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jornal do meio Bragança Paulista Sexta 30 Dezembro 2011 Nº 620 - ano IX [email protected] 11 4032.3919

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Edição 30.12.2011

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B r a g a n ç a P a u l i s t a

Sexta30 Dezembro 2011Nº 620 - ano [email protected]

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Editorial Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919

E-mail: [email protected]

Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli

Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61. 321/SP) Redação das matérias:Shel Almeida

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão.

Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do

Bragança Jornal Diário.

ExpEdiEntE

O Jornal do Meio nesses anos todos, se firmou como um veículo de comunicação atento ao que acontece em Bragança Paulista e no Brasil. Sempre trazendo para a realidade do leitor bragantino assuntos que estão em discussão, conseguimos atrair a atenção até mesmo de outros veículos de imprensa, pautando-os como referência positiva. Procuramos sempre valorizar as coisas da cidade, entrevistando desde o cidadão anônimo àquele reco-nhecido na comunidade. Neste ano conversamos com os mais variados tipos de profissionais. Falamos sobre o dia-a-dia de cada um deles e mostramos a impor-tância que representam em uma sociedade. Professor, advogado, juiz, conciliador, veterinário, dentista, médico, velejador, instrutoras de auto-escola, borracheira, artistas, nutricionista, fisioterapeuta, escritor, caminhoneiro, policial, líder religioso, livreiro, agentes de saúde, produtor rural, atleta, entre outros. Todos eles dedicaram um pouco de tempo para nos auxiliar na produção de matérias relevantes e que fossem capazes de atingir o leitor, o bem mais importante e mais cobiçado pela mídia impressa. Nenhum veículo de comunicação tem o poder de vender, apenas de divulgar. Quan-do atingimos esse objetivo, o de divulgar projetos e ações sociais em que acreditamos, é porque temos leitores fiéis que acreditam e confiam em nosso esforço de fazer chegar a eles notícias com importância e credibilidade. Para o Jornal do Meio é uma grande satisfação abrir espaço para os mais variados assuntos e alcançar repercussão inesperada para todos os envolvidos.

Privilégio2011 também foi um ano de emoções. Tivemos o privilégio de nos entregar a um dos prazeres mais valiosos que alguém pode desfrutar: o de ouvir. Tivemos o prazer de conhecer pessoas tão diferentes e interessantes em aspectos tão diversos que só podemos, realmente, nos sentir privilegiados. Num mundo em que as relações são efêmeras e distantes é muito bom poder parar para ouvir com atenção o que o outro diz. É bom poder sentir a confiança do outro em nos contar sobre sua história, sua vida, entregar um minuto do seu tempo para falar de si. De certa forma, este trabalho se assemelha ao de criar poesias. A diferença é que aqui tratamos da poesia do dia-a-dia, a poesia da vida. His-tórias como a da menina Vitória Ramalho e de Brown, o seu pai do coração, ou de Angélica e Vinícius Sousa, mãe e filho destinados um ao outro, certamente, por uma força superior. Histórias como a de Célia de Lima, a Celinha, que dedica quase todo seu tempo às crianças e nos ensina a não perder a fé nas pessoas, ou de D. Isaura Pinto Pierotti e sua família, que nos motiva a querer o melhor da vida e a valorizar nossos pais e avós. Histórias como a de Milton Ap. Alexandre da Silva, que simplifica toda a fragilidade e força do ser humano, ou da jovem atleta Laís Serinoli que, mesmo com a pouca idade, já tem plena consciência da própria capacidade de realizar seus sonhos. Todas essas histórias não permanecerão apenas no papel. Serão mantidas na lembrança de todos aqueles que as leram. Histórias de gente, de sentimentos, de vida. Como a de todos nós.

Inovação2011 também nos trouxe inova-ção. Na matéria especial do Dia dos Namorados, por exemplo, ao invés de falarmos com casais apaixonados, fizemos exatamente o contrário, falamos com os soltei-ros. Das meninas que procuram pelo príncipe encantado sem se esquecerem delas próprias como indivíduo, à moça que se diz solteira convicta, passando pelos rapazes que sonham em se casar, a matéria mostrou que todo mundo quer ter alguém, mas que não há problema algum em não ter. O importante é que, se tiver, que seja a pessoa certa. Ainda sobre relacionamentos, vale lembrar que o Jornal do Meio esteve presente no primeiro casamento gay de Bragança. Apro-veitamos a ocasião para explicar a outros casais homossexuais como proceder para conseguir o mesmo que Anderson e Márcio Pizan de Oliveira: converter a união está-vel em casamento civil. Em 2011 também produzimos uma matéria onde divulgamos dados gerias sobre a cidade. Baseada em estatísticas do IBGE e intitulada “Bragança em Números”, a matéria mostrou aspectos curiosos e interessantes sobre a cidade. Neste ano também demos espaço às mais diversas manifestações artísticas e culturais. Começamos o ano falando sobre a arte digital, depois contamos sobre o Grito Rock, o projeto Arte Cidadã, falamos sobre arte de rua, sobre o encontro da música caipira na Violada e sobre o festival Cardápio Underground. Os saudosistas puderam relembrar o carnaval de outra época, mais precisamente o dos anos 80, no especial “Blocos que fizeram história”. Conhecemos também a trabalho da “Lagarta

Sucateira”, artesã que produz peças com material reciclável. Inovamos ao disponibilizar todo o conteúdo do jornal na internet, seguindo a tendência tecnológica de acesso às redes sociais, um de nossos novos canais de contato com os leitores. O conteúdo, em cores, agradou e surpreendeu quem está acostumado com a versão das bancas. Terminado o ano, podemos dizer que alcançamos nossa meta. Essa retrospectiva representa o que houve de melhor no decorrer de 2011. Sempre com a intenção de trazer a informação de forma clara e concisa, o Jornal do Meio não mediu esforços. Sem se importar com dia ou horário, fosse manhã, tarde ou noite, dia de semana, sábado, domingo ou feriado, estávamos sempre de pron-tidão, correndo atrás das melhores pautas. O retorno que recebemos, tanto de entrevistados quanto de leitores, só mostra que estamos no caminho certo. Obrigado a todos os clientes, leitores e amigos que depositam confiança em nosso trabalho, esperamos corresponder através de credibilidade e respeito.

Um ano especial

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Este é o tempo dos balanços. De verificar lucros, perdas, danos. Sucessos e insucessos.

Quanto se andou em conquistas. Quanto houve de retrocesso. Quais os bons propósitos que chegaram a termo. De saber se foi “um ano bom ou ruim”. Para os mais velhos o ano passou depressa. Para os mais jovens muito devagar. Cada um de nós, enfim, têm um modo de avaliar o tempo que passa. E até de pensar que a bonda-de ou maldade de um ano seja coisa independente das atitudes pessoais e coletivas. Toda vez que escuto a frase - “Esperemos que o Ano seja Bom” - tenho a impressão que se espera que haja uma intervenção externa para que a bondade prevaleça. Ouço mesmo a expressão - “Tomará que Deus abençoe o Novo Ano!”- como se Deus deixasse de abençoar algum dia. Nós que cremos, sabemos que tudo é benção. E não há milésimo de milésimo de segundo que não esteja sob o olhar terno e amoroso de Deus. Mas teimamos em fazer de conta que o seu Amor é que tem que curar nossas dores. Não queremos perceber que os acontecimentos da vida, dos dias, meses e anos depen-dem daquilo que fazemos de bom ou ruim. Fazemos tanta questão de ser “donos do nosso nariz” naquilo que nos interessa. Quando as coisas exi-

