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Bragança Paulista Sexta 26 Abril 2013 Nº 689 - ano XI [email protected] 11 4032-3919 jornal do meio

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Edição 26.04.2013

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B r a g a n ç a P a u l i s t a

Sexta26 Abril 2013

Nº 689 - ano [email protected]

11 4032-3919

jorn

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Nestes dias uma pesquisa

do Data Folha mostrou

que, praticamente, 95%

dos entrevistados são favoráveis

à diminuição de idade para res-

ponsabilizar jovens infratores

criminalmente. Sob o impacto de

jovem universitário morto, sem

nenhum tipo de reação, recru-

desceu o pedido para que menor

de 18 anos responda por crimes

hediondos como se fosse adulto.

Tive ocasião de acompanhar a

repercussão do fato e de inúmeras

manifestações. Não há como deixar

de sentir e compartilhar a dor de

quem se vê atingido pela violência.

Fica, no entanto, a necessidade

de verificar se a diminuição da

chamada idade penal é o melhor

caminho para humanizar nossos

relacionamentos. Marcelo Coelho,

que escreve na Folha de São Paulo,

lançou algumas perguntas sobre

a situação. Entre outras coisas

ele apontava para uma pergunta

perturbadora: como reagiríamos

se aparecesse um assassino de

15 anos e meio. Diminuiríamos

para 14 anos? Para 13, Para 12?

Nesta mesma linha um renomado

psiquiatra de São Paulo dizia que

a formação do adolescente não é

processo delimitado, mas é um

conjunto de caminhos que vêm

num crescendo. Seria, portanto,

possível responsabilizar um garoto,

uma garota com idades bem me-

nores das que estão previstas na

Constituição e no ECA (Estatuto

da Criança e do Adolescente). O

governador Geraldo Alckmin está

trabalhando para que um jovem

menor cumpra pena até os 18 anos

na Fundação Casa e o restante da

pena em prisão comum. Voltando a

Marcelo Coelho: faz uma afirmação

que nos deve inquietar: será que

quem pede leis mais rigorosas não

está simplesmente está usando um

eufemismo: quer, na realidade, que

todo criminoso seja fuzilado? Aborda,

finalmente, que o estado atual das

prisões brasileiras é tão desumano

que prender alguém com 16 anos

é tão bárbaro como prender quem

tem 18 anos ou mais! Afirma que

“o país não tem moral para exigir

respeito à lei quando não tem moral

para dizer: isto é uma prisão, você

perderá a liberdade e aprenderá um

ofício; trate- de se recuperar”. Na

mesma linha de reflexão caminha

um artigo de Gilberto Sant’Anna,

advogado e ex-prefeito de Atibaia.

Faz menção ao sistema prisional

que não consegue dar resposta para

que os presos possam se reeducar.

E amplia seu horizonte de análise

pela situação calamitosa da vida

político-partidária, da questão

educacional que não consegue

estruturar-se para oferecer os pa-

râmetros necessários no leque da

formação para a vida. E, finalmente,

lembra a realidade de exclusão

que marca a vida de grande parte

da população. Confesso que, cada

vez que se fala em diminuição da

idade para responder pelos pró-

prios atos, fico entre a cruz dos que

sofrem pelos crimes praticados e a

pena que deve ser dada a quem os

comete. Parece que o sofrimento

causado tem que ser pago com a

intensidade que foi efetivado. Pare-

ce que o coração exige isso diante

do choro dos atingidos. Diante da

vida que foi ceifada. Mas a razão diz

que não será o “olho por olho” que

apaziguará a dor e fará o infrator

mudar! Nosso modo de exercer a

justiça tem que superar a aplica-

ção da pena (por mais severa que

esta possa ser). Se não houver a

possibilidade de, no cumprimento

da pena uma porta abrir-se para

mudança de vida, restará continuar

vendo nossas prisões como jaulas.

Das quais os encarcerados sairão

um dia. E sem perspectiva. Por-

que, pelos erros que cometeram,

foi-lhes dada somente a estrada

de “pagar a sociedade”. Não foi

aberta a chance da recuperação

da dignidade pessoal dilacerada

pelos erros cometidos. Creio que

temos uma enorme dificuldade de

crer que quem erra pode mudar.

E dentro dos sistema coativo da

sociedade não é fácil aceitar que

delinquentes possam se recuperar.

Um juiz amigo, hoje aposentado,

dizia que nós não fazemos ideia

de ex-presidiários que convivem

conosco no dia a dia. Enquanto

ignoramos a sua condição eles

não incomodam. Quando a co-

nhecemos, mesmo que eles nunca

tenham tornado a errar, nosso jeito

de relacionamento muda. Sei que

são muitas as causas que levam a

delinquir: a falta de acompanhamen-

to dos pais, a falta de perspectivas

para o futuro, a falta concreta de

oportunidades, a desigualdade

social gritante, a sedução do con-

sumismo e do ganho fácil, a falta

de Deus... Sei que se entrarmos

num diálogo haverá muitos lados

para abordagem. Haverá argumen-

tos de toda ordem. Diante desse

quadro é preciso começar a formar

consciência que nasça fortalecida

no conjunto da sociedade para

que políticas públicas apliquem

decididamente recursos a fim de

que soluções possam criar um ho-

rizonte que conduza à ressurreição

da Esperança! Nossas crianças e

nossos jovens dependem daquilo

que os adultos vivam como valores.

Se estão enveredando por picadas

de morte, não será porque falta

coerência de quem deveria

dar o exemplo?

por Mons. Giovanni Baresse

Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919

E-mail: [email protected]

Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli

Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da

direção deste orgão.

As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS

Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente.

Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

ExpEdiEntE

para pensar

Mais um desafio

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Custo de um capacetenovo: 200 reais.

Custo para sua vida: incalculável.

Moto. É preciso saber usar.É preciso respeitar.

A imprudência cobra um preço alto. Dê valor à vida.

