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  UFAM UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS CURSO DE ADMINISTRAÇÃ O Prof. M.Sc. R. Nonato Pinheiro (*) Prof. R. Nonato Pinheiro Admi nistrador – Advogado – Mestre em Admin istração – Tel. 0 92-9604-7098 – E-Mail: [email protected]  64  TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL Com base em: MAIA, Jayme de Mariz. Economia internacional e comércio exterior. São Paulo: Atlas, 2000. e CARVALHO, Maria Auxiliadora de. e SILVA, César Roberto Leite da. Economia internacional. São Paulo: Saraiva, 2000. 1 Teorias clássicas de comércio internacional Revisando as vantagens do comércio internacional, lembram- se os seguintes benefícios que podem ser gerados: 1) divisão do trabalho, gerando especialização; 2) produção em grande escala, reduzindo custos de produção; 3) produção diferente entre países de climas diferentes obriga as trocas internacionais; 4) presença de diferentes metais em diferentes países obriga as trocas internacionais. Diante desses fatos, alguns economistas desenvolveram Teorias sobre o comércio internacional, dentre os quais Adam Smith, David Ricardo e John Stuart Mill. 1.1 Teoria das vantagens absolutas Adam Smith, in Welth of Nations (1776), afirmava que cada país pode produzir determinada mercadoria com custos menores que os outros. Com isso, esse país se beneficiará se exportar essas mercadorias e importar outras que produz com custo alto. Isso proporcionará vantagens recíprocas. PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com

6_ Teorias do Comércio Internacional

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TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Com base em:MAIA, Jayme de Mariz. Economia internacional e comércioexterior. São Paulo: Atlas, 2000. eCARVALHO, Maria Auxiliadora de. e SILVA, César Roberto Leite da.Economia internacional. São Paulo: Saraiva, 2000.

1 Teorias clássicas de comércio internacional

Revisando as vantagens do comércio internacional, lembram-

se os seguintes benefícios que podem ser gerados: 1) divisão do

trabalho, gerando especialização; 2) produção em grande escala,

reduzindo custos de produção; 3) produção diferente entre países

de climas diferentes obriga as trocas internacionais; 4) presença de

diferentes metais em diferentes países obriga as trocas

internacionais.

Diante desses fatos, alguns economistas desenvolveram

Teorias sobre o comércio internacional, dentre os quais Adam

Smith, David Ricardo e John Stuart Mill.

1.1 Teoria das vantagens absolutas

Adam Smith, in Welth of Nations (1776), afirmava que cada

país pode produzir determinada mercadoria com custos menores

que os outros. Com isso, esse país se beneficiará se exportar essas

mercadorias e importar outras que produz com custo alto. Isso

proporcionará vantagens recíprocas.

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Pode-se ainda expressar essas realidades entre as opções

tomando-se os produtos agrícolas (X), industriais (M) e o trabalho

(L) através da função que têm:

M = f (L) uma quantidade de produto industrial M é

obtida em função da quantidade de trabalho (L), por unidade de

tempo;

X = f (L) uma quantidade de produto agrícola X é

obtida em função de certa quantidade de trabalho (L), por unidade

de tempo.

As funções de produção apresentadas dessa forma são

genéricas e não apresentam respostas a respeito do processo de

produção sobre quantas unidades de trabalho são necessárias para

produzir cada um dos bens. Essa questão também pode ser

respondida pela microeconomia como conceito do coef ic ien te  

técn ico de produ ção , ou co ef i ci en t e d e i n s u m o / p r o d u t o  :

Ţm=L/M e Ţ x = L/X

Exemplo: Seja W todos os demais países com os quais o país

B pode comercializar:

Tabela 1 - Coeficientes técnicos de produção (em horas de

trabalho)  

BemPaís

M X

W Ţw

m = 2 Ţw

x =3

B Ţ bm =3 Ţ bx =2

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No país W (ou resto do mundo), são necessárias três horas de

trabalho para produzir uma unidade de um bem primário X e duas

horas de trabalho para produzir um bem industrializado M. No caso

de B, cada unidade do bem primário requer apenas duas horas.