gem de nós mudanças e sacrif ícios, aí o melhor é invocar um poder do Alto! Ao vivermos a realidade de um ano que termina e de outro que se inicia devemos ter claro que o que aconteceu e o que acontecerá terá sido e será sempre obra nossa. Neste rumo quero refletir estas linhas que encerram, neste ano, o espaço que o Jornal do Meio me oferece e a bondade dos leitores faz perdurar. Ano Novo bom dependerá sempre das atitudes construtivas. Nas coisas mais simples. Que refletem educação recebida em casa. E vivida, também fora dela. Quando surgem noticiários de coisas mais graves a razão sempre estará na fonte pequena dos anos de infância a juventude. O desmazelo e o descuido com aquilo que é de todos é excelente alicerce para o desrespeito aos valores maiores. O desprezo das coisas pe-quenas leva ao desprezo dos valores fundamentais. Daí o “salve-se quem puder” e o “... tando bom prá mim o resto que se dane”! Muitos podem até dizer que não há muito que fazer. Eu creio que não é o modo correto de abordar a situação. É preciso investir paciente e perseverantemente no apri-moramento das pessoas. Partindo das famílias, das escolas, das comunidades e grupos religiosos, das associações de classe, dos clubes, etc. Somos um todo querendo ou não. Se não agirmos

juntos formar-se-á um monstrengo social fadado à destruição. E não é isso que queremos quando começa o ano novo. Os votos que damos e recebemos nos apontam desejo de melhores dias. Que virão pelo nosso trabalho. Com as bênçãos de Deus sim. Mas como nosso empenho. Benção de Deus é como chuva que cai. Fecunda sempre a terra. Mas se abrirmos o guarda chuva!... O grande drama dos nossos tempos é que tiramos a Deus das nossas vidas. Queremos viver e tomar decisões sem escutá-lo. Faze-mos e agimos de acordo com aquilo que julgamos o mais oportuno. Não querendo ouvir o Senhor. Ele, cava-lheirescamente, sai de cena. Deixa--nos agir segundo nossa vontade. O desleixo em trabalhar, com as novas gerações, os valores fundamentais da dignidade de cada ser humano e a necessidade de ter sempre diante dos olhos o bem comum, produzem os gestos de violência, de descaso. Não devemos, todavia, desanimar. Há sempre a possibilidade de retomar o caminho. Os cristãos são portadores da Esperança. Virtude que nos con-voca a fazer aquilo que sonhamos e a contagiar, pelo testemunho, a todas as pessoas para que desejem engajar-se também. Mãos à obra e o Ano Novo será feliz! Feliz Ano Novo!

Mons. Giovanni Barrese

Feliz Ano Novo!

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Janeiro

A tarefa de atrair os jovens para a f ísica não é fácil, mas o professor Fred Zenorini encontrou uma maneira inusitada e inovadora para isso: dar aulas utilizando um fusca como material de trabalho. O projeto “Física no Fusca” teve início em 2010 e em janeiro de 2011 o Jornal do Meio conversou com Fred para descobrir como funciona. O carro, todo decora-do com adesivos, tem cada uma de suas partes dedicada a uma área da Física: Termodinâmica, Mecânica, Ele-tricidade, etc. Para que tenham acesso à prática e não só à teoria, Fred incenti-va os alunos a trocar pneu, o que mostra como funciona a alavanca, ou a entender a parte elétrica do automóvel, com a ajuda da bateria. “As aulas na nossa época eram maçantes. Hoje eles encontram no google mais informação do que eu sou capaz de dar em uma aula,” disse. “A escola precisa se readaptar. Cabe ao professor, nessa fase crítica que é a adolescência, fazer com que a informação vire conhecimento atraente, buscando alternativas pra isso”, completou.

DiferençaFazer a diferença dentro de uma sala de aula não é fácil. Muitos professores, assim como Fred, usam a criatividade, o carisma e, acima de tudo, a vocação de ensinar, para prender a atenção e transmitir conhecimento aos alunos. Quando isso acontece, o esforço é reconhecido. “O destaque dado pelo jornal, como assunto de capa, teve uma repercussão muito legal com o pessoal das

escolas em que leciono”, comenta. “O que eu mais ouvi, prin-cipalmente de quem não é da área de educação, é de como é bom

ter professores assim.” O blog mantido por Fred também teve mais acessos, depois da matéria, sinal de que os leitores ficaram curiosos a respeito do projeto. “A matéria ajudou a mostrar que existe professor querendo fazer a diferença, mesmo com os problemas da educação no Brasil.”

Também ficou curioso? Acesse www.fisicanofusca.blogspot.com e saiba mais.

O professor encontra maneira inusitada de dar aulas de física

ensinar

“A matéria ajudou a mostrar que existe professor

querendo fazer a diferença, mesmo com os problemas da

educação no Brasil.”

Prof. Fred Zenorini

Dom de

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Janeiro

Uma história comovente e uma lição de vida. Foi isso que Milton Aparecido Alexandre da Silva mostrou na edição 572 do Jornal do Meio. Após sofrer um grave acidente de trabalho, o que fez com que perdesse os dois braços, ele encontrou força em si mesmo para enfrentar essa dif ícil fase da vida. O próprio Milton ficou surpreso com sua autoconfiança e disposição para seguir em fren-te. “Tinha que buscar minhas forças só com Deus porque meus parentes não podiam sofrer. Nunca reclamei de nada,” disse. “Acordei pra muita coisa depois do acidente. Hoje eu penso no que eu fiz e no que eu deixei de fazer”, completou. O acidente que Milton sofreu aconteceu em 2009, enquanto prestava manutenção em uma rede de alta tensão. “A segurança demais foi o que atrapalhou. A roupa de abelha que precisei usar, por causa de um exame que estava no poste, me impediu de ver por cima da cabeça. Eu estava com uma mão no poste e levantei a outra. A energia puxou minha mão, foi quando levei o choque”, contou.

PalestrasDepois de dois anos se recupe-rando, Milton retomou a vida de uma forma que nunca imaginou: passou a dar palestras motivacio-nais sobre segurança do trabalho. “Me faz bem dar palestras, pois posso passar para as pessoas a minha experiência de superação. É um modo de elas entenderem que precisam se precaver.” Milton explica que ainda não se profissio-nalizou, então apenas ministras

palestras de forma volun-tária e quando é convidado. “Quando saiu o jornal muitas pessoas me reconheceram na rua e vieram falar comigo.

Meus amigos até brincaram e me chamaram de metido,” ri. Hoje Milton se tornou uma espécie de líder comunitário do bairro onde mora, no Jardim da Fraternida-de. “As pessoas se aproximam, conversam comigo e percebem que tenho bom coração”, analisa. “Ainda hoje, pessoas que leram a matéria, vêm falar comigo, de como se comoveram com a minha experiência,” fala.

Para entrar em contato com Milton e se informar sobre as palestras, ligue 11 9961–4967 ou escreva [email protected]

Exemplo de Milton comove leitores

confiança

Me faz bem dar palestras, pois posso passar para as

pessoas a minha experiência de superação. É um modo

de elas entenderem que precisam se precaver

Milton

Superação e

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confiança

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fevereirofevereirofevereiro

Conhecer o mundo dentro de um veleiro. Depois de 20 anos de treino e planejamento Elio Somaschini conseguiu se desligar de tudo e se dedicar exclusivamente a esse sonho. Em fevereiro ele esteve de volta ao Brasil e contou, com exclusividade ao Jornal do Meio, fatos marcantes de suas inúmeras viagens. Elio é Skipper, o mais alto nível que um navegador solitário pode alcançar. Como nos expli-cou, na época, os velejadores que conseguem chegar à essa categoria têm permissão para levar um barco à vela em qual-quer água, por qualquer mar, com peso de até 200 toneladas. Além dele, so-mente outras 163 pessoas no mundo possuem esse título, sendo dois brasileiros. Lembranças de viagens à Grécia, Portugal, Panamá, Colômbia e França foram algumas que nos relatou, na edição 573. Com muitas histórias para contar, Elio consegue prender a atenção de qualquer pessoa. “Todo mundo comentou sobre a matéria. Gente conhecida que não fazia idéia das minhas viagens e desconhecidos também,” diz. “Agora que voltei ao Brasil, algumas pessoas me reconheceram e comentaram também,” fala. “Acabei descobrin-do que tem mais gente por aqui que gosta desse tipo de aventura,

alguns viajam de avião,” afirma.

