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Bragança Paulista Sexta 14 Setembro 2012 Nº 657 - ano XI [email protected] 11 4032-3919 jornal do meio

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Edição 14.09.2012

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B r a g a n ç a P a u l i s t a

Sexta14 Setembro 2012Nº 657 - ano [email protected]

11 4032-3919

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Com este título o bispo dioce-

sano de Bragança Paulista D.

Sérgio Aparecido Colombo se

dirige aos cristãos católicos manifestando

sua preocupação e recordando linhas

básicas de comportamento sobre a grave

responsabilidade da participação nas

eleições municipais. Recorda o prelado

que “a Igreja enquanto instituição não

assume a opção partidária, que é sempre

parte, mas empenha-se colaborando na

formação da consciência das pessoas,

mormente dos seus membros, para a

concretização de uma sociedade justa

e solidária, com o compromisso e a

participação de todos. Se o contexto

político atual está marcado pelo

descrédito e a própria política parece

tornar-se sempre mais um caminho

facilitador para negócios espúrios, a

Igreja crê, que a escolha de homens

ou mulheres, com dignidade e desejo

de servir ao bem comum de todos,

poderá ser o início de novos tempos,

com esperança e justiça”. Citando o

Papa Bento XVI recorda que

“...A sociedade justa não pode ser obra

da Igreja; deve ser realizada pela política.

Mas toca à Igreja, e profundamente, o

empenhar-se pela justiça trabalhando

para a abertura da inteligência e da

vontade às exigências do bem”. Lem-

brou igualmente a afirmação de Papa

Paulo VI que, “a política como forma

privilegiada de caridade, tem como

vocação e missão, buscar realizar os

valores que definem os destinos dos

povos e a concepção do homem e, que se

traduzam na cultura da solidariedade”.

Dom Sérgio recordou o direcionamento

que a CNBB (Conferência Nacional

dos Bispos do Brasil) marcou como

sua ação: “incentive-se cada vez mais

a participação social e política dos

cristãos leigos e leigas nos diversos

níveis e instituições, promovendo-

-se formação permanente e ações

concretas. Incentive-se a participação,

ativa e consciente, nos Conselhos de

Direitos. Quer promovendo, quer se

unindo a outras iniciativas, incentive-se

a participação em campanhas e outras

iniciativas que busquem efetivar, com

gestos concretos, a convivência pacífica,

em meio a uma sociedade marcada

por violência, que banaliza a vida.

Sobretudo no mundo de hoje, com a

crise da democracia representativa,

cresce a importância e, portanto, a

necessidade da colaboração da Igreja,

no fortalecimento da sociedade civil,

na participação em iniciativas de

controle social, bem como no serviço

em prol da unidade e fraternidade

dos povos, especialmente da América

Latina e do Caribe, como sinal efetivo

de paz e reconciliação” Afirma ainda

que “faz-se necessário lembrar que a

Lei 9840, aprovada pelo Congresso

Nacional – Contra a corrupção elei-

toral, já cassou centenas de prefeitos

e vereadores em todo o Brasil. Cresce

a consciência e a corresponsabilidade

no processo eleitoral, o que colaborará

para a escolha de candidatos com

propostas concretas e viáveis, tendo

presente, candidatos e eleitores, que

a sociedade não precisa de favores ou

de “salvadores da pátria”, mas de

políticas que contemplem as relações

humanas em todas as dimensões e

contribuam para o “aprimoramento

da cidadania”, com o povo usufruindo

dos bens que lhe são de direito... A

Lei da Ficha Limpa nada mais fez

que atender a uma necessidade de

se fixar critérios e objetivos para a

análise dos pedidos de registro de

candidaturas. Há que se lembrar,

pois, que seja ‘considerada a vida

pregressa do candidato’. Afirma

ainda que “é preciso cuidadosa vi-

gilância em relação àqueles que se

apresentam, em época de campanha,

em lugares onde, em outras épocas,

nem sempre estão; atenção às somas

incalculáveis gastas em campanha e

que amanhã, no exercício do poder,

de algum modo serão recuperadas; as

promessas com benefícios que não

poderão ser honrados e que dão a

tônica aos discursos”. Termina com

o convite “ a todas as pessoas de

boa vontade a se unirem em vigília

cidadã para que tenhamos eleições

limpas e éticas, a fim de consolidar

a democracia brasileira”. O posicio-

namento dos ministros ordenados

da Igreja é, pois, de orientação. Cabe

a cada cidadão fazer sua escolha.

Não pode um bispo, um padre no

uso de seu ministério, tomar para

si a responsabilidade de dizer em

que pessoa votar. Isso é usurpar um

direito cidadão. Além de assumir o

peso que partidarizar a comunidade

onde deve ser ponto de unidade e

não de divisão. Padre ou bispo que

tome decisão diversa quebra

a comunhão.

Mons. Giovanni Barrese

Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919

E-mail: [email protected]

Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli

Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da

direção deste orgão.

As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS

Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente.

Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

ExpEdiEntE

para pensar

A Igreja e a Consciência Cidadã

Eleições 2012

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Sexta 14 • Setembro • 2012 Jornal do Meio 657 3

Estudo liga gordura a

Uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) decifrou um dos mecanismos da obesidade no desenvolvimento do câncer color-retal, doença que afeta 30 mil brasileiros por ano,

causando 8.000 mortes. O trabalho venceu a categoria Pesquisa em Oncologia, do Prêmio Octavio Frias de Oliveira. É o segundo ano conse-cutivo no qual a equipe da Unicamp leva a premiação, uma iniciativa do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), em parceria com o Grupo.A láurea leva o nome do publisher da Folha, morto em 2007 e que completaria cem anos ontem. Ele será homenageado hoje na entrega dos prêmios, no Icesp. Na categoria Personalidade em Destaque, ganhou a família Ermírio de Moraes. Apoio histórico Segundo o diretor do Icesp, Paulo Hoff, a família foi esco-lhida pelo histórico de apoio ao tratamento e à pesquisa do câncer. “Esse apoio não é só na oncologia e não é de hoje, vem de décadas.” A família Ermírio de Moraes administra o Hospital Benefi-

cência Portuguesa há mais de 50 anos, faz parte do conselho curador e da rede voluntária do Hospital A.C. Camargo, atua e é uma das maiores doadoras da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). A família também já fez contribuições ao Icesp. No ano pas-sado, por exemplo, doou R$ 2,5 milhões, usados na compra de um ultrassom que destrói tumores. “É uma satisfação muito grande receber esse prêmio. Nossa família tem uma missão de ajudar os mais necessitados. Tomara que essa iniciativa estimule outras famílias de maior poder aquisitivo a fazer o mesmo”, afirma Rubens Ermírio de Moraes, presidente da diretoria administrativa do Bene-ficência e que representará a família na entrega do prêmio. É a primeira vez que a premiação, agora em seu terceiro ano, é concedida a não médicos. “O comitê decidiu que seria legítimo prestigiar quem tenha se destacado no tratamento da doença”, diz Hoff. Para cada uma das categorias, a premiação é de R$ 8.000. Em 2013, representantes das principais agências de fomento do país (Fapesp e CNPq) e das academias de medicina e de ciências vão integrar a comissão julgadora.

