, simultaneamente, subtis e aleatórios, por exemplo, troca de posições, mudar a

frente do palco ou ligeiras oscilações no próprio lugar onde estão “enraizados”; Quarto: Tomar a decisão de abandonar o palco

de acordo com a “leitura do conjunto” (Célia inicia a debandada!); Quinto: No final estarão em cena o Ricardo V., Roger e Fátima.

Atenção à dica/palavra do texto “revolução”.

Ricardo Meireles, Engenheiro do Ambiente

Desafiado a construir um projeto com a comunidade,

enquanto espaço de experimentação artística, o coreó-

grafo André Mesquita, Artista Residente do Teatro Viriato

em 2013, traz para Viseu o conceito de paraíso, motivado

pelas leituras que o acompanhavam, inspirado por Her-

berto Helder. No encontro com o livro Os Passos em Vol-

ta aproxima-se do que o autor escreve sobre o paraíso,

interessa-se não pela definição, mas pela forma como o

escritor o pede: “Não queremos este inferno. Dêem-nos

um pequeno paraíso humano”. Além do movimento, pela

primeira vez, sentiu-se com vontade de explorar o texto

dito em palco, o de Herberto Helder, esse texto sobre o

“lugar dos lugares” implícito, indefinido, íntimo de cada

indivíduo.

Ao paraíso juntou-lhe a dignidade humana. Não a huma-

na dignidade explícita, mas a que pode aparecer laten-

te no consciente e no inconsciente. O mesmo tema que

Herberto Helder evoca tanto n’Os Passos em Volta, como

no Photomaton Vox. “Não gosto de falar da crise, ainda

que a minha vida passe por decisões espoletadas pela

crise, mas interessava-me pensar a dignidade neste con-

texto. Escolhi a dignidade também porque é transversal

às pessoas que são a comunidade e vice-versa, por isso,

pensei que seria o tema certo”, explica André Mesquita,

ressalvando por “não há uma tradução de nada do que

faço, não tenho essa intenção, gosto que a peça seja

aquilo que as pessoas queiram que seja”.

Através do jogo do questionamento, movido pela (im)pro-

babilidade de uma sugestão que se cumpre e também

pelo medo e pela dúvida, o coreógrafo parte do desco-

nhecido para, com os participantes, “preencher o espa-

ço com o que ainda não existe, com o que falta, numa

tentativa (im)possível de encontro com o lugar perfeito”.

A partir do movimento inconsciente, mais ou menos pre-

sente, no que toca à sua inscrição no espaço envolve a

comunidade neste exercício de consubstanciar um con-

ceito imaterial apenas definido, determinado, pela sin-

gularidade de cada um, talvez, tal como a própria dança.

“Há um movimento inconsciente e depois há algo que

é comum a todos, a dança. Todas as pessoas dançam,

umas estão mais conscientes da forma como o físico se

articula e de como se pode escrever no espaço, outras

menos conscientes. Mas consigo observar e potenciar as

particularidades de cada indivíduo. Depois, como é óbvio,

trabalhando no conjunto encontramos frases que podem

ser comuns a todos. É curioso porque há sempre parti-

cularidades de movimento que as pessoas nem sequer

consciencializam que é dança. Um exercício de dança a

solo não é necessariamente um exercício constante, há

uma cadência, uma sequência”, explica o coreógrafo.

Esta é a segunda vez que André Mesquita trabalha com a

comunidade e o processo de criação é mais lento, já que

o exercício da dança não está latente nos participantes,

mas não difere muito da metodologia que usa com os

intérpretes profissionais e em que se preocupa sempre

com uma linha dramatúrgica. “Normalmente, parto da

improvisação e trabalho muito com a ideia da paisagem,

de uma forma lata e, por norma, as pessoas sentem que

há espaço para explorar com o corpo. Entretanto, co-

meçamos a organizar uma espécie de puzzle, onde faço

sugestões, que eles acolhem, assimilam, aprendem e

juntamos vários blocos informativos, que resultam numa

sequência de dança, de movimento”, descreve André

Mesquita, que insiste em procurar na dança a simplici-

dade. O desafio maior nesta interação com a comunidade

acabou por ser o da comunicação, já que coreógrafo e

participantes não falam necessariamente a mesma lin-

guagem, a do movimento; mas também o de fazer acon-

tecer em cada um deles aquilo que acontecia no interior

de André Mesquita. Por fim, o desafio de criar uma peça

que tenha um desenvolvimento, “não necessariamente

uma conclusão”, que faça sentido para os participantes

e que eles se sintam bem no palco.