Jacques CousteauElio conta que no decorrer de 2011 passou pelo Irã, Iraque, Turquia, Bulgária e Romênia. “Fiz explorações por terra por esses países. Vi a parte mais radical do islamismo, onde a mulher é tratada como um objeto, vale menos do que um cavalo. Foi algo chocante”, afirma. Entre as histórias surpreendentes de Elio, uma tem significado especial. Ele e outros mergulhadores ajudaram

Pierre Cousteau, filho de Jacques Cousteau, a fi-xar no fundo do mar, em uma profundidade de cerca 8m uma

placa em homenagem ao famoso explorador. O local escolhido para a homenagem foi a Ilha de San-torini na Grécia, onde Cousteau acreditava estar localizada uma parte do continente perdido de Atlântida. “Acabei ficando muito amigo de Pierre”, fala. “Em 2011 cruzei o Atlântico mais duas ve-zes,” conta. Em nova expedição à Grécia Elio conseguiu conhecer a parte que faltava. “Terminei todas as ilhas gregas”. “Todo mundo fala da cor azul do mar na Grécia. Mas é assim porque não tem plâncton, não tem vida. Há 40 anos existia peixes ali, hoje não existe mais”, reflete.

Em nova expedição Elio conheceu Irã, Iraque, Turquia, Bulgária e Romênia

ao mar

Em 2011 cruzei o Atlântico mais duas vezes

Elio

De volta

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fevereiro

Coleções sempre mexem com o imaginário das pessoas. Coleção de vídeo game en-tão, que estimula a nostalgia dos tempos de criança, essa aflora a curiosidade de quase todo mundo. Prova disso é que depois que o Jornal do Meio publicou, em fevereiro, a matéria sobre o “Museu do Videogame”, criado e mantido por Alexandre Cesila, muitas pessoas foram pessoalmente conhecer o lugar. “Muita gente veio ver. Alguns tiram fotos e depois colocaram no facebook”, conta. Ale-xandre diz, também, que a coleção já aumentou. “Uns quatro ou cinco itens são novos. Consegui de pessoas que vie-ram doar depois que leram o jornal”, explica. “Uma pessoa veio, viu que eu não tinha o modelo Sega CDX e trouxe pra mim, como doação”, fala. Alexandre precisou aumentar o número de prateleiras para os novos itens, mas mesmo assim ainda não é suficiente. “Ainda não dá para expor todos, pretendo fazer isso em breve”.

HistóriaAlexandre conta que em 2012 pretende mudar a loja, onde está instalado o museu, para outro prédio. Lá, pretende reservar uma sala exclusiva para o “Museu do Videogame”. “Quero contar a história do videogame, deixar TVs ligadas exibindo os jogos, para quem não conheceu ver como era e pra quem conheceu matar a saudade,” explica. “O Master System, por exemplo, já vinha com óculos 3D. Hoje é tudo mais moderno, claro, mas não é novidade,” explica. “Muita

gente não sabe disso”, comple-ta. Depois da matéria Ale-xandre acabou conhecendo mais três co-

lecionadores, que entraram em contato com ele. “São dois daqui de Bragança e um de Extrema. Esse tem uma coleção grande”, fala. “Agora trocamos figurinhas. Se eles ficam sabendo de algo que não tenho me ligam, se recebo algo que interessaria um deles, aviso.”

Ainda não conhece o “Museu do Videogame”? O endereço é Rua Cel. Teófilo Leme, 1473, Centro.

Museu do Videogame atrai curiosos e saudosistas

colecionador

Uns quatro ou cinco itens são novos. Consegui de

pessoas que vieram doar depois que leram o jornal

Alexandre

Coisa de

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março

Quatro blocos de carnaval fizeram história em Bragança e deixaram muita saudade de uma época em que a ingenuidade e a inocência pairavam no ar. Os Blocos do Guaraná, do Rubão, do Lobão e Skandalo fizeram a festa dos bragantinos nos carnavais que aconteceram na Praça Central, até 1987. Mesmo quem não desfilava em algum deles, lembra com nostalgia da espontaneidade daqueles desfiles. O público levava de casa os próprios banquinhos, para pode agüentar até o fim a noite de alegria. Adultos e crianças acompanhavam com entusiasmos a passagem dos blocos que circulava nas Praças Raul Leme e José Bonifácio entoando marchinhas e jo-gando confetes e serpentinas.

Falar desse assunto no Jornal do Meio, fez com que leitores e entrevistados pudessem reviver algumas das melhores lembranças da juventude.

ReencontrosRelembrar um passado tão bom mexeu com os sentimen-tos de muita gente. “O pes-soal começou a procurar um ao outro por causa da maté-ria, acabamos ficando em contato de novo”, conta Sidnei Nascimento, o Sidão, que fez parte do Bloco do Lobão. “Um foi mandando a matéria pro outro por email e isso foi longe. Conseguimos

enviar pra um amigo que está no Mato Grosso e com quem fazia tempo que não nos falávamos,” completa. Para Ricardo Gesu-atto, filho de Rubens Gesutto, o Rubão, lembrar do pai foi muito gratificante. “Muita gente veio

comentar do bloco, do meu pai, disseram que se lembra-vam quando iam assistir o

desfile,” fala. “Os filhos de quem fez parte do bloco acabaram descobrindo uma coisa que não conheciam,” comenta. Eduardo Mazzola, o Dadão, do Bloco do Guaraná, também recebeu

muito comentários. “O que mais falaram é que foi muito bom recordar a época áurea dos anos 80,” conta. “Depois da matéria o Museu do Telefone me ligou pedindo fotos para a exposição que fizeram sobre o carnaval de Bragança”, fala. Para Toleba, do bloco Skandalo, a matéria conseguiu transmitir o espírito da época. “Aquele carnaval era mais romântico. A gente saia pelo prazer de desfilar”. “O jornal pôde proporcionar um reencontro. O pessoal que não se via há muito tempo voltou a ter contato. Todo mundo quis o jornal para guardar e poder mostrar aos filhos.”

O importante, naquela época, era a irreverência e a diversão

carnaval

Foi muito bom recordar a época áurea dos anos 80

Dadão

Histórias de

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A gestão de pessoal é função extremamente importante dentro de uma empresa, seja de qual ramo for. O líder, aquele que comanda a equipe, precisa, antes de tudo, saber ouvir. “Ter flexibilidade não é perder a personalidade”, afirmou Ingo Degenhardt, que há 12 anos atua na área de Recurso Humanos. O Jornal do Meio realizou uma entrevista com ele, em março, de onde con-seguiu reunir várias dicas so-bre o assunto, publicadas na Edição 578. “É preciso perce-ber o outro, ter a visão do outro, passar por cima do ego e da vaidade”, afirmou, na época. Entre as qualidades esperadas de um bom líder estão a capacidade de perceber e entender as sutilezas da equipe e a de encontrar a melhor estratégia para cada situação. “Os pré-requisitos para se tornar um bom líder são 80% de técnica e de 20% de percepção”, disse. O líder

é a pessoa que exerce cargo de comando dentro de uma empresa, como gerentes de lojas, chefes de setor ou quem tenha função relacionada ao comando de equipes.