Pesquisa Neste ano, 27 estudos nacionais concorreram ao prêmio. A pesquisa vencedora, feita em camundongos, demonstra a relação entre a inflamação do tecido gorduroso e o câncer colorretal. Estudos epidemiológicos apontam que até 30% dos cânceres estão relacionados à obesidade, mas os mecanismos desse processo não estão bem esclarecidos. “É interessante ver um grupo brasileiro gerando pesquisa que ajuda a desvendar essa relação”, afirma Hoff. No trabalho, os pesquisadores também demonstraram que, controlando a inflamação da gordura, por meio de uma droga usada em doenças autoimunes, é possível deter o crescimento do tumor. “Pode ser que o bloqueio dessa via de sinalização abra possibilidades para novas formas de prevenção, mas outros estudos têm de ser feitos para avaliar a segurança disso em humanos”, diz José Barreto Carvalheira, professor de oncologia da Unicamp e coordenador do trabalho. A pesquisa será publicada em setembro no periódico “Gastroenterology”.

por iara BiDerMan/folhapress

Controle da inflamação do tecido gorduroso pode deter o avanço do tumor, segundo a pesquisa da Unicamp câncer intestinal

saúde

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Novamente estamos em época de campanha eleitoral. Comparando com a campanha de dois anos atrás, já é possível perceber algumas mudanças, principalmente em relação ao eleitorado. O eleitor de hoje está mais atento ao que se passa no cenário político do país. Acompanha CPIs ou julgamentos do Supremo Tribunal Federal pela televisão,

toma posição, questiona, discute política com os amigos. O que se vê hoje não é mais um eleitor alienado que mal sabe a diferença entre as ideologias políticas de cada partido. Hoje o eleitor tem mais consciência de seu poder de voto. E já que, novamente, nos aproximamos das eleições municipais, as mudanças na forma de agir do eleitorado se tornam ainda mais evidentes. Com o contato que é possível ter com os candidatos pelas ruas e também pela internet, o eleitor aproveita para cobrar, questionar, sugerir, indagar. Já não é qualquer promessa de campanha que os conquista, já não é qualquer discurso que lhe chama a atenção. Mas, mesmo com toda essa mudança, os candidatos continuam fazendo campanha à moda antiga, sem perceber que não só o eleitorado mudou, mas também a sociedade, que exige uma nova postura de transparência, coerência e respeito. Um exemplo: todos os dias os eleitores se deparam com santinhos na varanda, na caixa de correio, na garagem, na rua. Santinhos feitos, em sua maioria, de papéis não biodegradáveis que, com a primeira chuva, já dá pra imaginar onde irão parar. A conclusão mais evidente é que, em termos de campanhas, a preocupação com meio-ambiente

é inversamente proporcional ao desperdício. Os mesmos candidatos que trazem propostas de sustentabilidade, educação, cultura ou urbanismo têm os rostos estampados em papéis que todos os dias se espalham pelas calçadas da cidade. Sem falar nos cavaletes, muitas vezes colocados em locais proibidos, como os de acesso a cadeirantes e, claro, nos onipresentes carros de som. Tudo isso demonstra a falta de sintonia entre candidatos, eleitores e sociedade de uma forma geral. Porque aquela mesma sociedade que reclama da sujeira das ruas é formada tanto pelos candidatos, que distribuem quantidades desnecessárias de papéis, quanto pelos eleitores, que, mecanicamente, aceitam os santinhos para, em seguida, jogá-los fora. Hoje nos encontramos em uma nova época, de preocupação com o meio ambiente e tudo o que está relacionado à ele. Aprendemos, com isso, que a preservação do bem comum depende de todos, pois os problemas causados pela falta de planejamento também atingem a todos. O eleitor já percebeu isso e se mostra adepto da participação efetiva no que diz respeito à política, começando pelo voto. Falta agora que os candidatos também percebam e ajam na campanha de acordo com as próprias propostas. Não adianta prometer que irá acabar com os problemas das enchentes caso seja eleito, se durante a campanha contribui para que os bueiros fiquem entupidos de papel. A fim de dar voz aos eleitores e saber o que realmente pensam da atual campanha eleitoral, o Jornal do Meio saiu às ruas. Confira.

Jorge Santos tem uma opinião bem definida a respeito do tipo de campanha política que vê pelas ruas: “Acho uma falta de civilidade e de educação. A gente procura manter nossa casa limpa e eles a sujam todos os dias”, fala. “Se já na campanha não conseguem manter a cidade limpa, como vão poder cuidar da cidade depois?”, questiona. “Quando o carro de som passa a gente não consegue nem conversar”, diz. “Além disso, não é eficiente, eu não presto atenção no que dizem. E não acho que barulho e gritaria faz ganhar eleição. É muito mais fácil ganhar o voto do eleitor no contato direto”, avalia. “Tanto a poluição sonora quanto a visual são prejudiciais, deixam a cidade mais feia e suja”, reflete. “Não é isso que me faz querer votar em um candidato. Eu procuro por alguém que já tenha um histórico, que tenha condição de representar a população, que tenha boa formação e boas ideias. O nosso voto tem que ser consciente”, conclui.

Cristina Fátima Silva Souza diz que não se estressa com a campanha eleitoral porque sabe que irá durar apenas mais um mês. “Se fosse pra ficar o ano inteiro, aí seria um problema”, fala. Mas, mesmo assim, ela acha que as pessoas se sentem incomodadas. “Pra quem anda a pé o cavalete atrapalha, porque a pessoa tem que desviar ou sair da calçada pra poder passar”, diz. Quanto aos carros de som, para ela, são desnecessários. “Já temos tanto barulho no trânsito, não precisamos de mais um”, diz. Quanto ao seu poder como eleitora, ela demonstra saber o que quer. “Esse tipo de campanha não interfere no meu voto. Não é porque um cavalete está parado em frente à minha loja, ou porque um candidato jogou santinho na minha casa que vou votar nele”, explica. “Eu procuro me informar conversando com as pessoas, lendo jornais e assistindo o horário eleitoral”, conta.

Para Douglas Carvalho, a campanha eleitoral, neste primeiro momento, está superficial. “Eu vejo muito ‘vote em mim’ mas não vejo propostas”, diz. “Parece que, por enquanto, os candidatos só querem que o eleitor conheça o nome deles e mais nada”, analisa. Ele se mostra um eleitor consciente e preocupado em se informar a respeito dos candidatos. “Eu ouço o programa eleitoral todos os dias pelo rádio, busco informações em sites, leio os jornais da cidade, estou avaliando as minhas opções”, explica. Para ele, a campanha nas ruas é mais prejudicial do que benéfica. “É muito chato. Em todo lugar que você vai tem alguém entregando santinho, tem cavalete, tem carro de som. Isso não adianta nada, só gasta dinheiro e não traz propostas”, avalia. “E eu acho que depois que passar a campanha, ninguém vai limpar a bagunça, os cavaletes vão ser esquecidos nas calçadas, os santinhos vão ficar pelo chão”, diz. “Esse tipo de campanha não tem efeito nenhum em mim”, completa.

“É muito ruim”, diz Cristiano Silva Pinto, sobre o tipo de campanha eleitoral que vê pelas ruas. “Ninguém gosta, incomoda muito”, fala. “Todo mundo sabe mais ou me-nos em quem vai votar. Não é com santinho, cavalete ou carro de som que as pessoas vão mudar de opinião”, analisa. “Além de ser um desperdício de dinheiro, ainda faz uma sujeira enorme, a cidade fica mais feia, é muita poluição visual”, diz. Ele, que é mototaxista e percorre toda a cidade, conta que sempre escuta reclamações dos passageiros. “Todo mundo fala mal, não ouvi ainda nin-guém falando bem”. “Nos bairros as pessoas reclamam mais dos carros de som, que passam o tempo inteiro. No centro reclamam mais da sujeira mesmo, de santinho e panfleto”, diz. “Infelizmente não tem como fugir. Todos fazem o mesmo tipo de campanha”, conclui.

Renata Saraiva Ramiro trabalha no centro da cidade e diz que toda vez que um carro de campanha passa com o som alto, é um problema. “Atrapalha tudo, pra atender ao telefone, pra conversar com os clientes. A gente tem que esperar o som passar pra poder continuar a falar,” conta. “Os vidros chegam a tremer de tão alto”, enfatiza. Outra coisa que a incomoda são os cavaletes. “Ficam no meio do caminho. Uma amiga contou que na rua dela deixam, todo dia, três seguidos do mesmo candidato e que ela tem que sair da calçada pra poder passar”, fala. “Não acho que isso é o que atrai o eleitor. É o histórico do candidato”, avalia. “Eu procuro saber o que o candidato já fez de bom, se tem boas propostas e também o que as pessoas estão comen-tando sobre ele”, fala. “É isso que faz a gente votar, não o santinho que nos entregam na rua”, completa.

