6ª Inspetoria Geral - Tribunal de Contas do Município do Rio de … · 2018-01-29 · intervenção prioritária por parte das autoridades ambientais. O quadro abaixo apresenta

6ª Inspetoria Geral

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AUDITORIA OPERACIONAL EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Titular do Órgão: Secretaria Municipal de Meio Ambiente Ayrton Alvarenga Xerez Secretário

Época da Inspeção: 01 de abril a 15 de junho de 2005

Equipe Inspecionante: Marta Varela Silva Inspetora Geral Matrícula 40/901.266 César Orestes Mega Técnico de Controle Externo Matrícula 40/900.769 Jorge Alberto Campista de Melo Técnico de Controle Externo Matrícula 40/901.369 Luciano Quintella Técnico de Controle Externo Matrícula 40/901.367 Reinaldo Barreiros Goulart Auxiliar de Controle Externo Matrícula 40/901.424


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1.1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 6

1.2. OBJETO DE AUDITORIA 6

1.3. O QUE FOI AVALIADO 7

1.4. POR QUE FOI AVALIADO 8

1.5. COMO SE DESENVOLVEU O TRABALHO 9

1.6. PAPÉIS DE TRABALHO 9

1.7. METODOLOGIA EMPREGADA 9

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2.1. GESTÃO 11

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3.1. APA DE MARAPENDI 12

3.2. APA DA PRAINHA 13

3.3. APA DE GRUMARI 14

3.4. APA DA SERRA DA CAPOEIRA GRANDE 15

3.5. PNM DE MARAPENDI 16

3.6. PNM DA PRAINHA 16

3.7. PNM DE GRUMARI 17

3.8. PNM DO MENDANHA 19

3.9. PNM DA SERRA DA CAPOEIRA GRANDE 20

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9.1. GUARDAS 31

9.2. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS 32

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10.1. SINALIZAÇÃO EXTERNA 35

10.2. SINALIZAÇÃO INTERNA 36

10.3. TRILHAS 37

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11.1. A DELIMITAÇÃO FÍSICA 39

11.2. A DEMARCAÇÃO 43

11.3. O LEVANTAMENTO FUNDIÁRIO 44

11.4. VISTORIA 47

11.5. AVALIAÇÃO 50

11.6. AQUISIÇÃO DE TERRAS 51

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17.1. RECOMENDAÇÕES À SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE 63

17.2. OPORTUNIDADES DE MELHORIA 66

17.3. ESCLARECIMENTOS / JUSTIFICATIVAS 69

17.4. PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO 70

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A definição expressa no art. 225 da Constituição Federal atribui a todos a

obrigação pela defesa e preservação do meio ambiente e os organismos do setor público

desempenham um papel preponderante, porquanto cabe a este a responsabilidade pelas

conseqüências ambientais advindas das próprias atividades; pela formulação e aplicação

da legislação; pela regulamentação, autorização, fiscalização e execução de políticas

ambientais, dentre outros. O que está em jogo são os gastos públicos que, no caso da

proteção do meio ambiente, quando os Estados não se antecipam ao futuro, são

elevadíssimos, obrigando os governos a aplicar importantes recursos financeiros na

resolução desses problemas.

A presente auditoria tem como escopo conhecer, através de uma amostra de 09

UCs (5 Parques e 4 APAs), as atividades desenvolvidas diretamente pela Secretaria

Municipal de Meio Ambiente com a questão ambiental, particularmente focada em Unidades

de Conservação, onde se procurou incluir, no presente relatório, recomendações de caráter

técnico e oportunidades de melhoria com opções reais e viáveis, visando aumento da

eficiência e a minimização de riscos.

As principais constatações foram:

a. Ausência de delimitação física, delimitação visual interna e sinalização externa

nas Unidades auditadas;

b. Ausência de Plano de Manejo para as Unidades de Conservação Municipais;

c. Ausência de medidas que visem promover a regularização fundiária das

Unidades de Conservação;

d. Ausência de adoção de medidas de manejo ambiental no entorno dos Parques;

e. Segurança e proteção contra incêndios deficientes devido à quantidade

insuficiente de Guardas nas Unidades e na Patrulha Ambiental.


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Através da metodologia proposta pela WWF e IBAMA, foram avaliados ainda os

graus de implementação e de vulnerabilidade das Unidades analisadas, permitindo uma

visão precisa de quais estão em situação mais crítica e, portanto, necessitam de uma

intervenção prioritária por parte das autoridades ambientais.