PercepçãoPara Ingo o mercado recebe de forma discreta as mudanças em relação à necessidade da boa

liderança. “Al-guns buscam por cursos de pós-graduação porque sabem que não exis-te faculdade que ensine a gerir pessoal”, analisa. “Ainda

existe um dicotomia muito grande. É um movimento de extremos. O número de empresas que entende a necessidade de desenvolver a liderança ainda é pequeno, mas crescente”. “Em muitas empresas o treinamen-to é visto como despesa, não vislumbram o retorno, acham que é inatingível porque vem em nível indireto”. Ingo conta que o curso que ministrou no

decorrer do ano e que foi men-cionado na matéria terminou muito bem. Segundo ele, a metodologia usada nas aulas foi usada como matéria prima para sua tese de mestrado e se tornará ferramenta para a futura tese de doutorado. “Vou poder comprovar cientifica-mente a eficácia do método de liderança”, analisa.

De acordo com Ingo Degenhardt qualquer pessoa pode vir a ser um

um líder

Ainda existe um dicotomia muito grande. É um

movimento de extremos. O número de empresas que

entende a necessidade de desenvolver a liderança ainda

é pequeno, mas crescente

Ingo

Como se tornar

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um líder

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Em abril, o Jornal do Meio teve o prazer de contar a história de D. Isaura Pinto Pierotti. Na época com 95 anos, ela surpreendeu pela vitalidade e disposição. Alimentação equilibrada, exercícios f ísicos diários, amor, carinho e respei-to da família são os segredos de sua longevidade. Vaidosa, também se preocupa com a aparência. Nunca deixa de cui-dar da pele, de pintar as unhas ou de colocar um colar. Con-trolada, nunca exagera: não come nada que tenha gordu-ra, não toma refrigerante e, principalmen-te, não tem o hábito de se automedicar. Exemplo para as filhas, Celina, Júlia, Clélia e toda a família, incluindo o tataraneto, D. Isaura tornou-se também um exemplo para os bragantinos. “Acho que fiquei famosa”, brinca.

ReconhecimentoDe acordo com D. Celina, muita gente veio falar com a mãe por causa da matéria, todos

admirados com a energia de D. Isaura. “Foi maravilhoso, você não tem idéia de como minha mãe ficou feliz por tanta gente vir cumprimentá-la”, conta orgulhosa. “Acharam a reportagem maravilhosa, se surpreenderam com a idade dela.” D. Isaura faz questão de avisar: “Agora já completei 96”. Para ela, ser tema de uma reportagem do Jornal do Meio e ser reconhecida, por isso foi

algo incrível. “Nossa... nos-sa... nossa. Foi uma delícia”, diz, suspirando. “Fiquei só com dois exempla-res do jornal, porque todo

mundo queria”, fala. “Uma vizinha não tinha visto, levei pra ela ler, mas eu trouxe de volta para guardar”, ri. “Não teve quem não gostasse. Todo mundo na família ficou muito feliz por ela poder receber essa homenagem em vida”, fala D. Celina. Aliás, a filha recebeu muitos parabéns de leitores em nome da família pela dedicação que todos têm por D. Isaura. “Ela é nosso xodó”.

D. Celina

Não teve quem não gostasse. Todo mundo na família ficou muito

feliz por ela receber essa homenagem em vida

Aos 96 anos, D. Isaura surpreende bragantinos pela disposição

vitalidadeExemplo de

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A missão de vida de Célia de Lima é trazer felicidade à vida das crianças. Páscoa, Natal, Dia das Mães, do Meio Ambiente, qualquer data, para ela, é mo-tivo de comemoração. Com os poucos recursos que tem, ela consegue criar brinquedos e inventar brincadeiras para a criançada do bairro do Toró, onde mora. Na páscoa, época em que o Jornal do Meio conversou com Célia, ela tinha realizado uma oficina de máscara de coelhinho e se preparava para a apresentação da peça de te-atro “A Coelha Encantada”, que aconteceu no dia 23 de abril, sábado de aleluia. Em junho promoveu o Dia do Meio Ambiente. Con-seguiu que um terreno baldio do bairro fosse limpo para que plantassem ali. Cada criança enterrou algumas sementes e deixou uma plaquinha com o próprio nome marcando o lugar. “Eles iam lá todos os dias conferir se já estava crescendo”. O triste da história é que, um tempo depois, o rio precisou

ser limpo e toda a sujeira remo-vida foi parar justamente em cima do local onde as crianças depositaram as sementes e o sonho de ver o local arborizado e colorido, acabou. “Sobraram apenas duas”, fala Célia. De acordo com ela as plaquinhas sumiram em meio à lama, que continua lá.

Honra ao MéritoMesmo com alguns transtornos, Célia não se abate. Depois do Natal se despediu da ONG

onde trabalhava preparando mais uma festa para as crianças. Para cada criança dei-xou de presente um Papai Noel de papelão, um de chocolate e um anjinho feito com

garrafa pet. “Eu não espero gratificação, preciso só de um sorriso de uma criança para ficar feliz”. Mesmo não esperando, o reconhecimento pelo belo trabalho que desenvolve chegou. Em 25 de agosto Célia recebeu a Medalha de Honra ao Mérito na Câmara Municipal. “O que saiu no jornal ajudou para que

as pessoas conhecessem meu trabalho. Muitos vieram comentar, me parabenizar, saber como ajudar”, conta. Modesta, Célia se sente mais à vontade ao falar das

crianças do que dela. “Ti-nha criança que não falava. Depois que participou das peças de teatro se expressa, conversa, se soltou”, conta, satisfeita.

Célia

O que saiu no jornal ajudou para que as

pessoas conhecessem meu trabalho. Muitos vieram comentar, me

parabenizar, saber como ajudar

Célia dedica a vida em nome das crianças

um sorrisoEm busca de

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O Jornal do Meio tem o costume de, em datas especiais como o Dia das Mães, fazer maté-rias em tom de homenagem. Conversamos com os filhos sem que as mães soubessem, o que acaba sempre sendo uma grande surpresa para elas ao se verem em nossas páginas. Este ano escolhemos como assunto histórias de mães que ajudaram os filhos a enfrentar dificuldades e preconceitos, dando a eles amor, exemplo e confiança. Elas são Maria An-gélica da Cunha Sousa, mãe de Vinícius; Maria Helena Aguiar Dávila, mãe de Katucha; Clau-dete Lúcia de Araújo Teófilo, mãe de Heri e Elenice Amélia dos Anjos Azevedo, a Nice, mãe de Rogério.

SuperaçãoDe acordo com Angélica, o esforço que ela dedicou a Viní-cius e à irmã Janara comoveu muitas outras mães. Ambos nasceram com artrogripose congênita múltipla, doença que impossibilita a flexibilidade das

articulações. “Minha história passou muita força para essas mulheres. Ouvi comentários emocionados”, fala. “Uma senhora me parou no supermercado e disse que se sentiu pequena e com vergonha por não ter feito mais pelos filhos”, fala. “Outra disse que guardou com ela o jornal para que quando se sentisse cansada em relação aos filhos, pudesse ler minha

história de novo para se fortalecer”, comove-se. “Posso dizer a elas que sem fé, espiritua-lidade e esperança eu não chegaria a lugar nenhum. E muito do que meus filhos con-

quistaram dependeu apenas da força de vontade deles.” Maria Helena também ficou feliz por ter tido sua força e independência reconhecidas por Katucha. “Passei isso para meus filhos”, diz. Segundo ela, o fato da filha ser muito bem resolvida e ter assumido a homossexualidade em público “incomodou os outros”. “Se todo mudo estivesse bem e feliz como ela e Romina seria bom”, analisa. Para Claudete “foi uma surpresa maravilhosa”.

