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Edição 28.12.2012
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Sexta28 Dezembro 2012Nº 672 - ano [email protected]
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Retrospectiva 2011 2pág
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
www.issuu.com/jornaldomeio
Editorial
Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919
E-mail: [email protected]
Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli
Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61. 321/SP) Redação das matérias:Shel Almeida
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão.
Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do
Bragança Jornal Diário.
ExpEdiEntE
E lá se foi 2012. O ano terminou, o mundo não. Aqui estamos, novamente, concluindo mais uma etapa, já de olho na próxi-ma. Na última edição do ano, como de costume, o Jornal do Meio relembra as matérias que mais repercutiram no período. O que os leitores poderão conferir é uma seleção de reportagens produzidas com completa res-ponsabilidade e que mostram o quanto buscamos a variedade nos assuntos abordados. Antes de chegar às bancas, toda matéria de capa do Jornal do Meio passa pelos processos de elaboração, debate, pesquisa, apuração e entrevista com fontes. A fina-lidade é proporcionar ao leitor o prazer pela leitura, trazendo informações de maneira deta-lhada e com total credibilidade. Um dos privilégios do Jornal do Meio é trabalhar com uma linha editorial bem elaborada, que permite se aprofundar a cada tema escolhido. A diversidade também é outro ponto forte do jornal. Sem se prender a crité-rios ou segmentos, a publicação trata de assuntos diversos e completamente diferentes entre si, como, por exemplo, reedu-cação alimentar ou a força da fé. Ou ainda cirurgia plástica e a colônia italiana em Bragança. A repercussão alcançada por cada matéria mostra a força do Jornal do Meio em atingir seu público leitor. Como cada assunto repercute de maneira diferente, o que conseguimos perceber é que o Jornal do Meio tem a capacidade de atingir todas as faixas etárias e classes sociais. Um exemplo? Em dezembro uma das matérias mais comentadas foi sobre o Slackline, esporte que
atrai a juventude freqüentadora do Lago do Taboão. Já em feve-reiro, o assunto mais falado foi sobre a restauração da Igreja do Rosário. Ambas estão nesta retrospectiva, que você irá con-ferir. Mas, sem dúvida, a matéria que mais gerou curiosidade, em todos os lugares em que o Jornal do Meio chega, foi sobre a Tia do Yakult, Elvira Martins. Não há quem não conheça, Elvira é unanimidade. Até mesmo nas redes sociais ela foi reverencia-da. Para um jornal que cria as próprias pautas, nunca é fácil buscar assuntos tão diversos. Mas podemos nos orgulhar, pois a repercussão é sempre positiva. BragançaO Jornal do Meio sempre se preocupou com a qualidade de vida da população. Nesse sentido, dois assuntos foram freqüentes em 2012: os idosos e a cidade de Bragança Paulista. Buscando fomentar a valorização da 3º idade, falamos sobre o assunto em três ocasiões distintas. Em junho contamos a história dos 101 anos vida do Sr. Eraldo Tavares Pinto e de como ele é um exemplo para a família. No mesmo mês conversamos com alguns casais que freqüentam o Baile da Saudade e descobrimos que nunca é tarde para o amor. Em outubro buscamos informações sobre a saúde bucal do idoso, a fim de mostrar que é possível, sim, manter os dentes saudáveis nessa etapa da vida. Já a cidade de Bragança Paulista esteve ligada aos assuntos do Jornal do Meio por sete vezes e em cada um deles de uma maneira diferente. Logo no começo do ano, em fevereiro, falamos sobre o problema das enchentes e como isso nunca
se resolve. O mesmo assunto já havia sido abordado em 2011. Também em fevereiro, tratamos de outro assunto pouco agradável e que está associado aos alagamentos: ratos. No carnaval, o assunto foi um problema comum em quase todas as cidades, mas que vem crescendo em Bra-gança: a combinação álcool e direção. O álcool voltou a ser debatido em março, dessa vez por conta da Festa do Peão. Por mais que medidas sejam tomadas, esses dois temas, enchente e álcool, nunca saem de pauta, infelizmente. O papel do Jornal do Meio, portanto, é continuar questionando e sugerindo soluções, até que, de fato, algo concreto seja feito pelos dirigentes da cidade. Em maio o assunto foi economia, e como a falta de investimentos e atrativos afasta as pessoas do município. O mesmo pode-se dizer em relação à cultura e à recreação para as crianças, em especial nas férias, assuntos abordados nos meses de junho e julho. A intenção de todas essas matérias citadas foi mostrar que Bragança tem potencial para crescer e que só depende dos próprios bragantinos que isso venha a acontecer. Muitos já fazem melhorias pela cidade por conta própria, não esperam pelas ações do poder público. É o caso de Célia de Lima, que por dois anos consecutivos estampou as páginas do Jornal do Meio, graças aos seus trabalhos sociais, feitos de maneira independente e voluntária. A repercussão foi tanta que, em novembro, Celinha foi reconhecida, mais uma vez. Ela recebeu um prêmio como
Empreendedora Social, oferecido pelo Coletivo Socioambiental, por conta do projeto que de-senvolve com as crianças do bairro do Torozinho. Assim como Célia, D. Vilma Gurgel também tem feito a diferença. Com a horta comunitária que mantém no bairro onde mora, ela conseguiu fazer com que os vizinhos se unissem pelo bem comum. E ainda mudou a paisagem do local. Como se vê, para mudar a realidade da cidade não é preciso muito. É preciso apenas empenho e força de vontade. E também um pouco de atenção, para cobrar melhorias daqueles que escolhemos para nos representar na Câmara e na Prefeitura. O ano de 2013 se inicia como uma nova etapa em cada município brasileiro. O que precisamos, agora, é que todas as metas estabelecidas para o bem estar de Bragança sejam cumpridas. E, se não forem, que a população se una para exigir o que lhe é de direito. E que venha 2013!
Seja bem vindo, 2013!
3pág Retrospectiva 2012Especial
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
Retrospectiva 2011 4pág
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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Este é o tempo dos balanços. De verificar lucros, perdas, danos. Sucessos e insu-cessos. Quanto se andou em conquistas.
Quanto houve de retrocesso. Quais os bons propósitos que chegaram a termo. De saber se foi “um ano bom ou ruim”. Para os mais velhos o ano passou depressa. Para os mais jovens muito devagar. Cada um de nós, enfim, têm um modo de avaliar o tempo que passa. E até de pensar que a bondade ou maldade de um ano seja coisa independente das atitudes pessoais e coletivas. Toda vez que escuto a frase - “Esperemos que o Ano seja Bom” - tenho a impressão que se espera que haja uma intervenção externa para que a bondade prevaleça. Ouço mesmo a expressão - “Tomará que Deus abençoe o Novo Ano!”- como se Deus deixasse de abençoar algum dia. Nós que cremos, sabemos que tudo é benção. E não há milésimo de milésimo de segundo que não esteja sob o olhar terno e amoroso de Deus. Mas teimamos em fazer de conta que o seu Amor é que tem que curar nossas dores. Não queremos perceber que os acontecimentos da vida, dos dias, meses e anos dependem daquilo que fazemos de bom ou ruim. Fazemos tanta questão de ser “donos do nosso nariz” naquilo que nos interessa. Quando as coisas exigem
de nós mudanças e sacrif ícios, aí o melhor é invocar um poder do Alto! Ao vivermos a realidade de um ano que termina e de outro que se inicia devemos ter claro que o que aconteceu e o que acontecerá terá sido e será sempre obra nossa. Neste rumo quero refletir estas linhas que encerram, neste ano, o espaço que me é oferecido e a bondade dos leitores faz perdurar. Ano Novo bom dependerá sempre das atitudes construtivas. Nas coisas mais simples. Que refletem educação recebida em casa. E vivida, também fora dela. Quando surgem noticiários de coisas mais graves a razão sempre estará na fonte pequena dos anos de infância a juventude. O desmazelo e o descuido com aquilo que é de todos é exce-lente alicerce para o desrespeito aos valores maiores. O desprezo das coisas pequenas leva ao desprezo dos valores fundamentais. Daí o “salve-se quem puder” e o “... tando bom prá mim o resto que se dane”! Muitos podem até dizer que não há muito que fazer. Eu creio que não é o modo correto de abordar a situação. É preciso investir paciente e perseverantemente no aprimoramento das pessoas. Partindo das famílias, das escolas, das comunidades e grupos religiosos, das associações de classe, dos clubes, etc. Somos um todo querendo ou
não. Se não agirmos juntos formar-se-á um monstrengo social fadado à destruição. E não é isso que queremos quando começa o ano novo. Os votos que damos e recebemos nos apontam desejo de melhores dias. Que virão pelo nosso trabalho. Com as bênçãos de Deus sim. Mas como nosso empenho. Benção de Deus é como chuva que cai. Fecunda sempre a terra. Mas se abrirmos o guarda chuva!... O grande drama dos nossos tempos é que tiramos a Deus das nossas vidas. Queremos viver e tomar decisões sem escutá-lo. Fazemos e agimos de acordo com aquilo que julgamos o mais oportuno. Não querendo ouvir o Se-nhor. Ele, cavalheirescamente, sai de cena. Deixa-nos agir segundo nossa vontade. O desleixo em trabalhar, com as novas gerações, os valores fundamentais da dignidade de cada ser humano e a necessidade de ter sempre diante dos olhos o bem comum, produzem os gestos de violência, de descaso. Não devemos, todavia, desanimar. Há sempre a possibilidade de retomar o caminho. Os cristãos são porta-dores da Esperança. Virtude que nos convoca a fazer aquilo que sonhamos e a contagiar, pelo testemunho, a todas as pessoas para que desejem engajar-se também. Mãos à obra e o Ano Novo será feliz! Feliz Ano Novo!
