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EMBRAPA-CPATU.Documentos, 36

Exemplares desta publicação podem ser solicitados àEMBRAPA-CPATUTrav. Dr, Enéas Pinheiro slnTelefone: 226-6622Telex: (091) 1210Caixa Postal, 4866000 Belém, PA - Brasil

Tiragem: 1.000 exemplares

Observação

Os trabalhos publicados nestes anais não foram revisados pelo Comitê de Publica-ções do CPATU como normalmente se procede para as publicações regulares. Assimsendo, todos os conceitos e opiniões emitidos são de inteira responsabilidade dos autores.

SimpÓsio do Trópico Úmido, I, Belém, 1984.

Anais. Belém, EMBRAPA-CPATU, 1986.6v. (EMBRAPA-CPATU. Documentos, 36)

I. Agricultura - Congresso - Trópico. I. Empresa Brasileirade Pesquisa Agropecuária. Centro de Pesquisa Agropecuária do

Trópico Úmido, Belém, PA, 11.Título. m. Série.

CDD: 630.601

© EMBRAPA - 1986

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o ESTADO ATUAL DOS CONHECIMENTOS DE CLIMA DA AMAZôNIABRASILEIRA COM FINALIDADE AGRíCOLA

Therezinha Xavier BllItoI1, Edaon JOIé Paullnoda Rocba2, Padre Alberto Maura Relim3, Tatiana

Oeane de Abreu S' Oiniz 1, Evandro Carloe Rabelodoe Santoe3, Reberlo Aleixo Anaelmo

Nobre4, Elen Maria C&mara Cutrim5 eRizio Luiz Oejam de Mendonça6

RESUMO: Este trabalho aborda de maneira resumida as pesquisas ligadas à climatologia emeteorologia que vêm sendo conduzidas na Amazônia brasileira, tendo como objetivo princi-

pal fornecer um quadro geral dos principais aspectos do clima da região para fins agrícolas.

São discutidos aspectos ligados à praticabilidade da terminologia de TI6pico Úmido para a

Amazônia e características gerais da climatologia dinâmica e descritiva da região. t também

apresentada uma relação de entidades que atuam no campo de climatologia e meteorologiaregional.

Termos para indexação: Clima, Trópico Úmido, Amazônia legal, elementos meteorológicos, sis-

temas atmosféricos, potencial agroclimático.

THE CLIMATE OF THE BRAZILIAN AMAZON REGIONFOR AGRICUIl'URAL PURPOSES. A STATE-OF-THE-ARf

ABSTRACf: This paper synthesizes the climatological and meteorological research being car-

ried out in the Brazilian part d lhe Amamn region. The main objective is to provide an over-

view of the principal aspects of the climate of the region with respect to their impact on the

agricultura of the area. The applicability of the terminology of Humid Tropics for Amazo..

nia, as welI as general characteristics of the dynamic and descriptive climatology of the region

are also discussed. A list of the agencies that deal with regional climatology and meteorology

is presented.

Indu terms: Climate, Humid Tropics, Brazilian Amamn basin, meteorological elementa, atmos-

pheric systems, agroclimatic potentiality.

I EDg. 1qr. M. Se. EMBl\APA.CPATU. Caiu lUtal 48. CEP eeooo, Belém, PA.2 ~. SUDAM. Av. Almlmnt. &m:.o, 426. CEP eeooo. Belém, PA.3 ADaIlata cI. Sioama. SUDAM.

4 ~. BaIoIota. EMBl\APA.CPATU.5 EDg. Ci'lll • M.t.omIogiota Ph. D. UFPa. Campua UIÚ_túio do Guamá. CEP. eeooo. Belém, PA.6 EDg. Ci'IIl • ~. 2~ Diome - INEMET. Belém, PA.

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INTRODUÇÃO

Informações englobando o maior nú-mero poesível de segmentos do clima sãoimpNeCindíveis para a peequisa e sistemasagrícolaa, principalmente na tentativa decompatibil!zar a tecnologia gerada com aI8alidade local; uma vez que, o entendi-mento do clima não pode ser ignorado nasdiversas etapas da agricultura.

Na AmezAnia brasileira, os estudos cli-má~ vêm 18 ampliando e, a partir da dé-cada de 70 até a pzaeente data, tim .•• ve-rificado certo avanço nas .observações sis-temáticas, estudos reàlizados e pesquisasem desenvolvimento, envolvendo divemasentidades, gerando considerável acervo deinformações sobe aspectos ligados à clima-tologia e à meteomlogia da região.

Paralelamente a essa ampliação deinformações climáticas,. motivada princi-palmente pelo interesse voltado aos estudosligados a pesquisas ambientais ou ativida-des cllietamente :relacionadas ao clima, co-mo é o caso da agricultura, a :região pas-sou também pelo processo de expansão desuas fronteiras geográficas, ocupando hojeuma área de apraxiJ:i:ladamente5.000.000km2 do território nacional, havendo assimnecessidade de atualização do nível de in-formações disponíveis no momento.

Por outro lado, vem c:rescendo o inte-resse do público em geral, por informaçõesclimáticas da Amazônia, e um dos proble-mas atuais, nessa área de estudo, é a faltade um documento acessível que :reúna demaneira clara e objetiva as informações cli-máticas disponíveis na :região.

Este trabalho aborda de maneira resu-mida as pesquisas ligadas à climatologiae à meteorologia que vêm sendo conduzi-das, na Amazônia brasileira. O objetivoprincipal é fornecer um quadro geral dosaspectos mais importantes do clima da re-gião para fins ag'IÍcolas, a fim de que o.usuário deste setor e a comunidade técnico-científica possam utilizar essas informaçõesde forma objetiva, possibilitando assim no-vas fontes de pesquisa.

A AMAZÔNIA LEGAL NOCONTEXTO DE TRÓPICO úMIDO

O Conceito de Trópico Úmido e suasUmitaç6es

regiões tropicais tim sido ampla-mente conhecidas como áIeas situadas en-t:re 08 bópicos de Cbcer e Caprtcórnio,comIIIpondentes, mspectivamente, às lati-tudes apraximadamente de 23° Norte e Suldo Equador, limites do deslocamento do 101

em 18laç40 ao planeta 'làn:a, comIIIponden-tes aos pOntosque culminam com o máxi-mo de declinação solar nos mspectiveehemisférios.

O termo trépíco, em geral, dá a cone>tação de clima quente, em que a tempera- .tura é elevada o ano inteiro, sem registrode estação ma e a precipitação é conside-rável, pelo menos durante uma parte ao ano(Gorou 1953, citado por Nieuwolt 1977).Em termos de total anual, a precipitaçãoexcede a perda de água por evapotIanspi- .ração e, biologicamente falando, admite-seque essas á:reas devem possuir clima favo-rável para o cultivo de plantas que neces-sitam do ano completo para alcançar a ma-turidade sem necessidade de irrigação(Williams & Joseph 1974).

Samson (1980) estabelece ainda queas á:reas tropicais ap:resentam pouca varia-ção do comprimento do dia ao longo doano, sendo o dia mais longo inferior a 13horas.

