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virando bicho 6º ano C

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virandobicho

6º ano C

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6º ano C

Professoras:

Cristina Maria Coin de CarvalhoPaula Monteiro de Camargo

virandobicho

São Paulo – Junho de 2012

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Bruci, o brincalhão – Ana Luiza Robazzi Mussolin...............................6

Meu morcego de estimação – Antonio Camara Zobaran...................8

Ter uma coruja de estimação – Antonio Mario Pio C. Soares Frioli.....10

A abelha – Bianca Del Rio Kodato Melo..........................................13

A minha história de lepidóptero – Bruno Pereira Bojikian...............15

Wilson, o shipdog – Bruno Spina Soares de Oliveira.......................17

Vivendo perigosamente – Caetano Prestes Ramos..........................19

Xica, a cachorra companheira – Caio Mikael Lima Bidlovski............21

Lasanha! – Dora Perelmutter Gonçalves Silva.................................23

O novo membro – Elias Esteban Sujin Kim...................................25

A vida de uma lagarta – Fernando Bandeira Maia..........................27

O portão estava aberto!!! – Fernando Rossi Lameiro.......................29

Um pássaro doméstico – Guilherme Cabrini Volker Cordeiro............31

O gato preguiçoso – Heitor Carvalho da Cruz................................34

A cadela preguiçosa – Isabel Isak Cezar de Andrade..........................36

Eu e meu filhote – João Moreira Ferreira Rogozinski.......................38

sumário

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Quem nunca parou para observar um animal

doméstico? Geralmente, esses bichos tão amados

são considerados verdadeiros integrantes de uma

família.

Imaginem o que esses seres falariam se

pudessem se comunicar usando o código dos

humanos?

Foi exatamente esse o exercício proposto

para o 6º ano C. Lemos histórias como essas para

inspirar nossos jovens escritores. Conversamos

sobre as ideias que surgiram e como transformá-

las em texto. No laboratório de informática, os

alunos puderam escrever pelo menos

duas versões, considerando nossos

comentários. Finalmente, ilustraram

suas produções com fotos ou desenhos.

O resultado está registrado

neste livro, que contou também

com a colaboração da professora de

informática, Zezé.

Esperamos que apreciem a leitura

Maio de 2012

Cris e Paula

APRESENTACÃOQuando tentaram tomar meu lugar – Julia Soares Calamita...........40

O dia em que a gaiola estava aberta – Laura N. Gerra Vieira............42

Eu amo morder os calcanhares – Laura Schutt Candiota.................44

Como é difícil ter filhotes – Lígia Macedo Campos..........................46

Esquecimento milionário – Luiza Saad Pierucci............................49

Minha nova casa – Maria Izabel M. Brandão Fialho Gandini..............52

Quando quase morri – Maria Paula Rezende Simonsen...................54

O dia em que cheguei em casa – Marina Trigo Gonçalves da Costa....56

Sou um herói – Matheus Albuquerque Dourado..............................59

Eu, o beagle – Max Kandl Golombek Maia......................................61

O dia em que salvei meu dono – Pedro Stevani Schargel.................63

A minha vida – Renan Guerrero Carminatti...................................65

Presa numa caixa – Sofia Pavani Ferreira Soares............................67

Como fui adotada – Vinícius Lima de Mello...................................69

nos

m os.

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bruci,o brincalhão

Ana Luiza Robazzi Mussolin

Me chamo Bruci. Sou um hâmster com 1 ano de idade e vivo com um menino que se chama Miguel, o meu dono. Ele é muito legal comigo e adoro brincar com os seus brinquedos. Um dia, eu estava na minha casinha brincando sozinho, ouvi passos e alguém me chamou: — Bruci, vamos ao veterinário. Me assustei. Quem será esse inimigo que deve ser muito esperto para saber que eu não gosto de ir ao veterinário? “Pera”... Eu acho que é o Miguel. Como assim? É mesmo! Não acredito, ele sabe que eu não gosto de veterinário e me leva, MALDITO! Veterinário é muito chato! Aquela água fria, nem posso pensar, já fico todo nervoso e arrepiado!! O que ele não sabia é que um bom hâmster nunca abandona seus brinquedos sozinhos. Então peguei alguns deles, me preparei para atacar e gritei: — Nunca vou me separar dos meus queridos brinquedos! Quando o Miguel veio me tirar da gaiola, não me assustei, enfrentei-o e continuei de olhos vivos. Ele botou a mão dentro da gaiola, mordi seu dedo com toda a minha força e fugi. Que delícia correr por um espaço tão grande, nem sabia para onde ir de tão emocionado com essa aventura. De repente me vi num cantinho escuro e confortável, mas me lembrei que estava sem os meus brinquedos. Não dá para ser feliz o tempo todo. Logo depois, a mãe de Miguel me achou debaixo do sofá e me pôs dentro da gaiola e fomos passear. Fiquei feliz da vida. Quando percebi, estávamos na frente do veterinário então murmurei: — Essa não! Ao voltarmos para casa, Miguel estava me esperando, meio esquisito porque estava com um bandeide. Então me lembrei que tinha mordido ele, e fiquei sem graça. Depois, para me desculpar, subi no colo dele e ficou tudo bem.

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meu morcego

Antonio Camara Zobaran

Vou te contar! A vida está difícil! Só porque como um pequeno brinquedo do meu dono, ele dá uma bronca daquelas em mim. Dá pra acreditar?! Dizem que eu me pareço muito com um morcego por causa das minhas orelhas compridas e o fato de ser preto.

Esqueci de me apresentar, me chamo Sansão, sou um Bulldog Francês (para ficar claro, Bulldog Francês é uma raça de cachorro) preto e branco, mas normalmente me chamam de Sansa. Tenho um ano e dois meses, estou aqui desde março de 2011. Me separei da minha irmã chamada Chica há mais de 1 ano, mas felizmente encontrei uma família espetacular e agora tenho até sobrenome: Sansão Camara Zobaran, bonito, né? Mas, enfim, vou te contar uma história que marcou minha vida.

Estava levando o meu dono de estimação para passear e vi uma pomba “tirando onda com a minha cara”. Ela começou a dizer:

—Hahaha! Você é muito feio, orelhas pontudas!

Ela me chamava de orelhas pontudas. Comecei a correr atrás dela, foi a maior correria. Corremos uma quadra, mas eu escorreguei e caí. Fiquei dizendo:

— Que mancada!

E só por causa disso fiquei de castigo por um mês inteiro sem biscoito.

Agora eu digo pra qualquer cachorro: se vir uma pomba te xingando, pegue um osso que você tiver escondido em casa e jogue nela, é muito mais fácil. Sem dó, hein!

Obs: Na foto esse cachorro fofinho preto sou eu!

de estimacão

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Antonio Mario Pio C. Soares Frioli

Meu nome é Handy Horton. Sou uma coruja como qualquer outra, só que engaiolada e presa por uma velha que fica conversando comigo. Mas ela não sabe com quem fala. Sou rebelde, sou malucão.

Um dia desses, me vi em uma situação completamente louca. Ela me deixou sozinho aqui em casa e voltou com uma caixa com vários furinhos. De repente ela a abriu e saiu um ser bem estranho que é o inimigo da coruja: o gato!

