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    Manual de Boas Prticas de Manipulao

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    1 INTRODUO E OBJETIVOS

    2 DEFINIES

    3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

    3.1 NORMAS GERAIS

    3.2 ORGANOGRAMA

    3.3 RESPONSABILIDAS E ATRIBUIES

    3.3.1 Diretor Administrativo

    3.3.2 Gerncia Comercial

    3.3.3 Responsabilidade Tcnica

    3.3.4 Recepcionista

    3.3.5 Auxiliar de Laboratrio

    3.3.6 Analista de Controle de Qualidade

    3.3.7 Auxiliar de Servios Gerais

    4 FUNCIONAMENTO

    4.1 PARAMENTAO

    4.2 CONDUTA PARA VISITANTES

    4.3 PROGRAMA DE TREINAMENTO PARA FUNCIONRIOS

    4.3.1 Itens que devero ser abordados nos treinamentos:

    4.3.2 Treinamento Especfico

    5 INFRAESTRUTURA FSICA

    5.1 CONDIES GERAIS

    5.2 SETOR DE ATENDIMENTO

    5.3 SANITRIO DE USO DO PESSOAL

    5.3 SANITRIO DE USO DOS CLIENTES

    5.4 VESTIRIO E PARAMENTAO

    5.5 LABORATRIO DE CONTROLE DE QUALIDADE5.6 LABORATRIO DE SEMI-SLIDOS E LQUIDOS

    5.7 ALMOXARIFADO

    5.8 GARANTIA DA QUALIDADE

    5.9 LABORATRIO DE SLIDOS (GERAL)

    5.10 LABORATRIO DE MANIPULAO DE HORMNIOS E

    LABORATRIO DE MANIPULAO DE ANTIBITICOS

    5.11 SETOR ADMINISTRATIVO5.12 EQUIPAMENTOS/MOBILIRIOS E UTENSLIOS

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    6 PROGRAMA DE MANUTENO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS E

    ROTINAS OPERACIONAIS

    6.1 PROCEDIMENTO E PERIODICIDADE DE MANUTENO E LIMPEZA

    6.1.1 Ar Condicionado

    6.1.2 Sistema de Exausto

    6.1.3 Balanas

    6.1.4 Sistema de Purificao de gua (Destilador)

    6.2 LIMPEZA E SANITIZAO

    6.2.1 Coleta do Lixo

    6.2.1 Programa de Controle de Pragas e Vetores

    7 SOLICITAO DE COMPRAS

    7.1 ESCOLHA DO FORNECEDOR

    7.2 RECEBIMENTO DE MATRIAS-PRIMAS

    7.2.1 Armazenamento

    8 GUA

    9 CONTROLE DO PROCESSO DE MANIPULAO

    9.1 CONFERNCIA FINAL

    9.2 MANIPULAO DE HORMNIOS E ANTIBITICOS

    9.3 ROTULAGEM

    10 ATENDIMENTO E DISPENSAO DE FRMULAS

    10.1 TELE ENTREGA

    10.2 CONTROLE DE FRMULAS NO RETIRADAS

    10.3 ESCRITURAO

    11 GARANTIA DE QUALIDADE

    11.1 PROGRAMA DE GARANTIA DA QUALIDADE

    11.2 CONTROLE DE QUALIDADE11.3 PRAZO DE VALIDADE

    11.4 SISTEMA DE LOTE

    11.5 ATENDIMENTO RECLAMAES

    11.6 DOCUMENTAO

    REFERNCIAS

    ANEXO 1: PLANO DE GERENCIAMENTO DE SERVIOS DE SAUDE

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    1 INTRODUO E OBJETIVOS

    O presente manual descreve as diretrizes da farmcia quanto s Boas Prticas

    de Manipulao e inclui os programas de procedimentos internos para os

    processos da empresa. Os programas so:

    - Programa de treinamento de funcionrios;

    - Programa de manuteno preventiva de equipamentos;

    - Programa de desratizao e desinsetizao (controle de pragas urbanas);

    - Programa de garantia da qualidade;

    - Programa de Gerenciamento dos Resduos dos Servios de Sade.

    A farmcia tem procedimentos operacionais padro para limpeza e sanitizao,

    aquisio e recebimento de materiais, manuteno de equipamentos,

    qualificao de fornecedores, preveno de contaminao cruzada, avaliao

    farmacutica da prescrio, conferncia final, rotulagem, frmulas no-

    retiradas, matrias-primas e frmulas vencidas, descarte, estabelecimento do

    prazo de validade, auto-inspeo, atendimento ao cliente, dispensao das

    frmulas manipuladas, reclamaes, planilhas de controle para registro dos

    procedimentos executados, frmula padro de cada preparao farmacutica

    para estoque mnimo, metodologias analticas, especificaes tcnicas.

    Este manual tem como objetivo a implantao dos requisitos de Boas

    Prticas de Manipulao (BPM), como parte do Sistema de Garantia da

    Qualidade, a fim de assegurar que os produtos sejam consistentemente

    produzidos e controlados, com padres de qualidade apropriados para o uso

    pretendido.

    As normas deste manual se aplicam a todas as atividades do Setor de

    Manipulao da Farmcia (Nome da Farmcia) , necessrias implementao,documentao e manuteno do sistema da qualidade.

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    2 DEFINIES

    As definies apresentadas abaixo se aplicam aos termos utilizados

    neste manual.

    gua purificada: aquela que atende s especificaes farmacopicas para este tipo de gua.Ajuste: operao destinada a fazer com que um instrumento de medida tenha desempenho

    compatvel com o seu uso, utilizando-se como referncia um padro de trabalho (padro de

    controle).Ambiente - espao fisicamente determinado e especializado para o desenvolvimento de

    determinada(s) atividade(s), caracterizado por dimenses e instalaes diferenciadas. Um

    ambiente pode se constituir de uma sala ou de uma rea.Antecmara: espao fechado com duas ou mais portas, interposto entre duas ou mais reas,

    com o objetivo de controlar o fluxo de ar entre ambas, quando precisarem ser adentradas.

    rea - ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de uma das faces.rea de dispensao: rea de atendimento ao usurio destinada especificamente para a

    entrega dos produtos e orientao farmacutica.Assistncia farmacutica: conjunto de aes e servios relacionadas com o medicamento,

    destinadas a apoiar as aes de sade demandadas por uma comunidade. Envolve o

    abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a

    conservao e controle de qualidade,a segurana e a eficcia teraputica dos medicamentos,

    o acompanhamento e a avaliao da utilizao, a obteno e a difuso de informao sobre

    medicamentos e a educao permanente dos profissionais de sade, do paciente e da

    comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos.Ateno farmacutica: um modelo de prtica farmacutica, desenvolvida no contexto da

    Assistncia Farmacutica. Compreende atitudes, valores ticos, comportamentos, habilidades,

    compromissos e co-responsabilidades na preveno de doenas, promoo e recuperao da

    sade, de forma integrada equipe de sade. a interao direta do farmacutico com o

    usurio, visando uma farmacoterapia racional e a obteno de resultados definidos e

    mensurveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interao tambm deve

    envolver as concepes dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-

    sociais, sob a tica da integralidade das aes de sade.Base galnica: preparao composta de uma ou mais matrias-primas, com frmula definida,

    destinada a ser utilizada como veculo/excipiente de preparaes farmacuticas.Boas prticas de manipulao em farmcias (BPMF): conjunto de medidas que visam

    assegurar que os produtos manipulados sejam consistentemente manipulados e controlados,

    com padres de qualidade apropriados para o uso pretendido e requerido na prescrio.Calibrao: conjunto de operaes que estabelecem, sob condies especificadas, a relao

    entre os valores indicados por um instrumento de medio, sistema ou valores apresentados

    por um material de medida, comparados queles obtidos com um padro de referncia

    correspondente.Chemical Abstracts Service (CAS): Referncia internacional de substncias qumicas.Colrio: soluo ou suspenso estril, aquosa ou oleosa, contendo uma ou vrias substncias

    medicamentosas destinadas instilao ocular.Contaminao cruzada: contaminao de determinada matria-prima, produto intermedirio ou

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    produto acabado com outra matria-prima ou produto, durante o processo de manipulao.Controle de qualidade: conjunto de operaes (programao, coordenao e execuo) com o

    objetivo de verificar a conformidade das matrias primas, materiais de embalagem e do

    produto acabado, com as especificaes estabelecidas.Controle em processo: verificaes realizadas durante a manipulao de forma a assegurar

    que o produto esteja em conformidade com as suas especificaes.Data de validade: data impressa no recipiente ou no rtulo do produto, informando o tempo

    durante o qual se espera que o mesmo mantenha as especificaes estabelecidas, desde que

    estocado nas condies recomendadas.Denominao Comum Brasileira (DCB): nome do frmaco ou princpio farmacologicamente

    ativo aprovado pelo rgo federal responsvel pela vigilncia sanitria.Denominao Comum Internacional (DCI): nome do frmaco ou princpio farmacologicamente

    ativo aprovado pela Organizao Mundial da Sade.Desinfetante: saneante domissanitrio destinado a destruir, indiscriminada ou seletivamente,

    microorganismos, quando aplicado em objetos inanimados ou ambientes.

