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Escola de Massoterapia Sogab www.sogab.com.br (51) 3066 8930 Profª Cintia Schneider [email protected] Profª Keli Steffler [email protected] Profª Roberta Merino Masina [email protected] 1 Apostila principal de Técnicas de Massoterapia Aplicada I. MASSAGEM DESPORTIVA As massagens desportivas são utilizadas na preparação dos esportistas para a atividade, nos intervalos da atividade ou depois da atividade. São utilizadas diversas manobras de massagem: desintoxicantes, estimulantes, calmantes e tonificantes, a fim de promover ganhos no rendimento e qualidade do treino dos atletas. As manobras de massagem, assim como a velocidade e pressão empregadas, devem ser coerentes com o objetivo e efeito fisiológico almejado conforme o período em que for aplicada: 1. Antes da atividade física serão utilizadas as manobras de massagem estimulante. 2. Depois da atividade física a massagem desintoxicante é a mais indicada. 3. A massagem calmante deve ser utilizada em locais dolorosos e no período de recuperação de lesões (quando indicada). 4. A massagem tonificante é usada em períodos de preparação física do esportista. 1. Posição Para Execução das Manobras: Não há garantia de que existirá uma cama de tratamento disponível ao utilizar a massagem no esporte. Assegure-se sempre de que o terapêutas seja hábil para realizar todas as técnicas necessárias com a maior facilidade e que a pessoa que recebe esteja o tempo todo quente e confortável. 2. Limpeza: Os participantes não podem entrar em uma arena de competição cobertos por óleo. Um jogador de basquete com óleo nas coxas pode passá-lo para as mãos com desastrosos resultados. Sabão, água e/ou loção adstringente deverão estar disponíveis na sala de tratamento. 3. Avisar o Paciente: Mesmo que o participante faça massagens freqüentes , sempre avise-o sobre o que esperar como resultado dessa sessão, por exemplo, a massagem estimulante pire- competição pode induzir a uma sensação de calor mas as regras de aquecimento ainda precisam ser observadas. 4. Acupressura: Na massagem desportiva a acupressura tende a ser para pontos deflagrados específicos. Esses pontos são identificados como tensos, algumas vezes duros, e sempre produzindo dor no músculo. Depois que o ponto a ser tratado foi identificado, o dedo ou polegar é usado para aplicar pressão naquele ponto específico. A técnica é semelhante àquela usada nas fricções circulares mas apenas um dedo ou ponta do polegar é usado. Existem muitas opiniões quanto ao tempo de pressão que deve ser mantido.Uma pressão firme acompanhada com um movimento circular delicado aplicado por, no máximo, um minuto, relaxado e reaplicado três ou quatro vezes, dá bons resultados. O objetivo é tentar obter o relaxamento muscular no mais curto espaço de

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Apostila principal de Técnicas de Massoterapia Aplicada

I. MASSAGEM DESPORTIVA

As massagens desportivas são utilizadas na preparação dos esportistas para a atividade, nos intervalos da atividade ou depois da atividade. São utilizadas diversas manobras de massagem: desintoxicantes, estimulantes, calmantes e tonificantes, a fim de promover ganhos no rendimento e qualidade do treino dos atletas.

As manobras de massagem, assim como a velocidade e pressão empregadas,

devem ser coerentes com o objetivo e efeito fisiológico almejado conforme o período em que for aplicada:

1. Antes da atividade física serão utilizadas as manobras de massagem estimulante. 2. Depois da atividade física a massagem desintoxicante é a mais indicada. 3. A massagem calmante deve ser utilizada em locais dolorosos e no período de recuperação

de lesões (quando indicada). 4. A massagem tonificante é usada em períodos de preparação física do esportista.

1. Posição Para Execução das Manobras: Não há garantia de que existirá uma cama de tratamento disponível ao utilizar a

massagem no esporte. Assegure-se sempre de que o terapêutas seja hábil para realizar todas as técnicas necessárias com a maior facilidade e que a pessoa que recebe esteja o tempo todo quente e confortável. 2. Limpeza:

Os participantes não podem entrar em uma arena de competição cobertos por óleo. Um jogador de basquete com óleo nas coxas pode passá-lo para as mãos com desastrosos resultados. Sabão, água e/ou loção adstringente deverão estar disponíveis na sala de tratamento. 3. Avisar o Paciente:

Mesmo que o participante faça massagens freqüentes , sempre avise-o sobre o que esperar como resultado dessa sessão, por exemplo, a massagem estimulante pire- competição pode induzir a uma sensação de calor mas as regras de aquecimento ainda precisam ser observadas.

4. Acupressura:

Na massagem desportiva a acupressura tende a ser para pontos deflagrados específicos. Esses pontos são identificados como tensos, algumas vezes duros, e sempre produzindo dor no músculo. Depois que o ponto a ser tratado foi identificado, o dedo ou polegar é usado para aplicar pressão naquele ponto específico. A técnica é semelhante àquela usada nas fricções circulares mas apenas um dedo ou ponta do polegar é usado. Existem muitas opiniões quanto ao tempo de pressão que deve ser mantido.Uma pressão firme acompanhada com um movimento circular delicado aplicado por, no máximo, um minuto, relaxado e reaplicado três ou quatro vezes, dá bons resultados. O objetivo é tentar obter o relaxamento muscular no mais curto espaço de

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tempo possível, tornando assim essa técnica muito útil imediatamente antes da atividade, removendo pontos determinados de tensão do músculo. 5. Massagem com Gelo:

O uso da Crioterapia (terapia com uso de frio) se faz útil para processo inflamatórios agudos. A aplicação do gelo nos locais agudamente inflamados produz analgesia, diminui espasmo muscular, incrementa o relaxamento, permite mobilização precoce, quebra do ciclo dor-espasmo-dor, diminui o metabolismo. Atua como um anti-inflamatório natural. O método mais conveniente de aplicação da massagem com gelo é usar um copo de polietileno que foi enchido com água depois congelado. Corta-se um anel de 1,25 cm do topo do copo e então massageia-se a área machucada com o gelo. Se for uma área menor, um cubo de gelo envolto em um pano é suficiente. 6. Massagem Desportiva Específica: A massagem desportiva específica é aplicada por uma razão determinada e pode ser usada em seis situações diferentes

(1) Massagem no condicionamento (2) Massagem como tratamento (3) Massagem pré-competição (4) Massagem intercompetição (5) Massagem pós-competição (6) Massagem pós-viagem

6.1. Massagem no Condicionamento:

Indicação de Massagem: Desintoxicante Pode ser realizada no corpo inteiro, parte por parte, uma meia hora, meio corpo de meia

hora a três quartos de hora. Essa massagem pode ser feita diariamente durante o período de condicionamento, com a primeira massagem sendo realizada no dia anterior do primeiro dia de treinamento pesado. Objetiva: (1) Para promover recuperação de uma dura sessão de treinamento. Espera-se, após um turno

de exercícios, que o desportista experimente várias dores e uma sensação de membros pesados. A massagem pode ser valiosa nesse período (Massagem Desintoxicante).

