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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5056 Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016 10 PATACAS 26 0 C/32 0 C • HOJE Fonte SMG PUB Jorge Oliveira envolvido em polémica sobre viagens de governantes ao Euro2016 Pág. 15 Pág. 7 Pequenas e Médias Empresas temem “muitos conflitos” com novo regime de Previdência FOTO ARQUIVO Hillary Clinton amplia vantagem nas sondagens Quatro pesquisas estaduais divul- gadas ontem mostram que Hillary Clinton distanciou-se do seu rival na corrida à Casa Branca, no rescaldo da Convenção Democrata e das no- vas polémicas envolvendo Donald Trump, incluindo divisões no seio Partido Republicano sobre a sua candidatura às presidenciais norte- -americanas. Só em New Hampshi- re, uma sondagem divulgada pelo WBUR coloca Hillary com 47% das intenções de votos , contra 32% de Trump. Em Maio, os dois candida- tos registavam um empate técnico no mesmo Estado. A candidata de- mocrata também tem 11 pontos de vantagem na Pensilvânia, com 49% contra 38% de Trump, de acordo com um novo inquérito do Instituto “Franklin and Marshall”. Na Flóri- da, uma pesquisa da Universidade Internacional da Flórida junto de eleitores hispânicos atribui a Trump um mínimo histórico de 13%. Lei do Ruído produz “efeitos positivos” Após a entrada em vigor da Lei de Prevenção e Controlo do Ruído Ambiental, em Fevereiro de 2015, as autoridades registaram mais de 11 mil queixas por barulho acima do permitido, mas só 173 levaram à abertura de processos e apenas 70 originaram multas. Apesar das críticas do sector da construção, a Direcção dos Serviços de Protecção Am- biental garantiu ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU que a legislação está a produzir “efeitos positivos”. Pág. 5 Brasileiros em Macau confiam em Olimpíadas de sucesso O TUFÃO AINDA MEXE Da sátira ao “mea culpa” Págs. 2, 3 e 6 Págs. 9 e Centrais

5056 10 PATACAS Lei do Ruído produz “efeitos positivos” · 2017-03-28 · Após a entrada em vigor da Lei de Prevenção e Controlo do Ruído Ambiental, em Fevereiro de 2015,

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Page 1: 5056 10 PATACAS Lei do Ruído produz “efeitos positivos” · 2017-03-28 · Após a entrada em vigor da Lei de Prevenção e Controlo do Ruído Ambiental, em Fevereiro de 2015,

Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5056 • Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016 10 PATACAS

260C/320C• • • HOJE

Fonte SMG

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Jorge Oliveira envolvidoem polémica sobre viagensde governantes ao Euro2016

Pág. 15Pág. 7

Pequenas e Médias Empresastemem “muitos conflitos”com novo regime de Previdência

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Hillary Clinton amplia vantagem nas sondagensQuatro pesquisas estaduais divul-gadas ontem mostram que Hillary Clinton distanciou-se do seu rival na corrida à Casa Branca, no rescaldo da Convenção Democrata e das no-vas polémicas envolvendo Donald Trump, incluindo divisões no seio Partido Republicano sobre a sua candidatura às presidenciais norte--americanas. Só em New Hampshi-re, uma sondagem divulgada pelo WBUR coloca Hillary com 47% das intenções de votos , contra 32% de Trump. Em Maio, os dois candida-tos registavam um empate técnico no mesmo Estado. A candidata de-mocrata também tem 11 pontos de vantagem na Pensilvânia, com 49% contra 38% de Trump, de acordo com um novo inquérito do Instituto “Franklin and Marshall”. Na Flóri-da, uma pesquisa da Universidade Internacional da Flórida junto de eleitores hispânicos atribui a Trump um mínimo histórico de 13%.

Lei do Ruído produz“efeitos positivos”Após a entrada em vigor da Lei de Prevenção e Controlo do Ruído Ambiental, em Fevereiro de 2015, as autoridades registaram mais de 11 mil queixas por barulho acima do permitido, mas só 173 levaram à abertura de processos e

apenas 70 originaram multas. Apesar das críticas do sector da construção, a Direcção dos Serviços de Protecção Am-biental garantiu ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU que a legislação está a produzir “efeitos positivos”. Pág. 5

Brasileiros em Macauconfiam em Olimpíadas de sucesso

O TUFÃO AINDA MEXE

Da sátiraao “mea culpa”

Págs. 2, 3 e 6

Págs. 9 e Centrais

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02 JTM | LOCAL Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Fátima Almeida, Helder Fernando, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres e Tiago Alcântara • Secretário da Redacção : Alexsandro Sampaio • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

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DERECORDAÇÕES

• • •Com o nosso Baú, recordamos hoje a eleição da Miss Macau de 1972, título que seria con-quistado por Anabela Oliveira da Costa. A segunda classifica-da foi Natália Paiva, que surge na foto à direita da vencedora.

Mais vale prevenir... – I A passagem do “Nida” pelo território foi curta, não entrou para a história das grandes tempestades, mas deu muito que falar durante a semana. A vaga de descontentamento não derivou propriamente dos danos causados pelo tufão, mas da atitude das autoridades governamentais. Embora o nível de alerta não tenha chegado ao sinal 8, a verdade é que quando o “Nida” se estava a aproximar da costa de Macau começaram logo a ser postas em prática várias medidas de prevenção.

Mais vale prevenir.... – IIEntre várias iniciativas, “Fonte Limpa” verificou que o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais preocupou-se de imediato em assegurar que os canteiros de flores que “alegram” e dão cor às ruas da cidade - nomeadamente na Avenida de Almeida Ribeiro e imediações do Teatro D. Pedro V - não voassem com as fortes rajadas de vento nem magoassem cidadãos que por ali passassem. Por outro lado, a segurança no Reservatório também foi garantida. Como se pode constatar pela fotografia, nem os caixotes do lixo escaparam... Contestação à parte, não se pode dizer que a prevenção no terreno tenha sido descurada.

Tufão estimulou sátirae criatividade – INo âmbito da onda de críticas que surgiu após a passagem do tufão “Nida” por Macau, concretamente em torno da decisão dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de não içar o sinal 8 de alerta, foram criadas duas imagens idênticas, uma escrita em chinês, outra em inglês, que transmitem a mesma ideia: “Macau é uma cidade verdadeiramente abençoada”. No entanto, olhando atentamente para as imagens, depressa percebemos que a mensagem é veiculada com um tom algo sarcástico.

Tufão estimulou sátirae criatividade – IISob o título, vêem-se imagens como um prédio sobre um piso que está a ruir com a legenda “não há tremores de terra”, ou uma onda gigante a dirigir-se para algumas casas, onde pode se ler que também “não há tsunamis”. Ao lado encontram-se outras gravuras com inscrições igualmente sugestivas: “Não há Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS)” e “não há meteoritos”.

Tufão estimulou sátira e criatividade – IIINuma segunda linha de imagens, começam as críticas mais sérias, traduzidas em afirmações como “não há sinal 8 de tufão”, “não há autocarros”, “não há táxis”, “não há Uber” e “não há Pokemon”. No entanto, para “tranquilizar” os residentes, na última gravura inserida também se diz que “não há corrupção” e, em nota de rodapé, “mas temos tesouro”.

Tufão estimulou sátira e criatividade – IVDesde resto, desde a noite de segunda-feira, quando os ventos fortes e as chuvas intensas vieram agitar o quotidiano na cidade, a contestação ganhou inúmeras formas originais de contestação, incluindo boas doses de sátira na internet. Uma das imagens que circulou nas redes sociais mostrava a escala de símbolos que assinalam a gravidade de um tufão, sendo que apenas o sinal 1 e o sinal 3 apareciam como “válidos”. Por cima dos sinais 8, 10 e “rainstorm” foi colocada uma cruz vermelha, para vincar que tais avisos não podem ou simplesmente não são utilizados.

Tufão estimulou sátira e criatividade – VA imagem foi publicada numa página de Facebook denominada “Macau Dangerous Driving” e suscitou comentários irónicos como: “Macau não tem tufões, de que é que estão a falar?”. Há quem seja mais crítico e refira que os SMG são apenas “um peão que, eventualmente, acaba por levar com as culpas todas”, sendo que “os magnatas e o senhor Chui devem estar a rir-se neste momento”. Outro cibernauta questiona: “as vidas das pessoas de Macau saem mais baratas, senhor director?”, dirigindo as críticas a Fong Soi Kun, responsável dos Serviços Meteorológicos.

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016 JTM | LOCAL 03FO

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Capitão Américaa preço de ouro – IO filme de super-heróis “Capitão América: Guerra Civil”, inspirado na banda desenhada dos estúdios da Marvel, estreou-se no início deste ano, mas só agora parece estar a receber algum tratamento “especial” em Macau. Para os fãs da saga, sejam homens ou mulheres, uma das ourivesarias da cidade colocou à venda uma gama verdadeiramente dourada de produtos sobre o filme.

Capitão Américaa preço de ouro – IINa montra da ourivesaria é dado grande destaque ao filme e, obviamente, à sua reprodução nalguns objectos de ouro como pulseiras, miniaturas das duas personagens principais, colares e até um mini-escudo. O “Capitão América: Guerra Civil” é a continuação de outros filmes em torno da personagem que lidera o grupo dos “Vingadores” que continuam a sua luta para proteger o mundo.

Selos olímpicos – IOs Jogos Olímpicos de 2016, que começam hoje oficialmente no Rio de Janeiro, não passaram despercebidos aos Correios de Macau que lançaram uma emissão filatélica especial, permitindo aos coleccionadores de selos e amantes do desporto guardar uma recordação diferente do mega evento. Ilustrado com atletas de diferentes nacionalidades e modalidades, o conjunto de quatro selos tem desenhado um globo para simbolizar a união entre os povos através do desporto.

Selos olímpicos – IIEsta emissão filatélica foi concebida por Stephen Chung Kui Sing e o texto que a acompanha foi redigido pelo Instituto do Desporto. Poder-se-ia dizer que a participação directa do Governo neste lançamento filatélico também materializa, de certo modo, o esforço de consciencialização para a importância da prática desportiva. Os selos podem ser adquiridos na Estação Central dos Correios de Macau, no Museu das Comunicações, na Estação da Rua do Campo, no Terminal Marítimo e no Aeroporto.

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Ser saudável... como o melhor do mundo – IEstá constatado que Macau é uma cidade de “estrelas”. Depois de José Mourinho ter começado a “circular” pelos vários táxis de Macau já há algum tempo, agora é a vez do maior craque da selecção portuguesa de futebol. Certamente, quem utiliza os transportes públicos do território já se deparou com um novo “tripulante” e bem especial, ou não tivesse sido eleito o melhor do mundo no desporto-rei!

Ser saudável... comoo melhor do mundo – IIPara além dos feitos já conquistados no mundo do futebol, Cristiano Ronaldo também tem somado cada vez mais “pontos” no mundo da publicidade. Rosto de marcas de champôs, sapatos, roupa e de uma vasta gama de artigos, o CR7 associou-se há já algum tempo à marca de produtos saudáveis “Herbalife”, como demonstram os vários anúncios publicitários estampados em várias carreiras de autocarros de Macau.

Ser saudável... como o melhor do mundo – IIITendo em conta que CR7 é considerado um modelo para vários adeptos de todo o mundo, a “passagem” do futebolista pelas ruas da cidade também poderá ser, independentemente dos proveitos esperados pela marca, uma boa forma de captar mais cidadãos para hábitos de vida mais saudáveis. Como Cristiano Ronaldo diz: “a minha escolha saudável” também poderá ser a de Macau.

Bambus destruíram postes de electricidade -IUm camião que transportava bambus, para serem utilizados em obras, destruiu dois postes de electricidade na Rua de São Lourenço. O incidente terá ocorrido devido ao excesso de carga, bem ao facto desta ultrapassar as laterais do camião.

Bambus destruíram postes de electricidade -IIComo consequência do incidente, pelo menos dois prédios das imediações ficaram temporariamente sem electricidade. O insólito episódio ocorreu no início da semana, em hora de ponta, obrigando ao encerramento da rua durante mais de uma hora, o que motivou, naturalmente, congestionamentos no trânsito. A Companhia de Electricidade de Macau teve de enviar pessoal ao local para proceder à reparação dos estragos.

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Perigo na estrada - I Não é difícil perceber que a condução em Macau pode ser, muitas vezes, perigosa. Com o crescimento do número de veículos, surgiu na imprensa chinesa uma nova expressão para descrever os condutores tradicionalmente conhecidos por serem mais agressivos, pelo menos nas palavras, durante a condução. A síndrome da “raiva no trânsito” tem sido a expressão usada para caracterizar quem se enquadra neste contexto.

Perigo na estrada -IIUm exemplo demonstrativo de um típico condutor perigoso na estrada pode ser encontrado nesta fotografia. Em plena cidade, uma carrinha de mercadorias foi fotografada a transportar carga excessiva. Por causa da sobrecarga, o condutor adoptou uma solução temporária mas não menos perigosa. A prova disso é que a mercadoria baloiçava de um lado para o outro, ameaçando cair a qualquer instante.

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 201604 JTM | LOCAL

5 de Agosto de 2016

Aviso

Para melhorar a qualidade dos serviços de telecomunicações, a CTM irá proceder aos trabalhos de actualização da rede móvel no dia 6 de Agosto entre as 0h00 horas e as 6h00. Durante o referido período os clientes da rede 2G podem verificar interrupções intermitentes de 15 min quando utilizarem os serviços de chamadas de voz e SMS. As áreas afectadas são as próximas de NAPE, Taipa, Zona do Cotai, Coloane and Novo campus da Universidade de Macau.

Para informações mais detalhadas queira contactar a Linha de Serviço da CTM: 1000.

Agradecemos a atenção dispensada e apresentamos as nossas desculpas pelo inconveniente que os trabalhos de melhoramento possam causar.

Companhia de Telecomunicações de Macau, S.A.R.L.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 69/2016

(Pagamento da multa aplicada e da quantia em divida ao trabalhador não residente)

A Chefe do Departamento,Ng Wai Han

A MAST TV divulgou uma reporta-gem que apresenta uma cenário preocupante num território como

Macau. Uma octogenária vive sem condi-ções no meio de lixo e ratos, sem electrici-dade ou água potável.

À idosa terá sido oferecida uma casa social, que recusou por não poder criar o seu galo, preferindo sujeitar-se a viver em condições degradantes e num estado de elevada fragilidade física.

O Instituto de Acção Social (IAS) rea-giu de imediato, assegurando que está atento ao caso. De acordo com o organis-mo, a Divisão de Serviços para Idosos e o pessoal das “Equipas de serviços de cui-dados domiciliários e de apoio” do Centro de Cuidados Especiais Rejuvenescer, têm acompanhado de perto à idosa, “por for-ma a poder prestar-lhe serviço de aconse-lhamento e o apoio de que necessita na sua vida quotidiana”.

Em comunicado, o IAS afirmou que, na quarta-feira, assistentes sociais e pessoal do centro de cuidados voltaram a visitar a octogenária para “estabelecer uma relação de confiança” que permita o acompanha-mento e prestação do apoio e assistência de que necessita.