    Desvio de qualidade: no atendimento dos parmetros de qualidade estabelecidos para um

    produto ou processo.Dispensao: ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, insumos

    farmacuticos e correlatos, a ttulo remunerado ou no.Documentao normativa: procedimentos escritos que definem a especificidade das

    operaes para permitir o rastreamento dos produtos manipulados nos casos de desvios da

    qualidade.Droga: substncia ou matria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitria.Embalagem primria: Acondicionamento que est em contato direto com o produto e que pode

    se constituir em recipiente, envoltrio ou qualquer outra forma de proteo, removvel ou no,

    destinado a envasar ou manter, cobrir ou empacotar matrias primas, produtos semi-

    elaborados ou produtos acabados.Embalagem secundria: a que protege a embalagem primria para o transporte,

    armazenamento, distribuio e dispensao.Equipamentos de proteo individual (EPIs): equipamentos ou vestimentas apropriadas para

    proteo das mos (luvas), dos olhos (culos), da cabea(toucas), do corpo (aventais com mangas longas), dos ps (sapatos prprios para a atividade

    ou protetores de calados) e respiratria (mscaras).Especialidade farmacutica: produto oriundo da indstria farmacutica com registro na

    Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria e disponvel no mercado.

    Estabelecimento de sade: nome genrico dado a qualquer local ou ambiente fsico destinado

    prestao de assistncia sanitria populao em regime de internao e/ou no

    internao, qualquer que seja o nvel de categorizao.Farmcia: estabelecimento de manipulao de frmulas magistrais e oficinais, de comrcio de

    drogas, medicamentos, insumos farmacuticos e correlatos, compreendendo o de

    dispensao e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra

    equivalente de assistncia mdica.Filtro HEPA: filtro para ar de alta eficincia com a capacidade de reter 99,97% das partculas

    maiores de 0,3m de dimetro.Forma Farmacutica: estado final de apresentao que os princpios ativos farmacuticos

    possuem aps uma ou mais operaes farmacuticas executadas com ou sem a adio de

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    excipientes apropriados, a fim de facilitar a sua utilizao e obter o efeito teraputico desejado,

    com caractersticas apropriadas a uma determinada via de administrao.Frmula padro: documento ou grupo de documentos que especificam as matrias-primas

    com respectivas quantidades e os materiais de embalagem, juntamente com a descrio dos

    procedimentos, incluindo instrues sobre o controle em processo e precaues necessrias

    para a manipulao de determinada quantidade (lote) de um produto.Fracionamento: procedimento que integra a dispensao de medicamentos na forma

    fracionada efetuado sob a superviso e responsabilidade de profissional farmacutico

    habilitado, para atender prescrio ou ao tratamento correspondente nos casos de

    medicamentos isentos de prescrio, caracterizado pela subdiviso de um medicamento em

    fraes individualizadas, a partir de sua embalagem original, sem rompimento da embalagem

    primria, mantendo seus dados de identificao.Franquia: um contrato onde uma empresa, mediante pagamento, permite a outra explorar

    sua marca e seus produtos, prestando-lhe contnuo auxilio tcnico.

    Garantia da qualidade: esforo organizado e documentado dentro de uma empresa no sentidode assegurar as caractersticas do produto, de modo que cada unidade do mesmo esteja de

    acordo com suas especificaes.Germicida: produto que destri microorganismos, especialmente os patognicos.Insumo: Matria-prima e materiais de embalagem empregados na manipulao e

    acondicionamento de preparaes magistrais e oficinais.Insumo inerte: substncia complementar, de natureza definida, desprovida de propriedades

    farmacolgicas ou teraputicas, nas concentraes utilizadas, e empregada como veculo ou

    excipiente, na composio do produto final.Local: espao fisicamente definido dentro de uma rea ou sala para o desenvolvimento de

    determinada atividade.Lote ou partida: quantidade definida de matria prima, material de embalagem ou produto,

    obtidos em um nico processo, cuja caracterstica essencial a homogeneidade.Manipulao: conjunto de operaes farmacotcnicas, com a finalidade de elaborar

    preparaes magistrais e oficinais e fracionar especialidades farmacuticas para uso humano.Material de embalagem: recipientes, rtulos e caixas para acondicionamento das preparaes

    manipuladas.Matria-prima: substncia ativa ou inativa com especificao definida, que se emprega na

    preparao dos medicamentos e demais produtos.Medicamento: produto farmacutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade

    profiltica, curativa, paliativa ou para fins de diagnstico.Nomenclatura: nome cientfico, de acordo com as regras dos cdigos internacionais de

    nomenclatura botnica, zoolgica, biolgica, qumica e farmacutica, assim como Nomes

    Homeopticos consagrados pelo uso e os existentes em Farmacopias, Cdices, Matrias

    Mdicas e obras cientficas reconhecidas, para designao das preparaes homeopticas.Nmero de lote: designao impressa em cada unidade do recipiente constituda de

    combinaes de letras, nmeros ou smbolos, que permite identificar o lote e, em caso de

    necessidade, localizar e revisar todas as operaes praticadas durante todas as etapas de

    manipulao.Ordem de manipulao: documento destinado a acompanhar todas as etapas de manipulao.Perfil de dissoluo: representao grfica ou numrica de vrios pontos resultantes da

    quantificao do frmaco, ou componente de interesse, em perodos determinados, associado

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    desintegrao dos elementos constituintes de um medicamento ou produto, em um meio

    definido e em condies especficas.Prazo de validade: perodo de tempo durante o qual o produto se mantm dentro dos limites

    especificados de pureza, qualidade e identidade, na embalagem adotada e estocado nas

    condies recomendadas no rtulo.Preparao: procedimento farmacotcnico para obteno do produto manipulado,

    compreendendo a avaliao farmacutica da prescrio, a manipulao, fracionamento de

    substncias ou produtos industrializados, envase, rotulagem e conservao das preparaes.Preparao magistral: aquela preparada na farmcia, a partir de uma prescrio de

    profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que estabelea em detalhes

    sua composio, forma farmacutica, posologia e modo de usar.Preparao oficinal: aquela preparada na farmcia, cuja frmula esteja inscrita no Formulrio

    Nacional ou em Formulrios Internacionais reconhecidos pela ANVISA.Procedimento operacional padro (POP): descrio pormenorizada de tcnicas e operaes a

    serem utilizadas na farmcia, visando proteger e garantir a preservao da qualidade daspreparaes manipuladas e a segurana dos manipuladores.Produto de higiene: produto para uso externo, anti-sptico ou no, destinado ao asseio ou

    desinfeco corporal, compreendendo os sabonetes, xampus, dentifrcios, enxaguatrios

    bucais, antiperspirantes, desodorantes, produtos para barbear e aps o barbear, estpticos e

    outros.Quarentena: reteno temporria de insumos, preparaes bsicas ou preparaes

    manipuladas, isolados fisicamente ou por outros meios que impeam a sua utilizao,

    enquanto esperam deciso quanto sua liberao ou rejeio.Rastreamento: o conjunto de informaes que permite o acompanhamento e reviso de todo

    o processo da preparao manipulada.Reanlise: anlise realizada em matria-prima previamente analisada e aprovada, para

    confirmar a manuteno das especificaes estabelecidas pelo fabricante, dentro do seu prazo

    de validade.Recipiente: embalagem primria destinada ao acondicionamento, de vidro ou plstico, que

    atenda aos requisitos estabelecidos em legislao vigente.Risco qumico: potencial mutagnico, carcinognico e/ou teratognico.Rtulo: identificao impressa ou litografada, bem como os dizeres pintados ou gravados a

    fogo, presso ou decalco, aplicado diretamente sobre a embalagem primria e secundria do

    produto.

