46
8 de Novembro de 2016 7.º Seminário Prevenção e Controlo da Infecção Carla Dias Departamento de Saúde Pública ARSLVT, I.P.

7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

  • Upload
    others

  • View
    6

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

8 de Novembro de 2016

7.º Seminário

Prevenção e Controlo da Infecção

Carla Dias Departamento de Saúde Pública

ARSLVT, I.P.

Page 2: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Taxa de prevalência de infeção nas UCCI

Conceitos: Risco, Perigo, Dano, Riscos Não Clínicos

Gestão do Risco Não Clínico

Documentos de Referência

ÍNDICE

Page 3: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Taxa de prevalência de infeção nas UCCI

Conceitos: Risco, Perigo, Dano, Riscos Não Clínicos

Gestão do Risco Não Clínico

Documentos de Referência

ÍNDICE

Page 4: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

ANO

2012 2013

N.º de UCCI que participaram no estudo 232 143

Taxa de prevalência de infeção nas UCCI 8,1% 8,1%

Infeções

predominantes

Infeção da pele, tecidos moles e feridas 35,6% 29,8%

Infeção das vias respiratórias 25,1% 21,4%

Infeção das vias urinárias 24,2% 21,8%

Estudos de Prevalência de Infeção Associada aos Cuidados de Saúde em

Unidades de Cuidados Continuados Integrados

Fontes: DGS; ENPI; 2012 e DGS; HALT2; 2015.

Page 5: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

EM TODOS OS LUGARES ONDE SE PRESTAM CUIDADOS DE SAÚDE EXISTE RISCO DE INFEÇÃO.

“AS INFEÇÕES ASSOCIADAS AO

CUIDADOS DE SAÚDE (IACS), NÃO

SENDO UM PROBLEMA NOVO,

ASSUMEM CADA VEZ MAIOR

IMPORTÂNCIA EM PORTUGAL E NO

MUNDO. À MEDIDA QUE A ESPERANÇA

DE VIDA AUMENTA E QUE DISPOMOS DE

TECNOLOGIAS MAIS INVASIVAS,

AUMENTA TAMBÉM O RISCO DE

DESENVOLVIMENTO DE UMA IAC ...”

Page 6: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Taxa de prevalência de infeção nas UCCI

Conceitos: Risco, Perigo, Dano, Riscos Não Clínicos

Gestão do Risco Não Clínico

Documentos de Referência

ÍNDICE

Page 7: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Fonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015.

Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management: Why It’s Broken

and How to Fix It. John Wiley & Sons, 2009.

Fonte: Recomendação do Conselho da UE de 9 de junho de 2009

Dano – Implica a deterioração da estrutura ou de funções do organismo

e/ou quaisquer efeitos prejudiciais que daí advenham.

Risco – É definido como a probabilidade de um dano, a partir do perigo.

Perigo – É definido como algo com potencial de causar dano.

RISCO / PERIGO / DANO

Page 8: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

RISCOS NÃO CLÍNICOS

OS RISCOS NÃO CLÍNICOS SÃO:

O risco em unidade de saúde aborda, para além da probabilidade de um

evento indesejado vir a ocorrer na sequência da prestação de cuidados de

saúde, também os aspetos não clínicos.

► “Acontecimentos” indesejados que podem surgir no ambiente das

unidades de saúde.

► Decorrem das atividades que servem de suporte à prestação de

cuidados de saúde.

Page 9: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Ambiente:

Arquitetura;

Instalações e equipamentos;

Superfícies;

Ar;

Água;

Alimentos;

Resíduos e substâncias

perigosas;

Roupa;

Dispositivos médicos;

Segurança e saúde no trabalho;

Segurança contra incêndio;

Segurança contra a intrusão.