Por iara BiDerMan/FoLHaPress

O estilo mulher-rã A rã é um ser de pele lisa e pernas traseiras fortes. Sem gordura, o desenho dos seus músculos salta à

vista. Seu formato parece com o das fêmeas humanas. Pelo menos com certo tipo delas, batizado por Luiza Brunet de “mulher-perereca”. Ao criticar o padrão estético das fêmeas em destaque, na coluna de Ancelmo Gois, em “O Globo”, a ex-modelo definiu bem o corpo da moda: ultramusculoso, cinturinha, coxa grossa e (proporcionalmente) canela fina. Como exemplo do estilo anfíbio, Brunet, 50, que é ex-rainha de bateria, apontou a atual rainha da Mangueira, Gracyanne Barbosa, 29. Do alto de seus 60 centímetros de diâmetro de coxa, a rainha da vez disse à Folha que achou o comentá-rio “desnecessário”, mas não ficou machucada. “Não me considero mulher-perereca. Minha coxa não é tão grossa, é definida. Sou mais atlética, não faço estilo boazuda.”

“Pesos surreais”Bastante criticada publicamen-te, essa estética meio funk, meio panicat (dançarina do programa “Pânico”) e meio perereca mesmo tem muitos admiradores anônimos. Ou admiradoras, melhor dizer. “Elas querem saber o que faço para ficar assim”, diz Gracyanne, que no pós-Carnaval vem dando palestras motivacionais para mulheres em busca de boa forma. A modelo diz fazer refeições a cada três horas, com muita proteína magra e zero açúcar e sal. E pegar pesado. “Os pesos que Gracyanne usa são surreais, consegue colocar 200 quilos

no agachamento”, diz o personal dela, Xande Negão, que se apresenta como “body designer”. Nas academias, o público feminino corre atrás desse estilo de treino e de corpo. “Todas as mulheres que vejo estão agachando, agachando, agachando. Quem está preparada para agachar tanto e ter essa perna tão grande?”, pergunta Mauro Guiselini, professor de educação física da FMU e con-sultor de academias de São Paulo. Com ou sem preparo, a demanda por pernões vem aumentando, segundo Guilherme Lacerda, professor de musculação e treinador das aca-demias Runner Brasil. É o que ele chama de estilo panicat. “As alunas querem esse corpo”, diz. Para atingir seu objetivo, elas treinam mais do que os homens. “Muitas usam tudo o que houver de lícito e ilícito para isso”, diz Lacerda. Entenda-se por tudo de suplemen-tos de proteína a hormônios. “A mulherada está deitando e rolando nos anabolizantes, tomando ou in-jetando hormônio sem dó”, acredita o fisioterapeuta Rafael Guiselini. Gracyanne nunca fez uso dessas substâncias. O corpão, diz ela, é uma combinação de genética e estilo de vida esforçado. “É como ser atleta; me adaptei bem aos treinos, nunca saio da dieta. Mas sei que é difícil, 99,9% das mulheres não conseguem.” Por mais que se esforcem, há limita-ções físicas. “Corpo de mulher não foi feito para ter menos que 15% de gordura”, opina a preparadora física Fernanda Borges, da Competition, de São Paulo. Gracyanne está com 6% de gordura corporal. “É percentual de atleta

homem”, diz Xande, seu “body designer”. Além da proporção de gordura, há um número máximo de fibras mus-culares que uma mulher pode ter. “Mesmo que a quantidade de fibras das pernudas seja acima da média, elas chegam a um patamar com treino e dieta e de lá não passam. Dentro dos limites fisiológicos do corpo feminino não dá para ser tudo isso que se vê por aí “, diz Mauro Guiselini. Pernas respondem muito bem à musculação, segundo Eduardo Netto, diretor das academias Bodytech. Mas para dar o salto da perereca é preciso muita dedicação. “O treino é feito de séries muito pa-recidas com as de um fisiculturista: pouca repetição, muita carga, muitas horas malhando. Mas, mesmo com a maior disciplina do mundo, elas não conseguem ficar com as pernas tão grandes. Para isso, é preciso testosterona”, diz Netto. Mesmo sem aditivos, o tipo de treino da “mulher-perereca” é arriscado. Os movimentos e as cargas pesa-das podem comprimir as vértebras lombares, lesionar articulações e encurtar a musculatura posterior das pernas. “No futuro próximo, teremos muitas mulheres-pererecas lesionadas”, diz o educador físico Mauro Guiselini.

Culto e preconceitoMais preocupadas com o agora, as alunas apostam nos benefícios, não nos riscos. “É sabido no mercado de fitness que essas mulheres não percebem quando passam dos limi-tes”, diz Saturno de Souza, diretor da Bio Ritmo.

Para a modelo Juju Salimeni, 26, o limite é individual. “Cada uma decide o seu. Existe grande preconceito contra o culto ao corpo. São igno-rantes que não sabem respeitar o estilo de vida de cada um.” A percepção dos profissionais das academias é diferente. “Hoje, a onda é hipertrofia”, diz Netto, da Bodytech. Saturno de Souza, da Bio Ritmo, concorda: “O preconceito contra a mulher com músculos definidos já passou e o público feminino busca cada vez mais esse visual”. E os homens, o que acham? “Acham esse tipo de corpo atraente.

Só consideram masculinizadas aquelas que ficam com ombros e costas largos”, diz Souza. As ma-gras, segundo ele, só conseguem impressionar as outras mulheres, não os homens. Isso pode valer também para as saradas. Em sua pesquisa de dou-torado sobre imagem corporal de frequentadores de academia, o professor de educação física Vinícius Damasceno, da Universidade Salga-do de Oliveira (Juiz de Fora, MG), observou que em 55% dos casos, o tipo de corpo feminino que a mulher considera mais sedutor não é o que o homem deseja.