O quadro abaixo apresenta um resumo dos resultados obtidos:

UC

Situação Geral

(GI x [1 / GV])

Grau de Implementação

(GI)

Grau de Vulnerabilidade

(GV)

Serra da Capoeira Grande

0,11 0,4 Situação precária 3,8 Muito

vulnerável

Grumari 0,34 0,8 Situação precária 2,8

Mediamente vulnerável

Mendanha 0,40 1,5 Situação precária 3,8

Muito vulnerável

Marapendi 0,92 2,3 Minimamente implementada 2,5

Mediamente vulnerável

Prainha 1,5 2,3 Minimamente implementada 1,5

Pouco Vulnerável

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1.1. �-./012.30456��2708�

A Inspeção Ordinária de que trata o presente relatório tem sua legitimidade

conferida pela Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro, art. 88, inciso IV, pela

Deliberação nº 034/1983 (Regimento Interno do Tribunal de Contas do Município do Rio de

Janeiro), art. 37, inciso III, bem como pelo Plenário desta Corte em Sessão Plenária de 24

de janeiro de 2005 (processo TCMRJ nº 040/000.056/2005), a qual aprovou o calendário de

Inspeções Ordinárias para o exercício de 2005. Esta inspeção faz parte de um projeto de

realização de auditorias que visa a contribuir para a melhoria do desempenho dos órgãos

jurisdicionados, assim como para a melhor utilização dos recursos públicos, por meio da

implementação de recomendações e oportunidades de melhorias decorrentes de auditoria

de avaliação operacional conduzida por esta Inspetoria.

Esta auditoria é a segunda de uma série a ser realizada em Unidades de

Conservação. A primeira, objeto do processo 040/006.858/2004, teve como escopo

conhecer as atividades desenvolvidas diretamente pela Secretaria Municipal de Meio

Ambiente com a questão ambiental, particularmente focada em Unidades de Conservação.

Os exames foram realizados com base em testes, no período de abril a julho/2005,

de acordo com os Princípios de Auditoria, na extensão que se julgou necessária e, portanto,

podem não refletir necessariamente todos os problemas existentes.

Durante a execução de auditoria, contou-se com a colaboração da Profª Doutora

Júlia Strauch da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) quanto à tarefa de

análise das coordenadas geográficas do Parque Natural Municipal da Prainha.

1.2. 9:236�/2�0-/;36<;0�

Foi realizada uma auditoria de avaliação em Unidades de Conservação Municipais

com objetivo geral de verificar a obediência aos sistemas e procedimentos de proteção

ambiental.


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Adotou-se como critério de seleção de Unidades de Conservação Municipais,

aplicar a presente inspeção àquelas que possuam pelo menos 6 anos de criação e 100

hectares de área. O prazo de 6 anos é aquele considerado como suficiente para se iniciar o

processo de implantação mínima e o quantitativo de hectares foi escolhido como uma área

mínima representativa.

Foram selecionadas as seguintes Unidades de Conservação:

Unidade de Conservação Área

(ha) Ato de criação

PNM do Mendanha 1.445 Lei Municipal 1.958 / 93

PNM de Grumari (a)

805 Decreto Municipal 20.149 / 01

PNM da Prainha 147 Decreto Municipal 17.426 / 99

PNM de Marapendi 248 Lei Municipal 61 / 78

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PNM da Serra da Capoeira Grande (a)

21 Decreto Municipal 21.208 / 02

APA de Grumari 966 Lei Municipal 944 / 86

APA da Prainha 157 Lei Municipal 1.534 / 90

APA de Marapendi 933 Decreto Municipal 10.368 / 91 Áre

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APA da Serra da Capoeira Grande 479 Lei Municipal 2.835 / 99 (a)

Embora tenham menos de 6 anos de criação, o PNM de Grumari e o PNM da Serra da Capoeira Grande foram selecionados por estarem inseridos nas APAs de Grumari (criada em 1986) e da Serra da Capoeira Grande (criada em 1999), respectivamente.

1.3. �=-2�>6;�0?08;0/6�

Neste trabalho foi avaliada a obediência aos sistemas e procedimentos de proteção

ambiental de uma Unidade de Conservação (UC), procurando confirmar se os

procedimentos operacionais envolvidos foram devidamente considerados, conhecer seu

grau de implementação e vulnerabilidade como UC, bem como gerar informações e dados

que possam ser utilizados pelas demais Inspetorias ou pelo público em geral.

Foram considerados os seguintes pontos:

• a conformidade com a legislação, normas ambientais e códigos de práticas relativas

a estas Unidades de Conservação.


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• aspectos operacionais das UCs, tais como sinalização, manutenção de trilhas,

serviços de apoio ao visitante, segurança, pesquisas científicas, manutenção e

reforço da fauna e flora autóctones, dentre outros.

Sempre que possível, foram apresentadas oportunidades de melhorias.

• O processo de implementação das Unidades de Conservação e o grau de

vulnerabilidade a que as mesmas se encontram sujeitas. Foi aplicada a metodologia

proposta pela WWF-Brasil e pelo IBAMA em seu estudo “Áreas Protegidas ou

Espaços Ameaçados?” (Série Técnica Volume III – março de 1999).

A aplicação desta ferramenta busca marcar o início de uma análise padronizada da

situação real das unidades de conservação municipais, gerando dados que poderão

servir de guia para ações concretas de conservação da biodiversidade e permitir um

acompanhamento da evolução do quadro, a partir de futuros levantamentos

semelhantes.