Na ausência de comércio exterior, supondo que cada um dos

países empregue metade de suas horas de trabalho na produção de

cada um desses bens, o resultado será o seguinte:

Tabela 2 - Produção e consumo em regime de autarquia

Produção ConsumoPaís

M X Total M X Total

W 300 200 500 300 200 500

B 200 300 500 200 300 500

Total 500 500 1.000 500 500 1.000

No resto do mundo (W) , 1200 horas de trabalho produziriam

300 unidades de M, produtos industrializados, e 200 de X,

produtos primários (metade das horas destinadas a cada um dos

produtos). Esses números da (Tabela 2) são obtidos dividindo-se a

metade da quantidade total de horas de trabalho disponível (Lw/2

=1200÷2 = 600) pelo coeficiente técnico de produção (Tabela 1),

ou seja:

Mw = (1/2) L w = 600 = 300

Ţ w m 2

Xw = (1/2) L w = 600 = 200

Ţ w x 3

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Mb = (1/2) L b = 600 = 200

Ţ b m 3

Xb = (1/2) L b = 600 = 300

Ţ b x 2

Como há ausência de comércio exterior, cada país só pode

consumir o que produz; logo, a produção é igual ao consumo.

Assim, desse modo o país B tem vantagem absoluta na

produção de X quando o custo de produção (em hora/trabalho) de

X em B é menor que o custo da produção de X em W:

Ţ b x < Ţ w x 

De forma análoga, W tem vantagem absoluta na produção de

M quando os custos de produção (em hora/trabalho) de M em W é

menor que o custo de produção de M em B:

Ţ w m < Ţ b m 

Suponhamos que esses países se abram para o comércio,

realizando trocas e que cada um se especialize na produção

daquele bem em cuja produção possui vantagem absoluta.Especialização significa alocar todas as unidades disponíveis de seu

fator de produção relevante (hora/trabalho), na produção do bem

que esse fator é mais produtivo.

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Tabela 3 - Produção e consumo com especialização e comércio

Produção ConsumoPaís

M X Total M X Total

W 600 - 600 300 300 600

B - 600 600 300 300 600

Total 600 600 1.200 600 600 1.200

As quantidades de M e X foram obtidas da mesma forma que

na situação de autarquia:

M w = L w = 1200 = 600

Ţ w m 2

Xb = L b = 1200 = 600Ţ b x 2

CRÍTICAS:

Essa teoria das vantagens absolutas mereceu as

seguintes críticas:

1) Adam Smith considerou que os preços são determinados

apenas pelas horas trabalhadas, quando também o são

por fatores naturais (matéria prima), trabalho (mão-de-

obra) e capital (investimentos, inclusive know how);

2) Adam Smith considerou que todos os países teriam

vantagem absoluta em algum produto, quando pode

ocorrer que não tenha em nenhum.

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1.2 Teoria das vantagens comparativas (ou dos custos

comparativos)

David Ricardo, em 1817, apresentou sua teoria das

vantagens comparativas Princípios de Economia Política e

Tributação, que também instituiu a economia como ciência.

Voltando ao exemplo anterior, suponhamos que os coeficientes

técnicos de produção dos país B na produção de M e X não sejam

mais 3 e 2, mas sim 5 e 4, ou seja, Ţ bm =5 e Ţ b

x =4. Já não se

tem vantagem absoluta na produção de nenhuma mercadoria em

relação ao parceiro W:

Tabela 4 – Coeficientes técnicos de produção (em horas detrabalho)

BemPaís

M X

W Ţ wm = 2 Ţ wx = 3

B Ţ bm = 5 Ţ bx = 4

Numa situação dessas não poderia haver comércio entre os dois

países, pois

Ţ wx < Ţ bx

Ţ wm < Ţ bm 

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Ricardo argumentou, porém, que o país W tem vantagem

comparativa na produção de M, pois seu custo é equivalente a 40%

do custo em B, enquanto o custo de produção de X é 75% daquele

apresentado em B. Esses percentuais são obtidos pelas

expressões:

Ţ wm = 2 = 0,4Ţ bm 5

menor que....

Ţ wx = 3 = 0,75Ţ bx 4

Conseqüentemente, como 0,40 < 0,75, então:

Ţ wm  Ţ wx Ţ bm  Ţ bx 

O custo relativo para o país W produzir M é menor do que seu

custo relativo para produzir X:

Ţ bx = 4 = 1,33Ţ wx 3

menor que....

Ţ bm = 5 = 2,5Ţ wm 2

Como é a diferença de custos de produção de M e de X nos dois

países que indica a possibilidade de comércio, esse argumento

também é conhecido como teoria dos custos comparativos.

<

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O que levaria o país B a se especializar na produção de X, e o

país W a se especializar na produção de M seria o fato que as

relações de troca seriam mais favoráveis que os preços relativos

internos.