(2) Para evitar o SMIR - sofrimento muscular de início retardado (Massagem Desintoxicante). (3) Efeito Psicológico: Nesse duro período de treinamento para um desportista, uma massagem

realizada por um bom profissional pode fazer uma vasta diferença para seu bem-estar contínuo e pode realçar os benefícios do período de condicionamento.

6.2. Massagem como Tratamento:

Indicação de Massagem: Calmante ou Terapêutica A massagem é utilizada como um tratamento para lesões esportivas, podendo ser

realizada depois de 48 horas, se toda a hemorragia e inchaço tiverem cessado. No caso de hematoma, depois de quatro dias ou dependendo da tolerância do paciente. Objetivos:

(1) Estimular a circulação: Após 48 horas do trauma é importante limpar os fragmentos do incidente e remover o excesso de fluido do tecido.

(2) Promover a recuperação da lesão (3) Quebrar aderências

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(4) Promover flexibilidade: Sempre massagear as áreas proximais e depois as áreas distais do corpo antes de concentrar-se adequadamente na área do tratamento.

Duração: Dependendo da área e da sensibilidade da área a ser tratada, entre 10 a 30

minutos. O tratamento o pode ser usado diariamente dependendo do nível de desconforto do paciente.

6.3. Massagem Pré-Competição:

Indicação de Massagem: Estimulante O aquecimento é a preparação do corpo para a atividade física. Os objetivos são elevar

a temperatura do corpo, preparando assim os músculos para o exercício, auxiliando assim a execução de alongamentos específicos necessários para qualquer desempenho. A massagem é realizada de forma rápida e profunda. Possui efeitos psicológicos. É um bom momento de reforçar mensagens de otimismo e acalmar temores sobre medo de lesões e o estado dos adversários.

6.4. Massagem Pós-Competição:

Indicação de Massagem: Desintoxicante Objetiva eliminar os resíduos do corpo. Permitindo que as funções do corpo voltem ao

normal. No fim de qualquer período de atividade física o sistema cardiovascular talvez esteja trabalhando excessivamente, como forte resultado da cessação da atividade a pressão pode cair subitamente. A massagem, especialmente o deslizamento centrípeto é muito útil para restaurar a normalidade. Promove a eliminação de resíduos metabólicos musculares adquiridos pela forte carga da atividade física. Também auxilia na redução de dor e nódulos de tensão, havendo a suspeita de lesão tecidual, pode-se aplicar a massagem com gelo. Utiliza-se manobras de massagens profundas e lentas.

Também tem efeito psicológico agregado.

6.5. Massagem Pós-Viagem:

Indicação de Massagem: Relaxante ou Terapêutica Os problemas mais freqüentes destacados após longos períodos de viagem são as

sensações generalizadas de rigidez, dores especialmente nas costas, pescoço e ombros e inchaço na parte inferior das pernas e pés. A massagem nesse caso objetiva melhorar a circulação venosa e linfática e assim remover inchaço e rigidez. O alongar dos tecidos, para remove dores e aumenta a flexibilidade. Enfim esta massagem visa restabelecer o equilíbrio do corpo e sensação de bem-estar. 7. Massagem Esportiva Não –Específica:

Indicação de Massagem: Relaxante ou Tonificante Essa massagem ocorre nos períodos onde não há competições. Nessas ocasiões o

atleta continuará mantendo o corpo em um estado de preparação para as atividades do futuro. Objetiva aumentar uma sensação de bem-estar geral, promover relaxamento, monitorar as condições da musculatura do atleta. Para a manutenção da musculatura num melhor estado de nutrição e contratilidade muscular pode-se utilizar a massagem tonificante neste período.

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8. Tipos de Massagem Aplicadas no Esporte:

8.1. Massagem Desintoxicante

No trabalho muscular há queima de materiais nutrícios aportados pelo sangue, essa combustão é acompanhada por uma produção de resíduos metabólicos.

Num trabalho moderado, esses resíduos são evacuados a medida que se produzem, e são drenados pelo sangue até serem eliminados pelos órgãos excretores. Já num trabalho mais intensivo, a eliminação dos resíduos não consegue seguir o ritmo de sua produção. Então as toxinas se acumulam no músculo provocando fadiga. Neste caso é necessário um período de repouso para a eliminação das substâncias responsáveis pela fadiga. Para fim de uma recuperação mais rápida do atleta após uma atividade física, deve ser aplicada uma massagem lenta e profunda no sentido centrípeto, pois esta promove uma melhor circulação venosa e linfática auxiliando na desintoxicação muscular, promove também ao atleta uma sensação de bem estar e relaxamento. Modo de Aplicação da Massagem Desintoxicante:

• Velocidade lenta • Pressão profunda • Sentido centrípeto e gânglios linfáticos • Duração média de 30 a 60 minutos • Pode ser aplicada no corpo todo, dando-se ênfase aos grupos musculares mais

exercitados

Manobras de Massagem Desintoxicante: • Deslizamento suave • Deslizamento profundo • Bracelete, Torção • Amassamento • Fricção • Pressão com a mão • Pressão com o punho cerrado • Vibração

8.2. Massagem Estimulante

Um músculo são, em momentâneo repouso é alimentado por uma pequena quantidade

de sangue e sua temperatura é de 37°C, aproximadamente. Quando está em plena ação, a massa sanguínea que os irriga aumenta consideravelmente e pode ser até 8 vezes mais forte. Por essa razão compreende-se que o músculo não pode passar bruscamente da inatividade para um trabalho intenso. A massagem enérgica e breve é um meio natural de se promover essa transição. Com e massagem estimulante pode-se acelerar a circulação e estimular o sistema nervoso de forma gradual, preparando o organismo para uma atividade física mais intensa.

Modo de Aplicação da Massagem Estimulante: • Velocidade Rápida • Pressão Profunda

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• Duração média 5 -6 minutos • Trabalha-se os grupos musculares mais exercitados

Manobras de Massagem Estimulante:

• Deslizamento Superficial • Deslizamento Profundo • Amassamentos • Fricções • Fricções com o punho cerrado • Pinçamento • Percussões: Tapotagem e Batimentos • Sacudidas

8.3. Massagem Tonificante

Um músculo em repouso permanente (como é o caso de uma imobilização por fratura,

por exemplo) tende a atrofiar-se rapidamente. Por razão de sua inatividade, a célula muscular não absorve os materiais nutritivos do aporte sangüíneo. Ocasionando uma diminuição das propriedades fisiológicas de elasticidade, contratilidade e tonicidade do músculo.