1.4. �6<�=-2�>6;�0?08;0/6�

Na escolha deste tema para uma auditoria ambiental foram levados em

consideração os seguintes fatores:

- as oportunidades de agregação de valor – embora sejam muitos os benefícios

considerados com a conservação da biodiversidade para a manutenção da

biosfera, das qualidades ambiental e de vida e dos processos ecológicos-

chave, parece haver muita dificuldade, por parte das autoridades e dos

tomadores de decisão, na implementação de diretrizes efetivas para a

conservação da biodiversidade, associadas ao desenvolvimento local; e

- a necessidade de fiscalização do patrimônio público - a competência

constitucional dos Tribunais de Contas pressupõe o dever de exercer a

fiscalização da correta aplicação dos recursos públicos, não apenas no que se

refere ao aspecto contábil e legal, mas à eficiência, eficácia e efetividade com

que esses recursos são aplicados, incluindo também o cuidado na preservação

de todo o patrimônio público, no qual o meio ambiente se inclui.


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1.5. �616�@2�/2@2.?68?2-�6�3<0908A6�

A auditoria se dividiu nas seguintes fases:

1ª fase: Reunião com a equipe técnica da SMAC, com apresentação das equipes

objetivando dar conhecimento da proposta de trabalho a ser desenvolvido, linhas de

investigação e critérios adotados. Nesta fase foi distribuído o questionário com a

metodologia proposta pela WWF-IBAMA, objetivando um diagnóstico do grau de

implementação e vulnerabilidade das UCs.

2ª fase: Aplicação de questionários, testes de aderência a fim de averiguar a conformidade

às normas previstas e visitas a todas as Unidades de Conservação selecionadas.

1.6. �0BC;@�/2��<0908A6�

Os papéis de trabalho que deram suporte à presente inspeção encontram-se

arquivados nesta Inspetoria para eventuais consultas, tendo sido utilizada a seguinte

documentação:

a. anotações pessoais com informações fornecidas pelos servidores da SMAC;

b. dados obtidos por ocasião da verificação in loco nas Unidades de Conservação;

c. coleta de dados na internet e em bibliotecas;

d. observação direta;

e. estudos efetuados por Grupo de Trabalho de técnicos da SMAC.

Para a análise dos dados obtidos foi utilizada a análise qualitativa.

1.7. �236/6867;0�21B<270/0�

Um exame mais aprofundado das questões de auditoria propostas exigiu,

entrevistas com o Sr. Frederico Moraes da Coordenadoria de Conservação e Recuperação

Ambiental, Sr. Márcio Carasa - Gestor do Parque Natural Municipal (PNM) de Marapendi,

Sra. Rosana Junqueira - Gestora do PNM da Prainha, Sr. Sérgio Reis – Gestor do PNM de

Grumari e Sr. Frederico Guedes – PNM do Mendanha; de forma a se obter informações de

caráter qualitativo, essenciais para contribuir para as recomendações de melhoria do

programa.


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O PNM da Serra da Capoeira Grande não possuía um Gestor nomeado

formalmente à época desta inspeção. O Sr. Frederico Moraes acompanhou a equipe

inspecionante na visita a esta Unidade e passou as informações necessárias para o

entendimento da situação da mesma.

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A Lei Federal n° 9.985/2000 regulamentou o art. 225, §1º, incisos I a VII da

Constituição Federal, instituindo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da

Natureza – SNUC e estabelecendo critérios e normas para a criação, implantação e gestão

das unidades de conservação. Por força de seu art. 3º, as Unidades de Conservação

Municipais são parte integrante do SNUC.

Conforme o SNUC, uma Unidade de Conservação é o espaço territorial e seus

recursos ambientais1, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais

relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites

definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas

de proteção.

Analisando o citado diploma legal, verifica-se que ele dividiu as Unidades de

Conservação (UC) em dois tipos: Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso

Sustentável.

Integram as Unidades de Conservação de Proteção Integral, as seguintes

modalidades: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional2, Monumento Natural

e Refúgio de Vida Silvestre. Já as Unidades de Uso Sustentável englobam as

modalidades: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta

Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento

Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural.

1 A atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. SNUC. Lei nº 9.985/00.

2 Nos Municípios recebem a denominação de Parque Natural Municipal, conforme o § 4º do art. 11 da Lei 9985/2000.


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No Município do Rio de Janeiro são preponderantes os Parques Naturais

Municipais e as Áreas de Proteção Ambiental.

2.1. &2@356�

No âmbito da Secretaria (SMAC), a gestão das Unidades de Conservação é

executada sob a coordenação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da CRA

(Coordenadoria de Conservação e Recuperação Ambiental), diretamente subordinada ao

Secretário Municipal de Meio Ambiente. A fiscalização fica a cargo da Gerência de Unidade

de Conservação (GUC), conforme previsto no art. 1º da Resolução SMAC nº 307/03.

Área de Proteção Ambiental – APA

Área em geral extensa, a APA pode ser constituída por terras públicas ou privadas.

Possui um certo grau de ocupação humana, é dotada de atributos abióticos, bióticos,

estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar

das populações humanas e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica,

disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos

naturais.

Parque Natural Municipal - PNM

Deve ser de posse e domínio público, destinado à visitação e ao lazer. Havendo

áreas particulares incluídas em seus limites, estas devem ser desapropriadas conforme

dispuser a legislação.

Enquanto a APA admite o uso sustentável3 de parcela dos seus recursos naturais,

nas Unidades de Proteção Integral (Parque) é admitido apenas o uso indireto4 destes

recursos, com exceção dos casos previstos na Lei nº 9.985/00.

