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72254768 Apostila de Violao Avancado

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    ndice

    Prefcio..............................................................................................................4

    Conhecendo o Instrumento Histria........................................................5

    Anatomia do Violo............................................................................7

    Postura: Onde e como sentar..........................................................12

    Qual Violo Comprar.......................................................................14

    Teoria Musical.................................................................................15

    Acidentes.........................................................................................17

    Localizao de todas as notas no brao do Violo.........................18

    Afinando o Instrumento...................................................................19

    O Tom da Msica............................................................................21

    Acorde.............................................................................................22

    Trade..............................................................................................23

    Ttrades..........................................................................................30

    Inverso de Baixo............................................................................41

    Tabela de Intervalos........................................................................46

    Sistema de Escrita...........................................................................47

    Tablatura.........................................................................................54

    Exerccios Preliminares...................................................................55

    Exerccios para a mo Direita.........................................................56

    Noes usadas em Tablatura..........................................................62

    Escala..............................................................................................69

    Modos..............................................................................................70

    Escala Maior....................................................................................71

    Formao das trades: Maior, Menor e Diminuta............................72

    Escala Natural em todos os Tons....................................................75

    Estrutura das Escalas......................................................................76

    Escala Diatnica Maior....................................................................77

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    Escala Diatnica Menor.................................................................78

    Menor Natural................................................................................79

    Diatnica Menor Harmnica...........................................................80

    Escala Relativa...............................................................................81

    Meldica Ascendente.....................................................................82

    Meldica Descendente...................................................................83

    Escala Pentatnica ou Penta Blues...............................................84

    Escala de Blues (Penta Blues).......................................................87

    Como estudar as Escalas..............................................................89

    Exerccios......................................................................................96

    Lgica da Nomenclatura................................................................98

    Ritmos: Samba e Bossa Nova.....................................................100

    Batidas e Exerccios....................................................................103

    Questionrio.................................................................................106

    Glossrio Musical.........................................................................108

    Repertrio.....................................................................................111

    Bibliografia....................................................................................112

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    Prefcio

    com o objetivo de facilitar a aprendizagem de tocar violo que esse curso

    veio a ser realizado. Isso o resultado de muito estudo e pesquisa, tambm

    uma forma de ajudar aqueles que realmente querem adentrar no mundo da

    msica de vez.

    No brinque com os estudos, leve a srio, pois pra ser um bom msico

    preciso haver muito conhecimento, terico e pratica. Para quem estar iniciando

    agora no tenha pressa, pois tudo que bom no vem fcil ou de mo beijada,

    at mesmo de um dia para o outro, isso requer muito treino e dedicao.

    So diversas as razes que levam muitos a tentarem aprender a tocar violo;

    pretenso profissional, simples prazer, terapia pessoal, para impressionar aos

    que esto ao seu redor, etc. No importa o que o levou ao estudo, pratique

    cada exerccio e siga as instrues minuciosamente. Cada passo essencial

    para o passo seguinte, assim como numa construo; um tijolo sobre o outro.

    Muitas pessoas que aprenderam a tocar violo sozinho pensam que aprender

    teoria musical e bobagem e que no precisam treinar escalas, e se enganam

    porque a arte de produzir um som ou dominar um instrumento no apenas

    prtica e prtica necessita-se de conhecimento.

    No brinque de ser msico...

    Seja um msico brincando

    Ao Leitor

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    Conhecendo o Instrumento Histria

    O violo um instrumento musical de cordas, que so manuseadas com os

    dedos ou com palhetas. Tem um corpo plano e entalhado com uma abertura no

    meio e um brao com trastes transversais. As cordas so presas, de um lado, a

    cravelha, e de outro, a um cavalete. Abrange uma extenso de trs oitavas e

    uma quinta. O instrumento existe desde o sculo XV, e em meados do sculo

    XVIII assumiu sua forma moderna e at hoje os melhores instrumentos so

    fabricados na Espanha. O grande responsvel pelo desenvolvimento do violo

    foi um carpinteiro chamado San Sebastian de Almeida (1817-1892).

    Ao contrrio do que muitos pensam, o acstico muito mais difcil de ser

    tocado do que o eltrico (guitarra, teclado), pois no conta com a ajuda e

    efeitos que s a eletrnica possui, a maior parte do "show" que voc v em um

    concerto de rock pura eletrnica e claro com algumas tcnicas. J o

    acstico, todos os arranjos e efeitos so executados pelo talento do msico,

    mas voc poder usar um pouquinho da eletrnica para dar um brilho na

    msica, usando um pedal ou um efeito, nada de exagero, s para dar um brilho

    especial na msica.

    Resumo

    O violo um instrumento que tem sua origem no final do sculo XV, e

    originrio de dois outros instrumentos: O Alade e a Vihuela. Eles eram os

    instrumentos de cordas utilizados na poca por toda a Europa. A Guitarra,

    nome real do violo, surgiu como um instrumento mais barato e, portanto mais

    acessvel a toda populao.

    - A guitarra surgiu aproximadamente no final do sculo XVIII

    - Seu nome original Guitarra espanhola ou Guitarra Clssica.

    - Esta guitarra acstica, o que difere da guitarra eltrica surgida em meados

    do sculo XX.

    - No Brasil ela chamada de Violo e, portanto a eltrica chamada

    simplesmente de Guitarra.

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    Classificando o Violo Existem dois tipos de violo, aqueles que usam apenas cordas de ao, e os

    que usam cordas de nylon. Mas hoje em dia j podemos encontrar vrios

    violes que suportam os dois tipos de encordoamento. No recomendvel

    usar cordas de ao em violes que suportam apenas nylon ou vice-versa, pois

    pode causar danos no seu instrumento como empenao do brao.

    Violo nylon: so aqueles que usam cordas de nylon, e possui um nmero

    reduzido de modelos, tambm so usados em estilos leves como toda MPB e

    as msicas Clssicas.

    Violo ao: so aqueles que usam cordas de ao, e possui um universo de

    modelos, o mais verstil o Folk, pois ele aceita ser tocado em vrios estilos

    principalmente o POP e ROCK, alm de podermos executar vrios arranjos de

    baixo e guitarra, ainda podemos usar palheta para toca-lo, porque as palhetas

    elas do um som mais brilhante diferente do som tocado pelos dedos,

    proporcionando uma grande velocidade nos solos, como se fosse uma guitarra.

    O Violo pode ser tocado como:

    Violo harmonia faz apenas o fundo da msica para dar um brilho, nelas

    so valorizadas as 3 e 5 arpejando as cordas e acordes.

    Violo Melodia o mtodo em que seguimos a msica, tocamos todos os

    acordes valorizando as notas reais da msica. Violo Solo o estilo onde

    tocamos apenas as notas principais da melodia.

    Violo Base o estilo que d mais peso msica, e so tocados com

    palhetadas e batidos.

    Violo Cifrado mais usado pelos violonistas, onde o instrumento usado

    para acompanhar seu canto, dispondo de acordes ou posies embutidas em

    um ritmo.

    Violo Solado um mtodo mais aprofundado, onde o intrprete executa a

    melodia da msica sem cantar. Muito usado em msica erudita onde os

    violonistas realizam verdadeiras "acrobacias" com o instrumento.

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    Anatomia do Violo

    Veja como se dispe o instrumento:

    Aqui vemos o violo de Nylon,

    geralmente no vem com muitos enfeites

    e so simples.

    Obs: deve-se entender que enquanto

    maior for caixa acstica do

    instrumento melhor, pois produzir um

    som mais intenso, sem conexo com

    aparelhos de som.

    Enumeramos as cordas de 1 a 6 a partir da mais fina at a mais grossa. As trs

    primeiras cordas so chamadas de cordas base, pois formam a base dos

    acordes. As trs ltimas ns chamamos de bordes e so usadas para fazer o

    BAIXO dos acordes, semelhante o que faz o instrumento CONTRABAIXO nas

    bandas musicais.