Alvo de críticas, o look megamusculoso de funkeiras, rainhas de bateria e gostosas da TV caiu na preferência do mulherio, mas é duro de perseguir

comportamento

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Por volta de 3.000 a. C., foi desen-volvida e praticada pelos egípcios antigos e aprimorada na Europa na metade do século XVI, a marcheta-

ria mantém-se atual e ativa em Bragança Paulista graças ao artista Marcelo Ribeiro. Hoje, no Brasil, são poucos os artesões que dominam a arte de ornamentar superfícies planas, trabalho que tem como principal suporte a madeira. A marchetaria consiste em incrustar, embutir ou aplicar peças recortadas, formando desenhos variados e pode ser utilizada na construção de ob-jetos, reciclagem de móveis, painéis para decoração, quadros, esculturas, restauração e até mesmo em joias e bijuterias. Para Marcelo, por ser uma arte muito detalhista e com custo elevado por conta do material utilizado - apenas madeira nobre - muitos aprendem o básico do ofício, mas acabam optando por outros trabalhos artesanais. Marcelo faz trabalhos em marchetaria há 10 anos mas, segundo ele, gosta de arte desde a infância. “Minha mãe sempre incentivou. Antes eu dava aulas de mosaico em azulejos. Hoje quem faz esse tipo de trabalho é minha irmã, Carolina. Conheci a marchetaria quando vi alguns móveis em miniatura em uma loja, todos decorados, quando morei em Pato de Minas. Eu e minha mãe começamos a procurar por cursos em São Paulo, mas eram todos muito caros. Minha mãe fez o curso básico e começamos a desenvolver o trabalho sozinhos”, explica. Depois disso Marcelo continuou com a marchetaria, mas a mãe, Neuci Ribeiro, não. “Minha mãe parou, mas, juntos, desenvolvemos um estilo próprio. Até o professor dela começou a copiar alguns tipos de desenhos que criamos. Em marchetaria se usa mui-to as formas geométricas. Conseguimos criar peças com desenhos em curvas, por exemplo, que é algo novo e mais difícil de fazer”, conta.

EncomendasQuando decidiu que se dedicaria à mar-chetaria profissionalmente, Marcelo fez um estoque de material, pela dificuldade de encontrar os rolos de lâminas de madeira necessários e também como investimento. “Para o trabalho geralmente é usado ma-deiras como ébano, pau-brasil, jacarandá, todas difíceis de achar hoje em dia. Algumas só são achadas em móveis velhos ou no rodapé de casas antigas. Uma pessoa me deu um jogo de jantar antigo, em imbuia, pra usar a madeira”, conta. Atualmente Marcelo só faz trabalhos em marcheta-ria sob encomenda. Em junho pretende começar a vender algumas peças que já têm produzidas em São Paulo, na Praça Benedito Calixto. Em Bragança é possível comprar e encomendar em sua oficina. “Pouca gente conhece em Bragança, não entendem a marchetaria como arte. Em São Paulo é mais fácil encontrar pessoas que sabem o que é marchetaria”. Talvez até exista alguém que saiu de Bragança para um passeio na Benedito Calixto, encontrou as peças produzidas por Marcelo (ou até mesmo comprou) sem fazer ideia de que tinha sido feitas aqui. “Eu gosto de fazer da maneira antiga, procuro saber como se fazia na maneira tradicio-nal. Dá pra fazer produção em série, mas

eu prefiro prezar pela qualidade. E fazer por encomenda também é melhor porque é mais legal quando dá pra desenvolver o projeto junto com a pessoa. Geralmente eu faço alguns esboços e o cliente vai dizendo o que mudar”, diz.

Facas e ferramentasAlém do trabalho em marchetaria, Marcelo também trabalha com cutelaria. Ele apren-deu a arte de fabricar facas com o Mestre Cuteleiro Henrique Martins Carvalho, que também tem oficina em Bragança. “Eu já gostava de faca também, tenho como relí-quia um martelo que foi forjado pelo meu bisavô. Acabei conhecendo o Seu Henrique por acaso. Ele procurava alguém pra quem pudesse passar conhecimento. Um dia eu falei pra ele que queria uma faquinha sim-ples e ele me mandou fazer, pra ver se era mesmo simples. O que eu aprendi com ele

é um conhecimento que não tem como comprar. O verdadeiro segredo da forja você só aprende se tiver um mestre que te ensine. Nós temos uma amizade muito forte, ele é como um segundo pai pra mim. Uma vez alguém comentou que ele não me deu nenhuma espada. Ele não me deu uma, ele me deu todas, porque hoje eu posso fazer a que eu quiser. Espero um dia poder passar

o meu conhecimento pra alguém também. Todas as facas que eu faço, mostro pro Seu Henrique. É ele quem atesta a qualidade” afirma. Com a dificuldade de encontrar ferramentas para os trabalhos que de-senvolve, e com o aprendizado, Marcelo resolveu fabricar as próprias. Hoje fornece peças para outros profissionais como ele. “Muitas vezes eu quis criar uma peça nova e não tinha a ferramenta necessária, pois era difícil de achar e as que existiam eram importadas e caras. Então resolvi criar as minhas. Muitas eu mesmo inventei”, conta. “Eu faço facas todos os dias, pois são mais fácies de vender do que a marchetaria. Elas são úteis para uso na cozinha, como item de sobrevivência para quem acampa e como ferramenta também, para cortar madeira, por exemplo”, fala. Além disso, o trabalho de Marcelo tem ainda mais uma curiosidade: “a maioria dos materiais que uso são reciclados. A matéria prima para as facas é mola de caminhão. Também uso os móveis velhos para fazer os cabos. Uso também materiais como osso, chi-fre, latão, prata e bronze nos detalhes. Em geral o cliente traz alguma peça que tinha em casa. Muita gente compra a faca mas não tem coragem de usar com medo de estragar. Os que usam normalmente voltam pra buscar outra”, fala. “Tanto a marchetaria quando a cutelaria são tra-balhos que precisam de muita atenção. É pra quem gosta mesmo, pois tem que se dedicar em tempo integral e fazer um grande esforço para que dê certo. Eu não penso em outra coisa. Quando não estou trabalhando estou imaginando a nova peça que irei fazer”, conclui.

Para conhecer o trabalho de Marcelo Ribeiro, entre em contato pelo cel 11 9 9981 – 8039 ou pelo email [email protected]. Ele produz peças em marchetaria, facas e ainda ferramentas para entalhe e marchetaria

colaboração sHeL aLMeiDa

Pouca gente conhece em Bragança, não

entendem a marchetaria como arte. Em São Paulo

é mais fácil encontrar pessoas que sabem o

que é marchetaria

Marcelo Ribeiro

Marcelo produz as peças da maneira tradicional. “Dá pra fazer produção em série, mas eu prefiro prezar pela qualidade”.