3 exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos

processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável. SNUC. Lei nº 9.985/00.

4 aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais. SNUC. Lei nº 9.985/00.


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3. ��

3.1. ��/2��

Situada na Baixada de Jacarepaguá, compreende a Lagoa e o Canal de

Marapendi, além das áreas de entorno, nas quais se inclui a faixa de areia entre a Lagoa e

o Oceano, no trecho que se estende da Avenida Ayrton Senna à Avenida Pedro Moura.

A constituição da APA foi determinada pelo Decreto Municipal nº 10.368, de

15/08/91. Abrange uma área aproximada de 932,62 hectares5 e engloba, além de terrenos

particulares, o Parque Natural Municipal de Marapendi e a Reserva Integral de Praia. É

formada por ecossistemas associados de mangue, praia, restinga6, duna e laguna, que

abrigam exemplares raros ou endêmicos da fauna e da flora. Sua distribuição de área por

bairro e de bacias hidrográficas encontra-se em nosso anexo.

Foto 1: Lagoa do Marapendi / 6ª IGE

5 SMAC - Relatório ‘Cadastro de Áreas Protegidas’ emitido em 22/09/04 6 Havia na Barra da Tijuca florestas de restinga com espécies variando de dez a quinze metros de altura. Hoje,

as manchas remanescentes estão restritas às APAS de Marapendi, de Grumari, Bosque da Barra e ao Parque Chico Mendes. (PCRJ, 2000)


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3.2. ��/0��

Constituída em Área de Proteção Ambiental pela Lei Municipal nº 1.534, de

11/01/90, encontra-se localizada na região do município conhecida pelo mesmo nome,

entre o Recreio dos Bandeirantes e a APA de Grumari.

Sua criação foi motivada pela iminência de descaracterização da área, em 1989,

devido a um projeto para edificação de hotel no local e implantação de um condomínio

residencial. Teve como objetivo resguardar a beleza da paisagem natural, mantendo

características de área nativa, e implantar um parque ecológico na região, abrangendo as

áreas contíguas à praia e às encostas.

A área é propícia a todas as atividades relacionadas ao ambiente de praia, sendo

os surfistas os usuários mais assíduos e os maiores defensores de seu patrimônio.

A APA da Prainha, sob tutela da SMAC, é constituída por uma área aproximada de

157,43 hectares7, confrontando e limitando-se respectivamente:

- ao sul: com a APA da Orla Marítima;

- ao norte: por uma linha reta imaginária traçada para a esquerda e para a

direita, a partir do topo do Morro da Boa Vista;

- a oeste: com a APA de Grumari; e

- a leste: com o Recreio dos Bandeirantes.

Sua distribuição de área por bairro e de bacias hidrográficas encontra-se em nosso

Anexo.

Foto 2: Praia da Prainha

7 SMAC - Relatório ‘Cadastro de Áreas Protegidas’ emitido em 22/09/04


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3.3. ��/2�&��

A região de Grumari, situada na XXIV Região Administrativa, entre a APA da

Prainha e a Barra de Guaratiba, tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio

Cultural – INEPAC, em 1985, foi constituída em Área de Proteção Ambiental pela Lei

Municipal nº 944, de 30/12/86. É uma Unidade de Conservação Ambiental, que abrange

parte do contraforte litorâneo do Maciço da Pedra Branca, formando um grande “anfiteatro

natural” voltado para o mar. Dentro de seus limites incluem-se as ilhas das Palmas e das

Peças, localizadas em frente à praia.

O objetivo da APA é a preservação desse patrimônio ambiental da cidade, em face

da eventual ocupação da região.

A APA de Grumari, sob tutela da SMAC, é constituída por uma área aproximada de

966,32 hectares8, apresenta extensa praia, grandes costões rochosos, lagoa, brejos,

manguezal e restinga, formada por importantes remanescentes da floresta atlântica. Sua

distribuição de área por bairro e de bacias hidrográficas encontra-se em nosso Anexo.

Segundo o Guia das Unidades de Conservação Ambiental do Rio de Janeiro,

(PCRJ/SMAC - 1998), Grumari manteve-se desocupada e preservada por muito tempo,

devido à inexistência de infra-estrutura e à dificuldade de acesso ao litoral. Somente a partir

de 1970, com a abertura da avenida Estado da Guanabara, que facilitou a ligação litorânea

do Recreio dos Bandeirantes com a Barra de Guaratiba, a praia de Grumari começou a ser

mais procurada pelos banhistas e turistas.

Foto 3: vista aérea da APA de Grumari



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3.4. ��/0��&��

Constituída em Área de Proteção Ambiental pela Lei Municipal nº 2.835, de

30/06/99, encontra-se localizada no bairro de Pedra de Guaratiba, XXVI Região

Administrativa, zona oeste do Município do Rio de Janeiro.

A criação da APA teve como objetivos principais:

- preservar os exemplares raros, endêmicos, ameaçados de extinção ou

insuficientemente conhecidos da fauna e da flora;

- preservar e recuperar a qualidade da água dos mananciais;

- preservar e recuperar a cobertura vegetal existente;

- desenvolver o lazer, quando compatível com os demais objetivos da APA;

- garantir a sobrevivência e o curso natural da evolução da população de pau-

brasil, que ocorre no local.