CRÍTICAS1) a Teoria das Vantagens Relativas de Ricardo é mais

abrangente que a Teoria das Vantagens Absolutas de

Adam Smith, pois Ricardo abandonou a idéia de custos

absolutos e partiu para a idéia de custos relativos;

2) todavia continuou considerando que os preços são

formados apenas pelas quantidades de horas trabalhadas,

desprezando outros fatores como custos de matéria prima

e de transportes;

3) ambos procuraram demonstrar que a especialização da

produção estimula o comércio internacional e beneficia o

consumidor.

1.3 Teoria da demanda recíproca

John Stuart Mill formulou essa teoria contrapondo-se a David

Ricardo, que comparava custos de produção de uma unidade de

produto entre dois países em horas/homem , enquanto que esta

Teoria propõe medir a capacidade produtiva de um país em termos

de horas/ quantidade produzida conforme o quadro seguinte:

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Tabela 5 – Insumo Trabalho/ produção

País Insumo de trabalho

(homens/hora)

Produção de

aço

Produção de

trigo

A 10 20 t 20 t 

B 10 10 t 15 t 

A = tem vantagem absoluta nos dois produtos (aço e trigo) etem maior vantagem comparativa no aço.

B = não tem vantagem absoluta nos dois produtos e tem

menor desvantagem comparativa no trigo.

Daí, pode-se avaliar as seguintes POSSÍVEIS CONDIÇÕES DE

TROCA, diferentes das do quadro acima:

1) A = 10 t de aço por 10 t de trigo (base: 5 homens/hora).

2) B = 10 t de aço por 15 t de trigo (base: 10 homens/hora).

Porém, B pode oferecer 15 t de trigo por 11 t de aço. É um

bom negócio tanto para A quanto para B. Então, B exportaria trigo

para A e compraria aço de A, desde que houvesse alguma

vantagem, ou seja:

1) caso B consiga, pelo menos, mais de 10 t de aço por 15 t 

de trigo (>10 a:15 tr)

2) caso A consiga, pelo menos, 10 t de aço por mais de 10 t 

de trigo (10 a:>10 tr)

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1.4 Teoria dos limites de possibilidades de trocas

Os dados acima formam exatamente os limites das

possibilidades de troca, sintetizados na tabela abaixo:

Tabela 6 – Limites de possib ilidades de trocas

País AÇO TRIGO

A 10 t por >10 t 

B >10 t por 15 t 

Ou seja, o comércio entre esses dois países pode se dar

dentro desses limites. No entanto, a demanda por esses dois

produtos nesses países é que vai estabelecer o valor real de troca.

Daí o nome de Teoria da Demanda Recíproca. Por essa teoria, ocomércio somente se estabelecerá quando os preços eqüalizarem

as demandas dos dois países. Por exemplo:

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Tabela 7 - Graus de Interesse de Troca

Valor de Troca Demanda de A Demanda de B

 “a” = aço

 “tr” = trigo

Grau de interesse Grau de interesse

10 a = 10 tr Não há interesse em

comprar trigo de B 

Há grande interesse

de comprar aço de A 

B então propõe novas condições de troca:

Tabela 8 - Condições de troca 2

Valor de Troca Demanda de A Demanda de B

10 a = 12 tr Há interesse, porém

pequeno

continua grande o

interesse

Para que haja comércio, B melhora as condições de troca:

Tabela 9 - Condições de troca 3

Valor de Troca Demanda de A Demanda de B

10a = 14tr Aumenta o interessede A 

há interesse de B 

2 Teorias modernas de comércio internacional

As teorias de Adam Smith, David Ricardo e Stuart Mill foram

aceitas por muito tempo, mas precisavam ser reformuladas uma

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vez que consideravam o trabalho (Mão-de-obra) como o único fator

de produção, quando na verdade são três esses fatores: 1)

natureza (matéria prima); 2) trabalho (mão-de-obra); e 3) capital

(investimentos, hards e softs, ou seja, máquinas e equipamentos e

métodos de trabalho – Kow-How, racionalização, patentes,

sistemas administrativos, etc.)

2.1 Teoria da curva da possibilidade de produção

Considerando que um país A (fechado, em que não há

comércio exterior) produza somente duas mercadorias: “x” e “y”.