Se aplicado sobre o músculo uma massagem rápida, enérgica, prolongada e repetida se consegue melhorar progressivamente a contratilidade muscular. O melhores resultados são observados quando o utiliza-se a massagem tonificante associada ao exercício físico.

A massagem tonificante se distingue da massagem estimulante por sua ação mais prolongada.

Modo de Aplicação da Massagem Tonificante e Manobras de Massagem Tonificante:

• Idem Massagem Estimulante, porém o tempo de duração é mais prolongado, cerca de 10 a 15 minutos.

8.4. Massagem Calmante:

É uma massagem superficial e lenta sobre uma região dolorosa onde consegue-se mais

ou menos rapidamente a sedação da dor. Ao aplicar uma massagem suave e progressiva sobre músculos contraídos e sobre nervos muito excitados, tende-se a acalmá-los e relaxá-los. Modo de Aplicação da Massagem:

• Velocidade lente • Pressão Superficial • Realizada sobre regiões dolorosas (onde não haja processo inflamatório agudo) • Pode ser aplicada senão encima da região lesionada, acima desta • Duração média 10 minutos

Manobras de Massagem Calmante:

• Deslizamentos suaves • Fricções Suaves

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IV. Vibração

II. MASSAGEM TERAPÊUTICA 1. Introdução Massoterapia – massagem terapêutica – pode ser definida como o uso de diversas técnicas manuais que objetivam promover o alívio do estresse ocasionando relaxamento, mobilizar estruturas variadas, aliviar a dor e diminuir o edema, prevenir a deformidade e promover a independência funcional em uma pessoa que tem um problema de saúde específico (De Domenico). Em 1952, Gertrude Beard (1887-1971) escreveu que massagem “é o termo usado para designar certas manipulações dos tecidos moles do corpo; estas manipulações são efetuadas com maior eficiência com as mãos e são administradas com a finalidade de produzir efeitos sobre os sistemas nervoso, muscular e respiratório e sobre a circulação sangüínea e linfática local e geral”.

2. Histórico

A massagem tem sido usada nas técnicas de cura do Oriente há milhares de anos. Nas pinturas murais, na arte tumular, na cerâmica, em xilografias e desenhos ficou o registro do uso das técnicas de massagem na China, Japão, Egito e Pérsia (Irã) há mais de 5.000 anos. No Ocidente, a massagem era utilizada nas medicinas grega e romana – até mesmo Hipócrates, o “pai da medicina”, recomendava “esfregar” para ajudar o corpo.

O uso clínico da massagem desapareceu durante a Idade Média, devido a imagem negativa que a Igreja passava do corpo humano, e só foi retomado no século XVI, quando o cirurgião francês Ambroise Paré começou a incentivar o retorno de sua prática. 3. EFEITOS DA MASSAGEM

3.1. Efeitos mecânicos: A massagem produz estimulação mecânica nos tecidos, por aplicação rítmica de pressão

e estiramento. A pressão comprime os tecidos moles e estimula as redes de receptores nervosos; o estiramento aplica tensão sobre os tecidos moles e também estimula as terminações nervosas receptoras.

Na pele pode-se observar hiperemia e aumento da temperatura em torno de 1 a 3°C devido à vasodilatação, além da esfoliação de células mortas. Além disso, a massagem pode auxiliar na cicatrização tecidual com o objetivo de prevenir a formação de aderências.

3.2. Efeitos fisiológicos sobre o sistema circulatório:

A massagem pode aumentar transitoriamente o fluxo sangüíneo. O movimento da linfa nos capilares linfáticos depende de forças externas ao sistema

linfático, dessa forma, a massagem pode beneficiar o fluxo linfático.

3.3. Efeitos fisiológicos sobre o sistema nervoso: Métodos diferentes de aplicação da massagem fornecerão variações sutis de input

aferente que sucessivamente podem causar vários efeitos como sedação ou estimulação. Os receptores de dor não são facilmente adaptativos, então se substâncias químicas

prejudiciais estiverem presentes como resultado de uma lesão, os sinais de dor provavelmente serão deflagrados e enviados para o SNC. A massagem usada adequadamente em áreas periféricas acessíveis de dano, tem um efeito positivo na redução da dor. Especula-se que sob

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essas circunstâncias a massagem pode causar alterações na circulação local de tal maneira que cause a redução ou eliminação dessas substâncias nocivas causando analgesia.

3.4. Efeitos fisiológicos sobre o sistema musculoesquelético:

A massagem tem sido utilizada para promover o relaxamento do músculo e, dessa forma, aliviar a dor causada por tensão muscular.

A massagem possibilita que o músculo tenha uma maior resistência para as suas contrações, podendo-se dessa forma, realizar mais exercícios e assim desenvolver a força muscular. Além disso, ela pode ser mais eficaz do que o repouso na recuperação da fadiga após exercícios excessivos.

Através da massagem tenta-se manter os músculos no melhor estado de nutrição, flexibilidade e vitalidade para que se tenha uma melhor recuperação após algum traumatismo ou lesão tecidual.

Também sugere-se que a massagem possa influenciar na estimulação da neoformação vascular após fraturas ósseas favorecendo a formação do calo ósseo.

3.5. Efeitos fisiológicos sobre o tecido adiposo:

Alguns pesquisadores aplicaram massagem vigorosa em certas áreas da parede abdominal de animais, de forma intensa o suficiente para causar pequenas hemorragias, constataram que analisando microscopicamente as áreas massageadas e as áreas não tratadas, não houve mudança no tecido adiposo das áreas tratadas.

3.6. Efeitos fisiológicos sobre as vísceras: A massagem abdominal pode aumentar o peristaltismo e assim intensificar o

esvaziamento do intestino. Algumas porções do intestino grosso são bem constantes em sua relação com a parede abdominal, assim a direção da passagem do conteúdo do duodeno, cólon ascendente e cólon descendente, e cólon sigmóide podem ser seguidas.

3.7. Efeitos psicológicos: Um estudo de Weinberg & Kolodny (1988) investigou a relação entre o exercício, a

massagem e o aumento da disposição. Os pesquisadores concluíram que a massagem relacionou-se consistentemente ao aumento de humor positivo transitório e ao bem-estar psicológico.

Ferrell-Torry & Glick (1993) investigaram que a massagem pode modificar a ansiedade e a percepção de dor em pessoas com câncer.

Outros estudos também demonstram que a massagem pode produzir respostas positivas e benéficas ou nenhuma resposta significativa, em vez de ter quaisquer efeitos prejudiciais.

Também é conhecido o efeito calmante da massagem suave, mesmo quando não há comprometimento físico ou patológico.