    Sala: ambiente envolto por paredes em todo seu permetro e com porta(s).Sala classificada ou sala limpa: sala com controle ambiental definido em termos de

    contaminao por partculas viveis e no viveis, projetada e utilizada de forma a reduzir a

    introduo, a gerao e a reteno de contaminantes em seu interior.Sala de manipulao: Sala destinada manipulao de frmulas.Sala de manipulao homeoptica: sala destinada manipulao exclusiva de preparaes

    homeopticas.Sala de paramentao: sala de colocao de EPIs que serve de barreira fsica para o acesso

    s salas de manipulao.Saneante domissanitrio: substncia ou preparao destinada higienizao, desinfeco ou

    desinfestao de ambientes e superfcies.Sesso de manipulao: tempo decorrido para uma ou mais manipulaes sob as mesmas

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    condies de trabalho, por um mesmo manipulador, sem qualquer interrupo do processo.Substncia de baixo ndice teraputico: aquela que apresenta estreita margem de

    segurana, cuja dose teraputica prxima da txica.Unidade formadora de colnia (UFC): colnias isoladas de microrganismos viveis, passveis

    de contagem e obtidas a partir da semeadura, em meio de cultura especfico.

    Utenslio: objeto que serve de meio ou instrumento para as operaes da manipulaofarmacutica.Validao: ato documentado que ateste que qualquer procedimento, processo, material,

    atividade ou sistema esteja realmente conduzindo aos resultados esperados.Verificao: operao documentada para avaliar o desempenho de um instrumento,

    comparando um parmetro com determinado padro.Vestirio: rea para guarda de pertences pessoais, troca e colocao de uniformes.

    3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

    3.1 NORMAS GERAIS

    Todo o funcionrio que ingressa na empresa submetido ao exame

    mdico admissional, recebe treinamento inicial de higiene e conduta, incluindo

    o uso adequado e manuteno dos EPIs fornecidos pela empresa, e

    treinamento especfico para a funo. O treinamento registrado em registro

    especfico.

    A empresa fornece os equipamentos de proteo individual necessrios.

    Para todos os cargos existentes feita uma descrio das atribuies

    pertinentes a cada um. O nmero de funcionrios suficiente para realizar

    todas as tarefas com segurana. A farmacutica encarregada de

    supervisionar a manipulao e permanece na farmcia por oito horas dirias.

    3.2 ORGANOGRAMA

    Responsabilidade Tcnica

    Diretoria Administrativa

    Auxiliar

    Tcnico IIServios

    Gerais

    RecepcionistaAuxiliar

    Tcnico I

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    3.3 RESPONSABILIDAS E ATRIBUIES

    As atribuies e responsabilidades individuais esto formalmente

    descritas e perfeitamente compreendidas pelos envolvidos, que possuem

    autoridade suficiente para desempenh-las.

    3.3.1 Diretor Administrativo

    a) Prever e prover os recursos financeiros, humanos e materiais

    necessrios ao funcionamento do estabelecimento.

    b) Garantir que a qualidade dos procedimentos de manipulao

    prevalea sobre quaisquer outros aspectos.

    c) Estar comprometido com as atividades das Boas Prticas de

    Manipulao, melhoria contnua e garantia da qualidade.

    d) Favorecer e incentivar programas de educao continuada para

    todos os envolvidos nas atividades realizadas na farmcia.

    3.3.2 Gerncia Comercial

    a) Definir juntamente com a gerncia tcnica o perfil e atribuies de

    cada funo necessria na empresa.

    b) Selecionar e contratar pessoal qualificado.

    c) Gerenciar toda rotina administrativa da empresa.d) Gerenciar toda rotina financeira da empresa.

    e) Estar comprometido com atividades de melhoria contnua.

    f) Assegurar condies para o cumprimento das atribuies gerais

    da equipe e dos profissionais, visando prioritariamente a qualidade, eficcia e

    segurana do produto manipulado.

    g) Gerenciar o efetivo cumprimento de todas as normas legais e

    fiscais relativas empresa.

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    h) Gerenciar aspectos tcnico-administrativos das atividades de

    manipulao.

    i) Zelar pelo cumprimento das diretrizes de qualidade estabelecidas

    nas BPM.

    j) Efetuar as compras conforme solicitaes definidas pelo

    farmacutico responsvel.

    k) Cuidar do contato com os fornecedores, procurando manter o

    bom relacionamento e a qualidade dos mesmos.

    l) Cuidar para que no haja falta de produtos para o

    desenvolvimento das operaes da empresa.

    m) Manter todos os dados de estoque e especificaes tcnicas de

    produtos atualizados.

    3.3.3 Responsabilidade Tcnica

    Desempenhada por farmacutico. responsvel pela superviso. So

    inerentes ao profissional farmacutico as seguintes atribuies:

    a) Conhecer, interpretar, cumprir e estabelecer condies para

    cumprimento da legislao em vigor.

    b) Especificar, selecionar, inspecionar e armazenar, criteriosamente,

    as matrias-primas e materiais de embalagem.

    c) Qualificar fornecedores e assegurar que a entrega dos produtos

    seja acompanhada de certificado de anlise emitido pelo fornecedor.

    d) Estabelecer critrios e supervisionar o processo de aquisio.

    e) Avaliar a prescrio mdica quanto a sua adequao,

    concentrao e compatibilidade fsico-qumica dos seus componentes, dose e

    via de administrao.f) Atender aos requisitos tcnicos de manipulao das formulaes

    magistrais e/ou oficinais.

    g) Assegurar condies adequadas de manipulao, conservao,

    transporte, dispensao e avaliao final, da formulao magistral e/ou oficinal

    manipulada, visando obter os benefcios do procedimento e evitar riscos.

    h) Manter arquivos com toda a documentao correspondente

    preparao.i) Determinar o prazo de validade para cada produto manipulado.

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    j) Assegurar que os rtulos dos produtos manipulados apresentem,

    de maneira clara e precisa, todas as informaes legalmente exigidas.

    k) Participar de estudos para o desenvolvimento de novas

    formulaes.

    l) Participar de estudos de farmacovigilncia com base em anlise

    de reaes adversas e interaes medicamentosas, informando a Autoridade

    Sanitria local.

    m) Organizar e operacionalizar as reas e atividades da farmcia.

    n) Participar, promover e registrar as atividades de treinamento

    operacional e de educao continuada, garantindo a atualizao dos seus

    colaboradores, bem como para todos os profissionais envolvidos na

    manipulao.

    o) Manter atualizada a escriturao pertinente.

    p) Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e

    procedimentos relativos aos aspectos operacionais da manipulao de

    formulaes magistrais e oficinais.

    q) Supervisionar e promover auto-inspeo nas rotinas operacionais

    de manipulao.

    r) Guardar as substncias sujeitas a controle especial e

    medicamentos que as contenham cumprindo com as exigncias do artigo 68 da

    Portaria SVS/MS n. 344/98.

    s) Prestar assistncia farmacutica necessria aos pacientes,

    objetivando o uso racional e seguro dos medicamentos, informando, sempre

    que necessrio, o modo de usar, possveis riscos, efeitos colaterais, interaes

    com medicamentos e alimentos e outras informaes pertinentes utilizao

    correta dos produtos ao paciente.

    3.3.4 Recepcionista

    O primeiro atendimento ao cliente feito pela recepcionista. Tem que

    ser simptica, atenciosa, saber ouvir e ter boa comunicao.

    a) importante entender qual a necessidade do cliente.

    b) Efetuar a primeira conferncia das receitas.

    c) Preparar o oramento informatizado.d) Marcar o horrio de entrega da frmula.

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    e) Executar a confeco do rtulo, venda e ordem de produo.

    f) Preparar a documentao interna da empresa (manual ou

    informatizada).

    g) Encaminhar a receita ao farmacutico com os devidos rtulos e

    ordem de produo.

    h) Conferir o produto antes da entrega ao cliente.

    i) Fazer a entrega e ltimo contato com o cliente.

    j) Quando necessrio, solicitar a presena do farmacutico.

    k) Manter sempre a rea de exposio de produtos em ordem e

    abastecida.

    l) Manter balces e estantes sempre limpos.

    m) Cuidar para que pisos, paredes, janelas estejam sempre limpos,

    solicitando imediatamente a presena do auxiliar de servios gerais sempre

    que necessrio.

    n) Ficar atenta sobre a iluminao e ventilao.

    o) Em hiptese alguma dar informaes ao cliente sobre os

    medicamentos, substncias, aes e efeitos. Na insistncia do mesmo solicitar

    a presena do farmacutico.