Mas, dessa vez, ele ou ela parecia bonzinho. Já era tarde, minha dona foi dormir. Depois de um tempo, ouvi um miado cada vez mais alto e minha gaiola balançou e caiu no chão! Vi uma face completamente diferente de um gato ou da coroa dormindo. Era um ladrão!

Não vi o gato, estava um breu. No impacto da caída da gaiola, a porta se abriu e saí voando para a vovó. Entrei no quarto e tentei acordá-la. Ela nem deu bola, tive que resolver eu mesmo. Acendi a luz e, quando vi, era apenas o gato que tinha caído da cama, miado e derrubado o manequim da coroa que caíra em cima da minha gaiola a fazendo cair. Fiquei completamente estressado e resolvi dormir. Como a gaiola tinha caído, resolvi dormir com o gato. Nunca dormi melhor na minha vida.

No dia seguinte, acordei com o barulho dos carros. O gato não estava mais lá. Será que tinha fugido? Olhei para cima e olhei para a gaiola e estava no lugar e o gato em cima dela dormindo. Só que viramos melhores amigos. Cada dia que passa, nossa amizade aumenta, mas não sei quanto isso vai durar porque a gente já está explodindo de tantas brincadeiras, diversões e aventuras e desventuras.

Até que um dia a gente resolveu fazer uma competição de quem comia mais ração. Ficamos fazendo isso o dia todo até que a vovó nos impediu de comer mais e foi cochilar. O gato sugeriu

ter umacoruja de estimacão

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que nós a desobedecêssemos. Eu quis obedecer minha dona; ficamos discutindo isso tanto que nos separamos. Ele é um trapaceiro, mas eu sou bonzinho. Nunca mais dormimos juntos: eu na gaiola e ele na cama da vó. A vó estranhou e perguntou se a gente tinha brigado. Fiz cara de coitado, ela avançou, me abraçou e respondeu: “Vou ver o que eu posso fazer por você”. Ela dormiu e fiquei sozinho com o gato.

Muitas horas depois, eu estava dormindo e no meio do nada fui agarrado e jogado pela janela. O quê?! Além de substituído, fui expulso de casa?

A velha me deu um sorriso maroto e fechou a janela e nunca mais soube o que aconteceu. Hoje vivo na rua, aliás, vivo no parque dentro de uma árvore, tenho uma mulher, dois filhos e minha liberdade. Sou feliz como qualquer outra coruja.

a

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Bianca Del Rio Kodato Melo

abelha

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Me chamo Jurula e sou a abelha rainha de uma colmeia que fica em São Paulo, perto do rio Tietê. É um fedor!

Hoje aconteceu uma coisa muito tenebrosa: eu quase morri!

Foi assim. Depois que eu fui acordada pelas minhas servas e tomei café da manhã, saí para dar uma volta pela cidade. Primeiro passei por cima do Tietê, depois estava perto de uma quadra onde os seres humanos estavam jogando um jogo com bolas amarelas e coisas compridas com redes em cima. Me falaram que são raquetes.

Mas, continuando, de repente começou a chover sem parar e as gotas são muito maiores que a gente. Então saí correndo e me protegi embaixo das bolas amarelas. Mas por muito azar, um dos seres humanos pegou a bola e ia arremessá-la para longe. Fiquei desesperada e comecei a bater as asas sem parar, só depois percebi que estava grudada na bola! Então ele arremessou e, quando a bola pingou no chão, eu caí dela!

Levantei do chão e comecei a voar como uma louca. Estava quase chegando à colmeia quando uma gota me atingiu e eu caí no meio da marginal Tietê. Um carro passou por cima da minha asa e ela quebrou. Por sorte consegui voar só com uma asa e cheguei à colmeia a tempo.

Quando entrei, a colmeia estava uma bagunça! Tive que dar muitas ordens para que tudo voltasse ao normal. Depois que a confusão acabou, deitei nos meus aposentos reais e, enfim descansei sã e salva.

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Bruno Pereira Bojikian

a minhahistória de lepidóptero

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Sou uma borboleta que viveu muitas surpresas até chegar aqui. Então vou contar minha vida de lagarta. Nasci dia 29 de fevereiro de 2012; no dia 3 de março, estava comendo folhas quando uma menina loira me agarrou e me pôs dentro de um pote, no qual havia mais duas lagartas e dois casulos. A menina me tirou do pote e nos colocou dentro de uma espécie de vivário. No mesmo dia, um menino de bochechas grandes chamado Guilherme me chamou de Frâncis. No outro dia, eles me levaram para um lugar meio esquisito, eles me cutucaram com uma pinça e me olharam com um vidro enorme. Comi muito nessa semana, porque a classe me deu muitas folhas. Depois de uns dias, eu encasulei. Já era hora! Dentro do casulo, me senti muito estranha e passei por uma grande metamorfose. Lá dentro era muito apertado. Quando nasci borboleta, todo mundo gritou: — Tá nascendo!!! Foi uma correria. Aí fizeram um montinho de pessoas em volta do vivário. Eu me senti orgulhosa e importante por passar a metamorfose tranquila e por ter nascido sem defeito nenhum. Esse foi o dia em que eu nasci de novo, pois era um ser diferente. Eu tinha asas. Na noite do dia em que nasci, quebrei uma pata e amanheci deitado. Todos acharam que eu tinha morrido, levantei e eles se aliviaram, mas logo depois caí de novo. A professora deles estava pegando um papelzinho com um nome. Acho que eles estavam decidindo quem iria me salvar. Depois veio um menino que me pegou pela asa e me jogou pela janela. Consegui voar com liberdade e esse foi o momento mais feliz da minha vida e essa é a minha história de lepidóptero.

wilson,

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Bruno Spina Soares de Oliveira

o shipdog

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Meu nome é Wilson, sou um cachorro muito peludo e dizem que sou da raça Shipdog.

Conheci meus donos pelo Papai Noel no Natal de 2007. Bruno pediu uma pista de Hot Wheels e Giulia, um ipod, mas os pais Fernando e Luciana fizeram uma cartinha pedindo um cachorro e foi assim que cheguei aqui com um brinquedinho na boca e com a camisa do Corinthians. Foi uma sensação! Me adoraram, pois cheguei muito animado para conhecer meus novos donos.

Quando mandam os homens do Pet Shop me tosarem, depois da tosa eu pareço um cabrito pelado, mas Fernando, Luciana, Giulia e Bruno (meus donos) adoram, principalmente quando eu tomo banho. Quando o carro do pet shop chega, eu lato muito e saio correndo para o portão. Não gosto muito de água, mas faço tudo para ficar bonito.

Quando chove, eu morro de medo. Eu sei que é água caindo do céu, mas faz um barulhão na garagem e meu ouvido é muito sensível.

Onde eu durmo tem algumas coisas que podem quebrar. Um dia estava chovendo forte e fiquei com muito medo. Bati tanto na porta porque eu queria entrar e acabei quebrando o vidro dela. Levei uma bronca e tanto. Queria ver o que fariam se ficassem presos como eu numa tempestade.

Outra coisa: eu não podia ver claridade e tinha que usar uma franja. Até que um dia, meus donos fizeram um teste de mandar o Pet Shop cortar a minha franja e até hoje estou assim: vendo um pouco mais de tudo.