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    Cravelha (Tarraxa)

    O nome correto cravelha, e tem por finalidade aumentar ou diminuir a tenso

    das cordas do seu violo, e desta forma aumentar e diminuir atonalidade do

    instrumento. H vrios modelos de cravelhas, as de fixao individuais ou

    agrupadas, abertas ou hermeticamente fechadas, os melhores fabricantes

    utilizam em grande maioria as fechadas pois estas mantm lubrificao

    necessria internamente. Nas cravelhas abertas aconselhvel a limpeza e

    lubrificao com leo de mquina periodicamente, de forma a mant-las leves

    e livres do ferrugem. As cordas devem ser colocadas de forma que para

    apertar as cordas o instrumentista faa um movimento anti-horrio.

    necessrio observar a sequncia que as cordas devero ser postas nas

    cravelhas, a 6 corda deve ser colocada sempre de forma a ficar na parte

    superior da cabea, a cravelha mais perto da pestana, e as cordas mais finas

    ficam nas prximas cravelhas, se houver cravelhas na parte inferior da cabea

    do violo, a terceira corda ficar na cravelha mais distante da pestana a

    segunda corda na intermediria e a primeira na mais prxima da pestana do

    violo. Esta sequncia utilizada universalmente, para evitar que tenhamos

    que ficar procurando visualmente onde esto presas as cordas. Uma dica.

    Coloque a ponta das cordas na perfurao do rolo da cravelha e enrole o resto

    da corda, voc pode precisar de um pequeno pedao de corda para

    reaproveitamento de cordas que venham a arrebentar prximo ao cavalete.

    Capelinha

    Em alguns violes para cordas de ao, encontramos a cobertura do tirante

    tambm chamada de capelinha, que nada mais que uma placa de material

    sinttico, presa a cabea do violo com parafusos, que protege o encaixe onde

    fica um parafuso de ajuste do tirante ajustvel.

    Tirante

    Existem trs tipos de tirantes os ajustveis os em formato de "T" e os ocos em

    formato de "O". O tirante colocado numa concavidade ao longo do brao. O

    aumento ou a reduo da tenso do tirante pode ajudar a fazer pequenos

    reparos em curvaturas criadas pela presso das cordas no brao do violo. O

    manuseio do tirante s deve ser feito aps uma consulta cuidadosa nas

    instrues de manuseio que acompanham o instrumento. errneo pensar que

    o tirante capaz de corrigir qualquer tipo de empenamento do brao, h casos

    em que o ideal mandar o violo para um especialista. Para verificar se a

    curvatura do brao do seu violo est dentro dos padres voc deve inserir

    uma braadeira na 1 casa e pressione a 6 corda uma casa acima do trasto da

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    caixa (ver Escala) isto deve ser na 13 ou 15 casa dependendo do seu violo.

    Para verificar a concavidade, mede-se a distncia entre a base interna da

    corda e a superfcie dos 5 e 6 ou 7 e 8 trastos dependendo do trasto da

    caixa. A medida deve ficar entre 0,4 mm e 0,8 mm, um nmero maior que 0,8

    mm quer dizer que voc tem um violo com cordas pesadas demais, ou menor

    que 0,4 mm provavelmente ocorrero trastejamentos, ou seja a corda bate nos

    trastos subsequentes e isto significa que o brao necessita de ajustes.

    Ateno, isto deve ser feito com todas as cordas soltas. Para diminuir a

    curvatura gira-se o tirante no sentido horrio. Para aumentar a curvatura gira-

    se o tirante no sentido anti-horrio. O giro no jamais poder ser superior a

    uma volta completa. Ponha as cordas novamente e verifique se isto resolveu

    caso a curvatura continue superior a 0,4 mm e 0,8 mm, consulte um

    especialista para evitar maiores problemas.

    Brao (Pestana)

    Fica no incio do brao do violo. Em alguns instrumentos funciona como se

    fosse o trasto zero e neste caso ela deve ter o mesmo formato que o brao, em

    sua escala tiver, alm desta funo a pestana possui entalhes por onde

    passam as cordas, e ajustam a distancia entre elas, e quando a pestana tem a

    funo de trasto zero, a profundidade destes entalhes de grande importncia,

    pois ela que regular a altura das cordas, diminuindo ou aumentando a

    necessidade de esforo do executante para toca-las e at prejudicando a

    afinao. As cordas devem sair da pestana com a mesma altura dos trastos,

    para evitar que ao ser tocadas batam nos primeiros trastos, neste caso o uso

    de cunhas de madeira colocadas sob a pestana podero ajuda-lo na realizao

    de reparos temporrios. Antigamente era comum o uso do marfim no rastilho e

    na pestana dos violes, hoje em dia a escassez e o alto custo deste material

    fez com que os fabricantes tenham substitudo o marfim por outras substancias

    sintticas.

    Escala

    A madeira utilizada para a construo da escala o bano o jacarand e

    outras madeiras duras. uma pea de madeira colada na superfcie do brao e

    caixa do violo, onde esto encravados os trastos e botes que servem para

    auxiliar o executante na localizao das casas e geralmente se localizam nas

    seguintes casas 7, 9 e 12. A escala se junta a caixa de ressonncia

    geralmente no 12 trasto, mas isso no uma regra, h violes em que a

    juno da caixa ao brao feita no 14. O trasto que se localiza nesta juno,

    brao caixa de ressonncia, recebe o nome de trasto da caixa, aps este trasto

    comum que hajam s mais 6 trastos. As escalas dos violes de corda de

    nilon so em grande maioria planas, enquanto que os violes de corda de ao

    e guitarras apresentam escalas levemente abauladas, isto facilita a execuo

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    de acordes. As escalas de violes utilizados para solos geralmente so mais

    largas, a distncia maior entre as cordas permite ao instrumentista a utilizao

    efeitos como as puxadas.

    Trastos

    So filetes metlicos, tm perfil em "T", e a parte superior arredondada com o

    intuito de evitar que estes metais venham a machucar o executante. Nos

    instrumentos de cordas dedilhveis dividem o ponto numa srie de semitons.

    Apresentam-se nas mais variadas formas. Antigamente os trastos eram

    bastante altos em relao ao brao do violo, isto prejudicava a execuo do

    instrumento.

    Casas

    Intervalos entre um trasto e outro onde devero ser postos os dedos. Para

    evitar que o executante tenha que fazer esforo desnecessrio, utilize os dedos

    sempre perto do trasto direito da casa, mas nunca em cima do trasto. O

    nmero de casas geralmente 19 ou 22 no total.

    Botes

    Indicadores que facilitam a localizao do instrumentista nas casas do violo

    geralmente so encontradas nas casas 7, 9, e 12, estes pontos de localizao

    podem ser colocados na frente da escala, na parte superior do brao ou

    simplesmente no existirem.

    CAIXA DE RESSONNCIA OU HARMNICA:

    Tampo

    a parte mais importante da caixa de ressonncia, no que diz respeito ao

    timbre do violo. A madeira mais utilizada para confeco dos violes de alta

    qualidade o pinho e o abeto embora haja no mercado at tampos feitos de

    madeira compensada ou laminada. A sequoia muito utilizada pelos norte

    americano devido facilidade de encontrar este tipo de madeira nos estados

    unidos, alm destas o cedro tambm utilizado. O tampo pode ser plano ou

    abaulado, o plano muitas vezes tem um imperceptvel abaulamento, este

    abaulamento feito para evitar possveis rachaduras provocadas por impacto

    ou mudanas bruscas de temperatura.

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    Cavalete

    a sustentao do rastilho, e por sua vez tambm influencia no timbre do

    instrumento, o cavalete pode ser mvel ou fixo. O cavalete mvel geralmente

    utilizado em violes de tampo abaulado, e a 12 casa pode servir como base

    da localizao do cavalete mvel, pois o trasto da 12 casa fica exatamente na

    metade do comprimento de escala do violo, ainda interessante salientar que

    a 6 corda 4,8 a 6,4 milmetros mais longos do que a primeira, isto deve ser

    feito para compensar o aumento de tenso das cordas quando pressionadas. O

    tipo de cavalete sinaliza o tipo de cordas a ser utilizada, existem cavaletes que

    tem encaixe para cordas de guitarra, outros apenas uma perfurao indicando

    que podero ser utilizadas cordas de nilon ou ao e outros nos quais as

    cordas so presas por cravos e que tambm sugerem a utilizao de cordas de

    guitarra. Existem cavaletes que alm da possibilidade de ajuste da extenso

    das cordas tambm possibilitam o ajuste de altura das cordas, mas para

    realizar um ajuste destes necessrio verificar se o brao no se apresenta

    desajustado em relao caixa de ressonncia. A medida da distncia da

    corda at o primeiro trasto da caixa de ressonncia varia dependendo das

    finalidades do instrumento.