Segundo referiu, o IAS apoia cinco

OCTOGENÁRIA TERÁ REJEITADO CASA SOCIAL

Idosa a viver sem condições foi visitada pelo IASUma reportagem televisiva revelou o caso de uma octogenária a viver sem condições no meio de lixo e ratos, sem electricidade nem água potável. O IAS reagiu de imediato, assegurando que assistentes sociais foram ao encontro da idosa para tentar prestar apoio

Detida empregada por suspeitasde maltratar bebéUma cidadã vietnamita de 50 anos foi detida pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) por alegadamente ter maltratado um bebé de um ano. A denúncia foi feita na esquadra do CPSP, na Taipa, na terça-feira, pelo pai da criança que detectou ferimentos na zona dos olhos e noutras partes do corpo do fi-lho. Segundo o CPSP, o pai do bebé disse ter começado a notar mudanças na reacção da criança quando a empregada domésti-ca se aproximava, uma vez que chorava de imediato. A suspeita negou as acusações garantindo que o ferimento ao lado de um olho foi acidental. Testes realiza-dos no hospital indicaram que os ferimentos eram muito ligeiros. O Instituto de Acção Social (IAS) identificou entre Janeiro e Abril 14 casos de violência doméstica envolvendo crianças, valor igual ao contabilizado no cômputo ge-ral de 2015. Segundo Lei Cheuk Fai, chefe substituto do Departa-mento de Serviços Familiares e Comunitários do IAS, no âmbito da violência doméstica em geral, foram detectados 58 casos nos primeiros quatro meses do ano, o que mostra um aumento da consciencialização para a impor-tância da busca por ajuda. Desde 2011 que o organismo identifica-va, em média, 76 casos por ano.

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Idosa terá recusado uma casa social, por não poder cuidar do seu galo

“equipas de serviços de cuidados domici-liários e de apoio” que prestam assistência a idosos necessitados, em termos de refeições, limpeza da casa, acompanhamento às con-sultas médicas e aos serviços de cuidados.

Para além disso, o organismo presta apoio ao serviço de teleassistência “Peng On Tung” e 26 instituições na organização de voluntários para reforço de contacto com idosos, através de telefonemas, visitas ou actividades.

Ontem, o IAS anunciou, entretanto, a atribuição da segunda prestação do sub-sídio especial para a manutenção de vida

a famílias vulneráveis. O apoio será dado a cerca de 4.166 famílias, a partir de hoje, prevendo-se um gasto de 16,5 milhões de patacas.

As famílias subsidiadas são monopa-rentais, com doentes crónicos ou com de-ficientes e podem apresentar o pedido, através de associações. Além disso, nove centros de serviços vão fazer visitas do-miciliárias às famílias beneficiadas, que apresentaram os pedidos através de asso-ciações, para conhecer a fundo as necessi-dades existentes. As visitas decorrerão en-tre Agosto e Dezembro.

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016 JTM | LOCAL 05

As consequências da crise económica no mercado do trabalho vão integrar

uma das principais questões a responder no âmbito do Inter-censos 2016, que decorrerá entre 7 e 21 de Agosto. De acordo com a Rádio Macau, no levantamento deste ano o Governo pretende sa-ber quantas pessoas mudaram de emprego devido às quebras nas receitas da principal indústria do território.

O inquérito surgiu cinco anos depois do último grande recensea-

mento populacional, feito numa al-tura em que a economia estava em alta. “Como dos Censos de 2011 até agora já passaram cinco anos, queremos compreender a situação do emprego. Como estamos numa fase de mudança na economia, também queremos aproveitar esta oportunidade para saber [informa-ções sobre a mudança de emprego e de posto de trabalho”, explicou Mark Mak, subdirector substituto dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

No entanto, as grandes novi-

dades prendem-se com o modo de recolha de informação já que, invés do inquérito porta-a-porta, terá primazia o questionário elec-trónico. Ainda assim, a informa-ção do agregado familiar será con-firmada por um entrevistador.

Mark Mak garante que o novo sistema é mais rápido, rigoroso e seguro. Ainda assim, garantir a qualidade do tratamento dos dados continua a ser um desa-fio, pelo que este ano houve uma aposta na formação e foram feitos mais exercícios de simulação.

Intercensos foca-se no empregoO Intercensos 2016 vai ter como uma das questões principais o impacto da recessão económica no mercado de trabalho. Como motivo para tal o subdirector substituto dos Serviços de Estatística e Censos explicou que a realidade actual é muito diferente da de há cinco anos, quando os últimos Censos tiveram lugar

A Direcção dos Serviços de Pro-tecção Ambiental (DSPA) ob-servou uma tendência de que-

bra no número de casos de queixas por ruído, sobretudo no que diz respeito ao excesso de barulho provocado pela obras.

Numa resposta enviada ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, a DSPA refe-riu que, desde a entrada em vigor da Lei de Prevenção e Controlo do Ruído Ambiental, a 22 de Fevereiro de 2015, o número de queixas relacionadas com as obras públicas, equipamentos de clima-tização e ventilação do ar e obras nos edifícios de habitação desceram, apesar de não especificar dados.

Desde 2015 até final de Junho, o Governo recebeu 11.772 queixas das quais 90% foram concluídas. Para além disso, 173 casos originaram a abertura de processos para ouvir os queixosos e 70 resultaram no paga-mento de multas.

Por isso, o organismo considera que a legislação para o ruído tem contribuí-do para “elevar a consciência” da po-pulação sobre esta questão e, por isso, tem surtido “efeitos positivos”.

Só em 2015, registaram-se 7.663 queixas, das quais 57,1% dizem respei-to ao ruído produzido durante as acti-vidades quotidianas e do comércio. Já a indústria representou 15,7% do total de queixas no ano passado.

Por outro lado, 10,6% das queixas indicaram barulho excessivo durante obras de modificação, conservação e reparação de edifícios para habitação, enquanto 9,7% remeteram para obras de construção civil, e 4% envolviam equipamentos de climatização e venti-lação do ar.

Deste modo, frisou a DSPA, a pre-sente legislação tem por objectivo asse-gurar a “protecção da saúde pública” e a “tranquilidade da população”.

Desde que a Lei do Ruído entregou em vigor, em 2015, o Governo recebeu mais de 11 mil queixas por barulho acima do permitido, mas só 173 levaram à abertura de processos e apenas 70 originaram multas. Ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental garantiu que a legislação está a produzir “efeitos positivos”

Viviana Chan

DSPA REGISTOU MAIS DE 11 MIL QUEIXAS APÓS A ENTRADA EM VIGOR DO DIPLOMA

Lei do Ruído tem surtido “efeitos positivos”

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Lei dos Animais obriga IACM a contratar 21 funcionáriosO Instituto para os Assuntos Cívicos e Munici-pais (IACM) revelou que contratou mais 21 fun-cionários apenas para se dedicarem à aplicação da Lei de Protecção dos Animais, numa altura em que falta quase um mês para o diploma en-trar em vigor no território. Na primeira sessão de esclarecimentos ao público, o chefe da Divi-são de Inspecção e Controlo Veterinário, Choi U Fai, afirmou que o organismo vai começar a ava-liar os cães com mais de 23 quilos para decidir se podem ser isentos ou não do uso de açaime. Esta avaliação começará a ser feita em meados deste mês. O mesmo responsável adiantou que o con-teúdo da avaliação será divulgado a 10 de Agos-to na segunda sessão de esclarecimentos. Caso os animais não sejam aprovados na avaliação, terão de usar açaime, sendo essa decisão alvo de reavaliação apenas num período superior a quatro meses. Segundo Ng Sau Hong, vogal do Conselho de Administração do IACM, estima-se que existam actualmente cerca de mil cães com mais de 23 quilos.

4.000 queixasno primeiro semestre

Quanto aos dados dos primeiros seis meses deste ano, a DSPA e o Cor-po de Polícia de Segurança Pública (CPSP) receberam 4.109 queixas, 62,2% das quais contra ruído em actividades quotidianas e comércio, 14,6% ligadas à indústria, para além de obras de cons-trução civil (8,8%) e de modificação dos edifícios de habitação (7,5%).

Embora as obras da construção civil só representem 9,7% (743 queixas) do total de casos em 2015 e 8,8% este ano, a Associação de Construtores Civis e Empresas de Fomento Predial de Ma-cau lamenta que o sector esteja a passar por diversas dificuldades por causa do regulamento.

A associação tem lançado críticas ao diploma, acusando-o de “perturbar” diariamente as obras. Por outro lado, segundo o vice-presidente, Wong Kuok Kei, os trabalhos de construção têm de

ser feitos durante o dia, afectando gra-vemente o trânsito.

No entanto, acrescentou que exis-tem muitos tipos de trabalhos que po-deriam ser autorizados por períodos de 24 horas, de modo a assegurar a “eficá-cia” e “rapidez”. Assim, defendeu que uma revisão à lei do ruído poderia aju-dar a atingir o objectivo de liberalizar as obras durante a noite.

No relatório anual da associação que representa o sector dos construto-res, a lei do ruído foi bastante criticada. Wong Kuok Kei acusou a DSPA de ser “demasiado exigente” com os constru-tores que estão proibidos de trabalhar com máquinas aos domingos e feria-dos. Além disso, a associação lamen-tou que nalguns dos casos tenham sido aplicados multas “sem sentido”, dando como exemplo queixas relacionadas com equipamentos de ar condicionado, elevadores ou camiões nos estaleiros de obras.

De acordo com a lei, não é permi-tida a execução de quaisquer obras de cravação de estacas aos domingos e feriados, bem como no período com-preendido entre as 20:00 e as 08:00 do dia seguinte. A legislação proíbe a construção de equipamento mecâ-nico, móvel ou fixo a menos de 200 metros de edifícios habitacionais ou de hospitais, aos domingos e feriados, bem como no mesmo período acima referido.

As multas variam entre 100 mil a 200 mil patacas, com acréscimo de 25% nos casos de reincidência.

Na mesma resposta, a DSPA garan-tiu que tem realizado várias secções de esclarecimento com os construtores. Por outro lado, e a pedido daquele ramo de actividade, o organismo tem estudado formas de “aprofundar o conteúdo de instruções para o sector de construção, bem como apoiá-lo para que conheça melhor o diploma”.

Obras da construção civil representaram 9,7% das queixas em 2015 e 8,8% no primeiro semestre deste ano

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 201606 JTM | LOCAL

As críticas dirigidas aos Servi-ços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) após a passagem do tufão

“Nida” levaram representantes do Gover-no a fazer um “mea culpa”. De acordo com os meios de comunicação chineses, o Se-cretário para os Transportes e Obras Públi-cas assumiu falhas na forma como aqueles serviços da sua tutela lidaram com a situa-ção. “Não fizemos o suficiente”, afirmou.

Tendo em conta que a previsão de içar o sinal 8 de tufão não se confirmou, nem foram dadas explicações atempadas à população, Raimundo do Rosário admitiu que “os SMG fizeram um trabalho insuficiente em termos de comunicação”.

Embora ressalvando que cabe ao direc-tor dos serviços decidir içar ou não o sinal 8, não necessitando da sua autorização, o go-vernante declarou que “espera poder fazer melhor na próxima vez”.

ADMITIDOS PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO

Governo pede desculpas por não içar sinal 8Tanto o Secretário para os Transportes e Obras Públicas como o director dos Serviços Meteorológicos pediram ontem desculpas pelo mal-entendido decorrente do facto de não ter sido içado o sinal 8 de tufão. Além disso, admitiram ser necessário melhorar a comunicação com os cidadãos

Presidente da ALcontra eleiçõesintercalaresO presidente da Assem-bleia Legislativa (AL) de-fendeu a actual proposta de alteração à Lei Elei-toral no que respeita à proibição de candidatura às eleições intercalares para os deputados que se demitirem do cargo. De acordo com o “Ou Mun Tin Toi”, Ho Iat Seng apontou Hong Kong como exemplo, afirman-do que um deputado demitiu-se para obrigar à realização de eleições intercalares, com o ob-jectivo de chamar mais a atenção para alguns temas políticos. Para Ho Iat Seng, a participação nas eleições intercalares, nestes moldes, pode le-var a muitos problemas na sociedade. O mesmo responsável garantiu que uma situação como a que se passou na RAEHK é “contraditória” e repre-senta um desperdício de recursos. À margem de uma visita ao Terminal Marítimo de Pac On, o presidente da AL frisou que, conforme prevê a mais recente proposta de revisão, a Lei Eleitoral de Macau impede a ocor-rência desses casos sem violar a Lei Básica.

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Em entrevista ao “Ou Mun Tin Toi”, o director Fong Soi Kun também pediu desculpas à população, reconhecendo que não tratou da situação da melhor ma-neira. Relativamente ao encontro com o Secretário, Fong Sio Kun disse concordar com as insuficiências apontadas no traba-lho e prometeu reforçar a divulgação de informações.

Para além disso, assegurou que os SMG vão tomar a iniciativa de rever os regula-mentos e critérios de classificação dos sinais.

Segundo o mesmo responsável, das 15 estações de mediação existentes, uma está parada sem energia, mas não afecta o con-trolo geral do vento. Uma das estações da Ponte da Amizade também não funciona normalmente.

Por outro lado, revelou que o sistema de notificação de tempestades está em fase final de testes devendo ficar “totalmente disponível em Setembro”. Fong Soi Kun afirmou ainda que o orçamento dos SMG para 2017 não será aumentado, mas é sufi-ciente para lidar com o trabalho existente.

Na manhã de ontem, a “New Gaming Employees Advance Association” apresen-tou uma carta ao Comissariado Contra a Corrupção a exortar o organismo a investi-gar a acção dos SMG, juntando-se assim à Associação dos Trabalhadores da Função Pública. Esta associação entregou uma peti-ção ao Chefe do Executivo solicitando uma investigação por considerar que “uma defi-ciente gestão interna” está a colocar “em ris-co” os cidadãos.

Liane Ferreira

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016 JTM | LOCAL 07

EMPRESÁRIOS QUEREM CORTE NAS TARIFAS DE GESTÃO

Patrões tentam “travar” Regime de Previdência

Dois dirigentes da As-sociação de Pequenas e Médias Empresas

(PME) de Macau contestaram a rápida apresentação da pro-posta do Regime de Previdên-cia Central Não-Obrigatório na Assembleia Legislativa, refe-rindo que ainda há pormeno-res que devem ser debatidos.

O secretário-geral da as-sociação, Leong Kin Shing, mostrou-se sobretudo preo-cupado com a aplicação do diploma, por entender que “poderá causar muitos con-flitos” caso não haja uma pro-funda discussão que anteceda a sua aprovação.

O mesmo responsável pro-põe que o fundo do regime de previdência seja utilizado no pagamento de indemnizações em casos de despedimento ou encerramento da empresa, es-perando que o Governo tenha em conta a posição das PME e crie medidas que alivie a pressão que sentem. Além disso, defendeu Leong, se o Executivo pretende que mais companhias adiram a este regime, pode oferecer benefí-cios fiscais.