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Caetano Prestes Ramos

vivendoperigosamente

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Eu me chamo Alice e sou muito gulosa. Caetano me adotou quando eu era bem pequena. Aliás, eu sou um hâmster!

Adoro esse menino e acho que ele também gosta de mim porque comprou uma casinha só para mim. Ela é bem grande, até tem um quartinho e, toda vez que vai limpá-la, me põe no banheiro dele.

Foi numa dessas vezes, que eu achei um ralo. Ele pareceu bem atraente e resolvi entrar dentro dele. Quando entrei, vi lá no fundo muita água, então me segurei na parede e tentei subir. Eu não consegui e pensei que ia morrer, até que, Caetano me viu, me pegou e me soltou daquele lugar imundo. Foi por pouco!

Outro dia eu estava na gaiola e percebi que a porta não tinha sido trancada, então resolvi dar uma volta, mas não percebi que a minha casa tinha sido colocada sobre um armário e, quando eu vi, estava caindo. Caetano, muito atencioso, por sorte, tinha me visto e se jogou para me pegar. Foi por pouco de novo!

Já deu para perceber que um bichinho como eu não precisa só de comida para sobreviver. Ele é meu herói, meu dono e fico feliz por isso.

xica, a

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Caio Mikael Lima Bidlovski

cachorra companheira

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Meu nome é Xica e eu sou a cadela da família Bidlovski que inclui o Tom, o Caio e o Eduardo, meu “pai”. Eles me compraram quando eu era filhote, e até hoje eles me mimam.

Vou falar um pouco sobre eles, O Eduardo é um cara muito legal, me leva todos os dias para passear; eu gosto muito dele. O Caio é aquela pessoa que faz um carinho gostoso, sabe? Já o Tom vive me aborrecendo, mas ele é bem fofinho e também é carinhoso.

Um dia eu estava com o Caio e fomos dar uma passeada na rua e uma mulher bem mal vestida se aproximou e ofereceu um cigarro para ele, que saiu correndo igual a um louco com a moça atrás. Eu tive que atacá-la com as patas e ela nos xingou. Mas nem ouvimos, então voltamos para casa e ficou tudo bem... mas não contamos para o Eduardo.

Outra história foi quando eu estava lá em casa e chegou uma cachorrinha que parecia um dálmata,porém era uma pointer (perdigueiro) e meus donos vieram falando que ela era minha irmã. Até parece! Dcpois de um tempo, descobri que ela era uma destruidora. Acabei me acostumando com ela e hoje parece ser bem companheira.

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Dora Perelmutter Gonçalves Silva

lasanha!

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Olá, meus amigos, meu nome é Kiwi. Eu me chamo assim porque meu focinho é comprido como um KIWI. Sou uma linda fêmea Siamesa.

Gosto mais da comida humana do que da minha. Eu não gosto de ração porque é muito seca, sempre com o mesmo gosto e a mesma cor, é muito chato comer isso todo dia!

Vou contar o dia em que eu comi uma deliciosa lasanha pela primeira vez.

Tudo começou quando eu subi na pia, como sempre faço todos os dias, e vi algo espetacular: um lindo prato grande de massa. E é óbvio que não ia deixar para trás, então fui até perto dela e comecei a cheirar, lamber e morder a gostosa refeição de seres humanos. Depois soube que aquela maravilha chamava lasanha. Como era saborosa e muito melhor do que a comida que me dão (se é que aquilo é comida), resolvi devorá-la até o fim. Foi inesquecível! Estava muito feliz e entretida com aquela situação especial quando a mãe de minha dona apareceu e gritou:

— KIWI!!

Cortou meu barato, mas não a minha nova mania. Desde esse dia, toda vez que os meus donos cozinham, eles me prendem, achando que eu vou comer tudo! Mas eu não garanto nada, principalmente se for essa massa dos deuses.

o

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Elias Esteban Sujin Kim

novo membro

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Como vocês vão? Bem, mal, ruim ou péssimo? Eu vou bem e mal ao mesmo tempo. Estou triste porque me separaram da minha mãe. Mas a coisa boa é que eu consegui um dono! E todos sabem que isso é fundamental para um cão. Aquele dia foi tão angustiante! Ao me pegarem, me levaram para uma coisa que eu achava que poderia ser um triturador de cães, uma máquina de sofrimento ou algo do tipo. Depois eu vi que era um “mudador” de dimensão. Agora quando vão me levar para o PET, falam que isso é um carro. Fui levado para uma mansão de 2000 e tantos metros quadrados, quatro prédios de 24 andares!! Acho que fiquei na área “vip”, porque tem uma cama grande, outra média e outra pequenininha. Não sei como eles têm coragem de usar as minhas camas. Só sobrou a pequenininha para eu usar durante o dia. Meu dono Elias me ama, mas eu não dou muita bola para ele. Ele me olha com um olhar triste, mas mesmo assim me ama como um membro da família. Ele me salvou três vezes da minha mãe humana. Ela não gosta de mim. Apesar disso eu a amo mais do que todos da família sem contar o papai. Eu tinha sido expulso de casa porque eu tinha feito xixi onde não devia e meu dono Elias tentou me impedir de que ela me expulsasse. Mas não deu muito certo porque ele acabou saindo junto a mim para que eu não ficasse sozinho do lado de fora da casa. Ele chorou demais no meu pelo. Até que uma porta se abriu: era a mamãe dizendo “pode entrar”. E esse é um pouco da história de como eu me tornei um membro dessa família.

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Fernando Bandeira Maia

a vida de uma lagarta

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Sou uma lagarta bem normal, me chamo Elvis e adoro comer folhas ao ar livre. Um dia desses, estava me deliciando com uma folha e chegou um humano suspeito que, quando me viu, começou a gritar feito um idiota, e me pegou. Percebi, com assombro, que ia para um vivário cheio de lagartas nojentas que comeriam minhas folhas.

Depois de chegar, apareceram uns trinta humanos me observando e observando outras lagartas e alguns casulos. No vivário ser lagarta é chato porque não tem nada pra fazer lá dentro, além de comer folhas e ser observado pelos humanos curiosos.

Até que a primeira borboleta nasceu. Foi difícil aguentar a gritaria, foi um pouco engraçado, porque tinha uns três alunos no chão, e mais três se batendo no fundo da sala e o resto a vendo nascer, e, claro, a professora gritando para que os alunos voltassem para o lugar.

Alguns dias se passaram e eu decidi empupar porque eu queria poder voar logo, e foi isso que aconteceu. Afinal, já tinha comido o suficiente. Não aguentava mais aquela situação

Tinham se passado duas semanas e já estava com raiva de ficar naquele casulo que era chato porque não tinha absolutamente nada pra comer nem pra fazer. Nem dava pra esticar as pernas até que consegui sair, empurrando a cabeça com força, e não é que as minhas asas eram lindas.

Ser borboleta não é como eu esperava, é mais legal ainda! Voar é a melhor coisa do mundo!

Os alunos me pegaram, me soltaram e eu saí voando pelo mundo. Passou muito tempo, já estou pra morrer, então paro por aqui, depois de tantas transformações.

o portão

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Fernando Rossi Lameiro

estava aberto!!!

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Meu nome é Sheila, não sei de onde vim, mas estava lá em, pleno sábado, deitada no portão do sítio. Aí o Fernando e o Diego me levaram ração, comi e me colocaram para dentro.