    Guitarras

    1 Corda 1,60 mm

    6 Corda 2,40 mm

    Violes

    1 Corda entre 2,40 a 3,20 mm

    6 Corda entre 3,20 a 4,00 mm

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    Postura: onde e como sentar?

    Sentar para frente e do lado direito de uma cadeira normal

    - Colocar o p esquerdo num banquinho de mais ou menos 14 cm de altura.

    - A altura do banquinho varivel, conforme a constituio fsica do

    executante, para que haja um equilbrio exato entre tronco, membros e

    instrumento.

    - A coluna vertebral deve estar sempre numa posio que no venha for-la.

    - Desde o incio, o aluno dever ter a sensao de relaxamento.

    Postura Popular Postura Clssica

    - Antebrao colocado no aro do violo.

    - Deixar que caia numa posio normal, sem esforo.

    - Assim, haver uma pequena distncia entre o pulso e o tampo do violo.

    - O polegar dever ficar separado dos dedos indicador, mdio e anular, para

    que todos tenham trabalhos independentes.

    A mo direita posicionada sobre as cordas entre o cavalete e a boca sonora

    para o dedilhado. Seu brao fica apoiado sobre a caixa sonora. As cifras

    indicam ainda que cordas devem ser tocadas. Em algumas posies as seis

    cordas do violo so usadas, enquanto que em outros casos, uma ou mais

    corda ficam de fora.

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    1) Ataque com Apoio

    2) Ataque sem Apoio

    O elemento sobre o qual recai quase toda a responsabilidade sonora a unha. O comprimento da unha deve ser tal que, ao olharmos para a palma da mo, vamos enxergar o mnimo da unha. O lixamento o processo pelo qual se consegue o comprimento e o formato, mas sua fase final, polimento, a que requer um cuidado especial, requerendo uma lixa de nmero 400 da marca 3M, ou outra similar.

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    Qual violo Comprar?

    Aparentemente, todo violo igual, exceto por pequenos detalhes irrelevantes,

    como a cor e tamanho, por exemplo. De fato, h alguns aspectos que devem

    ser considerados para a aquisio de um modelo dele. Um deles a

    resistncia. Existem diversos tipos de madeira com os quais se confecciona o

    instrumento. Isto implica na durabilidade e no timbre sonoro tambm. O

    tamanho da caixa acstica est diretamente ligado ao volume do som. Quanto

    maior, mais som.

    Os trastes devem ser feitos de bom material e bem instalados, do contrrio,

    implicar na afinao. A mesma ateno se d ao verificar se o brao do violo

    est bem aprumado, se o cavalete est bem colado e se as tarraxas se

    movimentam bem. Os violes eltricos tm o formato de uma guitarra.

    Portanto, sua caixa acstica mais rasa, seu brao mais alongado e j vem

    com um mecanismo de captura de som comumente chamado cristal --

    embutido dentro dele e um plug para conexo com uma mesa de som. Para

    fins prticos, o que se deve ter por princpio para avaliar um violo se ele

    afina precisamente.

    Se voc gostar de tocar ritmos mais suaves ou eruditos que exigem mais do

    instrumento escolha Nylon para Samba, Msica Clssica, em geral toda

    MPB. Violo Ao para Rock, Pop, Sertanejo, Folk Country entre outros.

    Acessrios

    Entre os utenslios para o violonista est ala para quem vai tocar em p e

    no tem onde encostar o violo. A palheta usada para bater as cordas boa

    para ritmos rpidos e limitada para quem dedilha. Para contrabalanar, pode-se

    ficar com uma dedeira. Ela acoplada ao polegar direito, que justamente a

    parte dessa mo que mais sente desgaste. Para dar mais garantia ao

    instrumento h um suporte metlico usado para prender as cordas que passam

    pelo cavalete. No raro que em violes de segunda linha o cavalete descole

    devido presso das cordas, existem vrios outros utenslios como diapaso e

    etc...

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    Teoria Musical

    Obs: importante que todo msico tenha as noes bsicas de teoria

    musical, ento estudaremos alguns conceitos.

    Msica: a arte de combinar os sons simultaneamente e sucessivamente, com ordem equilbrio e proporo dentro do tempo.

    arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma mediante ao som.

    As principais partes que constitui a msica so:

    1) MELODIA a combinao dos SONS SUCESSIVOS (dados uns aps

    outros). a concepo horizontal da Msica.

    2) HARMONIA a combinao dos SONS SIMULTNEOS (dados de uma

    s vez). a concepo vertical da Msica.

    3) CONTRAPONTO o conjunto de melodias dispostas em ordem

    simultnea. a concepo ao mesmo tempo horizontal e vertical da Msica.

    4) RTMO a combinao dos valores tempo. a durao do som ou do

    silncio no decurso do tempo. O ritmo a primeira condio da msica e o

    fator mais importante. Por exemplo: A mesma msica (melodia harmonia)

    pode ser executada em diferentes ritmos, que daria caractersticas

    completamente distintas a cada execuo.

    5) SOM - tudo o que impressiona os rgos auditivos, resulta do choque de

    dois corpos. O nosso ouvido percebe duas espcies de sons: musicais e no

    musicais. O som musical resultado de vibraes sonoras regulares,

    uniforme e pode ser grafado. O som no musical, ou som indeterminado, o

    rudo, resulta de vibraes sonoras irregulares, no podemos graf-lo.

    Na prtica musical o som assume quatro propriedades (todas independentes

    entre si), a saber:

    6) ALTURA - o grau de entoao, dividindo um som em: graves, mdios e agudos.

    7) DURAO - o tempo de produo do som, ou seja, o tempo que se prolonga o

    som.

    8) INTENSIDADE - a propriedade de o som ser mais forte ou mais fraco.

    Intensidade o volume do som.

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    9) TIMBRE - a qualidade do som ou atributo especial de cada som, pelo qual

    distinguimos a sua origem, que pode ser a voz humana ou sons de

    instrumentos.

    MOS

    Dedos da mo esquerda Dedos da mo direita

    1 Indicador P - Polegar

    2 Mdio I - Indicador

    3 Anular M - Mdio

    4 Mnimo A Anular

    As Notas Musicais

    Os sons musicais so representados graficamente por sinais chamados notas

    musicais; e para escrita da msica d-se o nome de notao musical.

    Os nomes das sete notas musicais que usamos so:

    D - R - MI - FA - SOL - LA SI

    Para escrevermos a msica usamos a pauta ou pentagrama composta de 5

    linhas e 4 espaos contados sempre de baixo para cima.

    As notas D - R - MI - FA - SOL - LA - SI, forma a escala de tom maior.

    As notas da escala tambm podem ser chamadas de graus.

    D R MI FA SOL LA SI

    I II III IV V VI VII

    Alguns pases como a Alemanha, a Gr-Bretanha e os Estados Unidos, ainda

    hoje empregam estas notas.

    A B C D E F G

    LA SI D R MI FA SOL

    No Brasil, usamos as letras do alfabeto tambm para denominar as cifras, ou

    seja, os acordes.

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    Acidentes

    Sustenido (#) e Bemol (b)

    Sustenido: O sustenido (#) faz a nota ser elevada em um semiton ou meio

    tom acima, uma nota em sustenido e bemol de outra. Para os instrumentos de

    cordas, eleva-se uma casa frente. Sustenido a menor distncia que existe

    entre dois sons. Veja:

    C C# D D# E F F#

    Bemol: O bemol faz a nota ser abaixada em um semitom ou meio tom abaixo.

    Para os instrumentos de cordas, volta-se uma casa antes. Bemol a menor

    distncia que existe entre dois sons. Veja:

    F Gb G Ab A Bb B

    O Uso dos Sustenidos e Bemis

    Paira na mente do aluno uma grande dvida: onde usar os sustenidos e

    bemis? Neste mtodo tentaremos lhe explicar.

