590599_Macro III - Kalecki - Cap 2

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Macro III

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  • 1

    MACROECONOMIA III DEMANDA EFETIVA E

    DETERMINAO DA RENDA Teoria da Dinmica Econmica M. Kalecki

  • 2

    MACROECONOMIA III

    Captulo 2 Distribuio da Renda Nacional

    W/Y = participao dos salrios na renda nacional;

    k = gm [k = p/u = VP/(M+W)];

    j = razo entre mp e salrios (j = M/W).

  • 3

    MACROECONOMIA III Determinantes de W/Y: 1 gm; 2 razo entre mp e salrios; 3 composio industrial.

  • 4

    MACROECONOMIA III Consideremos as seguintes identidades: VP = M+W+P (A) P = VP-(M+W) (A) Onde: VP = valor da produo; M = despesa com matria-prima; W = folha de salrios; P = lucro.

  • 5

    MACROECONOMIA III O gm definido pela razo entre o VP e

    os custos diretos. K = VP/(M+W) (B) VP = K(M+W) (B)

  • 6

    MACROECONOMIA III Comparando (A) e (B), teremos: P = K(M+W)-(M+W) P = (M+W)(K-1) (C)

  • 7

    MACROECONOMIA III O valor adicionado (ou valor agregado)

    igual a salrios mais lucros: VA = W+P VA = W+(M+W)(K-1)

  • 8

    MACROECONOMIA III A participao da massa de salrios no

    valor agregado ser:

    )'()1)((

    )()1)((

    DKWMW

    Ww

    DKWMW

    WVAW

    ++=

    ++=

  • 9

    MACROECONOMIA III Dividindo o lado direito da equao (D) por W:

    Considerando que M/W = j, segue-se que:

    ( ))(

    )1*11E

    KWM

    Iw

    ++

    =

    )(

    )1(*)1(11 F

    kjw

    ++=

  • 10

    MACROECONOMIA III Assim, a participao relativa do salrio na renda (w)

    varia inversamente com a razo entre mp e salrio (j) e com o gm (k).

    Supondo j constante, um aumento no gm (k) deprime a participao do salrio na renda; por outro lado, se o gm (k) permanecer constante, um acrscimo na razo entre mp e salrio (j) reduz a participao do salrio na renda.

  • 11

    MACROECONOMIA III Preo das matrias-primas Variam de acordo com a demanda; Perodo de auge demanda preos; Perodo de depresso demanda preos. Uma elevao nos preos da matrias-primas

    provoca aumento de preos industriais, se o gm permanecer constante (pois p = m.u + np, onde u = M+W).

    Os preos das matrias-primas oscilam mais que os salrios e que os preos dos produtos finais.

  • 12

    MACROECONOMIA III Movimento dos fatores de distribuio ao longo do

    ciclo 1 Razo entre o preo das matrias-primas e

    salrios Os preos das mp bsicas variam de acordo com a

    demanda pelos produtos do setor primrio. Em perodos de auge, os preos das mp se elevam devido ao maior nvel de demanda. Se o gm permanecer constante, os preos dos produtos industriais sero aumentados proporcionalmente (p = m.u + np, onde u = M+W), provocando queda da participao dos salrios na renda.

  • 13

    MACROECONOMIA III j = M/W demanda M j w (supondo que o gm

    permanea constante) O oposto ocorre em perodos de depresso: demanda M j w (supondo que o gm

    permanea constante). Em resumo, j pr-cclico. Porm, no longo prazo, j tende a diminuir em face do

    aumento da produtividade do trabalho, que provoca queda no preo dos insumos em relao aos salrios. Assim, no longo prazo, a tendncia declinante de j eleva a participao do salrio na renda.

  • 14

    MACROECONOMIA III 2 O gm apresneta tendncia a

    aumentar a longo prazo, embora tal tendncia se manifeste mais vigorosamente nos perodos de recesso, deprimindo a participao dos salrios na renda.

  • 15

    MACROECONOMIA III 3 Composio industrial Economia dividida em trs

    departamentos: DI produz bens de investimento; DII produz bens de consumo para os

    capitalistas; DIII produz bens de consumo para os

    trabalhadores;

  • 16

    MACROECONOMIA III W/Y mais elevada em DI. DI: setor altamente instvel. Recesso: I W/Y. Expanso: I W/Y. Em sntese:

  • 17

    MACROECONOMIA III

    { } YWj

    YW

    indlcompgm

    cesso

    *

    ..**

    Re

  • 18

    MACROECONOMIA III

    { } YWj

    YW

    indlcompgm

    Expanso

    *

    ..**

  • 19

    MACROECONOMIA III Tendncia de W/Y (= w): permanecer

    estvel ao longo do ciclo em face dos movimentos opostos dos fatores de distribuio (comprovao emprica elaborada por Kalecki).