Mons. Giovanni Barrese
Feliz ano novo!
5pág Retrospectiva 2012Especial
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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Retrospectiva 2011 6pág
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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animalJaneiro
Ano teve avanços positivos em relação à proteção animal
É importante que exista esse órgão oficial com
poder de atuação
Márcia Davanso
Pelo bem estar
Na terceira edição do ano, o Jornal do Meio tratou de uma questão que vem sendo desmitificada pouco a pouco: os maus tratos aos animais. Se antes era comum e aceitável qualquer ato de crueldade contra os bichinhos, hoje isso é crime. Na épo-ca, o assunto foi abordado por conta da manifestação nacional “Crueldade Nunca Mais”, que aconteceria no dia 22 de janei-ro. Bragança foi umas das mais de 100 cidades do país que participou da mobilização. Quase um ano depois, os maus tratos ainda continuaram acontecendo, mas houve avanços significativos em prol dos animais. Em nova conversa com representantes dos três grupos de proteção animal da cidade, elas nos contam quais foram esses avanços.MudançasPara Márcia Davanso, da Faros D’Ajuda, as mudanças mais significativas em relação à proteção animal, em Bragança, foi a criação da Divisão de Bem Estar Animal dentro da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, do Conselho de Bem Estar Animal (o qual Márcia faz parte, representando a Faros) e, principalmente, do Estatuto de Proteção e Controle de Animais. Com as ações, os maus tratos estão sendo punidos. “A lei está sendo cumprida”, fala. “Quem vai averiguar as denúncias são os agentes da guarda municipal”, explica. Dependendo do caso, ocorre a aplicação de multas e/ou o registro de um Boletim de Ocorrência.
“Também estão ocorrendo processos,” conta. “A demanda ainda é grande e, por enquanto a estrutura é pequena”, diz. “Mas é importante que exista esse órgão oficial com poder de atuação”, analisa. Para Anelisa Frigo, do Grupo Corrente do Bem, a militância que acontece na internet é importante, pois dá mais visibilidade à causa. “Ninguém mais acha normal mal-
tratar animais. As pessoas estão atentas”, fala. “Mas, infelizmente, ainda acontece muita coisa de deixar de cabelo em pé”, afirma. “Um pouco já foi feito e já dá pra notar a mudança. Hoje
as pessoas procuram gatos para adotar e têm dificuldade pra encontrar. Sinal de que a castração tem dado certo”, afirma. Luciana Paiva, da Patinhas Amadas, acre-dita que já houve uma grande melhora, graças à conscientização da população. Ela, que faz parte do Conselho Municipal de Saúde, acredita que com a criação de um Centro de Zoonoses na cidade, a mu-dança pode ser ainda maior. “As pessoas precisam perder o pavor dos Centros de Zoonoses, há ainda um grande mito sobre isso”, diz. “Hoje descobriu-se que muitas viroses são não verdade zoonoses. Um centro traria benef ícios não só aos animais, mas à toda a população”, analisa. Para fazer denúncias de maus tratos contra animais, entre em contato com a Divisão de Bem Estar Animal no telefone 4034 – 6780.
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Sexta20 Janeiro 2012
Nº 623 - ano [email protected]
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7pág Retrospectiva 2012Especial
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
Retrospectiva 2011 8pág
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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EconomiaPolêmica em torno das sacolinhas plásticas foi um dos
assunto mais comentados do ano
Ecologia X
O ano de 2012 começou com mudanças de hábitos na vida dos consumidores. As sacolinhas plásticas deixaram de ser distribuídas gratuitamente em supermercados em 30 de janeiro, co-mo previa a campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco”. Três dias antes, em 27 de janeiro, o Jornal do Meio lançou uma matéria questionando se a decisão de suspender a distribuição das sacolinhas tinha intenções realmente ecológicas ou se o posicionamento dos supermercados não era, na verdade, por questões financeiras. Na ocasião, o Jornal do Meio foi o único veículo de mídia impressa, em Bragança, a fazer tal questionamento. Se a intenção da campanha era apenas de diminuir o impacto ambiental causado pelas sa-colinhas, por que então o consumidor ficaria com a despesa? Não seria mais justo que os supermercados distribu-íssem as sacolas biocompustáveis, ao invés de cobrar por elas? Os consu-midores, atentos ao fato de que essa mudança de hábitos imposta pelos supermercados teria impacto direto em seus orçamentos pessoais, começaram a se indignar e protestar, em especial nas redes sociais. Muitos daqueles que, por algum motivo, não estavam com a sacola retornável, preferiram carregar os produtos nas mãos a ter que pagar pelas sacolinhas. O assunto
passou, então, a ser debatido e tomou as manchetes. A polêmica permaneceu por alguns meses até se chegar a um consenso que agradasse consumidores, supermercadistas e, principalmente, que mantivesse a intenção inicial da campanha, a de preservar o meio ambiente. LeiA ideia da campanha, de trocar as sacolinhas prejudiciais à natureza pelas biocompustáveis ou mesmo as retornáveis era boa. Mas da maneira como foi proposta, sem consul-tar a opinião dos consumidores, acabou gerando desentendimentos, confusões e a sensação de que as intenções não eram apenas ecológicas. O que, no início, era apenas um termo de acordo, tornou-se Lei Municipal em 08 de março, com algumas adaptações. A lei, que entrou em vigor em 30 de março, determina que os supermercados disponibilizem opções de transporte de mercadorias aos consumidores e que, ainda, reali-zem campanhas de conscientização quanto a necessidade de se acabar com o uso da sacolinhas produzidas a partir do petróleo, como medida para diminuir a poluição ambiental. Depois de muitas reviravoltas, as sacolinhas voltaram a ser distribuídas, mas de maneira regulada. Passada a polêmica, fica a experiência: a conscientização vale muito mais do que a imposição.
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Sexta27 Janeiro 2012
Nº 624 - ano [email protected]
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Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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Retrospectiva 2011 10pág
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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indesejadaEnchente torna-se problema crônico em Bragança
A população não tem técnica para encontrar
soluções, mas tem força para cobrar re-
sultado. O problema é que essa cobrança é sempre momentânea
Marcus Valle
Visita
Bragança Paulista começou o ano de 2012 com enchentes, assim como em 2011. Como será 2013? O que será feito para que os mesmos locais não voltem a ser atingidos pelas águas, para que as mesmas famílias não voltem a sofrer a inconseqüência do descaso? O que todos esperam é uma solução eficiente e definitiva . Quando o Jornal do Meio conversou com o médico infectologista Dr. José Ri-bamar Borges Mendes, em fevereiro, ele foi enfático em dizer que as enchentes são “tragédias previamente anunciadas”. Além da devastação ambiental, das construções em locais inapropriados e das invasões de áreas de preservação permanente, há ainda a demora do poder público em encontrar soluções eficazes, ora por culpa da burocracia, ora pela fiscalização ineficiente. Além, claro, do descaso da própria população, que insiste em descartar todo tipo de material em ruas e rios, provocando, assim, o entupimento de bueiros. A responsabilidade é de todos, portanto, a solução também depende de todos.