Supondo que uma tonelada de “x” custe o mesmo que uma

tonelada de “y”, o país A pode produzir apenas 100 toneladas de

mercadorias, sendo 50 de “x” e 50 de “y”. Para produzir 51toneladas de “x”, passaria a produzir 49 de “y”. As demais

possibilidades estão resumidas na tabela a seguir:

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Tabela 10 – Possibilidades de produção

X 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

Y 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Fig. 1 - Possibilidade de produção

2.2 Teoria do custo oportunidade

Na figura anterior, a reta AB representa as possibilidades deprodução uma vez que o país A está utilizando a sua plena

capacidade produtiva e não há mão-de-obra disponível.

Quanto à reta C, para se atingir esse ponto, seria necessário

um aumento do parque produtivo, ou seja, mais investimento

(capital), mais mão-de-obra disponível e mais matérias-primas

(natureza) também disponível no mercado.

0 40 100

60 P

B

D C

A

PRODUÇÃO DE “Y”

   P   R   O   D   U   Ç    Ã   O    D

   E

   “   X   ” 100

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Quanto à reta D, indicaria uma queda na produção, em que

haveria investimentos ociosos, desemprego e sobra de matéria-

prima.

A substituição de “x” por “y”, ou vice e versa, depende das

conveniências de mercado, daí chamar-se essa teoria de Custo

Oportunidade

2.3 Teoria da curva da indiferença

Considerando que um indivíduo precisa das mercadorias “x” e

 “y” nas quantidades de P, isto é, 60x e 40y e admitindo que ele,

por qualquer circunstância, somente pudesse adquirir 50x e 40y.

Isso prejudicaria seu padrão de vida. Mas, caso pudesse substituir

  “x” por “y”, caberia a pergunta: para restabelecer seu padrão devida, quantas unidades de “y” seriam necessárias ?

Na figura a seguir, o ponto Q indica as quantidades que esse

indivíduo possui. Ocorre que ele adquire mais de “y”, atingindo o

ponto R.

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Fig. 2 - Indiferença da produção

Nos gráficos anteriores, representam-se as possibilidades

através de retas, mas, como dificilmente ocorreria 100x e 0y, ou

0x e 100y, posto que a utilidade marginal é decrescente em relação

aos pontos de origens, resulta que a representação gráfica deve se

dá através de uma curva, como a que se reproduz a seguir.

0 40 100

60 P

B

A

PRODUÇÃO DE “Y”

   P   R   O   D   U   Ç    Ã   O    D

   E

   “   X   ”

RQ

100

x

50

D

C

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Fig. 3 - Curva da indiferença (1)

Caso fossem oferecidas mais do que 100 mercadorias ou

unidades dos produtos “x” e “y”, passando de 60x e 40y para 90x e

60y, ou seja, 150, essa nova situação seria representada através

de uma nova curva A1B1, à direita da curva AB, e assim

sucessivamente a cada aumento da oferta em que novas curvasfossem se formando. Pelo mercado ficaríamos sabendo as

preferências dos consumidores e, portanto, o ponto ideal nas

curvas, conforme mostra o gráfico a seguir:

0 40

60

P

B

A

PRODUÇÃO DE “Y”

   P   R   O   D   U   Ç    Ã   O    D

   E

   “   X   ”

X

Y

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Fig. 4 - Curvas da indiferença (2)

2.4 Teoria da produção e consumo

Se sobrepusermos os gráficos anteriores uns sobre os outros,

teremos o seguinte:

R

B

A

PRODUÇÃO DE “Y”

   P   R   O   D   U   Ç    Ã   O    D

   E

   “   X   ”

A1 A2

B1

B2

S T

0 40 100

60

P

B

A

PRODUÇÃO DE “Y”

   P   R   O   D   U   Ç    Ã   O    D

   E

   “   X   ”

A1

A2

B1

B2

100

A3

B3

V

Z

U

Y

X

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Fig. 5 - Produção e consumo

No ponto P, a Curva da Indiferença (consumo) torna-se

tangente à curva da Possibilidade de Produção. O ponto P significa

que, para determinado nível de produção, aí se localiza a melhor

forma de consumo (melhor padrão de vida).

O Ponto U tem o mesmo significado de P. Entretanto, em U

haveria maior disponibilidade de mercadorias “y”. Caso haja maior

interesse dos consumidores por “x”, a curva da indiferença seria

A1B1 e a produção de “x” aumentaria em detrimento de “y”.

Portanto, admitamos tão-somente que as curvas fiquem tangentes

a P.

2.5 Teoria do comércio internacional

Admitamos que o país A se inicie no comércio internacional.

No exterior, o preço é 2x=1y. Em A, o preço é 1x=1y. 