Logo descobri que lá também tinha uma cachorra e chamava Dahra. Não gostou muito de mim, e aí revezávamos: de dia ela ficava de guarda e de noite, eu. Bom, chegou um dia em que a Dahra morreu. Todos ficaram muito, mas muito tristes. Então assumi o “trono”.

De dia brincava com os filhos de Luiz, que me davam banho sempre. Eu adoro. E a Elaine, que é a pessoa de quem eu mais gosto, me alimenta. Só não gosto que ela me leve até o canil, porque as tias do Fê chegam e trazem as cachorras e os cachorros delas. E aí eu acabo perdendo a paciência.

O canil é dividido em quatro partes, antes tinha as quatro para mim, agora só tenho três porque tive três filhotes e infelizmente um morreu. Os outros três foram doados para conhecidos. Eles me visitam de dois em dois meses.

Faço a maior festa quando o Fê, o Caio, a Telma, o Andre, o Renato, a Carla, a Ana Flavia e também o Sr. Renato e a Dona Cecília chegam, porque adoro a companhia deles.

Agora temos oitenta e uma galinhas com quem não arranjo briga e cinco coelhos que ocupam duas partes do canil. São muito metidos, mas não tenho acesso a eles, porque eu não gosto deles porque nem mal chegaram e já acham que são os donos.

Se você acha que entrar na casa toda suja cheia de barro é caso para gritarem comigo, está enganado. Não dá pra evitar. Será que eles não percebem?

Adoro caçar raposas de noite. É um esporte especial. Agora tenho que ir, está ficando noite.

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Guilherme Cabrini Volker Cordeiro

umpássaro doméstico

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Nasci num lugar grande e fofo, que, até onde sei, se chama ninho. E depois saí para um lugar duro com barras gigantes de ferro. Minha mãe cuidou muito bem de mim e, todos os dias, “coisas” de duas pernas me olhavam e me alimentavam. Mamãe disse que o lugar onde estávamos se chamava gaiola e as coisas que nos olhavam se chamavam humanos. Certo tempo depois, uma humana muito amigável me levou até onde ela chamava de casa, e eu fiquei lá por um bom tempo. Ela me alimentou e me ensinou coisas como: ficar nos ombros e nos dedos das pessoas, não bicar ninguém, empoleirar e etc. Meses depois, eu estava em uma caixa pensando na mamãe e ouvi uma gritaria e a minha humana abriu a caixa onde eu estava e vi quatro pessoas sentadas no sofá. Examinei a todos e vi uma criança muito amigável. Mesmo sem saber voar, eu fui até ele que me olhava com uma expressão de felicidade e um pouco de medo. Para deixá-lo mais à vontade, fiz cocô na barriga dele para ver se fazia igual para ficar feliz. Afinal era o meu novo dono! No primeiro dia em que eu fui à casa do menino, ele foi muito legal comigo e eu comecei a gostar dele. Havia ele e outros dois meninos: um tinha um ninho na cabeça o outro era um gigante grandão!!! Eles foram para um lugar e a minha gaiola ficou aberta. Eu desci e fui andando até o lugar de onde vinha o barulho. Quando cheguei lá, fui andando até o meu humano, mas, quando eu olhei para o lado, vi umas coisas ( demorou bastante para eu descobrir que essas coisas se chamam Lego, bonequinhos de Lego) um pouco menores do que eu. “Mas que cor linda”! Eu vi uma cor clara que brilhava no sol. O gigante, o Gui (como o meu querido humano é chamado) e o menino que tinha um ninho na cabeça denominaram a cor de amarela.

Devo admitir, que demorou um pouco, mas descobri que eu era amarelo! Que bom!!! Depois de tanto falarem, eu descobri que o nome do menino com um ninho na cabeça era Rô, o gigante se chamava Pai, o nome da moça de ninho enrolado era Mãe e meu nome é Diamante. Um longo tempo se passou e eu fui me assustando com barulhos altos roendo os meus brinquedos. Às vezes estou com o Gui e o Pai ou o Rô vêm me pegar e eu aceito, mas sem machucar o Gui. Um dia, o “poleiro” do Pai veio perto de mim e o Gui virou assustado ”AAAh, meu humano de estimação, não!” Eu o biquei com tanta força que saiu até um líquido vermelho do poleiro dele. O mais engraçado é que o Gui ficou muito bravo. Eu só estava protegendo ele daquele gigante e eu fiquei de castigo!!!??? Mas eu sabia que ele tinha de ser protegido, pois quando eu ficava assustado ele me pegava todo tranquilo e me punha no peito até eu me acalmar. Depois disso eu passei a bicar a todos que queriam fazer mal ao meu humano Muito tempo depois, eu fiquei doente e fui à casa da minha antiga humana, onde ela cuidou muito bem de mim me dando remédios e comida para eu melhorar. Mas um dia eu me desentendi com aquelas jandaias. É claro que eu perdi, me machuquei e fiquei muito mal. Agora estou com muitas saudades do Gui. A minha antiga dona me pegou na mão. Uma avalanche de pensamentos surgiu na minha cabeça: não voei muito nessa curta vida, mas me sinto feliz por ter tido uma vida de pássaro doméstico e de ter tantos donos legais, de descobrir coisas, de ver cores, de tentar voar tentas vezes, e das brincadeiras intensas com meus donos, das novas pessoas descobertas, da minha imensa gaiola. Mas o que eu mais sinto falta é da cara de felicidade que o Gui faz quando me vê de novo e de todo o carinho que, pela minha vida toda, esse garoto me dera. Só sei que eu nunca o esquecerei.

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Meu nome é Policarpo, sou um gato preto e tenho catorze anos. Meu dono se chama Vasco. Ele me pegou na rua quando eu era bem pequeno. Ele tem dois filhos, o Heitor e a Raquel. Ele também é casado com a Marla. Vou contar a história da vez em que eu fiquei preso no portão elétrico de minha casa. O carro da Marla estava saindo da garagem de ré, bem devagarinho, e eu queria sair também. Como estava com preguiça de pular o portão, resolvi passar por ele depois que a Marla saísse. Então, quando o portão estava fechando-se, eu saí correndo para poder passar, mas o portão deve ter fechado mais rápido do que o costume. Fiquei prensado contra o chão, desloquei alguns ossos, mas depois eles voltaram para o lugar. Foi bem doloroso. O guarda da rua, o Sr. Valderico, rapidamente tentou puxar o portão para eu poder sair. Ele não conseguiu, então começou a tocar a campainha várias vezes. A Valéria (a empregada da casa) abriu o portão e eu fui mancando para debaixo de um carro. Quando a Marla chegou (uns dez minutos depois), ela, o Vasco, o Heitor e a Raquel vieram me socorrer. Eles me levaram para uma clínica veterinária, onde coletaram meu sangue, tiraram um raio-X e me internaram por uma noite. Foi bem divertido, me deixaram em uma gaiola beeeeem confortável, onde passei a noite. Mas alguns dias depois eu estava no jardim sendo vigiado pelo Heitor. Assim mesmo, subi em uma árvore e pulei para o vizinho, porque eu já estava cansado de ser o doente da casa. Eu queria voltar a ter uma vida normal. Voltei dois dias depois. Acho que eles ficaram bem preocupados com a minha ausência. Mas já deviam saber que os gatos são livres!

