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Plano de Aula: Equivalentes jurisdicionais. Distines entre Jurisdio e competncia.

TEORIA GERAL DO PROCESSO - CCJ0053

Ttulo

Equivalentes jurisdicionais. Distines entre Jurisdio e competncia.

Nmero de Aulas por Semana

Nmero de Semana de Aula

7

Tema

Jurisdio: continuao. Equivalentes jurisdicionais para litgios de natureza cvel: autotutela, autocomposio, mediao e arbitragem. Medidas despenalizadoras no direito processual penal. Soluo de conflitos trabalhistas: autodefesa, autocomposio e comisso de conciliao prvia. Distines entre jurisdio e competncia.

Objetivos

- Conhecer os equivalentes jurisdicionais em cada esfera da Justia.- Diferenciar as solues apresentadas para evitar a provocao do Estado-Juiz.- Reconhecer as vantagens da utilizao destas vias em detrimento da jurisdio tradicional.

Estrutura do Contedo

1. Equivalentes jurisdicionais para litgios de natureza cvel: autotutela, autocomposio, mediao e arbitragem.2. Medidas despenalizadoras no direito processual penal. 3. Soluo de conflitos trabalhistas: autodefesa, autocomposio e comisso de conciliao prvia. 4. Distines entre jurisdio e competncia.

Aplicao Prtica Terica

1a Questo.Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litgio oriundo da compra e venda de bem mvel. O magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um compromisso arbitral sobre o referido negcio jurdico. Assim, considerando a obrigatoriedade da arbitragem, o juiz imediatamente prolata sentena, extinguindo o processo sem resoluo de mrito (art. 267, VII do CPC). Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta.

2 Questo.Carlos realiza negcio jurdico com Gustavo, pagando uma determinada soma em dinheiro por um videogame. Ocorre que o aparelho eletrnico, uma vez ligado, apresentou uma srie de problemas. Como Carlos no estava mais conseguindo realizar contato com Gustavo, o mesmo se dirigiu diretamente a sua residncia e, ato contnuo, levou consigo um aparelho de televiso de valor compatvel com o que pagou para ressarcimento do seu prejuzo. Esta postura adotada por Carlos configura:a) Autotutela;b) Autocomposio;c) Mediao;d) Arbitragem.

Procedimentos de Ensino

O presente contedo deve ser trabalhado uma nica aula, podendo o professor dosar a distribuio dos temas de acordo com as condies (objetivas e subjetivas) apresentadas pela turma. Aps a apresentao do plano de ensino e da metodologia, dever o professor dar incio abordagem do tema, incluindo nesta abordagem referncias ao caso concreto e questo de mltipla escolha. Sugerimos que nesta aula o professor aborde:As medidas despenalizadoras previstas no direito processual penal, bem como os meios de soluo alternativos de conflitos trabalhistas, como as comisses de conciliao prvias. Tambm devero ser apresentados os mais tradicionais equivalentes jurisdicionais, como a autotela, a mediao e a autocomposio.A arbitragem dever ser abordada de maneira mais aprofundada, em cotejo com as disposies previstas na lei prpria. Deve ser informado que, por meio da arbitragem, as partes elegem, fundadas na confiana, um terceiro imparcial para solucionar o conflito em que se encontram. O instituto encontra-se regulado pela Lei 9.307/96 e afasta, por opo das partes conflitantes, o exerccio da jurisdio sobre o mrito da controvrsia. A garantia da inafastabilidade do controle jurisdicional fica preservada, pois o instituto somente opera quando as partes conflitantes forem capazes e os interesses envolvidos forem disponveis. Ademais h possibilidade de controle judicial quanto validade da sentena arbitral (art. 32, caput da Lei 9.307/96). Dessa forma, as partes podem contratar que eventuais litgios que venham a surgir em razo de um determinado negcio jurdico sero solucionados por meio do instituto da arbitragem (clusula compromissria) ou podem ainda as partes submeterem um conflito j existente ao juzo arbitral (compromisso arbitral). Tambm de salientar que a parte da doutrina vem concebendo a arbitragem no mais como equivalente jurisdicional, mas sim como a prpria jurisdio, prestada por algum que teria sido investido de forma pouco tradicional. Essa concluso decorre da interpretao do art. 475-N, inciso IV do Cdigo de Processo Civil, que relacionou a sentena arbitral como um ttulo executivo judicial. Destacar as distines entre jurisdio e competncia, essencial para a compreenso da matria para os estudantes de direito e futuros operadores do direito.

