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NÚMERO 5 ANO O EDIçãO 5 MAIO 2013 R$ 4,90 www.revistaolha.com.br ISSN 2317-1995 a minha caruaru AlysOn dyeGO COlOCOu CARuARu nO seu FutuRO EntrEVistão: nos 156 anos Do aniVErsÁrio Da ciDaDE taMbÉM conhEciDa por princEsinha Do aGrEstE, o historiaDor JosuÉ EusÉbio fala Da caruaru antEs Da chEGaDa DE JosÉ roDriGuEs DE JEsus E Dos priMEiros inDÍcios DE ciViliZação, QuE Mais tarDE DEraM oriGEM a Mais DEsEnVolViDa ciDaDE Do intErior Do EstaDo Sob os olhos de quem enxerga as oportunidades Da educação ao futuro profissional de sucesso Nesta data especial, a comemoração é de todos Cult O ex-prefeito e apaixonado por Caruaru, Anastácio Rodrigues, luta pela preservação da memória local Escrachado A preocupação com a cultura anda meio distante da realidade dos jovens Comigo foi assim A capacidade de acreditar nos sonhos fez João do Pife alçar voos inimagináveis ESPECIAL EDIÇÃO ANIVERSÁRIO DE CARUARU

Revista Olha! - 5ª edição

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Olha! Levando aos leitores conhecimento de qualidade. Uma revista que traz as ideias do futuro para o presente.

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a minhacaruaru

AlysOn dyeGO COlOCOu CARuARu nO seu FutuRO

EntrEVistão: nos 156 anos Do aniVErsÁrio Da ciDaDE taMbÉM conhEciDa por princEsinha Do aGrEstE, o historiaDor JosuÉ EusÉbio fala Da caruaru antEs Da chEGaDa DE JosÉ roDriGuEs DE JEsus E Dos priMEiros inDÍcios DE ciViliZação, QuE Mais tarDE DEraM oriGEM a Mais DEsEnVolViDa ciDaDE Do intErior Do EstaDo

Sob os olhos de quem enxerga as oportunidades

Da educação ao futuro profi ssional de sucessoNesta data especial, a

comemoração é de todos

Cult O ex-prefeito e apaixonado por

Caruaru, Anastácio Rodrigues, luta pela

preservação da memória localEscrachado A

preocupação com a cultura anda meio

distante da realidade dos jovens

Comigo foi assim A capacidade de

acreditar nos sonhos fez João do Pife alçar

voos inimagináveis

ESPECIALEDIÇÃO

ANIVERSÁRIODE CARUARU

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Frases de impacto Para inspirar o leitor, a cada abertura de seção a Revista Olha! interage com frases de impacto de escritores brasileiros.

listã

o

12Eu mesmo14 A minha CaruaruAo longo desses 156 anos de existência, muitas situações colaboraram para que Caruaru chegasse a ocupar posição de destaque. Veja como a cidade é vista pelos jovens nas áreas de educação, cultura e infraestrutura

22 Cidade do futuro A economia cresce e aumenta também a população jovem da cidade. Conheça a expectativa para o futuro dos jovens que estão se preparando para ganhar o mercado profissional

30 Eu sou O estudante Anderson Arruda divide o tempo entre a faculdade, a gerência de Marketing em uma empresa e ainda encontra fôlego para se dedicar ao desenvolvimento de projeto próprio

olha!nossa capa

foto PRisCilA FOntineleMoDElo Da capa

AlysOn MAtOs

foto Das abErturas DE sEção

PRisCilA FOntinelecrianças MoDElo Das abErturas DE

sEçãoMARiA luizA silVA

JuliAnA GOMesAlexAndRe GOMes

32Os outros34 Entrevistão O historiador e grande conhecedor do passado da cidade, Josué eusébio, fala um pouco sobre a Caruaru do século xVii, esclarecendo algumas dúvidas sobre o processo da Fazenda que deu origem a uma das maiores cidades do interior do estado

38 Escrachado A estudante de design, Glenny lorrayne externa sua opinião sobre a desvalorização da cultura local por parte do poder público

40 Deu/Não Deu Ainda não há previsão para término da crise entre professores municipais e prefeitura de Caruaru. saiba a opinião dos estudantes sobre o fato

mAiO 2013 EDiçãO 5

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Frases de impacto Para inspirar o leitor, a cada abertura de seção a Revista Olha! interage com frases de impacto de escritores brasileiros.

48Ser, ter e escolher50 Cult O ex-prefeito Anastácio Rodrigues aniversaria no mesmo mês em que Caruaru, terra que ele ama e defende como legítimo patriota. Quatro décadas após ter deixado a administração municipal Anastácio continua popular e permanece lutando pela preservação da história desta terra. Para ele, a cidade precisa ser olhada de forma diferente

52 Consumão não é de hoje que as novidades tecnológicas encabeçam as listas de consumo das pessoas. e, o novo lançamento da Apple, o iPad 4, vem com força total. Após sete meses do seu lançamento, a marca já colocou no mercado o iPad 4 e tirou de linha o irmão mais velho.

54 Campanha O livro “O Homem Que não Queria ser Papa”, de Andreas englisch, está entre as nossas sugestões de leitura. Veja também outras indicações

58 Fim

42Fora do ar46 Comigo foi assim no início, apenas a vontade de mudar para uma cidade que pudesse oferecer melhores condições. em seguida, a determinação fez João do Pife alçar voos inimagináveis, como se apresentar em quase todo o Brasil e também no exterior

44 Bastidores em diversas escolas do país, o dia do Índio é vivenciado com pinturas no rosto e brincadeiras folclóricas. no Colégio sagrado Coração, os alunos tiveram a oportunidade de aprofundar o conhecimento, tendo contato com índios da tribo Fulni-ô , natural de Águas Belas, Agreste do estado

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men

te a

bert

auma cidade que se destaca no interior de Pernambuco pela sua grandeza, riqueza cultural e desenvolvimento econômico. É assim que a maiorias das pessoas enxerga Caruaru, uma cidade que se mostra muito além para os que alimentam uma espécie de amor sem explicação por essas terras cultivadas por José Rodrigues de Jesus. As pessoas que aqui vivem, ou chegam por algum motivo específico, logo se sentem em casa e fazem questão de exaltar o mais puro sentimento de expectativas para o futuro.O desenvolvimento educacional chegou como uma avalanche no País de Caruaru, assim denominado por um dos gênios da literatura popular, nelson Barbalho, que dedicou parte da sua obra para relatar sobre a Caruaru que lhe encantava. Álvaro lins, Austregésio de Athayde, os irmãos Condé, filhos ilustres que ajudaram a difundir a terra que mais tarde viria a se tornar polo educacional do interior do estado. um desenvolvimento que começou tímido e hoje concentra faculdades, universidades e muitas oportunidades para quem vem em busca de especialização e um lugar ao sol.nesta quinta edição da Revista Olha! procuramos trazer para você, leitor, um pouco de tudo que é visto como identidade de Caruaru, desde a população, passando pelo desenvolvimento, cultura, sem esquecer um pouco sobre a história. nesses 156 anos de elevação a categoria de cidade, o que mais encanta os moradores, segundo a maioria dos jovens, é a grandiosidade

do município que não perde suas características interioranas. Porém, muito ainda precisa ser aprimorado, seja na infraestrutura ou na melhoria da prestação de serviços básicos para atender de forma digna a expectativa das pessoas.na arte, cultura e música, percussores de todo esse legado, hoje admirado por quase todo o mundo, servem de inspiração para a nova geração. Mestre Vitalino, Onildo Almeida, luiza Maciel... nomes que ganharam destaque, pela humildade e talento, como João do Pife, que conta um pouco da sua trajetória de artista e cidadão caruaruense. Falando de política, sem esquecer dos fatos históricos que merecem ser lembrados e preservados, o ex-prefeito e apaixonado por Caruaru, Anastácio Rodrigues, diz que é necessário progredir e preservar a história. e ainda aproveita para criticar a atuação de alguns políticos para com seu verdadeiro papel social.na história, buscamos um pouco do conhecimento do historiador Josué eusébio, que apresenta a Caruaru pouco conhecida. A Fazenda do século xVii, que mais tarde conquistou as condições necessárias para ser povoada, a partir da sensibilidade de José Rodrigues de Jesus. nas páginas seguintes, prestamos uma singela homenagem ao aniversário de Caruaru, emancipada politicamente há 120 anos. Boa leitura!

Robson meriéverto n - editor

noss

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na

rede

“Foi num belo dia de verão. Que eu perdi meu coração. Foi numa cidade do sertão. Que guardo na recordação. Caruaru, Caruaru. A princesinha do norte és tu.” dalva de Oliveira

Eduardo BruceBem legal o conteúdo! Parabéns para toda equipe da Olha!via facebook

Clarice XavierChegou o que faltava em Caruaru: uma revista de educação! Parabéns a todos que fazem a Olha!via facebook

Aline mirelly É impossível olhar e não ler a Revista Olha! Pioneira no Agreste, veio para suprir a carência no mercado. O conteúdo e projeto gráfico merecem nota 1.0000.via facebook

Sandra SilvaCada edição me surpreende mais. sou muito crítica e observadora, mas, confesso, que a linha editorial e gráfica da Olha! me encanta a cada edição. Parabéns a toda equipe.via facebook

Adrielmo mouraJá tive a oportunidade de ler a revista e ela é muito boa e com matérias muito interesses de assuntos gerais, como da nossa região!via facebook

Andressa AguiarGosto muito do perfil da revista, jovem, atual, com temas interessantes e abordados de uma forma fácil e prazerosa de ler, sem contar com o visual da revista que é muito atraente. via facebookElessandra meloParabenizo a todos que fazem a Revista Olha! não só por nos proporcionarem uma revista com conteúdo de qualidade, mas também pela forma com que tratam os assuntos. Além da diversidade de matérias, falam de economia e empreendedorismo de uma forma diferenciada. O que torna a leitura mais leve e atrativa.via facebook

Fabielly DuarteA Olha! é uma proposta inovadora e estimulante no mercado. Fiquei feliz ao ver um material de qualidade com foco em educação (tema essencial), com linguagem jovem e atrativa. Acho que faltava isso em nossa região, porque estamos cansados de mais do mesmo. Acho muito bacana como a revista estimula o jovem a buscar o autoconhecimento para se posicionar de forma mais segura na sociedade, no mercado de trabalho e na vida. A equipe está de parabéns!via facebook

Ana Karina morettiAchei bacana a proposta da revista, de trazer assuntos diversos, seja de nossa região ou não, numa linguagem clara, objetiva. É mais uma opção de vc ficar informado sobre saúde, lazer, cultura, entretenimento, notícias... de fato é pra vc Olhar! depois ler e absorver! Parabéns aos idealizadores e colaboradores! Recomendarei!via facebook

siGa-nos taMbÉM: twitter.com/revistaolha facebook.com/revistaolha instagram.com/revistaolha

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cola

bora

dore

sEverton Arrudaessa revista é super interessante! Parabéns a todos que fazem a Olha! e pelos ótimos conteúdos que nos fornecem a cada edição.via facebook

Edinho moreiraParabéns pela ousadia! É sempre bom contar com algo de bom gosto e de excelente qualidade. O mercado agradece!via facebook

Antônio André leal magalhãesParabenizo a equipe da revista Olha! pelo excelente tema da 4ª edição, afinal, vivemos em um país de jovens empreendedores que cada vez mais conquistam seu espaço no mercado de trabalho, com idéias criativas e inovadoras.via facebook

lidia Vilaçauma super revista para Caruaru, de fato o que estava faltando!via facebook

Cintia Santanatava faltando algo assim na região. Algo descolado, jovem e criativo. Olha! Vocês estão de parabéns!via facebook

Carlos Junior Fernandeseditores da revista, uma sugestão de matéria seria sobre jovens empreendedores: o que fazem, aonde se destacam, aonde trabalham, o diferencial deles no mercado de trabalho, coisas do tipo. Adoraria participar dessa matéria junto a outras profissões. via facebook

Ailton mouraGente! Parabéns! nossa região estava precisando de uma revista assim, jovem, que trate de assuntos atuais. Os temas abordados pela revista são assunto nas rodas de conversas de jovens como, por exemplo: tatuagem e piercing até onde podem prejudicar você no trabalho, um assunto que divide opiniões e que deixa muitas dúvidas.uma revista de leitura rápida e agradável. sucesso a todos vocês da revista. via facebook

Anderson CorreiaConheço a Revista Olha! há pouco tempo, porém neste pouco tempo que conheço, não há uma matéria que leia que não ache interessante. A revista é perfeita para todos os gostos, suas matérias sempre deixam aquele gostinho de “não vejo a hora da próxima edição sair”. se tivesse que descrever a Revista Olha! em uma única palavra, a palavra seria... Perfeita. Parabéns!via facebook

Christoph Fariasessa semana tive a oportunidade de ver a Revista Olha! e gostei muito da forma em que ela aborda os temas do nosso cotidiano, com uma linguagem bem simples e objetiva. e que nos traz conhecimento de qualidade. Parabéns a todos que fazem a Revista Olha! e muito sucesso.via facebook

anastácio rodrigues, 85 anos, bacharel em direito, foi diretor de educação e Cultura, vereador e prefeito de Caruaru. Atualmente, é presidente do instituto Histórico da cidade, idealizado por ele próprio no intuito de resgatar e preservar a memória da Capital do Agreste, pela qual é um eterno apaixonado. em seu currículo de administrador público, destaque para obras de relevância em Caruaru.

Professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e letras de Caruaru (Fafica), Josué Eusébio, 67 anos, também se destaca como mestre em História e pesquisador da história de municípios da região Agreste. Ao longo dos anos de pesquisas e trabalhos, o limoeirense de nascimento descobriu uma verdadeira paixão por Caruaru, que motivou a edição de trabalhos que evidenciam a história da cidade.

robson Góes, 38 anos, é carioca, mas escolheu Caruaru como lugar para viver. É

economista, mestre em economia internacional pela universidade Federal de Pernambuco - uFPe, professor universitário do curso de

Relações internacionais da Faculdade Asces. Góes também responde pela coordenação do

curso de Administração da universidade de Pernambuco - uPe Campus Caruaru.

João do pife começou a aprender as primeiras notas musicais aos 10 anos. A roça e as novenas foram o cenário para

o nascimento de um artista popular que já viajou o Brasil e 24 países do mundo tocando

o instrumento de fé dos trovadores. Os sonhos são o combustível de sua existência. da vida

ele quer apenas uma coisa: ter seu talento reconhecido em Caruaru.

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se liga

JornaDa tEcnolóGica

tecnologia é debatida na faficaCeRCA de 200 PessOAs PARtiCiPARAM dessA Que FOi A sextA ediçãO dO eVentO

Com a proposta de discutir as “tendências e novas Visões no universo Mobile”, a Fafica realizou a sex-ta edição da Jornada tecnológica. O objetivo prin-cipal do evento foi disseminar o conhecimento tec-nológico no meio acadêmico, bem como motivar jo-vens, alunos, pesquisadores e profissionais libe-rais a desenvolver novos talentos, utilizando a cria-tividade.na abertura do evento, que se estendeu entre os dias 22 e 26 de abril, foram realizadas três pales-tras. A primeira, ministrada pelo engenheiro de sis-temas do C.e.s.A.R, Aécio Costa, que levantou a te-mática envolvendo o Google tV. O palestrante apre-sentou várias plataformas de desenvolvimento para a tV digital e para o próprio Google tV.na sequência, o doutor em engenharia de softwa-re, eduardo Oliveira abordou o tema “Aprender a de-saprender para reaprender: inovações e reflexões sobre práticas educacionais”. A última palestra dis-cutiu a aplicação da inteligência Artificial no mun-do mobile, sendo proferida pela mestranda em inte-

ligência Computacional pela universidade Federal de Pernambuco (uFPe), Renatha Accioly.sobre o evento, o coordenador dos cursos de tecno-logia da Fafica, Rodrigo lopes, avalia como sendo bastante positivo para o aprendizado dos alunos. “O evento foi um grande sucesso. Pelos comentá-rios que os alunos nos trazem, as palestras foram altamente produtivas. na semana do evento foram apresentadas novas tecnologias e alguns conceitos novos”. segundo informações dos organizadores, por noite, mais de 200 alunos participaram das dis-cussões e demais atividades realizadas no evento.Antes das palestras, os participantes ficaram sa-bendo um pouco mais sobre a parceria entre o C.e.s.A.R e a Fafica, na troca de conhecimentos im-portantes para a região. A nível Caruaru, lopes des-taca a importância do evento por receber palestran-tes de grande relevância para os temas abordados ao logo da realização do evento. “É uma honra para nós receber profissionais altamente qualificados”, ressalta lopes.

iNtERCâmBiOestudantes da rede pública de ensino de Pernambuco contam com outra oportunidade para estudar no exterior. O Brasil é um dos países que atualmente recebem recursos do departamento de estado Americano para o programa Oportunidades Acadêmicas (Opportunity Funds) para incentivar o ingresso desses estudantes em universidades dos estados unidos. Para se inscrever no programa é necessário além do preenchimento do formulário e envio da documentação solicitada, que o estudante comprove proficiência em inglês, através de uma avaliação feita na ABA para os estudantes da RMR e por telefone ou skype para os alunos do interior que solicitarem uma dessas modalidades de avaliação. O formulário está disponível no site www.educationusa.org.br e deve ser enviado com os documentos solicitados para o e-mail [email protected].

CENSO ESCOlARO instituto nacional de estudos e Pesquisas educacionais Anísio teixeira (inep) divulgou o cronograma para coleta das informações que vão compor o Censo escolar da educação Básica de 2013. A pesquisa será feita por meio de questionários na internet em todo o território nacional.

Os alunos tiveram

oportunidade de conhecer

plataformas da tV Digital

fotos: divulgação maio 2013 www.revista .com.br9

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se liga

fotos: divulgação

inteligência multifocal. O Colégio Atual de Caruaru recebeu o médico, psiquiatra e escritor Augusto Cury em uma palestra voltada para os diretores, coordenadores, professores, pais e estudantes do Colégio. Com o tema“inteligência multifocal”, o autor prendeu a atenção dos participantes que saíram de lá mais esclarecidos sobre o conteúdo discutido. “O objetivo do evento, além da troca de experiência com os nossos colaboradores, pais e estudantes, é o de divulgar o congresso “Educa Garanhuns” promovido pelo Grupo luna e pelo Colégio Atual de Caruaru e que ocorrerá nos dias 3 e 4 de maio de 2013 na Cidade das Flores”, comenta Paladino, diretor do Atual Caruaru. Augusto Cury foi considerado pelo jornal Folha de São Paulo o autor brasileiro mais lido da década. Atualmente é publicado em mais de 50 países. Autor de 30 livros entre eles “Pais Brilhantes”, “Professores Fascinantes” e “inteligência multifocal”, tema da palestra. Seus livros já venderam mais de 10 milhões de exemplares somente no Brasil.

Cury é autor de 30 livros, que, juntos,

venderam mais de 10 milhões

de cópias

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A partir do dia 6 de maio até 30 de agosto estão abertas as inscri-ções para o Prêmio Jovem Cientista, realizado pelo Conselho na-cional de desenvolvimento Científico e tecnológico (CnPq) em par-ceria com a Fundação Roberto Marinho, Gerdal e General eletric. O prêmio tem como objetivo promover a pesquisa, revelar talentos e investir em jovens pesquisadores. Para participar é preciso ter menos de 40 anos e estar ligado a instituição de ensino. As cate-gorias são estudantes de ensino médio - que inclui estudantes de ensino técnico e profissionalizante -, estudantes de ensino supe-rior e mestre ou doutor. Os prêmios vão de R$ 15 mil a R$ 30 mil para a categoria de mestre e doutor e de R$ 10 mil a R$ 15 mil pa-ra nível superior. no ensino médio, os três primeiros lugares rece-bem laptops. Os vencedores também são contemplados com bol-sas de estudo do CnPq, além da publicação dos trabalhos.

futuro

prêmio sugere pesquisa entre os jovens talentosPARA se insCReVeR BAstA teR MenOs de 40 AnOs e estAR deVidAMente MAtRiCulAdO eM uMA instituiçãO de ensinO

Vestibular A Faculdade do Vale do ipojuca (Favip/deVry) está com inscrições abertas para um novo vestibular. serão 200 vagas no periodo da tarde e noite para os cinco novos cursos de design de Moda, design de interiores, Produção do Vestuário, Gestão Ambiental e Gestão Hospitalar e mais 100 vagas para expandir para o turno da tarde nos cursos de enfermagem e Arquitetura e urbanismo. As inscrições custam R$ 75 e podem ser feitas até o dia 15 de maio, por meio da site da Favip (www.favip.edu.br) ou da Covest (www. covest.com.br). As provas serão aplicadas no dia 19 de maio, no Campus i da instituição, das 8h às 12h.

tênis O Colégio Antenor simões realizou a ii edição da Copa Antenor de tênis de Mesa. O evento aconteceu no último dia 20 de abril e reuniu mais de 40 atletas na quadra Poliesportiva da escola. Para o auxiliar de Coordenação de esportes, edivaldo Arnaldo, a Copa tênis de Mesa tem grande importância para o cenário do esportivo e pedagógico na cidade, pois reúne alunos de diversas outras escolas com o objetivo de interagir e trocar experiências na forma de treinar. na modalidade, Caruaru tem destaque com Allan Moreira, Clayton Barros, Willian França e Rafael Pimenta, que já trouxeram o título de campeão pernambucano e brasileiro de tênis de Mesa.

Oportunidade A partir de maio, 26 docentes cubanos iniciarão pesquisas e estudos com bolsas em universidades públicas brasileiras. O resultado dos selecionados nas modalidades doutorado-sanduíche e de pós-doutorado, em todas as áreas de conhecimento. A iniciativa faz parte do programa de cooperação internacional do ministério de educação superior de Cuba com a Capes, o Capes-Mes Cuba. em sua terceira edição, a parceria visa elevar a qualificação de professores universitários, pesquisadores, profissionais e graduados do ensino superior de Cuba e fomentar a troca de experiência acadêmica.

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eu mesmo

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eu mesmo

“Caruaru, do meu Bom Jesus do MontePra quem vive tão distante por força do destinoAi Caruaru, do meu tempo de meninoAinda me lembro das festanças da Matrizdas noitadas de retreta e do velho chafarizdos roletes de cana-caiana, cocada de coco, amendoimda corridas, das bolas de gudedos banhos de açude que não saem de mimda Rua Preta o Farrapo, lagoa da Ponte e o Vassouraldas noites de são João, quadrilhas, natal e CarnavalCaruaru, das serestas e das canções, da rua 10 de novembroe de tantas tradições.”

Azulão

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em declarações de amorA MINHA CARUARU

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em declarações de amorA MINHA CARUARU

HOMENAGEADA EM VERSOS E PROSAS, POESIAS E CANÇÕES, PINTURAS E DECLARAÇÕES RASGADAS DE AMOR, CARUARU, TAMBÉM CONHECIDA COMO A PRINCESINHA DO AGRESTE, NESTE 18 DE MAIO FAZ IDADE NOVA. AO LONGO DESSES 156 ANOS DE EXISTÊNCIA, MUITAS SITUAÇÕES COLABORARAM PARA QUE ELA CHEGASSE A OCUPAR UMA POSIÇÃO

DE DESTAQUE PERANTE OUTROS MUNICÍPIOS DA REGIÃO. SEJA PELAS OPORTUNIDADES, AMBIENTE SATISFATÓRIO PARA SE VIVER OU MESMO POR OUTROS MOTIVOS NEM SEMPRE EXALTADOS, CARUARU TAMBÉM É APAIXONANTE, NA VISÃO DE SEUS MORADORES. PORÉM, LONGE DE OSTENTAR O TÍTULO DE CIDADE PERFEITA, NÃO ESTÁ ISENTA ÀS CRITICAS E SUGESTÕES DE MELHORIAS. A CARUARU QUE É MINHA, SUA E DE TODOS SERÁ MOTE DE DISCUSSÃO A PARTIR DE AGORA, EM CRÍTICAS, DECLARAÇÕES

E EXPERIÊNCIAS INOVADORAS.

ESPECIALEDIÇÃO

ANIVERSÁRIODE CARUARU

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espe

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também é apaixonanteA NOSSA CARUARU

A Caruaru do jovem Alyson dyego, 19 anos, é cheia de oportunidades. natural de Canhotinho, a Capital do Agreste já faz parte da sua vida há quase três anos. “A ideia de adotar Caruaru co-mo moradia apareceu quando pensei em correr atrás de algum curso superior. seja pela proxi-midade da minha cidade natal, ou pela gama de oportunidades, Caruaru foi a minha primeira op-ção”, diz o jovem que cursa o 5º período de di-reito na Faculdade Asces. O encantamento para com a terra de Vitalino vai muito além das opor-tunidades educacionais. “Por aqui a estrutu-ra para se iniciar uma carreira profi ssional é de grande relevância, até porque, pessoas de cida-des vizinhas acabam convergindo para cá, fa-zendo com que sempre exista o que fazer”, ana-lisa Alyson.O fato de a cidade se destacar como polo edu-cacional, para ele, é mais uma possibilidade de ter reconhecimento na profi ssão que esco-lheu. “essa é uma via de mão dupla. Pois, pa-

ra se obter sucesso na vida, a dedicação pesso-al vai muito além do que qualquer outra ques-tão. e nesse ponto, Caruaru vai de vento em po-pa”, afi rma Alyson. A oportunidade de tomar Ca-ruaru como terra adotiva foi levada tão a sério, que os pais do jovem fi zeram questão de apoiar a decisão. “Minha irmã também veio aqui pa-ra Caruaru fazer sua carreira. Formou-se em en-fermagem, mas resolveu voltar para Canhoti-nho. Comigo é diferente. Quero permanecer por aqui, pois vejo que minha vida pode ter um futu-ro bem melhor”.evidenciada pelo trabalho de grandes artistas que fi zeram de Caruaru inspiração, se a cidade pudesse agradecer, certamente o faria. Ainda mais depois de ouvir o que a jovem laura Kes-sia, 17 anos tem a dizer: “Vim morar aqui meio que por acaso. Para cuidar da minha avó. Ma-triculada em uma escola estadual, tive oportu-nidade de participar de um projeto que me pro-porcionou o conhecimento de uma cidade no

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também é apaixonanteA NOSSA CARUARU

exterior, mais precisamente no Canadá”. sobre a vida por lá, laura diz que é muito diferente da-qui. “A cultura, o comportamento das pessoas, enfi m, tudo era motivo para que estranhasse. Mas, uma coisa que levei daqui não foi esque-cida pela novidade. A receptividade e o carinho das pessoas é bem diferente. Passei a dar mais valor as coisas simples daqui”.O real tamanho da cidade, territorialmente e economicamente, gera grandes controvérsias entre os jovens, mas, não é motivo para discus-sões mais acaloradas. O que realmente impor-ta é como ela é vista e quais as oportunidades que ela tem a oferecer. “Caruaru é uma cidade de médio porte, em evolução. talvez seja por is-so que nós, jovens, temos de correr para acom-panhar o seu crescimento, seja em relação a vi-da pessoal ou profi ssional. A experiência que vi-vi lá fora me fez prestar um pouco mais de aten-ção nessas oportunidades, possibilitando o vis-lumbrar de um mundo novo, o que me faz pen-

sar em algo para o meu futuro muito além de Caruaru”, afi rma a jovem, que atualmente cursa o 3º ano do ensino médio da escola de Referên-cia Padre zacarias.Colega de sala e de experiência, letícia Cristi-na, 16 anos, defende a sua Caruaru a seu mo-do. “Gosto muito daqui. não tenho muito do que reclamar, apenas com a falta de opções para di-versão”. sobre a cultura, a Caruaru de letícia tem espaço para muita gente, sobretudo no que diz respeito ao cenário musical. “Conheço mui-

tExtoROBsOn MeRiÉVeRtOnfotosPRisCilA FOntinele

“Fico surpresa com o amor que

eles têm para com a cidade. Falam de uma

forma tão especial que as

vezes sinto parte da emoção”

lEtÍCiA CRiStiNA

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eternaA PRINCESINHA DO AGRESTE

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cial

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A PRINCESINHA DO AGRESTEA PRINCESINHA DO AGRESTEtos cantores aqui da cidade, mas, a maioria de-les não faz o meu gênero musical. Acho que fal-ta incentivo para que eles ganhem mais espaço por aqui, e também na vida cultural dos jovens, pois existem muitos trabalhos bons de pessoas que podem acrescentar muito a tudo isso aqui”, dispara. O amor exacerbado pela terra natal não faz par-te do seu dia a dia, mas já foi vivenciado por ela através dos avós. “Fico surpresa com o amor que eles têm para com a cidade. Falam de uma forma tão especial que as vezes sinto parte da emoção”. na experiência que teve no intercâm-bio no Canadá, letícia diz que sentiu muita fal-ta da sua terra, mas aproveitou como pôde pa-ra, quando voltasse, usar tudo que aprendeu a seu favor. “Fiquei impressionada como eles cuidam das praças e ruas, o que não se vê por aqui. Mesmo com toda essa disparidade, carre-go Caruaru no meu coração, e, mesmo com to-das as minhas ambições futuras, não consigo

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A PRINCESINHA DO AGRESTEme enxergar longe daqui. Quero ter um futuro por aqui”, completa, cheia de entusiasmo.O estudante de Publicidade e Propaganda pe-la Favip deVry, João silva, 21 anos, ressalta o sentimento ambíguo em relação a Caruaru. “essa é uma cidade com ares de capital, sem perder aquele aconchego característico de in-terior”. Os pontos que fazem com que João te-nha esse pensamento contraposto vêm a par-tir da posição econômica e de desenvolvimen-to geral, com a tranquilidade de poder circu-lar de um canto para outro sem que haja uma preocupação maior com os perigos que asso-lam a vida dos moradores de grandes cidades. “Relativamente, os percentuais de violência daqui são mais amenos que outras cidades, o que proporciona um sentimento diferente da-quele vivenciado por outras pessoas de cida-des maiores”.essa certeza quanto ao clima relativo de paz presente no cotidiano de Caruaru cresceu a par-

tir do momento que em ele teve de mudar pa-ra uma cidade baiana. Ainda na infância e por um curto período de tempo, a mudança de ares já fez toda a diferença. “sentia muita falta da-qui: da proximidade das coisas, das oportunida-des que a cidade apresentava e, acima de tudo, daquele ar familiar sugerido pela cidade”, lem-bra João. Já em relação aos valores culturais, o jovem publicitário tem orgulho do que a cidade tem para oferecer, assim como da arte que por aqui é produzida. “dou muito valor a toda classe artística, sobretudo aos trabalhos que eviden-ciam o talento manual, como as artes plásticas e o trabalho de poesia popular, como o cordel”.embora apaixonado pela cidade, quando ques-tionado sobre o sentimento que materializa to-do esse amor, João não exita dizer que Carua-ru tem uma representação diferenciada das de-mais cidades. “Caruaru aglomera qualquer tipo de gente e manifestações culturais. É como se isso já tivesse nas entranhas, desde sua funda-

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A PRINCESINHA DO AGRESTEA PRINCESINHA DO AGRESTE

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ção. embora precise de boas melhorias no que diz respeito à infraestrutura, quando estou em Caruaru me sinto verdadeiramente em casa”. sobre o futuro, ele espera ainda mais oportuni-dades para os jovens. “esse crescimento que já vem se arrastando por um tempo, deve apre-sentar ainda mais oportunidades para nós, jo-vens. Que saibamos explorá-las, deixando a por-ta aberta para outras situações”, completa.em meio a todo esse burburinho, a personali-dade forte das pessoas parece que vai se mis-turando com as diferentes formas e maneiras com que a vida vai seguindo. nesses 156 anos de existência da cidade, o mais se viu aqui por Caruaru foi a modernidade se unindo ao tradi-cional. no alto dos seus 17 anos e personalida-de para lá de forte, o jovem Kaio Felipe diz que as pessoas precisam abrir mais a mente para acompanhar e ser receptivas às mudanças. “Ve-jo Caruaru como uma cidade que respira opor-tunidades. embora tenha alguns males que po-

dem difi cultar esse desenvolvimento, como o preconceito e a falta de visão por parte de algu-mas pessoas, que não enxergam que a cidade cresceu, não cabendo ser vista e tratada como cidade de interior”, enfatiza.ele usa um exemplo próprio para reforçar a ideia das pessoas se tornarem donas do pró-prio futuro. “eu mesmo não tive medo de arris-car, muito menos de correr atrás do meu obje-tivo quando vi que era a hora. Há cerca de um ano fi z cadastro com o objetivo de me tornar um Jovem Aprendiz. saí entregando currículo nas empresas, até que apareceu uma oportu-nidade. Ficar parado, esperando que o sucesso caia no colo é uma coisa que precisa ser muda-da na cabeça de muitas pessoas, não só dos jo-vens”. Com a fi rmeza dessa opinião, dá para se ter uma ideia do que o País de Caruaru é forma-do: de gente que torce pelo crescimento da ci-dade aliado ao desenvolvimento pessoal da po-pulação.

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ÉS TU

espe

cial

caruaru,

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UM NOVO FUTURO

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UM NOVO FUTUROolhar para o

A VELOCIDADE COM QUE O MERCADO PROFISSIONAL VEM EVOLUINDO, EXIGE DO JOVEM RELATIVO ACOMPANHAMENTO TAMBÉM NO QUE DIZ RESPEITO A SUA FORMAÇÃO. ESSA É UMA CONSTANTE QUE VEM INTERFERINDO CONSIDERAVELMENTE NA ESCOLHA DA CARREIRA OU CURSO PROFISSIONALIZANTE. A DEMANDA CRESCENTE FAZ COM QUE

MUITAS DAS ÁREAS QUE, ATÉ ENTÃO, NÃO FAZIAM PARTE DO KNOW-HOW MERCADOLÓGICO LOCAL, PASSEM A ENCABEÇAR A LISTA DE CONTRATAÇÕES PELA FALTA DE PROFISSIONAIS CAPACITADOS A EXERCER DETERMINADA FUNÇÃO. DE ACORDO COM SONDAGEM REALIZADA PELO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE), REALIZADO EM 2010 EM CARUARU, OS JOVENS DE 14 A 29 ANOS JÁ REPRESENTAM 30% DA POPULAÇÃO LOCAL. A SITUAÇÃO DE AVANÇO DA ÁREA EDUCACIONAL

NÃO É MUITO DIFERENTE NO RESTANTE DO PAÍS.

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Geniemerson Arruda, 24 anos, acreditava que, co-mo muitos na idade dele alguns anos atrás, preci-saria se afastar da família e dos amigos para co-meçar a trilhar seu futuro profi ssional. Cursar uma graduação, especializar-se e cair em campo em busca do primeiro emprego, seria parte de uma vi-da que ele teria longe de casa. Mas, o rápido de-senvolvimento econômico de Caruaru possibilitou uma mudança drástica nos planos futuros. “Com a chegada de muitos cursos de nível superior na ci-dade, comecei a cogitar a possibilidade de conti-nuar por aqui, estudando e depois seguindo em busca de um trabalho”.Há cerca de 15 anos, Caruaru só tinha três op-ções de faculdades. Atualmente, as ofertas são de 56 cursos de graduação espalhados nas se-te unidades de ensino, tanto com aulas presen-ciais como via satélite. As opções de cursos tam-bém tornaram possível o sonho de muita gente que mora nas cidades vizinhas, como emília san-tos, 19 anos, que mora em santa Cruz do Capi-

caruaruLUGAR CERTO PARA CONSTRUIR

baribe e diariamente vem a Caruaru, onde cursa o segundo período de design na uFPe. “sempre quis estudar algo relacionado à moda e estilismo e tive muita sorte pelo Campus Agreste da uFPe ser o único a oferecer, estando mais perto da mi-nha cidade”.A estudante do primeiro período de engenharia de Produção Rosane de Melo silva, 19 anos, na-tural de lagoa dos Gatos, também se conside-ra uma sortuda por ter encontrado uma opção de curso em Caruaru, ainda que precisasse sair da casa dos pais. “estudar em Recife ou fora do es-tado seria um custo alto para minha família. se não tivesse opções por aqui, hoje eu estaria cur-sando algo com que não me identifi co”. O econo-mista Robson Góes ressalta a importância da ge-ração de oportunidades. “A vinda de novos cur-sos superiores, novas faculdades e implantação de universidades públicas com certeza foi um dos fatores que fez com que a população econo-micamente ativa fi casse mais tempo na cidade e

mer

cado

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tExtoFeRnAndA sAlesfotosPRisCilA FOntinele

LUGAR CERTO PARA CONSTRUIRainda atraísse os jovens de outras cidades”.uma síntese dos indicadores sociais de 2012 apontou que o País registrou alguns avanços na área educacional entre os anos de 2001-2011. A proporção de jovens de 18 a 24 anos frequentan-do curso superior (inclusive mestrado e doutorado) aumentou de 27% para 51%. Porém houve queda de 21% para 8% na taxa de brasileiros nessa faixa etária que estavam no ensino fundamental. tam-bém foi registrado crescimento de 40% na propor-ção de estudantes com 15 a 17 anos no ensino médio. nesse indicador, o crescimento foi maior no nordeste, onde os números mais que dobraram. Quando se compara a situação brasileira com a de outros países mais desenvolvidos, pode ser cons-tatado que o acesso ao ensino superior, no ano de 1997, já atingia 45% dos jovens de 18 a 21 anos nos euA e 69% na Coreia do sul. no período, a margem do Brasil abrangia apenas 19% na faixa etária de 18 a 24 anos, segundo levantamento do PnAd, 2009.

ensino técnicoOs jovens que optam por se capacitar e fazer car-reira em Caruaru não estão apenas ocupando as cadeiras universitárias. Atualmente, mais de 500 jovens se preparam para ingressar no mercado de trabalho através do ensino técnico oferecido por instituições como o instituto Federal de Pernambu-co (iFPe). inaugurado em agosto de 2010, o Cam-pus localizado em Caruaru oferece os cursos de segurança do trabalho, Mecatrônica, edifi cações e o único curso superior de engenharia Mecânica do interior do estado.de acordo com o diretor geral do Campus, Geor-ge Gaudêncio, a escolha dos cursos se deu através de pesquisa realizada pela secretaria de desen-volvimento econômico do município que reuniu in-formações de qual seriam as principais demandas de mão de obra nas indústrias que viriam para Ca-ruaru e na região. Apesar de ainda não ter números exatos, Gaudên-

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UMA CARREIRAde sucesso

reira que proporcione boas oportunidades no futu-ro, dentro das áreas que cada um se identifi ca. “O ideal é que o jovem tenha em mente qual área se identifi ca entre Humanas, exatas e saúde e aí sim, ter pistas de ótimas opções de carreiras sem preci-sar sair de Caruaru”. Para os que optarem pela área de exatas, qualquer uma das opções de engenharias oferecidas na ci-dade está em alta. essa relevância vem do núme-ro de obras e grandes projetos como duplicação da rodovia BR 104 e a transposição do Rio são Fran-cisco. Porém, o economista chama atenção para a engenharia de produção, “pelo grande aporte de indústrias e processo de profi ssionalização e qua-lifi cação das empresas ligadas a confecções”. Já a engenharia Ambiental, todas as indústrias que aportam na cidade e até mesmo nos municípios próximos precisam se preocupar com os impactos ambientais gerados pelo desenvolvimento. Para quem se identifi ca com a área das Ciências Humanas, a segurança do trabalho é uma das op-

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ções mais cogitáveis. “O profi ssional dessa área li-da com programas de prevenção de acidentes, ela-borando planos de redução de riscos ambientais e fazendo inspeções de segurança”, explica Góes. Administração em Gestão Pública também apare-ce em alta devido a normas e regras instituídas pe-lo Governo Federal, que vão impactar diretamen-te na gestão pública dos municípios. “Com poucos formados no Brasil e poucas opções de curso, Ca-ruaru é a única cidade do nordeste que oferece es-pecialização nesse campo”. Para os que têm aptidões para lidar com a área de saúde, o curso de Farmácia é um dos mais promis-sores. O campo de atuação é vasto e oferece possi-bilidades de trabalho em indústrias farmacêuticas e de cosméticos, no controle bioquímico da pro-dução alimentícia, hospitais e laboratórios, farmá-cias e drogarias, farmácias de manipulação e di-versos outros campos. “Com a vinda de indústrias dos mais diversos setores para a região e o cons-tante crescimento do polo médico, Farmácia está na lista de carreiras promissoras para o Agreste”, fi naliza Góes.

cio constata que os alunos estão tendo oportuni-dade de ingressar rapidamente no mercado de tra-balho. “tivemos apenas uma formatura, mas nota-damente os alunos do curso de edifi cações estão sendo procurados pelo mercado de grandes cons-trutoras da cidade ainda enquanto estudantes”. Quem pensa que a demanda de jovens recém-for-mados atende apenas ao mercado local, se enga-na. Gaudêncio explica que os profi ssionais são ab-sorvidos também pelas cidades vizinhas como Be-lo Jardim, Garanhuns, Gravatá e demais municí-pios ao redor. “O ensino técnico foi um benefício que veio para suprir a necessidade de mão de obra qualifi cada das indústrias que chegam na região, proporcionando a elas condições de funcionamen-to pleno em curto espaço de tempo”.

os mais procuradosna maioria das vezes a escolha pelo curso é fei-ta baseada em sonhos, pelas aptidões e pela op-ção que poderá dar um bom rendimento fi nancei-ro. Para auxiliar nessa escolha, o economista Rob-son Góes mostra que é possível escolher uma car-

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MoDEloCAtARinA MelO

proDução E stylinG

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Estação. Para es-tar de bem com o visual no inverno, a tendência que vai estar nos pés das meninas é ou-sada e para quem tem atitude. A estudante de Ad-ministração pela uFPE, Catarina melo, 23 anos, faz bonito e mostra ter atitude de so-braO hit da estação promete ser o sapato schutz, criado em 1940 para os soldados da Segunda Guerra mundial. Dos soldados até chegar a cena underground, não demo-rou. “Essa é uma peça ousada e ao mesmo tempo confortável. Não abro mão para montar um look bem despojado para o dia a dia”, afirma Catarina. Para uma apresen-tação mais clássica, a pedida é apostar nos sapatos estilo scarpin, que voltam à cena remodelados. Já a tendência barroca migra das estampas de roupas para os calçados e bolsas. Ela aparece com detalhes doura-dos e desenhos em arabescos que deixam qualquer modelito super moderno. “O salto grosso proporciona mais estabilidade na hora do caminhar, afinal de contas, conforto e estilo são imprescindíveis”, completa a administradora.Quanto ao animal print, este parece que foi incorporado definitivamente no guarda-roupa das feshionistas. No inverno ele aparece com roupagem mais atualizada, fugindo do tradicional: onça, tigre e zebra. Outra vedete da estação são as texturas. “Não dá para ficar sem”, reforça Catarina.

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mente aberta. Com um propósito na cabeça e muita vontade de obter o sucesso profissional, Anderson Arru-da é um verdadeiro multi-função

eu s

ou

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FeRnAndA sAlesfotos

PRisCilA FOntinele

1

Atualmente mora na cidade de santa Cruz do Capibaribe, onde exerce

a função de gerente de marketing em uma

empresa de fabricação de peças femininas no

segmento de moda praia e fitness. O jovem está

cursando o 5º período de análise e desenvolvimento

de sistemas na Fafica. Além de todas essas

atribuições, Anderson ainda encontra tempo

para se dedicar ao desenvolvimento da sua

empresa própria, a Blump inc, no ramo tecnológico.

As dificuldades, em muitos casos, funcionam como incentivo para a vida das pessoas. Com o estudante de análise e desenvolvimento de sistemas, Ander-son Arruda 1 , 24 anos, o fato de direcionar sua vi-da profissional para uma área diferente não foi em-pecilho para que ele desbravasse outros caminhos. Bom para ele que encarou as dificuldades como aprendizado e, hoje, planeja empregar todo o co-nhecimento adquirido no desenvolvimento da sua empresa própria, criada em parceria com um sócio.“sou uma pessoa que gosta de tecnologia, mas, sempre tive a mente aberta para desbravar outros caminhos”. Com essa ideia fixa na cabeça, Ander-son embarcou no primeiro desafio da sua carrei-ra, que foi a prancheta de desenho, com foco no de-senvolvimento de peças para produtos de moda fe-minina. “A experiência que acumulei veio da partici-pação em cursos e vontade de superar o desafio”.dois anos mais tarde, outra porta se abriu diante dos seus olhos. Anderson foi convidado a assumir outro cargo dentro da mesma empresa onde traba-lhava. “nesse tempo que passei na função de de-signer, vez por outra me surpreendia com alguns trabalhos que realizava. Chegava até a pensar se era eu mesmo que tinha criado a peça”, comenta. Anderson sempre foi uma pessoa com objetivo de vencer na vida. Mesmo morando em outra cidade, não mediu esforços para investir na sua educação. tanto que, além do curso superior e das atividades diárias que realiza, o jovem ainda encontra tempo para se dedicar a uma empresa de softwares que fundou em parceria com um amigo. “sempre tive objetivos e metas a serem alcançadas, por isso não tenho medido esforços quando o que está em jogo é o meu crescimento profissional”.Com pouco mais de seis meses de criação, a Blum-pe inc surgiu com o propósito de agarrar uma opor-tunidade apresentada pela carência de mercado. “Até agora estou conseguindo conciliar todas as mi-nhas atribuições, mas, tenho ciência que não se-rá sempre assim”. Para o futuro, o jovem pretende abrir mão do emprego de carteira assinada e se de-dicar exclusivamente a empresa. “O olho do dono engorda a cria. temos planos ambiciosos, inclusive fazê-la referência no segmento”.Para ele, “impossível seria se antes de conseguir eu não tentasse” é uma frase que guia seus pas-sos. “Para me dar bem em tudo que faço, dependo da dedicação e vontade de aprender. tenho a men-te aberta para o novo. Gosto de fazer diferente. Con-sidero-me uma pessoa dinâmica”, com essas pala-vras Anderson se define.

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os out ros

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“em volta, a paisagem dura do Agreste: vegetação queimada dos carrascais, palmatórias, cercas-vivas de avelozes perdendo-se de vista. O chocalho de uma cabra corta, por um instante o silêncio, ensolarado.”

José Condé

os out ros

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Para que fi que tudo mais claro, o que vem a ser o trabalho de orientação educacional e a quem ele é voltado?O Orientador educacional é aquele que possui a formação em Pedagogia e habilitação em Orienta-ção educacional. A área de atuação é dentro das instituições de ensino trabalhando diretamen-te com o corpo discente (alunos) no acompanha-mento as atividades escolares. também trabalha ajudando os estudantes do ensino Médio indeci-sos, a avaliarem o seu repertório de aptidões e tra-duzi-lo em escolhas assertivas para o vestibular. Orientação educacional e Profi ssional veio substi-tuir os testes vocacionais tão usados nos anos 70, 80 e 90. A palavra vocação é um termo derivado do verbo no latim “vocare” que signifi ca “chamar”. O sentido original expressa um chamado espiritu-al, muito usado nas vocações sacerdotais. Portan-to, atualmente é consenso entre os especialistas que este termo vocação não responde mais a de-manda.

Existe alguma semelhança entre professor e orientador educacional? Qual? não existe semelhança, pois são atuações diferen-tes. Porém, como os professores são exemplos pa-ra os alunos, muitas vezes, ao perceberem que tal aluno possui mais facilidade em uma determina-da disciplina, então o encaminha para um trabalho mais interventivo junto ao Orientador educacional.

Quais as principais atividades de um orientador educacional?

início. Nos 156 anos de Caruaru, muita gente já ouviu falar sobre o fun-dador, José Rodrigues de Jesus. mas, como ocorreu todo o processo até que a Fazenda que deu origem a cidade fosse criada? Para responder essas e outras questões, o historiador e gran-de conhecedor do passado da cidade, Josué Eusébio, fala sobre a Caruaru do século XVii

era um fazendeiro semianalfabeto. nelson Barba-lho aparece em 1970, lançando vários livros. dos 80 livros lançados, 30 falam de Caruaru. ele é con-siderado um dos grandes intérpretes da história da cidade. O meu estudo foi uma forma diferen-te de levantar o assunto já abordado por esses ou-tros autores.

Pelo resultados dos estudos, Caruaru teria mes-mo surgido de uma doação de Sesmaria 1 a fa-mília Rodrigues de Jesus?O grande mito do Agreste em relação ao surgimen-to de Caruaru diz respeito a sesmaria do Ararobá. no decorrer dos meus estudos e pesquisas, eu cheguei à conclusão que de nada tem a ver a liga-ção da sesmaria do Ararobá com a história de Ca-ruaru. um dos descendentes dos donos da ses-maria do Ararobá, casou-se com um dos descen-dentes da Sesmaria para a família Rodrigues de Sá 2 . essas terras foram doadas para 10 pesso-as da família, entre irmãos, primos, tios e cunha-dos. em 1681, como ninguém tinha interesse em assumir a administração da sesmaria, sobretu-do estando ela no interior, o sobrinho, simão Ro-drigues de sá, foi o único que demonstrou interes-se e veio para cá. em toda essa extensão de ter-ra, ele teve de escolher um lugar para construir uma moradia. existiam caminhos primitivos aber-tos pelos índios, que mais tarde vieram a servir de passagem para as comitivas que seguem com a travessia do gado até o litoral e sertão, passando por onde hoje é a Rua 15 de novembro. A fazenda Caruaru só vai, na minha interpretação, ter uma sede digna em 1710. então, simão Rodrigues pas-sou a morar aqui, que, segundo nelson Barbalho relata em um dos seus livros, casou-se com uma mulher de sobrenome Aquino duro, que residia nas imediações de Pau santo, onde deu origem a outro herdeiro.

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Não faz muito tempo, o senhor realizou uma grande pesquisa sobre a Caruaru de antes de Jo-sé Rodrigues de Jesus. Para começar, fale um pouco sobre a concepção desse trabalho.Quanto terminei o mestrado, em 1998, estava ha-vendo em Caruaru uma discussão sobre a necessi-dade de se fazer um livro sobre a história da cida-de, já que havia sido aprovada na Câmara Munici-pal uma lei de obrigatoriedade para se levar a his-tória de Caruaru para os alunos das séries iniciais. interpretei esse convite da secretaria de educação como uma espécie de provocação. esse foi um li-vro que escrevi com o propósito de servir de base de pesquisa para o professor. Falar de José Rodri-gues de Jesus não revela ou desvenda as coisas da cidade. e isso me incomodava. tomei como ob-jeto de estudo a ocupação pré-histórica do Agres-te de Pernambuco, foi onde nasceu a ideia de es-crever o livro “Ocupação Humana do Agreste Per-nambucano.

O senhor disse que o trabalho foi baseado na pesquisa de outras pessoas que o antecederam. um desses historiadores foi Nelson Barbalho, que inclusive, tem um livro com teor parecido? Na sua pesquisa, o trabalho desses autores tam-bém são evidenciados?Antes do surgimento de nelson Barbalho, teve o padre zacarias tavares, que foi um dos grandes in-ventores de Caruaru. Quando me refi ro a ele dessa forma, foi pelo fato de ele ter julgado algumas res-postas. As hipóteses que ele levantou foram com tanta fi rmeza, que aquilo começou a ser reverbera-do e hoje é visto como verdade. um exemplo disso é a imagem que hoje conhecemos de José Rodri-gues de Jesus, com toda aquela pompa e elegân-cia. ele parece muito com um lorde inglês, e, na-quela época, um dono de fazenda do interior não se vestia assim. Vale ressaltar que José Rodrigues

1

O sentido da colonização era a ocupação e exploração das terras. na primeira parte da história do Brasil fala-se muito do nordeste e, Pernambuco é o carro chefe de tudo isso. nesse período era a economia que sustentava a metrópole. dessa maneira o primeiro donatário que veio para cá veio com a ideia de ocupar, trazendo amigos e pessoas de posse para ocupar, se concentrando praticamente na capital, fi cando o interior para depois. em Pernambuco, a riqueza estava no litoral e zona da mata, obrigando que os exploradores se concentrassem por lá. dentro das ordens do governo geral, o governo de Portugal repassou o poder para o donatário, depois para o responsável pela província, para que pudesse explorá-la. A esse sistema de distribuição de terras, doadas através de documento para uma família que viesse se instalar e fazer a exploração, dava-se o nome de sesmaria.

2

A sesmaria para a família Rodrigues de sá se estendia pelas proximidades de limoeiro, beirando o Rio Capibaribe seguia até toritama, subia pela serra do Cachorro, em direção a Caruaru, até são Caetano; subia a serra dos Cavalos, passando por terra Vermelha, encostando perto de Pau santo; subia serra Velha, pegava parte de Riacho das Almas, até onde hoje é Cumaru. Por fi m encostava novamente às margens do Capibaribe.

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3

terra de CaruaruO livro é considerado um clássico nacional, sendo o principal livro do caruaruense José

Condé, responsável pela projeção e o definitivo

ingresso no seleto grupo que revolucionou

a moderna literatura. ele trata dos conflitos

gerados durante a transição do mundo rural, tradicional, violento, para

a cidade, traçando um panorama do cotidiano das cidades do interior

nordestino, onde coronéis, prostitutas,

cangaceiros, sonhadores, boêmios e outros tipos

populares desfilam ante o leitor, compondo um dos mais fascinantes enredos da literatura

ficcional.

A história de Caruaru é registrada por completo, antes mesmo do seu surgimento “oficial”?depois do ano de 1700, segue uma lacuna mui-to grande na história de Caruaru, pois não existe nenhum relato de autores ou registros. no sécu-lo xViii acontecia na inglaterra a Revolução indus-trial, enquanto aqui, tateávamos em uma fazen-da no meio do nada. Mascates e outros viajantes já passavam por aqui, usando a fazenda como rota para o litoral ou sertão. esses mascates aparecem com notícias e objetos que começaram a fazer par-te do dia a dia das pessoas nas terras mais desen-volvidas. Os vaqueiros que eram contratados do sertão para o litoral também começaram a passar por essa rota. O governo já conhecendo esse cami-nho que os índios utilizavam, mandou uma equipe abrir uma estrada para facilitar o acesso do litoral para o interior. Como o próprio José Condé relata no livro terra de Caruaru 3 , a Fazenda tinha ser-vido de pernoite para os vaqueiros que traziam a boiada do sertão para o litoral. isso é bem provável que tenha acontecido por muitos anos.

Como houve essa transição de Simão Rodrigues de Sá para José Rodrigues de Jesus?segundo as versões colocadas por alguns escrito-res, depois do casamento de simão Rodrigues de sá com a herdeira Aquino duro, o primogênito, si-mão Rodrigues Aquino duro, veio a casar-se com uma mulher da região que hoje é a cidade de Alti-nho, que pertencia a sesmaria do Ararobá. As pri-meiras interpretações apontam que Caruaru tenha nascido dessa sesmaria, mas Altinho já nasceu de uma doação, dada como dote, pelo casamento. em 1754, simão que já não era tão novo, casou-se com Antônia tereza de Jesus, nascida em 1740. dessa união nasceram três filhos: Joaquina Rodri-gues de Jesus, José Rodrigues de Jesus e a mais nova, Maria da Conceição Rodrigues de Jesus. Jo-sé Rodrigues de Jesus já foi o terceiro herdeiro da fazenda. O fundador: simão Rodrigues, que deixou de herança para o filho, também chamado de si-mão Rodrigues Aquino duro e, posteriormente Jo-sé Rodrigues de Jesus.

O senhor chegou a detalhes mais específicos da chegada de Rodrigues de Jesus a essas terras?Com a ausência de documentos que relatem es-sa passagem da história, eu tive de me conformar com essa versão já colocada pelos escritores que me antecederam. Joaquina Rodrigues de Jesus, fi-lha mais velha do casal, teve uma filha. Pouco tem-po depois, seu marido faleceu. nesse meio tem-po, os pais também morreram: simão Aquino du-

“José Rodrigues de Jesus teve a sensibilidade de nunca dizer não as pessoas que chegavam para construir suas casas ao redor da capela”

ro e Antônia tereza de Jesus. José Rodrigues de Je-sus, com 13 anos, foi morar na casa da irmã ca-sada, junto com a irmã caçula. eles foram morar na Fazenda Juriti, nas proximidades de onde hoje é o campus da uFPe, aqui em Caruaru. nesse se-gundo casamento da filha mais velha, começaram as desavenças com os irmãos mais novos. essa é uma das versões colocadas nos livros. José Rodri-gues com 25 anos e a sobrinha, com 12, fugiram e casaram-se.

Depois dessa fuga e casamento, então eles vie-ram fincar residência na Fazenda Caruaru?Antes disso, José Rodrigues de Jesus já havia sa-ído da casa da irmã, voltando a ocupar a fazenda que estava, de certa forma, abandonada. Com a morte dos pais, os boiadeiros e fazendeiros sem-pre utilizavam o local para pernoitar com o gado. durante um intervalo de 10 a 20 anos, a fazenda ficou sem ninguém. O que implica em uma grande degradação da sede. em 1776, ele vem tomar con-ta novamente da Fazenda, que por herança era de-le, fundada pelo avô. um ano depois do casamen-to, a irmã mais nova morre, onde surge a ideia de construir uma capela em homenagem a ela, Maria da Conceição Rodrigues de Jesus. A partir da cons-trução dessa capela, é que a história de Caruaru começa para valer, pois a capela torna-se o centro de convergência.

Depois que José Rodrigues de Jesus fincou resi-dência por aqui, como começou a ocupação hu-mana de fato?José Rodrigues de Jesus teve a sensibilidade de nunca dizer não aos pedidos de pessoas que chega-vam para construir suas casas ao redor da capela. sempre achava muito interessante vir uma pessoa para morar por aqui. Pode-se dizer que José Rodri-gues de Jesus teve a sensibilidade, criando as con-dições históricas para que Caruaru virasse povoa-do. Aos poucos foi se formando um pequeno arrua-do. Cerca de 15 anos depois da construção da ca-pela, já existia a feira, quando os mascates resolve-ram construir as primeiras casas comerciais. Histo-ricamente Caruaru está em lugar estratégico, des-de os primórdios da ocupação humana. A cidade era um ponto de passagem, que mais tarde veio a convergir pelo desenvolvimento do lugar. ele morreu em 1820, a cidade virou vila em 1848, mais nove anos depois, virou cidade. na minha visão, José Ro-drigues de Jesus não fundou Caruaru, quem fundou foi o avô dele. Mais nem o avô e nem o pai tiveram as condições históricas e nem permitiram o que ele permitiu, o que dá a ele a posição que ocupa.

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Desvalorização. Caruaru é uma cida-de de grande relevância no âmbito cultural. Porém, a falta de incentivo faz com que a nova geração cresça sem dar o devido respaldo

escr

acha

do

fotoPRisCilA FOntinele

1

Glenny lorrayne, 17 anos, cursou o ensino médio no Colégio Criativo de

Caruaru. estudante do 1º período do curso de

design da universidade Federal de Pernambuco

(uFPe) - Campus Agreste, desenvolveu o gosto pela

poesia desde cedo. Os temas abordados nos seus textos falam um

pouco do cotidiano, com linguagem modernista,

como ela faz questão de ressaltar.

A estudante de Design, Glenny lorrayne 1 , ex-terna sua opinião sobre o assunto, exaltando a importância da valorização cultural para a forma-ção de um cidadão.

A cultura pelo poder públiconão tenho conhecimento de movimentos culturais criados e incentivados pelo poder público. A meu ver, os artistas daqui são completamente desvalo-rizados e desrespeitados. tenho notícias de muitos artistas que saíram da cidade por falta de reconhe-cimento e encontraram isso lá fora. Como exemplo Ortinho, Junio Barreto e thera Blue, que hoje têm respaldo nacional, entretanto mal são conhecidos pelos caruaruenses. no meio poético existiu a “Ca-sa de Poesia de Caruaru”, que com o tempo foi ex-tinta por falta de apoio.

Na escolaPoucas ações escolares dão ênfase à cultura lo-cal. lembro apenas de que quando cursava o ensi-no fundamental alguns passeios eram promovidos para conhecer pontos turísticos e culturais da nos-sa cidade. Já no ensino médio, não recordo de ne-nhum projeto. A falta de informação sobre sua pró-pria cultura por parte dos caruaruenses também é refl exo do défi cit deixado pelas unidades educa-tivas, ao longo da vida estudantil dos mesmos. A formação intelectual de um cidadão depende do meio em que ele se desenvolve, o que abrange tan-to a escola quanto a família, além dos círculos de amizades e veículos de comunicação.

A cultura nos 156 anos de CaruaruManuel Bandeira, poeta modernista nacionalmen-te aclamado, em visita a Caruaru, na comemora-ção de seu centenário (1957), exclamou os se-guintes versos: “Meu Caruaru centenário/ não há o que chegue a seus pés/ Recife tem Olegário/ tu tens os irmãos Condé”. 56 anos depois afi rmo que sim, temos muito a comemorar, por nossa cidade ter “dado à luz” grandes nomes em diversos seg-mentos artísticos, tais como Azulão, Petrúcio Amo-rim, Onildo Almeida, Prazeres Barbosa, Arary Mar-rocos, Agemiro Pascoal, nelson Barbalho, Austra-gésilo de Athayde, lycio neves e José Condé; que contribuíram e contribuem de forma ativa para o enriquecimento cultural caruaruense. A cidade é carente de políticas públicas de apoio e incentivo a projetos que visem desenvolver e apoiar a arte em suas diversas vertentes.

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Deu. Ainda não há previsão para terminar a crise entre os professores da rede municipal de ensino e a prefeitura de Caruaru. Os docentes protestam con-tra a sanção do Projeto de lei que estabelece o Pla-no de Cargos e Carreiras (PCC) 1 , organizando atos públicos e assembleias semanais desde o dia 26 de fevereiro. enquanto a “quebra de braço” prossegue, alunos da rede municipal ficam sem aulas.Resumo do fato noticiado pela imprensa local

“A gente está se sentindo prejudicado porque es-tamos no período de prova, mas não deu tempo de ver o conteúdo. Vamos fazer prova sobre algo que a gente nunca viu. eu estou do lado dos professo-res, mas queríamos que esse impasse com o pre-feito fosse logo resolvido, porque estamos sofrendo as consequências.” John Lennon, 20 anos, Colégio Municipal Álvaro Lins

“entendo o lado dos professores em lutarem pelos direitos dele, mas eu estou vindo muito pouco ao colégio porque mesmo nos dias que têm aula, não são durante todo o horário. então, pra mim fica ruim vir de longe pra chegar aqui, ter uma hora de aula ou não ter, porque é dia de paralisação.” Jonas Sil-va, 18 ano, Colégio Municipal Álvaro Lins

“eu estou vendo que os professores estão se dedi-cando muito a passar o conteúdo de forma rápida pra gente não se prejudicar, mas a gente se prejudi-

deu/

não

deu

tExtoFeRnAndA sAles

ca mesmo assim. A gente não sabe se vai ter férias, estamos fazendo prova, mas não tivemos muito tempo de aprender o conteúdo das provas. Alguns professores até falaram pra gente que o problema é entre eles e o prefeito e não querem que a gente sofra as consequências, mas é o que está aconte-cendo.” Márcia Rejane, 20 anos, Colégio Munici-pal Álvaro Lins

“eles têm que lutar pelo salário deles mesmo, mas esperamos que eles também vejam que a gente es-tá saindo prejudicado. A gente faz duas séries em um ano, já é menos tempo que o normal pra apren-der alguma coisa e ainda mais com as paralisa-ções, o conteúdo da gente está mais atrasado ain-da, mesmo com os professores se dedicando, mas a gente tem que estudar em casa. Fica ruim pra quem trabalha, ter que aprender sozinho pra poder fazer as provas.” Ana Clécia, 16 anos, Colégio Mu-nicipal Álvaro Lins

esse É uM esPAçO PARA Que Os leitORes

e esPeCiAliistAsdisCutAM

Os FAtOs BACAnAs, POlêMiCOs Ou

esdRúxulOs Que CAÍRAM nA BOCA

dO POVO e Os QuePAssARAM BAtidO

nA iMPRensA

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1

Plano de Cargos e Carreiras (PCC) é um conjunto de regras e normas que estabelece os mecanismos de gestão de pessoal das empresas e classes trabalhistas. Alguns dos principais objetivos do PCC são: elaborar uma lista de cargos a fim de manter um equilíbrio entre salários e funções dentro da empresa ou classe trabalhadora; elaborar um plano de carreiras a fim de proporcionar o desenvolvimento profissional ; equilibrar os salários pagos ao mercado através de uma pesquisa salarial; Propor, através do estudo a ser realizado, práticas de Recursos Humanos que racionalizem melhor os procedimentos administrativos, entre outros.

2

um candidato inseriu uma receita de macarrão instantâneo no meio da redação do exame nacional do ensino Médio (enem) e obteve 560 pontos na prova. A redação tem os dois primeiros parágrafos dissertando sobre o tema “Movimento imigratório para o Brasil no século 21”. em seguida, o texto diz: “Para não ficar muito cansativo vou agora ensinar a fazer um belo miojo, ferva trezentos mls de água em uma panela, quando estiver fervendo coloque o miojo, espere cozinhar por três minutos, retire o miojo do fogão, misture bem e sirva.” O texto termina com mais um parágrafo sobre o tema da imigração. A redação foi considerada “adequada” pelos corretores do enem.

Não deu. A partir da edição 2013, as redações do exame nacional do ensino Médio (enem) ava-liadas com nota máxima de mil pontos passarão obrigatoriamente por banca composta por três pro-fessores doutores. O ministro da educação, Aloizio Mercadante também afirmou querer mais rigor na correção das provas, não tolerando deboches e brin-cadeiras como a receita de miojo na redação 2 .

***“ Quando se fala de vestibular, tudo é muito tenso pra gente. Acho certo o MeC fazer isso, afinal, a gen-te está se preparando, estudando e se dedicando para realizar uma boa prova e fazer uma redação caprichada e esperamos que alguém leia para po-der avaliar. se fosse pra dar a nota sem ler, não pre-cisava ter redação, que é uma das disciplinas que acho mais importantes e nos causa um pouco de medo também.” Anna Letícia, 16 anos, Colégio Al-ternativo

“Por um lado é bom porque a gente sabe que pode confiar que nenhum concorrente vai tirar nossa va-ga fazendo piadinha. em compensação, serão mais rigorosos e a gente, que leva a prova do enem à sé-rio, vai ter que caprichar ainda mais.” Heitor Fer-nandes, 16 anos, Colégio Diocesano

“eu concordo plenamente com o novo método de cor-

reção de provas. Afinal, batalhamos por tantos anos em um colégio, para enfim fazermos o enem e dar-mos de cara com uma situação desta, alunos que fa-zem as provas sem a menor responsabilidade e pas-sam, tirando lugares de pessoas que realmente me-reciam ser aprovadas. Acho que isto não é mais que a obrigação do MeC em não admitir tais brincadeiri-nhas em uma prova tão séria como o enem. Admito que fiquei horrorizada em saber que o aluno foi apro-vado na redação após ter escrito em seu último pa-rágrafo como preparar um miojo. isso é um absurdo! sem a menor coesão com o assunto e, ainda assim, aprovado, enquanto alunos escrevem redações ma-ravilhosas e não têm sua nota ao nível. sem dúvidas só temos a ganhar com estes novos métodos. Apri-morando e qualificando quem merece e acabando de vez com estas falhas. Ficará mais rigoroso? sim, ficará, mas para um aluno dedicado e empenhado a passar, não será uma barreira nem um obstáculo.” Letícia Oliveira, 15 anos, Colégio Alternativo

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fora do ar

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“A Feira de Caruaru,Faz gosto a gente vê.de tudo que há no mundo,nela tem pra vendê,na feira de Caruaru.tem massa de mandioca,Batata assada, tem ovo cru,Banana, laranja, manga,Batata, doce, queijo e caju,Cenoura, jabuticaba,Guiné, galinha, pato e peru,tem bode, carneiro, porco,se duvidá... inté cururu.”

Onildo Almeidafora do ar

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bast

idor

es

rEportaGEMFeRnAndA sAles

fotoslÍdiA VilAçA

1

de acordo com informações da Fundação nacional do Índio - Funai,

atualmente o Brasil possui cerca de 460 mil índios

(0,25% da população brasileira) espalhados em

cerca de 107 hectares (12% do território

nacional).

2

A tribo Fulni-ô, de origem pernambucana, vive

numa aldeia de 11.500 hectares, a 500 metros da

cidade de Águas Belas. A população é de cerca de

3.600 e é a única tribo do nordeste brasileiro que utiliza a língua nativa, a

yaathe (ou yathê).

Dia do Índio mais próximo da triboem diversas escolas do país, o Dia do Índio 1 é vi-venciado com pinturas no rosto e brincadeiras fol-clóricas. no Colégio sagrado Coração, os alunos ti-veram a oportunidade de aprofundar o conheci-mento, tendo contato com uma das 225 sociedades indígenas do Brasil, que é a tribo Fulni-ô 2 , natural de Águas Belas, Agreste do estado. durante o evento, que aconteceu nas dependências do próprio colégio, os alunos do ensino infantil, Fun-damental e Médio participaram de rodas de conver-

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sa com os indígenas, assistiram apresentações cul-turais e puderam apreciar e comprar o artesanato feito pela tribo. O momento também serviu para que os alunos tivessem um conhecimento mais aprofun-dado quanto à cultura e comportamento dos índios.O encontro também teve cunho social. Além de pro-porcionar aos alunos a vivência real da cultura indí-gena, o Colégio promoveu uma campanha para ar-recadar donativos. “Os índios da tribo Fulni-ô vivem na área do nosso esstado que está sendo muito

castigada pela seca, por isso, nossa ideia também foi de contribuir de alguma forma mandando es-sa ajuda em conjunto com os familiares dos alunos que enviaram alimentos não perecíveis”, explica so-ligárdia Viana, coordenadora geral da escola. Quan-to a arrecadação, esta teve resposta positiva, como avalia soligárdia. “Chegamos a arrecadar um cami-nhão inteiro de alimentos e isso é gratifi cante por-que nossa escola tem a constante preocupação so-cial”, acrescenta.

É por isso que a Cultura acrescenta essa dimensão cultural aos seus cursos, promovendo o interesse pela leitura, teatro, cinema, música e costumes de outras nações de língua inglesa. Embarque nessa viagem, e curta, você também, a vida com mais cultura!

Na Cultura, aprender inglês é mergulhar numa nova cultura, que agrega avisão de outros povos, permitindo a construção de novos referenciais.

Caruaru (81) 3721.4749

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Determinação. A capacidade de acreditar nos sonhos fez João do Pife alçar voos inimagináveis, como se apresentar em quase todo o Brasil e também no exterior

com

igo

foi a

ssim

rEportaGEMFeRnAndinO netO

fotoPRisCilA FOntinele

Quando os sonhos povoam a mente de um homem simples a palavra impossível é extinta de seu voca-bulário. A história de João do Pife é um exemplo de como os sonhos podem levar as pessoas a lugares distantes. Até os 45 anos, ele viveu no sítio Cham-bá, na zona rural de Riacho das Almas, onde cres-ceu, tocando pífano, plantando milho e feijão. A tradição do instrumento é familiar. O avô trans-mitiu para o pai e este para os fi lhos. João do Pife aprendeu as primeiras notas aos 10 anos e aos 15 começou a tocar com o pai, o Mestre Alfredo.Homem feito, alimentava dois sonhos: tocar pífano em Caruaru e ser alguém na vida. Como se o desti-no lhe anunciasse, tudo iria mudar quando decidiu morar na Capital do Agreste. Chegou aqui sem na-da e o que encontrou foi dureza e portas fechadas. determinado, no início dos anos 1980 João do Pife montou um banquinho na Feira de Artesanato para comercializar os pífanos que produzia. nos interva-los, aproveitava para mostrar seu talento.O homem que sonhava conhecer Caruaru, alguns anos depois, estava com os outros cinco membros da Banda de Pífanos dois irmãos, liderada por ele, se apresentado em Portugal. Aos 68 anos, João do Pife já levou sua arte a 24 pa-íses e visitou praticamente todos os estados bra-sileiros. Como se não bastasse, o mestre do pífa-no gravou Cd na inglaterra e montou uma orques-tra de pífano com várias estudantes americanos na universidade da Flórida. Passou três meses nos estados unidos, onde fabricou sozinho mil pífanos e cinquenta zabumbas. Com o dinheiro que rece-beu realizou mais um sonho: sair do aluguel.Casado, pai de oito fi lhos, João Alfredo Marques dos santos, o João do Pife, mostra-se satisfeito com tudo o que a vida lhe ofertou. Permanece o mesmo homem simples e ainda alimenta sonhos. um deles: adquirir um automóvel para transportar os integrantes de sua banda até as apresentações. seu João sobrevive da arte do pífano e produz dia-riamente os instrumentos em sua pequena ofi cina de trabalho, no bairro do salgado, onde mora. “es-tou muito satisfeito. Papai do céu me deu tudo o que eu queria. Aqui todos me conhecem, mas sou mais valorizado lá fora. eu preciso que Caruaru me reconheça”, é o desejo do mestre João do Pife.

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ser, ter e escolher

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“Caruaru progrediu, a sua construção evoluiu e as personalidades da terra cooperavam para o seu engrandecimento. A cidade muito deve àquela geração e é hoje uma das mais importantes e progressistas do estado.”

Elysio Condé

ser, ter e escolher

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anastácio rodriguesBacharel em direito e bancário aposentado, Anastácio foi diretor de educação e Cultura, vereador e prefeito de Caruaru. Aos 85 anos, ele preside o instituto Histórico da cidade e luta para preservar a memória da terra de grandes escritores e artistas

O progresso de uma cidade deve-se, em parte, à força de seu povo. e toda cidade elege os seus íco-nes. Reconhecê-los é também um ato de cidada-nia. Anastácio Rodrigues tem a cara de Caruaru, ci-dade que ele ama e defende com intensidade im-pressionante. A ligação chega ao ponto de ambos, ele e Caruaru, aniversariarem no mesmo mês.Anastácio conhece como poucos a história da Ca-pital do Agreste e quatro décadas após ter deixa-do o cargo de prefeito permanece popular e atu-ante, aplaudido por seus conterrâneos, admirado e reconhecido por seus sucessores. A maneira co-mo conduziu os destinos de Caruaru, de 1969 a 1973, o coroou com referências que o enchem de orgulho. É “o prefeito mais honesto de Caruaru”, “o prefeito amigo da cultura” e também “o eterno prefeito”. de sua gestão 1 , destaque para obras importan-tes, como a Casa Museu Mestre Vitalino, a cons-trução das barragens Antônio Menino e tabocas (que puseram fim a um problema histórico de fal-ta d’água na cidade à época), a conquista do Cam-po de Monta para o município (que é a atual área do Parque 18 de Maio), o Canal do salgado e a es-trada de acesso ao Monte do Bom Jesus, além da criação do Parque industrial de Caruaru. Mas, sem dúvidas, sua maior obra é a Casa da Cultura José Condé, inaugurada há quatro décadas. Anastácio também revestiu Caruaru de uma sim-bologia que a desnudava. deu-lhe uma bandeira, um hino e instituiu o seu feriado municipal a 18 de Maio. em sua gestão, os restos mortais de José Ro-drigues de Jesus foram encontrados na igreja de nossa senhora da Conceição, pondo fim a uma dú-vida histórica sobre a existência do fundador da ci-dade. O ex-prefeito, no entanto, defende que a cidade precisa ser olhada de outra forma. “O que atrapa-lha o progresso de Caruaru é a mentalidade admi-

nistrativa. Aqui só se pensa no voto. O voto é para ser pensado no período da campanha. Fora isso, é trabalhar. nossa meta foi o amanhã de Caruaru. Administrar é prever o amanha”, enfatiza.ele também questiona o descaso com as questões ambientais. “não se planta nesta cidade. O por-quê eu não sei”. e revela: “se eu fosse prefeito no-vamente, faria duas obras importantes: atacaria o Rio ipojuca, que é hoje uma chaga e criaria o Cen-tro Administrativo de Caruaru para reunir prefeitu-ra, câmara e fórum num só lugar”.A educação também foi pauta destaque na vida pública de Anastácio, responsável pela construção de muitas escolas na cidade e zona rural. O avan-ço no setor, registrado nos últimos anos, sobretu-do no ensino superior, empolga o ex-prefeito. “Olho com tanto otimismo, que me emociona. A juventu-de alegre, cheia de esperança, com seu futuro ga-rantido. eu me formei aos 40 anos de idade. Faço parte de uma geração sacrificadíssima”, diz.Para ele, o maior avanço registrado em Caruaru nos últimos anos está na infraestrutura do muni-cípio, que ele diz ter implantado em seu governo. Apesar dos avanços, Anastácio acredita que a ci-dade está carente de amor. “Precisam olhar para Caruaru com amor, doar-se. não colocando a po-lítica como primeiro item, mas visando o bem co-mum.”Antes de chegar à prefeitura, Anastácio foi diretor de educação e Cultura do governo João lyra Filho e vereador oposicionista destacado na Câmara Muni-cipal. Aos 85 anos, ele revela nunca ter pensado em fazer carreira política e desde 2008 tem dedicado sua vida ao instituto histórico de Caruaru 3 , que ele idealizou e preside. “O que mais me deixa orgu-lhoso e vaidoso é que esta cidade deu ao Brasil e ao mundo gênios. Caruaru é uma cidade privilegiada.” Anastácio Rodrigues define Caruaru como o seu mundo e declara seu amor pela cidade que o viu nascer em 11 de maio de 1928. “Caruaru me en-canta. Poucos contemplam as serras de Caruaru. são belas. deus caprichou. O monte é o coração de Caruaru palpitando. eu não posso viver fora de Caruaru”, admite. no futuro, a literatura e a histó-ria definirão Anastácio como um poeta apaixona-díssimo por seu poema: Caruaru.

rEportaGEMFeRnAndinO netO

fotosPRisCilA FOntinele

1

eleito pelo Movimento democrático Brasileiro

(MdB) em 1968, Anastácio Rodrigues contou com o apoio

dos governadores arenistas nilo Coelho

e eraldo Gueiros leite para concretizar a sua

plataforma de governo.

2

Fundado em 1º de março de 2008,

data que assinala a emancipação política

de Caruaru, o instituto Histórico está localizado

na sede da antiga estação Ferroviária. É o órgão mais atuante

na preservação histórico-cultural da

cidade e acaba de ser reconhecido pela

Assembleia legislativa de Pernambuco como entidade de utilidade

pública estadual.

cult

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Anastácio Rodrigues nunca se afastou da vida política e social de Caruaru. Muitos anos depois de ter administrado a cidade, ainda é reconhecido pelo feito, sendo visto como amante declarado da Caruaru que ajudou a erguer. no aniversário da cidade, ele cobra mais amor e menos interesse pelo voto. Aos 85 anos de idade, sua perseverança em zelar pela história de Caruaru permanece intocável, motivo de admiração das gerações que o sucedem

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“Quando resolvi comprar um iPad optei logo pelo modelo mais recente e acho que fi z uma boa

compra. A velocidade do processador é um detalhe necessário pra mim que o utilizo para trabalhar com gravação e edição de áudio”. CONCEiçãO Ri-CARtE, JORNAliStA

“Pra mim, o iPad 4 é visi-velmente superior ao 3. O processador é muito mais rápido, facilitando a nave-

gação na internet, o sistema rara-mente trava, a câmera tem uma qua-lidade bem melhor, principalmente a frontal que facilita o uso do Faceti-me, skype entre outros. estou ansio-so para ver as novidades que o 5 tra-rá”. ANDRÉ tEiXEiRA FilhO, EStu-DANtE DE DiREitO

“Quando comprei o iPad 3 ele ain-da era chamado de “no-vo iPad”. Optei por ele por ser o modelo mais recen-te e a tela de retina que

me atraiu em relação ao iPad 2, pois faz uma diferença imensa nos gráfi -cos dos jogos. Poucas semanas de-pois, o iPad 4 foi lançado, mas por en-quanto, o modelo anterior ainda su-pre minha necessidade. sei que perdi dinheiro, porque o modelo saiu de li-nha, mas por enquanto, não me inte-ressa trocar.” tiAGO mENDONçA, Fi-SiOtERAPEutA

“trabalho como analista de mídias sociais e costumo usar meu iPad para redes so-ciais, e-mails, navegar na internet e estudar. não

penso em trocá-lo momentaneamen-te, pois ele é um complemento do meu notebook. tem a vantagem em relação ao computador, que é a mo-bilidade e a praticidade para aces-sar a internet com um aparelho le-ve e que pode ser transportado facil-mente. Por enquanto, ele satisfaz to-das as minhas necessidades e não tenho interesse nas versões mais re-centes do iPad. enquanto consumido-ra, sou atraída pela fi nalidade e pre-ço. se é ponta de linha ou já está há algum tempo no mercado, para mim pouco importa.” lAÍS CAPiStRANO, 22 ANOS, JORNAliStA

cons

umão

rEportaGEMFeRnAndA sAles

fotosdiVulGAçãO

Bem de consumo“O novo iPad” fi cou ultrapassado até no nome. Após sete me-ses do seu lançamento, a Apple já colocou no mercado o iPad 4 e tirou de linha o irmão mais velho. A quarta geração do gadget não apresenta tantas mudanças em relação ao seu antecessor, o iPad 3, uma delas é o processador A6X que tem o dobro da velocidade. A câmera frontal também melhorou a resolução permitindo fotos e Facetime com qualidade hD. A tela de retina e o tamanho de 9,3 polegadas continuam como na versão anterior mas não deve durar muito já que a marca já prevê para junho lançar o iPad 5 com 9,7 polegadas e mais fi no e leve que todos os tablets da marca. mas os fanáticos pelos produtos da maçã podem acompanhar logo logo o lan-çamento de mac Pro e iPad mini ainda neste semestre.

tecnologia. Não é de hoje que as novidades tecnológicas encabe-çam as listas de consumo das pes-soas. E, o novo lançamento da Ap-ple, o iPad 4, vem com força total

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social clube

rEportaGEMROBsOn MeRiÉVeRtOnfotosdiVulGAçãORAFAel liMA

nada de rotina escolarRitmo escolar segue puxado com compromissos escolares, comemorações e aulas-passeio

1 no Colégio Diocesano, as aulas no laboratório vira uma verdadeira festa de aprendizado. na foto, os alunos estão fazendo uma experiência para pro-vocar uma erupção vulcânica. 2 Alunos do Colégio Criativo de Caruaru romperam as barreiras físicas da instituição e seguiram para aula itinerante na re-serva de serra negra, na cidade de Bezerros. Por lá,

além do contato com a natureza, os alunos apren-deram um pouco mais sobre a fauna, flora e geogra-fia. 3 na onda de aprender com diversão, alunos do 9ª ano do Colégio Alternativo de Caruaru visita-ram o espaço Ciência, no Complexo salgadinho, em Olinda. 4 estudantes dos três polos do Cursinho Popular Edilson de Góis participaram da aula inau-

gural no início do mês de abril. Mais de mil estudan-tes assistiram a apresentações culturais dos alunos do Caic e à aula do professor Menelau Júnior. As au-las acontecem aos sábados, a partir das 13h30, nas escolas Municipais Professor Machadinho (são Francisco), Josélia Florêncio (são João da escócia) e teresa neuma (Maria Auxiliadora). 5 no último 18 de abril, dia em que se reverencia a literatura infan-til, os alunos das séries iniciais do Colégio Sagra-do Coração foram agraciados com uma programa-ção especial. em um espaço bastante convidativo, os pequenos participaram de um momento de leitu-ra que contou com a participação de uma contado-ra de histórias.

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Desligue a tV e vá ler um livro. Nós que trabalhamos na Olha!indicamos quatro livros para vocêparar o tempo à sua volta e seentregar aos prazeres da leitura

cam

panh

aO estilo emocional do cérebroRichard J. davidson, sharon Be-gley(Sextante/Gmt)

Você já se perguntou por que as pessoas reagem de maneiras tão diferentes às adversidades e às alegrias da vida? Já notou que tem amigos que comemoram cada pequena vitória, enquanto outros só sabem reclamar? tudo isso está relacionado com o estilo emocional do cérebro. Após mais de 30 anos de pesquisas, o neurocientista Richard J. davidson resolveu se dedicar ao estudo pioneiro dos mecanismos misteriosos que estão por trás das emoções e examinar o modo como elas infl uenciam as funções cerebrais. davidson descobriu que cada estilo emocional é formado por seis dimensões básicas – resiliência, atitude, intuição social, autopercepção, sensibilidade ao contexto e atenção – e que a identidade emocional única é determinada pela combinação dessas dimensões.

O homem que não queria ser PapaAndreas englisch(universo dos livros)

não é nenhum segredo que Joseph Ratzinger, o brilhante teólogo da Baviera, não queria ser papa. Mas o quão árduo e penoso foi esse percurso é somente revelado neste livro de Andreas englisch, que escreveu de dentro do olho do furacão! A decisão mais importante do pontifi cado de Bento xVi talvez tenha sido desistir do poder e, ao mesmo tempo, enfrentar o Colégio Cardinalício que tanto conspirou contra ele. Acusado de reacionário, o papa demissionário deixa claro com seu gesto que o cargo não é nem vitalício nem sagrado. É político. surpreende e afronta a poderosa Cúria Romana, causando-lhe estupor. Ao mesmo tempo que ‘joga a toalha’, desistindo de enfrentá-la e de se deixar manipular. um relato emocionante e verdadeiro, que vai fazer você entender melhor como funciona o Vaticano e o que levou o papa a renunciar.

Sonho grandeCristiane Correa(Sextante/Gmt)

Jorge Paulo lemann, Marcel telles e Beto sicupira ergueram, em pouco mais de quatro décadas, o maior império da história do capitalismo brasileiro e ganharam uma projeção sem precedentes no cenário mundial. nos últimos cinco anos eles compraram nada menos que três marcas americanas conhecidas globalmente: Budweiser, Burger King e Heinz. tudo isso na mais absoluta discrição, esforçando-se para fi car longe dos holofotes. A fórmula de gestão que desenvolveram, seguida com fervor por seus funcionários, se baseia em meritocracia, simplicidade e busca incessante por redução de custos. uma cultura tão efi ciente quanto implacável, em que não há espaço para o desempenho medíocre. Por outro lado, quem traz resultados excepcionais tem a chance de se tornar sócio de suas companhias e fazer fortuna. sonho grande é o relato detalhado dos bastidores da trajetória desses empresários desde a fundação do banco Garantia, nos anos 70, até os dias de hoje.

A mulher VCristiane Cardoso(thomas Nelson Brasil)

esqueça tudo o que você já ouviu sobre o que é ser mulher. A mulher moderna está fora de mo-da. Acumulando funções como mães, esposas e profi ssionais, muitas mulheres esqueceram como mostrar sua verdadeira beleza, escondendo o que elas têm de melhor atrás de tarefas e de uma pre-ocupação demasiada nas aparências físicas.entra a Mulher V. ela desafi a os conceitos e valo-res da mulher atual. ela anda na contra-mão das avenidas feministas. ela é o que os homens da-riam tudo para ter. Cristiane Cardoso faz uma via-gem ao passado para desvendar os 20 segredos dessa Mulher - e ensina como você pode aplicá-los nos dias de hoje.

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Este espaço é todo seu: pode reclamar, dar dica, mandar opinião, bater boca ou também pode dar os parabéns, que é bom e a gente gosta!

“Fui surpreendida com a qualidade da revista. Acho que o público jovem da região merecia uma publica-ção voltada especificamente para eles e com con-teúdo, discutindo educação e cultura de uma forma leve.” ARyANE liRA, 24 ANOS, EmPRESáRiA

“sabe aquele texto que chama atenção, te segura na leitura do início ao fim e mostra tudo que a gen-te está a fim de ver? Pois é, a Revista Olha! conse-guiu me prender pela qualidade visual, focos inte-ressantes de assuntos gerais, unindo o útil ao agra-dável com temáticas que falam do universo do jo-vem da região, ou seja, fala diretamente pra muitos, como eu. Parabéns a toda a equipe!” mARlON VitAl, 27 ANOS, JORNAliStA

“depois de um tempo morando em são Paulo, vol-tei pra rever os amigos e me apresentaram a Revis-ta Olha! e já de início me encantei pela capa com o título “O meu destino é viajar”. Obviamente me identifiquei com o foco da matéria. Achei a revista de muito bom gosto, desde as fotos bem produzidas até os textos com abordagens interessantes, pas-sando pela riqueza visual que prende a nossa aten-ção. não deixa a desejar de nenhuma publicação em cartaz no sul e sudeste do país. espero que o su-cesso continue por muitas e muitas edições.” AlyNE FlORêNCiO, 26 ANOS, PuBliCitáRiA

“A Revista Olha! sempre consegue surpreender e

[email protected] ao leitor: (81) 9544-1794

EDiçõES ANtERiORES: venda exclusiva em bancas, pelo preço da última edição

diRetOR exeCutiVO OBEDE GuEiROS NEtO dePARtAMentO COMeRCiAl FAuziA EmANNuElly editor Robson meriéverton, Jornalista Visual (Projeto Gráfico) Sandemberg Pontes, Reportagens Fernanda Sales e Fernandino Neto, Fotografia e edição de imagem Priscila Fontinele Publicidade para anunciar na Olha!, ligue: (81) 9544.1794Permissões da Olha! para usar selos, logos e citar qualquer avaliação da revista, envie um e-mail para a redação [email protected]. nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Saiba que os artigos assinados pelos colaboradores da Olha! não expressam necessariamente a opinião da revista. A Olha! não se responsabiliza pelo conteúdo dos textos de colunas e anúncios. É permitida a reprodução das matérias publicadas pela revista, desde que citada a fonte.Olha!, número 5, ano 0, edição 5, é uma publicação mensal, com distribuição comercializada nas principais instituições de ensino públicas e privadas, assim como nas escolas municipais, estaduais e particulares de Caruaru, por R$ 4,90. impressão Gráfica Centauro. tiragem 5 mil exemplares. Sede Rua do norte, 48, 2º andar, sala 201, Centro, Caruaru, Pernambuco, tel. (81) 9544.1794, de segunda a sexta, das 8h às 18h. sábados, das 8h às 13h. Contato Comercial Fauzia emannuelly, tef. (81) 9544.1794, das 8 às 18h, de segunda a sexta e sábados, das 8h às 13h, [email protected]

conquistar ainda mais os leitores que já são fãs do perfil da revista. eu, particularmente, não consi-go deixar de ler uma edição sequer, já que, no meu ponto de vista, é uma da revistas que estão no mer-cado que mais entendem o ponto de vista do leitor e fazem o possível pra oferecer um excelente ma-terial. sem falar nas matérias que têm linguagem bem “leve” que agrada os leitores dos mais diversos segmentos! enfim, é por essas e outras que nunca deixo de conferir o que a Revista Olha! tem pra me apresentar em cada nova edição!” luNARA AiRES, 20 ANOS, EStuDANtE DE JORNAliSmO

na banca em meio a tantas publicações uma te convida: “OlHA!”. e num é que ela é nordestina, pernambucana e caruaruense! Orgulho danado me deu. Pessoal, acompanho o trabalho de vocês (de longe) desde a primeira edição. Vale salientar que a revista só tem melhorado. Parabéns! desejo suces-so e muitas pautas. tem um bocado de gente Ven-dO esse trabalho, que parece ser feito com mui-to carinho. Por isso, fica tão bonito” NAthAliA luD-millA, JORNAliStA

“Fiquei muito impressionado com a qualidade da re-vista. Bom para nós, leitores, que ganhamos mais um veículo de muita credibilidade e compromisso com a informação. Que venham muitos outros as-suntos interessantes para suprir nossas vidas de in-formação”, RODRiGO limA, AGENtE DE ViAGENS

boca no mundo

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fim

“Foi CururuFoi CaruaraFoi CaruruHoje é Caruaruterra da arte, da cerâmica e do courodo bacamarte, do pife e da tradição,tens literatos que as penas valem ouroOrgulho e glória das letras e da nação.”

lídio Cavalcanti

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156 ANOSUma festa com 324.000 convidados.

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