o gatoHeitor Carvalho da Cruz

preguicoso

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Isabel Isak Cezar de Andrade

a cadelapreguicosa Tá, tudo bem, podem me esganar. Eu admito: fiz as minhas

necessidades no tapete da sala. Mas me poupem. Ter que levantar para ir até o quintal??? Vish! Lá vem bronca, meu dono chegou. Mas é só eu fazer minha carinha e pronto, todos morrem de dó. Afinal eu, Fulo, tenho meus direitos, eles já me fazem sofrer demais, quando sai aquela fornada de pães da cozinha e eles não ousam me dar um mísero pedaço, ninguém merece! O sábado é o dia do tormento. Como eu odeio o sábado! É toda aquela balbúrdia, como meus donos chamam! “Cadê a carteira?” “Cadê aquela cadela folgada?” “Precisa comprar ração pra Fulo?” É óbvio que precisa , vou comer o quê no resto da semana? Depois eles que me chamam de burra! É claro que cometo alguns erros. Não resisto à meia da Bel, que ela tanto ama. Mas me diz uma coisa: por que aquela coisa tem que chamar tanta atenção? Ainda bem que a Bel é tão dócil e morre de dó de mim. Ela chega da escola, vem me coçar, ai como é bom! Ela nem desconfia desses meus pequenos vícios! Mas dessa vez ela descobriu, apareceu com cara de má! Tentei correr. Por que eu tinha que ter tantas banhas extras pra me atrapalhar? Cansei, deitei, torcendo para que ela não me matasse! Lá veio castigo: sem passear por dois dias. Isso não vale! Isso é crueldade! Como eu sou uma Golden Retriver, todos devem saber, que eu amo nadar! E quando a gente vai parta o sítio, ninguém me aguenta! Se me deixassem, eu passava o dia inteiro dentro daquela lagoa deliciosa! Eu só tenho 7 anos, sou uma criança, tenho direito de me divertir! Bom, gente, agora vou indo, está chovendo, melhor eu correr pra dentro antes que me tranquem para fora! Por que os humanos não conseguem ser mais divertidos?

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Olá,

Meu nome é Shara. Tenho esse nome por causa da jogadora de tênis Sharapova. Sou um cachorro da raça Golden Retriever e adoro minha vida.

Vou falar um pouco dos meus donos: Tomás, João, Marcelo e Cristina. O Tomás gosta de mim, ele me deu esse nome e eu o adoro. O João, eu adoro brincar com ele e ele comigo. O Marcelo só me dá a ração nos fins de semana, porque durante a semana é o Wagner (o motorista da família. E a Cristina também só me dá comida no fim de semana.

Durante o dia, eu fico deitada no chão pegando sol com o meu filhote ‘Tina’. A gente adora esse dia a dia. Eu tenho pelos loiros e poucos brancos. Ela é uma miniatura minha, e, claro, muito fofa como eu. Eu a adoro e tomara que ela também me adore.

Eu sou bem gorda porque só fico parada o dia inteiro e odeio passear pela rua porque eu fico muito cansada por causa dos meus vários pelos e fico muito suada. Eu só tenho cinco anos, mas isso para um cachorro é muito, eu acho ...

Minha casa nunca foi assaltada porque todos os ladrões têm medo de mim. Uma vez tentaram assaltá-la, mas eu pulei em cima de um e aí ele caiu no chão e, quando o outro foi dar um tiro em mim, minha filhote pulou em cima dele e ele caiu. Assim que meu dono me viu, já ligou para a polícia e eles foram presos. Eu sou uma cachorra calma e quase nunca me machuco e faço essas coisas.

euJoão Moreira Ferreira Rogozinski

e meu filhote

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Meu nome é Meg e tenho três anos e dois meses. Nasci dia 8 de dezembro de 2009 e peso mais ou menos 2 kg. Hoje em minha casa eu acordei achando que ia ser um dia normal, mas quando fui dar minha caminhada matinal, vi uma coisa que todas os cachorros odeiam: um outro cachorro na sua área. Ele estava do outro lado do MEU espaço. Fiquei furiosa, quase EXPLODI, eu ia avançar naquele cachorro quando minha dona abriu a porta e ele saiu correndo. Eu quase surtei!! Outro cachorro ia morar junto comigo!!! Quando minha dona me colocou de volta no MEU espaço, o outro cachorro começou a se exibir para mim. Passaram horas e horas e ele não ia embora. Decidi que se ele não queria ir embora, eu ia fazer ele ir. Criei um plano infalível: enquanto ele tirava uma soneca depois do almoço no MEU espaço, tentaria tirá-lo de lá. Não adiantou nada, pois não consegui movê-lo. Já que eu não podia dormir no MEU espaço ele também não podia!!!! Decidi acordá-lo. Fiz de tudo, mas ele não acordou... Então desisti. No dia seguinte, eu já tinha criado outro infalível plano. Era impossível falhar. O plano era tentar intimidar esse outro cachorro, mas ele nem se movia. Lati para ele de todos os jeitos de uma cachorra pedir para um cachorro, metido como ele, para ir embora. Mas esse plano falhou. Eu tinha desistido quando ouvi uma voz que vinha do lado de fora da casa. Era a voz da moça do pet-shop. Fiquei aliviada porque eu ia conseguir ter um momento para relaxar... Mas ela só conversou com a minha dona. Eu não aguentava mais aquele cachorro me irritando, por isso comecei a jogar coisas nele, mas nem com isso ele foi embora... Até que joguei meu pote de comida nele. O vidro acabou quebrando, o mesmo vidro que estava entre mim e aquele cachorro. Depois disso nunca mais o vi porque a moça do pet-shop voltou e o levou para lá. Finalmente ele foi embora. Desde então não me sinto mais ameaçada...

quando tentaramJulia Soares Calamita

tomar meu lugar

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Laura N. Gerra Vieira

o dia em que agaiola estava aberta — Sagará!!! Pare de tentar abrir essa gaiola!

Bom, acho que vocês já sabem o meu nome; sou um papagaio de penas verdes e lindas e estou na família Wilson há 11 anos e, há 10, tento abrir a minha gaiola... Um certo dia eu consegui essa façanha e vou contar a história. Estava dormindo, quando Emília (minha dona) me acordou gritando: — Aaaaaaaaaaaah! Estou atrasada! Emília me puxou tão rápido que quase caí. A verdade era que eu queria saber onde estávamos indo, mas enquanto estava pensando, só de eu ler a placa e lembrar que era sábado, congelei! PET SHOP, a pior coisa do mundo! Sempre, uma vez por mês, eu vou para o PET SHOP cortar as penas das asas. Mas daquela vez, resolvi fazer o que fosse preciso para não ter que cortá-las. Ao entrar na sala e ver uma mulher toda de branco, fiquei com tanto medo que, quando ela encostou em mim, dei uma grande bicada nela. Ela chamou uma ajudante, não tive como escapar. Depois daquele dia, eu vi que não dava para não cortar as penas. Mas nem tudo estava perdido. Quando cheguei em casa, Emília me jogou tão rápido na gaiola que acabou esquecendo de trancá-la. Saiu correndo para o quarto dela. Eu não podia deixar de sair voando por aí. Abri a gaiola e deu até para sentir o gostinho de estar livre! Pulei pensando que iria voar, mas caí de cara no chão, pois tinha esquecido que tinha cortado as penas das asas! Então Emília correu para a minha gaiola e falou: — Que feio, Sagará! Não faça mais isso! Desde então, sonho com o dia em que a gaiola estará destrancada e minhas penas no comprimento exato para eu dar um grande salto no ar.

