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5º Edição

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Vejo tantas pessoas compartilhando sobre a diminuição da maiori-dade penal. É triste porque não pensam em eliminar o problema pela raiz que é a falta de boas escolas, investimento na educação e lazer… enfim, uma vida digna, sem miséria e tantos problemas que tudo isso causa, que é a violência e o abandono social e familiar. Onde vamos chegar com isso? Mini cadeias super lotadas? É essa a solução? É isso que nossas crianças merecem? E se cada um que compartilha essas ‘ideias’ geniais que provém das mesmas mentes que nos levam a esse estado de pobreza, se essas mesmas pessoas se mobilizassem e se tornassem voluntários, engajados em trabalhar com essas mesmas crianças, delinquentes e/ou futuros delinquentes, fruto de uma políti-ca sem comprometimento com o futuro do país? Como seria se tivés-semos pessoas tão preocupadas e disponíveis em ajudar como temos dispostas a compartilhar ‘ideias’ sem nem mesmo pensar na consequ-ência? Será que seria Educação de Qualidade que nosso país precisa? Ou será que precisa de diminuição da maioridade penal? Por que não se engajam em exigir comprometimento político? São tantas pergun-tas sem respostas e tão pouca esperança.

Veruska Alessandra, Belo Horizonte-MG

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Hoje, em Salvador, uma das cidades sedes das grandes copas, o povo tem as casas apenas para

passeio, pois a maioria do tempo passam entre as oito horas de trabalho nas empresas, quando não é o caso dos que fazem 12 horas diárias de oito a nove horas dentro do ônibus de

péssima qualidade e de cinco a sete horas em casa, tentando organizar tudo para novo dia de luta. Em troca da

mobilidade mudouse o trânsito, contri-buindo ainda mais para os gigantescos

engarrafamentos. Sem falar no Metrô, cujas obras já duram 14

anos, sem conclusão.

Bem vindos ao palco do futebol-arte. No perío-do de 15 a 30 junho de 2013 os brasileiros viveram a euforia do esporte ‘máximo’ e, vão viver assim, também, entre 12 de junho a 13 de julho de 2014. Agora, porém, é vez do Brasil ser a vitrine do futebol para o mundo. Para tanto, algumas medidas foram necessárias, como a construção de novos estádios, as chamas arenas.Porém, não é só de arenas que se fazem Copas. É preciso uma infraestrutura toda especial,em que estão envolvidos a mobilidade urbana, seguran-ça pública, qualificação de pessoal para recepcionar os visitantes e muito mais. Para isso, são necessários investimentos pesados. O primeiro evento da Copa das Confederações, que está ocorrendo atualmente no Brasil, já tem uma estimativa de R$ 7,1 bilhões de reais gastos nas cons-truções e reformas de estádios pelo país, por exemplo, nosso estádio Itaipava Arena Fonte Nova, com estima-tiva de gasto na ordem de R$ 689,4 milhões, e ficou entre os cinco mais caros do país.

Porém isso contrasta com a realidade da maio-ria da população soteropolitana que vive em extrema pobreza, às margens da sociedade, como é o caso de moradores de rua que vivem em um perímetro de cerca de três minutos da milionária Itaipava Arena Fonte, onde funcio-na uma espécie de Cracolândia, logo atrás do Fórum Ruy Barbosa, fórum esse que é onde são julgados os mesmos usuários de craque que cometem maiores delitos para sustento do seu vício. E, como falei acima, que para acontecer os mega eventos é preciso investir em mobilidade e segurança pública, pelo menos, veio o primeiro grande evento e isso não aconteceu (investimen-tos). Vou falar por mim: chego a passar cerca de três a quatro horas dentro de um transporte coletivo no percurso que normalmente se faria em35 minutos, no máximo, isso quando não acontece de eu ficar por cinco horas seguidas. .

CAPA

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Salvador, uma das cidades mais violentas do Brasil, onde poderíamos até mudar o tema para ‘insegurança pública’, e já não suportando mais tanta corrupção tanto desvio de verbas públicas destinadas à segurança, educação e saúde. Resolvemos, como o resto do país, sair das redes sociais e ir para as ruas protestar contra atual gestão de nosso país. No dia 20 de junho de 2013, o povo foi convocado e uma grande massa disse sim à convocação para o segundo protesto ocorrido na cidade de Salvador - a capital pouco policiada e que, por conta disso, o grande número de crimes como homicídios e outros tantos ganham as páginas dos jornais, agora tem o bem mais precioso do momento a Itaipava Arena Fonte, protegida por forte aparato policial, guarnições que nem conhecia e nem nunca tinha escutado falar, policiais quesão pagos para proteger o povo baiano agora marcham contra esse povo com truculência e armas de efeito moral e, no final de tudo isso, o que antes era um movimento pacífico, agora é vandalizado mais por parte da mídia do que por parte dos próprios vândalos infiltrados no movimento. Só com os gatos da Copa das Confederações já era possível mudar a cara da cidade no que diz respeito à mobilidade, saúde, educação e erradicação da pobreza, o que contribuiria em muito para diminuir os contrastes sociais pelo país, mas o povo acordou e, agora, acredito que isso será possível. Um povo que se alegra com o futebol-arte, agora desperta para que haja grandes mudanças em todas as esferas da sociedade, não apenas no campo do futebol, mas também no campo da saúde, da educação, da segurança pública, da igualdade social, da mobilidade urbana, na luta contra corrupção e contraas impunidades que se veem por todo o país. Enfim, o Brasil, antes do futebol-arte, agora, das mudanças, graças ao clamor do seu povo que é “Gigante pela própria natureza”.