Outro ponto que originou contestação prende-se com o valor da tarifa de gestão do fundo do Regime de Previ-dência Central Não-Obriga-

Os patrões das pequenas e médias empresas (PME’s) do território protestaram contra a rapidez com que está a ser criada a legislação do Regime de Previdência Central Não-Obrigatório, indicando que há alguns pontos que merecem ser analisados com mais cuidado. Além de defenderem que o Executivo deve incorporar mais benefícios para as PME, alertaram para a necessidade de ter atenção às tarifas de gestão que as companhias terão de pagar

Viviana Chan

• • • BREVESAberto concurso para ruas nos Novos Aterros A Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transpor-tes vai receber até 26 de Agosto propostas para a empreitada de construção dos arruamentos e da rede de drenagem da Zona E2 dos Novos Aterros Urbanos. A obra inclui ainda a construção de uma estação elevatória e a execução de colectores de água pluvial e de água residual, passeios e acessos viários, numa área envolvente de cerca de 30.000 m2 e num prazo máximo de exe-cução de 550 dias de trabalho. A abertura de propostas vai de-correr a 29 de Agosto.

“Embaixadores” levaram 700 aos bairros antigosA Associação dos Embaixadores do Património de Macau con-cluiu um programa de quatro meses dedicado aos bairros anti-gos do território. Segundo a associação, ao longo destes meses cerca de 700 residentes e turistas fizeram parte das visitas guia-das organizadas pelos monumentos e marcos históricos desses bairros, tendo aumentado o conhecimento histórico e cultural de Macau e o poder de atracção desses locais. A associação conside-ra que os resultados atingidos foram os ideais.

Despiste feriu condutor junto ao Aeroporto Um veículo particular despistou-se e embateu na barreira late-ral da estrada na madrugada de quarta-feira perto do Aeroporto Internacional de Macau, tendo o condutor sofrido ferimentos ligeiros. No entanto, recusou ir ao hospital. A polícia suspeita da condução alcoolizada, mas o caso ainda está ser investigado.

FERNANDO MARQUES INVESTE NO COMÉRCIO ELECTRÓNICO

Presunto portuguêsna Casa de Vidro

Chouriço, presunto, café e vinho por-tuguês estão em grande destaque no Centro de Exposição dos Produtos

Alimentares dos Países de Língua Portugue-sa, no Tap Seac, até amanhã. Os produtos serão expostos pela CME, agência de distri-buição de alimentos dos países de língua por-tuguesa, cujo director executivo é Fernando Marques.

Segundo o Instituto de Promoção do Co-mércio e do Investimento de Macau (IPIM), o responsável destacou que a acção do IPIM representa “um grande impulso” para a ex-pansão do mercado. Recentemente várias empresas de comércio electrónico transfron-teiriço têm visitado o Centro e Fernando Mar-ques chegou a estabelecer contactos com uma

empresa de comércio electrónico de Cantão. “Ambos têm vontade de cooperar e prepa-ram-se para distribuir gim no mercado da China Continental” por via electrónica.

Apesar da CME ter sido fundada apenas há seis anos, Fernando Marques reside em Macau há 20 e administra um restaurante português, pelo que conhece bem as caracte-rísticas dos produtos alimentares lusófonos e os seus canais de importação. Os produtos fornecidos pela sua empresa incluem carne congelada, peixe, manteiga, café e diversos vinhos portugueses.

Entre os dias 11 e 20 deste mês, o Centro de Exposição dos Produtos Alimentares dos Paí-ses de Língua Portuguesa vai exibir produtos da Loja das Conservas.

Estão expostos até amanhã no Centro de Exposição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa produtos alimentares da CME, agência de distribuição deste género de bens. O director executivo da empresa, Fernando Marques, está empenhado no investimento no sector do comércio electrónico

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UIVOtório. Com a actual proposta

a indicar que deve ser pago 1,2% do fundo, Leong Kin Shing apontou como exemplo o caso de Hong Kong em que a taxa começou por se fixar em 2,1% em 2007, passando depois para 1,57% em 2016 e irá baixar para 0,95% no pró-ximo ano.

Com uma reserva financei-ra de mais de 300.000 milhões de patacas, se fosse o Gover-no a ocupar-se dessa despe-sa, ela representaria apenas 1,8 milhões de patacas. “Isso não é muito”. Por isso, “que-ríamos que o Governo fizesse os trabalhos administrati-vos como registar as contri-buições e a sua distribuição, como forma de reduzir os custos de gestão”, afirmou.

De acordo com o jornal “Ou Mun”, o presidente do Conselho Fiscal da mesma associação referiu que o re-torno do fundo do regime de previdência está directamen-te relacionado com a taxa de gestão, apontando também o exemplo de Hong Kong. “O fundo de previdência da RAEHK recebeu mais de 475,2 mil milhões de dólares de Hong Kong entre Dezem-bro de 2000 e Dezembro de 2015”, o que representou lu-cros de 114,3 mil milhões de dólares de lucro. A tarifa de gestão atingiu 57 mil milhões, o que levou a que a taxa de

retorno se fixasse apenas em 3,1% o que, para Leong Kam Chun não é satisfatório.

Nesse sentido, para atrair as empresas para integrar este sistema, o responsável aconse-

lhou a definição de uma taxa mínima de retorno assegura-da pelo Governo. Ao mesmo tempo, indicou, o Executivo pode fornecer outro género de hipóteses de investimento

como depósitos a prazo ou fundos de baixo risco.

Ambos os dirigentes asso-ciativos mencionaram tam-bém a hipótese de usar o mon-tante acumulado no fundo do regime de previdência para a aquisição de casas económi-cas, um modelo utilizado em Singapura.

Actualmente a proposta indica que um trabalhador pode ter acesso a 30% das contribuições pagas pelo em-pregador ao fim de três anos de serviço, e a cada ano pode levantar mais 10%. Apenas ao fim de 10 anos, o trabalhador tem direito à totalidade das contribuições do empregador. O objectivo é fomentar rela-ções de trabalho mais longas.

Os deputados da 1ª Comis-são Permanente da Assem-bleia Legislativa já começa-ram a debater o capítulo das contribuições e a presidente do grupo, Kwan Tsui Hang, revelou que a contribuição no fundo terá em conta o nível do salário mínimo. Isto signi-fica que quando o salário de um trabalhador for inferior ao rendimento mínimo após a contribuição, fica isento do pagamento da mesma.

O diploma fixa também um tecto máximo para con-tribuição nos casos em que o salário do trabalhador é cinco vezes superior ao rendimento mínimo.

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 201608 JTM | LOCAL

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PEÇA INSPIRADA NA OBRA DE ERIC HILL

“Spot” numa aventura teatralO cão “Spot”, personagem principal dos contos infantis de Eric Hill, vai chegar ao Centro Cultural de Macau, levando crianças e pais numa aventura por uma quinta. A peça é levada a palco pela companhia holandesa “Theatre Terra”

O Pequeno Audi-tório do Centro Cultural de Ma-

cau recebe no fim-de--semana, entre as 15:00 e as 19:30, pais e crianças que serão convidados a participar numa “nova aventura teatral”. O pro-tagonista é “Spot”, o mais conhecido cão da litera-tura infantil, que a par da sua amiga Helen levam os mais pequenos a visitar uma quinta.

Quando as duas per-sonagens lá chegam, apercebem-se que todos os animais da quinta de-sapareceram e “os dois amigos vão precisar da ajuda do público para os trazer de volta. Quem vai reconhecer os sons que fa-zem os animais e ajudar a encontrá-los?”.

A personagem prin-cipal desta peça é basea-da na colecção de livros infantis “Spot, the Dog”,

do britânico Eric Gor-don Hill, que começou por escrever as histórias em 1976, para o seu filho quando este era pequeno. Os livros já foram publica-dos em mais de 30 países, traduzidos em 60 línguas, e as peripécias de “Spot” foram adaptadas a uma série televisiva transmiti-da em todo o mundo.

A peça, que decorrerá em inglês com legendas em chinês, vai ser levada a pal-co pela companhia holan-desa “Theatre Terra” que todos os anos cria novas actuações que abrangem desde musicais para a fa-mília, a produções teatrais e marionetas. Fundado em 1977, o grupo transfor-mou-se numa companhia de renome no âmbito das actuações para crianças e famílias, sendo conhecida por criar espectáculos que apelam tanto “a miúdos como a graúdos”.

Inês Almeida

EXPOSIÇÃO EM SÃO LÁZARO

A “natureza” entre a vida “agitada”A Arcos – Associação de Artes de Macau vai inaugurar amanhã uma exposição que tem a natureza como tema central. O objectivo é “criar espaço para a arte e a natureza na nossa vida agitada”

É inaugurada oficialmen-te amanhã, pelas 16:00, num espaço na zona de

São Lázaro, a exposição “Natu-reza & Arte dos Arcos”, orga-nizada pela Arcos – Associação de Artes de Macau. O objectivo da mostra, explica um comuni-cado enviado ao JORNAL TRI-BUNA DE MACAU, é “criar espaço para a arte e a natureza na nossa vida agitada”.

Por não haver quaisquer restrições nos formatos ou ma-teriais utilizados para a criação das obras, os artistas têm um “elevado grau de liberdade criativa”, pelo que podem usar as suas capacidades profis-sionais, criatividade e sentido estético para “criar trabalhos fantásticos”. A maioria dos tra-balhos estão relacionados com a paisagem ou com retratos. Os formatos mais populares são a pintura, o artesanato e as insta-lações artísticas.

A associação garante ainda que a maioria dos membros tem “vasto conhecimento artístico” já que são professores nesse âm-

bito ou desempenham outras funções relacionadas com a arte.

“Esperamos que esta ex-posição chame a atenção da população para a arte e a na-tureza, ao mesmo tempo que se aumenta o interesse e apre-ciação do público face à arte”, refere a Arcos.

Esta mostra “é uma opor-tunidade para os nossos mem-bros expressarem as suas

impressões da natureza em formato de obra de arte e reavi-var a sua paixão” pelo trabalho que desenvolvem, indica a as-sociação, que espera ainda que “o público consiga encontrar a beleza, serenidade e paz” das paisagens naturais.

Outro objectivo central pas-sa por criar uma plataforma para os artistas locais promo-verem os seus trabalhos.

Trabalho de Ariel Tang

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016 JTM | ESPECIAL 09

Inês Almeida

Com a inauguração ofi-cial dos Jogos Olímpi-cos no Rio de Janeiro

marcada para sexta-feira (sá-bado, na RAEM), brasileiros residentes em Macau mostram--se optimistas sobre o evento, embora não esqueçam o clima de instabilidade política que o país atravessa.

“No início não estava mui-to a favor de o Brasil receber os Jogos Olímpicos até porque acho que o país não estava mui-to preparado, devido à crise política. Agora tenho acompa-nhado os jornais que mostram tudo o que está a acontecer na zona das competições e no Rio de Janeiro todo e as pessoas parecem estar a gostar e estar a fazer tudo para agradar àque-les que vêm de fora”, destacou a presidente da Casa do Brasil em Macau, em declarações ao JORNAL TRIBUNAL DE MA-CAU. “Apesar da crise, vamos fazer o possível para que tudo corra bem”.

“Sabe-se que há problemas relacionados com violência e assaltos, mas estão a ser toma-das precauções e tenho expec-tativas de que tudo vá correr pelo melhor”, acrescentou Jane Martins, ressalvando que se o Rio de Janeiro tivesse sido es-colhido actualmente como an-fitrião da competição, tal não seria muito bem visto. “Como foi há muitos anos, na altura, todas as pessoas ficaram muito felizes. Só depois começaram a pensar que era um investimen-to muito alto que podia ter ido para áreas como a educação, a saúde ou infra-estruturas”.

A imagem do país é outra das preocupações. “A imagem do Brasil lá fora não é muito boa, mas espero que com es-tes Jogos Olímpicos corra tudo bem e que seja possível contro-lar a confusão, a violência, os assaltos. Não podemos garan-tir segurança a 100% porque a cidade é enorme e está lá muita gente, mas o trânsito foi des-viado de algumas zonas e mui-ta coisa foi feita para deixar os visitantes mais à vontade, sobretudo os participantes dos Jogos Olímpicos”.

Além disso, “a cidade é muito bonita. É difícil não ficar com ela na memória, e o povo carioca é muito simpático”. “Acho que a população está a fazer de tudo para agradar”.

Apesar do optimismo, Jane Martins reconheceu que no início dos preparativos houve

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EVENTO PODE AJUDAR A MELHORAR IMAGEM DO PAÍS

Optimismo reina entre brasileiros em Macau

Membros da comunidade brasileira de Macau mostram-se optimistas em relação aos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, apesar da instabilidade que se faz sentir no país. A presidente da Casa do Brasil, Jane Martins, admite que no início não era muito favorável à realização do evento e reconhece alguns problemas na fiscalização às instalações desportivas, no entanto, destaca que vão decorrer muitos eventos culturais que podem contribuir para uma boa imagem, numa altura em que os olhos do mundo vão estar postos no Brasil

alguns problemas, que culmi-naram com a chegada da equi-pa australiana que apontou o dedo a muitos defeitos. Para a presidente da Casa do Brasil, a justificação é simples. “Isso tem a ver com a pressa de en-tregar as instalações e não ha-ver uma investigação muito profunda, daí o problema que houve com algumas delega-ções. Mas essas questões já fo-ram resolvidas, até porque co-meçou a haver sempre pessoas a trabalhar para garantir que estava tudo a funcionar bem”.

Assim, defendeu, “houve falhas na fiscalização final mas, depois de algum trabalho, con-seguiram que toda a gente ficas-se bem acomodada e não tenho ouvido muitas reclamações”.

Os eventos organizados a par dos Jogos Olímpicos são vistos como uma grande mais--valia. “A cidade vai ter mui-tos eventos, música, exposi-ções, muitas coisas bonitas vão acontecer. É essa imagem que o povo do Rio de Janeiro quer passar aos turistas e ao mundo inteiro, que está de olhos pos-tos no Brasil”.

“Um país alegre”Josecler Filho demonstra

preocupações semelhantes, mas mantém o optimismo de Jane Martins. “Tenho muita esperança de que tudo vai cor-rer bem porque o Brasil é um país alegre, que acolhe, que gosta de futebol e desporto em geral”. “Há quem diga que esta não é a altura certa para organizar um evento destes, mas como brasileiro espero que corra tudo bem e seja um momento importante para o Brasil”, frisou o treinador de futebol, ressalvando, porém, que “nunca se sabe o que pode acontecer”.

“Muitos países acreditam que o Brasil não tem condi-ções e, justamente pelo mo-mento que está a atravessar, este evento vai ter um impacto muito positivo e ser muito im-portante para o Brasil”, des-tacou em declarações ao JOR-NAL TRIBUNA DE MACAU. “Espero que a população deixe de lado os problemas internos e que eles não afectem as Olim-píadas”, acrescentou o técnico.

Apesar de começar por re-ferir que “o Brasil não estava muito preparado para receber um evento desta magnitude”, Alessandra Araújo acredi-ta que evento vai ser “muito bom” sobretudo “pela cultura e pelo carinho dos brasileiros”.