    O Sustenido fica acima da nota natural, e o bemol fica abaixo da nota natural,

    sempre em meio tom. Veja abaixo que uma nota em sustenido tambm e

    bemol. So notas enarmnicas.

    Enarmonia: uma nota com mesma altura, mas com nomes diferentes.

    D DO# R R# MI F F# SOL SOL# L L# SI D

    D Rb R MIb MI F SOLb SOL Lb L SIb SI D

    O D# o mesmo que Rb, mas na escrita preciso haver essa diferena

    para no complicar a formao das escalas. O uso de um ou de outro implica

    somente o fato do tom chave ter sua escala montada com bemis ou com

    sustenidos.

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    Tom o intervalo equivalente a dois semitons. No violo ou na guitarra deve-

    se pular uma casa no brao do instrumento. Vejamos:

    Intervalo a distncia entre dois sons.

    Semitom o menor intervalo entre duas notas musicais. No violo ou na

    guitarra equivale a ir de uma casa a outra no brao do instrumento.

    Afinando o Instrumento

    Uma das coisas mais irritantes para um iniciante, afinar o violo, primeiro

    porque ele ainda no desenvolveu habilidade auditiva, ele sabe que est

    desafinado, mas no sabe quando est afinado, e segundo, porque realmente

    uma coisa difcil.

    A tenso nas cordas regulada a partir das tarraxas (pinos que ficam na

    cabea do violo, na extremidade do brao). Se o som produzido pela corda for

    mais baixo do que o desejado, preciso girar a tarraxa correspondente para

    esquerda, isso ir aumentar a tenso na corda e far com que o som fique

    mais agudo.

    Para afinar um violo, preciso um som de referncia, no caso pode ser a nota

    L, gerada atravs de um instrumento acstico chamado de diapaso, que

    pode ser de dois tipos: de percusso e de sopro, o primeiro feito de metal e

    possui duas pontas, j o segundo parecido com uma gaita. Este instrumento

    produz um som estabelecido internacionalmente pelo Congresso de Londres,

    em 1939. Numa temperatura de 20 C, o diapaso possui uma frequncia de

    vibrao de 440HZ, o que corresponde a nota L, que deve ser o som da 5

    corda solta. Depois de tomar uma verdadeira surra para igualar o som do

    diapaso com o da 5 corda, podemos comear a afinar as outras.

    Procederemos da seguinte forma.

    De o L do diapaso (440Hz) e iguale a ele o som da 5 corda solta que a L.

    Toque a 5 corda na casa 5 e obter o som de R, afine a ele o som da 4 corda solta

    que R.

  • P g i n a | 20

    Toque a 4 corda na casa 5 e obter o som de SOL, afine a ele o som da 3 corda solta

    que SOL.

    Prenda a 3 corda na casa 4 e obter o som da nota SI, afine a ele o som da 2

    corda solta que SI.

    Toque a 2 corda na casa 5 e obter o som de MI, iguale a ele o som da 1

    corda solta que MI

    A 6 corda (MI bordo) ser afinada em MI, toque a 5 corda na casa 7 e iguale

    a ele o som da 6 corda solta, ou com o som da 1 corda (Mizinha) afine a 6 corda duas oitavas abaixo.

    Por que o Mi e o F so diferentes?

    Na verdade o que acontece com essas notas o seguinte, tomaremos o Mi

    como exemplo, porem, acontece mesma coisa para o Si. A frequncia de

    vibrao da nota, que supostamente seria Mi# praticamente idntica

    frequncia do F. Para no termos duas notas com o mesmo som, (o Mi# e o

    F), decidiu-se que o Mi# seria automaticamente o F, sendo ento abolido,

    portanto, no "existe" Mi# nem Si#.

    Mi# no existe, seu valor F

    Si# no existe, seu valor D

    Pratique isso como exerccio sempre que puder!

    Aumentando cada nota de 1/2 em 1/2 tom, Temos uma escala conhecido por

    "Cromtica"

    Veja as escalas cromticas de cada nota natural (entende-se por nota natural,

    Do, Re, Mi, F, Sol, La, Si).

  • P g i n a | 21

    O Tom da Msica

    Ao executarmos uma msica, precisamos saber que executaremos atravs dos

    acordes. Dentro da musica h dois modos: Modo Maior e Modo Menor

    (estudaremos modos de escalas mais a frente). O que quero dizer com

    isso? Quando uma msica foi definida dentro de um dos modos acima, ela teve

    suas caractersticas diferenciadas do outro modo. Por exemplo: uma msica

    que est definida no modo maior, e o seu tom so maiores e ela funcionara

    com as caractersticas do seu modo e, consequentemente, o primeiro acorde

    ser um acorde maior.

    DEFINIO

    Um tom formado por acordes, que so formados por notas. Assim como h

    os tons nos modos maiores e menores, h os acordes nos modos maiores e

    menores. Dentro de uma melodia poder haver a mistura desses acordes, mas,

    como j disse quem vai determinar qual o tom da melodia o primeiro acorde

    colocado na melodia, e quem vai dizer quantos acordes tem a melodia a

    estrutura pela qual esta melodia foi montada. Por qu? Porque h melodia:

    a) Reta, ou seja, melodia montada em um sentido nico, de poucas

    mudanas e, portanto de poucos acordes;

    b) Sinuosa, ou melodia montada com mais cuidado e detalhada em alguns

    pontos, fazendo com que haja mais acordes e esses acordes precisam

    ser melhor bem distribudos para que essa melodia tenha o sentido

    desejado.

    c) Bifurcao, ou melhor, a melodia da incerteza, da dvida, da

    interrogao: ao qual desses ser o caminho? Est melodia deixa o

    msico confuso, pois exigira mais do ouvido; tem mais acordes, mais

    complicada, porm permite fazer um bom arranjo.

  • P g i n a | 22

    Acorde Acorde um conjunto de notas tocadas ao mesmo tempo, formando uma

    composio perfeita. Os acordes so usados para tocarmos a msica

    propriamente dita, e a partir de agora comearemos o nosso estudo!

    Quer saber como os acordes so formados?

    Fazendo uma escala Diatnica (Entende-se por Escala Diatnica, o que seria

    uma escala variando de 1 em 1 tom, porm isso no acontece pois do Mi para

    o F temos 1/2 tom e do Si para o D tambm, por isso a escala Diatnica

    possui a seguinte variao: (1, 1, 1/2, 1, 1, 1, 1/2)

    A primeira coisa que podemos notar que voc no entendeu nada do que ns

    fizemos na tabela acima! O que normal, pois voc ainda no sabe umas

    coisinhas:

    Os nmeros em romano significam o grau da escala, cada grau corresponde a

    um tom, menos do III para o IV, que temos tom e do VII para o VIII que

    tambm temos 1/2 tom.

    Um acorde formado pela PRIMEIRA, TERA e a QUINTA notas do

    quadro acima!

    Ou seja, L formado por: La, Do# e Mi.

    O Sol formado por: Sol, Si e R.

  • P g i n a | 23

    Trades

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    Ttrades

    Ttrade um acorde de quatro notas separadas por intervalos de tera. Em

    outras palavras, uma trade acrescida de uma nota que forma o intervalo de

    stima com a fundamental do acorde. Cada um dos quatro tipos de trade pode

    receber dois tipos de stima: maior ou menor. Logo, teremos oito tipos de

    ttrades.

    A seguir as principais formas para tocar as ttrades por todo o brao do violo

    ou da guitarra com os modelos das formas em cordas soltas, seu

    deslocamento e algumas opes de digitaes simplificadas. Lembre-se de

    observar as bolinhas que indicam as cordas que podem ser tocadas e de no

    tocar a corda marcada com o X.

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    OBS.: O intervalo de quinta aumentada corresponde ao mesmo som, que o

    intervalo de dcima terceira menor.

    Por exemplo: a quinta aumentada de D Sol#. A dcima terceira menor de

    D Lb. Lb e Sol# fazem o mesmo som. Entretanto, quando a cifra indica

    (13-) podemos entender que o acorde possui a quinta justa e, ainda, a dcima

    terceira menor acrescentada. Por isso importante diferenciar estes dois

    acordes na forma de escrever a cifra.