Desenho em marchetaria antes de ser aplicado na madeira. “Consegui criar desenhos em curvas, que é algo novo e mais difícil de fazer”

Marcelo também é cuteleiro. Aprendeu a fazer facas com o Mestre Henrique Carvalho. “O que eu aprendi com ele é um conhecimento que não tem como comprar”

Trabalhos de Marcelo feito em marchetaria. Artista desenvolveu estilo próprio de criar desenhos com madeira.

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A entrada dos pajens e daminhas é o momento mais engraçadinho de uma cerimônia de casamento. A maioria dos casais ainda pre-

fere um par de crianças para carregar as alianças e abrir o caminho da noiva. Mas existem valiosas dicas que podem contribuir para que os pequenos se sintam seguros e confiantes em participar deste momento tão marcante.Crianças muito pequenas podem “tra-var” na hora de entrar na igreja, seja por timidez ou nervosismo. Para evitar este tipo de problema, recomendamos que ao escolher as crianças, os noivos prefiram crianças a partir de 3 anos de idade. O ideal é elas serem íntimas dos noivos, para não se assustarem diante de tanta gente diferente. Não há regra para o número ideal de pajens e daminhas, mas antes de decidir, os noivos devem levar em consideração o espaço da igreja ou local da cerimônia, para manter o equilíbrio visual e estrutural do evento. Prefira contar com um ou dois casais de pajem e daminha.O ideal é fazer um rápido ensaio com elas alguns dias antes e também um no dia do casamento mesmo. É só solicitar aos pais que cheguem 45 minutos antes da celebração para a cerimonialista fazer um teste. Com a igreja cheia, as coisas podem sair um pouco do roteiro, mas o ensaio já minimiza as possibilidades de problemas. Para garantir a entrada das crianças sem choro, uma dica é posicio-nar a mãe delas lá na frente, próxima

aos noivos, chamando discretamente os filhos. Assim os pequenos se sentem mais seguros e geralmente fazem o caminho de encontro à mãe.É importante equilibrar tons; para as meninas use tons alegres e vestidos leves. Se a cerimônia for à noite, pode-se colo-car um pouco mais de brilho, bordados e renda. Para os meninos, o traje deve ser bem confortável para não incomo-dar o pajem. Os trajes devem combinar com a roupa da noiva e do noivo e com as cores da decoração e do buquê. Usar alguns detalhes nestas tonalidades dão um charme a mais. Seguindo estas dicas, as crianças irão brilhar e fazer o maior sucesso com os convidados tornando este dia ainda mais inesquecível!Mande suas sugestões para nosso e-mail, [email protected] Podemos auxiliá-los em suas dúvidas! Acesse nosso facebook: Spassu Plaza. Ou se preferir, venha conhecer nossa loja, estaremos prontos para atendê-los

permanente da criançaO primeiro dente

Quanta emoção, tanto para a criança quanto para os pais, quando cai o primeiro dentinho

e isto ocorre por volta dos 6 anos de idade (uns menos outros mais). Este processo é muito visível e fica bastante evidente quando cai o primeiro dente decíduo (de “leite”) e começa a nascer o dente permanente, Incisivo Central Inferior. É uma alegria!O que muitos não sabem é que este não é o primeiro dente permanente a erupcionar na boca dos nossos pequenos. De forma imperceptível e muitas vezes indolor, na parte posterior da boca, inicia-se a erupção do Primeiro Molar Perma-nente. Isto ocorre um pouco antes ou simultaneamente ao processo de queda do primeiro dente, por volta dos 6 anos de idade. São em número de quatro, um de cada lado da boca, dois inferiores e dois superiores. Este dente irrompe na cavidade bucal sem que ocorra a perda de um dente decíduo (de “leite”) e com isto este processo passa despercebido ou quando informado pelo dentista ocorre o seguinte questionamento:- “Como pode ser um dente permanente se não caiu nenhum dente aí atrás?” Ele nasce atrás do último dente decí-duo e são muito semelhantes. Porém o esmalte do Primeiro Molar Permanente ainda não está totalmente mineralizado e também seus sulcos são mais pro-fundos tornando-o mais suscetível ao ataque da doença cárie. Esta lesão pode

desenvolver-se depressa no primeiro molar permanente e, às vezes, progredir para uma exposição pulpar, levando a um tratamento de canal, em um período de 6 meses. Infelizmente muitas crianças são levadas ao dentista muito tardia-mente, e em muitos casos as lesões de cárie já estão tão profundas e extensas, impossibilitando o tratamento de canal, que se faz necessário a sua extração.Em decorrência disso é, ainda, bastante comum, a perda do Primeiro Molar Per-manente o que pode levar, sem nenhuma medida apropriada, a alterações como diminuição da função mastigatória, in-clinação dos dentes vizinhos e erupção contínua dos dentes antagonistas.Desta forma por estar localizado na parte posterior da boca e ter sulcos mais profundos, o que propicia maior acúmulo de alimentos, a sua higienização se torna um pouco mais difícil, exigindo dos pais ou responsáveis um cuidado ainda maior quando da escovação deste dente. Podemos admitir que a falta de conhe-cimento dos pais com relação à erupção destes dentes, o desconhecimento de técnicas de escovação apropriadas, consumo exagerado de guloseimas, sem higienização adequada podem levar às consequências que citamos acima, cau-sando assim um prejuízo muito grande para a criança.Dra. Maria Fátima Martins ClaroCRO/SP 18.374Especialista e mestre em odontopediatra

inForMe PuBLicitário

Seu sorriso COM saúde

Dra. Luciana Leme Martins KabbabeCRO/SP 80.173Dra. Mariana Martins Ramos LemeCRO/SP 82.984Dra. Maria Fátima Martins ClaroCRO/SP 18.374Dr. Luis Fernando Ferrari BellasalmaCRO/SP 37.320 Dr. André Henrique PossebomCRO/SP 94.138