CobrançaNa época da matéria, o Jornal do Meio conversou também com o vereador Marcus Valle (novamente reeleito).
Para ele, as enchentes em Bragança Paulista tornaram-se um proble-ma crônico. “Ninguém imaginava que chegaria a esse ponto”, disse. “A Câmara cobra, mas isso se torna cansativo. O que acontece é um confor-mismo geral”, avaliou.
“A enchente tira voto, mas a falta de enchente não dá voto”, afirmou. “A fiscalização não depende só do pre-feito. Depende do Departamento de Obras e também da Secretaria do Meio Ambiente, mas a legislação municipal é tão rigorosa que não é aplicável”, disse. “A população não tem técnica para encontrar soluções, mas tem força para cobrar resultado. O problema é que essa cobrança é sempre momen-tânea”, concluiu. Lembramos que em 2013 um novo prefeito assume a prefeitura, esperamos que as promessas de campanha em relação as enchentes se tornem realidade.
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Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
Retrospectiva 2011 12pág
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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alegriaAbuso do álcool traz sérias consequências
Enquanto não houver lei mais rigorosa, vamos continuar perdendo víti-mas por causa do abuso
de álcool
Cabo Adriana Julião
Não é só
No mês do carnaval o Jornal do Meio optou por um tema pouco festivo, o abuso do álcool e as consequências que isso acarreta: acidentes de trânsito, brigas, homicídios e grande incidên-cia de coma alcoólico entre os jovens. Nessa época não são apenas os foliões que se preparam para o feriado, mas também o Corpo de Bombei-ros, com a “Operação Carnaval”, e a Polícia Militar, com a “Operação Direção Segura”. A primeira tem por finalidade atender rapidamente e com eficiência as inevitáveis ocorrências, enquanto a segunda visa coibir o consumo de álcool entre motoristas, através do teste do bafômetro. “O problema é que, pra muita gente, beber é bonito”, avaliou a Cabo Adriana Julião, do 19° Grupamento de Bombeiros. Na época o SAMU ainda não tinha sido instala-do na cidade. “Com o SAMU a coisa melhorou bastante, eles vieram pra somar, deu uma boa aliviada pra gente”, diz. “Mas não depende só de nós. Por mais que se fale, as pessoas acham que nunca acontecerá com elas. Enquanto
não houver lei mais rigorosa, vamos continuar perdendo vítimas por causa do abuso de álcool”, analisa. EducaçãoSegundo o Capitão Bartolomeu Si-queira dos Santos, do 34° Batalhão de
Bragança Paulista, o planejamento da PM, é sistemático e apura-do, tanto no Carnaval quanto nas festas de fim de ano. “Todo o efetivo fica a postos. O nosso
desafio é antecipar e reduzir ocorrên-cias com ações preventivas”, afirmou. Para ele, a solução para diminuir o índice de ocorrências ligadas ao álcool é a educação. “A principal estratégia é usar campanhas educativas, como a “Trânsito Consciente”, diz. “No site www.policiamilitar.sp.gov.br existem 10 mil vagas mensais para cursos online, como Instruções de Direção Defensiva; Atendimento de Primeiros Socorros; Legislação; Relações Inter-pessoais”, conta. “O objetivo é atingir diferentes faixas etárias para que, con-sequentemente, haja uma mudança de comportamento”, completa a Tenente Viviane Cristina Santana.
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Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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Retrospectiva 2011 14pág
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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minuciosoMatéria sobre restauração da Igreja do Rosário ajudou
a esclarecer dúvidas da população
Por causa da publica-ção muita gente passou a visitar e acompanhar mais de perto as obras
de restauro da Igreja
Pe. Marcelo
Em março o Jornal do Meio atiçou a curiosidade de muita gente ao visitar a Igreja do Rosário durante o trabalho de reforma realizado no local. Se até então a população não sabia exatamente o que acontecia lá dentro, depois da publicação passou a entender o quão minucioso é um trabalho de restaura-ção. Para a equipe de restauradores, a reportagem ajudou a fazer com os bragantinos refletissem sobre os cri-teriosos procedimentos artísticos e históricos que requer uma restauração. “Várias pessoas ficaram bem curiosas depois da matéria e vieram pessoalmente ver o andamento do trabalho”, conta Antonio Cubero. “Foi uma das matérias mais completas já feitas sobre essa restau-ração, esclareceu várias dúvidas que as pessoas ainda tinham”, afirma Paulo Cubero. “Foi explicado de uma forma bem clara sobre o antes e o depois da restauração”, completou Nirceu Hele-na. Para o Padre Marcelo Falsarela a matéria trouxe repercussão positiva. “O Jornal do Meio soube valorizar este importante momento da Igreja Católica
de Bragança”, afirma. “Por causa da pu-blicação muita gente passou a visitar e acompanhar mais de perto as obras de restauro da Igreja”, diz. “Antes pairava na cabeça de alguns que a Igreja seria demolida”, fala. Preservação “Quando retiramos o painel que ficava no altar, descobrimos a pintura de Cristo,
original de Ligabue, autor das obras, que estava escondida”, conta Anto-nio. “Vários fiéis vieram ver e contaram que há mais de 30 anos estavam esperando por isso”, diz. “O que está sendo feito
aqui é realmente pra ficar, por isso a importância da conscientização sobre a necessidade de preservação”, analisa. O trabalho continua em 2013. De acordo com Pe. Marcelo, a pretensão é abrir a Igreja até a primeira quinzena de junho. “Os casamentos já estão sendo realizados e precisam ser agendados com um mês de antecedência”, avisa. “As missas por enquanto ainda não, porque está sendo instalado um novo altar e é preciso ser feita a consagração antes de qualquer celebração”, explica.
Trabalho
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Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
marÇo
PintadinhaDesenho educativo faz bem, mas com moderação
Os criadores consegui-ram juntar várias coisas
e nem perceberam. É uma combinação per-feita de cores e sons
Dr. Giácomo
A personagem Galinha Pintadinha, verdadeiro fenômeno entre as crianças menores, foi tema de matéria do Jornal do Meio em março. Na ocasião, a peça infantil inspirada na personagem havia sido apresentada na cidade pela primeira vez. Caroline Resende esteve presente, junto com o filho Aquiles e, segundo ela, a apresentação levou os pequenos ao delírio. “Alguns correram pra frente do palco, os pais não conseguiram segurar. Eles cantavam tudo, sabiam de cor e dançaram o tempo todo, sabiam os gestos, tudo”, contou. O sucesso foi tanto que a peça retornou à cidade em setembro. Sempre atento às questões comportamentais, o Jornal do Meio conversou com Médico Oftal-mologista Dr. Giácomo Sartori e com a Psicóloga Luciana Miraldi para entender porque um personagem tão singelo atrai tanto a atenção da garotada. “O grande acerto da Galinha Pintadinha é a sim-plicidade”, falou, na época da entrevista, Dr. Giácomo. “Os criadores conseguiram juntar várias coisas e nem perceberam. É uma combinação perfeita de cores e
sons”, afirmou. Para Luciana, o resgate de cantigas tradicionais do cancioneiro nacional é também um dos motivos de tanta euforia. Babá eletrônicaQualquer pessoa que tenha criança pequena em casa sabe que é só colocar os vídeos da Galinha Pintadinha para que a atenção se volte só para ela. No entanto, é preciso
que os pais prestem aten-ção em alguns detalhes, como o tempo em que a criança fica em frente à TV. “Os olhos, como qualquer outra parte do corpo, também cansam. “O ideal é fazer alguns intervalos para que os
olhos descansem”, explicou Dr. Giácomo.. “Os vídeos da Galinha Pintadinha são educativos, mas não abrangentes. Não dá pra deixar a criança só por conta disso”, avalia Luciana. “Não é errado usar como recurso, mas é sempre bom os pais esta-rem atentos”, avaliou. “É uma maneira de perceber o ritmo da criança e notar alguns indicativos. Se a criança fica muito perto da TV pode não estar enxergando direito, se aumenta muito o volume, pode ser algo com a audição”, recomendou.
Galinha
Retrospectiva 2011 16pág
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sucessoArtistas bragantinos mostram que o assunto é relativo
Pra mim, muitos artis-tas estouram por acaso.