O senhor Cláudio Teodoro acha que as campanhas políticas mais comuns, aquelas que utilizam carro de som, santinhos e cavaletes acabam tendo, na verdade, efeito contrário. “Ao invés de ajudar, faz a gente ficar om raiva. Todo dia minha casa fica lotada de papel. Quando o carro de som passa você não ouve mais nada, nem a TV” fala. “Outro dia tive que ir até o quintal pra falar ao telefone porque um carro de campanha estava passando na rua”, lembra. “Acho isso muito desrespeitoso. Precisam aprender a respeitar os eleitores porque são eles que estão precisando da gente”, diz. “Eu não preciso mais votar e voto. Mas em candidato que faz esse tipo de campanha eu não voto”, afirma. Outra coisa que o incomoda é o fato de muitos candidatos serem simpáticos apenas em época de eleição. “Eles precisam ser assim sempre. Mas só conhecem a gente quando estão querendo voto. Passou a eleição, eles nos esquecem”.

colaboração shel alMeiDa

Jorge Santos

Cristiano Silva Pinto Renata Saraiva Ramiro Cláudio Teodoro

Cristina Fátima Silva Souza Douglas Carvalho

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O tiro que pode sair pela culatrapor Gustavo antônio De Moraes MontaGnana/GaBriela De Moraes MontaGnana

A propaganda eleitoral possui uma importante missão, a de informar aos eleitores quais são os candidatos que estão concorrendo aos cargos eletivos e as suas

propostas de governo. Somente assim possibilita-se o pleno exercício da cidadania.Contudo, ela não pode ocorrer de forma indiscriminada. O abuso do direito também é apto a configurar ato ilícito, con-forme prevê o Código Civil. Age desta forma aquele que excede manifestamente os limites impostos pelo fim econômico ou social, pela boa-fé e pelos bons costumes.Muitos candidatos têm poluído o meio ambiente sob os mais variados aspectos, independentemente de corrente ideológica ou partidária.As formas mais comuns de desrespeito ao meio ambiente praticada pelos candidatos são a poluição sonora, a poluição estética ou visual e a poluição produzida pela pressão que carreatas, comícios e outros eventos eleitorais exercem sobre os ecossistemas mais frágeis.A poluição eleitoral é sempre o resultado da utilização inde-vida ou inconsequente da propaganda política por parte dos candidatos e de seus auxiliares. A poluição eleitoral estética ou visual é o tipo de poluição mais facilmente perceptível durante as eleições e configura ameaça ao patrimônio arquitetônico, artístico e histórico da cidadeSe atualmente alguns cavaletes atrapalham a mobilidade e a visibilidade, a situação era ainda pior à época em que os candidatos tinham autorização para pendurar seus banners e cartazes em postes e árvores.Contudo, não é qualquer propaganda eleitoral que pode ser classificada como poluente, mas somente aquela que é abusiva ou que contraia as disposições legais.

Pode ser considerada abusiva, por exemplo, a colocação de cavaletes nas calçadas, impedindo a passagem dos pedestres ou, ainda, o acesso à pessoas com mobilidade reduzida ou portadoras de dificiência física.Ora, condutas como estas são suficientes para que se possa antever qual será a atuação do candidato eleito, em prol do interesse publico, ou melhor a ausência dela. É Permitido na campanha de 2012:- Bandeiras e cavaletes: devem ter o tamanho máximo 2 metros de largura por 2 metros de altura. Esses materiais não podem atrapalhar a passagem de pedestres ou impedir a visibilidade do trânsito. Não há limitação para a quantidade desses itens. O horário permitido é das 6 às 22 horas. O CNPJ da campanha é um item obrigatório. - Pintura de muros: as propagandas em muros também devem ter o tamanho máximo 2 metros de largura por 2 metros de altura. Não é permitida a colocação de dois anúncios lado a lado do mesmo candidato. O CNPJ da campanha é um item obrigatório. - Placas: Esse material deve ser colocado no interior de terrenos particulares. O tamanho limite é de 2 metros de largura por 2 metros de altura. O CNPJ da campanha é um item obrigatório. - Santinhos, folhetos e folders: Os candidatos podem distribuir esses materiais nas ruas. Não há limitação para a quantidade desses itens. O CNPJ da campanha é um item obrigatório. O horário permitido para a distribuição de material gráfico é das 6 às 22 horas. - Jornais do candidato: Partidos, coligações e candidatos podem contratar funcionários para distribuir os jornais nas ruas, das 6 às 22 horas. É proibido encartar os jornais dos candidatos em qualquer tipo de periódico.

Em contrapartida, é proibido colocar cartazes em postes e árvores, fazer qualquer tipo de divulgação da campanha em viadutos e fazer propaganda em outdoors.Verifica-se que o uso dos cavaletes como forma de propaganda eleitoral, apesar de permitido não tem agradado os eleitores. Uma campanha tem circulado no Facebook pedindo que os usuários da rede social chutem os cavaletes com propagandas de candidatos à prefeitura e ao cargo de vereador. “Já chutou uma placa de algum candidato hoje?” ou “Você já chutou o seu cavalete hoje?” são as mensagens que circulam na rede social.Na cidade de São Paulo o movimento “Cavalete Parade” pre-tende usar os cavaletes irregulares da cidade como telas de arte. A proposta é que as pessoas peguem os cavaletes que não estiverem cumprindo a lei e façam uma intervenção artística neles, deixando à mostra o nome e o número do candidato.No dia 29 de setembro, às 9h, acontecerá a “exposição”, com todos os cavaletes modificados colocados no canteiro central da Avenida Paulista.Verifica-se, desta forma, que a propaganda eleitoral apesar de ser um importante instrumento de divulgação do candidato, pode gerar resultado indesejado por este, “saindo, o tiro, pela culatra”, caso seja levada à efeito de forma abusiva ou irregular.As manifestações, ora referidas, demonstram como o eleitor está critico e, principalmente, que o seu voto deve ser conquis-tado com a divulgação das propostas e idéias do candidato. Se a divulgação da imagem e slogans sobram, faltam aquelas.Até a próxima!

Gabriela de moraes montagnanaGustavo antonio de moraes montagnanaAdvogados

Seus direitos e dever

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Sexta 14 • Setembro • 2012 Jornal do Meio 6576 Delícias 1001

por DeBorah Martin salaroli

Frutas vermelhasNada melhor que aproveitar os precinhos camaradas e a qualidade dos morangos nesta safra. Eles

estão mais suculentos ainda e precisamos tirar proveito dessa rica fonte de saúde. O morango, assim como outras frutas vermelhas como a amora e as framboesas, contém vitaminas além de substâncias que combatem o envelhecimento da pele.Uma ótima sugestão é partir para os conge-lados, quando esta temporada abundante acabar. A maioria das receitas abaixo contém fram-boesas também, mas não há necessidade. Somente com morangos o resultado é especial.Enquanto isso, mãos à obra!

Bolo rústico de frutas vermelhas

Não está nada fácil ‘vencer’ todos os mo-rangos e framboesas que andam caindo em minhas mãos. Devo confessar que a coisa é praticamente desleal! É muita fruta no mesmo metro quadrado!Simples e rápido.

Enquanto almoçávamos, deixei assando por 25 minutos a 180C.O preparo é assim...No fundo de uma travessa refratária, coloquei 2 bandejinhas de morango com algumas framboesas que tinha acabado de colher em casa. Penso que amoras e mirtilos dariam um ótimo arremate também. Ou só os morangos!Misturei com ½ xícara de açúcar, 2 colheres (sobremesa - rasa) de amido de milho e casca de 1 laranja ralada.Por cima acomodei uma mistura feita (na mão, numa tigelinha; sem batedeira) com 2 colheres (sopa) de açúcar, 1 xícara de farinha de trigo, 1 ½ colher (chá) de fermento em pó, ¼ xícara de leite, 2 colheres (sopa) de margarina, 1 ovo inteiro e uma pitadinha de sal.Levei assar até dourar.Não deu tempo para esperar (o perfume na casa era grande demais), mas o ideal era servir com sorvete de creme ou chantilly.

