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    Centro Diado Idoso

    Guia de Orientaes Tcnicas

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    GERALDO ALCKMIN

    Governador do Estado de So Paulo

    ROGERIO HAMAMSecretrio de Estado de Desenvolvimento Social

    HENRIQUE ALBERTO ALMIRATES JNIOR

    Secretrio Adjunto

    CARLOS ALBERTO FACHINIChefe de Gabinete

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    S241c So Paulo (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Social

    Guia de Orientaes Tcnicas Centro Dia do Idoso - CentroNovo Dia / Secretaria de Desenvolvimento Social. - So

    Paulo: Secretaria de Desenvolvimento Social, 2014. 22 p.

    1. Polticas Pblicas 2. Poltica de Assistncia Social 3. RedeSocioassistencial. 4. Envelhecimento 5. Idosos - Cuidados6. Servio social junto a idosos. 7. Centro Dia do IdosoI. Ttulo.

    CDU 364.442.2-053.9(036)

    Ficha catalogrfica elaborada pelo Centro de Documentao, Biblioteca e Arquivo da Secretariade Desenvolvimento Social do Governo do Estado de So Paulo.

    COORDENADORIA DE AO SOCIAL

    Vinicius Carvalho

    ELABORAO REDAO

    DIREO DE ARTE, DIAGRAMAO,EDIO E REVISO

    Elaine Cristina Silva de Moura

    Denise M. Valsechi Plici

    Rudnei Ferreira Souza

    COORDENADOR

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    Apresentao

    Rogerio HamamSecretrio de Estado

    de Desenvolvimento Social

    Vivemos uma mudana sem precedentes na composio etria da populaobrasileira. De acordo com o ltimo Censo IBGE, houve diminuio dos grupos

    etrios menores de 20 anos e crescimento da populao com 60 anos ou mais.As projees sobre o envelhecimento populacional no Brasil e especialmente emSo Paulo - atualmente com 5,3 milhes de idosos e onde haver cerca de 7milhes j em 2020 (segundo dados da Fundao SEADE) - impressionam pelomodo acelerado como este fenmeno est ocorrendo, mas tambm porquedescortinam uma nova realidade.

    Dentre as inmeras implicaes causadas por esta transio demogrfica, ou

    seja, em face de uma sociedade cada vez mais envelhecida, apresentam-se novosdesafios para o Estado na elaborao de polticas pblicas que atendam estapopulao, alm da necessidade de repensar o espao urbano e da adaptao darede de servios.

    O Governo do Estado de So Paulo, buscando responder s prementes e novasdemandas decorrentes do envelhecimento populacional, instituiu o Programa SoPaulo Amigo do Idoso, atravs do Decreto n 58.047, de 15/05/2012,

    complementado pelo Decreto n 58.417, de 01/10/2012.Na rea da Assistncia Social esto sendo construdos equipamentos deatendimento populao idosa, no mbito da Proteo Social Bsica e ProteoSocial Especial, os CENTROS DIA E DE CONVIVNCIA DO IDOSO.

    Este guia busca fornecer orientaes sobre a operacionalizao dos servios nosdois novos Centros da rede socioassistencial dos municpios paulistas. Visatambm estabelecer as diretrizes necessrias para o funcionamento dos

    equipamentos, destacando o planejamento das atividades a serem desenvolvidase a padronizao dos servios socioassistenciais no Estado.

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    Guia de Orientaes Tcnicas

    Centro Dia

    do Idoso

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    Sumrio

    1) Introduo 9

    2) Descrio 113) Objetivos 12

    4) Pblico-Alvo 12

    5) Operacionalizao do Servio 13

    5.1) Acesso 13

    5.2) Capacidade 13

    5.3) Perodo de Funcionamento 13

    5.4) Recursos Humanos 14

    5.5) Alimentao 14

    5.6) Sade 14

    5.7) Planejamento de Atividades 15

    5.8) Parcerias 15

    5.9) Voluntariado 15

    5.10) Registros 16

    5.11) Atividades Socioassistenciais 17

    5.12) Atividades Socioeducativas 17

    6) Comunicao Visual 21

    7) Referncias Bibliogrficas 21

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    1. Introduo

    medida que a populao idosa cresce no pas, a discusso sobre a garantia deseus direitos tem ocupado maior espao na agenda da sociedade, acompanhadade uma percepo mais aguda sobre a diversidade de suas demandas.

    Entretanto, no raro notar neste processo que os idosos so percebidos,equivocadamente, como um grupo etrio homogneo, sem a necessriacompreenso das diferenas que o constituem.