A produção e as vendas de A no comércio internacional são tão

pequenas que não afetam os preços internacionais.

Diante disso, A tem vantagem comparativa em “y”. Isso

porque, internamente, com 1y ele consegue apenas 1x 

Externamente, com 1y, consegue 2x. Portanto, deixa de produzir

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 “x” e aumenta a produção de “y”. É um bom negócio porque, para

cada 1y exportado, recebe 2x importados.

Na realidade, agora deixamos de lado todos os argumentos das

teorias clássicas (mão-de-obra como fator único de produção e

eficiência produtiva) e partimos apenas para o argumento “preço”.

No gráfico a seguir,a reta VZ se transforma na reta V1Z e o

ponto P se desloca para C:

Fig. 6 - Comércio Internacional e Consumo

0

40 100

60

P

PRODUÇÃO DE “Y”

   P   R   O   D   U   Ç    Ã   O    D

   E

   “   X   ”

100V

Z

200

C

55y

x

90

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A importação de “x” não gerou desemprego nem ociosidade

de produção porque todos os fatores que produziam “x” foram

desviados para produzir “y”. O nível de vida melhorou, porque o

consumo que estava fixado em P foi para C, o que significa que há

mais “x” para cada cidadão.

2.6 Teoria da política comercial1

 

A despeito da vigorosa defesa teórica do livre comércio, as

barreiras sobre as importações não acabaram no final do período

mercantilista. Ainda hoje, o livre comércio é mais exceção do que

regra, tanto nos países desenvolvidos quanto nos chamados

emergentes, sendo a luta pela não-proteção comercial bastante

forte, sendo o Brasil um dos líderes mundiais nesse processo.

A proteção se dá mediante diversos meios de instrumentos de

intervenção pública sobre comércio exterior, em seu conjuntodenominados política comercial .

Em que pese os incentivos fiscais não sejam propriamente uma

ferramenta que signifique barreira comercial, são utilizados como

1 Este tópico foi exclusivamente baseado em CARVALHO, Maria Auxiliadora de e SILVA,César Roberto Leite da. Economia internacional.São Paulo: Saraiva, 2000.

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forma de “subsídios” que podem ser importantes como forma de

dar competitividade em preço aos produtos assim incentivados,

vindo a, sob ótica inversa, também servir como uma boa política de

proteção comercial..

Este é o caso dos produtos da Zona Franca de Manaus frente ao

mercado da Argentina, como tese deste estudo, devendo, portanto,

esta descrição teórica se circunscrever à questão dos “subsídios” 

por melhor se aproximar dos objetivos e dos casos propostos para

este estudo.

O subsídio, quando empregado como instrumento de política

comercial, consiste em pagamentos, diretos ou indiretos, feitos

pelo governo, para encorajar exportações ou desencorajar

importações. Em ambos os casos, equivale a um imposto negativo

e representa, portanto, uma redução de custo para o produtor. Em

geral se dá através de pagamento em dinheiro, redução de

impostos ou financiamentos a taxas de juros inferiores às de

mercado.

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Embora o governo brasileiro não adote mais subsídios como

política comercial, como se sabe, o caso da Zona Franca de Manaus

é de incentivos fiscais pela redução de impostos: federais, estadual

do Amazonas e municipal de Manaus. E visa dar competitividade

aos seus produtos de montagem voltados para o comércio interno.

Na verdade, os incentivos dados tem tido maior efeito sobre a

importação de peças e componentes para montagem.

Todavia, esses produtos ali montados têm tido bastante

vantagem no mercado argentino e latino-americano e têm sido

feitos enormes esforços de vendas externas, como estratégia de

sobrevivência daquele modelo, que é garantido constitucionalmente

até 2013, mas foi posto em cheque a partir de 1990 quando da

adoção de abertura econômica aos produtos importados.

Vejamos inicialmente o subsídio à produção doméstica, ou seja,

aquele que visa isolar parcialmente o mercado interno da

concorrência estrangeira. Na figura a seguir, as curvas S1 e D 

representam, respectivamente, demanda e oferta do produto M 

sob liberdade de comércio.

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Ao preço internacional P *m , a produção é Q1 e os consumidores

domésticos demandam Q2 , resultando em importação de Q2 – Q1 .

Se o governo opta por uma política de subsídios ad valorem, de

taxas s, para desestimular importações, o produtor passa a receber

Pm = (1+s)P *m.

Isso leva a um deslocamento da curva de oferta para S1 , a

produção local cresce para Q3 e a importação se reduz para Q2 –

Q3 .O declínio do volume importado corresponde à expansão da

produção (Q3 – Q1).