Crisp de morangos e framboesas

Que tal aproveitar a acidez e sabor azedi-nho das frutas vermelhas numa sobremesa deliciosa e simples?Fiz minhas adaptações de uma receita da Nigella, para o gosto do pessoal de casa e pela facilidade de ingredientes que já tinha à mão. Todo mundo sabe: não tem coisa mais chata que ter que sair de casa para buscar alguma coisa só para concluir uma

alquimia culinária!Colhi umas 100g de framboesas do meu pé, acrescentei mais 1 caixinha de morangos bem maduros e deu nisso aqui... Ou pode--se substituir por somente 2 caixinhas de morangos.Coloquei no fundo de uma tigela refratá-ria as framboesas e os morangos picados grosseiramente.Acrescentei a eles 2 colheres (sopa) de amido de milho, 4 colheres (sopa) de açúcar refinado e gotas de baunilha. Mexi bem e reservei.Antes, já tinha preparado a ‘cobertura’. Derreti 100g de manteiga no microondas. Numa tigela grande, misturei com 6 colheres (sopa) de aveia em flocos, 3 colheres (sopa) de semente de girassol sem sal, 7 colheres (sopa) de farinha de trigo, 7 colheres (so-pa) de açúcar mascavo e 1 colher (chá) de canela em pó. Cobri as frutas com essa farofa e levei ao forno por 25 minutos.Pode servir com sorvete de creme ou com chantilly.Fácil, rápido e fantástico!

Geleia de morangosÓtima opção para aproveitar aqueles morangos já maduros, quase que passando do ponto de aproveitamento.

Eu deixo todos os morangos (com seus ca-binhos ainda) de molho em água abundante com gotas de vinagre branco por 30 minutos.Após esse tempo, lavo-os em água corrente e retiro os cabinhos.Parto em pedaços, acomodando-os numa panela grande.Para cada medida de morangos, adiciono a metade de açúcar. Ou seja, para 500g de morangos, coloco 250g de açúcar. Se você preferir algo menos doce, coloque menos.Levo ao fogo médio, tomando cuidado para que não derrame no fogão. Mexo de vez em quando, por uns 30 minutos.Para saber se a geléia está pronta, no ponto certo, coloco um pouco num prato seco e limpo, viro o prato. Se ela não escorre, retiro a geleia do fogo e deixo esfriar. Distribuo em vidros próprios para geleia esterilizados e conservo na geladeira.DeborahDeborah martin salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.Delicias1001.Com.Br recheado somente de receitas testadas e aprovadas.Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para [email protected]

Fotos: delícias 1001

bolo rústico

crisp de framboesa e morango

Aproveite a estação

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GPS que prioriza a rota que demora menos, baseando-se na distância e nas condições atualizadas do trânsito

Os dados são atualizados pelos usuários O app pode prever que uma rota quase duas vezes mais longa vá demorar cinco minutos a menos Trapster Android, iOS e Windows Phone ONDE trapster.com Aponta a presença, entre outras coisas, de câmeras de velocidade, acidentes, obras e policiamento, com dados atualizados pelos usuários Para compartilhar a localização com amigos em tempo real Glympse iOS e Android; a versão para Windows Phone ainda não está na Marketplace do Brasil ONDE glympse.com Permite que o usuário compartilhe com amigos seu itinerário em tempo real Dá uma estimativa de quando a pessoa vai chegar ao destino Twist iOS (só para usuários da App Store americana) ONDE twist.com Também permite compartilhar o itinerário e estima o tempo de chegada Inclui uma ferramenta de bate-papo na interface em que exibe o mapa GPS turbinado Usando aplicativos que integram ferramentas sociais ao GPS, poupamos 15 minutos de uma viagem dentro de São Paulo Navegadores de GPS convencionais costu-mam mostrar o trajeto mais curto, mas nem sempre o mais rápido. Fatores como engarrafamentos, obras e acidentes recém-ocorridos podem ser mais relevantes para quem tem pressa do que a distância a ser percorrida. Um aplicativo de GPS para iOS e Android, o Waze, com cerca de 20 milhões de usuários no mundo, calcula as rotas mais rápidas com base em dados de tráfego enviados pelos próprios usuários, constantemente atualizados. Ele tende a desviar de vias em que usuários acusam tráfego intenso quando há alterna-tivas mais viáveis. “É o equivalente a uma Wikipédia para o trânsito”, diz Uri Levine, criador do app. O Waze, que chegou ao Brasil em junho com um mapa completo do país, é um de vários aplicativos que integram recursos sociais às funcionalidades comuns do GPS. Há alguns dias, foi lançado nos EUA o Twist, para iOS. Desenvolvido por Mike Belshe, um dos criadores do browser Chrome, ele é semelhante ao Glympse, app para Android, iOS e Windows Phone (fora do Windows Marketplace brasileiro, por enquanto). Com ambos os apps, o usuário compartilha com amigos o trajeto que está fazendo em tempo real. Contatos adicionados recebem por e-mail um link para ver o percurso, com uma estimativa de quando a pessoa chegará ao destino. Diferentemente de ferramentas como o

Google Latitude (para várias plataformas) e o Find My Friends (para iOS), o Twist e o Glympse se propõem a responder não só à pergunta “onde você está?”, mas também a questões como “você está vindo?” e “a que horas você vai chegar?”. Apesar de não deixar ver a evolução do tra-jeto em tempo real, o Waze também permite compartilhar estimativas de chegada -e elas tendem a ser mais precisas que as do Twist e do Glympse, por considerarem o trânsito. A confiabilidade do Waze depende, no entanto, da base de usuários. No Brasil, cerca de 480 mil pessoas têm o aplicativo, metade delas na cidade de São Paulo. Em Israel, onde fica a sede do serviço, são 2 milhões. Lá, o mapa foi todo construído pelos usuários -o app desenha rotas ainda não registradas à medida que carros passam por elas. No Brasil, para acelerar a adesão, o Waze gerou mapas em parceria com a empresa de mapas digitais Multispectral. Assim como alguns aparelhos de GPS con-vencionais, o Waze pode enviar alertas sobre radares, e usuários podem avisar sobre a presença de policiamento. Nesse sentido, ele é menos completo do que o Trapster, app com mais de 16 milhões de usuários no mundo todo cujo foco são alertas do tipo. O Trapster (para iOS, Android e Windows Phone) tem em seu registro quase 6 milhões de radares em diversos países. Outros 21 tipos de alertas são possíveis, como avisar sobre um animal morto na pista. “É uma versão high-tech da piscada de faróis para aletar sobre incidentes”, diz o site do aplicativo. Termina com vitória dos apps sobre o GPS Deixamos a sede da Folha, no centro de São Paulo, às 16h29 de uma quarta-feira, com destino a um endereço na Vila Sônia (zona sul), em carros diferentes. Um deles seguia o percurso recomendado pelo Google Maps e pelo aparelho de GPS do motorista. O outro era ajudado pelos apps Trapster e Waze. Logo no começo, uma esperteza do Waze: ele sugeriu que fugíssemos da rua da Consolação, que estava com tráfego intenso, e déssemos a volta pela marginal Tietê. O percurso sugerido seria de 24 km, cerca de 11 km a mais que a rota pela Consolação, mas menos demorado. Chegaríamos ao destino às 17h20, dizia o Waze. O Trapster, que não sugere rotas, só endos-sava os dados do Waze sobre a intensidade do tráfego. Ele apontava corretamente a presença da maioria dos radares. O Waze deixava passar quase todos. Usamos também apps para compartilhar na web o percurso em tempo real: o Glympse para o carro que fazia a rota do Waze e o Twist para o outro. Ambos faziam previsões pouco realistas do tempo de viagem -diziam que ela demoraria menos de 30 minutos. O Waze estimou que a viagem do carro con-duzido por suas sugestões levaria 51 minutos. Ela levou 53. O carro sem os aplicativos chegou 15 minutos depois, às 17h37.