    O envelhecimento um processo contnuo, comum a todos, mas tambmsingular. Cada indivduo envelhece a seu modo, em virtude de fatores ambientais,biolgicos, econmicos, culturais e sociais. O termo idoso ou pessoa idosaabriga diferenas, singularidades e traos especficos que devem ser observadospelo poder pblico, a fim de atender adequadamente as suas necessidades, dadaa existncia de vrias velhices. Esta diversidade entre os idosos se d em razode diferenas na capacidade funcional, na relao com o territrio, no contextosocioeconmico, nas relaes familiares e comunitrias, no gnero, nasexperincias j vividas e nas expectativas quanto ao futuro.

    Logo, a concepo e a elaborao de polticas pblicas destinadas a atender apopulao idosa devem compreender e considerar estas diferenas e ter em vistaatender tanto ao idoso independente, detentor de recursos, que desempenha com

    plena autonomia a conduo da sua vida diria, quanto ao idoso semidependenteou dependente, que requer auxlio para realizar suas atividades cotidianas ounecessita de cuidados continuados.

    No mbito da Poltica da Assistncia Social, as causas mais frequentes devulnerabilidade social do pblico idoso originam-se no abandono ou isolamentosocial, decorrentes da fragilizao ou da perda dos vnculos de pertencimento.Alm disso, a discriminao negativa da velhice e a excluso social relacionada pobreza propiciam e agravam a violao de seus direitos.

    Tal constatao evidencia ser cada vez mais necessria a ampliao da rede deProteo Social, atravs da contnua oferta de servios, projetos, programas eaes que possibilitem o fortalecimento dos vnculos familiares e comunitrios,bem como a superao de situaes de violao de direitos. Tambm permiteobservar a importncia da atuao articulada de diversos atores para a garantiade apoio e cuidados aos idosos, a fim de que possam exercer seus direitos decidadania.

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    A Poltica Nacional de Assistncia Social, de 2004, entende e expressa que afamlia a fonte prioritria de apoio e cuidados aos indivduos. Princpios ediretrizes da Poltica Nacional do Idoso de 1994 tambm indicam a primazia da

    famlia, embora corresponsabilize a sociedade e o Estado na obrigao de garantiros direitos de cidadania e assegurar o bem-estar do idoso. Esta orientaotambm observada nas disposies preliminares do Estatuto do Idoso, de2003.

    Fatores como diminuio da natalidade, massiva entrada de mulheres no mercadode trabalho e emergncia de novos arranjos familiares produziram um quadro noqual as geraes mais novas vm diminuindo, resultando na reduo decuidadores potenciais, alterando assim a reproduo da solidariedade

    sociofamiliar e colocando em relevo a necessidade de se rediscutir a diviso deresponsabilidade entre famlia e Estado na proviso de cuidados aos idosos.

    A atuao do Estado em casos de dependncia de idosos historicamente tem seconcentrado na institucionalizao. Atualmente tem se buscado formasalternativas de cuidado, que no rompam o vnculo do idoso com a famlia. Noescopo do Programa So Paulo Amigo do Idoso, o investimento na construo doCentro Dia do Idosovisa atender ao idoso semidependente e apoiar as famliasimpossibilitadas de prover suas necessidades, representando fortalecimento darede de Proteo Social Especial e inovao na oferta de polticas pblicas para apopulao idosa do estado.

    A Proteo Social Especial (PSE) destina-se a famlias e indivduos em situaode risco pessoal ou social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaados. Asaes da Proteo Especial tem carter protetivo e objetiva o enfrentamento desituaes de violaes de direitos por ocorrncia de violncia fsica oupsicolgica, abuso ou explorao sexual, abandono, rompimento ou fragilizao

    de vnculos familiares. So aes que requerem o acompanhamento familiar eindividual e maior flexibilidade nas solues para a vulnerabilidade apresentada.

    Os servios de Proteo Social Especial so executados de forma direta nosCentros de Referncia Especializados da Assistncia Social (CREAS), bem comode forma indireta nas entidades e no rgo gestor de assistncia social. O CentroDia do Idoso um dos equipamentos que compem a rede socioassistencial dosmunicpios.

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    2. Descrio

    Entre as diversas modalidades de atendimento previstas na Poltica Nacional deAssistncia Social e na Poltica Nacional do Idoso, o Centro Dia caracteriza-secomo um espao destinado a proporcionar acolhimento, proteo e convivncia aidosos semidependentes, cujas famlias no tenham condies de prover estescuidados durante todo o dia ou parte dele.