É uma coisa que faz parte do inconsciente
coletivo, não sei. Não é racional e nem objetivo
Meno Del Picchia
Fama x
É possível se medir o sucesso? Como saber se alguém é bem sucedido na profissão em que escolheu? Pela fama, pelo prestígio entre os colegas do meio ou pela longevidade da carreira? Três artistas surgidos em Bragança, a banda de hardcore Leptospirose e os mú-sicos Meno Del Picchia e Tatá Aeroplano, provam que o sucesso é relativo. Só em 2012, o Leptospirose tocou nos festivais Abril Pro Rock, em Recife, e Feira da Música em Fortaleza. “Tocamos no nordeste em abril, agosto e novembro”, conta o guitarrista Quique Brown. “Nós estamos inseridos em um contexto muito restri-to. Hoje o Leptos está em sua melhor fase. Podemos escolher os lugares onde queremos tocar”, completou o baixista João Guilherme Della Vecchia. “Acho que nós fazemos parte da primeira geração de Bragança que realmente conse-guiu dar certo na música”, falou Meno. Para ele o reconhecimento do grande público ainda traz dúvidas. “Eu não sei se quero ser famoso. Na verdade nem sei se a gente escolhe isso ou acontece”, falou. “Eu tenho essa trajetória como instrumentista. Sou reconhecido dentro do circuito musical”, completou. Em 2012 Meno lançou um álbum com o trio Improvisado e prepara o segundo solo para 2013. “Será feito em estúdio, mas com performance ao vivo”, conta. Para Tatá “ser famoso é uma grande besteira”.“Quem curte de verdade sabe que existem outras
possibilidades além do maistream”, avaliou. “Eu faço música pra quem está interessado”, disse. Tatá, conhecido pela banda Cérebro Eletrônico, lançou o primeiro disco solo em agosto. “A repercussão sobre o disco foi boa”, fala. “Com a carreira solo cheguei em um público novo”, diz. “O Cérebro lança material novo em 2013”, avisa. ReconhecimentoPara o Jornal do Meio é sempre um pra-zer poder falar de bragantinos, nascidos
ou criados, que levam o nome da cidade para fora. É importante para a auto-estima da cidade saber que saíram daqui muitos nomes que per-correm o mundo, nas mais diversas áreas. O sucesso é relativo, mas o reconhecimento pode
vir das mais diversas formas. “Alguns artistas ainda sonham em estourar, mas não sabem que existe outro caminho. Quando a gente começou, também tínhamos essa ilusão, mas com o ama-durecimento percebemos que não é assim. Hoje estamos felizes com o que conquistamos” afirmou João. “Pra mim, muitos artistas estouram por acaso. É uma coisa que faz parte do inconsciente coletivo, não sei. Não é racional e nem objetivo”, analisou Meno. “Esse tipo de matéria é importante para que as pessoas percebam que existem muitas formas de fazer sucesso”, completou Quique.
17pág Retrospectiva 2012Especial
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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Retrospectiva 2011 18pág
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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marÇo
aBriL
YakultEdição de abril fez muita gente matar saudade
da celebridade bragantina
Tá tudo bem comigo, eu to numa boa
Elvira Martins
Tia do
Sempre que uma figura conhecida por
todos - e que andava sumida - reaparece,
o comentário é geral. Foi exatamente o
que aconteceu quando o Jornal do Meio
publicou, em abril, uma matéria com a
querida Elvira Martins, a Tia do Yakult.
Muitas pessoas ficaram
surpresas e felizes ao revê-
-la e saber que sim, ela está
bem. Para Elvira, a reper-
cussão não foi novidade, ela
já está acostumada a causar curiosidade
quando sai de casa. Na época da matéria,
ela contou que sempre é reconhecida.
“Qualquer lugar aonde eu vou sempre tem
alguém que grita: Yakult”, falou. “Às vezes,
quando tenho que fazer alguma coisa na
rua, tenho que ir correndo, escondida,
pra poder voltar logo pra ajudar minha
mãe”, disse. Elvira já tinha sido matéria do
Jornal do Meio em 2002, mas, na época,
ela ainda trabalhava vendendo o produto
nas ruas e as pessoas ainda não tinham
tido tempo de sentir a sua falta. Hoje,
principalmente depois da publicação,
todo mundo quer saber como ela está,
quer matar saudade de uma das maiores
celebridades bragantinas. “Tá tudo bem
comigo, eu to numa boa”, volta a dizer.
Fama
Elvira gostou de saber que muita gente
perguntou sobre ela depois da matéria,
mas confessa que a “fama” a incomoda
um pouco. “Eu não gosto de
aparecer muito, não gosto de
muita paparicação”, revela.
Não adianta, em qualquer
lugar que vá ela é reconhe-
cida. “Até na missa, acredita? Eu estou lá,
quietinha, prestando atenção e alguém
chega pra falar comigo”, fala. “Tive que
mudar o horário de ir à Igreja”, conta.
Depois que se aposentou Elvira preferiu
o sossego de poder trabalhar em casa.
“Agora eu tenho preguiça de sair”, diz.
“Estou muito feliz em poder trabalhar
junto com a minha mãe”.
Ela e D. Terezinha Torres Martins lavam
roupa pra fora. “Os nossos fregueses gos-
taram da matéria, muita gente conhecida
veio falar comigo. Eu gostei também.
Tenho tudo guardado, essa matéria de
abril e há de 10 anos atrás”, fala. Será que
Elvira não gosta mesmo da fama?
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Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
Retrospectiva 2011 20pág
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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amorPrimeira desilusão amorosa ajuda jovens amadurecerem
Sofrer por
Quem nunca sofreu por amor? A primeira desilusão amorosa foi assunto no mês de maio. O enfoque dado à matéria foi como os pais podem auxiliar os filhos quando acontecer o primeiro ‘fora’. Nunca é fácil, e por isso, a maneira como o jovem lida com a situação faz toda a diferença. A primeira desilusão amorosa, mesmo sendo dif ícil de lidar, contribui para o amadurecimento do adolescente e o ajuda transpor algumas barreiras que o levarão até a idade adulta. Lidar com o ‘não’ é uma delas. De acordo com a psicóloga Mariana Almeida Brandi, alguns pais não dizem ‘não’ aos filhos por acharem que os estão poupando, quando, na verdade estão prejudicando. Quando chega a época de lidar com o mundo é que se percebe esse prejuízo. “Se o jovem não recebe ‘nãos’ quando criança, não vai saber lidar com os ‘nãos’ que virão com a adolescência e a vida adulta”, explicou. O ‘não’ do primeiro ‘fora’ acaba sendo mais doloroso, se o jovem não aprendeu a ser contrariado.AcolherO que os pais podem fazer quando notarem
que o filho está passando pela primeira desilusão amorosa é acolher e deixar que ele decida a hora de se abrir. “É preciso dar tempo ao adolescente para
que ele possa elabo-rar os sentimentos”, disse Mariana. O importante é que o acolhimento aconteça sem críticas, que o
adolescente perceba que há alguém em que ele possa confiar sem ser julgado. “A confiança se constrói no dia-a-dia. Os filhos precisam aprender a confiar nos pais, precisam perceber que podem se abrir”. Os pais devem respeitar o espaço dos filhos, dar tempo a eles, mas também devem estar atentos a alguns sinais, como mudanças de comportamento. Isolamento pode ser indício de depressão. A desilu-são amorosa mal administrada pode desencadear uma depressão que, se não tratada adequadamente, em casos mais extremos, pode até mesmo levar ao suicídio. “Na adolescência tudo é muito intenso. As ilusões são maiores nessa época, então o tombo também é maior”, afirmou Mariana.