Atualmente, as regiões rotuladas comotropicais situam-se na Amca, AméricasCentral e do Sul, Caribe, parte da Austrá-lia, Ama e muitas ilhas agrupadas nos ooea-nos Pacífico e Indico. Nieuwolt (1977) atri-.buiu que a abrangincia geográfica dasáreas tropicais corresponde a uma faixa va-riando de 40° a 60° de latitude, não ha-vendo, entretanto, um critério genérico pa-ra definir as características climáticas quemelhor identifiquem estas á:reas, faltando,por conseguinte, um consenso na delimita-ção da á:rea de abrangincia tropical.

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Nieuwolt (1977) e outros, analisando asáIeas tropicais distribuídas no globo tenes-Ue quanto às suas condições térmicas,abordam os seguintes aspectos: os parale-

los 23° norte e sul não conespondem naprática, aos limites para definir ou englo-bar todas as áreas do globo terresUe que,apresentam as características climáticaspeculiates ao cultivo de espécies tropicais,

uma vez que regiões com evidentes carac-terísticas de clima tropical 840 encontradasem latitudes maiores que 23°, enquantoque, por outro lado, regiões com caracte-rísticas não tropicais (com presença de es-tação fria) podem ser encontradas nos li-

mites tropicais, em áreas de elevadas alti-tudes, algumas até muito pIÓximas doEquador. A utilização do critério de Kõp-

pen, que estabelece a média de tempera-tura de 18?C para definir estação ma, éimpraticável, pois esse critério exclui asáreas tropicais muito elevadas, onde a tem-peratura freqüentemente permanece abai-xo deste limite, embóra sendo caracteristi-camente tropicais, por não ficarem subme-tidas à oconências de inverno estacíonal.

Em termos de pluviometria, pode-se di-

zer que a simples comparação entre a pre-cipitação e a evapoiranspiração potencial,bem como os critérios de classificação cli-mática que utilizam apenas temperatura eprecipitação, estabelecidos por alguns au-tores para indicação de climas tropicaisúmidos, como a de Papadakis (1965), cita-do por Williams & Joseph (1974), e a deNieuwolt (1977), não evídencíam os dife-xentes níveis de umidade que possam ocor-rer nas regiões tropicais.

Para corrigir as limitações de caracte-rização das áreas tropicais úmidas relatí-

vas à temperatura, tem sido estabelecidonovo critério, consistindo de comparações.entre as amplitudes médias de temperatu-ra anual e diária para detectar a oconên-

cia de estação fria (Nieuwolt 1977, Sam-

son 1980 e Ayoade 1983). Tal critério con-sidera oconência de estação "fria ínvemal"

se a amplitude de temperatura média anualfor superior à amplitude de temperatura

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média diária, no caso inverso, não haverá

presença de estação ma, sendo as' condi-ções térmicas peculiares às das regiõestropicais.

Para a precipitação pluviométrica, ocritério de classificação climática deThornthwaite, que utiliza o método de ba-lanço hídrico contábil, possibilita identifi-car diferenças de disponibilidade hídrica,em tipos climáticos que apresentam idên-ticos índices de umidade, parece ser, nomomento, o critério mais aceitável para evi-denciar diferentes níveis de umidade e dearidez nas regiões tropicais e estabelecer

nítida diferenciação entre as diversas ca-tegorias de clima que possam ocorrer nes-sas regiões.

Aplicabilidade do termo ''Trópico Úmi:do Braslleiro" para a Amazônia Legal.

A Amazônia Legal, ou Amazônia bra-

sileira, também conhecida recentementecomo trópico úmido brasileiro, Relatório ...

(1983), abrange cerca de 60% do territ6-rio nacional, é constituída pelos Estados doAcre, Amazonas, Pará, Rondônia e Mato

. Grosso, Territórios Federais do Amapá e Ro-raima e parte dos Estados de Goiás a nor-te do paralelo 13° e Maranhão, à oeste do

meridiano 44 0. Está limitada praticamen-te pelos paralelos 5 ° norte e 16° sul e pe-los meridianos 44° e 74° a oeste de Groen-

wich, apresenta em geral elevações poucoacentuadas, com altitudes predominandoem tomo de 150 m, verificando-se, entre-tanto, elevações consideráveis em algunspontos da região, como Pico da Neblina,Monte Roraima e Serra do Cachimbo, comalturas em tomo de 3.000 m, 2.700 m e600 m, respectivamente.

Aplicando-se na Amazônia, o critériotérmico de Nieuwolt (1977) e a classifica-ção climática de Thcirnthwaite para o es-tabelecimento de índices térmicos, pode-sedizer que não se tem registrado caracterís-ticas térmicas que indiquem a presença deestação ma na região.

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Em termos hídricos, a análise espacialde índices efetivos de umidade, de acordocom o método de Thomthwaite, tem reve-lado que a Iegião apresenta acentuadas va-riações mostrando, além da ocorrência detipos climáticos super úmido e úmido, apresença de típos climáticos semi-úmido eseco, o que evidencia que em relação àscondições hídricas, a conotação "trópicoúmidó' n!o deve ser atribuída a toda aAmaz6nia lAtgal.

A Fig. 1 mostra resultados de balan-ÇOlhídricOl e respectivos tipos climáticospara algumu localidades da regi!o, ondese pode verificar a ocom\ncia na Amaz6.ma, de áreas em que predominam condí-çOea de clima semi-úmido e seco.

Por outro lado, a aplícação da termi-nologia "trópico úmido brasileiró' para aAmazônia legal, subentende que toda áreatropical úmida do Brasil está incluída nes-sa região, gerando a interpretação incorre-ta de que não existem outras áreas, no País,com características de clima tropical úmi-do, quando é evidente que, vários locais ío-ra dos limites da Amazônia lsgal, notada-mente as áreas pnlximas do litoral sul baía-no e da zona da mata de Pemambuco,apmsentam características climáticas pecu-liares de áreas de clima quente e úmido,da Amazônia brasileira.

PESQUISAS CLIMATOLÓGICASDESENVOLVIDAS NA AMAZÔNIA

Até o final da década de 60, as infor-mações sobre a climatologia da Amazôniabrasileira se referiam a dados de pressãoatmosférica, temperatura e umidade do ar,precipitação pluviométrica e insolação, pr0-venientes de 57 municípios contidos prin-cipalmente em Normais Climatol6gicas eAtlas Climatol6gicos do Brasil (Brasil 1968,1969). Os aspectos descritivos e dinâmicosda climatologia da região foram abordadospor vários autores, porém sob condiçõesmuito gerais, abrangendo todo o Brasil, sen-do poucos os trabalhos específicos para aregião. Brasil (1984) apresenta uma relação

.de autores que escreveram artigos sobre oclima da região envolvendo período ante.rior a 1970.