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Meu nome é Lola, tenho 2 anos e sou muito ativa, porque minha mãe era de uma raça chamada Boder Colie, que tem mania de morder os calcanhares das pessoas. Essa raça pastoreia as ovelhas mordendo os calcanhares delas.

Moro em uma casa média, com seis pessoas diferentes de mim. Nessa casa já fui treinada para me comportar melhor, por exemplo: não pular nas pessoas quando elas chegam, não sair de casa quando o portão abre e etc. Meus donos são muito divertidos. Tenho uma dona que se chama Laura e, às vezes, ela brinca comigo de “ pega-pega “ em volta do carro. È muito engraçado: eu corro para um lado e ela para o outro, aí a gente tenta pegar um ao outro e se esbarra. É uma diversão e tanto...!

Minha outra dona, Sylvia, todos os dias me dá a minha ração e minha água e faz sempre um carinho na minha barriga. Também, né, eu deito no chão fazendo cara de carente...

Um dia eu estava esperando a minha dona Laura, que tinha saído de manhã toda arrumada não sei para onde... Quando ela voltou, estava entrando um monte de convidados e uma mulher entrou e estava com um belo de um sapato beeeem alto, então resolvi brincar um pouquinho com ela, e comecei a morder seu calcanhar. Essa moça ficou muito brava, começou a me chutar e gritar:

— Lola, para de morder o meu calcanhar, sai, sai, sai!

Então quem me convenceu a parar de morder o calcanhar foi minha dona, que saiu de casa e deu um tapinha na minha boca! Será que ela se esqueceu que sou descendente de uma Boder Colie? Às vezes, os humanos me decepcionam!

Laura Schutt Candiota

eu amo morderos calcanhares

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Lígia Macedo Campos

como é Meu nome é Cauim, eu adoro ter esse nome porque na praça nunca tem alguém com o mesmo nome que eu, então nunca me confundo quando chamam um outro amigo meu.

Eu tenho oito anos, os humanos dizem, mas para nós, cachorros, eu tenho mais ou menos 56. Sou uma Golden Retriever de pelo escuro.

O meu sonho e o sonho da minha dona era que eu tivesse filhotes. Fiquei imaginando como seria ter um monte de bebezinhos correndo pela casa, roendo as cadeiras como eu fazia na minha infância.

Namorei com dois cachorros diferentes; o primeiro era muito velho e o segundo muito arrogante, “seachão”, e foi bem com esse chato que me encontrei em dois cios. Mas não queria que o pai dos meus filhinhos fosse um bobão. Então infelizmente meu tempo acabou, fiquei velha para engravidar.

Minhas donas fizeram uma última tentativa: elas me colocaram junto de novo com o Pipo, o cachorro metido. Eu não deixei nem ele tentar, fiquei sentada.

Foi nesse momento que aconteceu uma coisa horrível, o meu cio não acabava mais, eu não estava mais com fome nem disposição. Decidiram me levar na Aline, minha veterinária. Ela disse que eu estava doente e ia ter que me castrar. Marcaram a cirurgia.

Chegou o dia. Eu estava com medo, mas estava louca para parar de sangrar, então fomos para outra sala, a sala de cirurgia. Me colocaram em cima da mesa. De repente senti uma dor e dormi. Depois de um tempo acordei meio tonta. A Aline cuidou de mim por umas 2 horas, depois a Val veio me buscar.

Então encontrei a Lili chorando em casa. No início não

difícil ter filhotes

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entendi, mas depois percebi que a cirurgia era para eu não ter mais filhos. De tão triste por não poder mais ser mãe, fiz uma coisa nojenta e horrível, que até hoje não sei explicar: matei um passarinho. Todos choraram pelo pássaro, até eu.

Nunca mais fui a mesma, pois, lá no fundo, gostaria de ter tido filhotinhos. Apesar disso, penso que consegui superar esse trauma, porque continuo dando e recebendo muito carinho.

esquecimento

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Luiza Saad Pierucci

milionário

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Meu nome é Susi. Vou contar para vocês a vez em que ganhei na loteria. Foi em Campos do Jordão, a primeira vez que fui para essa linda cidade.

Meu fiel servo, Sérgio, costumava jogar na loteria. Certa vez, ele me levou à lotérica e me esqueceu lá, do lado de fora. Eu fiquei bravíssima! Como meu fiel servo me esquecera naquele lugar? Eu me vingaria dele!

Bom, depois de pensar muito, eu me lembrei que o último funcionário havia saído bêbado, então eu teria uma chance, porque se eu não entrasse, passaria a noite do lado de fora, afinal nunca havia ido para Campos do Jordão e não saberia sair dali sozinha.

Por sorte, o funcionário esquecera a chave na porta e a porta aberta, então empurrei-a com tudo e entrei. Lá estava muito quente e eu com sono. Mas ainda havia uma funcionária que me pegou no colo e entendeu as minhas intenções. Apertou botões e mexeu em papéis. Acabei caindo no sono.

De manhã, ouvi um grito assustador. Acordei. Era um homem estranho olhando para mim:

— Vem aqui agora!

Depois vi Sérgio, ele correu em minha direção, com um bilhete premiado. A funcionária havia feito uma “aposta” para mim, ela havia jogado na loteria! Bom, eu estava no meio da loteria entendendo pouca coisa quando Sérgio falou:

— Foi minha mulher que jogou!

Depois que eu entendi tudo: quando eu entrei na lotérica, à noite, a funcionária jogou para mim na Mega- Sena porque ficou com pena de ver uma cadelinha, tão linda como eu, abandonada e acabei dormindo. Depois o jogo dela foi parar nas mãos do

dono da lotérica que leu meu endereço de Campos que estava na minha coleira e levou até minha casa. Meu dono viu meu nome, que ela também copiou de minha coleira, e veio tirar essa história a limpo, já que meu nome foi colocado no cartãozinho.

Eu queria ganhar na loteria, então lati para ele. Peguei o bilhete da mão dele. Na hora em que a funcionária chegou, confessou tudo, mas foi demitida. Em compensação ela me adotou, já que Sérgio, meu servo, não me queria mais. Agora, vivemos juntas e milionárias!

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Maria Izabel M. Brandão Fialho Gandini

minhanova casa Poucas vira-latas têm sorte como eu. Fui encontrada com os

meus três irmãos e minha mãe, na estrada. Quem me encontrou foi a Mônica, mas ela já tinha três cachorros em casa, então me deixou na casa de minha querida dona, Bia. Meus irmão foram para a casa de sua mãe e às vezes vou visitá-los.

Antes disso eu vivia em um pequeno sítio com meus irmãos, minha mãe e meu pai. Nesse sitio, além de nós tinham mais 10 cachorros. Então, quando nascemos, minha ex-dona nos deixou na estrada. Infelizmente muita gente faz isso para se livrar de animais.