B r a g a n ç a P a u l i s t a
Sexta18 Maio 2012
Nº 640 - ano [email protected]
11 4032-3919
jorn
al
do
me
ioÉ preciso dar tempo ao ado-lescente para que ele possa
elaborar os sentimentos
Mariana A. Brandi
maio
21pág Retrospectiva 2012Especial
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
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internetMuita gente ainda cai em mentiras divulgadas pela internet
As mentiras na
Em maio o Jornal do Meio deu algumas dicas sobre como evitar cair nos contos espalhados pelas redes sócias. Mas por mais que se avise e explique muita gente ainda insiste em cair nesse tipo de farsa. As mais comuns são as ima-gens de crianças doentes cuja legenda diz que em cada compartilhamento, o facebook pagaria alguns centavos para o tratamento. A lenda começou com emails, e com a popularidade da rede social, não demorou para que voltasse a aparecer. O que muda, de tempos em tempos, é a criança da imagem, a mentira continua sendo a mesma. O que o internauta pode – e deve – fazer é não sair compartilhando tudo o que vê pela frente. É importante pesquisar se a história é verdadeira, procurar sites de busca, tentar encontrar algo a respeito. E sempre ter em mente que, de uma forma ou de outra, mesmo com um ato bobo de compartilhar uma foto, você acabará fazendo parte de algo maior. Pode ser apenas uma besteira inofensiva, mas pode também não ser. Um exemplo de algo nem um pouco inocente é a manipulação que fizeram
de uma foto em que aparece uma jovem com uma criança no colo. Na imagem original ela aponta o dedo indicador para a criança. Na montagem, ela está com uma arma na mão. A imagem manipulada gerou as mais duras críticas em relação à moça, com ofensas sérias. Quando se provou que tudo não passava de uma armação muito mal intencionada, não se tocou mais no assunto. PrivacidadeA mais recente farsa pregada por meio do facebook foi a do ‘aviso de privacidade’. De acordo com o texto espalhado, a rede social teria se tornado uma empresa de Capital Aberto e a única maneira de evitar que os dados do usuário ficassem expostos era copiando um determina-do texto e colando nos perfis. Assim, todos estariam protegidos até mesmo do governo norte-americano. Muitos acreditaram. O facebook só pode tornar público aquilo que o usuário determina que seja público, É por isso existem as opções de compartilhamento. Mas, se ainda tiver dúvida se quer que algo se tone público, o jeito mais fácil de evitar, é simplesmente não publicando.
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Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
Junho
Lição de VidaEm 2012, Seu Eraldo completou 101 anos com muita história para contar
Mas eu digo uma coisa pra senhora,
a valentia é uma das piores bestei-
ras da vida
Sr. Eraldo
Em junho o Jornal do Meio teve o prazer de conhecer e apresentar o Sr. Eraldo Tavares Pinto que, este ano, completou 101 anos de vida. Bom de papo, Seu Eraldo contou um pouco sobre sua vida e sobre como superou as próprias expectativas ao passar de um século. Ele sobreviveu há uma queda séria, ainda moço, à pneumonia e até á febre amarela. “Eu não tinha nada, mas era cheio de vida, era do mundo”, recordou, saudoso da época em que vivia em Pernambuco, sua terra natal. “Eu tinha muita influ-ência naquela época. Se chegasse em um baile e mandasse a banda parar de tocar, eles paravam. Eu tinha força de leão”, falou. “Mas eu digo uma coisa pra senhora, a valentia é uma das piores besteiras da vida”, refletiu. “Se a gente aprender a deixar as coisas pra lá a gente evita de morrer, evita de matar e de ir preso”, aconselhou. “Eu não procurei a morte. Acho que por isso estou aqui até hoje”, concluiu. Orgulho da famíliaAté os 100 anos Seu Eraldo conseguiu ser completamente ativo. Saía sozinho
para fazer compras ou ir ao banco. Precisou se aquietar quando a visão começou a falhar. Diz que agora só vê vultos. Mesmo assim, procura ser independente no que lhe é possível. “Eu
nunca pedi nada pra ninguém, sempre gostei de fazer tudo sozinho”, comentou. “Sou eu que faço a minha barba. Vou tateando pra cortar”, contou. “E faço exercício todo dia, pra movimentar as juntas”, falou. De acordo
com o genro Leriano, a matéria do Jornal do Meio foi um grande presente para Seu Eraldo. A história de sua vida foi publicada no dia 1º de junho, véspera de seu aniversário de 101 anos. “Foi muito marcante para ele e para toda família,” diz. “Ele não esperava, ficou muito feliz, gostou de se ver na capa do jornal”, fala. “A família toda quis guar-dar um exemplar, cada um ficou com um”, diz. “O mercadinho aqui do bairro distribuiu o jornal pra quem quisesse, todo mundo ficou muito contente com a homenagem”, lembra. “Ele continua do mesmo jeitinho, contando de suas lembranças pra quem quiser ouvir. E praticando seus exercícios”.
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Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
www.issuu.com/jornaldomeioJunho
SuperaçãoHistória de David contribui para a valorização de pessoas especiais
Pessoas como o David , não precisam ficar em casa,
esperando a vida passar. A luta diária dele é igual à de
todo mundoD. Neusa
Na edição 645 o Jornal do Meio apre-
sentou David Gomes da Silva Junior,
um rapaz especial, cheio de força de
vontade e com o talento nato para ven-
das. David já é conhecido no Centro
e no Bairro do Taboão, onde vende
os salgadinhos preparados pela mãe,
Neusa Apparecida Matheus da Silva.
D. Neusa sempre adorou cozinhar e
David queria encontrar um trabalho
que o satisfizesse e que
também o mantivesse
em contato direto com
as pessoas. Foi assim
que a dupla uniu o útil
ao agradável. Davi é
tão querido por sua clientela e amigos,
que assim que a matéria chegou às
bancas, todos passaram a falar. “Todo
mundo adorou. Colocaram o jornal no
mural do salão da minha irmã, todo
mundo que entrava via e comentava”,
conta, orgulhoso. “Eu adorei sair no
jornal, quero sair de novo!”, empolga-
-se. E aqui está ele, novamente. D.
Neusa se diverte com a sinceridade do
filho. “Foi muito importante para ele.
A valorização que o Jornal do Meio
proporcionou ao David é muito impor-
tante para as pessoas especiais”, fala.
Especial
Para D. Neusa a repercussão não
aconteceu de imediato. Ela não tinha
percebido o alcance da matéria até
acompanhar David pelas ruas, enquanto
vendiam os salgadinhos. “As pessoas
me viam com ele e diziam: essa que é a
sua mãe, Davaid, ela
que saiu com você no
jornal?” conta. Uma
senhora, que havia lido
a matéria, também
abordou D. Neusa
assim que a reconheceu. “Que coisa
bonita a senhora está fazendo pelo seu
filho, ela veio me dizer”, fala. “Pessoas
como o David, não precisam ficar em
casa, esperando a vida passar. A luta
diária dele é igual à de todo mundo”,
enfatiza. “Ele ficou muito feliz com a
repercussão, com o reconhecimento
das pessoas”, diz. “Precisa ver a carinha
dele quando alguém toca no assunto”,
emociona-se
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Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
JuLho
virtualNamoro que começou virtual conquista internautas
Quando a vida nos dá oportunidades não po-
demos deixar passar
Yuri
Uma das matéria mais acessada do site do Jornal do Meio em 2012 foi a que conta a história de amor entre Carolina Leme Tardelli e Yuri Mayal, publicada em julho. O namoro, que começou virtual em um blog de literatura e permaneceu a distancia por cerca de um ano, agradou e atiçou a curiosidade dos leitores. Não é simples fazer funcionar um re-lacionamento que acon-tece de maneira pouco convencional. Mas Carolina e Yuri conseguiram. Ele, que deixou Recife para vir morar em Bragança por causa da amada, se diz surpreso com a repercussão da história online. “Até agora a gente não enten-deu como nossa história teve tanto acesso assim”, brinca. Foram mais de 6.700 visitas. “Eu comecei a divulgar depois que percebi que estava sendo muito acessada. Não achávamos que as pessoas se interessariam tanto”, diz. RepercussãoA repercussão entre as pessoas pró-ximas ao casal foi boa, mas nada que surpreendesse. “Amigos comentaram,
até mesmo o dentista da Carol”, fala Yuri. “Todos acharam legal o reconhe-cimento que recebemos, gostaram que nossa história tenha sido contada”, diz. “Nossas famílias também adoraram. Minha irmã passou o link pra todo
mundo lá em Recife”, fala. “Quem não sabia, como alguns alunos meus, ficou surpreso”. Assim como os leitores, algumas pessoas que convivem com Yuri e
Carolina não imaginavam que ele tinha vindo de tão longe e nem como a história deles tinha começado. Talvez o fato de o casal assumir o romantismo, em um tempo em que qualquer manifestação de afeto corre o risco de ser conside-rada piegas, seja o motivador de tanto interesse. Yuri e Carolina não tiveram medo de assumir o que sentem e o que são capazes de fazer para estar juntos. “Se não tivéssemos tomado essa decisão nos arrependeríamos”, disse Carolina, na época da entrevista para a matéria. “Quando a vida nos dá oportunidades não podemos deixar passar”, comple-tou Yuri.