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1DA JANELA PRA LÁ

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Do outro lado do vidroUm dia, o meu avô me explicou sobre algo chamado Diferença. Eu tinha sete anos de idade e, naquele tempo, não entendia, ao certo, o que ele queria me passar. Eu apenas pensava em borboletas e tigres - na minha cabeça, eles eram a mesma coisa. Mas por que não poderiam ser? São animais, não são? Pois não era o que meu avô achava.Todos os dias, saio de casa à espera do meu querido ônibus. Aquele ue, ao mesmo tempo, me leva para o estressante trabalho, mas que de tarde volta, me trazendo a paz da minha casa. Raramente, quando não estou dormin-do, reparo no que se passa através da janela. Sempre me deparo com crianças brincando no caminho da escola. Acho incrível o modo como elas podem ver o mundo. Parece ser tão simples e fácil, tão bonito e calmo. Elas mal reparam na roupa que vestem. Elas me lembram dos meus sete anos - a borboleta e o tigre - mal sabia eu, que essa era a maior desa-vença do mundo. Talvez, se eu conseguisse voltar aos meus sete anos, poderia explicar para eles a igualdade entre os dois pobres bichinhos. Eu não sei se sou a única mas, toda vez que olho por trás da janela do ônibus, enxergo a dife-rença. Vejo aqueles prédios grandes e luxuo-sos, onde as mulheres reúnem-se à tarde para tomar o glorioso chá e conversar sobre assun-tos sem importância. Porém, em alguns casos, tenho que me sentar do outro lado do ônibus, obrigando-me a ver a pobreza, a desavença e a fome. Nessas horas, o meu pensamento vol-ta para borboleta e o tigre. Aqueles, que são iguais e diferentes ao mesmo tempo, aqueles que vivem em constante guerra. O tigre forte pisando na pobre borboletinha. É nessas horas que percebo que não passamos de animais com a capacidade de pensar desligada. Aposto que meu avô não concordaria com essa minha nova teoria!

Bianca Carlstrom, São Paulo.

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Pensei em escrever sobre um sonho bem do tipo “Terra do Nunca”, um mundo de crianças que nunca crescem, mas daí me dei contade que não tenho vocação para Peter Pan e que os problemas vividos são bem maiores que o Capitão Gancho.Comecei a pensar então sobre os problemas diários, as dificuldades que ás vezes parecem tão pequenas e por conta disso se tornam esquecidas.Escrevi então sobre os degraus tão altos dos ônibus que nos obrigam a um alongamento diário nas pernas (acho talvez que o governo esteja pensando em nos “alongar” para que nos tornemos mais flexíveis a ele).Escrevi também sobre os grande buraquinhos que nos dão mais emoção em meio ao entediante engarrafamento matinal e nos chacoalha feito vitamina e ajuda-nos a “acordar” para cada dia. Lembrei também do quanto é emocionante em um dia de chuva você sair pulando em perfeita sincronia de passos e saltos os bueiros e buracos empoçados em balé perfeito.Ah, que ironia a minha em tratar com beleza e poesia este meu pedido de socorro...Nessa altura do texto eu parei de escrever.

Gisele Lopes, Salvador

Na ponta dos dedos da Giih... Cidade Ideal

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#CineDESABAFO!

FICHA TÉCNICA Produção e Direção: Sandra WerneckRoteiro: Paulo Halm, Michelle Franz, Adriana Falcão, Sandra Werneck, José Joffily, Mauricio O. DiasProdução Executiva: Elisa TolomelliDireção de Produção: Fernando ZagalloDiretor de fotografia e Câmera: Walter CarvalhoDireção de Arte: José JoaquimSom direto: Leandro LimaMontagem: Mair TavaresEdição de som: Waldir XavierTrilha sonora: Fabio Mondego, Fael Mondego,Marco TommasoEmpresa produtora: CineluzCoprodução: Estudios Mega, Labo

O filme Sonhos Roubados consiste na vida de 3 jovens das comunidades cariocas que fazem de tudo para sobreviver e a única saída, infelizmente , foi o trabalho que se tornou exploração sexual, psicológica e física.

Vale a pena conferir!

EM CARTAZ !!!

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#CineDESABAFO!

FICHA TÉCNICA Produção e Direção: Sandra WerneckRoteiro: Paulo Halm, Michelle Franz, Adriana Falcão, Sandra Werneck, José Joffily, Mauricio O. DiasProdução Executiva: Elisa TolomelliDireção de Produção: Fernando ZagalloDiretor de fotografia e Câmera: Walter CarvalhoDireção de Arte: José JoaquimSom direto: Leandro LimaMontagem: Mair TavaresEdição de som: Waldir XavierTrilha sonora: Fabio Mondego, Fael Mondego,Marco TommasoEmpresa produtora: CineluzCoprodução: Estudios Mega, Labo

O filme Sonhos Roubados consiste na vida de 3 jovens das comunidades cariocas que fazem de tudo para sobreviver e a única saída, infelizmente , foi o trabalho que se tornou exploração sexual, psicológica e física.

Vale a pena conferir!

EM CARTAZ !!!