“Aonde eu chegava as pessoas comentavam. Quem conhece minha família só confirmou a imagem positiva de carinho, respeito e caráter dos meus filhos”. Nice diz que ficou muito emocionada. “O Rogério chegou e deixou o jornal em

cima da mesa sem falar nada. Quando eu abri e vi não acre-ditei”. “Alguns acham que sou exagerada com ele, mas isso valeu à pena, é tão bom ver ele bem e feliz. A deficiência visual não conseguiu atrapalhar a vida dele”

Angélica

Minha história passou muita força para

muitas mulheres. Ouvi comentários

emocionados

Mães que são exemplos para outras mães

confiançaGarra e

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maio

O desenvolvimento sustentável procura atender as necessida-des tanto do desenvolvimento econômico quanto do ecos-sistema e da biodiversidade. Para isso, leva em consideração as necessidades do presente sem comprometer a possibi-lidade das futuras gerações de atenderam às próprias necessidades. “Precisamos pensar na sustentabilidade em um sentido singular, do que realmente podemos fazer. Quando se fala em preservação das florestas parece ser uma coisa que está muito longe da gente”, disse Isabel Cas-tilho, a Bel, professora de Biologia e Co-ordenadora de Área de Ciên-cias do Ensino Fundamental I, do Instituto Educacional Coração de Jesus. Na época em que conversamos, em maio, o colégio iria realizar a sua primeira Feira de Sustentabi-lidade. A idéia era explicar de forma prática o que, de fato,

é sustentabilidade, através de projetos apresentados pelos alunos. “As crianças absorvem mais, se começarem a receber essas informações desde cedo, serão adultos sustentáveis. Para os adultos é mais dif ícil de desfazer de velhos hábitos”. disse Bel.

AçõesUma das ações que começou efetivamente na feira e que ganhou força no decorrer do ano, segundo Bel, foi o uso de

canecas. Cada aluno, professor ou funcionário foi incentivado pelo Colégio a levar de casa a própria caneca, evitando, assim, o uso de copos plásticos des-cartáveis. “Essa

ação foi muito bem aceita por todos dentro da escola”. “A matéria repercutiu dentro do colégio e ajudando a refletir sobre o trabalho educativo que tentamos desenvolver com as crianças em relação à preservação do meio am-

biente”, analisa. Outra ação que é acessível aos estudantes e funcionários da escola é a coleta do lixo reciclável. “Es-

tamos sempre relembrando da importância de se separar o lixo, isso otimiza bastante o dia-a-dia”, afirma.

Bel

Precisamos pensar na sustentabilidade em

um sentido singular do que realmente podemos fazer. Quando se fala em preservação das florestas

parece ser uma coisa que está muito longe da gente

Pequenas ações podem contribuir com o meio ambiente

alcance de todosSustentabilidade ao

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JUnHo

Descobrir um novo talento quando se acreditava não haver mais possibilidades é algo admirável. Foi procurando por uma atividade f ísica que pudesse ajudar a passar o tem-po que Regina Aguiar, Josefa Prieto Andes e Carlos L. Muñoz descobriram que a vida ainda lhes reservava muitas possibilidades. Já aposentados, os três foram surpreendidos pelo talento que eles próprios não sabiam que tinham. Em junho eles nos contaram como foi essa mudança e quais os benefícios que vieram com ela. Regina já tinha o esporte como pro-fissão pois era treinadora de basquete. Descobriu a natação ao procurar algo com menos impacto. Acabou indo treinar com a Zumm, equipe de natação máster. Os ótimos resultados que conquistou em competi-ções, para ela, são detalhes. “A natação me fez preencher o que faltava”, falou. “O grande momento é quando estou na piscina, me sinto viva”, afirmou. Para o casal Josefa e Carlos

o tênis de mesa era apenas um passatempo. Conforme iam descobrindo alguns truques do esporte foram se aperfeiçoar. Logo surgiram

os convites para participarem de competições. Em seguida vieram as conquistas e a certeza de que ainda eram capazes de muita coisa. “O esporte é a nossa priori-dade, senão seria

o quê, ir ao médico?”, falou Josefa. “Praticando esporte o Alzheimer não vem”, brincou Carlos.

Visibilidade“Muitas pessoas que não sabiam da equipe Zumm fica-ram sabendo”, afirma Regina. Josefa concorda: “A matéria trouxe mais visibilidade ao nosso trabalho. Depois que saiu, outros veículos de im-prensa passaram a prestar atenção e a falar do assunto”, afirma. De lá para cá outros bons resultados apareceram. Regina conseguiu o 3° lugar

dos 50 m livres no JORI de São José dos Campos, única medalha que a cidade con-quistou na competição. Josefa e Carlos foram convidados para treinar na Liga do Vale

e também na Nipo de São Paulo. “A repercussão da ma-téria foi grande. Viram como nos comprometemos com o esporte e isso nos rendeu frutos,” conclui Josefa.

Josefa

A repercussão da matéria foi grande.

Viram como nos comprometemos com

o esporte e isso nos rendeu frutos

Talento descobertos na maturidade traz novo fôlego a aposentados

possibilidadesNovas

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JUnHo

O avanço tecnológico trouxe novos recursos à medicina em termos de diagnósticos, possibilitando maior preci-são e proporcionando aos pacientes tratamentos mais eficientes para doenças antes consideradas fatais. Em junho conversamos com o médico cardiologista Dr. Leonardo G. Gomes de Oliveira, que falou sobre dois exames na área cardiológi-ca que haviam sido disponi-bilizados há pouco tempo na cidade: o Ecocardiogra-ma de Estresse e Ecocardio-grama Tran-sesofágico. “A melhor qualida-de de imagens em exames é capaz de definir detalhes da anatomia que podem auxiliar na conduta clínica”, afirmou. “O coração pode ser divido em três partes funcionais: a mecânica, a hidráulica e a elétrica. É o sincronismo perfeito dessas funções que se busca por

toda a vida”, analisou.

3DFalar em termos técnicos sobre um assunto que não se domina é um desafio que se torna maior ainda quando é preciso informar os leitores de maneira clara e direta. Para Dr. Leonardo a matéria “Avanços da Medicina”, publicada na edição 593 do Jornal do Meio

alcançou este ob-jetivo. “Pacientes meus e do meu pai comentaram, colegas médicos também gosta-ram”, fala. “Estou montando o site do consultório e pretendo deixar um link direto para a matéria”,

conta. De acordo com Dr. Leonardo novas ferramentas já estão em fase de pesquisa e, em breve, se tornarão realidade, como o Ecocardiograma 3D. “Será possível analisar uma série de outros parâmetros”, explica. “Um procedimento não invasivo conseguirá trazer mais qualidade nas informações”

Dr. Leonardo

Com o eco 3D será possível analisar

uma série de outros parâmetros. Um

procedimento não invasivo conseguirá

trazer mais qualidade nas informações

Qualidade de exames acompanha ritmo tecnológico

medicinaNovas ferramentas da

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Método alternativo para a resolução de conflitos, a con-ciliação beneficia as resoluções no sistema processual por ser mais rápida, mais barata, mais eficaz e por seu caráter pacifi-cador. O acordo acontece por meio do entendimento entre as partes, através de um contexto mutuamente favorável que visa à aproximação de interesse e harmonia das re-lações. Em julho, para informar sobre o assunto, Jornal do Meio conversou com o Juiz de Direito da Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Bragança Paulista, Dr. Juan Paulo Haye Biazevc. Segundo ele, mais importante do que a figura do conciliador é a atitude de conciliação. “Mais do que a resposta, o que vale é o en-tendimento”, afirmou. “Para a boa convivência em sociedade é necessário a compreensão do próximo”, disse. “Num lugar diferente para ambos, sem

nenhum vínculo emocional, as pessoas conseguem se compreender e chegar a uma solução,” completou.