Namoro
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purificaçãoMesmo com chuva, Caminhada Zen é realizada pela primeira vez em Bragança
A chuva foi parando aos poucos. Quando
concluímos a caminha-da, já estava abrindo o
sol novamente e conse-guimos realizar a cele-bração de purificação
do Lago do Orfeu
Monja Coen
Tempo de
Em julho, Bragança recebeu a visita da Monja Coen pela segunda vez. A Primaz Fundadora da Comunidade Zen Budista de São Paulo, conhecida por participar de palestras, encontros educacionais inter-religiosos e por promover a Caminha Zen em parques públi-cos, voltou à cidade para nova palestra e para a realização da primei-ra Caminhada Zen no município, em 16/07. De acordo com o Monge Enjo, que concedeu entrevista ao Jornal do Meio na época, a Caminhada Zen é uma prática comum do budismo. Trata-se de uma forma de meditação. “A meditação tem a intenção de treinar a mente para o presente, focar, a fim de compreendê-la e observá-la”, explicou. “A meditação sentada se chama Zazen. É dif ícil, precisa de décadas de prática”, disse. “A Caminhada é uma forma de manter a meditação em movimento. Quantos mais sentidos estiverem envol-vidos, mas dif ícil se torna”, falou. Caminha em BragançaMonge Enjo conta que mesmo com a chuva que atingiu a cidade na data, a caminhada aconteceu e foi muito baca-na. “Muita gente acabou não indo por
causa da chuva”, conta. “Mas a chuva foi parando aos poucos. Quando concluímos a caminhada, já estava abrindo o sol
novamente e conseguimos realizar a celebração de purificação do Lago do Orfeu”, fala. O local foi escolhido para a celebração por ter sido encontrada ali a mala com o corpo da jovem Renata da Silva Monteiro, de 15 anos, morta em maio. “Muitas
pessoas do bairro foram se juntando a nós durante a caminhada conforme a chuva foi parando. Outros vieram para participar da celebração. Foi muito bonito”, conta o Monge. “Teve até um pessoal que foi na caminhada com o Jornal do Meio na mão”, lembra. Desde novembro, a prática do Zazen acontece em Bragança em dois lo-cais diferentes: no Espaço Saqqara, Rua José Domingues, 273, às terças, sempre às 20h e na Rua das Flores, nas quartas e sextas às 6h da manhã e nas quintas às 20h. A palestra “A visão da vida e da morte segundo o Zen” que a Monja Coen realizou em Bragaça em julho pode se assistida pela internet no link www.youtube.com/watch?v=SHITZL7YwwU
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conhecimentoProjeto Entrando em Cena fomenta, nos jovens, o desejo de mudar a sociedade
É preciso dar mais visi-bilidade às cidades do interior, que ainda são
carentes em projetos sócio-culturais
Viviane Lessa
Multiplicando
“Entrando em Cena – Primeiro Ato”
é um projeto que tem por finalidade
reunir jovens de dife-
rentes posições sociais,
culturais e econômicas,
para que, por meio da
arte, possam fomentar a
vontade de transformar a
sociedade, tornando-se multiplicadores
de conhecimento. Quando o Jornal
do Meio conversou, em agosto, com
Viviane Lessa, idealizadora do projeto
e presidente do Instituto Entrando em
Cena, ainda havia a expectativa de que
como ele seria recebido. A proposta era
oferecer um completo programa de arte-
-educação, gratuito, para 40 jovens, de
13 a 17. A primeira turma foi formada
em setembro. O sucesso do projeto e
a mudança de turno escolar de alguns
participantes, no próximo ano, motivou
Viviane a abrir novas vagas. Em novembro,
novos alunos foram selecionados e ainda
há uma lista de espera. A ideia inicial,
de unir jovens de diferentes realidades,
funcionou muito bem. “Quando eles
chegam aqui, são todos
iguais. Eles são muito
unidos, um cuida do
outro”, fala. O mais novo
dos alunos tem 9 anos
e o mais velho 18. “No
processo seletivo percebemos o potencial
deles e não achamos que a idade devesse
ser um impedimento”, explica.
Visibilidade
Para Viviane, trazer um projeto assim
para Bragança é fundamental. “É pre-
ciso dar mais visibilidade às cidades
do interior, que ainda são carentes em
projetos sócio-culturais”, fala. “O papel
da imprensa nesse processo também é
muito importante”, diz. “A matéria do
Jornal do Meio foi completa e contribuiu
para que as pessoas entendessem qual a
proposta do ‘Entrando em Cena’. É um
projeto sócio cultural para jovens. Para
toda a diversidade de jovens”, conclui.
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Retrospectiva 2011 30pág agosto
RedaçãoAprovado pela Lei Roaunet, projeto livro e oficina de redação
precisa de patrocínio para sair do papel
Com a prorrogação teremos cerca de
seis meses a mais para fazer o proje-
to acontecer
Pedro Galasso
Livro de
Em agosto o Jornal do Meio conversou com os professores Pedro Galasso e Thomas Polla que, juntos, escreveram o livro “Aprendendo e Escrevendo – Escrevendo textos a partir da leitura de outros textos”. O livro apresenta quatro propostas de re-dação baseadas em temas contemporâneos e con-textualizadas à realidade brasileira. A intenção é fazer com que o leitor trabalhe a leitura de to-do o texto observando a proposta apresentada e, a partir disso, escreva algo próprio. “Os textos apresentados servem como estímulo e provocação para que o leitor interaja e reflita, com isso desenvolva um novo texto”, disse Thomas. Pensado, em um primeiro momento, para os vestibulandos, o livro atende à necessidade de dife-rentes tipos de leitores. Tanto os que pretendem prestar concurso público, como os que já estão na faculdade ou até mesmo o leitor comum podem se interessar pela obra. Lei RouanetPrimeiro projeto desenvolvido em Bragança aprovado pela Lei Rouanet,
o livro ainda não conseguiu patrocínio para, novamente, sair do papel. A pri-meira edição foi produzida de forma independente e vendida aos próprios alunos de Pedro e Thomas. Segundo Pedro, o prazo para a captação de
recursos termina em 31 de dezembro, mas eles já preparam um pedido de prorrogação. “Com a prorrogação teremos cerca de seis meses a mais para fazer o projeto acontecer”,
diz Pedro. Além do lançamento de nova edição, o projeto prevê, ainda, oficina de redação para 60 adolescentes de baixa renda. “Do ponto de vista institucional a matéria foi muito importante para as escolas onde lecionamos e também para os nossos alunos”, conta. “Além disso, muita gente percebeu que é possível, sim, ter um projeto aprovado pelo MinC”, fala. “Ouvimos bastante coisa boa depois da matéria, algumas pessoas vieram nos pedir informações de como preparar projetos”, diz. “Mas estamos buscando financiamento”, afirma. Os interessados em saber como podem apoiar o projeto, podem ligar para Pedro no número 11 97342 – 7055.
Retrospectiva 2012Especial
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Retrospectiva 2011 32pág
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astroJoão foi estrela do Clip do Vanguart e de capa do Jornal do Meio
Ele achou super legal. A professora colocou
em um mural, os cole-gas acharam o máximo
Jerusa Magrini
Carisma de
Em setembro conversamos com o pe-
queno João Antonio de Freitas Duarte,
astro do videoclip “Mi Vida Eres Tu”,
da banda Vanguart. Filho de Jerusa
Magrini e de Quique Brown, o peque-
no foi escolhido pelo diretor Ricardo
Spencer e pela banda, depois de um
teste. “Ele foi tão bem que decidimos
por ele na hora, nem testamos outros
garotos”, contou o vocalista Hélio
Flanders. João, então com sete anos,
era mais jovem do que os produtores
pretendiam, mas o caris-
ma e a espontaneidade
do garoto não tornaram
isso um impedimento.
“Sabíamos que valeria a
risco. E deu muito certo.
Ele é a estrela do clip”, afirmou Hélio.
“Sem ele o clip não seria o mesmo, ele
foi muito profissional”, completou. Para
João, a experiência foi divertida. “O
que mais gostei foi fazer de conta que
dirigia e que lutava”, disse. Segundo a
mãe, tudo foi feito que João se sentisse
mais à vontade possível, como convidar
pessoas do convívio do menino para
fazer figuração.