Estão associados:

RISCOS NÃO CLÍNICOS

Page 10: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Taxa de prevalência de infeção nas UCCI

Conceitos: Risco, Perigo, Dano, Riscos Não Clínicos

Gestão do Risco Não Clínico

Documentos de Referência

ÍNDICE

Page 11: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

A GESTÃO DO RISCO É A BASE

PARA A PREVENÇÃO E REDUÇÃO

DOS DANOS RESULTANTES DA

INFEÇÃO ASSOCIADA AOS

CUIDADOS DE SAÚDE.

É UM PROCESSO QUE TEM COMO

FINALIDADE A IDENTIFICAÇÃO DAS

FONTES, POTENCIAIS OU REAIS,

CAUSADORAS DE PERDAS OU

DANOS E A SUA VALORIZAÇÃO NA

PERSPETIVA DE AS ELIMINAR OU

REDUZIR A NÍVEIS “ACEITÁVEIS”.

O AMBIENTE DAS UCCI/ERPI/LARES É DINÂMICO/COMPLEXO.

Page 12: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

CO

MU

NIC

AR

MO

NIT

OR

IZA

R E

RE

VE

R

EVITAR O RISCO

IDENTIFICAR O RISCO

ANALISAR O RISCO

AVALIAR O RISCO

CONTROLAR O RISCO

Fonte: NHMRC; “Clinical

Educators Guide for the prevention

and control of infection in

healthcare”, 2010.

Page 13: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

CO

MU

NIC

AR

MO

NIT

OR

IZA

R E

RE

VE

R

EVITAR O RISCO

IDENTIFICAR O RISCO

ANALISAR O RISCO

AVALIAR O RISCO

CONTROLAR O RISCO

Fonte: NHMRC; “Clinical

Educators Guide for the prevention

and control of infection in

healthcare”, 2010.

Page 14: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

EVITAR O RISCO

A tarefa/intervenção planeada é necessária?

Existem procedimentos alternativos que eliminem ou

minimizem a exposição potencial, do residente ou do

profissional de saúde e de terceiros, a agentes infeciosos?

Verificar se existe risco e se pode ser evitado.

Se não for possível eliminar o risco então tem que se implementar

um processo de gestão do risco com o objetivo de o reduzir.

Page 15: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

CO

MU

NIC

AR

MO

NIT

OR

IZA

R E

RE

VE

R

EVITAR O RISCO

IDENTIFICAR O RISCO

ANALISAR O RISCO

AVALIAR O RISCO

CONTROLAR O RISCO

Fonte: NHMRC; “Clinical

Educators Guide for the prevention

and control of infection in

healthcare”, 2010.

Page 16: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Identificar os potenciais riscos internos e externos associados à

prestação do serviço, organização, residentes e colaboradores.

Conhecer a cadeia de transmissão.

Qual o agente infecioso em causa e o seu reservatório?

Como é transmitido?

IDENTIFICAR O RISCO

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

Fonte: NHMRC; “Clinical Educators Guide for the prevention and

control of infection in healthcare”, 2010.

Page 17: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

CADEIA DE TRANSMISSÃO

AGENTE

RESERVATÓRIO

PORTA

DE SAÍDA

PORTA

DE ENTRADA

VIA DE

TRANSMISSÃO

HOSPEDEIRO

SUSCETÍVEL

As doenças transmissíveis

ocorrem como resultado de

uma interação entre:

Agente infecioso;

Reservatório;

Via de transmissão;

Hospedeiro suscetível.

Page 18: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Fonte: DGS; Formação do PPCIRA sobre PBCI/PBVT; 2015.

CADEIA DE TRANSMISSÃO

RESERVATÓRIO

LOCAL ONDE O AGENTE SE MANTÉM, METABOLIZA E MULTIPLICA.

Origem

Inanimada

Humana

Ar, Água, Superfícies, Equipamentos, Roupa, Alimentos,

Resíduos, Dispositivos Médicos.

Doentes agudos e crónicos, convalescentes e portadores

crónicos, profissionais de saúde, visitas.

Page 19: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Açã

o

pri

ori

tár

ia Fonte: DGS; “Higiene, Controlo e Avaliação do ambiente de Cuidados de Saúde: Controlo

Ambiental; Abordagem Teórica”; 2015.