A partir da década de 70, até a pre-sente data, tem-se verificado acentuadoprogresso nas observações sistemáticas, es-tudos realizados e pesquisas em desenvol-vimento. As observações sistemáticas pro-venientes de estações de superfície têm si-do ampliadas em diversas Unidades Fede-rativas da regi!o, principalmente no cam-·po da pluviometr1a que, de 1970 até 1984,se elevou de 57 para 900 estaçOea. Certoprogresso tem sido também verificado notocante à axpanI!o de observac;Oeede van·to, insolaç!o e evaporaç!o. Em relaç!o àradiaç!o solar, pode·se dizer que o mom·toramento preciso da radiaç!o solar globaldata nesta regi!o, da segunda metade dadécada de 70.

As informações obtidas a partir de1970 abordam vários segmentos da clima-tologia descritiva e dinâmica e de miem-meteorologia, atingindo mais de 100 tra-balhos publicados, envolvendo principal-mente os seguintes aspectos: caraCterizaçãogeral do clima da região como um todo, oupor Unidades Federativas e Municipais, en-volvendo conjuntamente temperatura e umi-dade do ar, insolação, precípitação pluvío-métrica, balanço hídrico e classificação cli-mática (Nimer 1972, Vieira et al, 1971,Bastos 1972 e 1980, Ribeiro, 1976, Brasil1974, Bastos & Diniz, 1982, Brasil ... 1984,Serra 1976); análises de elementos climá-ticos isolados provenientes de mensuraçõesou de estimativa relacionando principal-mente vento e precipitação (Cutrim et alo1980, Cutrim 1983, Nechet 1983, Bastoset alo 1984); estimativa e mensuração deradiação solar global e seus componentes,coeficiente de transmíssão da radiação, dis-tribuição espectral e luminosidade, bem C<>

mo estimativas de evapotran&piração poten-cial e balanço hídríco (Brinkmann, 1971,Villa Nova et alo 1976 e 1978, Hancock etalo 1979, Almeida et alo 1979, Ribeiro &Villa Nova 1979, Diniz et alo 1983 e 1984);resultados de temperatura do ar e do solo,

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200

~~"r-----~~~~~~--~--~ mmr----;Cu~'AA8Õ.A'-~~MÜA~"O'"G~~~Sno------I;~r------~HU~M~A-'T~A--A-M-AZ~O-N-AS----~

Precipiloçõo Plu" 1375rrvn PrecipiloçpoPíuv 2316 mmDeficiência 295mm Deficiência '164 mmEicedente 169mm ElICedenl. 980 mmTipoclimática:ClsA'o' TipoclimólicoB2rA'a'Clima•• co Climoúmidodo29c1assifiç&lCommoderadoeacedenl.hídrica COm pequ.nodllficianciohrdrica

,PrecipitaçãoPIu" 2761 mmDeficiência 32 mmElcedenle I 237 mmTiPOclimólica83rA'a'Climaúmidodo 3~classificaçõoCom pequenadeficianc:iahídric<Í

600

500

100

300

0J FilA 11 J J A S O N D J

~r---=S,-=GA8=R"'IE::-L-::OA""""CACHOE==IR=-A'--""AM"'A:-:Z:::O"'N""AS=-'"~ _'."E-:lclo=-DO,.,--A-:R-,A,-ClUAI--,...--PAR-c",----L~.r_____;_[NAMAOUMIRA-ÂCRE

Pr.cipitaçõoPlu" 2914mm Precipitaç&lPluv, 1.653mm PrecipitaçllaPiov, 2097mmDeficiência O mm 6 Deficiência 334mm Daficilncia 57mm

6 Excedanle 1478 mm Elc.dente 5701l\m ElCeia.t, 7801I\m'TipoclimÓlicqArA'a' ., Tipoclimólicoe"A'o' 'TipocWlIIGtioo~la'ClimoIUperumido , ClimaúmidodoI'cla•• ificaç60 Climaúmidoda z'tcla.lificoç&!Semdeficiência hídrico COIImoderadadaficiinciGh*ico COIIII*I_O deficifnciallídrico

400

I300'

4

100

0J F MA M J J A S O N D J

mm7~r-~CR~U~ZE~RO~DO~~~---A~CR~E,------,'~r-----=IOA~~V~IS~TA_~R~OR~~~M:-:A------,'700r---,--S=-,7L~UI~S---MA~R~A:-:N~H~------'

Pracipi!acIIDPtUY, 2229 mm PrecipiloçGoPluv 1759mm PrecipitaçãoPlu" 1954mmDeficilllcia 11 mm Deficiência 595mm Deficiência 498mmElcedenla I232mm Elcedenla 589mm ExotdanteTipoclimdficoBf A'o' TlpoclimÓlicaC~ A'a' Tipa climótico:BI,d o'Climo' 'd da3' I 'f''''';'' CI,'masaml'-u'm,'do CtimolÍnidadal~CICIs$ificaçllaCOII :~.::o dafic~':: ~-;:; Commoderadadeficiênciahídrica Com moderadodaficiftia hídrico

°JFIIAIIIJJASONDJ JFIIAIIIJ

--- Pr.cipitGçBo

mn ,Eicadínte

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--·-Evap.pot.

m D.ficiência

O~~~~~~-==---~JFIIAIIJJASOND

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f§iI Reposiçõo mRatirodo

FIG. 1. Balanço hídrico segundo Thomthwaite & Mather 1955, para 19lenç4o hídrica de 125 mm e IMpeCti-~ tipos climátiCOB.

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prcMmientes de postos meteorológicos con-vencionais e envolvendo comparações en-he áreas cobertas com florestas e áreas das-

matadas, bem como abordando efeitos defriagem e resultados de mensumções micro-climáticas em florestas, campinas e às pro-ximidades de rios (Brinkmann & Ribeiro1972, Leite 1978, Decico et alo 1977, Bas-tos & Diniz 1980); estudo da relação, pre-cipitação e floresta visando o conhecimen-to do papel da floresta em possíveis altera-ções climáticas, empregando pluviômetrosconvencionais conjuntamente com sistemasde coletores de água escoada pelo troncoe método de fracionamento isotópico (Mo-

lion 1975, Lettau et al. 1979, Franken etalo 1982, Leopoldo et alo 1982 a e b): tra-balhos envolvendo sondagens aerológicaspara determinação de vento, círeulação ge-

ral, água precipitável, concentração de va-por d'água, campo de fluxo de vapor, eva-potraDBpiração real e modelos de fraciona-mento isot6pico em água da chuva (Reis etalo 1977, Dali'Qlio et alo 1979, Marques etalo 1979 e 1980, Kagano 1979, Kousky &Kagano 1981, Kousky & Molion 1981).

Entidades que atuam no campo da Cli-matologia e Meteorologia Regional

Neste t6pico é apresentado um resumode atividades desenvolvidas pelas institui-

.ções que mais diretamente vêm atuando

nesses ramos de pesquisa na região. in-

formações apresentadas foram, em grandeparte, obtidas em trabalhos publicados,

sendo a maioria proveniente do Documen-to Nacional Brasileiro apresentado no Se-minário Internacional de Hidrologia e Cli-matologia da Amazônia, realizado em Ma-

naus enhe 23 e 27 de julho de 1984, Bra-sil (1984).