informática & tecnologia

Mão na roda Aplicativos gratuitos que unem ferramentas sociais ao recurso de geolocalização em tempo real

por Bruno roMani /folhapress

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A incidência do câncer de tireoide aumenta e a retirada da glândula também, não se sabe se na mesma

proporção. “Há evidências sólidas de que estamos ope-rando desnecessariamente grande parte dos pacientes”, diz Laura Sterian Ward, presidente da divisão de tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. A opinião, enfatiza, é pessoal, não da sociedade que ela integra. “Grande parte dos tumores, em torno de um centímetro de diâmetro, não evolui. Em dez anos, 16% deles aumentam três milímetros; 70% permanecem do mesmo tamanho ou diminuem. Poderiam ser observados por ultrassom a cada seis meses.” Dessa visão compartilha Vânia Assaly, especia-lizada em endocrinologia e diretora científica da Associação Médica Brasileira de Oxidologia. “Um número maior de nódulos está sendo levado à biópsia sem razão. Se fizéssemos um seguimento de perto, perceberíamos pouca agressividade na velocidade e na mudança da imagem no ultrassom; cirurgia poderia ser descartada mesmo para nódulo maligno, o perfil celular não é ameaçador.” A probabilidade de um nódulo com padrão suspeito ser maligno é baixa: 10% dos casos. E é um câncer pouco invasivo, o prognóstico da doença é bom: a sobrevida chega a quase 100% em dez anos. Entre os cânceres de tireoide, o mais comum é o do tipo papilífero (80% dos casos), seguido do folicular (10%). Mais raros são os tipos medular e anaplásico. “Minha opinião é que é preciso operar”, diz Filippo Pedrinola, doutor em endocrinologia pela USP. “O risco de morte por câncer papilí-fero é pequeno, a evolução é benigna. O índice de mortalidade é de 1% a 2%, mas ninguém quer fazer parte dele.” A tireoidectomia é o tratamento para o câncer, mas também para nódulos suspeitos e bócio, doença que causa o aumento da tireoide. Como há a possibilidade de exagero na indica-ção de cirurgia, a pessoa diagnosticada deveria ouvir mais de um médico sobre necessidade ou não de tirar a tireoide. A glândula em formato de borboleta fica sobre a traqueia e tem a função de produzir hormônios que regulam todo o metabolismo. É regida pela hipófise, glândula na base do cé-rebro que fabrica o hormônio TSH e estimula a produção de T3 e T4.

Procurou, achou “Quem procura, cura”, defende Alfio José Tincani, professor de cirurgia de cabeça e pes-coço da Unicamp, favorável à tireoidectomia. “Até por conta do diagnóstico mais sensível, houve aumento da incidência desse câncer. Há 15 anos, representava no mundo 1% dos tumores malignos; hoje, está em 3%.” Como não há consenso, e na ausência de parâmetros para amenizar a insegurança de conviver com um nódulo (por exemplo, um teste molecular que assegurasse sua não evolução) cresce o número de punções, na tentativa de caracterizar o nódulo.

“Pede-se de forma exagerada a punção que dá o diagnóstico do nódulo da tireoide: benigno, maligno ou indeterminado”, diz Pedrinola. Se o nódulo tiver menos de um centímetro, não tiver calcificação e não mostrar aumento de fluxo sanguíneo não há motivo para pedir o exame. “A orientação é que se acompanhe a evolução”, diz Pedrinola. Mas 85% dos casos vão para cirurgia, segundo ele, sem necessidade.

Ajustes finos Viver sem tireoide não compromete a saúde, mas fica-se privado de sutilezas do organismo. “Perdemos ajustes finos, o ritmo passa a ser dado pela dose fixa de reposição hormonal”, diz Assaly. “Há pessoas mais quentes, agita-das, outras mais geladas, calmas, que reagem de formas diferentes. Quando a glândula é retirada, perde-se a delicadeza da regulação do perfil metabólico.” Os “sensores” internos de mudanças de clima sofrem abalo sem a tireoide. Em dias muito frios, eles pedem que o cérebro eleve a tem-peratura corporal. “Mas, se estivermos sem tireoide e tomando medicação, não teremos esse ajuste fino”, diz Assaly. Como os nódulos são comuns “’30% a 50% da população os têm”’ não haveria razão para essa corrida à elucidação da sua estrutura. “É desaconselhável fazer punção a três por quatro”, engrossa o coro Antonio Roberto Chacra, professor de endocrinologia da Unifesp. “Sou contrário ainda à epidemia de ultrassons, a maioria dos nódulos não tem significado algum.” Ele vê também “abuso de cirurgias”, já que a maioria dos nódulos não é cancerígena. “É preciso ter análise crítica para não operar indiscriminadamente.” Se a indicação for mesmo a operação, há uma alternativa para preservar a tireoide: no centro cirúrgico, faz-se a biópsia por congelação: retira-se um fragmento de tecido suspeito para análise. “Se for benigno, retira-se só o nódulo”, diz Pedrinola. A presidente da Ar-gentina, Cristina Kirchner, passou por esse procedimento, mas teve a tireoide removida por suspeitas de malignidade. Uma vez retirada a tireoide, seja em câncer comprovado, seja quando o bócio comprime a passagem de ar e comida, seja em hiper-tireoidismo resistente a medicamentos, há necessidade de tratamento com iodo radioa-tivo pós-cirurgia e reposição hormonal pelo resto da vida. Entre os riscos está a rouquidão permanente. Um por cento das cirurgias pode lesar os nervos laríngeos. Outro complicador é que se, por alguma razão, as paratireoides “’glândulas acomodadas na parte posterior da tireoide”’ não forem pre-servadas, o paciente terá de tomar cálcio por toda vida, já que elas secretam o hormônio PTH, que controla o metabolismo do cálcio e do fósforo, explica Pedrinola. Diferentemente de outros tipos de câncer, como o de mama, que pode ter progressão rápida, o de tireoide, segundo Ward, tem desenvolvimento tão lento que o paciente “morre de outra causa”. “Não é um câncer agressivo. Mas é difícil dizer

ao paciente que ele pode esperar dois anos e que o acompanhamento clínico não modifica-ria seu prognóstico. Há o aspecto emocional e um problema ético-legal, porque ele pode acusar o médico de deixá-lo sem tratamento.” Enquanto testes genéticos, que podem aju-dar a caracterizar o tumor, não chegam ao Brasil (devem estar disponíveis nos EUA em agosto), é preciso o discernimento na hora de interpretar exames. “Não é preciso correr ao cirurgião”, afirma Ward. Por questões hormonais, mulheres na gravidez ou após a gestação e acima dos 50 são vítimas em potencial de nódulos na tireoide. Crianças que tomaram radiação ionizante, pessoas acima dos 60, obesos e adeptos de dieta rica em iodo (grande consumo de peixe, marisco e algas e mais de um grama de sal por dia) estão entre os indivíduos de risco. Estão indicados para exames mais apurados pacientes com gânglios no pescoço ou imagens ultrassonográficas que deixam dúvidas. O estado emocional conta muito: para quem não consegue conviver com um nódulo cuja punção tenha como resultado o padrão in-conclusivo, o melhor é operar. ‘Não é qualquer coisa que me tomba, não dá para fraquejar’ “Eu sou muito desleixada. Vou ao ginecolo-gista a cada dois anos e somente porque ele implora. No fim de uma consulta, reclamei para ele que sentia um peso muito grande nas pernas enquanto eu estava deitada. Ele matou a charada na hora. Pediu um exame de ultrassom e depois uma punção, que deu resultado positivo: havia um tumor maligno de nove milímetros na minha tireoide. Durante a cirurgia, descobriram outro tumor, de dois milímetros. Quando li o resultado da biópsia --alto grau de malignidade--, liguei para uma prima, pediatra. Eu estava em pânico, os sonhos desmoronaram. Mas uma amiga me telefonou e me levou do laboratório diretamente para o consultório de um médico oncologista, conhecido dela. Tenho muita gratidão por ele. Ele me manteve calma, foi muito acolhedor. Fiz a cirurgia há dois anos e nunca mais voltei ao médico. No pós-cirúrgico eu tive uma leve dormência na lateral das mãos, que passou depois de uma semana me tratando com um remédio. Acabei fazendo dieta, perdi 30 quilos, mas engordei tudo de novo. De oito meses para cá, percebi que não posso tocar em nada gelado. As mãos ficam avermelhadas, roxas e coçam impressionantemente. Deve ser um efeito da falta de tireoide. Não sinto nada além disso, posso dizer que tenho uma vida normal. Acho que a doença está muito ligada ao emocional e eu passei coisas muito fortes nos últimos dez anos. Meu ginecologista me perguntou: ‘O que você andou engolindo em sua vida?’ Tive muita sorte, descobri o câncer logo no comecinho. Não tenho medo de morrer. A vida continua, não dá para fraquejar.” Lucia Regina Guttilla, 49, agente de turismo

por ana tereZa CleMente /folhapress

Tireoide tirar ou não ?