Durante dois meses, cerca de 30 participantes experi-

mentaram a fisicalidade do corpo, alicerçando, precisa-

mente, os seus movimentos no conceito de paraíso e a

partir daí, construíram juntos um espetáculo de dança

feito, sobretudo, pela unicidade e pelo olhar de cada um.

Para que, neste mundo de absurdos, consigamos encontrar o sentido da nossa existência,... mesmo que, com

serpentes, vale o caminho,... mesmo que longo,... vale a esperança do PARAÍSO.

Magui Quintal, Educadora de Infância

Uma experiência que ficará na história das minhas melhores experiências.

A criatividade. O desconforto. As relações interpessoais. A necessidade de nos questionarmos, a nós mesmos,

às nossas capacidades e limites. A vontade de querer fazer o (im)possível. A tentativa de (des)construção em

todos os sentidos.

“Não queremos este inferno. Dêem-nos um pequeno paraíso humano” (Herberto Helder). E ele aqui tão perto.

Em cada um de nós. Talvez não tenhamos essa noção, por enquanto. Talvez o lugar perfeito não exista, mas

não nos teremos aproximado dele?! Não estamos (fomos) felizes? E o que pode ser esse “tal lugar” se não a

felicidade? E não é a felicidade feita de momentos? Pois… estes foram (são) momentos felizes.

“E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música”

(Friedrich Nietzsche).

Eu aprendi a escutar a música. Serei eternamente grata. Obrigada.

Sónia Pereira, Locutora de Rádio/Jornalista

O Heaven tem sido uma experiência verdadeiramente incrível, única e inimaginável! Por vezes, dou comigo a

pensar: “Será que isto me está realmente a acontecer?...”

É como que se, de repente, uma janela tivesse sido aberta para uma paisagem deslumbrante... que me pro-

porciona uma visão magnífica, de um mundo que eu desconhecia... Simultaneamente, ilumina uma parte de

mim... uma parte de mim (que eu não sabia que existia) foi desvelada por esta luz!... Por tudo isto, tem sido

NA PRIMEIRA PESSOA

um processo de descoberta único e extraordinariamente enriquecedor!

Agradeço ao André ter tido a coragem de aceitar o desafio de trabalhar com a comunidade. De referir que o

André tem sido fantástico! Presenciar o seu processo de criação tem sido muito interessante.

Agradeço a todos os que participam neste projeto, pois cada um dá algo de si, singular, que enriquece este

projeto e o transforma.

Agradeço ao Teatro Viriato por abrir as portas à comunidade de Viseu desta forma.

Obrigada a todos.

Margarida de Carvalho, Enfermeira

Participar no projeto Heaven, com o excelente profissional, André Mesquita, está a ser uma das experiências

mais gratificantes da minha vida, pois esse projeto envolve dança que adoro, envolve lidar com pessoas de

diferentes idades, profissões e, principalmente, fazer novas amizades, na minha opinião esta é a grandeza do

espetáculo. Trabalharmos em conjunto e individualmente ao mesmo tempo.

Obrigada André Mesquita pela oportunidade.

Célia Lopes, Promotora de Vendas

Tinha muita vontade e curiosidade em participar nestes projetos do Teatro Viriato com a comunidade.

A dança é, de facto, uma das minhas disciplinas artísticas favoritas, mas dançar é outra coisa!

O André é, de facto, uma pessoa especial, porque consegue pôr em palco um espetáculo de dança onde todos

somos bem diferentes e a maioria nunca dançou!

Para mim, tem sido um desafio e todos os dias faço um esforço para me surpreender.

Conviver com todos tem sido muito bom e o grupo é muito interessante.

Obrigado André e a todos.

Lá estaremos para surpreender Viseu!

Fernanda Melo, Bancária Reformada

André Mesquita nasceu em 1979. Fez a sua formação artística na Academia de Dança Contemporânea de

Setúbal e na Companhia Nacional de Bailado. Iniciou a sua carreira como bailarino na CeDeCe (Setúbal) e na

Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo com direção artística de Vasco Wellenkamp. Desenvolve

uma atividade independente desde 2006, ano em que cessou funções como bailarino solista e professor resi-

dente na Tanz Companie do Stadt Theater Hildesheim.

Fundador da TOK’ART – Plataforma de Criação, partilha a respetiva direção artística com Teresa Alves da Silva

e nela desempenha também as funções de coreógrafo associado.