Instituto Nacional de Meteorologia -INEMET. - Órgão responsável oficialmen-.te pela rede de estações meteorológicas doBrasil, atua na região através de quatro dis-.tritos sediados em Manaus, Belém, Cuiabáe Goiânia. O Instituto tem por finalidade

realizar estudos e efetuar levantamento me-te6rol6gicos e climatol6gicos, efetuar pre-visão de tempo, estabelecer, manter e ope-rar as redes nacionais de meteorologia e detelecomunicação meteorológica, inclusivea integrada à rede internacional.

Departamento Nacional de Águas eEnergia Elétrica - DNAEE. - Tem por 01>-jetivo promover e desenvolver a produçãode energia elétrica no país e assegurar ocumprimento do código de águas. Entresuas atribuições, compete-lhe planejar,coordenar e executar estudos hidrol6gicosem todo o território nacional, bem como su-pervisionar, fiscalizar e controlar o aprovei-

tamento das águas que alteram o seu regi-me, e de supervisionar, fiscalizar e contro-

lar os serviços de eletricidade. Na Amazô-nia brasileira, o DNAEE vem efetuando, apartir de 1976, planejamento, análise eoperação de redes hidrometeorológicas, ar-.mazenamento e disseminação das informa-ções e estudos de diagnósticos e planeja-mento da utilização de recursos hídricos.

Superintendência de Desenvolvimentoda Amazônia - SUDAM. - Tem por obje-tivo básico planejar, coordenar e controlara ação do governo federal na região, ten-do em vista o desenvolvimento do espaçofísico sob sua jurisdição. Sua atuação se de-senvolve nos Estados do Acre, Amazonas,Mato Grosso, Pará, Rondônia e Territ6riosFederais do Amapá e Roraima, e ainda pe-

las áreas do Estado de Goiás ao norte doparalelo 13°S e do Estado do Maranhão

à oeste do meridiano de 44 °W, abrangen-

do uma área de quase 5.000.000 km2,aproximadamente 60% do territ6rio brasi-leiro. A SUDAM atualmente realiza estudos

na área de hidrometeorologia, através detrês programas: Programa de Recursos Na-turais, Programa de Desenvolvimento da

bacia Araguaia Tocantins - PRODIAT eProjeto Hidrologia e Climatologia da Ama-zônia - PHCA, o qual foi criado com a fi-

nalidade de contribuir para o melhor c0-nhecimento da hidrologia e climatologia daregião, com assessoria do Programa das Na-

ções Unidas para o Desenvolvimento -PNUD.

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Empresa Brasileira de Pesquisa Aqro-

pecuária - EMBRAPA. - Tem por finali-dade promover, estimular, coordenar e exe-cutar atividades de pesquisa agropecuáriacom o objetivo de produzir conhecimentose tecnologias para o desenvolvimento agrí-

cola do País, bem como dar apoio técnicoadministrativo a 6rgãos do poder público,com atribuições de formulação, orientaçãoe coordenação de políticas de ciência e tec-

nologia no setor agrícola. Na região ama-zônica, a EMBRAPA conta com uma redede oíío unidades de pesquisa, visando a

realização de estudos e pesquisas para ge-raçao de tecnologia adequadas às peculia-ridades da região, dentre as quais, o Cen-tro de Pesquisa Agropecuária do Tr6pico

Úmido - CPATIJ, com sede em Belém, queé a unidade de pesquisa voltada tambémpara avaliação e aproveitamento de recur-sos naturais. Apresenta em sua programa-ção os projetos a seguir mencionados, vol-tados para climatologia e agrometeorologiana região: Avaliação do Clima do TrópicoÚmido para fins Agrosilvopastoris, Fatores

Meteorol6gicos e a Produtividade de Cul-turas no Trópíco Úmido, Zoneamento Aqro-silvopastoril do Trópico Úmido Brasileiro(Zoneamento climático), Desenvolvimentode Métodos de Armazenamento de DadosAgrometeorol6gicos como parte de Siste-

mas de Informações Geoambientais, Ava-liação do Clima em Áreas Agrícolas Repre-

sentativas dos Ecossistemas de Terra Firmena Amazônia Brasileira, Avaliação do Com-

porlamento Edafo-Climático do Guarana-zeiro na Região de Belém e Utilização deImagens de Satélites Meteorol6gicos parafins Agrícolas no Leste Paraense.

Instituto Nacional de Pesquisa daAmazônia - INPA. Unidade subordinada

ao Conselho Nacional Científico e Tecno-lógico - CNPq. - Na área de pesquisa,

o INPA está voltado para estudos de Botâ-nica, Ecologia, Biologia Aquática, Limno-logia e Química de Produtos Naturais. Des-de 1971, através da Divisão de Ciências doAmbiente, vem desenvolvendo estudos m-drometeorológicos na Amazônia, tendo si-

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do desenvolvidos trabalhos voltados para ociclo de elementos, concentração isot6picaem águas dos rios Negro e Solimões, estu-dos climatol6gicos e medidas microclimá-ticas em áreas de campina e floresta. Apartir de 1972, o INPA vem desenvolven-do trabalhos com o Centro de Energia Nu-clear na Agricultura - CENA, na área de

is6topos, e a partir de 1976, pesquisado-res de outras instituições, interessados emdesenvolver trabalhos científicos na Ama-zônia, através de projetos de colaboraçãccom o INPA, intensificaram os estudos hi-drometeorológicos na região.

Instituto de Pesquisas Espaciais - IN-PE. - Órgão vinculado ao CNPq, tem-sedestacado pela sua atuação na área de de-

senvolvimento de tecnologia espacial eaplicações dessa tecnologia para a coletade dados ambientais, principalmente da-dos hidrometeorológicos, e levantamento derecursos naturais. Os estudos e pesquisashidrometeorol6gicos realizados e em reali-zação na Amazônia pelo INPE abordamproblemas hidrometeorol6gicos em níveisde macro, meso e microescalas.

Na macroescala estão incluídos estu-dos que relacionam a Amazônia com o cli-ma do globo e a circulação geral da atmos-

fera. Na mesoescala estão incluídos os es-tudos relacionados às variações de parâme-

tros hidrometeorol6gicos e os mecanismos

dinâmicos específicos à região, e na classede microescala estão os estudos em micro-meteorologia que englobam ínteração vege-

tação atmosfera, camada limite superficiale o uso da terra.

Diretoria Eletrôníce de Proteção ao Vôo

- DEPv. - Tem por finalidade coordenare controlar as atividades de proteção ao vôoe as telecomunicações do Ministério da.Ae-

ronáutica. Como nas demais regiões dopaís, na Amazônia a meteorologia aeronáu-tica, destina-se a' apoiar a navegação aé-rea civil e militar, embora forneçam dadossin6ticos, climatológicos e outros, para oInstituto Nacional de Meteorologia e enti-dades interessadas, quando solicitados. OServiço de Meteorologiá da .Aeronáutica na

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região está assim distribuído: Centros depzevisão localízades em Manaus (Aeroporto

Eduardo Gomes) e em Belém (Aeroporto deVal-de-Cans), estações meteorolágicas desuperfície em Manaus, Belém, Porto Velho,Boa Vista, Rio Branco e Santarém.