comportamento

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Diante do momento crítico que nosso país vem atravessando em relação à decadência dos princípios morais e onde o que interessa é ̈ se dar bem ̈ e não

importa se a custas de mentiras, falcatruas, corrupção e total falta de comprometimento, fica extremamente difícil simplesmente confiar em propaganda e contratar empresas, sem antes observar alguns critérios vitais para a tranquili-dade do seu patrimônio e da sua família.Após anos neste mercado de segurança, pude observar e catalogar algumas frases que normalmente levam o consu-midor a cair no erro da má contratação tais como:¨O serviço não é muito bom........mas é barato”;“Todo mundo sabe que eu não tenho nada para ser roubado¨;¨Quero um negocinho só para fazer barulho e espantar o ladrão¨;¨Câmera é tudo igual e na Santa Ifigênia tem de monte¨.Seguem algumas dicas importantes para a escolha:-Visite a empresa que deseja contratar e faça questão de conhecer todos os departamentos;-Toda instalação de equipamentos eletrônicos depende de um técnico eletrônico, o qual será responsável por tudo que for feito no seu patrimônio, inclusive por aqueles alarmes que ficam disparando dia e noite, incomodando a vizinhança. Portanto exija saber se a empresa tem o técnico responsável e se a empresa é registrada no CREA- Conselho Regional de Engenharia. Se você não se preocupar com isso,

esteja preparado para responder sozinho por perturbação do sossego, incêndio no imóvel, ou até mesmo deixar de ter o sistema de câmeras quando houver falta de energia.- Exija que o sistema de alarme tenha uma segunda opção de comunicação que não seja somente a sua linha telefôni-ca, pois o ladrão já sabe que se cortar sua linha telefônica, a empresa de segurança não vai ficar sabendo da falta de linha no momento do corte. -Não permita que o teclado de senhas do alarme seja instalado no lado interno do seu imóvel, pois quando isto acontece é necessário temporizar o sistema em 10 ou 15 segundos para você poder entrar ou sair sem disparar, porem o ladrão passa a ter o mesmo tempo para entrar e chegar na central do sistema e destruir antes do disparo do alarme.É melhor correr o risco de violação do teclado externo do que uma porta ou janela arrombada, pois o custo de um teclado é muito menor.- Visite ou telefone para algum amigo que seja cliente da empresa de segurança que você deseja contratar e verifique o seu grau de satisfação, afinal de contas, se a empresa for realmente séria, esse amigo, fará questão de dar boas referências.- Procure saber qual a filosofia da empresa em questão com relação a Missão, Visão e Valores. O perigo da falta de fiscalização:O que ninguém vê mas é de incomensurável importância é

o cadastramento de todas as empresas e seus respectivos funcionários junto aos órgãos de segurança da cidade .Esta preocupação se dá em virtude do imenso número de informações que a empresa detém em relação ao patrimônio, costumes, rotinas e informações pessoais de seus clientes. Este banco de dados em mãos inescrupulosas pode ser um perigo para a sociedade.Em breve acredito que promotores, juízes, policia civil, policia militar, Conselho Regional de Engenharia-CREA, guarda municipal e prefeitura deverão se mobilizar para criar mecanismos de registro e controle das empresas.Procure sempre uma empresa séria.

Até a próxima.Valmir Aristides, Consultor de Segurança e fundador da Eco Sistema Eletrônico Ltda- Empresa especializada em tecnologias e soluções em segurança.Formado em eletrônica sendo que sempre atuou na área técnica nas empresas IBM – International Business Machi-nes e ITT- International Telegraphs & Telecomunications.Fundador / Presidente da REB -PM Rede de Emergência Bragantina na Policia Militar.Atuou por 2 anos como Diretor do SPC- Serviço de Proteção ao Credito na Câmara de Dirigentes Lojistas de Bragança Paulista (CDL)

por valMir aristiDes

serviço de segurança?Como escolher o melhor

olho vivo - dicas de segurança

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Foi com muita alegria que fotografei o casa-mento da Maria Clara e Leandro. Foi uma noite inesquecível porque pude testemunhar o quanto esse casal é apaixonado. Eles se casaram no Bu-ffet do Sítio Vale do Sol em Atibaia numa noite maravilhosamente agradável. Eles se casaram ao ar livre na penumbra do por do sol. O local estava impecavelmente decorado e o púlpito tinha como fundo toras de árvores com arran-jos em folhagens e flores no topo mostrando que a simplicidade também é sofisticada. Ficou simplesmente lindo!Quem presidiu a cerimônia foi o Reverendo René que encantou a todos com suas palavras e com o carinho que conduziu o casal. Dentre vários momentos emocionantes posso destacar a leitura feita por um amigo do casal que se emocionou a falar sobre o amor. Outro momento especial foi o juramento do casal. Dava pra sentir que o os dois se amam intensamente. Após os cumprimentos dos pais e padrinhos o casal passou pelo

corredor ovacionado pelos amigos.Aproveitamos e demos uma “fugidinha” para o centro da cidade de Atibaia para fazer uma sessão de fotos. Ficaram incríveis!Depois, de volta para o Buffet onde o casal ofe-receu uma deliciosa recepção aos convidados, muitos votos de amor e felicidade pautaram a chegada do casal. Outro momento foi a banda do Leonardo que preparou uma surpresa para Maria Clara. O noivo, apesar de não ser o vo-calista, cantou uma canção para a amada o que surpreendeu a todos os convidados. Foi lindo! Enfim, a festa entrou madrugada à dentro com muita descontração e alegria e muita sofisticação. Mais um dia que guardo com muito carinho.

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ícu

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2ºCaderno

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O segmento de motos de baixa cilin-drada, o mais vendido do país, não é tão novidadeiro. As vendas seguem

muito mais uma orientação racional, de custo/benefício, do que emocional. Mesmo assim, as novos itens quase sempre ajudam. E as japonesas Suzuki e Honda se movimentaram para, no mínimo, provocar uma marola. A Suzuki, que briga pelo terceiro lugar colocada no ranking de vendas com a Dafra, decidiu ampliar sua linha com dois novos modelos: GSR 125 e GSR 125S. Com projetos novos, as duas se destacam pela suspensão traseira a gás ajustável e um visual mais agressivo. Já a Honda, líder de mercado com larga folga, renovou a bem-sucedida a NXR 150 Bros, on/off que já tem boas vendas no mercado. Nesse caso, o destaque é para a eliminação da versão com partida a pedal.A expectativa da Suzuki é vender cerca de 800 unidades das versões duas somadas por mês. Não chega a ser muito, mas se as projeções se concretizarem, a linha GSR 125 passaria a utilitária Yes e seria a motocicleta street mais vendida da marca no país – só ficaria atrás da custom Intruder 125. Segundo a marca, a GSR tem um projeto novo, que conta com um inédito chassi do tipo berço semi-duplo de aço. Uma das suas principais características é a suspensão traseira com dois amortecedores a gás, reguláveis na compressão e no retorno. As rodas de liga leve com cinco raios são de série e, na frente, há freio a disco.O motor também é inédito. Ele tem 125 cc, comando simples no cabeçote e alimentação a partir de carburador. O problema é que, com 10,8 cv a 9 mil rpm e 0,95 kgfm de torque a 6 mil giros, ele é mais fraco que o usado pela Yes, que tem a mesma cilindrada. O câmbio tem cinco marchas com transmissão final feita por corrente. A única diferença entre a GSR 125 e a GSR 125S está no design. A segunda é mais voltada para a esportividade, com carenagens envolvendo o farol, um spoiler abaixo do moto e semi-guidão. As duas con-tam ainda com painel de instrumentos com conta-giros analógico e um visor digital que traz o velocímetro, hodômetro e indicador de marcha engatada. A Suzuki ainda oferece versões cargo, voltadas para frotistas com capacidade de transportar 20 kg de carga. A GSR 125 custa R$ 5.990, enquanto a GSR 125S sai a R$ 6.490.No caso da Honda, a opção foi de promover uma leve reestilização. Assim, a NXR 150 Bros ganhou uma nova carenagem dianteira, com direito até a um novo conjunto de farol mais potente. A traseira também recebeu uma nova lanterna. Os pneus também são novos, de uso misto, com medidas 90/90 R19 na frente e 110/90 R17 atrás. Outra modificação importante foi na arrumação das versões. Sai de linha a versão de entrada com partida a pedal, que era a mais barata, e agora só está disponível com partida elétrica. Os demais preços se mantiveram: R$ 8.640 para a ES e R$ 8.990 para a ESD – que ainda adiciona freio a disco dianteiro.