CADEIA DE TRANSMISSÃO

AGENTE / RESERVATÓRIO: SUPERFÍCIES

Microrganismos Reservatórios Tempo de

sobrevivência

Enterococcus spp

Chão, paredes, camas e roupa de cama,

maçanetas, monitores, arrastadeiras, sanitas.

5 dias – 4 meses

Clostridium difficile Assentos de sanitas, arrastadeiras, pias,

chão, roupas de cama.

5 meses – 1 ano?: esporos

15 min – 3 hrs: forma vegetativa

Acinetobacter spp

Colchões, almofadas, rodas de camas,

chão, mesas. 3 dias – 5 meses

Staphylococcus aureus

Colchões, almofadas, mesa, cadeira, rodas

da cama, grades da cama, berços,

campainha, luz de cabeceira, controle remoto

de tv, brinquedos, teclados de computador,

processos dos doentes.

7 dias – 7 meses

Page 20: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Açã

o

pri

ori

tár

ia

CADEIA DE TRANSMISSÃO

AGENTE / RESERVATÓRIO: ÁGUA

Microrganismos Reservatório

Bactérias

Gram

Negativas

Pseudomonas aeruginosa

Aeromonas hydrophila

Burkholderia cepacia

Stenotrophomonas maltophilia

Serratia marcencens

Flavobacterium menigosepticum

Acinetobacter calcoaceticus

Legionella pneumophila e outras

Micobactérias

Mycobacterium xenopi

Mycobacterium chelonae

Mycobacterium avium-intracellulare

Fonte: INSA; “Prevenção de infecções adquiridas no hospital – Um guia prático”.

Page 21: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

CADEIA DE TRANSMISSÃO

AGENTE / RESERVATÓRIO: ALIMENTOS

Microrganismos Reservatório

Bactérias

espécies de Salmonella

Staphylococcus aureus

Clostridium perfringens

Clostridium botulinum

Bacillus cereus e outros

bacilos esporulados

aeróbios

Escherichia coli

Campylobacter jejuni

Yersinia enterocolitica

Vibrio parahaemolyticus

Vibrio cholerae

Aeromonas hidrophila

espécies de Streptococcus

Listeria monocytogenes

Vírus Rotavirus

Calicivirus

Parasitas Giardia lamblia

Entamoeba histolytica

Fonte: INSA; “Prevenção de infecções adquiridas no hospital – Um guia prático”.

Page 22: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

CADEIA DE TRANSMISSÃO

VIA DE TRANSMISSÃO DIRETA

Fonte: WHO; ”Epidemiologia Básica - 2a edição”; 2006.

De acordo com a OMS é a transferência imediata do agente infecioso

de um reservatório para uma porta de entrada através da qual a

infeção poderá ocorrer.

Esta pode ser por contato direto através do toque, beijo, relação

sexual ou pela disseminação de gotículas ao tossir ou espirrar.

A transfusão de sangue e a infeção transplacentária da mãe para o

feto são outras importantes formas de transmissão direta.

Page 23: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

CADEIA DE TRANSMISSÃO

VIA DE TRANSMISSÃO INDIRETA

De acordo com a OMS a transmissão indireta pode ser feita através de

veículos, vetores ou aérea.

A transmissão por veículos ocorre através de materiais contaminados

tais como alimentos, roupa pessoal e de cama e utensílios de cozinha.

A transmissão por vetores ocorre quando o agente é transportado por

um inseto ou animal (o vetor) para um hospedeiro suscetível. O agente

pode multiplicar-se ou não no vetor.

A transmissão aérea de longa distância ocorre quando há disseminação

de pequenas gotículas para uma porta de entrada, usualmente o trato

respiratório. As partículas de poeira também facilitam a transmissão

aérea, por exemplo, através de esporos de fungos.

Fonte: WHO; ”Epidemiologia Básica - 2a edição”; 2006.