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Pajem e a DaminhaPreparando o

SPASSU da Elegância

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Os casos de corrupção ou demais atos inenarráveis praticados pelos políticos e órgãos públicos brasileiros são interiorizados como naturais,

importantes, comuns e necessários para o bom funcionamento da burocracia brasileira. Esta distinção absurda, mas reforçada socialmente, tem como propósito desvin-cular a situação política, econômica, social e educacional do país de seu alto índice de desigualdade social que é um dos fatores que fomentam a criminalidade, não só no Brasil, mas no mundo todo. O pior é que a criminalidade e toda a discussão sobre suas causas e efeitos encontram como única saída o aumento da violência do Esta-do como o horizonte para a resolução desta questão, desconsiderando aspectos históricos e sociais que formam a sociedade brasileira, atendo a questões primordialmente técnicas.A ação correta do Estado em todos os campos básicos que estão sob sua competência sim deveria ser vista como o horizonte de reso-lução. Entretanto, um Estado que formula

leis e as impõem de cima para baixo, que abre inúmeras prerrogativas e atalhos para burlar estas mesmas leis, que depende de uma classe dirigente repleta de interesses voltados para o enriquecimento, lícito, ilícito, moral, imoral ou amoral, não poderia ser a responsável pela formulação, execução ou julgamento destas mesmas leis. A questão da criminalidade no Brasil passa pela discussão sobre a não existência de eunomia (direitos iguais entre os cidadãos) de direitos, princípio básico para o funcio-namento de país republicano que pretende algum dia ser uma democracia. O Estado e a mídia brasileira trabalham esta ideia de forma tão precisa e dissimulada que até mesmo atos básicos de cidadania aparecem como atos criminosos e um dos exemplos disso é a visão que o brasileiro tem sobre as manifestações grevistas. No Brasil, todo grevista é vagabundo ou não tem nada melhor ou útil para fazer. Para a mídia, a greve é ruim porque atrapalha as pessoas que não participam dela. Entretanto,

o instrumento de luta chamado greve parte exatamente desta prerrogativa, além de ser assegurado pela Constituição brasileira, e deve sim incomodar e atrapalhar as demais pessoas para tentar criar uma discussão ou chamar a atenção para as questões sociais brasileiras. Vale ressaltar, que alguns instru-mentos de luta classista, como sindicatos ou similares, têm ações que são criminosas quando tiram da greve o seu caráter reivin-dicatório e manipulam os grevistas em busca de valorização político partidária ou para atender a interesses que nem sempre estão voltados à classe trabalhadora.Isso sem levar em consideração o fato de vivermos em país que aplica penas mínimas àqueles que possuem uma melhor condição financeira ou social, ainda mais quando es-tas pessoas estão associadas aos quadros do poder enquanto, por outro lado, agem de forma severa e injusta condenando os menos favorecidos de uma forma que beira a insanidade.Tudo isso combinado com um sistema carce-

rário que não cumpre nenhuma das funções esperadas e que não recuperam, reabilitam ou criam expectativas para os que estão presos ou para aqueles que já cumpriram suas penas.Portanto, enquanto a criminalidade não se tornar uma política de Estado, construída com a presença daqueles que a vivenciam ou a experimentam diariamente, todo discurso sobre esta questão será restrito, incompleto e inútil. Portanto, vale a pena refletir de forma racio-nal e não apaixonada ou mesmo vingativa quando pensamos nas questões complexas como a redução ou não da maioridade pe-nal. Além disso, é lícito ou correto cobrar a diminuição da maioridade penal sem que seja defendida a atuação constitucional do Estado que desrespeita e afronta a sua própria Constituição?

Pedro Marcelo Galasso – cientista polí-tico, professor e escritor. E-mail: [email protected]

Por PeDro MarceLo GaLasso

Reflexão e Práxis

Uma salada colorida, uma bela porção de arroz elaborado ou não, carne trabalhada e uma guarnição... assim se compõe um almoço de

primeira.Para hoje, uma sugestão simples e deliciosa!

Carne suína na pressãoSabemos que a carne suína é a proteína animal mais consumida no mundo e que o consumidor brasileiro está cada vez mais consciente do verdadeiro valor dessa carne.Aqui em casa preparamos ao menos 3 vezes por semana.Super saborosa, na Europa cada pessoa consome em média 41,8 kg ao ano, enquanto que no Brasil o consumo é de 14 kg. Por quê? Pra que se privar dessa delícia?Desta vez, experimentei o ‘jeito panela de pressão’ de preparar.Molho1 xícara (chá) de catchup2 colheres (sopa) suco de limão1 colher (sopa - rasa) de açúcar mascavo½ xícara (chá) de vinho branco seco½ xícara (chá) de mostarda1 colher (sopa - rasa) de molho de pimentasalalecrim a gostoNuma panela pequena, coloque os ingre-dientes do molho, misture e ferva.Coloque na panela de pressão metade do molho e 1 ½ kg de costela suína cortada em pedaços com o osso virado para cima e a outra metade do molho. Feche a panela, use fogo baixo e conte 40 minutos assim que

começar a chiar. Veja se a costela está macia, se não deixe por mais 5 minutos.Coloque os pedaços da costela num refra-tário e deixe o molho fervendo até reduzir e engrossar.Esquente a costela no microondas e regue com o molho.

Farofa com maçãs e uvas passas

Adoro coisas salgadas e levemente ado-cicadas.Esta farofa é coringa para qualquer ocasião, principalmente como parceira de pratos com carne suína.Comecei o preparo colocando 1 xícara de uvas passas escuras de molho em água morna, por uns 15 minutos apenas.Também descasquei 3 maçãs e as cortei em cubinhos. Reservei.Enquanto isso, ralei 1 cebola inteira e levei refogar em 2 colheres de margarina até que ficasse transparente.Acrescentei as maçãs e esperei cozinharem por uns 5 minutinhos.Adicionei as uvas passas sem o líquido e 400g de farofa comprada pronta.Finalizei com cheiro-verde picado, acertei os temperos e já estava pronta.Simples, rápida e muito saborosa!