  • 20

    MACROECONOMIA III Mudanas cclicas na parcela relativa

    dos salrios e ordenados na renda bruta do setor privado

    A parcela relativa dos salrios (que a remunerao

    dos trabalhadores ligados diretamente produo) na renda bruta tende a ser relativamente estvel ao longo do ciclo, de acordo com Kalecki.

  • 21

    MACROECONOMIA III Os ordenados (remunerao dos trabalhadores

    administrativos) por serem custos indiretos, experimentam menos variaes durante os ciclos que os salrios. Assim, os ordenados crescem proporcionalmente menos do que a renda nos perodos de prosperidade e caem relativamente menos durante a depresso.

    Portanto, considerando-se que a remunerao do fator trabalho como um todo (salrios + ordenados) inclui uma parcela de custo fixo, Kalecki admite implicitamente que a participao do salrio total (salrios + ordenados) na renda bruta possui um componente anti cclico.

    Assim:

  • 22

    MACROECONOMIA III

    )(

    333

    222

    111

    IEconomiadaTotalBYV

    DBCVDBCVDBIV

    IIIw

    IIc

    I

    +=

    +=

    +=

    +=

  • 23

    MACROECONOMIA III Onde: V = salrios + ordenados; B = parcela dos ordenados (constante

    no curto prazo, mas sujeita a modificaes no longo prazo);

    0 < < 1, porque V < Y e B > 0.

  • 24

    MACROECONOMIA III Para obter a participao relativa dos salrios e dos

    ordenados na renda dividimos os dois termos da equao (I) por Y:

    )(IIYB

    YV

    +=

  • 25

    MACROECONOMIA III V/Y tende a reduzir-se no curto prazo

    com a expanso da renda e a aumentar quando a renda declina.

  • 26

    MACROECONOMIA III O Princpio da Demanda Efetiva O princpio da DE um tema bsico

    para o entendimento da dinmica das economias capitalistas e foi desenvolvido aps a Grande Depresso (1929) por Keynes e Kalecki simultaneamente.

  • 27

    MACROECONOMIA III Em qualquer ato de compra e venda tomado isoladamente

    produz-se um fluxo monetrio pagamento de um lado, recebimento de outro decorrente de uma nica deciso autnoma: a de efetuar determinado dispndio. Portanto, tomando-se o conjunto de transaes efetuadas numa economia mercantil durante um perodo de tempo arbitrrio, o fluxo monetrio total de receitas, idntico ao de despesas a elas correspondente, ter sido determinado pelas decises individuais de gasto dos agentes econmicos na aquisio de mercadorias (bens e servios). Este , em essncia e em sua expresso mais simples possvel, o princpio da demanda efetiva (Possas, 1987). Em sntese: o gasto (dispndio) determina a renda e, consequentemente, o produto. Assim, o princpio da DE especifica a maneira pela qual o nvel de atividade determinado.

  • 28

    MACROECONOMIA III O princpio da demanda efetiva diz que o nvel de

    atividade determinado pela demanda agregada; que se produz a quantidade dada, no pela capacidade de produo do sistema, mas pela demanda. E se no existe demanda, a produo no se faz e a capacidade produtiva fica parcialmente ociosa (Bacha, p. 24).

    O que caracteriza o limite da expanso da produo no curto prazo a eliminao total da capacidade produtiva ociosa, o que significa que as mquinas e equipamentos estejam sendo utilizados em seu nvel normal, ainda que haja desemprego da fora de trabalho.

  • 29

    MACROECONOMIA III A demanda do sistema determinar o produto

    efetivo; ela relaciona-se diretamente com o processo de produo e distribuio de renda.

    Para Kalecki, o principal problema das economias capitalistas era a insuficincia de demanda para absorver a produo potencial do sistema capitalista.

  • 30

    MACROECONOMIA III Mas, porque no existe mercado, porque o nvel da

    demanda no suficiente para absorver toda a produo que se poderia efetuar com os recursos disponveis? A resposta est na despesas dos capitalistas: seus gastos em consumo e investimento so insuficientes, esto aqum do nvel da capacidade produtiva de que eles mesmos dispem (Miglioli).

    Kalecki, em sua formulao do princpio da DE explica como os gastos dos capitalistas em consumo e investimento determinam os lucros, o montante de salrios e a renda nacional (dada a distribuio de renda entre salrios e lucros).

    MACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA IIIMACROECONOMIA III