    C7(5+) = D Mi Sol# Sib

    C7(13-) = D Mi Sol Sib Lab

    comum que em acordes com notas acrescentadas a quinta justa seja omitida

    no violo, pois, ela possui menos importncia e omiti-la facilita bastante

    montagem do acorde. Ento, embora sejam acordes diferentes em sua

    estrutura, podem acabar tendo a mesma montagem. O mesmo ocorre com os

    intervalos de 5- e 11+.

    Por exemplo: a quinta diminuta de D Solb. A dcima primeira aumentada de

    D F#. Solb e F# possuem o mesmo som, porm indicando (11+) na cifra,

    d-se margem para o acorde conter a quinta justa tambm. Ento vale a

    ateno ao escolher a nomenclatura mais precisa para o acorde.

  • P g i n a | 38

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    Lembrem-se tambm todos os acordes se apresentam conforme as

    seguintes denominaes:

    a) Acordes Consonantes: Representam a srie de acordes que ao serem

    tocados transmitem uma sensao repousante e harmoniosa. Geralmente so

    as "posies" mais fceis de serem tocadas Portanto, nesta fase do curso,

    vamos usar principalmente estes acordes.

    b) Acordes Dissonantes: Ao contrrio dos anteriores, estes transmitem uma

    sensao mais tensa, mais chocante (dando a impresso de pouco

    harmoniosa).

    Estes acordes so utilizados principalmente na execuo da "Bossa Nova" e do

    "Jazz". Muitas vezes, quando estes acordes so tocados separadamente,

    transmitem uma sensao de "erro", porm, no contexto geral da msica

    tornam-se agradveis.

    Podemos relembrar dessa forma que sete smbolos abaixo so utilizados para

    nomear acordes:

    M ou + L-se maior

    +5 com quinta aumentada

    6 com sexta maior

    7 com stima (menor) - da dominante

    7M com stima - Maior

    9 com nona - Maior

    m menor

    m6 menor com sexta

    dim ou stima diminuta

    m7 menor com stima

    -9 com nona menor

  • P g i n a | 46

  • P g i n a | 47

    Sistema de Escrita

    Pronto. Chegamos a um ponto em que as coisas esto comeando a se tornar

    mais interessantes. Muitos iniciantes quando se deparam com as partituras e

    tablaturas j comeam a se desinteressar pelo curso ou somente ficar com

    aqueles conhecimentos que adquiriu e se contenta em ``arranhar`` seu

    instrumento. Calme! As partituras e tablaturas no so bicho de sete cabeas.

    Nesta apostila a inteno mostrar pra vocs os conceitos e mtodos para ler

    uma partitura ou tablatura, mais usaremos apenas a partitura mais adequada

    para o violo.

    H dois sistemas de escrita para o violo:

    A PARTITURA

    A TABLATURA

    PARTITURA Sistema de notao musical mundialmente conhecido e usado

    para todos os instrumentos musicais cujas notas so atravs de smbolos e

    sinais e seu compasso em tempo real. A partitura a maneira mais adequada

    para o ensino musical de um instrumento.

    Escreve-se a msica sobre 5 linhas e 4 espaos horizontais paralelas e

    equidistantes. A estas linhas e espaos d-se o nome de PAUTA ou

    PENTAGRAMA.

    CLAVE o sinal colocado no inicio da pauta, sobre determinada linha, para dar

    nome s notas. As Claves so 3 (trs):

    CLAVE DE SOL escrita na 2 linha. H algum tempo atrs,

    tambm era usada na 1linha.

    CLAVE DE F - escrita na 3 ou na 4 linha.

    CLAVE DE D - escrita na 1, 2, 3 ou 4 linha.

  • P g i n a | 48

    Alm das cinco linhas e dos quatro espaos da pauta natural, existem ainda

    linhas e espaos situados acima ou abaixo da pauta natural para auxili-la em

    sua extenso. Formam, respectivamente, as pautas suplementares superiores

    e inferiores.

  • P g i n a | 49

    VALORES

    A msica representada pelo equilbrio de sons e silncios. Ambos tm

    duraes diferentes e so representados por sinais denominados valores. Os

    valores que representam a durao dos sons musicais so chamados de

    FIGURAS. Os que representam as ausncias de sons so chamados de

    PAUSAS. A unidade de medida da msica o TEMPO. Cada tempo

    corresponde a uma PULSAO.

    Cada figura de SOM tem sua respectiva PAUSA que lhe corresponde ao

    mesmo tempo de durao. Vejamos, por exemplo, se uma semibreve tiver 4

    tempos, a pausa de semibreve tambm ter 4 tempos.

  • P g i n a | 50

    COMPASSOS

    GENERALIDADES - COMPASSOS SIMPLES

    GENERALIDADES As figuras que representam os valores das notas tm

    durao indeterminada, isto , no tm valor fixo. Quem os determinar ser

    uma frao ordinria escrita aps a clave e os acidentes fixos que chamada

    de FRMULA DE COMPASSO.

  • P g i n a | 51

    Os compassos de dois tempos so chamados de.............BINRIOS

    Os compassos de trs tempos so chamados de..............TERNRIOS

    Os compassos de quatro tempos so chamados de..........QUATERNRIOS

    Cada compasso separado do seguinte por uma linha divisria vertical

    (TRAVESSO).

    Na terminao de um trecho musical usa-se colocar dois travesses

    denominados de Travesso Duplo. Se a terminao for absoluta, isto , na

    finalizao da msica, chamar-se- de PAUSA FINAL.

    Em qualquer compasso, a figura que preenche um tempo chama-se UNIDADE

    DE TEMPO; a figura que preenche um compasso chama-se UNIDADE DE

    COMPASSO. Os compassos dividem-se em: SIMPLES e COMPOSTOS e so

    representados por uma frao ordinria colocada no princpio da pauta, depois

    da clave.

    COMPASSOS SIMPLES so aqueles cuja unidade de tempo representada

    por uma figura DIVISVEL POR DOIS.

    Vejamos, por exemplo, um compasso simples BINRIO, TERNRIO OU

    QUATERNRIO no qual a unidade de tempo seja a semnima ou a colcheia. A

    semnima vale duas colcheias e a colcheia vale duas semicolcheias. Logo,

    ambas so divisveis por dois. Por conseguinte, os compassos que tiverem sua

    unidade de tempo divisvel por 2 (dois) sero chamados de compassos

    simples. Analisemos os termos das fraes que representam os COMPASSOS

    SIMPLES. O NUMERADOR determina o nmero de tempos do compasso. Os

    algarismos que servem para numerador dos compassos simples so: 2 para o

    BINRIO, 3 para o TERNRIO e 4 para QUATERNRIO O DENOMINADOR

    Indica a figura que representa a unidade de tempo.

  • P g i n a | 52

    Os nmeros que servem como denominador so os seguintes:

    1 - Representando a semibreve (considerada como a unidade)

    2 - Representando mnima (metade da semibreve)

    4 - Representando a semnima (4 parte da semibreve)

    8 - Representando a colcheia (8 parte da semibreve)

    16 - Representando a semicolcheia (16 parte da semibreve)

    32 - Representando a fusa (32 parte da semibreve)

    64 - Representando a semifusa (64 parte da semibreve).

    Vejamos um compasso representado pela frmula 2/4

    Deduz-se o seguinte: Nesta frao 2/4 o numerador 2 indica o nmero de

    tempos. Trata-se de um compasso de dois tempos, isto , BINRIO. O

    denominador 4 determina para unidade de tempo a figura que representa a 4

    parte da semibreve, ou seja, a semnima.

    Os compassos 4/4, 3/4 e 2/2 tambm podem ser assim representados:

  • P g i n a | 53

    Os compassos simples mais usados so aqueles cujas fraes tm para

    denominador os nmeros 2,4 e 8.

    Marcar um compasso indicar a diviso dos tempos por meio de movimentos

    executados, geralmente com as mos.