A atenção concentrada do fisioterapeuta para com o paciente, combinado com a sensação física agradável, freqüentemente estabelece uma relação de confiança, e o paciente sente-se à vontade para revelar seus problemas, preocupações, e fatos sobre sua saúde que ele pensava serem mínimos para contá-los ao médico.

O fisioterapeuta deve agir como ouvinte e guardar toda a informação revelada como confidencial. Deve ser cuidadoso em prevenir que se crie muita dependência do seu relacionamento e deve aconselhar ao paciente a revelar ao médico todos os fatos sobre a sua saúde.

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4. INDICAÇÕES • Em transtornos musculoesqueléticos em geral. • Em distúrbios circulatórios sob recomendação médica pelo perigo de trombose venosa. • Em transtornos reumatológicos. • Em cicatrizes, evitando ou reduzindo aderências. • Após períodos de imobilização. 5. CONTRA-INDICAÇÕES • Desordens da pele, como o eczema, que poderiam ser irritadas pelo aumento do calor da

região ou pelo uso dos lubrificantes. • Quando infecções superficiais estiverem supurando. • Na presença de tumores malignos. • Na presença de cicatrizes recentes, não-curadas ou feridas abertas. • Em áreas de equimose, embora no quarto dia a massagem é útil para o tratamento do

hematoma. • Uso de medicação anti-coagulante. 6. CONSIDERAÇÕES GERAIS • O profissional deve preparar-se a si mesmo antes do contato com o paciente ficando atento

à: - Suas mãos: bem cuidadas, macias e limpas. - Suas unhas: curtas e limpas. - Seu cabelo: se for longo, mantê-lo sempre preso. - Sua vestimenta: utilizar roupa confortável e um jaleco. - Colares, anéis e pulseiras devem ser retirados.

• As mãos devem estar relaxadas e aquecidas quando em contato com o paciente. • O ambiente de tratamento deve ser aquecido e ventilado, mas não com corrente de ar. • Material de contato: pó, óleos, cremes, lubrificantes à base de água... • Antes e após a sessão podemos realizar a limpeza da área tratada com álcool. • O paciente sempre deve ser posicionado de forma que ele fique confortável. • LAVAR AS MÃOS ANTES E APÓS CADA ATENDIMENTO. 7. FUNDAMENTOS E TÉCNICAS DE MASSAGEM

DESLIZAMENTO Superficial Profundo

EFFLEURAGE PÉTRISSAGE (PRESSÃO) Amassamento

Beliscamento Torcedura Rolamento da pele

PERCUSSÃO Cutilada Palmada Batimento Socamento

VIBRAÇÃO FRICÇÃO PROFUNDA

Transversal Circular

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7.1. Deslizamento É realizado unidirecionalmente com toda a superfície palmar de uma ou das duas mãos. É

útil para dar início a uma seqüência de massagem permitindo que o paciente se acostume com a sensação transmitida pelas mãos do terapeuta e para que o terapeuta possa sentir os tecidos do paciente.

O deslizamento pode ser realizado lentamente, para maior relaxamento tecidual, ou rapidamente, para efeito estimulante.

Deslizamento superficial: lento e suave – efeito relaxante. Deslizamento profundo: lento e com uma pressão maior – efeito estimulante para a

circulação sangüínea por isso geralmente é realizado na direção do fluxo venolinfático (é muito semelhante à effleurage).

Efeitos Terapêuticos: � Possui efeito sedativo, aliviando a dor e o espasmo muscular � Quando executado de maneira rápida e suave exerce um efeito estimulante das

terminações nervosas sensitivas, resultando num efeito generalizado de revigoramento;

� O alisamento profundo pode causar a dilatação das arteríolas nos tecidos superficiais e mais profundos;

Uso Terapêutico do Deslizamento:

� Auxilia no relaxamento local e geral, o paciente se acostuma gradativamente com o toque do terapeuta;

� Informar o terapeuta sobre as condições dos tecidos do paciente; � Auxílio da flatulência e no peristaltismo intestinal; � Melhora do sono;

7.2. Effleurage É um movimento de deslizamento lento, realizado com pressão crescente e na direção do

fluxo venolinfático (direção centrípeta). Sempre que possível o movimento termina com uma pausa definida, em um grupo de nodos linfáticos superficiais.

É útil para facilitar a circulação e para o acabamento de uma seqüência de massagem. É realizada com a superfície palmar de uma ou das duas mãos, alternadamente ou de

forma simultânea, sempre de distal para proximal. Ao final de cada movimento, pode-se deixar que as mãos retornem a sua posição inicial por meio de um deslizamento suave, ou podem ser erguidas da superfície do corpo, retornando “pelo ar” até a posição inicial.

Efeitos da Effleurage: � O fluxo de sangue é impelido na direção do coração através da pressão mecânica

e quando a pressão é relaxada, as válvulas existentes nas veias impedem o fluxo retrógrado;

� Remoção de produtos do catabolismo pela melhor circulação linfática; � Estimula a circulação pelo aumento do fluxo nas veias e linfáticos, aliviando a

congestão nos capilares; � Aumenta a mobilidade dos tecidos moles superficiais, melhorando a amplitude do

movimento;

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7.3. Pétrissage (pressão) Abrange diversos movimentos de massagem distintos que se caracterizam por uma firme

pressão aplicada aos tecidos. Seus efeitos são: melhora do fluxo sangüíneo e linfático, relaxamento muscular e

analgesia.

7.3.1. Amassamento: músculos e tecidos subcutâneos são alternadamente comprimidos e liberados. O movimento ocorre em um sentido circular. Durante a fase de pressão de cada movimento, a mãos (ou mãos) e a pele se movem conjuntamente sobre as estruturas mais profundas. Durante a fase de liberação (relaxamento), a mãos (ou mãos) desliza suavemente até uma área adjacente, e o movimento é repetido. Visa a mobilização das fibras musculares e de outros tecidos profundos promovendo o funcionamento normal dos músculos. Também tem utilidade na mobilização da tumefação crônica, sobretudo nos locais em que esta tumefação sofreu um processo de organização e está impedindo a movimentação das articulações e do respectivo membro.

7.3.2. Beliscamento: um ou mais músculos são agarrados, erguidos dos tecidos subjacentes, comprimidos e soltos (liberados). O agarramento e a liberação são realizados em um movimento circular, habitualmente na mesma direção das fibras musculares. Visa aumentar a mobilidade muscular, facilitando o movimento articular.

7.3.3. Torcedura: os tecidos são levantados com ambas as mãos e comprimidos alternadamente entre os dedos e o polegar das mãos em oposição. As mãos movimentam-se alternadamente ao longo do eixo longitudinal do músculo, operando transversalmente às fibras musculares e estirando os tecidos. Esta também é uma técnica realizada amplamente em tecido muscular, com a finalidade de mobilização de músculos individuais ou grupos de músculos visando aumentar a mobilidade muscular, facilitando o movimento articular.