Esta Área de Proteção Ambiental, sob a tutela da SMAC, possui uma área total

aproximada de 478,87 hectares9, delimita-se pela Estrada da Pedra, Rua Motorista Manuel

Duarte, Rua Domingos Correa de Morais, Rua Diogo Jacome, Estrada do Magarça, Avenida

das Américas, Estrada da Capoeira Grande, Rua São Domingos, Rua Várzea de Palma,

Rua Inimutaba, Rua Morro do Pilar, Rua Pedra de Indaiá, Rua Sapucaí Mirim, Rua Três

Marias, Rua Mantena, Avenida Alto Maranhão e Estrada do Catruz. Embora pertença ao

Complexo Geológico do Maciço da Pedra Branca, não se insere nos limites do Parque

Estadual da Pedra Branca. Sua distribuição de área por bairro e de bacias hidrográficas

encontra-se em nosso Anexo.

Foto 4: vista de área arborizada da APA da Serra da Capoeira Grande / 6ª IGE



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3.5. ��/2��

O Parque de Marapendi foi instituído pelo Município em 1978 e foi objeto de análise

em nossa auditoria piloto sobre Unidades de Conservação.

Insere-se no contexto da presente inspeção por encontrar-se dentro da APA de

Marapendi (subitem 3.1), objeto de análise na presente auditoria.

3.6. ��/0��

Situado à Avenida Estado da Guanabara s/nº, bairro de Grumari, XXIV Região

Administrativa, AP-4, foi criado em 1999 com a denominação de Parque Nacional Ecológico

da Prainha10. Em 2003, passou a ser denominado Parque Natural Municipal da Prainha11,

sob gestão coordenada da SMAC.

Sua criação levou em consideração o comprometimento da integridade das áreas

públicas e dos ecossistemas representativos da cidade, provocando prejuízos à qualidade

de vida ao meio ambiente, gerado pelo crescimento urbano desordenado. Dentre os

objetivos do Parque, pode-se citar:

- recuperação e a preservação dos remanescentes dos ecossistemas de restinga

e mata atlântica;

- preservação e o asilo de exemplares raros, endêmicos, ameaçados de extinção

ou insuficientemente conhecidos da fauna e flora;

- proteção de sítios de excepcional beleza e valor científico;

- criação de área de lazer compatível com os objetivos preconizados na lei de

criação da Área de Proteção Ambiental da Prainha;

- ampliação do patrimônio ambiental público do Município.

O Parque Natural Municipal da Prainha, inserido na APA da Prainha, é constituído

por uma área aproximada de 146,93 hectares12. A praia, de pequena extensão, é delimitada

10 Decreto Municipal nº 17.426 de 25/03/1999 11 Decreto Municipal nº 22.662 de 19/02/2003 12 SMAC - Relatório ‘Cadastro de Áreas Protegidas’ emitido em 22/09/04


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pelas vertentes litorâneas dos morros do Caeté, Boa Vista e Pedra dos Cabritos. Sua

distribuição de área por bairro e de bacias hidrográficas encontra-se em nosso Anexo.

Foto 5: Sede administrativa / 6ª IGE

3.7. ��/2�&��

O Parque Natural Municipal de Grumari, situado no bairro de Grumari, na Área de

Planejamento 4, foi criado pelo Decreto Municipal nº 20.149, de 02/07/01, conforme

delimitação especificada em seu Anexo Único13 (figura 1).

Figura 1: mapa com a delimitação do Parque Natural Municipal de Grumari

13 Grupo de Trabalho do Parque Natural Municipal de Grumari (Res. SMAC nº 316/2003)


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Em 2003, foi constituído um Grupo de Trabalho14, sob a coordenação da SMAC,

com o objetivo de elaborar estudos visando a implantação do Parque.

A criação do Parque teve como objetivos principais:

- proteção de sítios de excepcional beleza e valor científico;

- preservação de exemplares raros, endêmicos, ameaçados de extinção ou

insuficientemente conhecidos da fauna e flora;

- garantir a integridade dos ecossistemas locais existentes;

- recuperação e proteção dos remanescentes dos ecossistemas de restinga e

Mata Atlântica;

- identificar as potencialidades da área com vistas ao desenvolvimento de

atividades que valorizem os ecossistemas da região;

- criação de área de lazer compatível com a preservação dos ecossistemas

locais;

- ampliação do patrimônio ambiental público do Município.

O Parque Natural Municipal de Grumari, inserido na APA de Grumari, é constituído

por uma área aproximada de 804,73 hectares15, destacando-se pelo ecossistema de

restinga. Sua distribuição de área por bairro e de bacias hidrográficas encontra-se em

nosso Anexo.

Foto 6: Sede administrativa do PNM de Grumari / 6ª IGE

14 Grupo de Trabalho do Parque Natural Municipal de Grumari (Res. SMAC nº 316/2003) 15 SMAC - Relatório ‘Cadastro de Áreas Protegidas’ emitido em 22/09/04


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3.8. ��/6��

Este Parque Natural é uma vasta gleba situada no Maciço de Gericinó-Mendanha,

compreendendo parte das vertentes das Serras de Gericinó, do Mendanha e do Quitungo e

dos Morros de Gericinó e do Guandu, na região de Bangu e Campo Grande, zona oeste da

cidade.