“Pra ele foi muito mais fácil do que
seria com uma atriz que ele não co-
nhecesse”, explicou. “E o diretor teve
bom humor, soube lidar com ele, teve
paciência, respeitou a idade e os limites
dele”, completou.
Capa
De acordo com Jerusa, João adorou
aparecer, também, no jornal. “Ele achou
super legal. A professora colocou em um
mural, os colegas acharam o máximo”,
orgulha-se. “Os amigos
piraram com o VMB.
Antes eles não entendiam
direito, aí saiu o jornal
com o João na capa e
depois foi a premiação,
eles amaram”, fala. A banda Vanguart
concorreu em seis categorias, entre elas
a de Clip do Ano, por “Mi Vida Eres Tu”,
estrelado por João. Levaram o prêmio de
melhor banda. “O João adorou sair na
capa do jornal, achou bem chamativa”,
se diverte Jerusa. O caçula, Julio, tam-
bém adorou. “Agora ele quer aparecer
também, em um clip e no jornal”, ri.
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campeõesfazendo
Técnico de Daniel Dias, Marcos também é responsável pelas conquistas do atleta
A repercussão foi exce-lente. Recebi os melho-
res comentários possíveis
Marcos
Em setembro o Jornal do Meio contou
a história do técnico Marco Rojo Pra-
do. Assim como acontece com outros
profissionais da área esportiva, ele é
pouco conhecido por seus feitos, a
visibilidade quase sempre é exclusiva
do atleta. Em 30 anos de profissão,
Marcos treinou jovens nas piscinas de
quase todas as academias e clubes da
cidade. Há sete anos
treina o medalhista
paraolímpico Daniel
Dias . Foi Marcos
quem descobriu o
potencial do atleta
e o preparou para cada prova, cada
competição, cada nova etapa. Cada
conquista que Daniel alcançou no
esporte foi também uma conquista de
Marcos. “O Daniel treinava entre os
atletas convencionais e se destacava
entre eles. Foi quando eu decidi que
não enviaria mais atletas prontos para
grandes clubes, eu mesmo os treinaria”,
disse. A decisão foi a grande virada
na carreira de Marcos e o início da
ascensão de Daniel. Mesmo assim,
Marcos aparece pouco. “Eu sempre
dou entrevistas também, mas o foco
é sempre o atleta” falou. “O Brasil tem
isso, de colocar o atleta em evidência
e explorar pouco o técnico”, refletiu.
Comentários
“A repercussão foi excelente. Recebi
os melhores comentários possíveis
quando a matér ia
saiu, algumas pessoas
mexiam comigo na
rua”, conta Marcos.
“Muita gente não
sabia que eu treino o
Daniel e nem que ele ainda treina em
Bragança”, fala. “O Daniel também
gostou da matéria, de reconhecerem
meu trabalho. Ele sempre enfatiza, nas
entrevistas que dá, sobre a importân-
cia da nossa parceria”, diz. “Quando o
Daniel começou a treinar comigo, foi
uma descoberta para ambos”, lembra.
A partir de Daniel, Marcos passou se
dedicar ao treinamento de atletas com
algum tipo de deficiência.
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Retrospectiva 2011 36pág
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cinemaMúsico bragantino cria trilha para filme baseado em obra de Chico Xavier
Teve gente que descobriu que fiz a trilha do filme
quando viu no jornal
Beto Ninni
Na edição 660 falamos sobre a trilha
sonora do “E a vida continua...”, baseado
no best-seller espírita escrito em 1968
pelo espírito André Luiz e psicografado
por Chico Xavier. Quem criou toda a
música do filme foi músico o bragantino
Beto Ninni, a pedido do próprio diretor,
Paulo Figueiredo. Beto é músico há mais
de 30 anos, mas nunca havia feito um
trabalho desse tipo. “Foi
uma experiência comple-
tamente nova”, disse. “E
muito diferente de tocar
em um palco. No palco, a
experiência acaba junto com a apresenta-
ção. Já a trilha fica registrada, se perpetua
junto com o filme”, analisou. Beto teve
total autonomia para criar as músicas. “A
única exigência do Paulo foi que fossem
inéditas e que a base delas fosse o piano.
Ele queria produção com simplicidade”,
contou. No total a trilha tem cerca de 50
minutos. A intenção é que as algumas
faixas sejam disponibilizadas na internet
e que a trilha completa seja lançada em
CD. “No filme aparecem apenas trechos
das músicas. No CD as pessoas poderão
ouvir as músicas completas”, disse.
Comentários
Beto conta que alguns dos amigos sabiam
que ele havia feito a trilha do filmes, mas
que outros só descobriram quando viram
a matéria. “Teve gente
que descobriu quando
viu no jornal”, diz. “Os
meus amigos da Sinfô-
nica gostaram muito,
ficaram felizes por mim”, diz. “Ouvi bons
comentários das pessoas do meu círculo
de amizade. O pessoal da área que viu
gostou muito também” fala. “Eu achei que
ficou muito legal, posso elogiar porque
ficou exatamente do jeito que eu gostaria
que ficasse quando dei a entrevista, vocês
fizeram um trabalho muito bom, muito
bonito”, comenta.
Ao som do
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Retrospectiva 2011 38pág
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reconhecidoQuem não conhecia o projeto “Professor Mediador” descobriu pelo Jornal
O resultado da matéria foi muito positivo. Mais diretores vieram se in-
formar com o desejo de implantar o projeto
em suas escolas
Maria Teresa
Trabalho
No mês dos professores o Jornal do Meio
falou sobre um projeto recente da rede
estadual de ensino, mas que já vem gerando
ótimos resultados, o “Professor Mediador”.
A função foi criada em 2010 pelo Governo
do Estado de São Paulo, em parceria com a
Polícia Militar, dentro do Sistema de Proteção
Escolar e tem como objetivo proteger as
escolas da rede estadual
de fatores de risco e vulne-
rabilidade. Além de atuar
na medição de conflitos, o
Professor Mediador atua
nas atividades pedagógicas
e nas relações interpessoais
de toda a comunidade escolar. “O que for
que o aluno precise, o professor mediador
vai atrás”, explicou Maria Teresa Barrese
Rezende, uma das gestoras do projeto
dentro da Diretoria de Ensino da Região
de Bragança Paulista.
Divulgação
Pouco divulgado na mídia, a abordagem do
assunto pelo Jornal do Meio fez com que
muitas pessoas conhecessem o projeto.
“Pessoas que não estão ligadas à educação
vieram comentar e saber como é o trabalho
dos professores mediadores”, fala Maria
Teresa. “Gerou muita curiosidade. Pais de
alunos que estudam em escola onde não há
professor mediador, começaram a cobrar
para que tenha”, diz. “O resultado da matéria
foi muito positivo. Mais diretores vieram
se informar com o desejo de implantar o
projeto em suas escolas”,
conta. A repercussão da
matéria chegou até a Secre-
taria Estadual de Educação.
“Enviamos o material a eles
e os comentários forma
ótimos. Ficaram muito
contentes em perceber como o projeto foi
tão bem difundido para os leitores”, conta
Maria Teresa. Para o Dirigente da Dire-
toria de Ensino, Salim Andraus Junior, o
Professor Mediador “é uma nova função
que está sendo descoberta”. Para Maria
Teresa, ao contrário do que se fala, “a
escola pública é acolhedora, muitas ve-
zes funciona como assistência social”. “O
sistema está aí, mas quem faz a diferença
são as pessoas”, conclui Professor Salim.
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Retrospectiva 2011 40pág
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alertaDados publicados no Jornal do Meio fizeram com que mais
mulheres realizassem a mamografia
A matéria fez aumentar o número de pacientes à procura da mamografia, tanto em meu consultó-
rio quando na faculdade
Dr. Anastasio
Sinal de
Logo na primeira semana de novembro,
o Jornal do Meio deu continuidade à
campanha Outubro Rosa conversando
com o médico mastologista Dr. Anas-
tasio Barrettini Junior.
O que ele revelou foram dados alarmantes
sobre os casos de câncer de mama na
cidade. De acordo com o médico, não
existem dados oficiais de números de
paciente com a doença
no município, mas, na
prática, ele já conseguiu
detectar que o problema é
muito sério por aqui. “Em
Bragança, o percentual
de pacientes diagnosticadas em estado
clínico avançado (III e IV) é de 80%. O
índice de cura nesses casos é de apenas
10%”, alertou. “Enquanto as pacientes das
demais cidades da região chegam até o
ambulatório do AME com a doença em
estado inicial, onde a chance de cura é
de 98%, as de Bragança só descobrem
quando as chances já são bem poucas”,
disse. “A situação na cidade é crítica e
isso independe de nível social”, afirmou.