Na minha nova casa tem piscina, muita grama, mas eu não sei por que ela fica brava quando eu cavo buraco na terra e também faz um escândalo quando eu trago bichos mortos para dentro de casa. Ela deveria me agradecer por livrar a casa dela de ratos. E eu só matei alguns passarinhos. Outra coisa que ela não gosta é quando eu rolo no barro e pulo nela, ou subo no sofá. Os humanos não entendem nossos carinhos!

Semana passada, entrei na cozinha e vi um bife DELICIOSO, então, na hora em que ela não estava vendo, subi na mesa e comi o bife inteiro. Acho que foi por isso que não pude mais entrar em casa.

Não tem importância, pois agora aqui fora é só meu !!! Posso continuar cavando buracos, matando bicho e pulando na piscina, quando eu quiser.

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Maria Paula Rezende Simonsen

quandoquase morri Meu nome é Mel, tenho sete anos. Adoro fazer muitas coisas

como passear e tomar sol, mas só gosto de ir passear quando tiram a minha coleira. Assim posso ficar andando pela praça livremente. Eu não sou a única cadela em casa, tem mais uma. A raça dela é Rottweiler e a minha é Ilhasa Apso.

Gosto de passear perto da piscina. Na verdade, gosto mesmo é de correr nas bordas. Acho emocionante viver perigosamente. Uma vez a aventura virou acidente. Eu estava no jardim da minha casa, quando caí na piscina. Lati cinquenta vezes, mas ninguém me ouviu. Se tivesse ficado lá por mais um minuto, eu teria morrido. Por sorte, minha dona me ouviu. Ela me tirou da piscina, me secou com um secador e com uma toalha, me cobriu com um cobertor por 3 horas, até finalmente eu estar sequinha e cheirosa.

Essa foi por pouco, ainda bem que me viram, senão teria morrido. Depois disso, até pensei em evitar as bordas e as aventuras.

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Marina Trigo Gonçalves da Costa

o dia emque cheguei em casa Me apelidaram de Pepita. Sou uma cadela da raça Golden

Retriver. Atualmente tenho dois anos. Vivo numa família de cinco pessoas, eu e Bidu. Bidu é o vira-lata da casa. Os meus donos são: Marina, Luísa, Pedro, Maria Emilia e Paulo. Bidu tem 14 anos e, por isso, não me deixam brincar com ele!

Eu vivo no quintal, é um corredor grande cheio de plantas. Quando vou dormir, ou, quando chove, eu fico em um outro quintal, só que coberto. Bom, vou contar como fui adotada.

Era uma noite de quinta-feira. Eu estava solta na loja de pets no shopping. Foi quando vi Marina, Luísa e Paulo entrando na loja. Eles olharam para mim. Parecia que me acharam fofa. Tinha outra cadela. Olharam para ela e também a acharam fofa. Naquela época eu tinha dois meses. Marina e Luísa me adoraram.

Depois os três foram tomar um café e Maria Emília e Pedro chegaram. Marina veio correndo e começou a brincar comigo. Maria Emília e Pedro gostaram de mim. Quando foram escolher se me levariam ou levariam a outra cadela, me escolheram. Eu acho que eles me acharam mais fofa, brincalhona e bonita, pois em casa sempre dizem isso.

Eles só queriam me levar no dia seguinte, mas Marina implorou que me levassem naquele dia. Eles aceitaram!

Depois de assinarem os papéis de adoção, fomos para uma caixa grande que tinha bancos por dentro; eles chamam isso de carro.

A caixa começou a andar. Fui nos bancos de trás com Marina e Luísa.

Quando chegamos, estávamos numa casa grande. Desci do carro. Bidu veio me cheirar. Logo depois ele fugiu. Deve

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ter pensado que eu era uma gigante, porque perto dele, sou mesmo! Eu estava muito feliz. Eu tinha uma família!!! Fui me acostumando com aquela nova vida.

Foi assim que cheguei aqui! Minhas atividades favoritas são: passear, brincar com as minhas bolinhas, brincar com os meus donos e nadar na piscina. Geralmente nos sábados e domingos de calor, eu nado.

Pedro, Marina e Luísa adoram brincar de me aborrecer! Mas eu gosto muito deles. Quase todo dia, ganho um beijinho. Bom, eu também gosto de puxar os cabelos e as roupas dos meus donos, e, às vezes, de morder os sapatos. É tão divertido, mas eles não me deixam fazer o que bem entendo! Gosto de ganhar frutas e até agora não entendi por que tenho que comer ração e não aquela comida deliciosa que eles comem!

Agora, depois de 2 anos, de convivência, vivo feliz nessa família! Foram muitas lambidas e muito carinho.

sou

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Matheus Albuquerque Dourado

um herói

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Primeiro pensei: pessoas malvadas tiraram-me de minha mãe, mas agora penso que não são malvadas. Sou o Cacau, um cachorro cheetso, adoro brincar com meu osso. Cheguei aqui em 2011, 20 de outubro, só lembro de chegar em uma casa grande.

Adoro correr atrás de carros quando passo pela rua, porque gosto de correr atrás de qualquer coisa que está correndo.

Sou muito obediente e quando meu dono fala “Hora do banho”, não me incomodo, porque gosto de água quente.

Quando chega o Natal, eu adoro porque gosto de ver as luzes piscando, e gosto também porque sempre ganho um osso novo.

Não gosto muito quando meu dono vai à escola porque só fica a empregada em casa, eu e a escultura de papelão parada e feia dele. Eu não gosto muito daquela escultura porque ela fica me encarando, achando que é a dona do pedaço. E imagino que ela não vai querer entrar na briga comigo.

Quando faço a coisa certa ganho um bifinho, sabor carne, porque me incentivam a fazer a coisa certa. Um dia, eu sentei em cima de um controle remoto. Meu dono falou: “Muito bem, você impediu que eu sentasse em cima dele, vai ganhar um bifinho!” Fiquei tão animado que comecei a latir feito louco. Às vezes, como sou pequeno, adoro morder o pé das pessoas quando estão descalças. Por isso adoro minha vida.

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Max Kandl Golombek Maia

eu,o beagle

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Sou Doug, um beagle que vive na Rua Baiás, 465, em frente ao parque Villa-Lobos.

Meu dono se chama Oscar, é um garoto de 7 anos que adora me fazer cafuné.

Um dia, ele comprou uma mega bolinha irada de borracha. Eu adorei!!! Brinco com ela todos os dias.

Falando em dias, todos os dias de manhã, acordo, pego minha ração matinal (derrubo- a no chão) e começo a comer como um louco. Depois, pulo na piscina e nado um pouco, para me manter saudável. Mais tarde, meu dono Oscar brinca comigo um tempão até ir para a escola. Quando ele chega, faz a lição de casa, brinca um tempinho comigo e nós dois dormimos.

Uma vez um amigo do Oscar foi lá casa. Ele tinha cheiro de bacon por isso eu ficava pulando em cima dele e ele não gostava. Mas ninguém entendeu isso. Os humanos têm deficiência olfativa. O Oscar me mandou para fora de casa e fiquei lá até o amigo dele ir embora, e demorou muito porque ele dormiu na casa (não faz sentido porque eu que moro lá e ele não). Aí eu voltei e o Oscar estava lá me esperando, parece que a raiva tinha passado.