Você sabia...?A carne suína é excelente fonte de vitamina do complexo B e minerais.A carne suína é a mais indicada para alta pressão sangüínea, já que o potássio ajuda a regular os níveis de sódio que aumentam

a retenção de líquidos no corpo.A gordura e o colesterol da carne suína tem diminuído de forma progressiva nos últimos anos, em decorrência do intenso trabalho de melhoramento elaborado pelos técnicos e criadores.A carne suína possui mais gorduras insa-turadas (65%) do que gorduras saturadas (35%).O nível de colesterol contido na carne suína moderno é semelhante a de outras carnes e está perfeitamente adequada às

exigências do consumidor moderno.

DeborahDeborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.delicias1001.com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas.Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para [email protected]

Por DeBoraH Martin saLaroLi

Fotos: Delícias 1001

Costela na pressão

Delícias 1001

Criminalidade (2ª parte)

Almoço completo

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Sexta 26 • Abril • 2013 Jornal do Meio 689 7Nossas Escolhas

por FeLiPe GonçaLves

Últimos MomentosUm belo e ensolarado dia de do-mingo, uma boa mesa de café da manhã será preparada em instantes, muitos planos para aproveitar este

tão sonhado dia de descanso.Após uma semana exaustiva de trabalho enfim um despertar tranquilo movido ao desejo de ter um dia pacificado, quando repentinamente uma dor no peito invade todos meus desejos e por segundos me faz esquecer de tudo, a visão começa a escurecer, e de repente me vejo deitado num leito de hospital, passando pelo que seria os meus últimos segundos de vida, ao meu lado imagens desfocadas de familiares chorando, aparelhos estão conectados em mim para manter-me acor-dado, não consigo falar, gritar, minha voz não sai, estou um prisioneiro dos meus sentimentos.Em minha mente que não para de lutar contra o fim, um único desejo toma conta dos meus pensamentos; preciso de mais tempo, tem tanta coisa que gostaria de fazer, de dizer, não posso ir embora assim, preciso falar com meus filhos.....socorro !!!!.....preciso encontrar naquele momento cinza uma luz para atender meu único desejo.A fé era tanta, que surge uma luz branca e uma voz confortável afirmando.:- Meu filho, tenha calma, você terá direito ao seu último desejo, pode me dizer qual é e será atendido.O que deve passar na cabeça de uma pes-soa em estado terminal em seus últimos momentos que quando por um milagre é concebido o direito de um último desejo....Um carro novo....um bom e moderno apa-relho de celular......uma boa aplicação para seu dinheiro....um apartamento na praia.....um vestido de grife......com certeza não !!Uma enfermeira australiana chamada Bronnie Ware listou relatos emocionantes de pacientes terminais em suas últimas semanas de vida em um livro chamado

Antes de Partir, o livro simplesmente relata a experiência da escritora em acompanhar por anos dezenas de pessoas que estão em estado terminal, pessoas das mais diferentes crenças, das mais diferentes classes sociais e econômicas estiveram em seus cuidados, muitos jovens, idosos, empresários, donas de casa, enfim uma série de pessoas das mais diferentes vidas, porém num momento único, um ponto em comum. Bronnie, acreditou que agregaria muito aos leitores descrever os comuns últimos desejos dos pacientes, são eles.:- Gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim;- Gostaria de não ter trabalhado tanto;- Gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos;- Gostaria de ter mantido contato com meus amigos;- Gostaria de ter me deixado ser mais feliz.Muitos psicólogos e especialistas acon-selham fazer listas de desejos, como fez Jack Nicholson e Morgan Freeman no filme de Rob Reiner que leva o mesmo nome do livro “ Antes de Partir”.Escrever uma lista cria um comprometi-mento nosso, o sonho começa a se rea-lizar no momento em que conseguimos formulá-lo, extraí-lo do fundo de nós, arrancá-lo da correria do cotidiano, criar uma lista é uma forma de tomar consci-ência dos nossos desejos, iluminá-los, e, através deles, descobrir o que realmente é importante para nós, e é melhor não compartilhar esta lista com ninguém, ela é seu patrimônio, o não compartilhamento te ajuda a ser mais sincero.Como será que a gente precisa ter vivido e experimentado para chegar lá no final e conseguir dizer: - OK, cada minuto valeu a pena…..pode cair o pano, tô pronto !Feche os olhos por alguns minutos, sinta sua respiração, seus batimentos, abra os

olhos, pegue um papel e um lápis e escreva ouvindo apenas seu coração dez coisas que gostaria de fazer antes de morrer.Guarde este papel, e diariamente quan-do acordar e antes de dormir reveja-o, avalie se suas ações do cotidiano estão condizentes aos seus verdadeiros sonhos.Lembre-se, diferentemente de um doente terminal que foi avisado pelo seu médico que tem por exemplo dois meses de vida, nós não temos este possível fim agen-dado, a nossa hora pode hoje, amanhã, depois.........suas ações para realizar seus desejos devem começar agora !!!Alguns sites internacionais aceitam os últimos desejos de centenas de pessoas e os divulgam pela Internet, abaixo segue os mais comuns.:Visitar lugares onde passei minha infân-cia, ter uma horta em casa, escrever um livro, fazer regularmente um esporte, dar um abraço e um beijo no meu Pai, chorar numa cena de filme de drama, passar uma tarde na casa dos meus Pais tomando chá e comendo bolinho, deitar com a cabeça no colo da minha Mãe, viajar de carro com os amigos, fotografar pessoas ao redor do mundo, rever meus amigos de infância, visitar um castelo, visitar um asilo, brincar com os filhos de esconde--esconde, entre outros......Penso que se no futuro, pode se arrepender do que está fazendo agora, talvez não deva afazer, faça o caminho que te entregue paz no fim, para que no fim da vida, você possa dizer feliz: eu faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito, administre sua vida de forma que a todo momento as pessoas que devam saber, realmente saibam que você os ama.Ser quem somos exige muita coragem, o valor verdadeiro não está no que possu-ímos, o que realmente importa é como vivemos as nossas vidas.A gratidão por todos os dias ao longo do caminho é a chave para reconhecer e

curtir a felicidade agora. Reinvente sua vida e comece a demolir prisões criadas por nós mesmos, a percep-ção do tempo limitado pode aumentar a consciência que temos da vida. Tenha uma boa vida !Felipe GonçalvesGraduado em Química, MBA em Supply Chain, Especialização em Desenvolvimen-to de Líderes, Mestrando em Engenharia Química, Profissional Corporativo e Professor Universitário.Email.: [email protected]