  • P g i n a | 54

    TABLATURA Sistema de notao musical em forma de partitura usado no

    alade e mundialmente conhecido e transportado para outros instrumentos

    musicais como Violo, Guitarra, Contrabaixo, Cavaquinho e outros que

    podem utilizar em suas formas as letras, nmeros e sinais convencionais

    representando os sons, indicaes dos dedos e sua posio no brao do

    instrumento. Com esse sistema de notao no se indica o tempo exato da

    nota, mas indica a corda em que se deve tocar e a casa que se deve apertar.

    muito fcil de entender porque apenas 6 linhas que so exatamente as 6

    cordas do violo. Executar uma msica na tablatura mais difcil, porm, para

    aprender as notas tem grande vantagem.

    A linha de baixo representa a corda mais grave (mi mais grossa) e a linha de

    cima representa a corda mais aguda (mi mais fina). De cima para baixo as

    linhas representam as cordas MI ( E ) , L ( A ) , R ( D ) , SOL ( G ) , SI ( B ) ,

    MI ( E ). Os nmeros escritos nas linhas indicam em que traste as respectivas

    cordas devem ser apertadas. Nmero 0 indica corda solta. As notas devem ser

    lidas da esquerda para a direita.

    O exemplo acima indica as seguintes notas (uma de cada vez) na ordem:

    Corda mais grave (MI bordo) deve ser tocada solta (0)

    Depois a mesma corda deve ser tocada no primeiro traste (1)

    Depois a mesma corda deve ser tocada no segundo traste (2)

    Depois a mesma corda deve ser tocada no terceiro traste (3)

    No exemplo abaixo, note que temos dois zeros que sero tocados

    simultaneamente, sendo uma na 6 corda e a outra na 1 corda, em seguida

    tocada a nota SI na 2 casa da 5 corda, e a nota MI na 2 casa da 4 corda,

    depois temos, trs zeros tocados simultaneamente, o zero encontrado na 3

    corda, indica a nota SOL, o zero da 2 indica a nota SI, e o zero da 1 corda

    indica a nota MI. Note que estando na mesma coluna as notas devem ser

    tocadas todas de uma s.

  • P g i n a | 55

    Exerccios Preliminares

    P Polegar I Indicador M Mdio A Anelar

  • P g i n a | 56

    Exerccios para mo Direita

  • P g i n a | 57

  • P g i n a | 58

  • P g i n a | 59

  • P g i n a | 60

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  • P g i n a | 62

    Notaes usadas em Tablaturas

    Alm dos nmeros que apenas indicam qual corda deve ser ferida em qual

    casa (traste) existem algumas letras e smbolos comumente usados para notar

    determinadas tcnicas. Essas notaes podem variar um pouco de autor para

    autor, mas as mais comuns so:

    h - fazer um hammer-on

    p - fazer um pull-off

    b - fazer um bend para cima

    r - soltar o bend

    / - slide para cima (pode ser usado s)

    \ - slide para baixo (pode ser usado s)

    ~ - vibrato (pode ser usado v)

    t tap ou taping

    x - tocar a nota abafada (som percussivo)

    Obs: esses so apenas os comuns, existem outros que no sero citados aqui

    na apostila.

    Notao de Hammer-On Um hammer-on consiste em martelar com um dedo da mo esquerda uma

    corda em um traste fazendo soar a nota sem o auxlio da mo direita.

    No exemplo acima aps ferir a corda grossa solta duas vezes o msico dever

    ferir a segunda corda na Quinta casa e imediata e vigorosamente apertar a

    mesma corda (segunda) duas casas a frente (stimo traste), fazendo a corda

    soar apenas com a martelada e sem auxlio da mo direita. Depois repita a

    sequncia.

  • P g i n a | 63

    Notao de Pull-Offs

    Pull-Offs so de certa forma o inverso de um hammer-on e consistem em soltar

    rapidamente uma corda fazendo com que a mesma soe solta (ou apertada em

    um traste anterior).

    No exemplo acima o primeiro pull-off na corda mais fina consiste em ferir a

    corda apertada no terceiro traste e solt-la rapidamente para que soe solta.

    Posteriormente um pull-off idntico feito uma corda acima e assim por diante.

    Note que o terceiro pull off feito a partir do segundo traste. Hammer-ons e

    pull-offs costumam ser usados em conjunto como indicado abaixo:

    Neste caso a corda deve ser ferida na segunda casa, imediatamente apertada

    na quarta casa (hammer-on), imediatamente solta da quarta casa (soando

    novamente na segunda, pull-off), novamente apertada na Quarta e assim por

    diante. Note que a mo direita do msico s ir ferir a primeira nota. Todas as

    outras so tocadas apenas com os hammers-ons e pull-offs da mo esquerda

    no brao.

    Notao de Bends

    Um Bend consiste em empurrar uma corda para cima aumentando a tenso, e

    consequentemente gerando uma nota mais aguda. Quanto mais empurrada for

    corda maior ser o efeito. Um nmero usado para indicar o quanto a nota

    deve ser aumentada.

  • P g i n a | 64

    No exemplo acima a corda (R) deve ser tocada no stimo traste e empurrada

    para cima at que soe mais aguda como se estivesse apertada no nono traste

    (um tom acima). Note que o dedo do musico continuara na stima casa. O

    Bend pode tambm ser indicado entre parnteses como 7b(9).

    No exemplo acima indicado depois do Bend inicial que ele deve ser solto. O

    msico deve ferir a corda na stima casa, fazer um bend de um tom inteiro

    (equivalente a subir duas casas), ferir novamente a corda e soltar o bend (de

    forma que a corda volte a sua posio e nota originais). Outros exemplos:

    bends podem ser de meio tom (7r8, equivalente a uma casa), de um quarto de

    tom (7r7.5, equivalente a meia casa) e assim por diante. comum no ser

    indicado o valor (7b, por exemplo) e nestes casos preciso ouvir a msica para

    saber o valor do bend.

    Notao de Slides

    Um slide consiste em fazer deslizar um dedo da mo esquerda pelo brao

    enquanto uma corda soa gerando uma variao do tom.

    E------------------------------------------------------ B------7/9-------------------------------------------

    G------------------------------------------------------ D------------------------------------------------------

    A------------------------------------------------------ E------------------------------------------------------

    O exemplo acima indica que a corda deve ser ferida na stima casa e

    imediatamente o dedo que aperta a corda nesta casa deve deslizar para a

    nona casa enquanto a nota continua soando (aumentando, portanto um tom).

    No necessariamente o incio e o fim de um slide precisam ser indicados:

    E------------------------------------------------------

    B------/7--7\------------------------------------------ G------------------------------------------------------

    D------------------------------------------------------ A------------------------------------------------------

    E------------------------------------------------------ Neste caso a nota deve inicialmente ser ferida em alguma das primeiras

  • P g i n a | 65

    casas e deslizada at a stima casa, posteriormente sendo deslizada de volta

    para as primeiras casas. Novamente necessrio conhecer a msica que se

    deseja tocar de forma, a saber, o tamanho do slide. Vrios slides podem ser

    usados seguidos como indicado abaixo. Apenas a primeira nota precisa ser

    ferida.

    E-------------------------------------------------------

    B------7/9/11\9\7\6\7--------------------------- G-------------------------------------------------------

    D------------------------------------------------------- A-------------------------------------------------------

    E-------------------------------------------------------

    Notao de Vibrato

    O vibrato o efeito de variao de tom conseguido com a alavanca ou mesmo

    atravs de presso varivel do dedo sobre a corda no brao do instrumento

    (vide msicos de blues).

    E------------------------------------------------------

    B------------------------------------------------------ G------------------------------------------------------

    D-------2--5~---------------------------------------- A----3-------------------------------------------------

    E------------------------------------------------------

    Neste caso a ltima nota deve sofrer vibrato. necessrio conhecer a msica

    em questo para saber como este vibrato deve ser efetuado.

    Notao de Tap

    Tap ou Tapping consiste em fazer soar notas feridas com a mo direita

    apertando as cordas nos trastes. tcnica geralmente usada por guitarristas

    rpidos como Eddie Van Hallen entre outros. A indicao de que uma nota

    deve ser tocada como tap consiste apenas em acrescentar a letra t nota

    correspondente. Geralmente so efetuadas na parte mais interna do brao do

    instrumento.