Page 24: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

CO

MU

NIC

AR

MO

NIT

OR

IZA

R E

RE

VE

R

EVITAR O RISCO

IDENTIFICAR O RISCO

ANALISAR O RISCO

AVALIAR O RISCO

CONTROLAR O RISCO

Fonte: NHMRC; “Clinical

Educators Guide for the prevention

and control of infection in

healthcare”, 2010.

Page 25: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Desenvolver um processo sistemático de análise e caracterização

(método quantitativo e/ou qualitativo) do risco.

Quais são os aspetos que podem contribuir para a ocorrência de infeção?

Qual é a probabilidade de ocorrência?

Qual é a gravidade/severidade do risco?

ANALISAR O RISCO

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

Fonte: NHMRC; “Clinical Educators Guide for the prevention and

control of infection in healthcare”, 2010.

Page 26: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Fonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015.

Traduzido de Storr J, Wigglesworth N & Kilpatrick C. Integrating human factors

with infecton Prevention and control. The Health Foundation, 2013

.

ERRO OU OMISSÃO DA PRÁTICA

CORRETA DE PREVENÇÃO DE INFEÇÃO

Falha ou ausência de defesas,

a diversos níveis

Organizacional

Técnica

Da equipa

Individual

A cultura organizacional não

apoia a prevenção de infeção

Falta de liderança e de equipas

que valorizem a prevenção de

infeção

Falta de liderança e de equipas que

valorizem a prevenção de infeção

Falta de motivação

PERIGO DE INFEÇÃO

Falhas nos circuitos e processos

de prevenção de infeção

Falhas ativas (pessoas) e

condições existentes (sistema)

ASPETOS QUE PODEM CONTRIBUIR PARA

A OCORRÊNCIA DE INFEÇÃO

Formação/treino insuficiente,

dirigido para as situações práticas

Page 27: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

ASPETOS QUE PODEM CONTRIBUIR PARA

A OCORRÊNCIA DE INFEÇÃO

Fonte: Adaptado de

Legionnaires’ disease

Part 2: The control of

legionella bacteria in hot

and cold water systems,

Health and Safety

Executive, 2014.

A água, no interior do

reservatório de água

quente, era mantida a

uma temperatura de

40ºC.

A pessoa responsável

pela manutenção do

sistema foi substituída

por outra sem

formação adequada e

sem motivação.

Não existiam

procedimentos

de prevenção do

desenvolvimento

de Legionella.

Não era feita a

desincrustação,

limpeza e desinfeção

dos prelatores das

torneiras e das

cabeças dos

chuveiros.

A rede era extensa.

Não era feita a medição

para verificação da

concentração de

residual de desinfetante

nos pontos extremos da

rede.

Page 28: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

PROBABILIDADE - GRAVIDADE/SEVERIDADE

Probabilidade Gravidade/Severidade

Irrelevante Baixo Moderado Elevado Extremo

Raro Baixo Baixo Baixo Moderado Elevado

Não provável Baixo Moderado Moderado Elevado Muito

Elevado

Possível Baixo Moderado Elevado Muito

Elevado Muito

Elevado

Provável Moderado Elevado Muito

Elevado Muito

Elevado Extremo

Quase certo Moderado Muito

Elevado Muito

Elevado Extremo Extremo

Matriz do Risco de Infeção

Fonte: NHMRC; “ A2 Overview of Risk Management in Infection Prevention and

Control”, Published on National Health and Medical Research Council, 2016.

Page 29: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

CO

MU

NIC

AR

MO

NIT

OR

IZA

R E

RE

VE

R

EVITAR O RISCO

IDENTIFICAR O RISCO

ANALISAR O RISCO

AVALIAR O RISCO

CONTROLAR O RISCO

Fonte: NHMRC; “Clinical

Educators Guide for the prevention

and control of infection in

healthcare”, 2010.

Page 30: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

AVALIAR O RISCO

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

Comparar o nível de risco (probabilidade e severidade)

definido na fase de análise com critérios de

aceitabilidade previamente estabelecidos.

Definir prioridades de ação.