7.3.4. Rolamento da pele: os tecidos subcutâneos são rolados sobre as estruturas mais profundas visando a mobilização entre a pele e as estruturas subcutâneas facilitando o movimento articular que possa ter ficado comprometido por uma imobilização excessiva da pele. As mãos repousam completamente, lado a lado, sobre a superfície cutânea, com os polegares esticados e afastados o mais longe possível. Os dedos estendidos arrastam os tecidos na direção dos polegares produzindo uma prega de pele entre os dedos e os polegares. Em seguida, os polegares comprimem os tecidos na direção dos dedos rolando-os em torno daquela parte do corpo em um movimento ondular.

Efeitos da Petrissage: Sobre a circulação:

� Pela compressão e relaxamento alternados dos músculos, das veias, e dos vasos linfáticos (tanto superficiais quanto profundas) se esvaziam e se enchem alternadamente, melhorando o fluxo de sangue;

� Realizada de maneira vigorosa provoca vasodilatação na pele, podendo aumentar a temperatura;

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Nos Músculos: � Aumenta irrigação sangüínea; � Melhora da remoção dos resíduos não úteis do metabolismo; � De forma lenta e rítmica relaxa os músculos e reduz a dor; Na Pele e Tecidos Subcutâneos:

� Melhora sua elasticidade; Uso Terapêutico da Pétrissage: � Facilitar a circulação profunda e superficial em determinada parte do

corpo; � Para mobilizar a contraturas musculares; � Para mobilizar a pele e os tecidos subcutâneos; � Para ajudar na resolução do edema crônico; � Para ajudar e aliviar a dor e fadiga muscular; � Promoção do relaxamento;

7.4. Percussão Abrange vários movimentos distintos de massagem que se caracterizam por partes

variadas da mão golpeando os tecidos em uma velocidade bastante rápida. Habitualmente, as mãos operam alternadamente, os pulsos são mantidos flexíveis, de modo que os movimentos são leves, elásticos e estimulantes.

7.4.1. Palmada: as mãos em concha golpeiam rapidamente a superfície cutânea,

comprimindo o ar e provocando uma onda de vibração que penetra nos tecidos. As palmadas são realizadas com rapidez visando estimular os tecidos. Quando efetuadas sobre os pulmões ajudam a mobilizar secreções.

7.4.2. Pancada ou batimento: é um movimento em que as mãos fechadas golpeiam, alternadamente, a parte do corpo, de modo que a região dorsal das falanges médias e distais dos dedos e a região tênar e hipotênar da mão entrem em contato com os tecidos. Os objetivos são os mesmos da palmada.

7.4.3. Cutilada ou acutilamento: é um movimento realizado com uma ou duas mãos, em que o bordo ulnar golpeia a superfície da pele em rápida sucessão com o objetivo de criar um efeito estimulante e vigoroso.

7.4.4. Socamento: é o movimento em que as bordas ulnares das mãos frouxamente cerradas golpeiam alternadamente e em rápida sucessão a superfície corporal.

Efeitos da Percussão:

Efeito Mecânico: � Aplicada adequadamente sobre o tórax, a percussão pode auxiliar na

eliminação do muco aderida no trato respiratório; Efeitos Reflexo: A aplicação de cutiladas sobre os músculos espinhais pode induzir a uma sensação geral de calor e revigoramento.

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Executada sobre as fibras musculares produz um efeito de estiramento que reflexamente facilita a contração muscular.

Uso Terapêutico da Percussão: � Tratamento dos distúrbios crônicos do tórax; � Efeito estimulante geral; � Alivia a nevralgia após amputação, traumatismo ou qualquer outro processo

patológico;

7.5. Vibração e Agitação

Vibração: é uma técnica praticada com uma ou duas mãos em que um delicado movimento de agitação ou tremor é transmitido aos tecidos pela mãos ou pela ponta dos dedos.

Agitação: similar a vibração, porém é feito com mais vigor. Efeitos da Vibração e Agitação:

� Quando aplicados sobre o tórax ajudam a eliminar o muco; � Sobre o estômago e intestino, as manipulações mobilizam gases; � Melhoram o edema; � Sobre os nervos podem aliviar a dor;

Uso Terapêutico da Vibração e Agitação: � Para os distúrbios torácicos crônicos, auxilia expectoração; � Alívio da flatulência; � Remover edema crônico; � Alívio de nevralgia;

7.6. Fricção Profunda (Fricções de Cyriax)

Consistem de movimentos breves, precisamente localizados e profundamente penetrantes realizados em uma direção circular ou transversal com o objetivo de mobilizar tendões, ligamentos, cápsulas articulares e tecidos musculares particularmente se estiverem presentes inflamações ou aderências crônicas.

Para que seja obtido um firme contato com a pele não são utilizados lubrificantes.

7.6.1. Fricção circular: é efetuada com a ponta dos dedos ou com os polegares em movimentos circulares. Os dedos devem ser pressionados obliquamente nos tecidos, em seguida são mobilizados em pequenos círculos se aprofundando ligeiramente a cada círculo sucessivo. Desta forma, os tecidos superficiais são mobilizados sobre os tecidos mais profundos. Ao ser atingida a profundidade necessária (comumente após três ou quatro círculos), a pressão é liberada gradualmente, e os dedos são levantados e pousam numa área adjacente.

Efeitos da Fricção:

� Causa vasodilatação; � Auxilia em casos de dor crônica;

Uso Terapêutico da Fricção:

� Auxilia na redução da fibrose pós trauma. São úteis para o tratamento de lacerações musculares, lesões musculoesqueléticas

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III. TERAPIAS MANUAIS 1) Flexibilidade É a habilidade para mover uma articulação ou articulações através de uma amplitude de movimento livre de dor e sem restrições. Depende da extensibilidade dos músculos, que permite que estes cruzem uma articulação para relaxar, alongar e conter uma força de alongamento. Habilidade da unidade musculotendínea para alongar-se enquanto um segmento corporal ou articulação se move através da amplitude de movimento. Flexibilidade dinâmica Refere-se à amplitude de movimento ativa de uma articulação. Esse aspecto da flexibilidade depende do grau onde uma articulação pode ser movida através de uma contração muscular e da quantidade de resistência do tecido que é encontrada durante o movimento ativo. Flexibilidade passiva É o grau onde uma articulação pode ser movida passivamente através da amplitude de movimento disponível e depende da extensibilidade dos músculos e tecidos conectivos que cruzam e cercam a articulação. 2) Contratura Encurtamento de um músculo ou outros tecidos que cruzam uma articulação por hiperatividade muscular, o que resulta em uma limitação na mobilidade articular. 3) Alongamento Qualquer manobra terapêutica elaborada para aumentar o comprimento de (alongar) estruturas de tecidos moles patologicamente encurtadas e desse modo aumentar a amplitude de movimento.

a) Alongamento passivo Enquanto o paciente relaxado, uma força externa, aplicada manualmente ou mecanicamente, alonga os tecidos encurtados.

b) Hiperalongamento É um alongamento bem além da amplitude de movimento normal de uma articulação e tecidos moles vizinhos, que resulta em hipermobilidade.