    E------------------------------------------------------ B----13t----------------------------------------------

    G---------12t----------------------------------------- D--------------12t------------------------------------

    A------------------------------------------------------ E------------------------------------------------------

    No exemplo acima as notas devem ser feridas pela mo direita do msico

    simplesmente apertando as cordas vigorosamente nos trastes indicados.

  • P g i n a | 66

    Outras notaes

    Notaes extras necessrias em determinadas msicas e/ou tcnicas so

    comuns, mas no padronizadas, sendo geralmente explicadas na prpria

    tablatura em texto anexo. Variaes das notaes acima tambm so bastante

    comuns.

    Ligaduras (Legato)

    a ligao de som que aparece entre uma nota fixa e uma nota solta. Tambm

    conhecida como legato, uma tcnica amplamente empregada em arranjos e

    solos. Existem basicamente dois tipos de ligaduras: uma ascendente e outra

    descendente, conhecidas respectivamente como Hammer-on e Pull-of.

    Hammer-on (h)

    Consiste basicamente em tocar uma nota e fazer a outra soar sem auxlio da

    mo direita. A nota ligada ser martelada com um dedo da mo esquerda. Esta

    nota que vai soar depois da primeira, vai estar sempre na mesma corda em

    qualquer uma casa acima (ligadura ascendente). Abaixo temos um exemplo de

    aplicao de hammer-ons feito sobre uma escala pentatnica.

    e:|-------------------8h10--12-------------------|

    B:|--------------8h10----------------------------|

    G:|---------7h9----------------------------------| D:|---7h10---------------------------------------|

    A:|------------------------------------------------| E:|------------------------------------------------|

    Di: 1 4 1 3 2 4 2 4 4

    Execuo

    Para executar o trecho acima, siga a digitao da mo esquerda representada

    por "Di". Toque a nota da corda (D) 7 casa com o dedo 1, a nota da 10 casa

    ser obtida atravs de uma martelada com o dedo 4. A martelada deve ser feita

    sem soltar o dedo 1 da 7 casa. Depois temos uma ligadura na corda (G) 7

    casa ligada com a 9 casa, a martelada agora feita com o dedo 3. As outras

    ligaduras sero executadas da mesma forma.

  • P g i n a | 67

    Representao

    Na tablatura acima temos quatro ligaduras do tipo "Hammer-on", representadas

    pela letra "h". Note que o primeiro nmero antes do "h" sempre inferior ao

    segundo (ligadura para cima). Em outras formas de representao em

    tablaturas, encontraremos as ligaduras representadas pelo smbolo (_) entre

    dois ou mais nmeros. Neste formato no temos indicado o tipo de ligadura

    (hammer-on ou pull-of). Abaixo temos outro exemplo de aplicao de hammer-

    ons feito sobre a escala maior de G.

    E:|--10_12--8_10--7_8--5_7--3_5--2_3_2_---| B:|-------------------------------------------------|

    G:|-------------------------------------------------| D:|-------------------------------------------------|

    A:|-------------------------------------------------| E:|-------------------------------------------------|

    Di: 1 3 1 3 1 2 1 3 1 3 1 2 1

    Analisando o exemplo acima, nota-se no trecho final (2_3_2_0) um conjunto de

    ligaduras, onde (3_2_0) so descendentes (Pull-of).

    Pull-of (p)

    Pull-off de certa forma o inverso de um hammer-on, consistem em soltar

    rapidamente uma nota fazendo com que a mesma soe solta ou apertada em

    um traste anterior, sem auxlio da mo direita. Esta nota que vai soar solta vai

    estar sempre na mesma corda em qualquer uma casa abaixo (ligadura

    descendente). Neste exemplo temos a aplicao de pull-offs feito sobre uma

    escala pentatnica.

    e:|---10p8----------------------------------------| B:|--------10p8-----------------------------------|

    G:|-------------9p7------7-----------------------| D:|------------------10---------------------------|

    A:|------------------------------------------------| E:|------------------------------------------------|

    Di: 4 2 4 2 3 1 4 1

    Execuo

    Para executar o trecho acima siga a digitao da mo esquerda representada

    por "Di". Para executar (10p8) o dedo 2 da mo esquerda deve estar

    posicionado na 8 casa, toque a nota da corda (e) 10 casa (pressionada pelo

    dedo 4) puxe soltando a nota com o mesmo dedo. O importante sempre

    estar com o dedo da nota anterior posicionado.

  • P g i n a | 68

    Representao

    Na tablatura acima temos trs ligaduras do tipo "Pull-of", representadas pela

    letra "p". Note que o nmero antes do "p" sempre superior (ligadura para

    baixo). No prximo exemplo temos a aplicao de pull-ons feito sobre a escala

    maior de G.

    e:|--12_10--10_8--8_7--7_5--5_3--3_2_0|

    B:|-------------------------------------------------|

    G:|-------------------------------------------------|

    D:|-------------------------------------------------|

    A:|-------------------------------------------------|

    E:|-------------------------------------------------|

    Di: 3 1 3 1 2 1 3 1 3 1 2 1

    Obs: No incio difcil conseguir um som satisfatrio das notas marteladas

    ou puxadas, a tcnica de ligaduras exige um bom instrumento, agilidade e

    treinamento.

  • P g i n a | 69

    Escalas

    Falaremos sobre as escalas, quanto sua importncia, formao e aplicao.

    O que escala?

    Escala uma srie de notas sucessivas e vizinhas com intervalos de tons e

    semitons entre elas, podendo ser ascendentes ou descendentes, formando

    entre si sons meldicos, comeando e terminando com uma nota de mesmo

    nome, onde cada nota recebe um nome constitudo por um grau.

    As escalas tm princpios que devem ser considerados, e isso j faz parte de

    uma tradio.

    A escala na ordem natural compe-se de sete notas musicais, cuja diviso se

    d em dois tipos: ESCALAS MAIORES E ESCALAS MENORES.

    Vrios instrumentistas desconhecem o valor das escalas. Uns aprenderam a

    tocar sozinhos e no tm pacincia ou interesse em aprofundar-se no assunto;

    outros acham que podem ser msicos sem ter a obrigao de saber escalas;

    outros ainda se acham autossuficientes; e, por fim, outros dizem que um

    assunto muito chato.

    Quando voc executa as escalas, os resultados so: execuo segura e

    precisa dos dedos; velocidade dos dedos; educao precisa do ouvido; novas

    tcnicas para a execuo de escalas; facilidade para a construo de escalas;

    facilidades para a formao de acordes; bom relacionamento entre os acordes;

    facilidade de raciocnio; improvisao; harmonizao; enfim, um musico seguro

    e criativo.

    Obs: Toque as escalas com ateno e zelo, sem imitar ningum e alcance

    o mximo de resultados. Se possvel, passe horas e horas s trabalhando

    a mecnica dos dedos. No se transpe uma grande barreira ou um alto

    monte sem sacrifcio.

    As escalas no metem medo em ningum, mas deixam os msicos cada vez

    mais fascinados pelos desafios. bem provvel que o musico iniciante tenha

    dificuldade na afinao do seu ouvido musical, o que no novidade, todavia

    preciso um bom ouvido.

  • P g i n a | 70

    Modos

    As escalas so: JONICO ou DIATONICA, DRICO, FRGIO, LDIO,

    MIXOLIDEO, ELIO, LCRIO. Como as notas musicais so em nmero de

    sete, montaremos uma escala com cada nota musical no padro de D MAIOR

    que assim ficara.

    D montaremos uma escala comeando em D terminando em D:

    D R MI F SOL L SI D

    Montada atravs do primeiro grau tambm chamado de JONIO.

    R montaremos uma escala que comea em R e termina em R:

    R MI F SOL L SI D R

    Montada atravs do terceiro grau tambm chamado de DRICO.

    MI montaremos uma escala que comea em MI e termina em MI:

    MI F SOL L SI D R MI

    Montada atravs do terceiro grau tambm chamado de FRGIO.

    F montaremos uma escala que comea em F e termina em F:

    F SOL L SI D R MI F

    Montada atravs do quarto grau tambm chamado de LDIO.

    SOL montaremos uma escala que comea em SOL e termina em SOL:

    SOL L SI D R MI F SOL

    Montada atravs do quinto grau tambm chamado de MIXOLDEO.