Recursos Fsicos

Lousa, Data show e material complementar retirado do ambiente virtual ou de outra mdia.

Avaliao

Gabarito da 1 Questo.No, o magistrado agiu de forma equivocada. Na arbitragem, as partes podem dispor no mais resolver o conflito pela via alternativa. Para tanto podem realizar um distrato, de forma expressa. Mas tambm podem simplesmente optar por buscar a via do Poder Judicirio. Na questo abordada a extino do processo sem resoluo de mrito s pode ser feita se houver insurreio da parte r, ou seja, o processo somente pode ser extinto se o ru alegar tal matria como preliminar de defesa. Tanto assim o que embora a matria defensiva esteja regulada no art. 301, IX, do CPC, essa no pode ser conhecida de ofcio, conforme prev o art. 301, 4 do CPC, o que indica que se no houver resistncia do ru na contestao no poder haver extino do feito, pois implicitamente houve renncia a via arbitral, cabendo portanto ao Poder Judicirio a soluo da questo. Assim tambm se manifesta a doutrina ptria, ao afirmar o seguinte: O silncio do ru deve ser entendido, em quaisquer casos, como um verdadeiro abandono daquele meio alternativo de soluo de conflitos. Abandono que comeou pelo prprio autor que, no obstante a conveno de arbitragem, ingressou no Judicirio. Depois pelo ru que deixou de argir, como a lei lhe impe, a sua existncia, nica forma de inibir a legtima atuao do Estado-juiz por fora do principio agasalhado no inciso XXXV do art. 5 da Constituio Federal. Princpio que, como tal, admite seu temperamento pela lei em busca da realizao de outros valores igualmente prestigiados pelo ordenamento jurdico mas que, em face das consideraes aqui expostas, no foi concretamente exercido por aq2uele que tem, pela prpria lei, o nus da iniciativa do ru?. (BUENO, Cssio Scarpinella. Curso sistematizado de direito processual civil: procedimento comum : ordinrio e sumrio, 2: tomo I. So Paulo: Saraiva, 2007. p. 147/148), ?A defesa processual que ope ao a preexistncia de compromisso arbitral peremptria? (THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil - Teoria geral do direito processual civil e processo de conhecimento. Rio de Janeiro: Forense, 2006. p. 418) e ? preciso afirmar, porm, que o juiz s poder conhecer da conveno de arbitragem se a parte interessada alegar (art. 301, 4, CPC). Assim sendo, proposta a ao, e deixando o ru de, na contestao, alegar a existncia de conveno de arbitragem, ter-se- esta por renunciada, podendo o processo desenvolver-se regularmente? (CMARA, Alexandre Freitas. Lies de Direito Processual Civil: vol. I. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007 p. 313).

Gabarito da 2 Questo.Letra A. A hiptese em comento configura uma autotutela, que um dos trs mtodos de soluo de conflitos bem primitiva, que consiste na prevalncia da vontade do mais forte sobre o mais frgil. Com evoluo da sociedade e a organizao do Estado ela foi sendo expurgada da ordem jurdica por representar sempre um perigo para a paz social. Contudo, a mesma at possvel em carter excepcional, como ocorre no desforo possessrio. As caractersticas da autotutela so, em sntese: Ausncia de um julgador distinto das partes; e a imposio da deciso de uma parte (geralmente o mais forte) em detrimento da outra.

Consideraes Adicionais