A. Indicações 1. Quando a amplitude de movimento está limitada como resultado de contraturas,

adesões, e formação de tecido cicatricial, levando ao encurtamento de músculos, tecido conectivo e pele.

2. Quando as limitações podem levar à deformidades estruturais (esqueléticas), que podem ser prevenidas.

3. Quando as contraturas interferem com as atividades funcionais cotidianas ou com a assistência de enfermagem.

4. Quando existe fraqueza muscular e retração nos tecidos opostos. Os músculos retraídos devem ser alongados antes que os músculos fracos possam ser efetivamente fortalecidos.

B. Precauções: 1. Não force passivamente uma articulação além de sua amplitude de movimento normal.

Lembre-se, a amplitude de movimento normal varia entre indivíduos normais. 2. Fraturas recém-consolidadas devem ser protegidas através de estabilização entre o

local de fratura e a articulação onde ocorre o movimento.

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3. Tenha cuidados adicionais em pacientes com osteoporose possível ou comprovada, devido à doença, repouso prolongado n leito, idade ou uso prolongado de esteróides.

4. Evite alongamento vigoroso de músculos e tecidos conectivos que foram imobilizados por um período prolongado de tempo. O tecido conectivo (tendões e ligamentos) perdem sua força de tensão após imobilização prolongada.

a. Procedimentos de alongamento com alta intensidade, curta duração, tendem a provocar mais trauma e resultar em fraqueza dos tecidos moles, mais que alongamento de baixa intensidade e longa duração.

b. Os exercícios de fortalecimento devem ser combinados ao programa de alongamento de modo que o paciente seja capaz de desenvolver um equilíbrio apropriado entre flexibilidade e força.

5. Se o paciente experimenta dor articular ou muscular com mais de 24 horas de duração, é sinal que foi usada força em excesso durante o alongamento, está ocorrendo uma resposta inflamatória, o ocorrerá aumento na formação de tecido cicatricial. Os pacientes não devem experimentar desconforto residual maior que uma sensação passageira de hipersensibilidade.

6. Evite alongar tecido edemaciado, já que esse é mais suscetível a lesão que o tecido normal. A irritação contínua dos tecidos edemaciados geralmente provoca aumento da dor e edema.

7. Evite alongar músculos fracos, particularmente aqueles que suportam estruturas corporais com relação à gravidade.

C. Contra-Indicações 1. Quando um bloqueio ósseo limita a mobilidade articular. 2. Após fratura recente. 3. Sempre que houver evidência de um processo inflamatório ou infeccioso agudo (calor e

edema) dentro ou ao redor de articulações. 4. Sempre que houver uma dor aguda, cortante, com movimento articular ou com

alongamento muscular. 5. Quando for observado hematoma ou outra indicação de trauma nos tecidos. 6. Quando as contraturas ou tecidos moles encurtados estiverem provendo aumento na

estabilidade articular em substituição à estabilidade estrutural normal ou força muscular. 7. Quando as contraturas ou tecidos moles encurtados forem a base de habilidades

funcionais, particularmente em pacientes com paralisia ou fraqueza muscular intensa. 4) Mobilização Um movimento passivo realizado pelo terapeuta com velocidade baixa o suficiente para que o paciente possa interromper o movimento. A técnica pode ser aplicada com um movimento oscilatório ou alongamento mantido de modo a diminuir a dor ou aumentar a mobilidade. As técnicas podem usar movimentos fisiológicos ou movimentos acessórios.

1. Movimentos fisiológicos: Movimentos que o paciente pode fazer voluntariamente; por exemplo, os movimentos clássicos ou tradicionais como flexão, abdução e rotação.

2. Movimentos acessórios: Movimentos dentro da articulação e tecidos vizinhos, que são necessários para a amplitude de movimento normal, mas não podem ser executados pelo paciente.

A. Efeitos da Mobilização Articular 1. Estimula a atividade biológica movimentando o líquido sinovial que traz nutrientes para a

cartilagem avascular das superfícies articulares e fibrocartilagens intra-articulares dos

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meniscos. A atrofia da cartilagem articular começa cedo quando as articulações são imobilizadas.

2. Mantêm e extensibilidade e força te tensão nos tecidos articulares e periarticulares. Com a imobilização ocorre proliferação fibroadiposa, que provoca adesões intra-articulares, assim como alterações bioquímicas em tendões, ligamentos, e tecido capsular articular, levando a contraturas articulares e enfraquecimento ligamentar.

3. Impulsos nervosos aferentes e receptores articulares transmitem informações para o sistema nervoso centras e assim provêem percepção de posição e movimento. Com lesão ou degeneração da cápsula, ocorre diminuição potencial em uma fonte importante de feedback proprioceptivo que pode afetar a resposta de equilíbrio do indivíduo. A mobilização articular provê impulsos sensoriais relativos a:

a. Posição estática e senso de velocidade do movimento (receptores tipo I encontrados na cápsula articular superficial)

b. Mudança na velocidade do movimento (receptores do tipo II encontrados nas camadas profundas da cápsula articular e coxins articulares adiposos).

c. Senso de direção do movimento (receptores do tipo I e III; os do tipo III são encontrados nos ligamentos articulares).

d. Regulação do tônus muscular ( receptores do tipo I, II e III). e. Estímulos nociceptivos (receptores do tipo IV encontrados na cápsula fibrosa,

ligamentos, coxins articulares adiposos, periósteo e paredes dos vasos sanguíneos).

B. Indicações para Mobilização Articular 1. Dor, Defesa Muscular e Espasmo: Articulações dolorosas, defesa muscular reflexa e

espasmo muscular podem ser tratados com técnicas de mobilização intra-articular leve para estimular efeitos neurofisiológicos e mecânicos.

a. Efeitos Neurofisiológicos: movimentos oscilatórios de pequena amplitude são usados para estimulas os mecanorreceptores que podem inibir a transmissão de estímulos nociceptivos no nível de medula espinhal ou tronco cerebral.

b. Efeitos Mecânicos: movimentos de tração ou deslizamento de pequena amplitude nas articulações são usados para promover a movimentação do líquido sinovial, que é o veículo transportador de nutrientes para porções avasculares de cartilagem articular. Técnicas de mobilização intra-articular leve ajudam a manter a troca de nutrientes e assim prevenir os efeitos dolorosos e degenerativos da estase quando uma articulação está edemaciada ou dolorida e não pode ser movida ao longo da amplitude de movimento.