Resultado
Em nova conversa com Dr. Anastasio,
o Jornal do Meio descobriu que a ma-
téria publicada fez mais do que apenas
informar e alertar a população, também
desempenhou um papel social. “Todo
mundo se assustou com as
informações”, fala o mé-
dico. “E isso fez aumentar
o número de pacientes à
procura da mamografia.
A resposta foi realmente
muito boa”, conta. “Meus alunos também
comentaram e se surpreenderam, vieram
me falar: deu certo, hein, doutor? O
ambulatório está sempre cheio agora”,
comenta. “Vocês não imaginam como
ajudaram, só tenho que agradecer”, fala.
Nós é que agradecemos. E ficamos re-
almente muito felizes!
41pág Retrospectiva 2012Especial
Jornal do meio 672 28 dezembro 2012
Retrospectiva 2011 42pág
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agosto
noVemBro
na linhaNúmero de praticantes de Slackline aumentou depois do
esporte ser assunto no Jornal do Meio
Eu amei a idéia de novos adeptos ao esporte aqui em Bragança. Depois
da matéria então... era a motivação que estava faltando para eu ver que
a dedicação e o suor que derramo nos treinos não são em vão
Douglas Ramos
Andando
Sempre buscando novidades, o Jornal do Meio, no mês de novembro, apresentou aos leitores um novo esporte: Slackline. Praticado por um grupo de jovens no Lago do Taboão, a modalidade consiste em fazer com que andem sobre uma fita de nylon estreita e flexí-vel, amarrada em árvores, há alguns centíme-tros do chão. A intenção é testar o equilíbrio e a concentração. Quem pratica diz que Slackline é viciante. Quem ainda não conhece fica curioso assim que vê. Curiosidade “Alguns conhecidos ficaram com vontade de fazer depois que leram a matéria, já compraram a fita e já estão praticando com a família”, fala o professor de jiu jitsu Juninho Boi. Eduardo Kosovicz confirma: “Ouvi óti-mos comentários. As pessoas começaram a procurar mais sobre o assunto, tivemos novos praticantes”. Lucas Vilchez também perce-beu que a publicação trouxe novos adeptos ao esporte. “Muitas pessoas começaram a ‘matar a curiosidade’ sobre Slackline após
verem a matéria. Começaram a aparecer no lago e falavam que tinham visto no Jornal do Meio, que sempre passavam por ali, mas nunca tinham tido coragem de se aproximar” conta. “Depois da matéria isso mudou. Muitos chegaram tímidos, querendo saber o que
era esse tal de Slackline, agora já estão dando os primeiros passos na fita”, fala. Para Douglas Ramos a repercussão também foi grande. “Meus
amigos e colegas da escola vieram comentar e elogiar, falando que a matéria tinha ficado bem legal. Novas pessoas vieram conhecer também, e agora estão comparecendo aos treinos comigo”, diz. “Eu amei a idéia de novos adeptos ao esporte aqui em Bragança. De-pois da matéria então... era a motivação que estava faltando para eu ver que a dedicação e o suor que derramo nos treinos não são em vão”, afirma. Karen Piniano comemora: “A matéria foi como um convite para novos slakers”. “Muita gente curtiu ver Slackline no jornal. Todo mundo do grupo adorou”, completa Raissa Montagnani.
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frutosHorta Comunitária estreita laços entre vizinhos
O retorno da matéria foi ótimo, mais pessoas vieram
nos procurar pedindo pra entrar na equipe
Vilma Gurgel
Gerando
Em dezembro o Jornal do Meio perguntou: é possível mudar a vista e a dinâmica de um local com simples atitudes? Foi o que Vilma Gurgel fez no bairro onde mora quando decidiu criar uma horta comunitária onde antes era um terreno baldio. Se antes o local era repleto de mato e entulho, hoje, o que se vê são os mais diversos tipos de flores, verduras, legumes e ervas. Não só a paisagem ficou mais alegre, como também os vizinhos mais motivados. “Avós, filhos, netos, todos vêm até aqui interagir. Crian-ças e adolescentes se identificam. Todos dão palpite, trazem suges-tões”, contou D. Vilma. “O sucesso da horta é devido à civilidade e à boa vontade”, disse. “Espero que outras pessoas se sintam motivadas a criar hortas como essa em seus bairros. Olha quanta coisa boa vão poder aproveitar! Além de frutas, legumes e verduras, podem admi-rar o jardim e ainda usar o lixo orgânico para ajudar o meio ambiente”, enfatizou. E tudo o que é plantado ali é adubado com compostagem natural, produzida pessoalmente por D. Vilma. “É um pro-
cesso simples de reciclagem de sobras de matérias orgânicos crus, da cozinha, que se transformam em um composto orgânico de muita importância para a agricultura, para jardins e, principalmente, para o meio ambiente”, explicou. RetornoNas páginas do Jornal do Meio a Horta Comunitária também foi sucesso. “Eu adorei, foi muito bem escrita”, fala D. Vilma. “Todo mundo que contribui com
a horta ficou satisfeito que tenha saído na imprensa”, conta. “Os assinantes do jornal trouxeram a publicação pra me mostrar”, fala.
“Uma amiga apareceu em casa com o jornal na mesma noite, assim que chegou na banca”, diz. “Já mandei o link pra Belo Horizonte, pra Santa Catarina...”, fala D. Vilma. “O retorno da matéria foi ótimo, mais pessoas vieram nos procurar pe-dindo pra entrar na equipe”, comemora. “Hoje plantei umas 300 sementes”, diz, empolgada. “Ela está curtindo até agora a repercussão”, conclui Seu Moacir Gurgel, marido de D. Vilma.
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Paulo Silva Bragantinos parabenizaram diretora nas ruas em comemoração
dos 50 anos da primeira turma da escola
Pessoas que eu não conheço vieram falar comigo, me para-
benizar pelo aniversário da pri-meira turma e também pelo tra-balho que vem sendo realizado
Bete
Primeira turma do
Os 50 anos da primeira turma formada pela Escola Paulo Silva foram lembrados pelo Jornal do Meio em dezembro. Visitamos o local na companhia da ex-diretora Ruth Rubim de Toledo Moraes e da ex-aluna Maria Luiza Pimentel Closel. Ambas se emocionaram muito, em especial D. Ruth. “Tudo o que eu tinha que fazer na vida eu fiz aqui”, disse. “Era outra época. Sou do tempo em que se cantava o Hino Nacional na entrada da escola”, relembrou Maria Luiza. De acordo com a atual diretora, Elisabete Ferreira, a Bete, “Cada diretor que entrou depois da D. Ruth sempre continuou o trabalho dela e dos demais que vieram depois dela. Todos os envolvidos com a escola sempre estive-ram em busca da melhoria da qualidade de ensino”. ParabénsPara Maria Luzia a matéria repercutiu muito bem. “Todo mundo gostou”, fala. Segundo ela, os filhos gostaram de ver a mãe de volta à escola. “Eles acharam sua bacana”, diz. D. Ruth e a família também gostaram. “Foi uma apanhado sobre a minha história.
Minha vida foi mesmo o Paulo Silva”, fala. “Eu gostei muito da capa. E também da matéria ter sido terminada com um trecho do hino da escola. Ficou muito bonito”, diz. “Eu quero agradecer ao Jornal do Meio pela matéria, por ter me proporcionado esse reconhecimento”, conclui. Para Bete a
repercussão foi maior do que esperava. “O pessoal da escola, alunos, professores, funcionários, todo mundo gostou. Al-guns pais de alunos ligaram para dar os
parabéns”, conta. “Mas foi na rua que eu percebi o retorno da matéria. Pessoas que eu não conheço vieram falar comigo, me parabenizar pelo aniversário da primeira turma e também pelo trabalho que vem sendo realizado”, fala. “Muitos se apresen-taram como ex-alunos. Uma moça veio me dizer que ficou feliz em saber que a quadra havia sido construída, que na época dela ainda não tinha”, conta. “Uma mulher chegou me perguntando se eu era Bete, a professora do Paulo Silva. Eu disse que sim e perguntei se ele tinha filho que estudava lá. Ela disse que não, que tinha me visto no jornal”, diverte-se.
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ald
om
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