Fig. 7 – Efeitos da Teoria de Política Comercial (1)

Pre o

Quantidade

D

S

S

Subsídio

a b

Q 3 Q 1  Q 2 

P *m (1+s) 

P *m 

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 O quadro abaixo resume os efeitos dessa política:

Tabela 11 – Efeitos de subsídios sobre o livre comércio (1)Efeitos sobre: Livre comércio Tarifa

Preço P *m  P *

m Produção Q1 Q3 Consumo Q2 Q2 Importação Q2 - Q1 Q2 – Q3 

Despesa pública Nenhum s.P

*

m . Q3 

Para o governo, o custo é igual à alíquota s  multiplicada pelo

preço internacional e pela quantidade produzida (s.P *m . Q3) , que é

pago pelos contribuintes e equivale às áreas a + b do gráfico,

distribuído entre os produtores.

Para o conjunto da sociedade, o efeito da proteção (área b)

corresponde a uma perda líquida de bem-estar porque, em vez de

pagar subsídios para os produtores nacionais menos eficientes, a

nação poderia importar a um preço menor.

O subsídio utilizado para encorajar exportações, embora

proibido pela Organização Mundial do Comércio (O.M.C.), é prática

bastante comum na atualidade, em particular no comércio de

produtos agrícolas dos países desenvolvidos, como os da União

Européia.

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A análise do equilíbrio parcial pode contribuir para

entendimento das implicações do subsídio. Na figura a seguir,

pode-se observar que, sob liberdade de comércio, os consumidores

pagam P *x pela quantidade Q1 do produto X, enquanto os

produtores domésticos produzem Q2. Exportam, portanto, a

quantidade

Q2 – Q1.

P x 

P *m 

Fig. 8 – Efeitos da Teoria de Política Comercial (2)

O quadro a seguir resume os efeitos dessa política:

Tabela 12 – Efeitos de subsídios sobre livre comércio (2)Efeitos sobre: Livre comércio Tarifa

Preço P *x  P x 

Produção Q2 Q4 Consumo Q1 Q3 

Importação Q2 - Q1 Q4 – Q3 Despesa pública Nenhum s.P *

x . (Q4 – Q3)

Pre o

Quantidade

D

S

Subsídioa b

Q 1 Q 3 Q 4 Q 2 

c d

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O subsídio à exportação é um pagamento feito pelo governo por

unidade de produto vendida no exterior. Se o governo opta por

subvencionar a exportação por um subsídio ad valorem, de taxa s  

sobre o preço internacional de X, o exportador nacional passará a

receber o preço P x = (1+s)  P*x. 

Isso leva à expansão da produção de X, de Q2 para Q4. No

entanto, uma vez que o exportador recebe P x pelo produto

exportado, o mercado interno se ajusta a esse novo preço,

enquanto o consumo se retrai de Q1 para Q3. Por sua vez, o

volume exportado aumenta para Q4 – Q3 o que, aliás, era o

propósito da política.

Os benefícios são apropriados pelos produtores na forma de

aumento da receita. Os custos recaem sobre os consumidores, que

pagam mais pelo produto, e sobre o governo, que banca o

subsídio. Esses efeitos distributivos, mais uma vez, podem ser

analisados em termos dos excedentes. Os ganhos dos produtores

correspondem no gráfico às áreas a+b+c.

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As perdas dos consumidores equivalem às áreas a+b. O custo

para o governo é dado pelas áreas b+c+d. O saldo líquido para o

conjunto da sociedade é negativo e corresponde aos triângulos

b+d. Esses triângulos representam, respectivamente, as distorções

no consumo e na produção resultante do subsídio à exportação.

No geral, essas perdas são compensadas pelas receitas de

exportação em moeda forte e, dependendo do volume exportado,

passa a gerar excedentes em relação à redução do preço obtido.

No caso dos incentivos fiscais da ZFM, embora não se trate de

subsídios à exportação, como tal funciona, permitindo, além dos

ganhos com o volume exportado, ganhos de geração de emprego e

renda local em Manaus e Amazônia Ocidental, geração de receitas

tributárias em razão do volume de produção, preservação

ambiental e redução das desigualdades regionais.

Os subsídios às exportações também provocam mudanças nospreços relativos entre X e M. Sob regime de liberdade comercialPR = P*x 

P*m 

e, após o subsídio, passa para PR = P*x (1+s).

P*m 

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