Resultados espetacularesDr. Juan afirma que a popu-lação recebeu muito bem a proposta de conciliação. “Ainda é a principal arma para a solu-

ção de conflitos. Impede que tudo se transforme em processo”, disse. “Os pontos foram muitos positivos. Posso dizer que este ano tive-mos resultados espetaculares”,

comemora. “É preciso vencer as formalidades do processo. Conciliar não é julgar, é com-preender a raiz do problema”, analisou. “A média de redução em processos que chegam até mim é de 30%, ou seja, de cada 100 processos, 30 eu não preciso julgar porque houve acordo na conciliação”. “Melhorou muito e isso tende a melhorar cada vez mais.”

Dr. Juan Paulo

A média de redução em processos que

chegam até mim é de 30%, ou seja, de cada

100 processos, 30 eu não preciso julgar porque houve acordo

na conciliação

Conciliação reduziu em 30% processo judiciais

positivosPontos

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JUlHo

O casal Márcio e Anderson Pinzan de Oliveira fez história, em julho, ao se tornar o ter-ceiro do Estado de São Paulo e o quinto do país a conseguir converter o contrato de união estável em casamento homos-sexual. Eles conquistaram o direito mediante autorização da juíza Fernanda Yumi Furukawa Hata e parecer favorável da promotora de justiça Kelly Cristina Alvares Fedel. “Elas tiveram bom senso para tomar a decisão”, ana-lisou o casal. O Jornal do Meio pôde presenciar o momento em que o Oficial Sidemar Juliano, do Cartório de Registro Civil, entregou a eles a certidão de casamento. “Não imaginávamos que seríamos os primeiros em Bragança”, disse Anderson. “Foi um avanço dentro de tantas dificulda-des pelas quais já passamos”, completou Márcio.

PioneirosPara Márcio e Anderson, a

maneira como o jornal tra-tou o assunto, com respeito, contribuiu para que muitas pessoas olhassem para eles sem preconceito e entendessem que todos os cidadãos podem e devem buscar seus direitos. “O nosso casamento foi muito bem recebido, muitas pessoas vieram nos parabenizar”, conta Márcio. A conquista não foi apenas de Márcio e Ander-son, mas de todos os casais

homossexuais que percebe-ram que o ca-samento entre eles não é mais algo impossível. “A matéria dei-xou tudo muito bem explicado e informou como

outros casais devem fazer para também conseguirem converter um união estável em casamento”, fala. “Fomos os pioneiros em Bragança, mas esperamos que outros também consigam”, diz. “Estamos juntos desde 2005. O casamento foi uma continuidade de nosso relacionamento, mas veio com gosto de algo mais”.

Márcio

Estamos juntos desde 2005. O casamento foi

uma continuidade de nosso relacionamento,

mas veio com gosto de algo mais

Bragança foi a quinta cidade do país a realizar um casamento homossexual

frenteUm passo à

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Como no “Dia das Mães”, o Jornal do Meio também reserva uma edição especial para o “Dia dos Pais”. Este ano escolhemos falar de homens que, sem vínculo biológico, tornaram-se a refe-rência paterna na vida de Vitória Ramalho, Luciane Ferrari e Marco Antonio de Moraes. Eles são Luis Antonio Duarte, o Brown, Dr. José Eduardo Suppione de Aguirre e Dr. Márcio Villaça, respectivamente. Para Vitória, o sen-timento que tem por “Bau”, como ela o chama, é dif ícil de ser explicado. “Ainda não tem um nome certo. Mas é de muita alegria. Minha vida seria outra se não fosse pelo Bau”, afirmou. Luciane fala que foi Dr. Aguirre quem lhe deu formação e princípios. “ Me deu muito suporte, tenho muito res-peito e gratidão por ele. A gente precisa da figura do pai, senão desaba”. Para Marcos, Dr. Márcio foi fundamental em sua vida. “Ele me mostrou uma vida que nunca tive. Aprendi muito com ele. Me ensinou moral, educação e respeito pelas pessoas”, disse.

Emoção“Fiquei muito emocionado. A família toda gostou. A repercussão foi maior do que eu imaginava, até o Bispo veio falar comigo”, fala Brown. “Emolduramos o jornal pra nunca mais esquecer. Meus irmãos também guardaram, todo mundo ficou muito feliz”, conta. Para Dr. Aguirre, a homenagem “foi uma gratíssima surpresa”. “Recebi vários telefonemas me

parabenizando”, fala. “Na luta diária a gente faz sem refletir. Quando surge uma coisa bonita dessas é que a gente per-cebe a dimensão de nossos atos”, reflete. Dr. Már-

cio conta que muitas pessoas também vieram falar com ele. “Muita gente não sabia e quem sabia não sabia que foi daquele jeito”, fala, se referindo à adoção de Marcos. “Teve gente que me ligou antes mesmo de eu ver o jornal. Começaram a falar e eu nem sabia do que se tratava”, ri. “Precisei tirar xerox pra todo mundo que queria ler”.

Dr. Aguirre

Na luta diária a gente faz sem

refletir. Quando uma coisa bonita dessas

é que a gente percebe a dimensão

de nossos atos

Pais do coração mostram uma bonita relação com os filhos

paternaFigura

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aGoSTo

Manifestação cultural da vida no campo a moda de viola consegue promover o reencontro com as tra-dições. Conhecida como música sertaneja de raiz, o estilo musical comove saudosistas e atrai aqueles que buscam conhecer mais sobre a essência da cultura caipira. Pelo segundo ano consecutivo, o grupo Senti-mento Sertanejo de Bragança promoveu a “Violada”, tema de matéria no mês de agosto do Jornal do Meio. Além de contribuir para o resgate da cultura sertaneja, o evento tem, ainda, o intuito de ser beneficente, auxiliando a Associação São Lucas. Para os organizadores, “a Violada resgata as coisas boas de uma época diferente da nossa, as comidas, a cultura, além do relacionamento interpessoal.”

BeneficenteAntonio Carlos Santar-

siere, o Toninho, fala que a população recebe muito bem a festa e que ainda se surpreende com algumas apresentações. “O grupo de Catira de Piracaia como-veu o público. As pessoas sabiam do que se tratava, mas ainda não tinham visto ao vivo”, falou, na época da matéria. O próximo projeto

dos integrantes do Sentimen-to Sertanejo é transformar o grupo em uma OSCIP. Desse modo terão mais recursos para

desenvolver a Violada e outros eventos relacionados à cultura caipira. “Estamos indo pelo caminho certo. A festa rendeu 90% do que esperávamos. Pudemos repassar a contribuição para a São Lucas e eles já nos deram um retorno de que isso os ajudou muito.. A intenção sempre foi ess a, a de ajudar quem precisa através do resgate da cultura sertaneja”, fala Toninho.

Toninho

A intenção sempre a de ajudar quem precisa através do resgate da cultura

sertaneja

Violada traz de volta a essência da cultura caipira

o passadoResgatando

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Mesmo com dados com-provando que, quem mais se envolve em acidentes de carro são os homens, ainda é dif ícil tirar do senso co-mum a idéia de que mulher não sabe dirigir. Elas não só sabem como também ensinam. As instrutoras de auto-escola Laudicéia de Souza Ferreira e Andréia Franco de Oliveira conta-ram ao Jornal do Meio, em setembro, o que é preciso fazer para perder o medo de dirigir e deixar de se importar com opinião mas-culina. “As mu-lheres preferem ter aula com outra mulher, ficam inseguras com os ho-mens”. “A primeira coisa que elas me perguntam é se tenho paciência”, disse Laudicéia. “Ainda existe marido que não deixa a mulher tirar carta se tiver que fazer aula com homem”, completou Andréia.