OBS.: As técnicas de pequena amplitude articular usadas para tratar dor, defesa muscular ou espasmo muscular não devem tensionar os tecidos reativos.

2. Limitação Progressiva: Doenças que limitam progressivamente o movimento podem ser tratadas com técnicas de mobilização intra-articular para manter a mobilidade existente ou retardar restrições mecânicas progressivas.

3. Imobilidade Funcional: Quando um paciente não pode mover funcionalmente uma articulação por certo período de tempo, a articulação pode ser tratada para manter a mobilidade intra-articular existente e prevenir os efeitos de qualquer limitação mecânica.

C. Contra-Indicações e Precauções • Estiramento muscular grau I, II e III.

5) Tração É a separação das superfícies articulares

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1. Para ocorrer separação dentro da articulação, as superfícies precisam ser puxadas uma distalmente da outra. O movimento não é sempre o mesmo que ao puxar o eixo longo do osso. Por exemplo, se a tração é feita no corpo do úmero, isso resultará em um deslizamento da superfície articular (figura A). A separação da articulação glenoumeral requer que se puxe em ângulo reto na cavidade glenóide (figura B).

Obs.: Em técnicas de mobilização articula, a tração é usada para controlar ou aliviar a dor quando aplicada delicadamente ou para alongar a cápsula articular quando aplicada com uma força de alongamento.

IV. MASSAGEM DO TÓRAX O tórax é uma caixa óssea constituída por costelas, que são ossos em forma de

semicírculo, com uma extremidade articulada à coluna vertebral e a outra ao esterno. Ele contém dois órgãos cujo valor regula diretamente o rendimento físico, o coração e os pulmões. O valor funcional do coração e dos pulmões dependem muito da estrutura da caixa torácica, um peito estreito e anquilosado não pode conter bem o coração e ainda menos efetuar respirações profundas. No entanto, logo que o tórax se desenvolve, se alarga, se torna flexível, os pulmões se desenvolvem paralelamente, e o coração se libera.

Quando o tórax está na posição de repouso, as costelas ficam em posição oblíqua, inclinadas para baixo. Durante a inspiração forçada, sob a influência das contrações musculares, as costelas se levantam até ocupar uma posição quase horizontal. Quando as costelas estão levantadas o diâmetro do peito aumenta sensivelmente e, por conseguinte, a capacidade do tórax é muito maior, é graças a esse aumento que se faz a entrada de ar no interior dos pulmões.

Como o jogo articular não se executa nunca em toda a sua extensão, produzem-se anquiloses parciais que limitam consideravelmente os movimentos de abaixamento e levantamento.

A prática de atividades físicas pode agir sobre a caixa torácica, ao fazer passar para os músculos uma corrente sangüínea considerável, faz trabalhar o coração de maneira intensa, levando por conseguinte ao desenvolvimento de seu volume e de sua força.

Os processos de desenvolvimento torácico consistem essencialmente na ginástica respiratória e na ginástica de desenvolvimento dos músculos do pescoço, das costas e do peito. É um processo que dá notáveis resultados.

A massagem do tórax, mobilizando as costelas, obrigando-as a se levantar e se abaixar sobre uma extensão cada vez maior, e forçando a pessoa a respirar segundo uma cadência adaptada aos movimentos da massagem, educa a função respiratória, a ponto de, durante os maiores esforços, as respirações profundas poderem ser feitas de maneira instintiva. Sendo então uma técnica de indispensável conhecimento e aplicação de todo o bom massagista.

V. POMPAGEM Introdução

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A fibra muscular é envolvida por tecido conjuntivo – o endomísio. Várias fibras musculares são envolvidas por outra camada – o perimísio, formando um fascículo muscular. Vários fascículos são envolvidos por uma última camada de tecido conjuntivo, o epimísio, constituindo o músculo em sua forma final, como conhecemos. Nas extremidades do músculo, estes tubos conjuntivos ficam vazios de tecido muscular (sarcômeros), e então se reúnem, formando dos tendões. Assim, durante a contração muscular, todo o tecido elástico conjuntivo é tensionado, transmitindo a tensão aos pontos de inserção, movimentando as alavancas ósseas. Uma fibra muscular fora destes invólucros conjuntivos é inútil; portanto, o elemento de transmissão da força é a fáscia muscular. As fáscias encontram-se em continuidade umas em relação às outras, formando um verdadeiro esqueleto fibroso.

A pompagem é uma manobra capaz de tensionar lenta, regular e progressivamente um segmento corporal e, isto coloca sob tensão todo e qualquer tecido elástico aí contido. O tecido conjuntivo de revestimento é o elemento elástico por excelência do corpo humano. Portanto, este procedimento agirá especialmente sobre estas estruturas, restabelecendo seu comprimento ideal, estimulando a circulação de líquidos nelas contidos, abrindo as interlinhas articulares ao longo do segmento, facilitando a nutrição da cartilagem articular. A pompagem é um procedimento de tratamento fascial.

Fáscia: conjunto de tecido conjuntivo. A fisiologia da locomoção é composta por duas “subfunções” associadas, mas

mecanicamente independentes: a função dinâmica e a função estática. A primeira é a do movimento, dos deslocamentos segmentares; a segunda, ao contrário, é a fixação dos segmentos que servem de pontos de apoio aos movimentos ou que controlam os efeitos da gravidade. A primeira é eventual, fásica, voluntária; a segunda, inconsciente.

As duas funções – dinâmica (fásica) e estática (tônica) – tem um denominador comum: são funções globais. Não é possível mais raciocinar sobre os tratamentos músculo-esqueléticos de forma segmentar; só é possível considerar o ser humano em seu conjunto, cada segmento como parte de um todo funcional. A globalidade das duas funções tem o mesmo elemento anatômico: a fáscia.

A fáscia é um tipo de tecido conjuntivo, que apresenta em sua estrutura duas principais proteínas: o colágeno (organizado em feixes) e a elastina (organizada em redes). Em geral, quando um tecido é tensionado, é estimulada a secreção de colágeno, porém de acordo com o tipo de tensionamento, a secreção é diferente: se a tensão é contínua e prolongada, as moléculas de colágeno se instalam em série (as fibras colagenosas e os feixes conjuntivos alongam-se); se a tensão for curta e repetidamente, as moléculas instalam-se paralelamente (os feixes conjuntivos e as fibras colagenosas multiplicam-se). No segundo caso, ocorre uma densificação do tecido, que se torna mais compacto, mais resistente, mas progressivamente, menos elástico.