O Parque Natural Municipal do Mendanha, criado por Lei Municipal16 e sob a tutela

da SMAC, é constituído por uma área aproximada de 1.444,86 hectares17, abrangendo uma

biodiversidade típica de mata atlântica. Sua distribuição de área por bairro e de bacias

hidrográficas encontra-se em nosso anexo.

O acervo existente no Parque é variado e inclui

trilhas ecológicas, rios, cachoeiras, além do

reservatório d’água da antiga fábrica Bangu,

conhecido como ‘Caixinha’ e utilizado pelos

visitantes como piscina.

Foto 7: ´Caixinha´ – piscina natural

Foto 8: Sede administrativa / 6ª IGE

16 Lei Municipal nº 1.958 de 05/04/1993 17 SMAC – Relatório ‘Cadastro de Áreas Protegidas’ emitido em 22/09/04


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3.9. ��/0��&��

Situado à Rua Sapucaí Mirim s/nº, bairro de Pedra de Guaratiba, XXVI Região

Administrativa, foi criado18 em 2002, com os seguintes objetivos:

- oferecer espaços verdes e livres para o lazer;

- preservar, proteger e recuperar o patrimônio paisagístico da área e o

ecossistema de mata atlântica existente;

- promover atividades de educação ambiental visando integrar os moradores do

entorno; e

- desenvolver plano de gestão que envolva a comunidade de entorno e que

viabilize implantação de atividades que promovam a auto sustentabilidade.

O Parque Natural Municipal da Serra da Capoeira Grande, inserido na APA de

mesmo nome e sob a tutela da SMAC, é constituído por uma área de aproximadamente

20,99 hectares19, conforme delimitação especificada no mapeamento a seguir.

Figura 2: mapa com a delimitação do PNM da Serra da Capoeira Grande

Sua distribuição de área por bairro e de bacias hidrográficas encontra-se em nosso

Anexo.

18 Decreto Municipal nº 21.208 de 01/04/2002 19 SMAC - Relatório ‘Cadastro de Áreas Protegidas’ emitido em 22/09/04


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As APAs visitadas não possuem infra-estrutura própria, contando com a infra-

estrutura existente nos parques que nelas estão inseridos. Nas APAs da Prainha e de

Grumari, a maior parte de sua área, excluindo a dos parques, é constituída de propriedades

particulares.

A APA da Serra da Capoeira Grande não possui infra-estrutura própria e, no caso,

não pode contar com a do PNM da Serra da Capoeira Grande, devido à não implantação de

sua infra-estrutura até a presente data.

Foto 9:Rua Sapucaí Mirim, s/nº, local onde, segundo o representante da SMAC, deveria estar localizada a entrada do PNM da Serra da Capoeira Grande.

Quanto aos demais Parques Naturais Municipais, temos:

Marapendi

Possui Sede com equipamentos de apoio ao visitante: banheiros, lanchonete e

eco-loja; Centro de Educação Ambiental (CEA) com centro de informações, sala de artes,

sala de vídeo, auditório e hall de eventos; e Área destinada à recreação infantil.

O abastecimento de água se dá através da rede de distribuição da CEDAE e a

unidade dispõe de energia elétrica.


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Prainha

Sua Sede possui como apoio ao visitante: um Centro de Visitantes20, utilizado

como auditório e para eventos, como exposições, oficinas de atividades, etc; Sede para

segurança e serviços de manutenção; banheiros com chuveiros para uso de visitantes e

banhistas; área de recreação infantil; e mirante.

O uso da água para banho é livre e nenhuma tarifa é cobrada dos visitantes.

A unidade não dispõe de conexão com a

rede de energia elétrica da concessionária, sendo

alimentada exclusivamente por energia solar

retirada de um grupo de módulos fotovoltaicos

instalados no local.

Foto 10: painel fotovoltaico no PNM da Prainha.

Neste Parque o abastecimento de água é proveniente de nascente. A captação de

águas pluviais, fluviais ou de poços, para consumo e serviços está prevista na Resolução

SMAC nº 111/01 como uma Recomendação Geral.

20 O centro de visitantes é o espaço de apoio a uma variedade de programas e atividades desenvolvidos em uma Unidade de Conservação, em seu aspecto de uso público e educação.

Uma das salas da unidade é ocupada pela

Associação de Surfistas e Amigos da Prainha (ASAP). Não

foram encontradas evidências de que este relacionamento

entre a Associação e o PNM da Prainha esteja formalizado

através de algum instrumento contratual e, segundo

informações obtidas, o Gestor do Parque não possui cópia

da chave, o que impede o acesso à sala da Associação.

. Foto 11: sala ocupada pela ASAP no PNM da Prainha


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Grumari

Possui uma Sede de apoio ao visitante com banheiros e um auditório que é

utilizado para reuniões com a comunidade. Nesta sede, o abastecimento de água se dá

através de nascente e possui conexão com a rede de energia elétrica.

Existe um viveiro de mudas no local (horto), as quais são utilizadas para

reflorestamento.