Fomos passear no parque para ele se redimir comigo. Eu encontrei alguns cães lá e o Oscar ficou correndo atrás de mim enquanto eu corria atrás dos cães e foi engraçado. Depois eu dei tchau para os cachorros, voltamos para casa e dormimos...

o dia emque salvei meu dono

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Pedro Stevani Schargel

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Acho que sou a vira-lata mais feliz e sortuda do mundo!! Fui adotada pelo meu dono Pedro, ele me nomeou de Frida. Antes, meu nome era Luna, mas gosto mais de Frida. Foi a Cobasi, uma empresa que adota e vende animais sem dono, que me pegou na rua. Eles me castraram e me deram vacina.

A família de Pedro gosta muito de mim. Os pais dele, Tulio Sylvia, têm três filhos: Pedro, (meu dono), Joel e Livia.

O Pedro me escova, me faz carinho e me leva pra passear todos os dias.

Um dia, no entanto, aconteceu uma coisa esquisita. Eu e meu dono estávamos passeando, quando um homem feio falou para Pedro parar e o arrastou para um canto. Eu já sabia. Era um assalto. Fiquei apavorada. E se acontecesse algo ruim com Pedro!? Eu sei o que fazer nessas situações: fui correndo e abocanhei a perna do homem e puxei com força! Pedro o empurrou e nos fugimos!! Eu nunca senti tanta aflição!!!

Nunca imaginei que ser uma cadela doméstica fosse tão perigoso...

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Renan Guerrero Carminatti

aminha vida

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Meu nome é Madonna. Moro em uma casa grande com um quintal médio. Quem escolheu meu nome foi minha dona mais velha, Viviane. Ela o escolheu em uma lista de nomes femininos pra cachorros e quis pegar um diferente dos outros.

Tenho também donos mais novos que são o Renan e o Lucas, eles são bem legais. Mas ninguém se compara ao meu dono mais velho, Carlos. Ele sempre passeia comigo (2 ou 3 vezes por semana). Nunca se esquece de me dar comida e brinca muito comigo, só não me deixa entrar em casa, porque solto muito pelo e sou grande.

O dia mais feliz da minha vida foi quando eu tive filhotes! Doze filhotes! Bem pequenininhos e cegos. Para mamar era uma bagunça. Quando meus donos iam brincar com eles, chupavam os dedos deles achando que era pra mamar, já que não conseguiam enxergar. Era uma correria só.

Um dia sentei em cima de um filhote e ele morreu. Foi uma tragédia. Meu dono pegou o filhote, e pôs em cima da estante da lavanderia, pra depois enterrar em uma praça. Eu pegava o filhote (com a boca), achando que não estava morto.

Depois meu dono achou que ia dar trabalho cuidar de 11 filhotes, então venderam todos. Fiquei muito triste, mas agora estou vivendo minha rotina normalmente, com meus ótimos donos e os meus sonhos, que ainda não se realizaram.

Um deles é ser mais obediente, porque eu não consigo entender muito bem tudo o que o meu dono fala, e também ter um dia fazendo só o que eu quiser. Mas uma coisa que eu garanto, esse dia vai chegar!!!

presanuma caixa

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Sofia Pavani Ferreira Soares

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Sou uma borboleta chamada Francis. Quando era pequeno, uma menina loira me pegou no momento em que estava feliz comendo a minha planta e me colocou em uma caixa com algumas das minhas amigas.

Depois de muitas mudanças acontecerem, cheguei a um lugar cheio de crianças e fui colocado em uma caixa maior. Lá tinha outras lagartas e eu pude ver várias das minhas amigas encasulando. Muitas vezes, as crianças iam lá na caixa e me cutucavam.

Depois de muito comer, consegui encasular, mas em um lugar horrível: a porta da caixa. Que bobo que eu fui!

Nem soube escolher direito lugar para empupar. Acabei ficando numa situação perigosa. Quando estava saindo do casulo, me vi cercado por pessoas gritando. Por que será que os humanos são tão barulhentos? Quando pude voar, me pegaram pelas asas, comi um pouco e me jogaram pela janela. Foi estranho, mas o melhor é que fiquei livre finalmente.

Fui pelo mundo afora e estou vivendo a minha vida. Não como mais folhas; agora só quero saber de belas flores e de seu néctar especial.

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Vinícius Lima de Mello

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Meu nome é Zazu, sou uma mini yorkshy e tenho 5 meses. A minha dona se chama Anita e diz que sou muito agitada. É verdade, é que minha casa é enorme e dá pra correr bastante. Eu lembro do dia em que ela me adotou. Eu era uma filhotinha bem pequena.

Estava no Pet Shop, quando entraram Anita e seus netos,Vinicius e Luiza. Assim que entraram, comecei a pular alegremente.Viram que eu era fofinha e me adotaram na hora. Depois me levaram a um lugar onde me vacinaram (provavelmente acharam que eu estava doente). E depois me deram o nome de Zazu. Adorei.

Eu adoro minha família. Quando o Vinicius vem, ele brinca comigo. Desço todo dia para passear com meu dono Zé ( marido da minha dona). Eles dizem que eu sou pequena e rápida. Adoro correr atrás do meu brinquedo favorito (uma coxinha de plástico).

Uma vez, no Natal (pelo menos os humanos chamam de Natal) eu estava brincando com minha coxinha de brinquedo quando Vinicius jogou o brinquedo no peru assado que estava sobre a mesa. Como no lugar onde ele jogou tinha muitas coxinhas, aí peguei uma qualquer. E era de comer, eu queria a de brinquedo. Deveria estar lá, então continuei a procurar jogando as coxinhas pra cima e não achei. Foi uma confusão danada: os convidados olharam com espanto. Até que olhei para mão de Vinicius e lá estava ela,Vinicius apenas tinha fingido jogar a coxinha. Um belo de um truque sujo.

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Créditos

Diretor ExecutivoMaria Stella Galli Mercadante

CoordenaçãoVera Lúcia Telles Cretella Conn

Assessoria PedagógicaPortuguêsMárcia das Dores Leite InformáticaMaria José Godoy Pereira

OrientadoraMaria de Los Angeles Rodrigues

ProfessoresLuciana Fabri Rietmann – 6º ano ARosana Ramunno Ferreira – 6º ano BCristina Maria Coin de Carvalho – 6º ano CCláudia Godinho Peria – 6º ano DAna Cláudia Martoni Moraes – 6º ano EJosé Maria de Campos Jr. (Ed. Física)Ricardo Nastari (Ed. Física)

AuxiliaresPaula Monteiro de Camargo – 6º ano A e CMaria Luiza Gabriel da Silva – 6º ano B e DYamila Goldfarb – 6º ano E

Gráfica – Editoração Vera Cruz Giselda Beatriz Bueno do PradoJuliana Gonçalves Lopes Kiki MillanLéa Klein Maria Angélica Lopes da Silva

Os textos dos autores foram reproduzidos integralmente de acordo com a última versão produzida pelos alunos na sala de informática, após sucessivas revisões. Ainda assim, alguns textos apresentarão algumas incorreções gramaticais ou estilísticas, o que se deve à nossa intenção de respeitar o limite das possibilidades de cada autor-revisor.

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