“O país já vinha com uma

imagem não muito boa do Mundial de Futebol de 2014 porque o Governo gastou mui-to dinheiro para construir os estádios e praticamente esgo-tou o orçamento para depois ficar tudo abandonado. Dois anos depois está a organizar outro evento tendo que orga-nizar estruturas e pessoas. O Brasil não tem ‘know-how’ para um evento desta ampli-tude”, indicou. No entanto, ressalvou a futebolista, “no fi-nal tudo acaba bem porque no Brasil tudo termina em festa”.

Estado de calamidadeO Brasil está mergulhado

numa crise financeira e o Rio de Janeiro em estado oficial de calamidade, com a “Operação Lava Jato” a “fazer sombra” às obras dos Jogos Olímpicos. Re-centemente surgiram ainda os primeiros terroristas islâmicos oriundos do Brasil e mantêm--se as preocupações com os mosquitos do Zika, Dengue, e Chikungunya.

Além disso, ao longo des-te ano houve mais de 500.000 casos de funcionários públi-cos com salários em atraso e 137.000 reformados não rece-beram metade ou um terço das suas pensões. Trinta categorias profissionais estiveram em greve.

Na saúde, a situação é igualmente problemática com o Hospital Getúlio Vargas a fe-char as emergências e, no Hos-pital Souza Viana, um doente foi morto e um enfermeiro e um agente da polícia ficaram feridos durante o resgate de um dos principais líderes do tráfico brasileiro, Nicolas Je-sus, pelo seu gangue, armado com metralhadoras e espingar-das.

A poluição foi outro dos problemas com que os atletas convidados a participar nos Jogos Olímpicos se depararam. A baía de Guanabara foi con-siderada inavegável por vários atletas, incluindo Nick Demp-sey, windsurfista britânico, que disse nunca antes ter visto “água tão susta quanto esta”.

Por sua vez, a Ciclovia Tim Maia, inaugurada em Janeiro como uma infra-estrutura pa-ralela ao evento, desabou par-cialmente em Abril, causando duas mortes.

Para dar resposta às preo-cupações relacionadas com a elevada taxa de criminalidade local e as ameaças envolvendo terrorismo, foram colocados no terreno 85.000 membros das forças policiais.

• • • JOGOS OLÍMPICOS DE 2016

Alessandra Araújo“O país já vinha com uma imagem não muito boa do Mundial de Futebol de 2014 porque o Governo gastou muito dinheiro para construir os estádios

e praticamente esgotou o orçamento para depois ficar tudo abandonado. Dois anos depois está a organizar outro evento tendo que organizar

estruturas e pessoas. O Brasil não tem ‘know-how’ para um evento desta amplitude”

Josecler Filho“Há quem diga que esta não é a altura certa para organizar um evento destes, mas como brasileiro espero que corra tudo bem e seja um momento

importante para o Brasil”

Jane Martins“A cidade vai ter muitos eventos, música,

exposições, muitas coisas bonitas vão acontecer. É essa imagem que o povo do Rio de Janeiro quer

passar aos turistas e ao mundo inteiro, que está de olhos postos no Brasil”

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10 JTM | ESPECIAL Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016

Dez figuras que prometemfazer história no Rio de JaneiroPalco de campeões, os Jogos constroem lendas para a eternidade a cada quatro anos. No Rio 2016, Usain Bolt e Michael Phelps surgem como cabeças-de-cartaz de uma lista recheada de estrelas

USAIN BOLT, Jamaica(Atletismo - 100, 200 e 4X100m)

29 anos, 6 ouros olímpicos

Se o atletismo é visto como a modalidade rainha da maior competição desportiva do planeta, en-tão não há dúvidas de que Usain Bolt tem sido o rei dos Jogos Olímpicos. No mínimo, tem repar-tido essa distinção com Michael Phelps. Depois de surgir como um relâmpago em Pequim 2008 e se confirmar como o homem mais rápido de sempre em Londres 2012, o jamaicano já disse que tem no Rio de Janeiro os seus últimos Jogos, em que tentará um inédito “tri-triplete”. Ou seja, conquistar o ouro nos 100, 200 e 4x100 metros pela terceira vez consecutiva. E sair de cena, as-sim, como uma lenda irrepetível. O jamaicano, que faz 30 anos no dia de encerramento destes Jogos (21 de agosto), tem parecido mais lento nos últimos anos. E o “vilão” norte-americano Justin Gatlin continua a dar tudo para o alcan-çar. A final dos 100 metros, no dia 15 de Agosto, é naturalmente a prova mais aguardada.

• • • JOGOS OLÍMPICOS DE 2016

MICHAEL PHELPS, EUA(Natação - 100 e 200 mariposa,

200 estilos e estafetas) 31 anos, 18 ouros, 2 pratas e 2 bronze em JO

Em Pequim 2008 bateu o recorde de medalhas de ouro numa só edição dos Jogos Olímpicos (oito). Em Londres 2012 bateu o recorde ab-soluto de medalhas na história dos Jogos (22, 18 delas de ouro). E, depois disso, reformou--se. Compreensivelmente, pensou o resto do mundo. Afinal, o que mais haveria de motivar Phelps, o maior atleta olímpico de todos os tempos, a continuar a competir? O problema é que uma reforma aos 27 anos pode deixar um vazio enorme pela frente. Michael Phelps passou por isso. Assustou-se, desorientou--se, embebedou-se, andou deprimido, quase se afundou. Face a isso, a natação voltou a ser tábua de salvação. Uma família também – o norte-americano casou-se, tornou-se pai... E Phelps decidiu voltar às piscinas de novo para tentar engrandecer ainda mais a sua len-

da. Para provar que continua a ser o melhor, mesmo já trintão. “Não quero viver o resto da minha vida com arrependimentos”, diz a Bala de Baltimore, que vai tentar continuar a fazer jus à alcunha nestes seus quintos (e últimos?) Jogos.

MO FARAH, Grã-Bretanha(Atletismo -5.000 e 10.000m)

33 anos, duplo campeão olímpico em 2012

Britânico de origem somali com a base de treino instalada nos EUA – num centro da Nike em Portland –, Mo Farah tem sido o dono incontestado do fundo mundial nos úl-timos anos, arredando do lugar mais alto dos pódios de 5000 e 10 000 metros os etíopes e os quenianos. O britânico não perde nestas duas distâncias em grandes campeonatos in-ternacionais desde os 10 000 dos Mundiais de Daegu, em 2011, quando foi segundo atrás

do etíope Ibrahim Jeilan. Desde então foi du-plo campeão olímpico em Londres, há quatro anos, duplo campeão mundial em Moscovo 2013 e em Pequim 2015, e duplo campeão europeu em Zurique 2014. No Rio de Janei-ro, tentará reeditar o duplo ouro de Londres, o que ninguém consegue, nestas distâncias, desde o polémico finlandês Lasse Viren (1972 e 1976).

CHRIS FROOME, Grã-Bretanha (Ciclismo)31 anos, bronze no contrarrelógio em 2012

Acabado de vencer pela terceira vez a Volta a França, o britânico tenta repetir no Rio de Janeiro o feito do seu compatriota Bradley Wiggins há quatro anos, quando este juntou à vitória no Tour uma medalha de ouro olímpi-ca, no contrarrelógio. Froome, que apesar de uma maior superioridade nas estradas france-sas não tem ainda a popularidade de Wiggins, conta apenas com um bronze no crono de Londres 2012 como currículo olímpico, mas surge no Rio como grande favorito tanto para a prova de fundo (mais imprevisível) como para a luta contra o cronómetro. E vai voltar a ter a companhia de Bradley Wiggins, já que o ex-colega de equipa na Sky voltou ao ciclis-mo de pista, a sua disciplina de origem, para tentar a sua oitava medalha olímpica, que o colocaria como o britânico mais laureado de sempre nos Jogos.

Rui Frias*

Michael Phelps

Usain Bolt

Mo Farah

Chris Froome

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016 JTM | ESPECIAL 11

• • • JOGOS OLÍMPICOS DE 2016

do etíope Ibrahim Jeilan. Desde então foi du-plo campeão olímpico em Londres, há quatro anos, duplo campeão mundial em Moscovo 2013 e em Pequim 2015, e duplo campeão europeu em Zurique 2014. No Rio de Janei-ro, tentará reeditar o duplo ouro de Londres, o que ninguém consegue, nestas distâncias, desde o polémico finlandês Lasse Viren (1972 e 1976).

CHRIS FROOME, Grã-Bretanha (Ciclismo)31 anos, bronze no contrarrelógio em 2012

Acabado de vencer pela terceira vez a Volta a França, o britânico tenta repetir no Rio de Janeiro o feito do seu compatriota Bradley Wiggins há quatro anos, quando este juntou à vitória no Tour uma medalha de ouro olímpi-ca, no contrarrelógio. Froome, que apesar de uma maior superioridade nas estradas france-sas não tem ainda a popularidade de Wiggins, conta apenas com um bronze no crono de Londres 2012 como currículo olímpico, mas surge no Rio como grande favorito tanto para a prova de fundo (mais imprevisível) como para a luta contra o cronómetro. E vai voltar a ter a companhia de Bradley Wiggins, já que o ex-colega de equipa na Sky voltou ao ciclis-mo de pista, a sua disciplina de origem, para tentar a sua oitava medalha olímpica, que o colocaria como o britânico mais laureado de sempre nos Jogos.

SERENA WILLIAMS, EUA (Ténis)34 anos, 4 ouros olímpicos(3 em pares e um em singulares)

A vitória deste ano em Wimbledon deixou-a lado a lado com a alemã Steffi Graf como as te-nistas da Era Open com mais títulos do Grand Slam (22). Uma proeza mais para o currículo da mais nova das manas Williams, para quem a história do ténis tem já de reservar uma das suas páginas mais brilhantes. No Rio de Janei-ro, Serena tentará repetir o duplo título olím-pico de 2012, quando ganhou em singulares e também em pares, ao lado da irmã Venus, com quem já ganhara o ouro em 2000 e 2004. Será, muito provavelmente, a última aparição olímpica de ambas. E, para Serena, também a oportunidade para juntar mais um feito ao seu imenso palmarés: a primeira a conseguir defender o ouro olímpico em singulares. Nos homens, o dominador Novak Djokovic tentará o único grande título que lhe falta.

KATIE LEDECKY, EUA(Natação - 200, 400 e 800 livres, mais estafetas) 19 anos, 1 ouro olímpico, aos 15 anos

A menina que se anunciou ao mundo em ple-no palco olímpico, há quatro anos, com uma medalha de ouro conquistada quando o BI mostrava ainda e apenas 15 anos tem confir-mado desde essa altura todo o potencial que antecipara, tendo-se tornado já o principal nome feminino das piscinas actuais. Katie Le-decky, ainda adolescente, soma já nove títulos mundiais (sete deles individuais, um recorde feminino) em várias distâncias do estilo livre na natação, dos 200 aos 1500, acumulando também recordes do mundo nas três distân-cias mais longas: 400, 800 e 1500. Agora, chega ao Rio com a promessa de um apetite voraz pelas medalhas que a possam lançar para o es-tatuto de melhor nadadora da história.

TEDDY RINER, França (Judo +100kg) 27 anos, campeão olímpico em Londres 2012, prata em Pequim 2008

São mais de 130 quilos distribuídos por 2,04 me-tros que fazem de Teddy Riner um colosso as-sustador. Se não acreditam, perguntem aos seus adversários, que tombam um após outro perante o judoca francês há já mais de 110 combates. A úl-tima vez em que saiu derrotado de um tatami (o nome dado aos tapetes onde decorrem as provas de judo) foi já há seis anos, no Mundial de Tóquio em 2010, perante o japonês Daiki Kamikawa, num combate no qual se queixou de ter sido “rou-bado” pelos juízes, recusando-se a cumprimentar o adversário. Considerado como “provavelmente o melhor judoca de todos os tempos”, Teddy Ri-ner é o único a coleccionar oito títulos mundiais. Em 2012, depois de ganhar o seu primeiro título olímpico, foi eleito o melhor desportista francês do ano. Agora, no Rio, qualquer coisa que não seja ver Big Ted de medalha de ouro ao peito será uma das grandes surpresas destes Jogos.

SIMONE BILES, EUA (Ginástica artística) 19 anos, estreia em Jogos Olímpicos

Há quatro anos, a jovem Simone viu na televisão a sua compatriota Gabby Douglas sagrar-se cam-peã olímpica e liderar a equipa feminina norte--americana de ginástica artística até ao título co-lectivo. Uma inspiração para a ginasta que então, apenas com 15 anos, adaptava a sua vida para poder ir atrás do sonho de se tornar a próxima grande campeã da ginástica nos EUA, saindo do sistema escolar público para o ensino em casa, de forma a poder treinar mais horas. Os resultados não podiam ser mais convincentes. Nos três anos seguintes, a partir de 2013, Simone Biles conquis-tou a história e rompeu barreiras: em três partici-pações em campeonatos do mundo, tornou-se a ginasta com mais títulos de sempre (10), a única a conseguir ser campeã individual all-around em três anos consecutivos, a única ginasta afro-ame-ricana campeã do mundo e já a mais medalhada norte-americana de sempre. Agora, falta a con-sagração no palco dos palcos: os Jogos Olímpi-

cos. “Um ouro no Rio significaria o mundo para mim”, diz a nova rainha da ginástica mundial.

SAORI YOSHIDA, Japão (Luta livre)33 anos, 3 ouros olímpicos

Pode ser um nome sem o mediatismo da maioria das outras estrelas destas páginas, num despor-to também sem o glamour da maioria dos res-tantes. Mas Saori Yoshida é uma das mais fortes campeãs presentes nestes Jogos do Rio, onde pode conquistar o ouro na sua categoria de peso da luta livre pela quarta edição consecutiva. Des-de que a luta feminina passou a fazer parte do programa olímpico, ninguém mais conseguiu subir ao lugar mais alto do pódio entre as atletas de -55 kg. Além disso, a japonesa soma 13 títulos mundiais consecutivos, numa série que se esten-de desde 2002. Mega favorita no Rio 2016, onde, tecnicamente, só uma alteração nas categorias de peso da luta livre feminina (o escalão de -55 kg desapareceu e Yoshida compete agora em -53 kg) a impedirá de se juntar a Carl Lewis (salto em comprimento) e Al Oerter (lançamento do disco) como únicos atletas a ganhar quatro títulos olím-picos numa mesma prova.

KEVIN DURANT, EUA (Basquetebol)27 anos, campeão olímpico em Londres 2012

Sem LeBron James nem Stephen Curry, as duas principais estrelas da NBA actual, o famoso dream team norte-americano de basquetebol apa-rece no Rio de Janeiro algo desfalcado, mas ain-da assim recheado com o talento que faz a me-lhor liga de basquetebol do mundo. Como figura de cartaz, o extremo Kevin Durant, que acaba de protagonizar a transferência-choque do defeso da NBA, ao deixar os Oakland Thunder City, dos quais era o jogador-estrela, para se juntar a Ste-phen Curry nos Golden State Warriors, que para o ano prometem luta dura para resgatar o título perdido para LeBron James e os Cleveland Ca-valiers. Kevin Durant, melhor marcador da NBA por quatro vezes, já fez parte da equipa campeã olímpica em Londres 2012, então ao lado de Le-bron e Kobe Bryant. Agora, será ele a liderar o esperado showtime americano, com Kyrie Irving, Carmelo Anthony e Draymond Green como principais parceiros. * JTM/DN

Serena Williams

Chris Froome

Katie Ledecky

Simone Biles

Teddy Riner

Saori Yoshida

Kevin Durant

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 201612 JTM | PUBLICIDADE

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 65/2016

(Solicitação de Comparência do Empregador)

A Chefe de Departamento Substa.,

Lei Sio Peng

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 66/2016

(Pagamento da multa aplicada e da quantia em divida ao trabalhador não residente)

A Chefe de Departamento,Ng Wai Han

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 67/2016

(Solicitação de Comparência do Trabalhador)

A Chefe de Departamento,Ng Wai Han

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 68/2016

(Solicitação de Comparência do Trabalhador)

A Chefe de Departamento,Ng Wai Han

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JTM | DESPORTO 13Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016

Não têm sido muitos os jogado-res que apostam na aventura de Macau e que conseguem bons

contratos em equipas do continente asiá-tico, mas alguns atingem esse objectivo.