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Foi com enorme prazer que fotografei o casamento desse lindo casal: Najara e Felipe. Duas pessoas com uma linda história de amor que atravessa anos! Quando os conheci vi o quanto era importante a realização deste grande sonho. Tudo era feito com os mínimos detalhes e com muito carinho. Fiquei feliz pela escolha do casal em me permitir registrar a história do casamento deles. Fiquei mais feliz ainda quando vi as fotos da retrospectiva porque algumas delas eu tinha fotografado há alguns anos. Foi muito legal!A cerimônia aconteceu no Casa Buona num espaço reservado e dedicado para o evento. Foi uma cerimônia presidida pelo meu amigo Alessandro Sabella, o que me deixou mais emocionado ainda porque nunca tinha feito uma cerimônia com ele. Aliás foi uma cerimônia maravilhosa onde a história do casal, que estão juntos desde crianças, foi contada e emocionou todos os convidados. Dava pra sentir o quanto um foi feito para o outro. Outro momento emocionante foi os cumprimentos dos pais e padrinhos. Muita alegria traduzida em vários votos de felicidades e prosperidade. Logo depois da cerimônia demos uma “fugidinha” rápida enquanto os convidados se acomodavam no salão principal para fazermos algumas fotos pós-cerimônia. Ficaram lindas!Depois, de volta à Casa Buona, o casal entrou ovacionado pelos amigos e parentes e começou uma maravilhosa festa. A pista de danças não parou em nenhum momento e os dois aproveitaram até o final. Como são queridos! Mais um dia muito especial que guardo com muito carinho.

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A Mercedes-Benz resistiu, mas acabou aderindo. Por quase 20 anos, a marca alemã insistiu em apostar

no monovolume Classe A como modelo de entrada para sua linha de automóveis. Foram duas gerações e poucos resultados. Agora, decidiu que vai seguir a mesma linha de ação das rivais-espelho BMW e Audi. Seu modelo mais barato continua sendo o Classe A, só que agora ele é um hatch médio, pronto para bater de frente com Série 1 e A3. Com essa decisão, a mais antiga das marcas alemãs passa a focar um consumidor mais jovem. O público que buscava no antigo Classe A um mo-delo familiar de menor custo fica a cargo da station Classe B, com quem o Classe A divide plataforma, motores e câmbio.Ser de menor custo na linha Mercedes está longe de significar acessível. O Classe A começa em “marqueteiros” R$ 99.900 na versão Style e vai a R$ 109.900 na Urban. As duas são muito semelhantes. Trazem sob o capô o propulsor 1.6 turbo de 154 cv gerenciado por um câmbio automatizado de dupla embreagem de 7 marchas. A pro-posta estética segue também a lógica dos rivais. O Classe A tem linhas bem marcadas, que buscam emprestar robustez e espor-tividade ao modelo. A frente é dominada por um gigantesco exemplar da estrela de três pontas. Os faróis bojudos trazem leds na borda superior e deixam a cara do hatch bem “enfezada”. O perfil é marcado por dois vincos fortes – um ascendente e outro descendente – e também pelo con-junto dos vidros, que formam um arco. A traseira, apesar de ter linhas harmoniosas, não tem personalidade marcante. Poderia tanto ser de um Mercedes como de uma

outra marca qualquer.De qualquer maneira, as linhas do Classe A defendem bem o projeto de rejuvenesci-mento da marca. Mas o recheio só poderia se enquadrar nesse conceito no caso de apostar que os jovens não ligam muito para conforto. Neste quesito, o conteúdo do hatch não é dos mais generosos, apesar do preço. Tem ar-condicionado automá-tico, por exemplo, mas com apenas um controle de temperatura. Os bancos são tipo concha, “ligeiramente” esportivos, mas os ajustes são manuais e o revesti-mento é parte em tecido, parte em couro sintético. O sistema de entretenimento possui uma tela 5,8 polegadas, no alto do console central, mas o controle é através de um grande e antigo botão giratório no console entre os bancos – até carros bem menos sofisticados usam sistema touch.Pelo menos, esta espécie de desapego não atingiu a segurança. Boa parte do arsenal que a Mercedes-Benz dispõe nesse aspecto foi introduzido no Classe A. Ele traz, por exemplo, 7 airbags – um deles para o joelho do motorista –, controle de estabilidade e tração, sistema de secagem de discos e pastilhas de freio em caso de chuva, retardo de liberação de freio em rampas, espelho eletrocrômico, volante multifun-cional, sistema isofix para cadeirinha de crianças, etc. No caso da versão Urban, há ainda faróis de xênon e day ligth em led – que segundo a marca faz as vezes de faróis de neblina.A posição de topo de gama da versão Urban não deve durar muito. Ainda no primeiro semestre a marca deve iniciar a importação da “violenta” A45 AMG, que tem motor turbo de 2.0 litros com 360 cv.

Não será, claro, um modelo de vendas. Já para as duas versões da A200, que chegam nas lojas em meados de abril, a marca espera que emplaquem cerca de 200 unidades por mês, sendo que 80% da versão mais completa. É um prognóstico conservador. Mesmo assim, se realizado, daria uma participação superior a 30% do mercado classificado pela marca como “compactos de marcas premium alemãs”. Audi e BMW não saem mais da mira da Mercedes.