O risco é tão baixo que pode ser aceitável?

Podem ser realizadas ações para minimizar ou eliminar o risco?

Como devem ser priorizadas estas ações?

Fonte: NHMRC; “Clinical Educators Guide for the prevention and

control of infection in healthcare”, 2010.

Page 31: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

PRIORIZAR AS AÇÕES

Pri

ori

dad

e p

ara

a A

ção

Severidade: Elevada; Extrema.

Probabilidade: Quase certa.

Alta

Severidade: Moderada.

Probabilidade: Possível.

.

Severidade: Baixa.

Probabilidade: Rara.

Intermédia

Baixa

Fonte: Adaptado de DGS; “Precauções Básicas de Controlo de Infeção:

Avaliação do Risco Individual do Doente para a Infeção”; 2015.

Page 32: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

CO

MU

NIC

AR

MO

NIT

OR

IZA

R E

RE

VE

R

EVITAR O RISCO

IDENTIFICAR O RISCO

ANALISAR O RISCO

AVALIAR O RISCO

CONTROLAR O RISCO

Fonte: NHMRC; “Clinical

Educators Guide for the prevention

and control of infection in

healthcare”, 2010.

Page 33: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

CONTROLAR O RISCO

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

Os resultados das fases de análise e avaliação do risco vão

permitir que sejam definidas as ações necessárias para

controlar o risco.

Devem ser preparados planos de ação para o controlo e

minimização dos riscos identificados.

O que vai ser feito para lidar com o risco?

Determinar quem vai assumir a responsabilidade.

Fonte: NHMRC; “Clinical Educators Guide for the prevention and

control of infection in healthcare”, 2010.

Page 34: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

ELABORAR PLANOS DE AÇÃO

Pensar em soluções possíveis!

Evitar Minimizar Transferir Aceitar

Optar por

procedimentos

alternativos, de

menor risco.

Reduzir a

probabilidade

através da

adoção de

medidas

preventivas e de

monitorização.

Transferir a

responsabilidade

para equipas

com maior

conhecimento e

preparação para

lidar com o risco.

Utilizar

estratégias que

incluam o uso de

Equipamento de

Proteção

Individual.

Fonte: NHMRC; “Clinical Educators Guide for the prevention and

control of infection in healthcare”, 2010.

Page 35: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

ELABORAR PLANOS DE AÇÃO

O QUÊ COMO QUANDO POR QUEM

Page 37: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Fonte: INSA; “Recomendações para Controlo do Ambiente – Princípios Básicos”.

Incentivar e promover o ambiente seguro nas unidades de saúde e as boas

práticas de higienização.

Aplicar um método seguro de higienização de louças e equipamentos usados

nas áreas de copas e refeitórios dos doentes bem como de higienização das

superfícies destas áreas.

Garantir o cumprimento da política de triagem, acondicionamento, transporte e

tratamento dos resíduos, de acordo com a legislação em vigor.

EXEMPLOS DE AÇÕES PARA CONTROLO DO RISCO AMBIENTAL

Implementar planos de formação do cumprimento das Precauções Dependentes

das Vias de Transmissão, conforme patologias dos doentes e estado imunitário.

Executar o plano de manutenção dos sistemas de ventilação e renovação de ar

existentes.

Page 38: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

MONITORIZAR E REVER

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

Periodicamente deve(m) ser:

• Reavaliado o risco;

• Revistos os planos de ação .

• Identificar novos riscos;

• Fazer a análise do risco com dados atualizados;

• Verificar como está a ser feita a implementação

das ações/medidas de controlo do risco.

Deste

modo é

possível:

Fonte: NHMRC; “Clinical Educators Guide for the prevention and

control of infection in healthcare”, 2010.

Page 39: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

INSTRUMENTOS PARA REAVALIAÇÃO DO RISCO

Instrumentos de avaliação das práticas nos circuitos hoteleiros:

• Lavandaria;

• Alimentação;

• Resíduos.