Instituto de Desenvolvimento Econômí-co e Social do Pará - IDESP. - Desde1968, o instituto vem efetuando estudos dehidrometeorologia e recursos florestais nailha de Marajó, através da Divisão de Re-cursos Naturais. No campo de hidrometeo-rologia tem desenvolvido trabalhos relati-vos a coleta de dados hidrolágicos, estudosclimatológicos e hidrolágicos daquela ilha,contribuindo para a instalação da -rede deestações existentes, composta atualmentede 23 estações pluviométricas e quatroevapoclimatolágicas.

Universidade Federal do Pará - UF-Pa. - Desde 1974 vem desenvolvendo tra-balhos em climatologia, hidrometeorologiae hidrologia no Departamento de Meteoro-logia do atual Centro de Geociências. Ostrabalhos em desenvolvimento estão conti-dos nos seguintes projetos: Levantamento eUtilização dos Recursos Hídricos da ilha deMarajó, Programa de Especialização em

Meteorologia Tropical; Implantação de umCentro Regional de Treinamento em Meteo-

rologia Tropical e Estudos de Micrometeo-rologia de Barcarena, PA.

Universidade de São Paulo - EscolaSuperior de Agricultura "Luiz de Queiroz"- ESALQ, situada em Piracicaba, SP. -Tem participado ativamente em vários pro-jetos de pesquisa orientados para elucidaraspectos hidrolágicos e climatolágicos daregião amazônica brasileira resultando as-sim, teses e artigos científicos, bem comoatravés de realizações de trabalhos em co-

laboração com o INPA.

Centro de Energia Nuclear da Agricul-

tura - CENA. Instituto especializado daUniversidade de São Paulo, localizado emPiracicaba, SP. - Em convênio com a C0-missão Nacional de Energia Nuclear -CNEN, vem desenvolvendo desde 1970

pesquisas na reqiao amazônica. A linhaprincipal de pesquisa tem sido estudar p0s-síveis modificações climáticas na Amazô-

nia e regiões circunvizinhas, em função damudança do uso da terra. As técnicas uti-lizadas incluem a utilização de métodos

convencionais de técnicas isotópicas e es-pecialmente a variação natural das com-posições de 018 e P no vapor d'água, naságuas das chuvas e dos rios. Os trabalhostêm sido desenvolvidos em colaboraçãocom o INPA, IDESP e o Centro Técnico Ae-roespacial - erA. Envolvendo mais espe-cialmente a área de climatologia, o CENAatualmente desenvolve os programas: Pr0-

jeto POLONOROESTE/CENA/IN-PAlDNAEE - visa estudar as alteraçõesecológicas na região noroeste do Brasil, emfunção da colonização intensiva e Estudosdo Efeito das Modificações do Uso da Ter-ra na Ecologia e Clima da Amazônia Bra-sileira, Mediante Técnicas Isotópicas visaexplorar ao máximo as técnicas de pesqui-

sa. isotópica, e complementares, na avalia-ção do ambiente regional.

Empresas de Energia Elétrica - Asempresas de energia elétrica que atuam naregião amazônica como ELETROBRÁS,ELETRONORI'E E FURNAS desenvolvem,principalmente através de contratos com

empresas de consultoria, estudos e pesqui-sas de hidrologia e climatologia, objetivan-do o aproveitamento dos recursos hidroelé-tricos da Amazônia. Esses estudos servem

de base ao planejamento e à implantaçãode sistemas hidroelétricos.

Companhia de Pesquisa de RecursosMinerais - CPRM. - Foi instituída paraviabilizar uma política vigorosa por partedo governo no campo da pesquisa minerale hídrica. Na área de hidrologia, executaserviços prioritariamente para o DNAEE,podendo também atender outros órgãos dogoverno ou entidades privadas. Os serviçosexecutados estão voltados para manuten-ção e operação da rede hidrométrica doDNAEE referentes à: coleta de níveis deágua, medição de descargas líquida e só-lida, altura de chuva, evaporimetria, parâ-

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metros de qualidade das águas, análises Ia-boratoriais de granulometria e de concen-tração de sedimentos, instalação de esta-ções hidrometeorol6gicas, implantação deredes telemétricas, análise de consistência

de dados hidrol6gicos e instalação, opera-ção e manutenção de bacias experimentaise representativas.

RADAMBRASn. - Vinculado atual-mente ao Ministério das Minas e Energia,o RADAMBRASn.constitui um projeto mul-tidisciplinar integrado de recUISOSnaturais,abrangendo os campos da cartografia, dageologia, da geomorfologia, dos solos, devegetação, do uso potencial da terra e dainformática. Utiliza técnicas avançadas depercepção remota sobre imagens de radar,de satélites e fotos aéreas, com controle sis-temático de campo ..Os estudos realizadospelo RADAM,no campo de hidrologia e di-matologia, se referem basicamente à redede drenagem, estudos bioclimáticos e declimatologia descritiva.

Departamento Nacional de Obras deSaneamento - DNOS. - Vinculado ao Mi-nistério do Interior, o DNOS tem competên-

cia de executar a política nacional de sa-neamento geral básico, atuando no sanea-mento rural e urbano, na defesa contrainundações, controle de enchentes, recupe-ração de áreas para aproveitamento agrí-cola ou instalação de indústrias e fábricas,combate à erosão, controle de poluição deáguas, instalação de sistema de abasteci-mento de água e esgotos. Para esses traba-lhos, o órgão tem efetuado estudos hidroló-

gicos que atendem aos projetos das obras,gemImente a partir de dados hidrol6gicosobtidos em outras entidades e, quando ne-cessário, o DNOS instala e opera redes hí-drométricas para tal fim.

CARACTERíSTICAS GERAIS DOCLIMA DA AMAZÔNIA

Este tópico é baseado em estudos me-teorológicos e climatológicos já realizados

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para a Amazônia brasileira, bem como emdados climatol6gicos atualmente disponí-

veis na região.

Característica do Sistema Atmosféri-co Dominante na Região

massas de ar que predominam naAmazônia são: a equatorial continental(Ec), a equatorial marítima (Em), a tropi-cal marítima (Tm) e a polar marítima (Pm)

(Ratisbona 1976, Tubelis & Nascimentos.d.).

A massa equatorial continental origina-se na região amazônica, onde calmarias eventos fracos predominam, e os valores deevapotranspiração atingem uma faixa del.300· a l.600 mmlano, gerando assimuma massa de ar muito úmida e convecti-vamente instável (Ratisbona 1976, Tubelis& Nascimento s.d.). Em julho, essa massade ar atua na região do alto Amazonas eo restante da bacia amazônica é domina-do pela massa tropical marítima formadano Atlântico sul, a qual é menos úmida. Emjaneiro, entretanto, com a volta do antici-clone para o oceano, e com a formação deum centro de baixa pressão causada peloacúmulo de calor no continente, o ar da re-gião amazônica é bombeado para todo ointerior do país, e até mesmo para o sul (Ra-

tisbona 1976). Esse fenômeno é considera-do por Ratisbona análogo ao das monções.

A massa equatorial marítima é forma-da na zona de baixa pressão, onde as cal-marias predominam sobre o oceano Atlân-tico. Nessa região, o efeito de "tampa" da

camada de inversão dos ventos alísios de-saparece. O vapor d'água penetra a gran-des altitudes, a instabilidade é forte e qual-quer convergência local pode produzir cú-mulos de grande desenvolvimento vertical.Essa massa de ar domina a parte orientalda Amazônia de dezembro a abril. Tubelis& Nascimento (s.d) referem-se à massaequatorial marítima como crr (zona deconvergência interlropical). Em janeiro, acrr atinge o norte do Amapá (4°N),

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desloca-se para o hemisfério sul atingindo, o Estado de Pemambuco (80S) em março,, retomando, em seguida, para atingir o ex-

tremo norte da Amazônia em junho. Serra(1974) menciona que a zona de conveIgên-cia intertropical atinge a porção ocidentaldo Amazonas e Acre no período conespon-dente ao verão estacional (dezembro afevemiro).

Ratisbona (1976) mostra a Posição mé-díado eixo da zona intertropical de' con-vergência estendendo-se da Güiana Fran-cesa fi noroeste do Estado do Ceará, e pe-netrando no interior do Pará e Maranh!onos meses de janeiro a abril, e no Territ6-rio do Amapá nos meses de junho adezembro.

A massa polar é·originária da Antárti-ca, heqüentemente atinge a parte aule cen-tml do Brasil, podendo ocasíonalmente atin-gir a Iegião oeste da Amazônia, no inver-no do hemisfério sul. É a parte ,peste damassa polar que segue a trajet6ria conti-

•nental na direção norte entIe a Cordilheirados Andes e o Planalto Central brasileiro.Com a passagem da hente fria existe umaacentuada queda de temperatura, atingin-do abaixt;>de 10°C. Esse fenômeno é cha-mado de "friagem" e OC0II8 na Amazôniade uma a tIês vezes por ano (Ratisbona1976).

Caracterlsticas dos Principais Ele-mentos Climãticos

'Iemperatura do Ar

De modo geral, a Amazônia brasileiraé conhecida em termos de temperatura, oo-mo Iegião de clima quente, onde não sepercebe a presença de variações estacio-nais no decorrer do ano, sendo portanto aregião caracterizada pela uniformidade tér-mica. EntIetanto, trabalhos voltados paracaracterização de regimes de temperatura.na Iegião têm evidenciado que a idéia ge-neralizada de domínio das temperaturas

elevadas e uniformidade térmica não seaplica a todas as áIeas da Iegião, Bastos(1972), Ribeiro (1976), Molion (1980), Noé-Dobres & Santos (1979), Bastos & Diniz(1982), Cutrim (1983), Brasil ... (1984).

Recentemente, Brasil ... (1984), tendopor base dados de temperatura de 92 es-tações da Amazônia brasileira e de esta-ções de áreas circunvizinhas, evidenciaatraves de isotermas, as seguintes condiçõespara a Iegião:temperaturas médias, máxi-mas e mínjmas anuais oscilando, respecti-vamente, entIe 22°C e 27°C, 28°C e33°C e 17°C e 23°C:Areas de tempera-tUJa8mais elevadas (médias de máximas)ocorrendo principalmente na parte centralda bacia do rio Branco, norte de Rondônia,sudoeste do Pará, norte de G6ias e MatoGrosso. Area de temperaturas mais baiMa(médias de mínimas) ao sul dos Estados doPará, Acre, Rondônia, norte de Goiás e pai-te central de Mato Grosso.

Os dados analisados, Iefemntes a tem-peraturas médias, máximas e mínimasanuais, e temperaturas máximas e mínjmasabsolutas, para vários locais da Iegião, mos-tram a oconência de acentuada flutuaçãotérmica durante os dias, e ine:ítpressiva flu-tuação anual.

Insolação

Embora até recentemente os dadosde insolação, ao lado dos de nebulosida-de, se constituíssem nas únicas fontes de Ia-

felência sobre a variabilidade espacial etemporal da energia solar na região, pou-cos são os trabalhos que abordam sua dis-tribuição, nos limites da Amazônia Legal,.podendo-se citar: Brasil (1968), Bastes(1972), Serra (1977), Nóe-DobIea & Santos(1979), Brasil... (1984).

A informação ora disponível sobre adistribuição em espaço e tempo de insola-ção, associada ao conhecimento atual dosprocessos de dinâmica atmosférica Elldsten-tes na Iegião, evidencia o seguinte:

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os valores médios anuais de duraçãode brilho solar situam-se entre 1.400 h e2.500 h, com distintas faixas de concentra-ção, assim distribuídas:

- Faixa de valores mais reduzidos(1.400h a 1.80Gh), que corresponde prin-cipalmente à porção ocidental dos Estadosdo Amazonas e Acre, que durante todos osmeses do ano exibe reduzidos valores mé-dios .de insolação, provavelmente devido àocorrêncía da zona de convergência inter-tropical, no período de dezembro a fevereiroe, no :período que engloba principalmenteos meses de junho a setembro, pela açãoda massa continental equatorial e em par-te, pela penetraç!o da massa polar.

- Faixa de totais anuais mais eleva-dos (2.200 a 2.500h), que engloba as se-guintes áreas:

• Litoral do Pará, Amapá e Maranhão,ilha de Maraj6 e nordeste do Pará,onde os totais reduzidos no verão se devem,provavelmente, à presença da zona de con-vergênCia interlropical (Cm, e os totaismais elevados de julho a setembro, devidoà redução da nebulosidade.

• Porção central e setentrional do Ter-rit6rio Federal de Roraima e parte do Ter-rit6rio Federal do Amapá, áreas sujeitas àinfluência da zona de convergência inter-tropical e a sistemas do hemisfério norte, in-cluindo o anticiclone estacionário do Atlân-tico norte. São áreas onde, a velocidade dovento na superfície se mostra relativamen-te elevada reduzindo o desenvolvimento de, . ,cúmulos à tarde, resultando em maior nu-mero de horas de insolação.

• Area compreendida pelo Estado doMato Grosso, porção amazônlca do Estadode Goiás, porção sul da Amazônia mara-nhense e sul, sudeste e centro oeste do Pa-rá, e que, no período entre agosto e novem-bro, fica submetida à influência da alta sub-tropical do Atlântico, que ocasiona valoresmais reduzidos de nebulosidade.

- Faixa intermediária ( 1.800 h a2.2ooh), que engloba as' áreas restantes

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dos Estados do Acre, Amazonas, Pará, Ma-ranhão e Território Federal de Roraima, eo Estado de Rondônia, e que se constituemem áreas de transição entre as faixas ante-riormente descritas.

Radiação Solar

Embora o conhecimento sobre a radia-ção solar na Amazônia legal ainda se mos-tre incipien,te, é not6rio o progresso alcan-çado nessa área de estudo ·nos últimosdez anos. Inicialmente, em razão da caItn-cia de informações confiáveis sobre radia-ção solar na Amazania brasileira, diversosautores têm adotado modelos, na maioriados casos gerados em outras regiões, pa-ra o cálculo da radiação solar global nes-ta região, como mostram os trabalhos de ldet al. (1966), Mota et al, (1977), Nunes etal. (1978), Macedo et al, (1978), Hancocket al, (1979).

Recentemente, vêm sendo realizad08trabalhos com vistas ao aprimoramento dasanálises e estimativas desse elemento na re-gião, mediante utilização de séries de da-dos provenientes de sensores periodicamen-te calibrados alou de maior precisão. Den-tre os voltados à análise de radiação solarglobal, destacam-se os trabalhos de VillaNova et al, (1978), Ribeiro (1980) e Dinizet al. (1983), enquanto que dentre os diri-gidos à estimativa deste parâmetro, pode-se mencionar os de Ribeiro et alo (1982),Carmo Filho (1981), Nirenberg (1981), Ma-chado & Rocha (1983), Fisch et alo (1983),Diniz et alo (1984) e Rendeiro et al. (1984).

A análise da informação ora disponí-vel sobre a distribuição da radiação solarsobre a área compreendida pela Amazônialegal evidencia a oconência de valores mé-dios anuais entre 350 ly/dia e 450 ly/dia,sendo que os valores mais elevados ( 420ly/dia), são encontrados no Territ6rio Fede-ral de Roraima, Estados do Mato Grosso eGoiás e porção norte dos Estados do Paráe Maranhão, enquanto que os menos ele-vados ( 400 ly/dia ) no Aniazonas e Acre.

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Em termos mensais, os valores médiosmais elevados (enbe SOOly/dia e 525 ly/dia)se observam em Roraima, nos meses de se-tembro e outubro, e os menos elevados (en-be 300 ly/dia e 325 ly/dia) são observadosno Amazonas, em dezembro.

Umidade do Ar

Os trabalhos relacionados com carac-terização da umidade atmosférica na re-gião, a nível de superfície, em geral abor-dam apenas o aspecto da umidade relati-va. Bastos (1972), a partir de dados de 45 .estações, atribui à região varíação-espacíaldas médias anuais enbe 64% e 91% e mos-tra que a dístríbuíção da umidade nos me-

• ses apresenta estreita relação com o regi-me pluvioméhico, registrando-se valoresmais elevados na época de maior pluvíosí-dade. Noé-Dobrea & Santos (1979), estu-dando parte da região, compreendendo osEstados do Acre e Amazonas, estabelecemo limite entre 80% e 90% para as médiasailuais. Brasil ... (1984), a partir de 90 es-tações, evidencia para a região variação es-pacial entre 65% e 90% da média anual,com as áreas de menor umidade (abaixode 75%) concentradas principalmente nonorte de Roraima e sudoeste do Maranhãoe Mato Grosso.

Os dados mensais e anuais de umida-de relativa analisados para várias localida-des da região, mostram a ocorrência de va-lores mensais mais elevados entre dezem-bro e maio, que coincide, para a maioriadas estações, com o período mais chuvosodo ano.

Vento

As informações sobre direção e veloci-dade de vento na região são bastante re-duzidas. A rede de observações do ar su-perior por meio de rádios sondas se restrin-

ge a poucos locais na Amazônia: Belém,Manaus e Vilhena, pdIém, de um modoge-ral, pode-se dizer que os ventos na superfí-cie e próximos à superfície ao longo da c0s-ta amazônica sopram de nordeste, leste esudeste, dependendo da altitude e da épo-ca do ano. A velocidade é baixa na super-fície e atinge até 9 mls numa altitude de15m, e a brisa. marinha prevalece, pene-trando algumas centenas de quilômetros nointerior da bacia amazônica.

Na região do médio e alto Amazonas,os ventos sopram em todas as direções, comligeira predominância dos ventos de leste,e as calmarias são freqüentes, registrando-se 40% a 60% das vezes (Ratisbona 1976).Sobre o Territ6rio de Roraima, entretanto,os ventos dominantes são os de leste. Noé-Dobrea & Santos (1979), estudando os ven-tos e no Acre e no Amazonas, encontraramvaloresmédios mensais entre 0,5 e 3lan1ho-ra, não detectando variações ao longo doano, somente agrupamento de valores me-nores entre abril e agosto, e valores maiselevados entre setembro e outubro. Os bai-xos valores de velocidade de vento compro-vam uniformidade do regime e6lico nos lo-cais estudados.

Kousky & Kagano (1981), utilizandodados das rádios sondas de Belém, Manause Vilhena, concluíram que nos baixos ní-veis (850 mb), a componente zonal do ventopermanece no sentido de leste durante oano inteiro, enquanto a componente meri-dional é positiva (ventos do sul) durante operíodo de maio a agosto e negativa (ven-tos de norte) no resto do ano. A componen-te do vento soprando de norte é mais fortede janeiro a março,

Precipitação Pluviométrica

A precipitação pluvioméhica na Ama-zônia brasileira é conhecida como o ele-mento climático que apresenta maior varia-bilidade. Estudos voltados para a caracte-rização da variabilidade espacial da pre-

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cipitação mostram que a região apresentalocais com total anual de chuva oscilandoentre 1.000 mm e 3.600 mm, e que os re-gimes pluviométricos apresentam duas épc>cas de chuva bem definidas, a mais chu-vosa iniciando entre dezembro e janeiro, po-dendo ter duraçãó de cinco a seis meses,e a menos chuvosa, atingindo os demaismeses do ano (Beato. 1972, N6e-Dobrea &Santol1979, Basto. & D1n1z1982, Cutrim1983). Recentemente Bra.U... (1984),baseando-Ie em dados pluviométrtcos de354 estaçOes da Amaz6nia e áreas circun-vizinhas, evidencia, através de isoietasanuais, oscilando entre 1.500 mm e 3.500mm, os seguintes regimes pluviométricos:áreas com totais pluviométrtcos acima de3.000 mm, ocorrendo a noroeste (em tomoda cidade de Ieuaretê , AM) e a nordeste(litoral do Amapá e Pará) da região; áreascom totais anuais oscílando entre 3.000mm e 2.500 mm, ocorrendo principalmen-te a nordeste (sem atingir o litorai) e a 088-te da regi!o; áreag com precipitaç!p osci-lando entre 2.500 mm e 2.000 mm, abran-gendo a maior parte da regi!o,concentrando-se principalmente na partecentral; e áreas com precipitaç!o total in-ferior a 2.000 mm, abrangendo o norte doTerritório de Roraima e o nordeste e o sulda região, abaixo do paralelo 14.

Através da análise de dados de preci-pitação pluviométrica mensal para váriaslocalidades na região, pode-se observar aocorrência nítida de pelo menos dois pe-

ríodos de chuva durante o ano, caracteri-zados pela freqü~ncia abundante de chu-vas (período mais chuvoso) e pela ocorrên-cia de chuvas pouco freqüentes ou raras,podendo ocasionar, inclusive, período deexpmesiva estiagem (período menos chuvo-so ou seco). Os dados mostram ainda que,com exceção de Boa Vista,RR, onde o pe-ríodo mais chuvoso se estende de abril aagosto, para as demais áreas da região, operíodo se inicia a partir de novembro oudezqmbro, estendendo-se até maio ou junhohavendo, porém, variabilidade bastanteacentuada da época de ocorrência do tri-

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mestre mais chuvoso. com relação ao pe-ríodo menos chuvoso, pe:rcebe-se que se es-tende de julho a novembro, observando-sevariabilidade bastante acentuada no tocan-te à época de ocorrência do trimestre me-nos chuvoso ou seco, nas diferentes áreasda região.