    3.3.5 Auxiliar de Laboratrio

    a) Auxiliar na manipulao de frmulas.

    b) Estar em treinamento constante para conhecimento de

    manipulao de todas as formas farmacuticas.

    c) Acompanhar a posio de estoque do laboratrio, providenciando

    as devidas reposies junto ao almoxarifado.

    d) Cuidar da limpeza das bancadas, equipamentos e materiaisutilizados na manipulao.

    e) Estar atento ao setor, comunicando ao responsvel qualquer

    desvio quanto a processos, materiais, instalaes e limpeza.

    f) Receber as matrias-primas, embalagens e acessrios, conforme

    as normas estabelecidas.

    g) Fazer a primeira conferncia dos itens recebidos.

    h) Cuidar do armazenamento seletivo das matrias-primas,produtos, equipamentos e outros materiais.

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    i) Cuidar do abastecimento dos diversos setores da empresa.

    j) Informar ao setor responsvel sobre faltas e danificaes nos

    produtos.

    k) Fazer o acompanhamento dos prazos de validade dos produtos.

    l) Cuidar da armazenagem e acompanhamento dos produtos

    rejeitados e vencidos.

    m) Cuidar da limpeza de prateleiras, armrios, bancadas e

    equipamentos sobre sua responsabilidade.

    n) Cuidar da segurana e proteo de todos os itens do

    almoxarifado.

    3.3.6 Analista de Controle de Qualidade

    a) Amostrar as matrias-primas, bases galnicas, excipientes e

    produtos acabados para revenda no balco;

    b) Confeccionar laudos de anlise;

    c) Enviar amostras para anlise fsico-qumica ou microbiolgica

    para laboratrio de controle de qualidade conveniado;

    d) Enviar e acompanhar o controel microbiolgico terceirizado

    (quando for o caso).

    e) Enviar os resultados das anlises para reviso pela farmacutica.

    3.3.7 Auxiliar de Servios Gerais

    a) Higiene e sanitizao da todas as reas da farmcia (internas e

    externas);

    b) Recolhimento e disposio do lixo;

    c) Controlar o estoque do material de limpeza, solicitando a compra,quando necessrio.

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    4 FUNCIONAMENTO

    4.1 PARAMENTAO

    A farmcia fornece a seus funcionrios os equipamentos de proteo

    individual necessrios.

    Os jalecos devem ser trocados a cada dois dias, sendo que a farmcia

    responsvel pela limpeza dos mesmos. As mscaras devem ser trocadas

    sempre que estiverem sujas ou danificadas. As toucas so descartadas

    conforme as condies de uso. As luvas so descartadas diariamente ou ainda

    antes, se necessrio.

    4.2 CONDUTA PARA VISITANTES

    proibido o acesso de pessoas estranhas s reas de manipulao.Quando necessrio o acesso de visitantes, estes recebem uniforme para

    acesso s reas internas. O uniforme para visistantes inclui: avental, touca,

    pro-ps e quando necessrio, mscara. O uniforme para visitantes est

    localizado na sala de paramentao.

    4.3 PROGRAMA DE TREINAMENTO PARA FUNCIONRIOS

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    O programa de treinamento inicial e contnuo de higiene e conduta e

    treinamentos especficos para os funcionrios tem como objetivo a segurana e

    garantia da manipulao correta.

    O responsvel por esta etapa o farmacutico.

    Os materiais necessrios constituem de planilha de controle para

    registro do treinamento realizado, POPs sobre os assuntos a serem abordados,

    Manual de Boas Prticas de Manipulao.

    Procedimento: todo funcionrio que ingressa na empresa deve receber

    treinamento inicial e contnuo sobre higiene e conduta, treinamento especfico

    referente s suas atribuies e ao setor de trabalho ao qual ser locado,

    conscientizao dos padres de qualidade por eles exigidos, cuidados para

    evitar a contaminao, sua responsabilidade dentro da empresa e junto ao

    consumidor final, motivao para a manuteno dos padres de qualidade,

    estmulo para relatar erros no intencionais cometidos em qualquer etapa da

    manipulao ou propor correes. fundamental, no treinamento de qualquer

    setor da farmcia colocar a importncia do trabalho em equipe e que o trabalho

    de cada um depende do trabalho dos outros e qualquer setor pode, direta ou

    indiretamente, causar desvio na qualidade dos produtos manipulados. Os

    funcionrios devem ter conscincia da sua importncia para a empresa,

    indiferente do setor. Segurana (extintores de incndio, matrias-primas de

    risco), uso adequado dos Equipamentos de Proteo Individual (EPIs),

    manuteno e a responsabilidade do funcionrio. Perfis e responsabilidades no

    trabalho em farmcia de manipulao. Identificao dos materiais.

    O conceito de Qualidade e todas as medidas capazes de melhorar a

    compreenso e sua implementao devem ser amplamente discutidos durante

    as sesses de treinamento; periodicamente, todos os funcionrios devemreceber treinamento de reciclagem. Os treinamentos realizados so registrados

    em registro de controle, que arquivado na farmcia.

    4.3.1 Itens que devero ser abordados nos treinamentos:

    a) Todos os funcionrios passam por exames mdicos no momento

    de sua admisso e tambm no momento da demisso.

    b) No caso de suspeita ou confirmao de qualquer enfermidade ouleso, o funcionrio remanejado dentro do quadro de funcionrios, afastado

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    de suas atividades temporariamente ou definitivamente, de acordo com as

    recomendaes mdicas.

    c) Todos os funcionrios recebem orientaes quanto s prticas de

    higiene pessoal, devendo obedec-las.

    d) No permitido uso de cosmticos, esmalte, jias, e acessrios

    na rea de manipulao.

    e) Os manipuladores do sexo masculino devem estar sempre com

    barba e bigodes raspados.

    f) Todo o funcionrio tem a obrigao de informar ao seu superior

    qualquer condio de risco, relativas ao produto, ambiente, equipamento ou

    pessoal.

    g) Todo o funcionrio, independente de sua funo, deve estar

    corretamente uniformizado para a execuo de suas funes, assegurando a

    sua proteo individual e a do produto contra contaminao. Os uniformes

    devem ser trocados sempre que necessrio para garantir a higiene adequada,

    no mnimo 3 vezes na semana.

    h) Os procedimentos de higiene pessoal e paramentao so

    obrigatrios para todos aqueles que adentrarem na rea de manipulao,

    sejam eles funcionrios, visitantes, administradores ou autoridades.

    i) Qualquer acidente de trabalho deve ser imediatamente

    comunicado ao farmacutico responsvel, para que sejam tomadas as devidas

    providncias.

    j) Dentro da rea de paramentao h uma caixa com matrias de

    primeiros socorros.

    k) No permitido manter conversaes, fumar, comer, beber,

    mascar, pentear cabelos, atender celulares, manter plantas, alimentos,bebidas, fumo, medicamentos e objetos pessoais no laboratrio.

    l) Os funcionrios devem evitar atos no sanitrios como: coar a

    cabea, introduzir dedos nas orelhas, nariz e boca.

    m) Antes de tossir ou espirrar, a pessoa deve se afastar do produto

    que esteja manipulando e de preferncia sair do laboratrio, aps, lavar as

    mos para evitar contaminao.

    n) No colocar as mos no produto que est sendo manipulado, usaresptulas para isso.

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    o) No falar em cima do produto (utilizar mscara).

    p) No deixar entulhos na rea de manipulao. proibida a entrada

    de caixas de papelo na rea de manipulao.

    q) O lanche deve ser feito na copa ou fora das dependncias da

    empresa, nos horrios pr-determinados pela Administrao.

    r) Os manipuladores devem manter uma atitude tranqila e

    concentrada na tarefa, evitando movimentos bruscos e interrupes para

    atender ao telefone. Se necessrio usar o sanitrio, procurar terminar a tarefa

    antes e, retirar o uniforme da empresa antes, realizando todo o procedimento

    de paramentao e higienizao das mos, quando for retornar ao laboratrio.

    s) Todos os funcionrios devem manter sigilo sobre os produtos

    manipulados para os clientes.

    t) Tanto na manipulao, quanto na dispensao, os funcionrios

    devem ser atenciosos e gentis com os clientes e colegas.