Em seu interior, resultado de sua situação fundiária precária, permanece uma

comunidade de 35 famílias, bem como grandes proprietários. Este item é abordado em

maiores detalhes em nosso capítulo sobre Regularização Fundiária.

O acesso ao Parque é feito por uma

estrada de chão batido. Esta apresenta

trechos com dificuldade de acesso,

decorrente do mau estado de conservação.

Segundo a representante da SMAC, o

trecho mostrado pela foto foi danificado

devido à circulação de veículos da Rede

Globo, que utiliza o local para filmagens

sem, contudo, oferecer qualquer

contrapartida pela utilização do local.

Foto 12: acesso ao PNM de Grumari / 6ª IGE

Mendanha

Possui uma Sede com equipamentos de apoio ao visitante: banheiros, bicicletário,

lanchonete; área destinada à recreação infantil; área reservada para refeições com mesas e

churrasqueiras; e reservatório de água utilizado por banhistas.

O abastecimento de água do Parque se dá através de nascente e dispõe de rede

de energia elétrica.


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Durante a visita às instalações foi observado que:

a) a lanchonete está

sendo explorada

por particular

sem, contudo,

possuir documen-

tação legal.

Foto 13 : lanchonete

b) os banheiros estão em mau estado de

conservação.

Foto 14: ausência de porta no banheiro feminino no PNM do Mendanha

c) esta atração

conhecida como

Ponte das Árvo-

res, encontra-se

fechada ao pú-

blico em virtude

de falta de ma-

nutenção.

Foto 15: ponte das árvores Foto 16: acesso fechado


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Os contratos de prestação de serviços relativos à gestão dos Parques Naturais

Municipais incluem itens referentes à limpeza dos mesmos.

No tocante à auditoria deste item foi constatado que:

a) o PNM de Grumari não possui contrato de gestão. O destino do lixo doméstico da

comunidade que vive no interior do

Parque de Grumari ocorre da

seguinte forma: a COMLURB dispo-

nibiliza alguns recipientes plásticos

com rodízios para que a comunidade

vá acumulando o lixo. Posteriormente

os carrinhos são encaminhados a um

determinado ponto da estrada para

que, em um intervalo que varia de 15

em 15 dias, e às vezes de 20 em 20

Foto 17: recipiente de lixo disponibilizado para a comunidade / PNM do Grumari

dias, os caminhões da COMLURB passem e recolham o lixo.

Segundo os moradores da

comunidade este esquema não

funciona a contento, pois o intervalo

de coleta é grande e o número de

recipientes plásticos disponibilizados

é insuficiente para a disposição de

todo o lixo. Por fim, após a passagem

do caminhão, o lixo que

eventualmente cai no momento da

coleta fica no local, o que dá um

péssimo aspecto além de favorecer o

aparecimento de roedores.

Foto 18: lixo após a passagem do caminhão / PNM do Grumari


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b) Nesta mesma comunidade o esgotamento sanitário é despejado em fossa asséptica

e/ou diretamente nos córregos.

c) o PNM do Mendanha teve seu contrato findo em 02/01/2005, sem assinatura de

novo contrato;

Foto 19: estado precário dos equipamentos de limpeza / PNM do Mendanha.

Foto 20: acúmulo de lixo / PNM do Mendanha.

d) no Parque da Prainha existe um contrato em vigor (contrato nº 78/03), firmado em

26/09/2003 com a Gravel Construção Urbanização e Serviços Ltda; e

e) no PNM do Marapendi, o prazo do contrato nº 29/04, assinado em 30/03/2004 com a

Rodocon Construções Rodoviárias Ltda, terminou em 31/05/2005.

f) na comunidade de Grumari, nos ranchos e bares a água é extraída de nascentes e

poços artesianos e o esgotamento sanitário é feito de forma precária em fossa.

g) as APAs não possuem contrato firmado de serviços relativos à gestão, e a limpeza

é efetuada de forma esporádica por equipes da própria SMAC.

h) o PNM da Serra da Capoeira Grande não possui contrato de gestão.


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Coleta Seletiva

Na Resolução SMAC nº 111/01 encontra-se prevista a instalação de postos de

coleta seletiva21 nas unidades de conservação.

Nos Parques de Marapendi e do Mendanha, foi observada a existência de locais

destinados à coleta seletiva, identificados por uma placa como Ecoponto – ponto de entrega

de materiais recicláveis.

Os equipamentos utilizados nestes locais

são quatro contêineres plásticos nas cores

vermelho, amarelo, verde e azul, destinados,

respectivamente, à coleta de materiais recicláveis

como plástico, metal, vidro e papel.

Foto 21: Ecoponto do PNM do Mendanha

Nos demais parques e nas APAs visitadas, não foi constatada a existência de

pontos de coleta seletiva.

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O PNM da Prainha conta com os seguintes profissionais, oriundos do contrato de

serviços relativos à gestão:

- 07 zeladores (realizam desde a limpeza ao replantio de mudas);

- 04 vigias (01 por cada turno de doze horas);

- 01 biólogo;

- 03 estagiários;

- 01 auxiliar de escritório.