Balanço Hfdrlco

o 'balanço hídrico mencionado nestetrabalho :r:afere.aea propósitos agrícolas, c0-mo o de indicaç!o de possibilidade de umaárea para determinado cultivo, em relaç!oao seu potencial de água fornecido pelaprecipitação. O cálculo leva em considera-ção, a perda de água através da evapo-transpiração e a retenção de água no solo.Entre os resultados que apresenta,destacam-se a dimensão e a época de ocor-rência de excedentes e defici~ncias deágua necessários para estimativa deirrigaç!o.

Na Amaz6nia, o método que vem sen-do utilizado para o cálculo de balanços hí-dricos tem sido principalmente o deThomthwaite e Mather 1955, e os trabalhosrealizados têm demonstrado que os exce-dentes e deficiências hídricas apresentamamplitudes bastante elevadas. Consideran-do o nível de 125 mm de retenção hídrica,Bastos (1972) constatou que, na região, osexcedentes podem atingir valores reduzi-dos, em tomo de 100 mm, como em Cáce-res, MT, e de até 2.400 mm em Clevelân-dia, AP,e as deíícíêncías podem ser nulas,como em vários locais do Estado do Ama-zonas, como em Benjamin Constant, FonteBoa e Iauaretê e alcançar valores pI6ximosde 600mm em Boa Vista, RR. Santos(1980), utilizando vários níveis de reten-ção hídrica, encontrou para a região, a ní-vel de 100 mm de retenção de água no so-lo, excedentes oscilando entre 82 mm emCuiabá, MTe 1.299 mm em Carauari, AMe deficiências nulas em Cruzeiro do Sul, ACe atingindo valores em tomo de 600 mmem Coroatá, MA.

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Na Fig. 1 são apresentados os resulta-dos de balanços hídricos para algumas lo-calidades da região, na qual pode-se veri-ficar nítidas variações no caminhamentoanual da disponibilidade de água, a nívelde 125 mm de retenção hídrica.

Tipos Climáticos

A classificação climática, qualquerque seja o sistema utilizado, tem por obje-tivo principal a organização e o ordena-

mento dos dados, de tal maneira que sepossam inferir generalizações analíticas edescrítívas sobre o clima de uma região. Na

Amazônia brasileira, o sistema de classifi-cação que tem sido mais utilizado é o deKõppen, seguido de Thornthwaite (Bastos,

1972 e 1982, Ribeiro 1976, Trewartha1968). Bastos (1972), em primeira aproxi-mação, atribui à região três tipos climáti-cos de Kõppen (Ali, Ami e Awi) e quatorzecombinações de tipos climáticos segundoThomthwaite, utilizando retenção hídricade 125 mm, assim distribuídos: dez varia-ções do tipo úmido, duas variações do tiposemi-úmido e duas variações do tipo seco.Bastos (1982), posteriormente, reaplicandoo sistema de Kôppen para a região e utili-zando maior número de dados, confirma

para a região os tipos climáticos acimamencionados. Recentemente, Brasil ...(1984) efetuou novo esboço de distribuição

climática para a região, aplicando os doissistemas convencionais, identificando a pre-sença dos tipos climáticos Ali, Ami e Awipara a região, segundo o sistema de Kõp-pen, e oito combinações de tipos climáti-cos aplicando a classificação de Thomth-waite, utilizando retenção hídrica de 300mm. O reduzido número de tipos climáti-

cos detectados no trabalho mais recenteaplicando o sistema de Thomthwaite, foi emfunção da utilização de 300 mm de reser-va útil de água, para os cálculos de balan-ços hídricos. Tal nível de retenção subesti-ma os valores de deficiência hídrica e, por

conseguinte, reduz a variabilidade existenteemtermos de ocorrências de aridez nos ti-pos de clima úmido.

CONCLUSÃO

Embora se observe atualmente certoavanço nas pesquisas climatol6gicas emdesenvolvimento na Amazônia brasileira,

comparado ao obtido nos últimos 20 anos,as informações disponíveis na região ain-da não atingem um nível desejado paratomá-Ias mais efetivas na compatibilizaçãoda tecnologia gerada com a realidade cli-mática local. Dessa forma, há necessidadede aumentar os esforços principalmente nos

seguintes aspectos: ampliação da rede deobservação de superfície e de altitude; es-timular a verificação e o processamento dedados com vistas à obtenção de consistên-cia, facilidade e manutenção de bancos dedados de modo a assegurar o atendimentoaos usuários; proceder maior divulgaçãopor parte das entidades envolvidas no to-

cante às metodologias geradas para agili-zar o intercâmbio de informações; consoli-dar um centro regional de disseminação de

sensores remotos capaz de permitir melhorexploração do potencial de informaçõescontidas; incentivar a área de instrumen-tação eletrônica de modo a possibilitar aautomatização das mensurações e otímíza-ção no processo eletrônico dos dados.

No que se conceme a estudos relacio-nados com a potencialidade do clima da.região para a agricultura, somente a par-tir da década de 70, é que vêm sendo de-senvolvidos trabalhos voltados para avaliarestes aspectos mediante informações gera-das na região. Assim pode-se dizer que em-bora não se disponha ainda de sistemas declassificação capazes de identificar comelevado grau de precisão, zonas agroclimá-ticas homogêneas na Amazônia brasileira,as informações obtidas sobre a variabilida-de espacial dos principais elementos me-teorol6gicos associadas ao conhecimentosobre o comportamento de culturas e essên-

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cias florestais de interesse regional, permi-tem diferenciar áreas com distintos níveisde potencialidade para os principais pro-dutos agrícolas desta região. Entretanto, pa-

ra que se alcance maior progresso na iden-tificação de potencialidade agroclimática

de áreas amazônicas psra as culturas emgeral, essências flozestais e forrageiras, e na

definição de sistemas de produção, há ne-'ceseídade de se ampliar estudoS, dentre ou-tros, nos seguintes aspectos: avaliação es-tatística da distribuição espacial e tempo-ral da variáveis meteorol6gicas: levanta-mento das características de retenção hí-drica dos solos da região; ecofisiologia deculturas, essências florestais e forrageiras de

interesse para a região; epidemiologia ve-getal; avaliação- do consumo de água pe-las culturas: monitoramento micrometeoro-16gico em "stands" de espécies de interes-se agrosilvopastoril; definição da época deplantio de modo a melhor aproveitar os re-cursos hídricos e de energia solar; incre-mentação dos estudos de dinâmica popu-lacional de pragas; desenvolvimento de mo-delos de produção para culturas, essênciasflorestais e forrageiras e elaboração de clas-sificação agroclimática adaptada à região.

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