    O Centro Dia do Idoso, em consonncia com a Poltica de Assistncia Social, um equipamento destinado a ofertar o servio da Proteo Social Especial deMdia Complexidade, classificado como Servio de Proteo Social Especial para

    Pessoas com Deficincia, Idosas e suas Famlias na Tipificao Nacional dosServios Socioassistenciais, aprovada pelo Conselho Nacional da AssistnciaSocial, conforme resoluo n 109, de 11 de novembro de 2009:

    O servio tem a finalidade de promover a autonomia, a incluso social e a melhoria

    da qualidade de vida das pessoas participantes. Deve contar com equipeespecfica e habilitada para a prestao de servios especializados a pessoas emsituao de dependncia que requeiram cuidados permanentes ou temporrios. Aao da equipe ser sempre pautada no reconhecimento do potencial da famlia edo cuidador, na aceitao e valorizao da diversidade e na reduo da sobrecargado cuidador, decorrente da prestao de cuidados dirios prolongados.

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    3. Objetivos

    Prevenir situaes de risco pessoal e social aos idosos.

    Evitar o isolamento social e a institucionalizao do idoso.

    Reduzir o nmero de internaes mdicas e o nmero de acidentesdomsticos com idosos.

    Fortalecer os vnculos familiares atravs de orientaes famlia sobre oscuidados bsicos necessrios ao idoso.

    Compartilhar com as famlias a proviso de cuidados essenciais a seus idosos.

    Incentivar e promover a participao da famlia e da comunidade na atenoao idoso.

    4. Pblico-alvo

    Idosos, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos, em situaode vulnerabilidade ou risco social, e cuja condio requeira o auxlio de pessoas

    ou de equipamentos especiais para a realizao de atividades da vida diria, taiscomo: alimentao, mobilidade, higiene; sem comprometimento cognitivo ou comalterao cognitiva controlada (graus de dependncia I ou II segundo a ANVISA).

    Ainda como condio necessria, os familiares do idoso tm que estartrabalhando e/ou estudando, no tendo, assim, nenhuma disponibilidade deproverem os cuidados necessrios ao idoso.

    Segundo a ANVISA, esto estabelecidos trs graus de dependncia para os idosos, a saber: a) Graude Dependncia I - idosos independentes, mesmo que requeiram uso de equipamentos deauto-ajuda; b) Grau de Dependncia II - idosos com dependncia em at trs atividades de auto-cuidado para a vida diria tais como: alimentao, mobilidade, higiene; sem comprometimentocognitivo ou com alterao cognitiva controlada; e c) Grau de Dependncia III - idosos comdependncia que requeiram assistncia em todas as atividades de auto-cuidado para a vida diria eou com comprometimento cognitivo.

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    5. Operacionalizao do Servio

    5.1) Acesso

    O acesso ao Centro Dia do Idosose dar por meio de procura espontnea doprprio idoso ou de sua famlia no local de funcionamento do servio, ou porencaminhamento da rede socioassistencial ao Centro de Referncia Especializadode Assistncia Social (CREAS), Sistema de Garantia de Direitos e ainda pordemanda de outras polticas pblicas que atendam idosos em situao devulnerabilidade ou risco social. Alm disso, a equipe poder realizar uma buscaativa em seu territrio de abrangncia para identificar potenciais usurios paraeste servio.

    Pessoas idosas atendidas ou acompanhadas nos servios de Proteo SocialBsica tambm podero ser encaminhadas ao servio, indicando a necessidadede articulao entre a gesto das duas protees sociais.

    importante ressaltar que, independente da origem da demanda, todo usurio esua famlia devem ser referenciados ao CREAS de abrangncia do territrio.

    5.2) Capacidade

    O servio dever ofertar vagas para at 50 idosos.

    5.3) Perodo de Funcionamento

    O Centro Dia do Idosodever funcionar das 8h30 s 17h30, de segunda a sexta-feira (exceto feriados). Dever ser providenciado transporte adequado para osidosos que no possam ir sozinhos ao equipamento e cujas famlias no tenhamcondies de transport-los. Para tanto, o servio poder contar com transporte

    prprio ou disponibilizado pelo municpio.O espao tambm poder ser utilizado nos fins de semana em atividadesintergeracionais que envolvam os familiares dos idosos e a comunidade, a critrioda equipe tcnica e dos usurios.