É o caso mais recente do médio ata-cante brasileiro do Sporting, Júnior Soa-res, que ao fim de uma época no futebol de onze dos “leões”, acaba de assinar contrato com o Sapling, da I Divisão de Hong Kong, também conhecido por Biu Chun Glory Sky, encontrando-se já a trei-nar na pré-época, tendo em vista o cam-peonato do território vizinho, que arran-ca em Setembro. A notícia foi avançada pelo Canal Macau da TDM, que ouviu as declarações do jogador e igualmente a reacção do treinador João Pegado.

Júnior Soares, de 25 anos, que deu nas vistas no futebol da RAEM, foi ob-servado por alguns “olheiros” que se deslocaram à Liga de Elite e gostaram das actuações do brasileiro, em especial na derradeira partida do campeonato, em que o Sporting impôs um empate (3-3) ao já campeão Benfica, desafio em que Júnior apontou um golo.

O futebolista tinha terminado o seu vínculo ao Sporting em Junho, acaban-do por assinar um novo contrato para a “Bolinha”, dando-se depois o interesse concreto do Sapling.

Assim, ficou estabelecido com os di-rigentes do Sporting, que o jogador iria permanecer de “leão” ao peito no futebol em miniatura, mas poderia desde já inte-grar o plantel do clube de Hong Kong.

Tem sido um vaivém para o atleta, que só se desloca a Macau para participar nos jogos do D. Bosco, tendo ajudado a equipa de João Pegado a somar mais três pontos na passada quarta-feira, numa vi-

Vítor Rebelo

FUTEBOL DE MACAU

Júnior Soares assina por clube de Hong KongO médio Júnior Soares já treina com a camisola do Sapling, do primeiro escalão da RAEHK, mas continuará a representar o Sporting até acabar a “Bolinha”

tória por 4-2 sobre o Chiba.“Quero agradecer desde já ao Spor-

ting, pelo esforço que fez e por me dar esta oportunidade de entrar no futebol asiático. Surgiu este clube de Hong Kong e eu sinto-me muito feliz. Tudo acon-teceu num jogo que fiz aqui em Macau, no clássico com o Benfica, eles gostaram e chamaram-me para eu participar na pré-temporada. Graças a Deus está a dar tudo certo e já deixei de estar em observa-ção, pelo que vou ficar no plantel”, disse o médio brasileiro.

Júnior Soares, recorde-se, foi contra-tado pela direcção sportinguista alguns meses antes do início da Liga de Elite de 2016, juntamente com Pio Júnior, Vitor

Almeida e o guarda-redes Hugo Cardoso.“Dei um salto mais na minha carreira

ao ter vindo para Macau e só tenho a fa-lar bem do futebol daqui, que tem vindo a crescer, mas infelizmente não é profis-sional, ao contrário de Hong Kong, que é algo que eu procuro para a minha vida. Macau foi uma porta, com o Sporting a dar-me esta oportunidade”, refere Júnior Soares, para quem a “estrutura do clube e do futebol de Hong Kong faz a diferença em relação a Macau.”

O Hong Kong Sapling é um clube recente, fundado apenas em 2011 para dar formação a jovens jogadores do território vizinho, tendo em vista os Jo-gos da Ásia Oriental e que se dissolveu

no ano seguinte.Reapareceu, reformulado, em 2016, e

pela mão da própria Associação de Fu-tebol de Hong Kong, que colocou o Sa-pling na Premir League, em substituição do Mutual Football Clube, com ligações ao Sparta de Roterdão da Holanda, que acabou por desistir de subir ao escalão principal, depois de ter ganho a fase de promoção da II à I Divisão.

Treinador satisfeito

É então no Sapling, onde há outros jo-gadores estrangeiros para além de Júnior Soares (Juninho), como o espanhol Ra-fael, o brasileiro Everton Camargo, o sul--coreano Yoon Dong Hun ou o japonês Ito Kohei, que o médio sportinguista vai actuar na próxima temporada do “bolão” na RAEHK.

Para João Pegado, actual técnico de Júnior na “Bolinha”, é uma felicidade ver um jogador seguir o seu caminho. “É de facto uma felicidade extrema, uma vez que sabemos que, quando va-mos buscar um jogador, um dos objecti-vos é abrir as portas da Ásia, passando por Macau. Estou feliz por o ver a en-direitar a sua vida profissional, embora triste por perder um grande jogador”, sublinha o treinador que, como disse-mos atrás, ainda vai contar com o brasi-leiro no campeonato da “Bolinha”.

A segunda jornada da “Bolinha” prosseguiu na noite de ontem no sin-tético do D. Bosco, com o Monte Carlo a vencer o Chong Wa (1-0), já nos der-radeiros instantes, graças a um golo de Julyan Duarte.

Na partida anterior, o Night Walker ultrapassou a Polícia por 3-0, dois tentos do sul-africano Samuel Ramosoeu e um do reforço chinês Yiu Lun Chan.

Hoje realiza-se a partida entre Lai Chi e Lam Pak, agendada para as 19:30.

Júnior Soares vai continuara jogar pelo Sporting na Bolinha

FOTO

ARQ

UIVO

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes

EDITAL

Procedimento administrativo relativo à notificação de reparação de uma arcada em mau estado de conservaçãoEdital n.º : 25/E-AR/2016Processo n.º : 29/AR/2016/F Local : Rua do Visconde Paço de Arcos n.ºs 310-318,

arcada do EDF. Heng Fat, Macau

Shin Chung Low Kam Hong, Director Substituto da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, faz saber que ficam notificados todos os condóminos, inquilinos ou demais ocupantes do prédio acima indicado, do seguinte:

Em conformidade com o Auto de Vistoria da Comissão de Vistoria constante do processo em curso nesta Direcção de Serviços, uma parte da arcada do prédio acima indicado (viga da arcada) encontra-se em mau estado de conservação, pelo que, nos termos do n.º 2 do artigo 54.º do Decreto-Lei n.º 79/85/M (Regulamento Geral da Construção Urbana) de 21 de Agosto, foi instaurado um procedimento administrativo relativo à notificação da sua reparação.

No uso das competências delegadas pela alínea 12) do n.º 2 do Despacho n.º 11/SOTDIR/2016, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) n.º 21, II Série, de 25 de Maio de 2016 e por despacho de 28 de Julho de 2016 do Chefe do Departamento de Urbanização da DSSOPT, Lai Weng Leong, foi homologado o Auto de Vistoria acima indicado.

Notificam-se os interessados que no prazo de 10 (dez) dias a contar a partir da data da publicação do presente edital, devem dar cumprimento à ordem emanada no Auto de Vistoria, ou apresentar no mesmo prazo, conforme o disposto no artigo 94.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, as alegações escritas relativas à decisão do procedimento da respectiva reparação, podendo requerer diligências complementares acompanhadas de documentos.

Se findo o prazo acima referido os interessados não derem cumprimento à respectiva ordem nem apresentarem quaisquer alegações escritas, tal não afecta a decisão tomada por esta Direcção de Serviços.

Além disso, caso necessário, esta Direcção de Serviços pode aplicar aos infractores a multa estabelecida nos artigos 66.º e 67.º do citado diploma legal.

Os interessados podem consultar o processo durante as horas normais de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 15.º andar, Macau.

RAEM, 27 de Julho de 2016

O Director dos Serviços, Subst.ºShin Chung Low Kam Hong

Direcção dos Serviços de Estatística e Censos

AVISO

Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secretário para a Economia e Finanças, de 11 de Julho de 2016, e nos termos definidos na Lei nº 14/2009 (Regime das carreiras dos trabalhadores dos serviços públicos) e no Regulamento Administrativo nº 23/2011 (Recrutamento, selecção e formação para efeitos de acesso dos trabalhadores dos serviços públicos), se acham abertos os concursos comuns, de ingresso externo, de prestação de provas, para o preenchimento dos seguintes lugares, de pessoal da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos:

Lugares do quadro de pessoal:1. Cinco estagiários de técnico de estatística, de 2ª classe, 1º escalão, da carreira

especial na área de estatística;2. Um lugar de técnico de 2ª classe, 1º escalão, área administrativa e financeira,

da carreira de técnico.

Lugares dos trabalhadores contratados por contrato administrativo de provimento:1. Dez lugares de agente de censos e inquéritos de 2º classe, 1º escalão, do grupo

de pessoal de técnico de apoio;2. Um lugar de motorista de pesados, 1º escalão, da carreira de motorista de

pesados.

Os avisos dos concursos encontram-se publicados no Boletim Oficial da RAEM, nº 31, II Série, de 3 de Agosto de 2016, e no website destes Ser-viços (www.dsec.gov.mo). Para mais informações, dirija-se por favor à Divisão Administrativa e Financeira da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, sita na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção nº 411-417, Edifício “Dynasty Plaza”, 17º andar, durante o horário de expediente.

Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, aos 28 de Julho de 2016.

O Director,Ieong Meng Chao

2ª Vez “JTM” - 5 de Agosto de 2016

Execução de Sentença sob a forma Sumária nº CV1-13-0066-CPE-A 1° Juízo Cível

Exequente: VENETIAN MACAU S.A., com registo comercial nº 15702 (SO), com sede em Macau na Taipa na Estrada Baía de Nossa Senhora da Esperança, The Venetian Macau Resort Hotel, Executive Offices - L2;Executada: AMUCA (MACAU) SOCIEDADE UNIPESSOAL LIMITADA, com registo comercial nº 36921(SO), com última morada da sede conhecida em Macau na Travessa da Misericórdia, nº 6, R/C-B.

FAZ-SE SABER, que no dia 14 de Setembro de 2016, pelas 14:30 horas, no local de arrematação deste Tribunal e no processo acima indicado, a venda por meio de propostas em carta fechada, dos seguintes:

BENS MÓVEISVerba nº 1

15 caixas de bonecos vários.O valor base da venda é de: Duzentas Patacas (MOP200,00).

Verba nº 215 máquinas de diversão.O valor base da venda é de: Três Mil Patacas (MOP3.000,00).

São convidadas todas as pessoas com interesse na compra dos bens a entregarem as suas propostas na Secção Central deste Tribunal, até ao dia 14 de Setembro de 2016, pelas 14:30 horas, devendo o envelope da proposta, conter, a indicação de “PROPOSTA EM CARTA FECHADA” bem como o “NÚMERO DO PROCESSO CV1-13-0066-CPE-A.

No dia da abertura das propostas, podendo os proponentes assistir ao acto.Quaisquer titulares de direito de preferência na alienação dos bens supra

referidos, podem, querendo, exercer o seu direito no próprio acto da abertura das propostas, se alguma proposta for aceite, nos termos do artº 787º do C.P.C.M.

Os bens supracitados estão depositados no armazém do Sands Cotai Central.Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., aos 20 de Julho de 2016

A Juiz de Direito,Ana Meireles

A Escrivã Judicial Adjunta,Tou Ka Pou

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 201614 JTM | PUBLICIDADE

www.iacm.gov.mo

Notificação nº 00014/NOEP/GJN/2016

Considerando que não se revela possível notificar os interessados, pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma, para o efeito do regime procedimental nos respectivos processos administrativos sancionatórios, nos termos do artigo 14º do Decreto-Lei nº 52/99/M, de 4 de Outubro, do artigo 68º e do nº 1 do artigo 72º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 57/99/M, de 11 de Outubro, o signatário notifica, pela presente, nos termos do nº 2 do artigo 72º do Código do Procedimento Administrativo, no uso das competências conferidas pelo Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e constantes da Proposta de Deliberação nº 04/PDCA/2016, de 22 de Fevereiro, publicada na Série II do Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau nº 9, de 2 de Março de 2016 e nos termos das competências definidas no nº 1 do artigo 14º, na alínea 5) do artigo 16º, artigo 17º e artigo 18º do Regulamento Administrativo nº 32/2001, os infractores, constantes das tabelas desta notificação, do conteúdo das respectivas decisões sancionatórias:

Nos termos do nº 4 do artigo 36º, nº 1 do artigo 37º, artigo 38º, artigo 39º e nºs 1 e 2 do artigo 55º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, aprovado pelo Regulamento Administrativo nº 28/2004 e em conjugação com o nº 2 do artigo 5º do Código do Procedimento Administrativo, o Presidente do Conselho de Administração, ou seus substitutos, exararam despachos nas respectivas informações, tendo em consideração as infracções administrativas comprovadas e a existência de culpa confirmada. Assim:

1. Foram aplicadas aos infractores, constantes das Tabelas I a V, a multa prevista no nº 2 do artigo 45º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e no artigo 2º do Catálogo das Infracções, no valor de MOP600,00 (cada infracção):

1) Primeira prestação: No valor de MOP300,00 – No prazo de 10 (dez) dias, contado a partir da publicação e afixação da presente notificação;

2) Segunda prestação: No valor de MOP300,00 – No prazo de 60 (sessenta) dias, contado a partir da publicação e afixação da presente notificação.

Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no nº 1 do artigo 4º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 23 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “colocar ou abandonar no espaço público quaisquer materiais ou objectos”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela I)

Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no nº 1 do artigo 13º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 7 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “nos espaços públicos, abandonar resíduos sólidos fora dos locais e recipientes especificamente destinados à sua deposição”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela II)

O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto na alínea 3) do nº 1 do artigo 9º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 30 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “permitir a circulação de animal nos espaços públicos sem que ele esteja preso em gaiola, jaula, por trela ou aparelho similar ou sem que ele use os aparelhos de identificação e de segurança estabelecidos na licença”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela III)

Os factos ilícitos exarados na acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto na alínea 1) do nº 1 do artigo 2º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previsto no nº 13 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “cuspir ou lançar muco nasal para qualquer superfície do espaço público, de instalações públicas ou de equipamento público”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela IV)

O facto ilícito exarado na acusação, provados testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto no nº 2 do artigo 9º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 12 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resulta da prática do actode “não limpar de imediato o espaço público poluído com dejectos de animais de estimação que se está a acompanhar”, tendo sido a infractora notificada do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela V)

2. Além disso, os infractores podem ainda apresentar reclamação contra os actos sancionatórios ao autor do acto, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da publicação da notificação, nos termos dos artigos 145º, 148º e 149º do Código do Procedimento Administrativo, sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 123º do referido código.