Coreografou em companhias como, o Ballet Real da Flandres (Antuérpia, Bélgica), o Balé da Cidade de São

Paulo (Brasil), o Danish Dance Theater (Copenhaga, Dinamarca), a Companhia Portuguesa de Bailado Con-

temporâneo e o Tanz Luzern Theater (Suíça), entre outros. Em 2009 foi galardoado com o prémio Uncontaina-

ble II do Ballet Real da Flandres e também como coreógrafo no 13th International Solo-Tanz-Theater Festival

de Estugarda.

Foi artista residente do Centro Cultural do Cartaxo de 2007 a 2011. Em Portugal tem criado através da TOK’ART

e em parceria com a EGEAC, o Teatro Maria Matos, o Teatro Viriato e a Companhia Nacional de Bailado.

A crítica portuguesa e estrangeira tem conferido rasgados elogios ao seu trabalho por força de uma maior

qualidade sensitiva e de originalidade.

ANDRÉ MESQUITA

TEATRO VIRIATO | CENTRO DE ARTES DO ESPECTÁCULO DE VISEU Paulo Ribeiro Diretor-geral e de Programação • José Fernandes Diretor Administrativo • Paula Garcia Diretora Adjunta • Ana Cláudia Pinto Assistente da Direção • Maria João Rochete Responsável de Produção • Carlos Fernandes Assistente de Produção • Nelson Almeida, Paulo Matos, Pedro Teixeira e Rui Cunha Técnicos de Palco • Marisa Miranda Imprensa e Comunicação • Teresa Vale Produção Gráfica • Gisélia Antunes Bilheteira • Emanuel Lopes Técnico de Frente de Casa • Fátima Domingues e Raquel Marcos Receção/Vigilância • Paulo Mendes Auxiliar de Receção/Vigilância • Consultores Maria de Assis Swinnerton Programação • Colaboradores António Ribeiro de Carvalho Assuntos Jurídicos • José António Loureiro Eletricidade • Contraponto Contabilidade • Paulo Ferrão Técnica de Palco • José António Pinto Informática • Cathrin Loerke Design Gráfico • Acolhimento do Público André Rodrigues, Bruno Marques, Catarina Ferreira, Daniela Fernandes, Diogo Almeida, Franciane Maas França, Francisco Pereira, Joana Tarana, João Almeida, Luis Figueiral, Maria Carvalho, Margarida Fonseca, Neuza Seabra, Ricardo Meireles, Rui Guerra, Sandra Amaral e Vânia Silva.

Allegro BMC CAR • Dão · Quinta do Perdigão • Tipografia Beira Alta, Lda. • Moderato Família Caldeira Pessanha • Andante Grupo de Amigos do Museu Grão Vasco • João Carlos Osório de Almeida Mateus • Adágio Amável dos Santos Pendilhe • Ana Luísa Nunes Afonso • Ana Paula Ramos Rebelo • António Cândido Rocha Guerra Ferreira • Armanda Paula Frias Sousa Santos • Benigno Rodrigues • Farmácia Ana Rodrigues Castro • Fernanda de Oliveira Ferreira Soares de Melo • Fernando Soares Poças Figueiredo e Maria Adelaide Seixas Poças • Geraldine de Lemos • Isaías Gomes Pinto • José Luís Abrantes • José Gomes Moreira da Costa • Júlia Alves • Júlio da Fonseca Fernandes • Maria de Fátima Ferreira • Maria de Fátima Rodrigues Ferreira Moreira de Almeida • Maria de Lurdes da Silva Alves Poças • Martin Obrist e Maria João de Ornelas Andrade Diogo Obrist • Miguel Costa e Mónica Sobral • Nanja Kroon • Paula Nelas • Paulo Jorge dos Santos Marques • Raul Albuquerque e Vitória Espada • Teresa da Conceição Azevedo • Vítor Domingues • Júnior Ana Mafalda Seabra Abrantes • Beatriz Afonso Delgado • Carla Filipa Seabra Abrantes • Diogo Rafael Teixeira Ascenção • Eduardo Miguel de Amorim Barbosa • Gonçalo Teixeira Pinto • Júlia Pereira Arede Oliveira Costa • Matilde Figueiredo Alves • Pedro Dinis de Amorim Barbosa.

Próximo espetáculo

CAFÉ-CONCERTO / FOYER

13 JUN

OSSO VAIDOSOALEXANDRE SOARES e ANA DEUS

qui 22h00 | 60 min.preço único 2,503m/ 12 anos

© D

R

MECENAS

Colaboração Técnica

estrutura

financiada por: