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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO PROF. ORLANDO BORTOLAI JUNIOR Raisa Yasmin Ranzani Gaspar RA 00064716 5º SEMINÁRIO - AULA DO DIA 11/09/2014 TEORIA GERAL DOS RECURSOS SÚMULAS VINCULANTES E UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA 1) Quais as fontes legais de estudo das Súmulas Vinculantes? As fontes legais de estudo das Súmulas Vinculantes são o artigo 103-A da Constituição Federal, adicionado pela emenda constitucional nº 45, a Lei nº11.417, de dezembro de 2006 e os artigos 99 a 103 e 354-A a 354-G do Regimento Interno do Supremo tribunal Federal. 2) Qual o objeto das Súmulas Vinculantes? O objeto das Súmulas Vinculantes será, conforme disposto no artigo 2º da Lei nº 11.417/06, a validade, interpretação e eficácia de normas, onde haja, entre órgãos judiciários ou entre este e a administração pública, que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questões idênticas. 3) Quem são legitimados no procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da Súmula Vinculante? Conforme taxado no artigo 3º da Lei 11.417/06, tem legitimidade a propor os procedimentos de edição, revisão ou cancelamento de sumula vinculante, o presidente da república, a mesa do senado federal, a

5º Seminário Puc Dpc - 2º Sem 2014 Respondido

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trabalho sobre direito processual penal

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

FACULDADE DE DIREITO

PROF. ORLANDO BORTOLAI JUNIOR

Raisa Yasmin Ranzani Gaspar RA 00064716

5º SEMINÁRIO - AULA DO DIA 11/09/2014

TEORIA GERAL DOS RECURSOS

SÚMULAS VINCULANTES E UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA

1) Quais as fontes legais de estudo das Súmulas Vinculantes?

As fontes legais de estudo das Súmulas Vinculantes são o artigo 103-A da Constituição Federal, adicionado pela emenda constitucional nº 45, a Lei nº11.417, de dezembro de 2006 e os artigos 99 a 103 e 354-A a 354-G do Regimento Interno do Supremo tribunal Federal.

2) Qual o objeto das Súmulas Vinculantes?

O objeto das Súmulas Vinculantes será, conforme disposto no artigo 2º da Lei nº 11.417/06, a validade, interpretação e eficácia de normas, onde haja, entre órgãos judiciários ou entre este e a administração pública, que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questões idênticas.

3) Quem são legitimados no procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da Súmula Vinculante?

Conforme taxado no artigo 3º da Lei 11.417/06, tem legitimidade a propor os procedimentos de edição, revisão ou cancelamento de sumula vinculante, o presidente da república, a mesa do senado federal, a mesa da câmara federal, o procurador-geral da república, o conselho federal da OAB, o defensor público-geral da união, partido político com representação no Congresso Nacional, confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional, a mesa da assembleia legislativa ou da câmara legislativa do DF, o governador de estado ou do DF e os Tribunais superiores, Tribunais de Justiça de estados e do DF e territórios, os tribunais regionais federais, tribunais regionais do trabalho, os tribunais regionais eleitorais e os tribunais militares.

4) A Súmula Vinculante sempre produz eficácia vinculante?

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Em regra, a súmula vinculante é dotada de eficácia imediata, no entanto, um quórum de 2/3 dos membros do STF pode restringir sua eficácia imediata ou determinar que essa eficácia se dê em momento posterior, em meio a razões de segurança jurídica, ou do interesse pública.

5) Então quando a eficácia é diferida?

A eficácia da súmula vinculante é diferida, segundo o artigo 5º da Lei 11.417/06, quando revogada ou modificada a lei em que se fundou a edição do enunciado da súmula vinculante.

6) O processo em que é proposta a edição da Súmula Vinculante deve ter seu andamento suspenso?

Não, pois a edição, revisão ou cancelamento da súmula vinculante não autoriza a suspensão dos processos em que se discuta a mesma questão.

7) É permitida a participação do “amicus curiae” no procedimento de edição da Súmula Vinculante?

Segundo a Lei 11.417/06, é permitida a participação do “amicus curiae” nos procedimentos de edição, revisão e cancelamento da súmula vinculante, ressaltando-se que somente nos casos em que não se admite recurso da decisão proferida.

8) E da sociedade civil?

Desde 2009, entidades da sociedade civil organizada poderão participar da edição de súmulas vinculantes, enviando manifestações ao STF que possam contribuir com o entendimento dos ministros sobre as matérias em análise.

9) Onde está disciplinado o procedimento que cuida da Uniformização de Jurisprudência?

O procedimento que cuida da Uniformização da Jurisprudência se encontra disciplinado pelos artigos 477, 478 e 479 do Código de Processo civil.

10) Qual a finalidade desse incidente?

A finalidade desse incidente é evitar a prolação de decisões divergentes num mesmo contexto, a respeito de um mesmo assunto, pois isso implicaria em que a sorte do litigante variasse de acordo com a distribuição do processo.

11) O que ocorre com o recurso, enquanto o incidente de Uniformização de Jurisprudência é processado?

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O recurso, ou a causa de competência originária são suspensos em decorrência do incidente de Uniformização de Jurisprudência.

12) A participação do Ministério Público é obrigatória?

O Ministério Público tem sua participação obrigatória, visto que, o Código de Processo Civil impera na intervenção do chefe do Ministério Público, do Procurador-Geral da Justiça ou do Procurador-Geral da República, no incidente de Uniformização de jurisprudência; nada impede, porém, que a intervenção seja delegada a outro órgão do Parquet.

13) Há diferença entre a Súmula Vinculante e a Súmula originada do incidente de Uniformização de Jurisprudência?

Sim, a diferença entre elas reside no fato de a Súmula Vinculante ter valor de referencia para todos os tribunais e juízos do país e a Uniformização de Jurisprudência pretende constituir-se precedente a ser observado pelos julgamentos seguintes dos órgãos fracionários do tribunal.