Para efeitos do disposto no nº 2 do artigo 150º do mesmo diploma, a reclamação não tem efeito suspensivo sobre o acto.

3. Quanto aos actos sancionatórios, os infractores podem apresentar recurso contencioso no prazo estipulado nos artigos 25º e 26º do Código de Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei nº 110/99/M, de 13 de Dezembro, para o Tribunal Administrativo da Região Administrativa Especial de Macau.

4. Sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 75º do Código do Procedimento Administrativo, para efeitos do disposto nº 2 do artigo 55º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, os infractores deverão efectuar a liquidação das multas aplicadas, dentro do prazo de pagamento das prestações, no Gabinete Jurídico e Notariado do IACM (Núcleo Operativo do IACM para a Execução do Regulamento Geral dos Espaços Públicos), sito na Avenida da Praia Grande, nos 762-804, Edf. China Plaza, 5º andar, Macau.

5. Nos termos do disposto no nº 3 do artigo 55º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, a falta de pagamento de uma prestação implica o vencimento de todas as outras, caso em que, se o pagamento do valor global em dívida não for feito nos 30 (trinta) dias subsequentes à data do vencimento da primeira prestação em falta, o IACM submeterá o processo à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para cobrança coerciva, nos termos do artigo 17º do Decreto-Lei nº 52/99/M e do artigo 29º do Decreto-Lei nº 30/99/M.

6. Não é de atender a esta notificação, caso os infractores constantes das tabelas anexas tenham já saldado, aquando da presente publicação, as respectivas multas, resultantes da acusação. Para informações mais pormenorizadas, os interessados poderão ligar para o telefone nº 8295 6868 ou dirigir-se pessoalmente ao referido Núcleo Operativo deste Instituto.

Aos 18 de Julho de 2016.

O Presidente do Conselho de Administração, substitutoLei Wai Nong

SexoNome

Data em que foram exarados os despachos de

aplicação das multas

Data da infracçãoN.º da acusação

Nº do Bilhete de

Identidade de Residente de

Macau

Tabela I

2015-12-032015-12-032015-11-062015-11-062015-10-082015-11-132015-10-13

2015-12-032015-12-032015-10-292015-11-132015-11-132015-11-062015-11-062015-11-132015-10-092015-10-082015-10-092015-11-132015-10-092015-10-092015-10-082015-10-092015-10-082015-10-132015-10-292015-10-092015-09-292015-09-232015-08-212015-10-162015-10-162015-10-092015-10-162015-08-212015-09-042015-10-092015-10-092015-09-042015-08-212015-09-042015-08-212015-08-142015-08-212015-08-212015-08-142015-08-142015-08-142015-08-142015-08-142015-10-09

2015-10-29

2015-10-292015-09-292015-10-16

2015-09-29

2015-11-012015-10-162015-09-072015-09-052015-08-202015-08-182015-07-26

2015-10-082015-10-032015-09-222015-09-192015-09-162015-09-072015-09-052015-09-042015-08-302015-08-262015-08-262015-08-262015-08-222015-08-202015-08-182015-08-172015-08-142015-08-122015-08-082015-07-302015-07-262015-07-232015-07-072015-07-062015-07-042015-07-042015-06-262015-06-222015-06-112015-06-102015-06-082015-06-072015-06-052015-06-032015-06-032015-06-012015-06-012015-05-292015-05-262015-05-242015-05-192015-05-182015-05-052015-04-28

2015-09-18

2015-09-092015-07-252015-06-25

2015-07-31

A085180/20152-000338RG/20152-000229RG/20152-000222RG/20152-000105RL/2015

A089313/2015A080334/2015

2-000159RL/20152-000207RF/20152-000170RS/20152-000150RA/20152-000161RS/20152-000227RG/20152-000223RG/20152-000122RL/2015

A076227/20152-000207RI/20152-000181RH/20152-000096RB/20152-000142QZ/20152-000164RH/20152-000187RI/20152-000181RI/20152-000102RL/20152-000054QY/2015

A087391/20152-000087RN/20152-000080RA/20152-000058RA/20152-000072QZ/20152-000096RE/2015

A088251/20152-000059RQ/20152-000017RB/20152-000047RF/2015

A087055/2015A087348/2015

2-000015RR/20152-000008RS/20152-000018RN/2015

A087953/20152-000011RP/20152-000007RA/2015

A088051/2015A076426/2015

2-000375PF/20152-000287PT/20152-000367PF/20152-000343PY/20152-000263QA/2015

A087761/2015

2-000172QZ/2015

2-000239RG/20152-000125RE/20152-000037RA/2015

2-000128RE/2015

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2-000172QZ/2015

2-000239RG/20152-000125RE/20152-000037RA/2015

2-000128RE/2015

FMMMFFF

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M

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許金華 HOI KAM WA

梁桂勝 LEONG KUAI SENG

歐陽生 AO IEONG SANG

歐陽生 AO IEONG, SANG

夏務戌 HA MOU SOT

李歡容 LEI FUN IONG

蘇小萍

李耀福 LEI IU FOK

謝潤興 CHE ION HENG

陳美鳳 CHAN MEI FONG

陳賀賢 CHAN HO YIN

CHANG FRANCISCO XAVIER

甘偉權 KAM WAI KUN

黃伯祥 WONG PAK CHEONG

何朝霞 HO CHIO HA

岑國 SAM COC

談景成 TAM KENG SENG

馬啓進 MA KAI CHON

張家榮 CHEONG KA WENG

陳凱婷 CHAN HOI TENG

何秀明 HO, SAO MENG

陳俊文 CHAN CHON MAN

何美玲 HO, MEI LENG

談景成 TAM KENG SENG

吳躍新 NG, IEOK SAN

黃智健 WONG CHI KIN

周德文 CHAO TAK MAN

李駿 LEI CHON

林子其 LAM CHINKEI

徐偉城 CHOI WAI SENG

梁立 LEONG LAP

李玉蓮 LEI IOK LIN

鄧衞文 TANG WAI MAN

黃家豪 WONG KA HOU

吳醒郎 NG SENG LONG

劉儉豪 LAO KIM HOU

陳茂盛 CHAN MAO SENG

溫俊能 WAN CHON NANG

ARTUR DE ASSIS JORGE

梁柱富 LEONG CHU FU

鐘彩連 ZHONG CAILIAN

李雅靜 LEI NGA CHENG

陳雪玲 CHAN SUT LENG

杜金培 TOU KAM PUI

符永星 FU WENG SENG

許琮盛 HOI CHONG SENG

馮潔紅 FONG KIT HONG

蕭澤明 SIO CHAK MENG

孫雪民 SUN SUT MAN

梁美珍 LEUNG MEI CHUN

林錦洪 LAM KAM HUNG

曾國華 CHANG KUOK WA

梁德源 LEONG TAK UN

呂拱閩 LOI KONG MAN

陳啓洪 CHAN KAI HPNG

朱月桂 CHU UT KUAI

Tabela II

Tabela III

Tabela IV

Tabela V

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016 JTM | ACTUAL 15

TAIWANA Comissão de Investimento de Tai-wan advertiu que está pronta para ordenar a saída da Uber Techno-logies do mercado formosino, por entender que a companhia norte--americana apresenta-se inadequa-damente como uma empresa de tecnologia em vez de um serviço de transporte. Emile Chang, secretária--executiva da Comissão, indicou que a decisão final será tomada a 11 de Agosto.

JAPÃOO novo ministro da Justiça do Japão defendeu a pena de morte como “um castigo inevitável” para “crimes cruéis”, em declarações após a no-meação. Katsutoshi Kaneda mani-festou assim a sua vontade de que o Japão continue a ser o único país industrializado, juntamente com os Estados Unidos, a manter a pena de morte.

ITÁLIAO Senado italiano aprovou uma lei contra o desperdício de alimentos que visa poupar cerca de um milhão de toneladas de comida e 12 mil milhões de euros por ano, noticiou a agência Ansa. O plano “Desperdí-cio Zero” tem como objectivo pro-mover a doação de alimentos que seriam desperdiçados para sectores mais vulneráveis da população.

TUNÍSIAO presidente tunisino Beji Caid Es-sebsi nomeou o ministro dos As-suntos Internos, Youssef Chahed, de 40 anos, para formar e liderar um governo de unidade nacional. A de-cisão ocorre depois do Parlamento ter retirado no sábado a sua con-fiança ao chefe do governo Habib Essid, apenas 18 meses após a sua nomeação.

VOLTA AOMUND

O Ministério Público “está a recolher elementos, tendo em vista apu-rar se há, ou não, procedimentos

a desencadear no âmbito das respectivas competências”, confirmou ao Diário de Notícias a Procuradoria-Geral da Repúbli-ca, a propósito do caso das viagens feitas a França por governantes para assistir a jogos da selecção nacional no Euro2016 a convite da Galp.

A empresa tem pelo menos um litígio fiscal pendente de muitos milhões de eu-ros com o Estado, em particular com um serviço que depende da tutela do secretá-rio de Estado dos Assuntos Fiscais Rocha Andrade, o primeiro nome a surgir neste caso. Entretanto, a lista de governantes que viajou até França já aumentou para três nomes, tendo-se acrescentado João Vas-concelos e Jorge Costa Oliveira, secretários de Estado da Indústria e da Internacionali-zação, respectivamente.

Jorge Costa Oliveira, antigo coordena-dor do Gabinete para os Assuntos de Direi-to Internacional e da área técnico-jurídica da Comissão do Jogo de Macau, confirmou ter viajado a convite da GALP e disse estar “em curso” o pagamento das despesas. Em comunicado enviado à Lusa, fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) referiu que o secretário de Estado da Internacionalização se deslocou a Lyon “a convite da GALP, enquanto patrocina-dora da selecção nacional, para assistir ao jogo com a Hungria”.

João Vasconcelos também confirmou ter sido convidado pela Galp, mas assegu-rou que “pagou um bilhete de avião”. Via Ministério da Economia, garantiu ainda que “já pediu à Galp que esclareça se há

PORTUGAL

MP recolhe dados sobre viagens de governantesPelo menos três Secretários de Estado viajaram a convite da Galp para ver a selecção no Euro 2016: Rocha Andrade, João Vasconcelos e Jorge Costa Oliveira, antigo coordenador da Comissão do Jogo de Macau. O Ministério Público já está a recolher informações sobre o caso

despesas adicionais que, a existirem, serão devidamente reembolsadas”.

Já Rocha Andrade, numa reacção por escrito, disse que pretende reembolsar a Galp da despesa da viagem, apenas para que “não restem dúvidas sobre a indepen-dência do Governo” e dele próprio, apesar de encarar com normalidade a aceitação do convite da empresa, sem ver nisso um conflito de interesses.

A Galp, por seu lado, sublinhou que “é comum” e eticamente aceitável convi-dar para determinados eventos entidades com que se relaciona. Entre os convidados, detalhou, encontram-se parceiros de ne-gócios, fornecedores e prestadores de ser-viços, agências de publicidade, represen-tantes institucionais e dezenas de clientes, grandes e pequenos.

O gabinete do Primeiro-Ministro infor-mou que não comenta o caso da viagem de Rocha Andrade, remetendo para as decla-rações do próprio secretário de Estado dos

Assuntos Fiscais.Por sua vez, o constitucionalista Jor-

ge Miranda defendeu que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, se devia de-mitir. “É inadmissível. É uma falta de éti-ca espantosa”, disse à Lusa, considerando “espantoso que ao fim de 40 anos de de-mocracia ainda exista um caso destes”.

O PCP considerou a “atitude criticável” e defendeu que o primeiro-ministro e o go-verno devem “tirar as devidas ilações e de-cidirem o que fazer nesta situação”. Para o Bloco de Esquerda, também é “eticamente reprovável” que governantes ou deputa-dos aceitem “presentes que legitimem a promiscuidade com grandes grupos eco-nómicos”, defendendo que o comporta-mento deve ter “consequências políticas”.

O CDS pediu a demissão do governan-te e o PSD exigiu esclarecimentos sobre o caso, numa altura em que ainda só se fala-va do nome de Rocha Andrade.

JTM com DN e Lusa

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Jorge Oliveira disse estar “em curso” o pagamento das despesas

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A SAAM irá realizar obras de manutenção na rede de abastecimento durante o período abaixo indicado, pelo que o abastecimento de água será interrompido nos locais abaixo indicados: Data da Interrupção: 2016/8/6 Sábado Horário da Interrupção: Entre as 09:00 e as 17:00 Local da Obra: Calçada do Gamboa Locais Afectados: Nº 1 e Nº 21, Calçada do Gamboa; Nº 1 e Nº 19, Patio dos Cules; Nº 1 e Nº 15, Patio do Mainato; Nº 1 e Nº 8, Patio da Capoeira; Nº 1 e Nº 11, Largo de Santo Agostinho

Local de Abastecimento Temporário: Ao Lado de Nº 12A, Calçada do GamboaHidrante Nº 3264 Linha Aberta de Informação: 28220088 Atenção: O abastecimento de água será restabelecido a qualquer momento, dependendo do progresso dos trabalhos A SAAM irá afixar este aviso nas portas dos locais onde o abastecimento de água será interrompido, antes das 17:30 do dia que precede a interrupção do abastecimento, no sentido de confirmar o período de interrupção.

Pedimos desculpas por qualquer inconveniente causado!

A SAAM irá realizar obras de manutenção na rede de abastecimento durante o período abaixo indicado, pelo que o abastecimento de água será interrompido nos locais abaixo indicados: Data da Interrupção: 2016/8/8 Segunda-feira Horário da Interrupção: Entre as 09:00 e as 17:00 Local da Obra: Avenida da Praia Grande Locais Afectados: Nº 315 e Nº 393, Avenida da Praia Grande, Edf. Wa Nam, Edf. Keng Ou, Edf. Wan Keng, Edf. Cheong Fai (Todas as residência & lojas)

Local de Abastecimento Temporário: Nº 309, Avenida da Praia GrandeHidrante Nº 3314 Linha Aberta de Informação: 28220088 Atenção: O abastecimento de água será restabelecido a qualquer momento, dependendo do progresso dos trabalhos A SAAM irá afixar este aviso nas portas dos locais onde o abastecimento de água será interrompido, antes das 17:30 do dia que precede a interrupção do abastecimento, no sentido de confirmar o período de interrupção.

Pedimos desculpas por qualquer inconveniente causado!

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 201616 JTM | OPINIÃO

1. O facto dos Serviços Meteoroló-gicos não terem içado o sinal 8 de tufão esta semana, por causa da

aproximação do Nida, esteve na origem de uma verdadeira tempestade, mais forte, provavelmente, do que o fenóme-no climatérico.

Tudo porque decidiu quem sabe, quem tem os conhecimentos para ava-liar uma situação do género, isto é, a equipa dos Serviços Meteorológicos co-mandada pelo seu excelente e compe-tente director Fong Soi Kun.

Se essa equipa e o seu director deci-diram que não havia motivos para sinal 8, é porque, certamente, não existiriam razões para tal, mesmo que tenham su-gerido essa possibilidade antes.

E é, aí, como muito bem reconheceu o Secretário da tutela, Raimundo do Ro-sário, que os Serviços falharam porque deveriam ter comunicado à população, durante a madrugada, que os ventos fracos, sendo fortes, não justificavam o içar do sinal 8.