    4.3.2 Treinamento Especfico

    O treinamento especfico deve ser aplicado por rea de atividade do

    pessoal envolvido e deve abordar:

    a) Atendimento ao cliente no balco:

    O treinamento deve abranger: como lidar com o cliente, execuo do

    oramento, gerenciamento de quantidade de manipulaes do dia (prazo de

    entrega), avaliao da receita para evitar erros no seu encaminhamento,

    atendimento na entrega da frmula manipulada, com orientaes sobre o uso

    correto do produto, conservao adequada, prazo de validade, cuidadosespeciais, observncia da rotulagem (indicaes especiais). Perfil para atender.

    b) Manipuladores

    Seu treinamento deve abranger: higiene pessoal, limpeza e sanitizao

    das instalaes, conscientizao da importncia para evitar contaminaes,

    forma correta de manipular as diferentes formas farmacuticas, onde encontrar

    a informao, a importncia da padronizao, como preencher adocumentao de controle, a importncia dos registros, ordem de manipulao

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    e frmula padro, no caso de dvidas, consultar o farmacutico responsvel

    (nunca executar uma frmula nestas condies), a importncia da superviso

    do farmacutico, a escolha dos equipamentos e utenslios adequados a cada

    tipo de manipulao e a importncia das condies de limpeza destas

    equipamentos, controle de estoque de materiais de laboratrios no sentido de

    nunca deixar faltar nada para no prejudicar a manipulao, relatar qualquer

    anormalidade percebida no momento da recepo dos insumos e sua

    importncia na garantia de qualidade do produto manipulado.

    c) Farmacutico

    Deve receber treinamento sobre como auditar constantemente todas as

    atividades executadas por pessoas de outras reas; desenvolvimento de

    esprito de liderana e esprito inovador para promover as mudanas

    necessrias para melhoria da qualidade na farmcia.

    d) Pessoal do departamento de limpeza

    Seu treinamento abrange a necessidade de executar bem suas tarefas

    para o conjunto do programa de qualidade da farmcia; solues e produtos

    utilizados na limpeza e sanitizao das dependncias da farmcia.

    5 INFRAESTRUTURA FSICA

    5.1 CONDIES GERAIS

    A farmcia, destinada manipulao de produtos magistrais e oficiais,est localizada, foi projetada e adaptada, para contar com uma infra-estrutura

    adequada s operaes desenvolvidas, para assegurar a qualidade das

    preparaes.

    A farmcia possui extintores de incndio, conforme plano de preveno

    de incndios. Anualmente feita a recarga dos extintores.

    5.2 SETOR DE ATENDIMENTO

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    Consiste numa rea destinada ao atendimento de clientes, onde feita a

    recepo de receitas mdicas, entrega de produtos aviados e venda de

    produtos.

    Descrio da rea:

    - Piso: cermica.

    - Paredes e teto: concreto com tinta lavvel.

    - Materiais e equipamentos: computador com impressora, telefone,

    balco de madeira, cadeiras e prateleiras.

    5.3 SANITRIO DE USO DO PESSOAL

    O atendente, o auxiliar de laboratrio, o farmacutico, o diretor

    administrativo e o gerente comercial utilizam o sanitrio localizado no interior

    da farmcia.

    Descrio da rea:

    - Piso: cermica.

    - Paredes: tinta lavvel e azulejos.

    - Teto: tinta lavvel.

    - Aberturas: alumnio.

    - Materiais: pia, vaso sanitrio, ralo, sabonete lquido, toalhas de papel

    descartvel.

    5.3 SANITRIO DE USO DOS CLIENTES

    Os clientes utilizam o sanitrio localizado na rea de recepo na

    farmcia.Descrio da rea:

    - Piso: cermica.

    - Paredes: tinta lavvel e azulejos.

    - Teto: tinta lavvel.

    - Aberturas: alumnio.

    - Materiais: pia, vaso sanitrio, ralo, sabonete lquido, toalhas de papel

    descartvel.

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    5.4 VESTIRIO E PARAMENTAO

    rea destinada troca da vestimenta de uso pessoal pelos uniformes do

    laboratrio, guarda dos pertences pessoais do pessoal do laboratrio,

    paramentao, assepsia das mos e acesso aos laboratrios.

    Descrio da rea:

    Piso: cermica.

    Paredes: Divisrias de PVC.

    Teto: tinta lavvel.

    Materiais: armrio, pia, sabonete anti-sptico, EPIs.

    5.5 LABORATRIO DE CONTROLE DE QUALIDADE

    Este laboratrio utilizado para o controle de qualidade de matrias-

    primas e produto acabado.

    Aps a manipulao todas as frmulas devero ser inspecionadas

    segundo os seguintes critrios:

    Produtos lquidos e semi-slidos:

    - peso ou volume final

    - aparncia (cor, odor, textura, homogeneidade)

    - Viscosidade

    - pH

    - Estabilidade,

    - Conferncia da receita e requisio,

    - Conferncia do rtulo (nome do paciente, frmula, uso interno ou

    externo, nome do mdico, data, validade, modo de usar),- Assinatura do manipulador no rtulo de controle de processo,

    - Conferncia da limpeza,

    - Adequao e vedao das embalagens,

    - Observar se o produto com ou sem essncia ou flavorizante

    conforme prescrio, pesquisar impurezas, sinais de instabilidade, falta de

    homogeneidade na formulao,

    - Verificar necessidade de rtulos de advertncias especiais,

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    Produtos slidos:

    - Conferir requisio e receita

    - Conferir Rtulo e receita

    - Conferir quantidade de cpsulas

    - Conferir aparncia e integridade das cpsulas

    - Conferir fechamento das cpsulas

    - Conferir o tamanho e a cor das cpsulas

    - Avaliar o peso mdio das cpsulas

    - Colar rtulos de portarias e advertncias

    - Verificar a presena de saches de slica gel

    - Conferir assinaturas do manipulador e encapsulador e dar rubrica na

    etiqueta de processo.

    - Registrar em caderno apropriado a receia aviada

    - As frmulas prontas e conferidas devero ser encaminhadas para a

    recepo.

    Descrio da rea:

    Piso: cermica.

    Paredes: Divisrias de PVC.

    Teto: concreto com tinta lavvel.

    Materiais: bancada de granito com armrio, em MDF para a guarda dos

    equipamentos necessrios ao controle de qualidade de medicamentos.

    Equipamentos: pHmetro, aparelho de ponto de fuso, alcometro, picnmetro,

    viscosmetro, etiquetas, canetas, entre outros equipamentos e utenslios.

    5.6 LABORATRIO DE SEMI-SLIDOS E LQUIDOS

    Neste laboratrio so manipuladas as formas farmacuticas semi-slidase lquidas de uso interno e externo, de acordo com POP especfico.

    As formas farmacuticas de uso interno possuem local e vidraria

    exclusiva para sua manipulao.

    Descrio da rea:

    Piso: cermica.

    Paredes: concreto com tinta lavvel e divisrias de PVC.

    Teto: concreto com tinta lavvel.

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    Materiais e equipamentos: balces de MDF com bancada em granito, pia

    para lavagem de materiais, balana, vidrarias em geral, agitador mecnico,

    manta de aquecimento, matrias-primas, materiais de embalagem sanitizados,

    canetas, etiquetas, calculadora, condicionador de ar.

    5.7 ALMOXARIFADO

    Local onde so armazenadas as matrias-primas j aprovadas e

    embalagens no sanitizadas.

    Descrio da rea:

    Piso: cermica.

    Paredes: concreto com tinta lavvel e divisrias de PVC.

    Teto: concreto com tinta lavvel.

    Materiais: termohigrmetro, prateleiras de metal, matrias-primas e

    embalagens.

    5.8 GARANTIA DA QUALIDADE

    Local onde feita a conferncia final pela farmacutica e unificao do

    pedido, antes deste ser repassado recepo.

    Neste local tambm so armazenadas toda a documentao referente

    garantia da qualidade e controle de processo de manipulao.

    Descrio da rea

    Piso: cermica.

    Paredes: concreto com tinta lavvel e divisrias de PVC.

    Teto: concreto com tinta lavvel.

    Materiais: armrio em MDF com gavetas e bancada de granito.

    5.9 LABORATRIO DE SLIDOS (GERAL)

    Aps a conferncia da ficha de pesagem pelo farmacutico, confeco

    dos rtulos e registros, a receita segue para os laboratrios especficos.

    Antes do incio da manipulao feita a limpeza da bancada e

    equipamentos. As matrias-primas que sero utilizadas na formulao so

    retiradas do almoxarifado e transportadas com bandejas at os laboratrios.

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    Os componentes da frmula so pesados um a um, utilizando papel

    manteiga com auxilio da balana previamente tarada. Os componentes da

    frmula so transferidos para um gral limpo, triturados com o pistilo, tamisados

    e homogeneizados com o auxlio de um saco plstico.