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    5.4) Recursos Humanos

    O quadro de profissionais do Centro Dia do Idosodever ser composto por equipetcnica multidisciplinar - responsvel pela organizao e planejamento do servio- e equipe operacional - responsvel pela manuteno e funcionamento do

    equipamento. O conjunto de profissionais dever fornecer atendimento durante operodo de 8 horas dirias.

    1 Coordenador - nvel superior na rea de Cincias Humanas.

    1 Assistente Social.

    1 Profissional para Atividades Socioeducativas e Socioculturais -preferencialmente Pedagogo, Psiclogo, Gerontlogo.

    1 Profissional para Atividades Fsicas - Educador Fsico, TeraputaOcupacional.

    1 Cuidador para cada grupo de 10 idosos - nvel mdio.

    1 Tcnico ou Auxiliar de Enfermagem (dever ser acompanhado esupervisionado periodicamente por Enfermeiro da rede municipal).

    1 Agente Administrativo - nvel mdio.

    2 Auxiliares de limpeza - nvel fundamental.

    1 Cozinheiro - nvel fundamental.

    1 Auxiliar de Cozinha - nvel fundamental.

    5.5) Alimentao

    Os usurios do Centro Dia do Idosotero acesso a alimentao, com cardpioelaborado por nutricionista da rede municipal.

    Devero ser providenciadas as seguintes refeies: caf da manh, lanche,almoo e lanche da tarde.

    5.6) Sade

    Para o efetivo ingresso no Centro Dia do Idoso, ser necessria avaliao mdicaatestando que o grau de dependncia do idoso corresponde ao critrioestabelecido para atendimento no servio.

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    Os idosos recebero medicamentos apenas se receitados por profissionalcompetente e com receita mdica. Tais medicamentos devero serprovidenciados pelos familiares e ministrados pelo tcnico de enfermagem nohorrio prescrito. Atendimentos mdicos, psicolgicos e odontolgicos de rotinasero de responsabilidade da famlia.

    Situaes que requeiram atendimento mdico emergencial, durante o tempo queo idoso esteja no centro, devero ser encaminhadas para unidades pblicas dePronto Atendimento.

    5.7) Planejamento de Atividades

    As atividades desenvolvidas no Centro Dia do Idosodevem ser previamenteplanejadas com base no conhecimento do perfil dos usurios e da identificao

    de suas demandas.

    A equipe tcnica dever elaborar um plano de desenvolvimento para cada idoso,promovendo sua autonomia atravs do acesso a bens pblicos e ao convviocomunitrio. Dever tambm ser observado e promovido o acesso a direitossocioassistenciais como o Benefcio de Prestao Continuada (BPC) e outrosservios.

    O trabalho socioassistencial com o idoso e sua famlia dever ser complementadotendo como referncias o CRAS e o CREAS.

    5.8) Parcerias

    O servio desenvolvido no Centro Dia do Idosodever manter ampla articulaocom a rede socioassitencial do municpio, com o Sistema de Garantia de Direitose com outras polticas setoriais. As parcerias com outros agentes e instituiespossibilitaro a ampliao das atividades oferecidas, bem como a diversificao

    de temas trabalhados, especialmente os relativos s polticas de sade, educaoe cultura, como campanhas educativas e preventivas.

    5.9) Voluntariado

    Dever ser estimulada a participao de voluntrios em eventos comunitrios eatividades socioculturais do Centro Dia do Idoso. Alm de contribuir para adiversificao das atividades desenvolvidas, a presena de agentes voluntriospromove maior integrao do servio com a comunidade, possibilitando

    sensibiliz-la sobre o envelhecimento populacional. Convm ressaltar que suaatuao no deve substituir ou restringir, em nenhuma ocasio, a contratao e aresponsabilidade da equipe tcnica indicada no item Recursos Humanos.

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    5.10) Registros

    a. Inscrio

    Dever ser realizado um cadastro individual para cada usurio, contendo dados

    pessoais como nome, endereo, nmero de documentos, caracterizaosocioeconmica e composio familiar, registro de acesso aposentadoria, BPC.

    b. Pronturio

    Os pronturios devem ser organizados preferencialmente em meio eletrnico,reunindo o cadastro individual, o registro dos encaminhamentos realizados, dasvisitas domiciliares, do plano individual de acompanhamento, da frequncia aoservio e demais relatrios da equipe tcnica.

    c. Lista de Presena

    A frequncia dos usurios ao Centro Dia do Idosodever ser registrada em listasde presena. O controle da frequncia constitui informao importante para oacompanhamento do idoso e sua famlia, bem como para a avaliaodo servio.

    d. Registro de Atividades

    Todas as atividades desenvolvidas no Centro Novo Diadevero ser registradaspara compor um relatrio mensal consolidado. Este registro dever conter o tipo eo nmero de atividades realizadas (reunio socioeducativa, evento comunitrio,oficina, palestra, encaminhamentos, visitas domiciliares). Tambm devero serregistrados o nmero de idosos atendidos, o ingresso e o desligamento, relatandoos respectivos motivos.