No resto, a NXR 150 mantém o motor flex de 14,0 cv a 8 mil rpm e 1,53 kgfm de tor-que a 6 mil rotações. A alimentação é por injeção eletrônica. A suspensão dianteira é do tipo telescópica com curso de 180 mm, enquanto a traseira é monoamortecida com 150 mm de curso. A nova Bros começou ser produzida no início de setembro e deve chegar às concessionárias da marca até a segunda quinzena do mês.

Ficha técnicaSuzuki GSR 125 (S)Motor: A gasolina, quatro tempos, 125 cm³, monocilíndrico, duas válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote. Alimentação por carburador e refrigeração a ar.Câmbio: Manual de cinco marchas com transmissão por corrente.Potência máxima: 10,8 cv a 9 mil rpm.Torque máximo: 0,95 kgfm a 6 mil rpm.Diâmetro e curso: 57,0 mm X 58,6 mm.Taxa de compressão: 8,9:1.Suspensão: Dianteira com garfo telescó-pico de amortecimento hidráulico e mola helicoidal. Traseira com balança articulada, amortecedores a gás, mola helicoidal e ajuste de pré-carga da mola. Pneus: 70/100 R18 na frente e 90/90 R18 atrás.Freios: Dianteiro a disco e traseiro a tambor. Dimensões: 2,05 metros de comprimento total, 0,73 m de largura, 1,09 m de altura, 1,27 m de distância entre-eixos e 0,73 m de altura do assento.Peso: 134 kg.Tanque do combustível: 14 litros.Produção: Manaus, BrasilPreço: R$ 5.990 (R$ 6.490).Honda NXR 150 BrosMotor: Bicombustível, quatro tempos, 149,2 cm³, monocilíndrico, duas válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote. Injeção eletrô-nica multiponto sequencial e refrigeração a ar.Câmbio: Manual de cinco marchas com transmissão por corrente.Potência máxima: 14,0 e 13,8 cv a 8 mil rpm com etanol e gasolina. Torque máximo: 1,53 e 1,39 kgfm a 6 mil rpm com etanol e gasolinaDiâmetro e curso: 57,3 mm X 57,84 mm.Taxa de compressão: 9,5:1.Suspensão: Dianteira com garfo telescópico com 180 mm de curso. Traseira mono amor-tecida com 150 mm de curso. Pneus: 90/90 R19 na frente e 110/90 R17 atrás.Freios: Dianteiro e traseiro a tambor. A disco como opcional. Dimensões: 2,06 metros de comprimento total, 0,81 m de largura, 1,13 m de altura, 1,35 m de distância entre-eixos e 0,83 m de altura do assento.Peso: 121 kg a seco.Tanque do combustível: 12 litros.Produção: Manaus, BrasilPreço: R$ 8.640 (R$ 8.990 com freio a disco na frente).

por roDriGo MaChaDo/auto press

veículos

Fotos: eduardo rocha/carta Z Notícias

Honda NXR 150

Honda NXR 150

Suzuki GSR 125

Suzuki GSR 125

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Sexta 14 • Setembro • 2012 Jornal do Meio 657 15

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Sexta 14 • Setembro • 2012 Jornal do Meio 65716

por auGusto palaDino/autopress

NotíciasautomotivasEvolução discreta – A Land Rover fez mais

uma atualização no Freelander 2, o menor

jipe da marca. O modelo ganhou um pequeno

face-lift de meia vida, que renovou para-choque

dianteiro, faróis e lanternas e incorporou leds no

lugar das lâmpadas para iluminação diurna. Além

disso, o utilitário trocou o antigo motor seis cilin-

dros em linha a gasolina de 233 cv pelo moderno

quatro cilindros turbo de 240 cv usado no Evoque.

O câmbio continua o automático de seis marchas.

Por dentro, o painel ganhou comandos renovados,

semelhantes aos já usados nos outros jipes da marca.

Retorno triunfal – Ao que tudo indica, a Audi

trabalha a todo vapor no novo Quattro. O cupê de

duas portas, feito sobre a plataforma do A5, deverá

preencher o espaço entre as versões mais fortes

do TT e o superesportivo R8. Sob o capô, um 2.5

litros de cinco cilindros turbinado com cerca de

380 cv, suficientes para empurrar o carro de zero

a 100 km/h na casa dos quatro segundos. O novo

Quattro será lançado em 2015, a tempo para as

comemorações dos 35 anos do cupê Audi Quattro,

mostrada em 1980 – a data até mesmo nomeia o

projeto, chamado internamente pela Audi de Q35.

Aparição aguardada – A novela do super sedã que

será produzido pela Bugatti parece próxima de um

fim. O Galibier 16 C foi confirmado pelo CEO da

marca, Wolfgang Durheimer. Ele usará o mesmo

motor W16 de 8.0 litros do Veyron e será capaz

de chegar aos 378 km/h. O Galibier será muito se-

melhante aos protótipos já mostrados, com o capô

aberto em duas seções e oito saídas de escape na

traseira. A produção será limitada a 300 unidades,

entregues a partir de 2014. O preço ficará em torno

dos 2 milhões de euros – cerca de R$ 5 milhões.

Embasamento revisto – A General Motors já prepara

sua próxima geração de carros. A marca trabalha

numa plataforma modular – a D2XX –, que estará

sob os principais modelos de Chevrolet e Opel, com

lançamento a partir de 2014. Um dos primeiros a

estrear a nova base será a segunda geração do Cruze,

programada para a linha 2015. A ideia é reduzir o

número de plataformas usadas, numa estratégia

semelhante à da Volkswagen com as plataformas

MQB e MLB – esta para carros maiores, com motor

longitudinal. Os próximos Volt, Equinox e

Astra também devem usar a D2XX.

veículos

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Sexta 14 • Setembro • 2012 Jornal do Meio 657 17veículos

Estação lunar A Citroën expandiu a oferta do teto solar panorâmico para a

minivan C4 Picasso. Até en-tão, apenas a versão maior, a Grand C4 Picasso, oferecia o item. Inicialmente, a estreia é por uma série especial, chamada de La Luna, que também agrega uma nova cor externa, a branca pe-rolizada. O teto é de vidro fixo, coberto por um forro acionado eletricamente, tal qual a minivan de sete lu-gares. O conjunto mecânico permanece inalterado, com o 2.0 litros a gasolina de 143 cv acoplado a um câmbio automático de quatro mar-chas. Por fora, apenas um pequeno emblema identifica a La Luna. O preço parte dos R$ 92.200

por auGusto palaDino/autopress

Foto: divulgação

Citroën C4 Picasso La Luna

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Sexta 14 • Setembro • 2012 Jornal do Meio 65718

Na Europa, a Audi vai bem. Já é enca-rada sem restrições como fabricante de luxo e lidera o mercado premium.