    Em seguida, o p depositado sobre a encapsuladeira, previamente

    preparada com as cpsulas correspondentes ao tamanho, nmero e

    quantidade suficiente para a frmula a ser manipulada. Aps a manipulao,

    as cpsulas so depositadas em potes plsticos que so escolhidos em funo

    da quantidade e tamanho das cpsulas, os quais j devem conter o rtulo da

    frmula que foi manipulada. O produto acabado e a ficha de pesagem so

    encaminhados ao laboratrio de controle de qualidade.

    Descrio da rea:

    Piso: cermica.

    Paredes: concreto com tinta lavvel e divisrias de PVC.

    Teto: concreto com tinta lavvel.

    Materiais: armrios em frmica com bancadas em granito, banquetas,

    embalagens, slica, canetas, etiquetas.

    Equipamentos: balana, termohigrmetro, exaustor, encapsuladoras

    manuais.

    5.10 LABORATRIO DE MANIPULAO DE HORMNIOS E

    LABORATRIO DE MANIPULAO DE ANTIBITICOS

    A farmcia possui salas de manipulao dedicadas, dotadas cada uma

    com antecmara, para a manipulao de hormnios e outra para amanipulao de antibiticos, com sistemas de ar independentes e de eficincia

    comprovada. A manipulao de medicamentos base de hormnios e

    antibiticos, em formas lquidas de uso interno tambm so realizadas nos

    laboratrios exclusivos para a manipulao destas classes de substncias.

    As salas possuem presso negativa em relao s reas adjacentes,

    sendo projetadas de forma a impedir o lanamento de ps no laboratrio ou no

    meio ambiente, evitando contaminao cruzada, protegendo o manipulador e omeio ambiente.

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    A pesagem dos hormnios e antibiticos efetuada na respectiva sala

    de manipulao.

    A farmcia possui procedimento operacional padro para evitar

    contaminao cruzada.

    As balanas e bancada devem ser submetidas limpeza com lcool

    70% aps cada pesagem e/ou manipulao de frmulas.

    Os utenslios utilizados na manipulao de hormnios e de antibiticos

    so utilizadas unicamente para a manipulao destas substncias.

    Os equipamentos de proteo individual apropriados para estas salas

    devem ser utilizados visando proteo e segurana dos manipuladores.

    Os funcionrios diretamente envolvidos na manipulao de hormnios e

    antibiticos so submetidos a exames mdicos especficos, conforme o

    Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO) da empresa.

    A aquisio e o armazenamento das matrias-primas seguem

    procedimentos operacionais padres gerais e especficos.

    Quando h necessidade de diluio geomtrica, esta etapa segue

    P.O.P. especfico, com dupla checagem da pesagem.

    A pesagem para manipulao feita com dupla checagem, sendo uma

    realizada pelo farmacutico, com registro dessa operao.

    Para o monitoramento do processo de manipulao de formas

    farmacuticas de uso interno, a farmcia realiza Controle de Qualidade

    conforme programa estabelecido com a empresa terceirizada para este fim.

    5.11 SETOR ADMINISTRATIVO

    Descrio da rea:

    Piso: cermica.Paredes: concreto com tinta lavvel divisrias de PVC.

    Teto: concreto com tinta lavvel.

    Materiais: mesas de escritrio com cadeiras, material de escritrio.

    Equipamentos: computadores com impressora.

    5.12 EQUIPAMENTOS/MOBILIRIOS E UTENSLIOS

    Os equipamentos so diariamente verificados conforme procedimentooperacional padro especfico e calibrados diariamente. Os equipamentos,

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    mobilirios e utenslios so limpos e sanitizados diariamente conforme

    procedimento operacional padro especfico.

    O lixo recolhido diariamente dos setores, sendo removido das lixeiras

    fora da rea de manipulao e, levados para o local de coleta, adequadamente,

    em sacos plsticos resistentes.

    6 PROGRAMA DE MANUTENO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS E

    ROTINAS OPERACIONAIS

    Todos os equipamentos devem ser submetidos manuteno

    preventiva, de acordo com um programa formal, e corretiva, quando

    necessrio, obedecendo procedimentos operacionais padro descritos, com

    base nas especificaes dos manuais dos fabricantes.

    Quando qualquer alterao for observada, deve-se comunicar a

    farmacutica para contactar a assistncia tcnica.

    As manutenes preventivas e corretivas realizadas so anotadas em

    planilhas de registro e seguem procedimentos operacionais.

    A manuteno dos equipamentos no pode ser realizada em horrios

    simultneos as manipulaes e, para a liberao para manipular, devero ser

    limpos e sanitizados adequadamente (equipamentos e ambiente) conforme

    POPs especficos.

    Todos os sistemas de climatizao de ambientes devem estar emcondies adequadas de limpeza, conservao, manuteno, operao e

    controle, de acordo com procedimento operacional especfico.

    6.1 PROCEDIMENTO E PERIODICIDADE DE MANUTENO E LIMPEZA

    6.1.1 Ar Condicionado

    Limpeza da grade frontal a cada 7 dias. Limpeza interna uma vez aoano, conforme POP e registro em planilha.

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    6.1.2 Sistema de Exausto

    Conforme procedimento de limpeza. Freqncia diria (superfcie).

    Troca do filtro pela inspeo visual e registro da troca em registro especfico.

    6.1.3 Balanas

    As balanas devem ser diariamente verificadas com peso padro

    (calibrao diria) e o valor deve ser registrado em planilha de controle

    conforme procedimento operacional padro.

    As calibraes anuais das balanas s devem ser executadas por

    pessoal capacitado, utilizando padres rastreveis Rede Brasileira de

    Calibrao, com procedimentos reconhecidos oficialmente, no mnimo uma vez

    ao ano, ou em funo da freqncia de uso do equipamento e dos registros

    das verificaes dos mesmos. O laudo de calibrao arquivado na farmcia.

    6.1.4 Sistema de Purificao de gua (Destilador)

    Limpeza semanal do destilador, mangueiras e superfcie interna, troca

    dos filtros e mangueiras semestralmente ou quando necessrio.

    6.2 LIMPEZA E SANITIZAO

    Existe procedimento operacional padro descrevendo a limpeza e

    sanitizao de todos os setores da farmcia. Todo o procedimento de limpeza

    executado registrado em planilha de controle. A limpeza realizada no incio

    do dia de trabalho para no interferir nos trabalhos de manipulao.

    A limpeza e sanitizao do piso feita diariamente com pano mido e

    sanitizante (sem varrer). As bancadas so limpas com lcool 70GL antes doincio dos trabalhos do dia, entre cada manipulao e ao final do expediente.

    As paredes e tetos so limpos uma vez por semana.

    6.2.1 Coleta do Lixo

    O lixo acumulado nas lixeiras de todos os setores retirado fora da rea

    de manipulao no incio de cada dia de manipulao, sendo transferido para o

    local de coleta.

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    A farmcia possui Programa de Gerenciamento dos Resduos dos

    Servios de Sade (PGRSS), que se encontra em anexo ao Manual de Boas

    Prticas de Manipulao.

    6.2.1 Programa de Controle de Pragas e Vetores

    A farmcia dispe de programa de controle de pragas mantendo-se os

    respectivos registros. O controle de roedores, insetos, aves e outros animais

    feito atravs de:

    1) controle no-qumico atravs da verificao das instalaes,

    avaliando a presena de possveis pontos de entrada de pragas, devendo

    estes ser eliminados; aparecimento de qualquer sinal que indique a presena

    de insetos e roedores, os sinais podero ser fezes, materiais rodos, insetos.

    Todos os funcionrios da farmcia devem participar do controle, comunicando

    ao farmacutico caso observe alguma desconformidade.

    O controle no-qumico deve ser utilizado primeiramente, caso seja

    possvel. Este feito atravs de medidas que visam modificar as condies

    favorveis para a existncia desta praga. Utilizam-se para tanto, barreiras de

    ocluso, armadilhas, aspirao, controle da luz e temperatura, manejo

    adequado dos resduos, boas prticas de saneamento e manuteno nas

    instalaes.

    2) Controle qumico, por meio de contrato com uma empresa

    especializada em desinsetizao, descupinizao e desratizao, que dever

    apresentar literatura tcnica dos ativos utilizados nos procedimentos, bem

    como, selecionar o defensivo qumico adequado, aprovado pela autoridade

    sanitria, e a tecnologia de aplicao. A periodicidade do controle qumico deve

    ser executada semestralmente, seguindo Procedimento OperacionalEspecfico.