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    A atividade voluntria regulamentada pela Lei 9.608/98,definida como no remunerada, prestada por pessoa fsica,entidade pblica de qualquer natureza, ou instituio privadade fins lucrativos, que tenha objetivos cvicos, culturais,

    educacionais, cientficos, recreativos ou de assistncia social.

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    5.1'1) Atividades Socioassistenciais

    a. Acolhida

    Recepo e atendimento inicial ao usurio e seus familiares. Momento propcio

    para o estabelecimento de vnculos com os profissionais do Centro Dia do Idosopor meio de escuta qualificada das demandas e necessidades dos idosos. Nestecontato inicial devero ser informados os critrios de ingresso no servio e ohorrio de funcionamento. Tambm dever ser feita a apresentao dos espaosdo equipamento e da equipe multiprofissional.

    b. Entrevista Social

    Entrevista para obter informaes sobre o idoso e seus familiares, conhecer adinmica das suas relaes, a identificao da necessidade de acompanhamentoe possveis encaminhamentos.

    c. Visita Domiciliar

    O ingresso do idoso no servio dever ser obrigatoriamente precedido de visitadomiciliar, que permitir equipe de profissionais do Centro Dia do Idosoconhecer a sua dinmica familiar, bem como as caractersticas do seu cotidiano e

    as condies em que vive, realizando um diagnstico social.

    Estas visitas devero ocorrer sempre que necessrio e/ou adequado para oacompanhamento do usurio.

    d. Encaminhamento

    Os idosos atendidos no Centro Dia do Idosoe seus familiares devero serorientados e encaminhados a outros servios da rede socioassistencial e a outras

    polticas setoriais, caso sejam identificadas tais demandas.

    e. Desligamento

    A permanncia do usurio no servio dever ocorrer enquanto forem observadasas condies que deram origem ao seu ingresso, bem como a sua concordncia.Em caso de intercorrncia mdica ou necessidade de interromper a frequnciadiria, a famlia dever comunicar o afastamento temporrio equipe tcnica a

    fim de garantir a vaga no servio.

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    Observada a superao da situao que deu origem ao ingresso do usurio, eledever ser desligado e encaminhado a um servio de convivncia da ProteoSocial Bsica. O aumento do grau de dependncia do usurio tambm ocasionaro desligamento das atividades do Centro Dia do Idoso, devendo ser providenciadoseu encaminhamento aos cuidados da famlia ou a um servio de acolhimento

    institucional da Proteo Social Especial.

    5.12) Atividades Socioeducativas

    a. Reunio com familiares

    Devero ser realizados encontros peridicos com a famlia do usurio,preferencialmente a cada ms, tendo por objetivo incentivar o convvio, ofortalecimento de laos de pertencimento, o compartilhamento das situaesvivenciadas, a troca de experincias, a construo de projetos pessoais ecoletivos. Nestes encontros podero ser abordados temas especficos como arelao do cuidador familiar e o idoso, tambm podem ser fornecidas orientaesbsicas sobre o cuidado pessoa idosa, a preveno violncia e a garantia dedireitos.

    b. Eventos/atividades comunitrias

    A equipe tcnica deve organizar e incentivar a participao dos usurios ematividades de carter coletivo voltadas para a dinamizao das relaes noterritrio, bem como para minimizar as vrias formas de violncia, preconceito eestigmatizao do idoso na famlia e na comunidade. Oportunidade tambm pararealizar atividades de carter intergeracional envolvendo familiares e a prpriacomunidade no Centro Dia do Idoso. Por exemplo:

    Confraternizaes (aniversrios, dia do idoso, datas comemorativas) Apresentaes artsticas (coreografias, jogral, coral, peas teatrais)

    Exposies (trabalhos produzidos pelos idosos nas oficinas) Campanhas educativas e preventivas (vacinao, preveno de quedas) Passeios (parques, museus, centros culturais e locais histricos) Festas temticas (conforme calendrio brasileiro e/ou regional) Excurses (parques, pontos tursticos do municpio e regio) Jogos Regionais do Idoso - JORI (participao) Salo de Beleza (corte de cabelo, manicure) Biblioteca - (organizao de acervo atravs de doaes)