Mas só nesse ponto. Os sinais dos tufões não se compram nos supermer-cados e valem o que valem de acordo com a ciência e da leitura dos especia-listas.

Demasiado ruído

Morreu alguém em Macau pelo si-nal 8 não ter sido içado? Os acidentes que aconteceram não foram idênticos a outras tempestades tropicais do passa-do, em que o sinal 8 não foi hasteado?

Não se aceita, portanto, este clima de difamação e de linchamento público do dr. Fong Soi Kun, director dos Serviços Meteorológicos, um dos mais antigos ou o mais antigo director de serviços

JORGESILVA*

UM OUTRO OLHAR

Neste clima lamentável criado pela RAEM de denúncias e queixinhas, vale tudo, como recorrer ao Comissariado Contra a Corrupção para investigar os Serviços Meteorológicos, como se o içar de sinais de tufão implicasse algum acto de corrupção... Tenham todos juízo e preocupem-se com

o essencial, deixando de brincar aos tufões

da RAEM, com obra feita e que merecia mais respeito por parte da população.

Em que é que se enganou Fong Soi Kun no passado, em relação às previ-sões dos tufões?

Neste clima lamentável criado pela RAEM de denúncias e queixinhas, vale tudo, como recorrer ao Comissariado Contra a Corrupção para investigar os Serviços Meteorológicos, como se o içar de sinais de tufão implicasse algum acto de corrupção...

Tenham todos juízo e preocupem-se com o essencial, deixando de brincar aos tufões.

2. E algo que é essencial, por exem-plo, tem a ver com o excesso de obras a céu aberto no território.

Creio que mais de cem obras estão em curso em Macau, demasiado para a ex-tensão da RAEM e os seus constrangi-mentos de espaço e mobilidade.

Há cidades em que só se arranca com uma obra, depois de concluída a anterior. O mesmo deveria acontecer aqui, para evitar o congestionamento de trânsito como ocorreu e ainda ocorre em algumas áreas da cidade e ilhas.

Parece um estaleiro, com obras atrás de obras, seja de grande monta como o metro, ou pequenas, envolvendo o sa-neamento básico.

Uma situação que terá, forçosamen-te, de mudar para bem da operaciona-lidade do território e dos seus utentes que são a própria população.

* Jornalista

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016 JTM | OPINIÃO 17

Dito“Em modo de remate e reflexão sobre o Rio, sou capaz de ouvir o por-teiro Edmar, da rua Aperana, sempre sábio e alertado, a clarear os sustos de cada dia: ‘Ô, dona Leonor, no final tudo vai dar certo!’ Eu acredito que sim. Pela razão, do fundo do coração”.

Leonor Xavier, in “Público”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

05/08/1996

EVA AIR ESTUDAPARTICIPAR NA AIR MACAUA companhia aérea de Taiwan Eva Ai-rways está a estudar a possibilidade de aquisição de uma participação no capi-tal da Air Macau, revelou a imprensa inglesa de Hong Kong. O presidente da transportadora de Taiwan, Huang Jen-Chung, anunciou que apesar da Eva Air não ter iniciado ainda contac-tos formais com a Air Macau, está inte-ressada na aquisição de uma participa-ção de valor ainda por determinar, na companhia aérea do Território, refere o diário “South China Morning Post”. A Eva Air, que faz parte do grupo pri-vado Evergreen, o maior do mundo no transporte marítimo de contento-res, iniciou quinta-feira um acordo de “code sharing” com a Air Macau ao abrigo do qual deixa de usar aviões próprios em ligações entre Taiwan e Macau, passando a colocar os seus passageiros nos nove voos semanais da companhia aérea do Território. De acordo com o “South China”, a Eva Air recebeu também uma proposta para a sua participação em contrato de conces-são de serviços no novo aeroporto de Hong Kong, em construção na ilha de Chek Lap Kok. Analistas do sector da aviação comercial consideram que as propostas feitas à Eva Air terão prova-velmente partido da companhia aérea estatal chinesa China National Aviation Corp., que detém uma quota de 51% na Air Macau e que comprou recentemen-te uma participação de 35,8% na com-panhia aérea de Hong Kong Dragonair.

INFLAÇÃO EM JUNHOPAROU NOS 7%A taxa de inflação em Macau nos 12 meses terminados em Junho aumentou sete por cento, em relação ao período homólogo anterior, anunciou a Direc-ção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) do Território. De acordo com a DSEC, a taxa de inflação registada em Junho mantém a tendência para a de-saceleração iniciada no início de 1995. Entre Janeiro e Junho deste ano, o Ín-dice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou 5,5%, comparativamente a igual período do ano anterior. Na óptica da evolução mensal, o IPC au-mentou 0,5 pontos percentuais entre os meses de Maio e Junho de 1996. Para esta variação contribuíram principal-mente os aumentos dos preços regista-dos nas secções “Despesas de habitação (excluindo rendas)”, mais 1,2%, “Bens Diversos”, mais 1,1%, “Transportes e veículos”, mais 0,8%, e “Produtos ali-mentares e bebidas (não alcoólicas)”, mais 0,5%. Na secção “Bebidas alcoóli-cas e tabaco” verificou-se uma descida de 0,1 pontos percentuais.

ALBANOMARTINS*

OS DESATINADOS

1. É a que mais aprecio. Pela sua acutilância, sensatez, clarividência e, sobretudo, pela sua frontalidade

para com os não-locais.Faz-me recordar as histórias do meu

passado, eu que vivo em Macau vai fa-zer 35 anos este Novembro.

Julgo ter saído de África com cer-ca de 18 anos, que a minha memória, como a della, começa a pregar-me algu-mas partidas. Mas sou especialmente condescendente para com ella (s), pois que mesmo assim não se têm vindo a portar tão mal assim.

Saí de África para ir para a Universi-dade de Economia em Lisboa, o “famo-so Quelhas”, a melhor e a mais selectiva universidade de economia e finanças do país.

Uma casa onde entravam cerca de um milhar de estudantes por ano mas só chegavam ao terceiro cerca de 60, distribuídos pelos dois ramos de estu-do na época, finanças e economia.

Mas a escolha d’Ella foi muito mais selectiva. Entre centenas de milhares de possíveis candidatos, ella conseguiu entrar naquela fábrica moderna, no meio de apenas umas dezenas, poucas, de gente graúda!

Não sei onde ella terá estudado, para entrar por mérito próprio para aquela indústria, mas acredito que os nossos olhares nunca se terão cruzado, mesmo que eu esteja desde 1991, à fren-te das finanças da sociedade que produ-ziu, da merda toda que existia naquele sítio, o espaço onde ella hoje se encon-tra a botar o seu discurso estarrecedor! E a paga disso tudo é correrem-me, a mim e aos meus pares, do sítio onde devia estar porque um Si (um pífio na pauta da música depois do Ló, que por acaso pertencia a outra orquestra de música mais mexida ou com outras mexidas) resolveu não resolver definiti-vamente os problemas que foi criando com o seu ousado espírito de iniciativa ultra-cauteloso!

Por isso mesmo não tenho jeito ne-nhum para coisas da música! Si é para mim como o Dó e para dó já chega o que para aquelas bandas vai sendo pro-duzido ou não, ou levado, finalmente, para o sorvedouro do baú do Governo!

Também, esse desencontro entre eu e Ella (que com o Si já vinha desde o tempo em que, estando à frente do IACM, o Edmundo o obrigara a baixar as licenças, daí o ódio que se multipli-cara por tabela aos pobres dos animais, pois nunca na sua genial presidência produziu, e já se viu porquê, coisa al-guma para essas gentes “rafeiras”), só pode mesmo ter acontecido porque só cheguei a esta terra no dia 1 de Novem-bro de 1981, carregado com a família e as poucas tralhas que trazia às costas.

E por aqui terei “estacionado” até hoje, o que não vem mesmo nada a propósito mas sempre dá para preen-cher um pouco do espaço, embora nesta fase do campeonato não perce-ba da ligação entre o meu passado de

Na fábrica da Lei,só mesmo Ella!

África e o passado délla. Mas agora é tarde de mais para reescrever o texto todo, que o Sérgio cá da Terra não se vai chatear mesmo nada, sabido que nos meus dois últimos artigos, o mal-dito corrector trocou o sínico pelo cí-nico e no final da última peça pareceu acusar-me de estar a insinuar que a companhia das águas fazia branquea-mento, o que não é em nada verda-de, embora não ficasse nada mal se fossem um pouco mais limpinhos na apresentação das suas contas!

81 ou 91, que interessa se Ella nem devia estar ainda na cabecinha dos pais?

Não vou dizer que a conheço na palma da mão, que isso seria mentira, mas a verdade é que nalgumas áreas conheço bastante bem a sua cultura. E doutras gentes, que de vez em quan-do se dão a mover-se ao redor das questões difíceis da economia, um pouco complicadas para gente ainda miudinha.

Habituei-me a ver por cá um pou-co de tudo e aperceber-me como ella se esforça por ser o mais criativa possível para conseguir ir sobrevivendo, que isso de fazer leis é emprego precário, embora nesta terra essa palavra não exista no vocabulário de quem terá nas-cido com o cú voltado para o sol, mas só depois que o Edmundo inventou a liberalização do Jogo!

Ella é uma menina trabalhadora que finalmente encontrou um posto de tra-balho onde pode dar à língua a coberto da imunidade, estatuto que tem a van-tagem de permitir que toda a gente pos-sa dizer o que bem lhe apetece.

Lembram-se que nessa casa da lei, ella dizia, para defender a sua dama local, há uns meses atrás, que os salá-rios dos TNRs da construção civil não teriam sofrido alterações nos últimos anos?

Aprecio o que della saíu. Como sempre, cautelosa, científica, estudio-sa, encontrou uma estatística para fun-damentar tal suspiro. E eu que achara que ella tinha pouca razão no que dizia, mas o meu passado ensina que deve-mos deixar os novos aprender com as asneiras que vão dizendo, que só assim é que ganham traquejo.

Não sei mesmo onde terá arranjado lenha para a sua lareira, mas cá também o frio não fomenta esse tipo de indús-tria imaginativa, ainda não usada para a diversificação, pois que eu, mais limi-tado, apenas olhei para as folhas rápi-das da DSEC!

Reparei, então, que as estatísticas deviam estar erradas, porque não fo-ram feitas por ella: os salários diários médios dos TNRs na construção ha-viam crescido para 651 patacas!

Esperei, então, por melhores dias, que isso não se diz a Ella nenhuma duas vezes!

Hoje voltei de novo a olhar para os números mais recentes, acabadinhos de sair do forno da DSEC, que ali se cozi-nha tudo, mas o cozinhado é na gene-ralidade bom, embora algumas vezes o esturro também aconteça: os tais salá-rios haviam de novo crescido!

Se ella não se importa nada com isso, por que razão devo vestir a sua camisola?

Em África diríamos que se tem muito cacimbo na cabeça! Cá que é uma especificidade local!

Mas fica uma nota, para ajudar Ella na sua tese de olhar apenas para o umbigo dos seus: os salários da cons-trução vão cair a pique, algures entre 2017 e 2018 e os TNRs da construção vão quase desaparecer do mapa!

Ella vai esfregar as mãos de con-tente, mas não por muito tempo.

Aliás, só não vão desaparecer mais cedo porque a SJM, que se move à moda local, se encontra bastante atrasada no seu palácio. Faltam uns americanos por lá, que os locais fun-cionam de forma mais familiar! Em-bora às vezes nem sempre, a ver pelos últimos discursos da Ângela preocu-pada com a possibilidade de o Go-verno não vir a ajudar quem para ela trabalhou quase toda a vida, a malta do Canídromo!

Bem, para sermos científicos, como se costuma dizer na praça para enganar mais facilmente o cidadão desprevenido, isso só acontecerá mes-mo se for mantida a outra ideia (ou reivindicação) louca de que todos os locais devem ser gestores!

Mas uma coisa é certa, qualquer que seja a saída científica, mais de trinta por cento dos TNRs vão desa-parecer, resolvendo parcialmente a grande preocupação della e de alguns trogloditas locais!

Se quisermos ser ainda científicos, a verdade é que essa preocupação só será resolvida temporariamente porque a indústria do jogo e a diver-sificação da economia vão exigir de novo mais mão-de-obra, coisa que as gentes locais não querem produzir a tempo e horas.

E agora é que não sei bem como ella pode vir a dar o exemplo para preencher esse espaço vazio de gen-tes!

2. Há tempos o Secretário Lionel Leong dizia que a previsão do Governo apontava para um de-

créscimo das receitas do jogo de 13,35 por cento no final deste ano.

Lembro-me de ter dito que se tra-tava de um raciocínio muito conser-vador.

E de ter referido que para isso acontecer seria necessário que as receitas totais do jogo no final deste ano fossem de 200,028 mil milhões de patacas, o equivalente a uma mé-dia de 15,446 mil milhões mensais de receitas entre Junho e Dezembro de 2016!

Hoje, com os novos números de Julho, seria preciso que de Agosto em diante, as receitas médias mensais fossem de apenas 14,895 mil milhões de patacas, o que nunca irá aconte-cer, que o jogo está mais pobre mas... nada de exageros!

Científico meus amigos, científico, tal como o esforço da Meteorologia!

Só que aqui o meu satélite não tem nuvem alguma a toldar a folha de ex-cel nem ella se resolve meter nisso!

* Economista. Escreve neste espaço às sextas-feiras

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 201618 JTM | LAZER

• • • CINEMA

João Lopes*

Os Jogos nem sempre se deram bem com o grande ecrã“Race”, filme que ainda não estreou em Macau, recorda as quatro medalhas de Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936

Filmes sobre Jogos Olímpicos? De facto, a herança mitológica dos atletas gregos nunca deu origem a

uma qualquer tendência cinematográfi-ca regular e consistente. Apetece dizer: tal como no futebol, com os poucos fil-mes que se vão fazendo (lembremos o mais recente, o banalíssimo Pelé: o Nas-cimento de Uma Lenda) a passar quase sempre ao lado da beleza do próprio jogo, não conseguindo, nem de longe nem de perto, rivalizar com as qualida-des de muitas transmissões televisivas.

E, no entanto, há filmes que aborda-ram alguns momentos que marcaram profundamente a história das Olimpía-das. É o caso do novo “Race”, sobre as vitórias do afro-americano Jesse Owens nos Jogos de 1936, em Berlim, contra-riando a consagração dos arianos pro-gramada pelos nazis.

Aliás, escusado será dizer que a memória de Owens nos conduz tam-bém ao filme oficial do mesmo evento, “Olympia”, realizado por essa figura para sempre polémica e contraditória que foi Leni Riefenstahl.

Dir-se-ia que, em termos cinemato-gráficos, as especificidades das moda-lidades são mais fracas do que os ecos simbólicos do evento e, claro, as suas mais ou menos perversas componentes políticas. Lembremos também o exem-plo, por certo dos mais conhecidos, de Momentos de Glória, lançado em 1981: será que o recordamos mais por razões olímpicas ou pelo modo como alterou as relações de força entre a produção cinematográfica britânica e os estúdios americanos?