21 Coleta que remove os resíduos previamente separados pelos gerados, tais como papéis, latas, vidros e

outros (NBR 12.980/ABNT)


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O PNM de Marapendi, devido ao término de seu contrato de serviços de gestão em

31/05/2005, conta somente com os profissionais provenientes do Contrato nº 31, de

05/04/2004, firmado com a Ambiental Engenharia e Consultoria Ltda., de serviços de

execução do programa de educação ambiental do Centro de Educação Ambiental – CEA da

unidade:

- 01 professora de arte e educação;

- 01 técnico em educação ambiental;

- 01 biólogo.

Os Parques do Mendanha, da Serra da Capoeira Grande e de Grumari não

possuem contrato de prestação de serviços à gestão em vigor. Neste último podemos

ressaltar que atuam no local profissionais envolvidos no projeto do horto de produção de

mudas.

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O principal objetivo da visitação22 é propiciar ao visitante a oportunidade de

conhecer, de forma lúdica, os atributos e valores ambientais protegidos pela Unidade.

A ausência de um Plano de Manejo nas unidades avaliadas, estabelecendo

normas e restrições relativas à visitação pública, prejudica o estabelecimento de um

planejamento e controle de sua prática. O Decreto nº 84.017/79 estabelece normas

associadas à visitação, todavia não há um controle com relação ao tipo de público visitante.

Apenas no PNM de Marapendi foi verificado um programa regular referente à

visitação, que inclui a divulgação entre escolares e público em geral e acompanhamento

dos mesmos por profissionais preparados para esta atividade. Os Parques do Mendanha e

Prainha recebem uma quantidade enorme de visitantes nos finais de semana, entretanto as

visitações não têm caráter educativo, pois os visitantes limitam-se a utilizar as unidades

para recreação (tanque do Parque do Mendanha) ou para higiene pessoal (banheiros).

22 Atividades educativas, recreativas e de interpretação ambiental, realizadas em contato com a natureza. Guia

de Chefe das UCs/1999.


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Como não há um controle preciso do número de pessoas, existe o risco de se estar

excedendo a capacidade destes parques, o que obviamente acarreta problemas de

preservação das unidades.

Nos Parques da Serra da Capoeira Grande e Grumari não foram encontrados

profissionais destacados para atendimento aos visitantes. Capoeira Grande não possui

Sede ou qualquer infra-estrutura de apoio ao visitante. Em Grumari existe uma Sede,

utilizada pelos funcionários e pela comunidade local apenas.

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As pesquisas constituem-se em atividades da maior relevância para as Unidades

de Conservação, pois contribuem para aumentar o conhecimento sobre a diversidade

biológica da Unidade, as peculiaridades dos ecossistemas protegidos, sua inter-relação

com as diferentes formas de ocupação do entorno, bem como dos aspectos sociais,

culturais e econômicos da região onde a UC está inserida, dentre outros.

De acordo com o estabelecido na Resolução SMAC nº 85, de 16/03/2001, os

pedidos de autorização para a realização de pesquisas científicas nas Unidades de

Conservação Ambiental deverão ser submetidos à SMAC, através da Gerência de Gestão

de Unidades de Conservação. Nesta autorização deverão constar as restrições a serem

cumpridas durante a execução da pesquisa.

Ainda segundo a citada Resolução, no prazo máximo de 60 dias depois de

expirado o prazo de autorização, deverá ser encaminhado à SMAC relatório final de

atividades, além de um exemplar de qualquer tipo de publicação gerada pela pesquisa,

dissertações, material fotográfico, vídeos, que, após avaliação, integrarão o acervo do

Centro de Tecnologia e Informações Ambientais da SMAC.


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Entre os anos de 2004 e 2005, temos as seguintes pesquisas científicas nas

Unidades de Conservação auditadas:

Assunto Pesquisador / Instituição U.C.

Levantamento faunístico Roberto de Xerez / Instituto de Biologia da UFRJ

PNM Marapendi, Grumari, Serra da Capoeira Grande, Mendanha e Prainha

Coleta de cactáceas Alice de Moraes Calvente e outra / Museu Nacional – UFRJ

PNM Prainha

Florística e conservação das Orchidaceae

Melissa Bocaiúva e outros / Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

PNM Prainha

Coleta, identificação, fixação e fotografias de peixes dulcícolas

Fernanda de Souza Lemos PNM Mendanha

Bromélias Thereza Christina da Rocha Pessoa / Instituto de Biologia – UERJ

PNM Mendanha

Caramujos Tami Bogéa / Universidade Estácio de Sá

PNM Prainha

Ecologia reprodutiva de três espécies de Eugenia

André Luiz Gomes da Silva / Museu Nacional – UFRJ

PNM Grumari

Borboleta da Praia e a Jarrinha

Gilberto de Souza Soares de Almeida

PNM Prainha, Grumari e Marapendi

Genética molecular das populações de Alcantarea (Bromeliaceae)

Gustavo Martinelli PNM Grumari

Morcegos Luis Fernando Menezes Júnior / UFRRJ

PNM Prainha e Mendanha

Avaliação da efetividade da proteção nas UC do Município do Rio de Janeiro

Rafaela Rodrigues Pereira Rinaldi / Universidade Federal de Viçosa

UCs do Município do Rio de Janeiro

Fonte: SMAC

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