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    c. Palestras

    Ao de exposio oral e/ou audiovisual a respeito de temas especficos, deinteresse dos idosos, seguida de troca de ideias no grupo. Por exemplo:

    Envelhecimento ativo e saudvel Sexualidade Preveno a diversas formas de violao de direitos dos idosos Mitos e preconceitos sobre a velhice Estatuto do Idoso Orientao nutricional Cuidados com a sade Temas da atualidade

    d. Oficinas

    Encontros previamente organizados, com objetivos de curto prazo, sob aconduo de oficineiros. Caracteriza-se como atividade que possibilite aconstruo de novos conhecimentos e desenvolvimento de novas habilidades.

    Por exemplo:

    Oficinas de produo artstica e literria Oficinas de memria Confeco de bonecos Marcenaria Corte e costura Fotografia Artes plsticas (desenho, pintura, escultura, modelagem) Oficina de trabalhos manuais (bordado, tric, croch, tear) Pintura (tela, tecido, madeira) Artesanato (fuxico, cermica, bijouteria) Curso de informtica (incluso digital, internet) Curso de lnguas (ingls, espanhol) Culinria Origami Aulas de msica (violo, flauta) Alfabetizao (auxlio leitura, escrita e interpretao de textos)

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    e) Atividades Fsicas

    Atividades realizadas sob acompanhamento e superviso de profissionalhabilitado, conforme a capacidade funcional do idoso em seu processo singularde envelhecimento. Por exemplo:

    Terapia Ocupacional Fisioterapia Caminhadas Relaxamento Ginstica Dana (snior, regional, de salo) Alongamento Exerccios localizados

    Coreografia Hidroginstica Ioga Pilates Vlei adaptado Jogos recreativos Liang Gong Tai chi chuan

    f) Atividades Socioculturais

    Atividades elaboradas e desenvolvidas por equipe multidisciplinar tambmrealizadas em parceria com voluntrios. Devem estimular a criatividade eoportunizar a valorizao do percurso de vida do idoso. Podem ter carter ldicoou artstico, com nfase na comunicao e participao coletiva. Por exemplo:

    Dinmicas de grupo (roda de conversa) Jogos de mesa (xadrez, domin, damas, baralho) Sesses de cinema Coral Teatro Bailes Horta comunitria Saraus (apresentao de poesias, textos literrios e msica) Sesses de leitura Encontros intergeracionais para troca de experincias (contar estrias,

    vivncias e memrias)

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    6. Comunicao Visual

    Conforme clusula de convnio, obrigatrio o crdito do Governo do Estado deSo Paulo e Secretaria de Desenvolvimento Social na fachada do equipamento.

    A orientao e padronizao sero fornecidas por esta Pasta.

    7. Referncias Bibliogrgicas

    BRASIL. Lei n. 8.842, de 4 de janeiro de 1994. Dispe sobre a poltica nacionaldo idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e d outras providncias. DirioOficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 05 jan.1994. Seo 1, p.1-3 Disponvel

    em:. Acesso em: 09 set. 2013.

    ______. Lei n. 10.741, de 1 de outubro de 2003. Dispe sobre o Estatuto doIdoso e d outras providncias. Dirio Oficial da Unio - Repblica Federativa doBrasil, Braslia, DF, 03 out. 2003. Seo 1, p.1-6. Disponvel em:. Acesso em: 06 set. 2013.

    ______. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. ConselhoNacional de Assistncia Social. Resoluo n 109 de 11 de novembro de 2009.Aprova a Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais. Dirio Oficial daUnio - Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 25 nov. 2009. Seo 1, p.82-90. Disponvel em:. Acesso em: 06 set. 2013.

    ______. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. ConselhoNacional de Assistncia Social. Resoluo n 33 de 12 de dezembro de 2012.Aprova a Norma Operacional Bsica do Sistema nico de Assistncia Social -NOB/SUAS. Dirio Oficial da Unio - Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF,03 jan. 2013. Seo 1, p. 155-164. Disponvel em:. Acesso em: 06 set. 2013.

    ______. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Secretaria

    Nacional de Assistncia Social. LOAS anotada. Lei Orgnica de AssistnciaSocial. Braslia, 2009.

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    ______. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. SecretariaNacional de Assistncia Social. Poltica Nacional de Assistncia SocialPNAS/2004. Norma Operacional Bsica NOB/SUAS. Braslia, 2005.

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