    7 SOLICITAO DE COMPRAS

    feita atravs de registro em planilha conforme verificao da falta. O

    gerente de compras o responsvel pelos pedidos. emitida ordem de

    compra para pedido documentado junto ao fornecedor.

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    7.1 ESCOLHA DO FORNECEDOR

    Esta escolha baseia-se principalmente na baixa porcentagem de

    reprovao da matria-prima; continuidade na qualidade de seu fornecimento;

    envio de certificado de anlise, assinado pelo farmacutico responsvel;

    presena do responsvel tcnico; embalagem apropriada e identificao

    correta das matrias-primas (denominao, lote, fabricao, validade, teor,

    condies de estocagem, fornecedor/fabricante); pronto atendimento;

    informaes do programa de qualificao do fornecedor.

    7.2 RECEBIMENTO DE MATRIAS-PRIMAS

    Todo o material, para ser recebido, dever passar pela inspeo de

    recebimento conforme procedimento operacional padro, que dever verificar:

    - correspondncia com o pedido;

    - nota fiscal;

    - certificado de anlise;

    -se os produtos esto devidamente etiquetados e identificados com:

    denominao, nmero de lote, prazo de validade e data de fabricao,

    condies de armazenamento e advertncias (se necessrio) e a identificao

    completa do fornecedor/fabricante.

    Ocorrendo qualquer irregularidade com os itens acima, no receber os

    produtos e comunicar o ocorrido ao setor de compras. Todas as irregularidades

    encontradas devero ser anotadas no verso do pedido de compra e na 2a via

    da nota fiscal, sendo datadas e assinadas.

    Caso liberado os produtos pelo recebimento, os mesmos devero ter

    suas embalagens externas previamente sanitizadas com lcool 70%, tomando

    o cuidando para no apagar as informaes do rtulo, e encaminhadas pararea de controle de qualidade, acompanhados dos certificados de anlise do

    fornecedor, etiquetas para fracionamento e certificado de anlise interno.

    Encaminhar as matrias-primas para a sala de Controle de Qualidade,

    aeparar amostragem de acordo com padro para controle de qualidade.

    Guardar o restante do produto na quarentena, identificando com a etiqueta de

    Quarentena.

    Todos os materiais devem ser recebidos pela entrada posterior dafarmcia.

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    7.2.1 Armazenamento

    Materiais dispostos em ordem alfabtica. Nenhum material poder estar

    armazenado direto no cho ou em contato com as paredes, devendo estar

    dispostos em estrados e prateleiras, para facilitar a limpeza adequada do setor.

    Dispor os materiais conforme Firt-in fist-out, ou seja, o primeiro que entra

    o primeiro que sai, dispor os materiais de forma que as matrias-primas com

    data de validade menor fiquem frente daquelas com data de validade maior.

    Os rtulos das matrias-primas devem apresentar as seguintes

    informaes: denominao do produto (DCB ou DCI), cdigo de referncia

    interna, identificao do fabricante/fornecedor, teor ou potncia (quando

    aplicvel), prazo de validade e/ou data de reanlise, condies de

    armazenamento e advertncias (quando aplicvel) e situao interna da

    matria-prima (quarentena, aprovado, reprovado).

    As embalagens devem estar adequadamente acondicionadas, fechadas

    e ntegras, qualquer dano verificado nas embalagens dever ser reparado. O

    material de embalagem dever ser armazenado em sacos plstico fechados,

    nas prateleiras do almoxarifado.

    8 GUA

    gua potvel: a farmcia abastecida com gua potvel, proveniente da

    caixa dgua. semestralmente so feitos testes fsicos e microbiolgicos para

    monitorar a qualidade da gua potvel, tendo-se os registros. As anlises so

    terceirizadas. A gua utilizada na manipulao obtida por processo de

    purificao (destilador).gua purificada: O sistema de purificao da gua utilizado na farmcia

    a destilao. feita manuteno semestral de todo sistema, com registro em

    planilha. So realizados testes mensalmente, com empresa terceirizada, para

    garantir a qualidade da gua. Os laudos de anlise da gua ficam arquivados

    na farmcia.

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    9 CONTROLE DO PROCESSO DE MANIPULAO

    Existem procedimentos operacionais para a manipulao de semi-

    slidos, lquidos, bases galnicas e slidos. Existe um laboratrio para a

    manipulao de semi-slidos e lquidos, manipulao de slidos, manipulao

    de hormnios e manipulao de antibiticos.

    As preparaes de estoque mnimo tm frmula padro e, para sua

    preparao emitida ordem de produo com as quantidades determinadas.

    Todas as prescries a serem manipuladas antes so verificadas pela

    farmacutica (avaliao farmacutica da prescrio) nos itens viabilidade e

    compatibilidade dos componentes entre si e concentrao. A farmacutica

    registra na ordem de produo sua verificao e realiza os clculos

    necessrios para a manipulao adequada. Os clculos so observados

    quanto s unidades, equivalncias, concentrao dos frmacos e o tipo de

    excipiente ou base galnica a utilizar.

    Cada frmula individual recebe um nmero de registro definido pela

    ordem seqencial de registro no computador.

    Existe procedimento operacional para preveno de contaminao

    cruzada. Antes do incio de cada manipulao, as superfcies de trabalho e

    equipamentos so limpos e sanitizados, todos os materiais e resduos da

    manipulao anterior so retirados. No momento da manipulao, o sistema de

    exausto deve estar ligado.

    Os materiais e utenslios da manipulao so exclusivos para cada

    setor, sendo lavados separadamente.Existe procedimento operacional para a rotulagem adequada. Existem

    rtulos especficos para:

    - produto magistral, devendo constar as seguintes informaes: nome do

    prescritor e nome do paciente, n de registro no livro de receiturio, data da

    manipulao, prazo de validade, identificao com quantidade de todos os

    componentes da receita, forma farmacutica e nmero de unidades,

    peso/volume (quando aplicvel), posologia, identificao da farmcia (CNPJ,endereo, nome do RT e CRF).

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    - etiquetas complementares: advertncias para o uso adequado da

    frmula manipulada (Agite antes de usar, Conservar em geladeira, Uso

    interno, Uso externo, Agite antes de usar).

    Dependendo da forma farmacutica a ser manipulada, existem

    procedimentos operacionais especficos, e indispensvel inspecionar cada

    etapa do processo a fim de garantir a qualidade da manipulao.

    9.1 CONFERNCIA FINAL

    Aps a manipulao, as frmulas e sua documentao devem passar

    pela conferncia final, feita pela farmacutica, para a certificao da execuo

    correta conforme o pedido e recita. A conferncia inclui a inspeo visual da

    frmula, registros e documentos. Este procedimento registrado na ordem de

    produo (assinatura do farmacutico). As frmulas conferidas so dispostas

    na loja, em prateleiras, agrupadas e separadas de outros pedidos, em ordem

    alfabtica. As frmulas termolbeis so dispostas em local especfico, na

    geladeira do almoxarifado espera do cliente para a sua dispensao.

    9.2 MANIPULAO DE HORMNIOS E ANTIBITICOS

    A manipulao de hormnios e antibiticos realizada em laboratrios

    exclusivo para essas substncias

    9.3 ROTULAGEM

    A rotulagem anterior manipulao. Todo o pedido acompanha seus

    respectivos rtulos. Os rtulos das preparaes farmacuticas de estoque

    mnimo contem, no mnimo, os seguintes dados: nome do produto e dosagem,

    lote interno, data de fabricao e validade, quantidade manipulada.Os rtulos das frmulas manipuladas a serem dispensadas apresentam

    as seguintes informaes: nome do prescritor e nome do paciente, n de

    registro no livro de receiturio, data da manipulao, prazo de validade,

    identificao com quantidade de todos os componentes da receita, forma

    farmacutica e nmero de unidades, peso/volume (quando aplicvel),

    posologia, identificao da farmcia (CNPJ, endereo, nome do RT e CRF).

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    10 ATENDIMENTO E DISPENSAO DE FRMULAS

    Existe procedimento operacional para o atendimento adequado. Quando

    o cliente no tem a receita mdica, o atendente deve questionar o nome do

    mdico e se o medicamento de uso contnuo, caso o paciente no tenha

    mdico, chamar a farmacutica para orientar o paciente.

    O atendente dever solicitar o nome completo do paciente, a receita

    mdica, para quem a frmula, telefone, endereo, idade, nome do mdico e

    CRM.

    O pedido do cliente registrado em venda e o horrio de retirada

    agendado. O cliente recebe uma via da venda.