ValorizaçãoLaudicéia fala que as alunas leram a matéria e concor-daram com tudo o que ela disse. “Elas adoraram. Agora só dá mulher na auto-escola. A procura aumentou muito”, conta. “Fiquei muito feliz com o resultado. As mulheres se sentiram incentivadas. Foi preciso contratar mais dois instrutores onde trabalho”, fala. Mesmo ainda sen-

do poucas as mulheres que dão aulas em auto-escola, a tendência é aumentar. “Não sei se é coinci-dência ou não, mas depois da matéria outra

auto-escola contratou uma instrutora”, afirma. “O pes-soal gostou muito, princi-palmente os instrutores. Foi muito importante valorizar nosso trabalho”, diz Andréia. “Alguns homens ainda têm preconceito. Precisamos de mais instrutoras porque tem muita mulher que coloca os homens no chinelo”, avalia.

Laudicéia

Não sei se é coincidência ou

não, mas depois da matéria outra auto-

escola contratou uma instrutora

Inspiradas em Laudicéia e Andréia, mais mulheres querem aprender a dirigir

volanteIncentivo ao

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No Brasil são produzidos 2,6 kg de lixo eletrônico por habi-tante. Somente 2% desse lixo será reciclado. O restante será esquecido num canto da casa ou despejado junto com o lixo comum, ajudando a agravar o impacto ambiental. Como ajudar a amenizar o problema? Foi o que o Jornal do Meio contou na edição 605, quan-do a PioCom – Tecnologia e Automoção, em parceria com a InfoReciclagem – Coleta de Lixo Eletrônico, co-meçou a receber materiais descar-tados da área de informática. O Diretor Técnico de Infraestrutura e Assistência da PioCom, Artur Ito conversou conosco na época e contou que a intenção do projeto era a de não deixar esse lixo atingir o meio ambiente, encontrando um fim sustentável para ele. “Usar o que não estragou ou tentar recuperar”, explicou. “O ciclo de vida de um eletrônico hoje dura apenas três anos.

Para movimentar o mercado as empresas lançam novas tecnologias. Quem compra um aparelho novo, coloca o velho na sucata”, afirmou.

Lixo generalizadoDe acordo com Artur, muita gente gostou de saber que em Bragança e Atibaia existe um lugar que recebe lixo eletrônico. “O pessoal tem levado bastante. Muita gente quer se desfazer

mas não quer deixar em qual-quer lugar.” Saber que o material será reutilizado é outro atrativo. “O que é coleta-do e reciclado é, posteriormente, enviado para in-

dústrias de materiais eletrônicos”, explica. A novidade agora é que, de acordo com Artur, o tipo de lixo eletrônico que o projeto recebe foi generalizado, devido à grande procura. “Agora são aceitos materiais como televisão, celular, bateria, qualquer tipo de lixo eletrônico, não apenas o da área de informática”.

SeTembro

Artur Ito

Agora são aceitos materiais como

televisão, celular, bateria, qualquer tipo

de lixo eletrônico, não apenas o da área

de informática

Bragança adere à campanha de coleta de lixo eletrônico

recicladoMaterial

A PioCom continua recebendo lixo eletrônico, agora de todas as áreas, mas não ainda retira. É preciso levar até a empresa. Pontos de Coleta: Av. Antonio Pires Pimentel, 865, Bragança Paulista – Tel: 11 4032 – 7220 e Av. Lourenço Franco, 349, sala 01, Atibaia – Tel 11 2427 - 0285Horário: de segunda à sexta, das 8h às 18h e aos sába-dos, das 9h às 13h.

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Inspirações não faltam para que as mulheres alcancem postos que almejarem na profissão que escolherem. Se antes poucas se atreviam a enfrentar os preconceitos da sociedade para tornarem-se médicas ou advogada, hoje elas ingressam nas mais di-versas profissões. Iacimara Munhoz é um bom exemplo disso. Em outubro ela nos contou como é ser mulher numa profissão tipicamente masculina. Ela trabalha há cin-co anos junto com o irmão na borracharia da família e, segundo ela , o que mais escuta é que “isso é coisa de homem”. Iacimara não se abala, já está acostumada com esse tipo de comentário. “Os ho-mens ainda não conseguem aceitar que uma mulher faça esse tipo de serviço. Pensam e falam que tenho que ir pilotar fogão. Mas eu não ligo, treino futebol há 15 anos e o preconceito é quase o mesmo”, disse.

ProcuraIacimara conta que algumas pessoas procuraram a bor-racharia depois de lerem a matéria no Jornal do Meio. “Teve gente que leu e veio conhecer o serviço, mulheres, principalmente”. Como ela havia dito na época da entre-vista para a matéria algumas a procuram por indicação do marido, outros por confiaram mais nela. “Muitas chegam aqui reclamando que algum

borracheiro co-brou muito caro delas por não enten derem muito de car-ro”, contou. As amigas de time

também leram a matéria. “Saiu bem na final do cam-peonato. Elas gostaram, mas aproveitaram para me zoar também”, ri. “A moça que é motorista da Embralixo também veio falar comigo, disse que também já tinha saído no Jornal do Meio e que ficou muito feliz que eu tenha saído também”, fala. “Agora todo mundo diz que eu fiquei famosa”.

Iacimara

Teve gente que viu a matéria e veio conhecer

o serviço, mulheres, principalmente

Borracheira mostra que todo tipo de trabalho é coisa de mulher

nada frágilSexo

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Na edição especial do Dia dos Médicos, em outubro, o Jornal do Meio decidiu homenagear aqueles que dedicam um pouco de seu tempo em missões humanitá-rias. Os bragantinos puderam conhecer, então, as histórias de bravura, compaixão e des-prendimento de Dr. Mauro Moreira e Dr. Vitor Funk e, ainda, saber um pouco mais sobre o Projeto Rondon, com o biólogo e professor da área de saúde, Paulo de Tarso Carobrez. “Com as popula-ções ribeirinhas nós conhecemos a realidade e sa-bemos o que nos espera. O Haiti era uma incógnita”, disse Dr. Mauro. “Geralmente a gente consegue participar dessas expedições quando está de férias. É deixar um pouco do seu tempo pra doar pros outros,” falou Dr. Vitor. So-bre a experiência no Projeto Rondon, Paulo afirmou: “Os alunos, futuros médicos, precisam dessa vivência, saber que a medicina não é apenas o consultório”.

Inspiração De acordo com Dr. Mauro, as reportagens serviram de inspiração para estudantes e médicos. “Nós fazemos esse trabalho sem a finalidade de divulgar. Mas é muito bom a molecada saber o quanto é im-portante se dedicar aos outros”, afirma. “Tive ótimas conversas em rodas de médicos, alguns vieram me dizer que quando for acontecer nova expedição,

querem ter a oportunidade de ir também”. Dr. Vitor confirma. “Outros médicos vieram me pedir informação de como fazer para participar. Muita gente não sabia, ficou sabendo

pela matéria. Foi muito bacana”. Paulo diz que os alunos tam-bém se sentiram motivados. “Foi de grande valia. Muitos outros, ao leram a matéria, se interessaram pelo projeto, querem participar”. “É muito importante que o Jornal do Meio mantenha essa linha social. Dá mais credibili-dade ao nosso trabalho e também ao da imprensa”, finaliza Dr. Mauro.

Dr. Mauro

É muito importante que o Jornal do

Meio mantenha essa linha social. Dá mais

credibilidade ao nosso trabalho e também ao

da imprensa

Histórias de missões humanitárias inspiraram profissionais e estudantes

Médicos Dia dos

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No mês de novembro, o Jornal do Meio contou um pouco sobre o trabalho da PM e sobre qual seria a importância da mídia na divulgação desse trabalho. Conversamos com o 1° Ten. PM Tiago Rodrigues de Moraes que havia participado de filmagem do programa Polícia 24h, da Band. Gravado em Bragança em 27 de outubro, o programa conseguiu flagrar a primeira vez que a arma não letal Taser, modelo M26 foi usada. “A arma é capaz de passar sensação de segurança para quem esteja em volta por que a pessoa sabe que o pior não vai acontecer”. Dentro da própria corporação a divulgação das imagens foi muito positiva. “Principalmente porque a operação deu certo”, falou na ocasião.