Durante toda a vida, os tecidos podem modificar-se de acordo com as tensões por eles suportadas:

*alongando-se: é o caso das convexidades escolióticas. Claro que, com exceção dos alongamentos fisiológicos, um alongamento anormal é fonte de desequilíbrio e de evolução deste desequilibro;

*densificando-se: é uma defesa do tecido. Se ele se torna mais sólido, perde sua elasticidade e não preenche mais perfeitamente sua função mecânica. É um circulo vicioso. Mais o tecido perde elasticidade, mais suporta solicitações de tensionamentos, mais densifica-se e mais perde elasticidade. O envelhecimento do homem é uma densificação progressiva de seu conjuntivo. Essa densificação chega com freqüência a uma ossificação; são fenômenos de artrose. Por outro lado, talvez o mais importante, mediante produção de novas fibras

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colaginosas, a densificação reduz o volume dos espaços lacunares entre as fibras e os tecidos e também, reduz a circulação dos fluidos entre estes.

O espaço existente entre as células conjuntivas é ocupado pelo que chamamos de substância fundamental, cujos constituintes são os feixes colaginosos, a rede de elastina e o líquido lacunar. Este líquido é a linfa intersticial, pois é neste local que todos os capilares linfáticos retiram os elementos que vão transformar-se em linfa. Suas principais funções são de nutrição celular e eliminação de resíduos devido à grande quantidade de macrófagos ali existentes. Este líquido circula pelas lacunas teciduais graças à mobilidade dos tecidos deslizando uns sobre os outros. É o líquido lacunar que preside a todos os fenômenos de osmose, é o campo de ação de praticamente todas as células de defesa, é em seu meio que se origina o sistema linfático. Sendo assim, a densificação dos tecidos (que reduz os espaços lacunares) e todas as tensões que impedem sua mobilidade perturbam os fenômenos vitais de nutrição e eliminação.

Muitos problemas dolorosos são decorrentes de tensões anormais que a fáscia suporta. Todo o sistema músculo-aponeurótico, todo o sistema cápsulo-ligamentar são um imenso receptor sensitivo, o da propriocepção. Como todos os receptores sensitivos, esses milhões de mecanorreceptores tornam-se dolorosos se sua ativação prolonga-se normalmente; trata-se aqui de uma tensão normal e persistente. São raramente dores intensas, em geral são perfeitamente suportáveis. No entanto, sua duração, sua persistência, suas recidivas freqüentes tornam-se rapiadadmente intoleráveis.

Duas patologias são as principais responsáveis pela maioria dos desequilíbrios estáticos e lesões osteopáticas articulares: os encurtamentos e as retrações. Estes também são responsáveis por praticamente todas as estases tissulares, impedindo a mobilidade da fáscia. Entre estas duas patologias a diferença é muito grande, tanto no plano da fisiologia como nas possibilidades de correção:

• Encurtamentos: são uma falta de crescimento do conjunto musculoaponeurótico; decorrentes de uma insuficiência de tensão dos tecidos durante o crescimento, quando o alongamento ósseo é insuficiente para vencer a resistência fibrosa. Estes rapidamente se tornam irreversíveis; quanto mais a deformidade evolui, mais a falta de tensão torna-se grave. Uma vez instalada, mesmo muito leve, o encurtamento não pode ser vencido em um tratamento. É o caso das concavidades escolióticas.

• Retração: sempre muscular, ocorre sempre nas unidades motoras tônicas. É o resultado de uma interpenetração muito importante dos miofilamentos de actina. Ao contrário do encurtamento, esta é facilmente reversível, desde se tratada antes que uma densificação conjuntiva apareça.

De acordo com as circunstâncias de sua utilização, as pompagens podem ter diferentes objetivos:

• Podem ser realizadas com o objetivo circulatório, devido ao importante papel que assume a fáscia, e sobretudo, o movimento fascial na circulação dos tecidos. Como visto, um bloqueio fascial ou uma ausência de movimento fascial levam a uma estase líquida, e assim, as pompagens procuram liberar os bloqueios e as estases. Nestes casos, são exercidas sobre todo o segmento, mobilizando a fáscia o mais amplamente possível, podendo até complementar de forma muito eficiente as manobras de massagem.

• Podem objetivar um relaxamento muscular, sendo neste caso, realizadas seguindo o sentido das fibras musculares, mantendo a postura adequada e associadas a expirações prolongadas. Trata-se de uma técnica muito eficiente no tratamento das contraturas, dos encurtamentos, das retrações que enfrentamos diariamente.

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• Podem ser utilizadas na região das articulações para combater a degeneração cartilaginosa, sendo que se utilizada nas afecções iniciais, as pompagens restabelecem o equilíbrio hídrico da cartilagem, ou ao menos, limitam o ressecamento; nestes casos são realizadas no sentido da descompressão articular. Entretanto, essas técnicas não têm nenhum efeito sobre as artroses graves, e mesmo sobre as artroses iniciais, não permitem uma volta; porém, permitem, quando praticadas regularmente, retardar a evolução do desgaste.

As técnicas de pompagem são relativamente simples, e sempre são realizadas em três tempos:

1) O primeiro tempo é um tensionamento do segmento. O terapeuta alonga lenta, regular e progressivamente até o limite da elasticidade fisiológica. Se ultrapassar a elasticidade limite do tecido, a técnica irá provocar reações de defesa, contrárias às reações desejadas de relaxamento. O primeiro tensionamento pode parecer não efetivo, porém, pouco a pouco, à medida que a fáscia se solta, o paciente fica mais confiante, e o alongamento se amplifica.

2) O segundo tempo é o tempo de manutenção da tensão. De acordo com o objetivo, este tempo pode variar: no caso de objetivo circulatório e relaxamento muscular, este tempo deve obedecer ao tempo da expiração do paciente, que deve ser prolongada (neste caso, o terapeuta orienta para que o paciente mantenha a expiração lenta, por um maior período possível, prolongado); no caso de pompagens articulares, o tempo mantido deve ser de 15 a 20 segundos, período necessário para que a cartilagem se impregne com seu líquido de nutrição.

3) O terceiro tempo é o tempo de retorno. No caso de pompagens circulatórias e musculares, o retorno deve ser lento por dois respectivos motivos: primeiro pois é durante este período que se rompem as barreiras, os bloqueios de movimento e as estases líquidas, sendo que neste momento a fáscia estará utilizando todas as suas possibilidades e todo o seu comprimento contra a tensão gerada pela mão do terapeuta; e segundo, deve ser lento para não provocar o reflexo contrátil do músculo em reação à tensão gerada pela mão do terapeuta. Nas pompagens articulares, o tempo de retorno é irrelevante.