    A venda, receita, ordem de produo e rtulos so enviados para o

    laboratrio aviar a frmula.

    Ao dispensar qualquer pedido, dever antes de entrega ao cliente,

    verificar a conformidade do pedido e o nome do paciente completo (conferncia

    na entrega). Verificar etiquetas de advertncia, doses, observaes do

    laboratrio (por exemplo, mudana da cor da cpsula) e informar ao paciente

    das alteraes e condies adequadas de conservao e uso dos

    medicamentos.

    10.1 TELE ENTREGA

    Existe procedimento operacional para a entrega domiclio. O

    documento de entrega dos produtos manipulados assinado pelo cliente,

    confirmando a conferncia do pedido. Este documento arquivado na

    farmcia. O pedido, antes de ser entregue conferido na farmcia com o

    entregador.

    10.2 CONTROLE DE FRMULAS NO RETIRADAS

    Inspeo semanal das prateleiras. Contato com o cliente sobre frmulas

    no retiradas e registro do contato em planilha. Retirada e eliminao das

    frmulas vencidas (registrar em planilha controle e encaminhar para descarte).

    O pedido e receiturio dos produtos no retirados so arquivados. Frmulas

    no vencidas devero ser retiradas da prateleira e encaminhadas para afarmacutica verificar o possvel reaproveitamento e, registrar o destino final.

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    10.3 ESCRITURAO

    A farmcia executa a escriturao das frmulas aviadas no computador,

    recebendo um nmero de registro especfico.

    11 GARANTIA DE QUALIDADE

    11.1 PROGRAMA DE GARANTIA DA QUALIDADE

    A Garantia da Qualidade tem como objetivo assegurar que os produtos e

    servios estejam dentro dos padres de qualidade exigidos. Para assegurar a

    qualidade das frmulas manipuladas, a farmcia possui um Sistema de

    Garantia da Qualidade (SGQ) que incorpora as BPM deste regulamento

    tcnico, totalmente documentado e monitorado. A documentao inicial inclui

    POPs, metodologias analticas, especificaes tcnicas, frmula padro e

    planilhas de controle.

    O Sistema de Garantia da Qualidade para a manipulao de frmulas

    deve assegurar que:

    a) as operaes de manipulao sejam claramente especificadas por

    escritos (POPS, especificaes tcnicas e metodologias especficas) e que as

    exigncias de BPM sejam cumpridas;

    b) os controles necessrios para avaliar as matrias-primas sejam

    realizados de acordo com procedimentos escritos e devidamente registrados;

    c) sejam elaborados procedimentos escritos para limpeza da rea de

    manipulao, materiais e equipamentos;

    d) os equipamentos sejam calibrados, com documentaocomprobatria;

    e) a preparao seja corretamente manipulada, segundo procedimentos

    apropriados;

    f) a preparao seja manipulada e conservada de forma que a qualidade

    da mesma seja mantida;

    g) sejam realizadas auto-inspees de modo a assegurar um processo

    de melhoria contnua;h) exista um programa de educao inicial e contnuo;

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    i) exista a proibio do uso de cosmticos, jias e acessrios para o

    pessoal com atividades de manipulao;

    j) sejam estabelecidos prazos de validade, assim como as instrues de

    uso e de armazenamento das frmulas manipuladas.

    11.2 CONTROLE DE QUALIDADE

    Avalia a qualidade das matrias-primas, material de embalagem,

    frmulas manipuladas e bases galnicas. O controle inicia com a inspeo de

    recebimento para verificar a integridade das embalagens e informao dos

    rtulos.

    As matrias-primas so avaliadas quanto: caractersticas organolpticas,

    solubilidade, pH, peso, volume, ponto de fuso, densidade e avaliao do

    certificado de anlise do fornecedor.

    As preparaes de estoque mnimo so avaliadas quanto: grau ou teor

    alcolico, densidade, volume, viscosidade, teor, pureza microbiolgica. As

    cpsulas so avaliadas em peso mdio. As anlises de teor e pureza

    microbiolgica so terceirizadas.

    As especificaes e as respectivas referncias Farmacopeicas, Codex

    ou outras fontes de consultas, oficialmente reconhecidas, devem estar

    disponveis (digital).

    Os diferentes lotes de matrias-primas devem vir acompanhados dos

    respectivos Certificados de Anlises emitidos pelo fabricante/fornecedor. Estes

    devem ter informaes claras e conclusivas, com todas as especificaes

    acordadas com o farmacutico, datadas, assinadas e com especificao do

    responsvel tcnico com o respectivo nmero de inscrio no seu Conselho

    Profissional correspondente. Os Certificados de Anlises devem ser avaliadospara verificar o atendimento aos parmetros oficialmente aceitos.

    A matria-prima aprovada pode ser fracionada, devendo ser

    adequadamente identificada e armazenada. A matria-prima reprovada deve

    ser identificada e isolada, e o fornecedor deve ser informado para realizar a

    substituio (devoluo).

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    11.3 PRAZO DE VALIDADE

    Todo produto manipulado apresenta no rtulo a data de fabricao e

    validade e as condies de armazenamento. A determinao do prazo de

    validade deve ser baseada em informaes de avaliao da estabilidade fsico-

    qumica das drogas e consideraes sobre a esterilidade, ou atravs de

    realizao de estudos de estabilidade.

    Fontes de informao sobre a estabilidade fsico-qumica das drogas

    devem incluir referncias compndios oficiais, recomendaes dos produtores

    das mesmas e pesquisas cientficas publicadas. Na interpretao das

    informaes sobre estabilidade das drogas devem ser considerados todos os

    aspectos de acondicionamento e conservao. A farmcia tem POP com

    diretrizes para estabelecer o prazo de validade dos produtos manipulados e os

    resultados so registrados e arquivados.

    11.4 SISTEMA DE LOTE

    Toda a frmula de estoque mnimo preparada pela matriz gera um

    nmero de lote seqencial definido pela mesma. O nmero do lote seqencial

    por ordem cronolgica de processo e registrado no rtulo da preparao e na

    ordem de produo, que fica arquivada por seis meses.

    11.5 ATENDIMENTO RECLAMAES

    Todas as reclamaes feitas por clientes so registradas e analisadas

    pelo farmacutico para definir e implementar as aes corretivas necessrias.

    feito o rastreamento da reclamao atravs de verificao dos registros da

    frmula objeto de reclamao. A farmcia d retorno ao reclamante, aps

    anlise e verificao da reclamao.

    11.6 DOCUMENTAO

    Os documentos de anlise de matrias-primas, procedimentos

    operacionais padro, planilhas de controle, metodologias analticas, os

    registros e relatrios de auto-inspeo esto arquivados ordenadamente,

    disposio da fiscalizao.

    Auto-inspeo

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    A auto-inspeo segue o Roteiro para farmcia da resoluo RDC

    n67/2007, conforme POP, e feita periodicamente para auto-avaliar e

    melhorar a qualidade dos processos de manipulao.

    Realizada pelo farmacutico, a auto-inspeo gera um relatrio. So

    tomadas medidas de aes corretivas para o aprimoramento da qualidade dos

    produtos manipulados, bem como todos os processos operacionais.

    Os registros de auto-inspeo so arquivados na farmcia. A auto-

    inspeo feita na farmcia com freqncia semestral, conforme descrito no

    POP especfico.

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    REFERNCIAS

    BRASIL. Resoluo RDC n 67/2007. Dispe sobre Boas Prticas de

    Manipulao de Preparaes Magistrais e Oficinais para Uso Humano em

    farmcias. D.O.U. 09/10/2007.

    BRASIL. Resoluo RDC n 87/2008. Altera o Regulamento Tcnico sobre

    Boas Prticas de Manipulao em Farmcias. D.O.U. 24/11/2008.

    FERREIRA, A. O. Guia Prtico de Farmcia Magistral.2 Ed. Juiz de Fora:

    Ortofarma, 2000.

    Thompson, J. E. A Prtica na Manipulao de Medicamentos. 1 Ed., Porto

    Alegre: ArtMed, 2005.

    ANSEL, H.C.;et al. Formas Farmacuticas e Sistema de Liberao de

    Frmacos. 6 Ed. So Paulo: Editorial Premier, 2000.

    LE HIR, A.. Noes de Farmcia Galnica. 6 Ed. So Paulo.

    PRISTA, L. N.; et al. Tcnica Farmacutica e Farmacia Galnica. 4 Ed.

    Lisboa: Fundao Caloustre Gulberkian.

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