PM e mídiaPara a Sargento PM Jumara Aparecida Nogueira, do setor de comunicação do 34° Batalhão da Polícia Militar do Interior, a

capa e a manchete dada pelo Jornal do Meio para divulgar o trabalho da PM, assim como a participação no programa da Band, foram essenciais para que as pessoas prestassem mais atenção na corporação. “Repercutiu positivamente, de maneira que não esperávamos”, afirma. “Toda a tropa gostou, a capa ficou especialmente bonita e significativa”, comenta.

De acordo com o Ten. Moraes, é importante a ajuda da mídia no sentido de fazer a população entender que nem

tudo depende do policial. “É normal prender duas, três vezes a mesma pessoa. Mas na parte processual é dif ícil até para o juiz. O problema é a legislação”, disse. “Quando um trabalho com resultado positivo é divulgado, a reper-cussão para a PM sempre é boa, como foi no caso da matéria que vocês fizeram sobre o PROERD”. Essa matéria saiu em agosto de 2010.

Sgt. fem. PM Jumara

Toda a tropa gostou, a capa ficou

especialmente bonita e significativa

Trabalho da PM é visto de forma positiva

resultadosBons

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Com mais de 17 mil livros, o sebo de Francisco Risi, o Pancho, foi assunto do Jornal do Meio em no-vembro. De raridades a livros didáticos, o acervo atende todo tipo de pú-blico. Com a maior parte das vendas feitas online, Pancho envia livros para todo o Brasil, além de países como França, Itália, Argentina, Ja-pão e México. “Gente de cida-de que eu nun-ca ouvi falar compram de mim”, contou. Para Pancho a internet é a grande aliada dos do-nos de sebo. “As pessoas querem o livro mesmo, não um arquivo em pdf. O mais importante, para quem compra, é a capa e o valor artístico que ela representa”, afirmou. “Eu mesmo não acredito nos livros que vendo”, completou.

Receptividade“A receptividade foi muito boa. Algumas pessoas que procuraram o sebo disseram que ficaram sabendo pelo jornal”, conta. “Outros me ligaram assim que viram a matéria. A minha página na Estante Virtual também passou a ter mais acessos depois disso”, fala. De acor-

do com ele as pessoas chegam perguntando se ali é o sebo que saiu no jornal. “Alguns vieram por curiosida-de, outros pra conhecer e se

tornar cliente”, analisa. O próximo passo de Pancho è arrumar o sebo, colocar mais estantes no salão e cadastrar mais livros no site. “Eu calculo que devo ter uns 10 mil livros fora. E sei que são bons, porque só compro acervo bom”, diz. “Tenho que aproveitar que agora o Book Shop ficou famoso”, brinca.

Pancho

A receptividade foi muito boa. Algumas

pessoas que procuraram o sebo

disseram que ficaram sabendo pelo jornal

Curiosidade fez procura por livros aumentar

VirtualSebo

Ainda não conhece o sebo de Pancho? Endereço é R. Cel Assis Gonçalves, 476, Centro.

Telefone: 11 4032 – 3192 ou 11 9940 – 4343. O link do sebo na Estante Virtual é www.franrisi.estantevirtual.com.br

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Tão preocupante quanto nos humanos, a diabetes também atinge os animais e precisa ser levada a sério. Em dezem-bro falamos com a Médica Veterinária Dra. Flávia Faria para conhecer mais sobre o assunto. “É preciso o acom-panhamento e o tratamento adequado. Se não tratada de maneira ideal, a doença pode prejudicar o rim, causar falência renal e ocasionar o óbito do animal”, disse. A diabetes atinge cães e gatos mas, cada espé-cie apresen-ta sintomas subsequentes que a identifica. Nos cães é a catarata, nos gatos, a dificul-dade para andar. Em ambos a obesidade pode significar sinal da doença. “Muita gente acha saudável o animal ser gordinho, mas não é”, falou Dra. Flávia. Outro mito é de que a doença só atinge animais mais velhos. “Tanto em cães como em gatos a doença pode se desenvolver já na infância, assim como no ser humano”, explicou.

CuriosidadeO assunto chamou a atenção dos donos de pets, que es-creveram para a redação do jornal e deixaram mensagens em redes sociais. Dra. Flávia também recebeu comentá-rios. “Vários clientes vieram falar da matéria, alguns até trouxeram o jornal”, fala. “Al-guns trouxeram os bichinhos

para avalia-ção, porque acham que têm o sinto-ma, outros perguntam sobre os ti-pos de ra-ção. Em ge-ral, ficaram

bastante atentos aos perigos da diabetes”, conta. “O assunto foi muito bem explorado no texto. As pessoas, ao lerem, acabam olhando o animal de uma maneira diferente, desperta a curiosidade”. “Não é sempre que a imprensa disponibiliza espaço para um assunto como esse, é impor-tante para nós veterinários, que isso aconteça, auxilia nosso trabalho”, afirma.

Donos ficaram atentos quanto aos perigos da diabetes em animais

os bichinhosAtenção com

DeZembro

O assunto foi muito bem explorado no texto.

As pessoas, ao lerem, acabam olhando o animal

de uma maneira diferente, desperta a curiosidade

Dra. Flávia

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Josino

Posso dizer que 50% dos clientes eram

novos, a repercussão foi muito boa, bastante

positiva, tinha muita gente nova. Eu fiquei

bobo de ver

Como são produzidos sem agrotóxicos, os orgânicos são ricos em propriedades naturais do alimento. O consumidor comum é atraído por esses produtos quando procura por saúde e bem estar. Josino Garcia, produtor e expositor da Feira de Produtos Orgânicos que acontece semanalmente no Lago do Taboão, falou, na edição 618, sobre o perfil des-se consumidor. “É alguém que procura por pro-dutos frescos, que sabe que foram colhidos ontem para se-rem vendidos hoje”, explicou. “À medida que as pessoas vão melhorando de vida percebem que, o que falta é cuidar de si e, por isso, querem comer melhor”, analisou. “O público da feira é um público mais consciente, que quer fazer diferença em atitudes, procura a sustenta-bilidade”, completou.

Consumidos atentosJosino diz que, depois da

publicação da matéria, ele percebeu um aumento no número de consumidores da feira. “Posso dizer que 50% dos clientes eram novos”, afirma. “A repercussão foi muito boa, bastante positiva, tinha muita gente nova. Eu fiquei bobo de ver”, fala. Segundo eles, todos os produtores também gostaram da reportagem. “Gostaram muito, ficaram mais motivados.

O comentário geral era ‘que bom que per-ceberam nosso trabalhão”, conta. Ele aproveita e fez uma pequena ressalva. A fei-ra é conhecida como sendo de

produtos orgânicos, mas, de fato, nem todos são. O café produzido pelo Sr. Oscar Cintra, por exemplo, é feito de forma artesanal, mas não chega a ser orgânico. “Ainda existe essa confusão. A idéia é que haja uma padronização das barracas, de forma que tudo fique muito bem explicado, para que o consumidor identifique o que está comprando”, avalia.

Matéria do Jornal do Meio faz procura por produtos orgânicos aumentar na feirinha de sábado.

OrgânicosProdutos

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A Feira de Produtos Orgânicos acontece todos os sábados, das 7h30 às 13h no “Espaço Rural” - Lago do Taboão

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