Primeiras impressõesNovos valoresPorto Feliz/SP – Não há qualquer rasgo de ousadia nesta entrada da Mercedes no segmento de hatches médios – consi-derado compacto pela marca. O modelo seguiu à risca os preceitos aplicados pelas rivais diretas. E é exatamente isso que surpreende no Classe A. Mesmo sendo um carro dirigido a um público menos abastado e mais jovem, ele não foi vítima de má vontade de projetistas e engenhei-ros. Ao contrário. O Classe A impressiona favoravelmente no acabamento – é melhor que o do Classe C –, no design interno e cuidado com os detalhes.Na versão Urban, única disponível no lança-mento, há arremates em cromo nas saídas de ar, puxadores e maçanetas das portas e no console central. Algumas áreas são em plástico tipo laca e as áreas de plástico têm texturas e aspecto agradável, apesar de todas serem superfícies rígidas. Segundo a marca, o acabamento é resultado de uma nova técnica construtiva, que melhora o visual e não onera o produto final. De qualquer forma, o ambiente criado é bem

aconchegante. E os bancos tipo concha, com encosto integrado ao apoio de cabeça, recebem bem os quatro ocupantes que vão nas janelinhas. O quinto elemento, que fica atrás no meio, não tem nem mesmo um assento moldado para acomodá-lo decentemente.A cabine não é das mais amplas. Há espaço apenas suficiente para joelhos e cabeça e o caimento acentuado do teto em direção à traseira “fecha” um pouco a paisagem de quem vai atrás. Aliás, a qualidade de vida a bordo para os ocupantes da dianteira é muito superior também em relação ao ruído interno. Em velocidade de estrada, o barulho do pneu no asfalto e do vento impedem uma conversa em tom normal. Quem vai na frente nem se dá conta disso. É ali, inclusive, que as boas qualidade de um Mercedes conseguem aflorar plenamente. O motor 1.6 de 154 cv tem torque máximo de 25,5 kgfm entre 1.400 e 4 mil giros. Is-so significa que o propulsor está sempre disponível para retomar ou acelerar. Mas o ganho de velocidade mais forte vem nas proximidades da potência máxima, em torno de 5 mil giros. Ali o Classe A mostra ferocidade e agilidade. A suspensão, com vários componentes em alumínio, fornece um alto nível de neutralidade ao hatch, enquanto o câmbio automatizado de dupla embreagem acompanha bem uma tocada mais esportiva. Mas as passagens de marcha não são das mais rápidas. Esta caracterís-tica, no entanto, é uma boa causa. Mal dá para perceber as mudanças, tal a maciez de operação do câmbio. Afinal, mesmo que o Classe A seja para jovens, ainda é tem de responder à tradição de elegância e suavidade da Mercedes.

por eDuarDo rocHa/auto Press

Fotos: eDuarDo rocha/carta Z Notícias

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Fotos: eDuarDo rocha/carta Z Notícias

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Mais chique e nervosa A BMW resol-veu incremen-tar a linha da

Série 1 no Brasil com uma nova versão to-po, a esportiva 125i M Sport. Com preço de R$ 154.950, a con-figuração é equipada com um motor 2.0 turbo que desenvol-ve 218 cv e torque de 31,6 kgfm logo a 1.350 rpm. Aliado ao câmbio automático de oito velocidades, leva o hatch a 100 km/h em 6,2 segun-dos e à máxima de 243 km/h. A lista de equipamentos é mais recheada do que em outras versões e vem com sistema de entre-tenimento com tela de 8,8 polegadas e start/stop.

por auGusto PaLaDino/autoPress

Foto: Divulgação

BMW 125i M Sport

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por auGusto PaLaDino/autoPress

Sedã turbinado – A AMG, divisão espor-tiva da Mercedes-Benz, revelou no Salão de Nova Iorque a versão mais nervosa do CLA, variante sedã do Classe A. O CLA 45

AMG ganhou um kit aerodinâmico com partes em fibra de carbono, para-choques agressivos e saídas de escape trapezoidais, além das saias laterais. Para dar vida ao esportivo, um motor 2.0 litros turbo capaz de produzir 364 cv e 45,8 kgfm de torque. Acoplado a ele está uma trans-missão de sete relações e dupla embreagem. O preço do CLA 45 AMG deve partir, nos Estados Unidos, da casa dos US$ 50 mil, o equivalente a R$ 100 mil.O terceiro volume – Depois de um conceito mos-trado há mais de dois anos, a Audi finalmente apresentou o médio A3 sedã. O visual mantém os elementos impostos no hatch, principalmente na dianteira. A parte de trás é mais agressiva, com um caimento acentuado do teto. Com 4,46 metros de comprimento e 2,64 m de entre--eixos, o A3 sedã tem como único concorrente o Mercedes-Benz CLA. Ambos, por sinal, estão envolvidos em boatos sobre serem produzidos no Brasil nos próximos anos. Nasceu quadrado – O Kia Soul chegou à sua segunda geração. Mas nem parece. O nova re-leitura do “carro design” ganhou de fato poucas

mudanças estéticas. Os volumes e elementos visuais são basicamente os mesmos. As princi-pais alterações visíveis são os faróis maiores e as caixas de roda mais saltadas. O hatch também ficou maior e mais largo. O interior foi requintado com novos equipamentos, inclusive um rádio com tela de oito polegadas. Outra história – Tradicionalmente, os Subaru WRX e STi não passavam de versões do médio Impreza. Tinham imensas melhorias mecânicas, mas traziam a mesma casca básica. Isso está para mudar. A Subaru mostrou um conceito do novo WRX com uma carroceria totalmente diferente em relação ao sedã e o hatch, apre-sentados no ano passado. A ideia é diferenciar os modelos esportivos de modo a introduzi-los em novos segmentos. Deixou por menos – A Cadillac renovou o sedã CTS para o Salão de Nova Iorque. Mas a impressão é que a marca norte-americana resolveu “voltar atrás” na ousadia. A nova geração do modelo está mais conservadora, com linhas previsíveis e mais curvas. O destaque vai para a carroceria toda cheia de vincos, que tentam ainda passar um aspeco mais esportivo. As opções de motor incluem um quatro cilindros em linha de 272 cv, um V6, que tem 321 cv mas pode receber um duplo turbo e chegar a 420 cv

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