Fonte: INSA; “Recomendações para Controlo do Ambiente – Princípios Básicos”.

Avaliação dos Serviços de Limpeza. Proposta de instrumento de

Auditoria às Práticas de Higienização do Ambiente.

Fonte: INSA; “Higienização dos Ambiente nas Unidades de Saúde –

Recomedações de Boa Prática”.

Page 40: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

COMUNICAR

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

A comunicação do risco implica informação sobre a sua

natureza, severidade, aceitabilidade e gestão.

A gestão de risco tem que incluir obrigatoriamente a

comunicação do risco e deve apoiar-se numa adequada

caracterização de forma a tornar acessível e

compreensível a informação a todos os trabalhadores.

O sistema de comunicação é essencial como alavanca

num processo de mudança comportamental das

organizações e dos indivíduos que as integram.

Page 41: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

Identificação do Risco

Agente Reservatório Via de Transmissão

Legionella pneumophila Água Aérea

Page 42: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Pensar em soluções possíveis!

Plano de Ação

Análise do Risco Avaliação

do Risco Controlo

Monitorização e Revisão

Falhas Probabilidade Severidade

A água, no interior do reservatório de água

quente, era mantida a uma temperatura de

40ºC.

Provável Moderada Ação

prioritária

Garantir que nos reservatórios de

água quente sanitária a

temperatura da água é igual ou superior a 60ºC.

Verificar e registar as temperaturas da água no interior do

reservatório de água quente.

Não era feita a verificação da

concentração de residual de

desinfetante nos pontos extremos da

rede.

Provável

Moderada

Ação prioritária

Assegurar que nos pontos extremos da rede o residual de

desinfetante garante a existência

de barreira sanitária.

Medir e registar concentração de

residual de desinfetante e a temperatura nos pontos extremos

da rede.

GESTÃO DO RISCO NÃO CLÍNICO

Page 43: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

C

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As unidades de saúde devem estabelecer prioridades e metas para

prevenir o desenvolvimento de IACS nas suas instalações.

Quaisquer medidas instituídas têm que ter em conta a especificidade

dos serviços, dos procedimentos e dos residentes/doentes em causa.

A gestão do risco é um processo constituído por etapas bem definidas

que, quando realizadas em sequência, suportam a decisão mais

correta/melhor, contribuindo para uma maior perceção dos riscos, dos

seus impactos e para a sua minimização ou eliminação.

Relativamente aos riscos não clínicos devemos ser proativos.

A adoção de técnicas de gestão do risco eficazes permite melhorar a

segurança, a qualidade e o desempenho dos trabalhadores.

Page 44: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Taxa de prevalência de infeção nas UCCI

Conceitos: Risco, Perigo, Dano, Riscos Não Clínicos

Gestão do Risco Não Clínico

Documentos de Referência

ÍNDICE

Page 45: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

INSA, “Higienização do Ambiente nas Unidades de Saúde –

Recomendações de Boa Prática”.

GCRPPCIRA; “Descontaminação de Dispositivos Médicos e

Equipamentos”; 2013.

ACSS; “Guia para Avaliação do Risco na Manutenção Hospitalar _ G

05/2014”; 2014.

ARSLVT; “Circular Normativa n.º 11/2014 relativa aos Procedimentos para

uma Adequada Gestão dos Resíduos Hospitalares”; 2014.

ARSLVT; “Gestão de Sistemas de Distribuição Predial de Água em

Hospitais – Orientações Técnicas”; 2015.

CDC / HICPAC; “Guidelines for Environmental Infection Control in Health-

Care Facilities”; 2003.

ARSLVT; “Gestão do Risco Profissional em Estabelecimentos de Saúde –

Orientações Técnicas”; 2010.

Page 46: 7.º Seminário Prevenção e Controlo da InfecçãoFonte: DGS, Curso PBCI/PBVT: Precauções Básicas de Controlo de Infeção, 2015. Traduzido de Hubbard D. The Failure of Risk Management:

Agradeço a vossa atenção.

[email protected]