No Brasil, a coisa não é bem assim. A marca alemã ainda tem de ganhar a confiança do mercado para ser vista como construtora de veículos requintados. Esta “fragilidade” tem dois motivos. O primeiro vem do fato de ter deixado o mercado brasileiro pouco assistido depois de parar de produzir o A3 em São José do Pinhais, no Paraná. O outro vem do fato de ter a imagem associada à Volkswagen, que produz no Brasil uma gama de veículos antigos e de baixa tecnologia. Daí a Audi ter uma obrigação de ser muito sofisticada, a ponto de evitar a estratégia adotada pelas rivais alemãs Mercedes e BMW, que oferecem modelos de entrada bastante “depenados” para obter volume. A saída para vender mais apareceu com o A1, um modelo compacto que consegue ter preço mais acessível sem ser destituído de luxo, requinte ou potência. Agora o compacto passa a vir também numa versão mais apimentada, a Sport.Nesta versão, o propulsor 1.4 turbo com injeção direta, que já equipava o compacto no Brasil, ganha o auxílio de um compressor mecânico. A intenção da engenharia da Audi foi eliminar um efeito colateral comum aos motores pressurizados por turbo, conhecido como “turbo lag”. É quando o condutor “chama” o motor de forma abrupta e o turbo precisa “tomar fôlego” para responder. É coisa de 2 ou 3 décimos de segundo, mas suficiente para ser percebido. Esse compressor mecânico, chamado de Roots, atua exatamente nos mo-mentos em que o turbo deixa o acelerador a descorberto. O resultado é uma dinâmica bem mais esportiva do modelo, que compartilha a plataforma PQ25 com o Polo europeu – o brasileiro usa a antiga PQ24.Ainda que o A1 seja o modelo mais comercia-lizado pela Audi no Brasil, com média de 120 unidades mensais, não chega a ser um assombro de vendas. O A4, bem mais caro, chega em 90 unidades, enquanto Mercedes Classe C e BMW 118 mantêm este ano a média de 300 e 250 unidades/mês, respectivamente. A marca de luxo do Grupo Volkswagen espera que as vendas do A1 respondam com vigor tanto pela chegada do S-Line quanto pelo desembarque da versão de quatro portas, programada ainda para este mês de setembro. A ideia é passar

das 200 unidades de A1 por mês.Essa aceleração nas vendas seria proporcional ao ganho dinâmico que o A1 Sport apresenta. A potência máxima pulou de 122 para 185 cv e o torque passou de 20,4 para 25,5 kgfm. Os outros números de desempenho, obviamente, também foram inflados. O zero a 100 passou de 8,9 para 6,9 segundos e a velocidade máxima subiu de 203 para 227 km/h – a marca ressalva que estes valores foram obtidos com gasolina de 98 RON, sendo que no Brasil a gasolina de maior octanagem disponível tem 95 RON.A projeção da marca é que a versão S-Line responda por 60% das vendas do modelo. Mais que bons números, porém, a fabricante alemã que usar o compacto para pavimentar suas pretensões de se tornar líder mundial entre marcas premium até 2015. Para isso, um bom desempenho no Brasil seria fundamental. Apesar da “necessidade”, os preços do A1 Sport não ajudam – a rigor, os da versão já vendida, Attraction, também não. A S-Line começa em R$ 109.900 e tem os aparatos mínimos num modelo de luxo, como ar, som e dispositivos eletrônicos de segurança.São exatos R$ 14 mil a mais que a Attraction e ele traz a mais, além do compressor mecânico, rodas aro 17 com pneus para velocidades mais altas, bancos esportivos com ajuste de altura para o motorista, retrovisor eletrocrômico e sensores de chuva e luminosidade. O grande recheio para o S-Line fica contida na lista de opcionais. Estão lá sistema de som Bose, ar automático, sistema de navegação, sensor de estacionamento, pintura no arco do teto e cruize control, que catapultam o preço acima de R$ 132 mil. Maior que o dos modelos mais vendidos de Mercedes e BMW – que podem até ter menos conteúdo, mas são maiores que o A1. A Audi acaba pagando caro pela reconstrução da imagem de luxo por aqui.

Primeiras impressõesCampinas/SP – Era difícil supor que o A1 de 112 cv sofresse de alguma carência dinâmica. Mas é essa a sensação que fica depois que se acelera o A1 Sport. Ele até impressiona pelos 185 cv e 25,5 kgfm, mas mais ainda pela forma com que eles se apresentam ao trabalho. O torque total surge a 2 mil giros e se mantém no auge até 4.500 rpm, mas tem 90% já a 1.200 rotações. Na prática, significa que retomadas e acelerações são feitas de forma muito mais

célere. Na baixa pressão, o compressor mecânico compensa o chamado “turbo lag” e promove respostas quase imediatas nas rodas.Como a reação ao acelerador é percebida dentro do habitáculo depende diretamente do piso. Em vias bem pavimentadas, a sensação é que o corpo é pressionado contra o encosto. O controle de tração dá conta perfeitamente da pancada e o velocímetro sobe rapidamente. Em terrenos irregulares, como em um trecho do test drive cheio de remendos, a rigidez da suspensão provocava rápidas perdas de con-tato entre o pneu e o chão. Na hora em que o acelerador era pressionado, a traseira “abanou” um bocado. Não houve, porém, qualquer descontrole. As rodas dianteiras puxaram o carro com vigor e definiram a trajetória com bastante autoridade.O câmbio S-tronic, de sete velocidades e dupla embreagem, é outro item que instiga. Como o sistema faz um pré-engate da s marchas, as mudanças são extremamente rápidas. A estabilidade é outra característica que chama a atenção no pequeno A1. Nas curvas, os bancos esportivos, com abas avantajadas, seguram bem o corpo, enquanto a boa rigidez torcional do compacto impede adernações mais amplas. Nas retas, mesmo em velocidades muito altas, não há sinais de flutuação. Apesar da verve esportiva explícita, o A1 se mostrou alguma habilidade em conduções calmas. A não ser pela suspensão, que copia bastante as irregularidades do piso, o modelo é muito suave. Como as relações de marcha são muito próximas, as trocas são muitíssimo sutis e a direção elétrica tem sempre o peso correto. Mas a Audi teve de tomar uma providência em relação ao bom isolamento acústico. Como não se escuta o motor de dentro do habitáculo, a engenharia instalou um sonorizador, para ampliar a sensação de esportividade em altos giros. O estratagema foi instalar um aparelho que provoca uma ressonância no para-brisa semelhante ao ronco de um motor. Um toque de fantasia em um modelo verdadeiramente esportivo.

Ficha técnicaAudi A1 Sport 1.4 TFSIMotor: Gasolina, dianteiro, transversal, 1.390 cm³, quatro cilindros em linha e quatro válvulas por cilindro. Com injeção direta de combustível, turbocompressor

com sobrealimentação dupla, intercooler e comando variável de válvulas.Transmissão: Câmbio automatizado com sete velocidades à frente e uma a ré. Dupla embreagem. Tração dianteira. Oferece controle de tração e de estabilidade.Potência máxima: 185 cv a 6.200 rpm.Aceleração 0 a 100 km/h: 6,9 segundos.Velocidade máxima: 227 km/hTorque máximo: 25,5 kgfm entre 2 mil e 4.500 rpm.Diâmetro e curso: 76,5 mm X 75,6 mm. Taxa de compressão: 10:1.Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços triangulares transversais, amortecedores hidráulicos, molas helicoidais e barra estabilizadora. Traseira com eixo de torção.Freios: Discos ventilados na frente e sóli-dos atrás. ABS com EBD e assistência de partida em aclives.Pneus: 215/40 R17.Carroceria: Hatch em monobloco com duas portas e quatro lugares. Com 3,95 metros de comprimento, 1,74 metro de largura, 1,41 metro de altura e 2,47 metros de distância entre-eixos. Oferece airbags duplos frontais, laterais dianteiros e do tipo cortina de série.Peso: 1.265 kg.Capacidade do porta-malas: 270 litros.Tanque de combustível: 45 litros.Produção: Bruxelas, Bélgica.Lançamento mundial da versão: 2011.Lançamento no Brasil: 2012.Equipamentos de série: Ar-condicionado, direção elétrica, bancos dianteiros com ajuste de altura, alavanca de câmbio em couro, coluna de direção ajustável, computador de bordo, luzes de led, volante multifuncional com borboletas para trocas de marcha, rodas de liga leve de 17 polegadas, airbags frontais, laterais e de cortina, assistente de partida em aclives, controle de estabilidade e tração, retrovisor interno eletrocrômico, faróis bi-xenônio, sensor de luz e chuva, rádio/CD/MP3/Bluetooth.Preço inicial: R$ 109.900.Opcionais: Ar-condicionado automático, cruise control, sensor de estacionamento traseiro, keyless, sistema de multimídia com tela de 6,5 polegadas, GPS e alto-falantes Bose.

por eDuarDo roCha/auto press

Fotos: divulgação

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