Convém não esquecer, aliás, que alguns exemplos recentes encenam os Jogos Olímpicos muito para lá de qual-quer abordagem “naturalista”. “Foxca-tcher” (2014), de Bennett Miller, será, talvez, o exemplo mais extremo, trans-figurando a história verídica da equipa americana de luta greco-romana em

Seul (1988) e do seu mentor, o milioná-rio John E. du Pont, numa convivência com os fantasmas da morte que possui os contornos de uma verdadeira tragé-dia (grega, sem dúvida). Em paralelo, não podemos deixar de citar o exemplo de “Astérix nos Jogos Olímpicos” (2008) em que, escusado será sublinhá-lo, o es-pírito trágico dá lugar ao mais delirante burlesco.

Memórias de 1972Houve um ano em que o cinema

apostou em fazer o registo directo, qua-se em forma de reportagem, das Olim-píadas. Foi em 1972, em Munique, e o filme chamava-se “Visions of Eight”, sendo os seus oito realizadores prove-nientes de paragens muito diversas: Mi-los Forman (Checoslováquia), Kon Ichi-

kawa (Japão), Claude Lelouch (França), Yuriy Ozerov (URSS), Arthur Penn (EUA), Michael Pfleghar (Alemanha), John Schlesinger (Inglaterra) e Mai Zet-terling (Suécia). Marcados pela acção terrorista do grupo Setembro Negro, os Jogos, de facto, só seriam exemplar-mente recordados em 2005, por Steven Spielberg, com o seu Munique.

Quase todos os filmes que se concen-traram na odisseia de atletas olímpicos estão mais ou menos esquecidos. Um dos mais curiosos, “Running” (1979), de Steven Hilliard Stern, envolveu mesmo uma proeza técnica muito peculiar.

O retrato de um maratonista (fictí-cio, interpretado por Michael Douglas) era feito através de uma utilização pio-neira do “steadicam”, um estabilizador da câmara que permitia movimentos

mais ou menos complexos (neste caso, acompanhando as corridas do protago-nista) sem que o equilíbrio da imagem fosse afectado - um ano mais tarde, o “steadicam” seria um instrumento deci-sivo na rodagem de “Shining”, de Stan-ley Kubrick, com a câmara a percorrer os corredores labirínticos do “Overlook Hotel”.

Regista a história que “Olympic Ga-mes”, curta-metragem muda de 1927, integrada na série cómica “Our Gang”, terá sido um dos primeiros exemplos de abordagem das Olimpíadas pelo cine-ma. Hoje em dia, para o melhor ou para o pior, esse poder de efabulação em tor-no do desporto está quase todo transfe-rido para a televisão. Falta-nos, por isso, a monumentalidade do grande ecrã.

* JTM/DN

Stephan James (ao centro) interpreta Jesse Owens em “Race”

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TORRE DE MACAUSuicide Squad (3D)14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

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Finding Dory (3D)12:30

The Shallows14:30 • 16:35 • 20:25 • 23:20

Suicide Squad13:00 • 14:15 • 16:10 • 17:40 • 20:00 • 23:10

HBO21:00

Need For Speed

Bay Rays 14:00 FIH Hockey World 14:30 Ricoh Women’s British Open 2016 Day 4 16:30 FIH Hockey Champions Trophy (Women’s) Argentina vs New Zealand 18:00 IAAF World U20 Championships 2016 Day 5 Highlights 19:00 World Rugby 19:30 US Women’s AMAteur 2016 20:30 MLB Express NY Mets vs NY Yankees 21:00 PGA Championship 2016 Day 4 23:00 Ricoh Women’s British Open 2016 00:00 US Women’s AMAteur 2016

40 FOX MOVIES11:35 Friends With Benefits 13:25 Wall Street: Money Never Sleeps 15:45 The Book Of Life 17:25 The Maze Runner 19:25 Walking Tall 21:00 Rocky V 22:50 Rocky Balboa 00:35 Dark Places

41 HBO12:00 The Gunman 13:55 Shooter 16:00 New York Minute 17:35 Shrek The Third 19:10 Ghost Rider 21:00 Need For Speed 23:10 Insidious: Chapter 3 00:50 Dance With Me

51 NATIONAL GEOGRAPHIC12:30 Breakout 13:25 Wicked Tuna 14:20 Science of Stupid 15:15 4 Babies A Second 16:10 Mygrations Lion’s Den 17:05 Brain Games 18:00 I Wouldn’t Go In There 19:00 No Man Left Behind The Real Black Hawk Down 20:00 Locked Up Abroad 21:00 4 Babies A Second 22:00 Mygrations Animal House 23:00 Man Hunt Kill To Survive 00:00 World’s Weirdest Freaks In The Ocean

54 HISTORY13:00 Swamp People 14:00 Power & Ice 15:00 Mountain Men 16:00 Appalachian Outlaws 17:00 Power & Ice 18:00 Alone 19:00 Swamp People 20:00 Mega Disasters 21:00 History Drama: Six 22:00 Barbarians Rising 23:00 60 Days In 00:00 History Drama: Six

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Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016 JTM | LAZER 19

• • • IMPRENSA

El Mundo lidera revolução digital em Espanha

Ninguém escapou ileso à crise do papel. Jor-nais e revistas em todo o mundo foram abalados pelo declínio de vendas das suas

edições impressas, e nem todos conseguiram sobre-viver para abraçar um presente e futuro digital. Em Espanha, o El Mundo foi o mais bem-sucedido nes-sa transição. Este que é o segundo jornal de âmbito nacional mais vendido em banca (atrás do El País), é também o actual líder na venda de cópias digitais e o meio de informação online preferido do público espanhol. O segredo?

“O El Mundo soube perceber a mudança de era e o início de uma etapa de transformação que vai mais além do que o digital”, explica ao DN fonte da Unidad Editorial, empresa proprietária do jornal. “As tendências actuais apontam para um jornalis-mo centrado no universo online, nas redes sociais e nos dispositivos móveis, algo que a redacção do El Mundo tem no seu ponto de mira. Além disso, as novas tecnologias oferecem a possibilidade de me-lhoria dos conteúdos e da publicidade, algo em que estamos a trabalhar há vários anos.”

De facto, os números não enganam: cada leitor do diário espanhol dirigido por Pedro García Cuar-tango passa uma média de 28,4 minutos no elmun-do.es por mês. Este regista mais de 14 milhões de utilizadores únicos no mesmo período, que geram 273 milhões de visualizações. Quanto aos exempla-res digitais vendidos, esse mesmo responsável re-vela que, em Junho, atingiram um número recorde de 22 mil e 872 cópias adquiridas.

“Sem dúvida que o jornalismo online é hoje a base mais relevante das redacções e tem de ser tão rigoroso e verdadeiro como o chamado jornalismo tradicional. O El Mundo concede especial impor-

• • • E AINDA

O jornal espanhol com maior número de vendas de cópias digitais explica ao Diário de Notícias como sobrevive e faz frente à crise do papel

tância à urgência da actualidade informativa, mas sempre tendo presente que a confirmação de qual-quer dado antes de ser publicado é primordial para garantir a veracidade e a independência de qual-quer publicação. Isto é tão relevante para a edição impressa como para a digital”, assegurou ainda a fonte ouvida pelo DN.

O jornal fundado a 23 de Outubro de 1989 é ainda conhecido pelo seu jornalismo de investigação. Algo que, afiança o responsável da Unidad Editorial, não foi descurado com a revolução digital. “Desde a sua fundação que o El Mundo luta todos os dias por tra-zer à superfície dados de interesse público, incomo-de quem incomodar, seja em que plataforma for”.

Embora seja líder no que diz respeito ao núme-ro de leitores online, o El Mundo disputa a atenção dos mesmos com o gigante El País. Especialmente desde Março, altura em que esse título anunciou a decisão de passar a ser “essencialmente digital” e

de manter a versão impressa apenas durante o pe-ríodo que “for possível”.

Quanto às suas vendas em papel, o El Mundo registou, desde 2008, um declínio de 51% – em Agosto de 2008 vendia 212 mil exemplares diários, enquanto actualmente vende 109 mil. Segundo os últimos dados da Associação para a Investigação de Meios de Comunicação em Espanha, sobre o primeiro semestre deste ano, o El Mundo afirma-se como o segundo maior jornal generalista em Espa-nha, com 815 mil leitores fidelizados, logo atrás do El País, que tem um milhão e 299 mil. Nesse mesmo ranking, destaque ainda para os diários de âmbito regional La Vanguardia (Barcelona), com um total de 651 mil leitores fidelizados; La Voz de Galicia, com 579 mil; El Periódico (Catalunha), com 490 mil; e o diário nacional ABC, que é o sexto mais lido no país, com um total de 485 mil leitores.

*JTM/DN

Carolina Morais*

Fundação Amy Winehouse cria centro de reabilitaçãoA Fundação Amy Winehouse vai abrir um centro para reabilitação de mulheres viciadas em álcool e drogas, de acordo com o jornal “The Guardian”. Baptizada de “Amy’s Place”, a casa de recuperação terá sede em Londres e vai ajudar também as mulheres a reintegrarem-se na sociedade após superarem os seus vícios. O projecto será lançado poucas semanas após o quinto aniversário da morte de Amy Winehouse.

Gwyneth Paltrow planeia casar-se no OutonoA actriz Gwyneth Paltrow planeia casar-se novamente este ano, de acordo com a “Heat magazine”. Paltrow, cujo divórcio de Chris Martin - pai dos seus filhos Apple, de 12 anos, e Moses, de 10 - apenas ficou finalizado na semana passada, já terá inclusive começado a preparar o casamento com o produtor Brad Falchuk. “Gwyneth e Brad querem casar e estão a escolher uma data, que será no final do Outono”, assegurou uma fonte.

Kate Moss pode voltar a subir ao altarKate Moss poderá estar noiva e prestes a subir novamente ao altar. Segundo a imprensa britânica, o namorado, Nikolai von Bismarck, terá pedido a modelo em casamento durante um jantar romântico, num restaurante em Itália, no mês passado. “Foi um momento muito romântico. (...) Ambos pareceram estar muito apaixonados e felizes”, contou Giovanni Fracassi, o dono do restaurante, ao “Daily Mail”. Kate Moss está separada desde o ano passado de Jamie Hince, com quem esteve casada durante quatro anos. A modelo, de 42 anos, tem uma filha, Lila Grace, de 13 anos, fruto de outro relacionamento, com o produtor Jefferson Hack.

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20 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 05 de Agosto de 2016 • Fecho da Edição • 24:15 horas

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Terminal da Taipa pronto no início de 2017Depois do Chefe do Executivo, ontem foi a vez dos deputados da Assem-bleia Legislativa visitarem o Terminal Marítimo da Taipa, acompanhados do Secretário para os Transportes e Obras Públicas. Raimundo do Rosário adiantou que o projecto está quase pronto, encontrando-se em fase de transferência para a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água. Segundo o “Ou Mun Tin Toi”, o projecto custa cerca de 3,8 mil mi-lhões de patacas e tem uma área total de 300 metros quadrados, devendo entrar em funcionamento no início de 2017. Indicando que a previsão de entrada em funcionamento do terminal ainda este ano era demasiado op-timista, Raimundo do Rosário, voltou a pedir desculpa à população por mais um atraso. Por sua vez, o presidente da Assembleia Legislativa, Ho Iat Seng, afirmou que o novo terminal tem em conta o desenvolvimento de Macau no prazo de 10 a 20 anos, já que incluiu heliporto e uma doca para cruzeiros. Para além disso, considera que o erário público gasto na construção é adequado tendo em conta a dimensão do projecto, sublinhando mesmo que é um investimento que vale a pena.

29 clínicas impedidas de receber vales de saúdeVinte nove unidades de saúde foram retiradas da lista de estabelecimentos onde é possível usar vales de saúde, devido a infracções cometidas entre 2009 e 2015. A informação foi revelada pela Direcção dos Serviços de Saúde ao “Ou Mun Tin Toi”, onde um ouvinte se queixou de uma loja de marisco seco ter aceitado um vale com desconto de 40%. Os Serviços de Saúde sublinharam ainda que, em caso de infracções, rejeitarão a utilização desses vales e emitirão um aviso decretando que as clínicas reincidentes serão retiradas da lista do plano dos vales de saúde e o caso poderá ser enca-minhado para o Ministério Público.

China condena mais um advogado a sete anos de prisão por “subversão”Um conhecido advogado e activista chinês foi on-tem condenado a sete anos de prisão, por “sub-versão do poder do Estado”, como parte de uma campanha do Governo chinês contra advogados dos Direitos Humanos. Zhou Shifeng era o editor do escritório de advogados Fengrui, que prestava serviços a vítimas de abusos sexuais, membros de grupos religiosos proibidos na China e dissi-dentes. É o terceiro de quatro julgamentos que es-tão marcados para esta semana, na sequência da “campanha 709” - assim designado por ter ocor-rido a 9 de Julho do ano passado - e que resultou na detenção de 200 pessoas. Na terça-feira, o acti-vista Zhai Yanmin foi sentenciado a três anos de pena suspensa, acusado de subversão, por ações como envergar cartazes e gritar palavras de or-dem. Do dia seguinte, Hu Shigen, outro activista, foi condenado a sete anos e meio de prisão pelo mesmo crime. Zhou assumiu-se culpado, perante um tribunal de Tianjin, no norte da China, infor-mou a agência Xinhua.

ONU denuncia aumento das execuções na campanha anti-droga nas Filipinas As Nações Unidas denunciaram ontem o “preocupante” aumento de execuções de alegados traficantes e toxi-codependentes nas Filipinas, numa campanha que já causou centenas de mortos desde maio passado. Segundo uma contagem da emissora ABS-CBN, 810 pessoas morreram desde 10 de Maio – um dia depois das eleições ge-rais – no âmbito da guerra contra as drogas iniciada pelo novo Presidente do país, Rodrigo Duterte. Destas, 496 morreram em operações policiais e 240 foram executadas por homens armados não identificados. Foram ainda encontrados outros 74 cadáveres com letreiros que os acusavam de serem traficantes. O director executivo da agência da ONU contra a Droga e o Crime (UNODC), Yury Fedotov, condenou “o aparente apoio às execuções extrajudiciais” que estão a ocorrer naquele país.

Astronautas lunares sofrem mais com problemas cardiovascularesA incidência de complicações cardiovasculares aumentou nos astronautas que viajaram para a Lua nas dé-cadas de 1960 e 1970 devido à radiação a que foram submetidos, concluiu um estudo publicado na revista “Scientific Reports” e citado pela agência EFE. Cerca de 43% das mortes de astronautas que participaram nas missões Apolo deveram-se a complicações cardiovasculares, comparativamente aos 11% entre os que partici-param em voos mais próximos da Terra, indicaram investigadores da Universidade Estadual da Flórida. Por sua vez, segundo o estudo, um grupo de controlo formado por 35 astronautas e que não chegou a participar em nenhuma missão apresentou uma mortalidade de 9% por essas causas. O programa americano Apolo con-sistiu em 11 voos tripulados entre 1968 e 1972, incluindo a viagem que levou Neil Armstrong e Buzz Aldrin a pisar a superfície lunar pela primeira vez, a 20 de Julho de 1969.