    L montaremos uma escala que comea em L e termina em L:

    L SI D R MI F SOL L

    Montada atravs do sexto grau tambm chamado de ELIO.

    SI montaremos uma escala que comea em SI e termina em SI:

    SI D R MI F SOL L D SI

    Montada atravs do stimo grau tambm chamado de LCRIO.

    Como essas escalas esto sendo feitas no padro de D, no haver

    acidentes nelas, uma vez que na escala de D MAIOR no h acidentes

    (sustenido e bemol).

  • P g i n a | 71

    A Escala Maior

    A Escala Maior formada por 5 intervalos de tom e 2 semitons dispostos em 8

    graus. Veja a descrio da Escala Maior abaixo:

    I

    II

    III

    IV

    V

    VI

    VII

    VIII

    Graus

    F

    2M

    3M

    4J

    5J

    6M

    7M

    8J

    Intervalos

    | f = fundamental | M = maior | j = justo|

    1. Os intervalos maiores quando diminudos de um semiton (bemol) tornam-se

    menores. Assim temos segunda, tera, sexta e stima menor.

    2. O intervalo de quinta quando diminudo de um semiton torna-se diminuto,

    assim temos quinta diminuta e no quinta menor.

    3. O intervalo de stima no pode ser aumentado, pois pela regra de formao

    da escala natural s existe um semiton entre o stimo e oitavo graus da escala,

    portanto se aumentarmos a stima esta se torna oitava justa. por isto que

    prefervel escrever C7M a C7+, pois o sinal + representa um intervalo

    aumentado, o que no existe no stimo grau. Voc ter uma noo melhor

    dessas peculiaridades com o "Quadro dos Intervalos e Smbolos", item F do

    nosso ndice, no se afobe.

  • P g i n a | 72

    Formao das Trades Maior, Menor e Diminuta

    Os acordes maiores so formados com o I, III e V graus da Escala Natural.

    Vejamos um exemplo em D.

    I II III IV V VI VII VIII --> graus

    C D E F G A B C --> notas

    1 1 1/2 1 1 1 1/2 --> intervalos

    As notas C E G formam o acorde de do maior.

    Portanto precisamos do I, III e V graus para formar um acorde maior

    respectivamente a fundamental, a tera maior e a quinta justa. por isto que

    precisamos de no mnimo trs notas para formar um acorde.

    Formao da trade menor

    O terceiro grau que define se o acorde maior ou

    menor. Cm __________ C I f Eb IIIb 3m G V 5j Fundamental, tera menor e quinta justa formam o acorde menor

    respectivamente os I, IIIb e V graus. A nica diferena entre d maior e do

    menor (C e Cm) o terceiro grau.

    Formao da trade diminuta Co

    __________

    C I f

    Eb IIIb 3m

    Gb Vb 5dim

    A trade diminuta possui o III e V graus alterados em 1 semiton para baixo

    (bemol).

  • P g i n a | 73

    Concluso

    - Acordes maiores so formados pelo I, III e V graus, respectivamente a

    fundamental (f), a tera maior (3M) e a quinta justa (5j).

    - Acordes menores so formados pelo I, IIIb e V graus, respectivamente a

    fundamental (f), a tera menor (3m) e a quinta justa (5j).

    - Acordes diminutos so formados pelo I, IIIb e Vb, respectivamente a

    fundamental (f), a tera menor (3m) e a quinta diminuta (5dim),

    Observao: na prtica os acordes de diminuta no aparecem como trades e

    sim ttrades, eles sofrem a incluso do VI grau (6M) ou VIIbb (7dim) que so

    enarmnicos. Portanto C (D diminuto) aparece como segue na maioria dos

    dicionrios:

    Co

    ________ C I f

    Eb IIIb 3M

    Gb Vb 5dim A VI ou VIIbb 6M ou 7dim (enarmnicos)

    Os graus da escala so assim denominados

    O primeiro grau da escala o mais importante. Todos os demais graus tm

    com ele afinidade absoluta. o grau quem d seu nome escala e quem a

    termina de um modo completo, sem nada deixar a desejar. Temos, por

    exemplo, a nota D em funo de Tnica. Esta escala , portanto, chamada de

    ESCALA de D ou escala em tom de D.

  • P g i n a | 74

    Quadro dos Intervalos e Smbolos

    Quadro dos intervalos e smbolos usados na cifragem dos acordes, tomando

    como exemplo a fundamental em Do.

  • P g i n a | 75

    - Na coluna (nome) os termos entre parnteses so subentendidos quando se

    diz o nome do acorde;

    - Enarmonia so nomes diferentes para um mesmo som;

    - Em cifra usa-se nona ao invs de segunda, j que a nona aparece quase

    sempre uma oitava acima da segunda na formao do acorde. Observe que a

    stima menor tem o smbolo 7 e no 7m, portando, por exemplo, C7 (do com

    stima) formado pelos I, III, V e VIIb graus, C E G Bb e no B. Se usado o B

    seria 7M (stima maior).

    Escala Natural em todos os tons

  • P g i n a | 76

    Lembre-se que estas escalas so formadas a partir da formula dois

    tetracordes de Tom, Tom, Semitom separados por um intervalo de 1 Tom.

    Se voc estudou a teoria nesta ordem: Como construir escalas, e os seis

    primeiros itens da seo Como formar acordes, a partir deste ponto voc ser

    capaz de formar o acorde a partir de seu nome, ou o inverso, a partir de um

    dado conjunto de notas dar nome ao acorde.

    Dica: tenha sempre a mo as Escalas Naturais em todos os tons e o

    Quadro dos Intervalos e Smbolos com estas duas informaes e o que

    voc aprendeu fica fcil dar nomes a acordes desconhecidos ou formar

    um acorde a partir do seu nome.

    A Estrutura das Escalas

    Obs: Nunca! Nunca confunda, escalas com sequencias.

    Ex: escala de R:

    D E F# G A B C# D

    Ex: sequencias de R:

    D A Bm G Em A

    Escalas so estruturas convencionais e arbitrrias, que diferem de poca para

    poca, de cultura para cultura. A escala bsica da msica ocidental a

    diatnica, composta de uma sucesso de tons e semitons dispostos mxima

    distncia de um intervalo de segunda, como, por exemplo, do-r, f sustenido-

    sol, l bemol-si, sol sustenido-l, etc. A escala tambm pode ser cromtica,

    quando a sucesso de dois ou mais sons se processa atravs do mesmo grau,

    havendo entre elas apenas a diferena da alterao, por exemplo: do-do

    sustenido, f-f sustenido, etc. Na msica ocidental alm da escala diatnica e

    da cromtica tambm se usa a escala de tons inteiros e a pentatnica.

  • P g i n a | 77

    Escala Diatnica Maior

    Tambm conhecida como Escala Natural, pois dela originam-se todos os

    acordes. formada de dois tetracordes de tom, tom semitom separados

    por um intervalo de um tom.

  • P g i n a | 78

    Escala Diatnica Menor

    Diatnica menor pura

    -

    - formada por 2 tetracordes, o primeiro composto de tom semitom tom e o

    segundo de semitom tom, tom separados por um intervalo de 1 tom.

  • P g i n a | 79

    Menor Natural

    O modo menor tem os meio-tons do 2 para o 3 graus, e do 5 para 6 graus e

    tem um tom entre as demais notas da escala. Quando analisamos a escala de

    D Maior descobrimos que ela no precisa de alterao para se caracterizar

    como maior, j a escala de La Menor no precisa de nenhuma alterao para

    se caracterizar como menor. Portanto usaremos a escala de La Menor para o

    estudo.

    Exemplo da escala de L Menor Natural

    Representao:

  • P g i n a | 80

    Diatnica menor harmnica

    formada de 2 tetracordes sendo o primeiro composto de tom semitom tom e

    o segundo de semitom, tom e meio e semitom separados por um intervalo de 1

    tom. A escala menor harmnica menor meldica e a menor cigana tem uma

    sonoridade muito marcante na msica flamenca, podem ser tambm bem

    empregadas em outros estilos.

  • P g i n a | 81

    Escalas Relativas

    As escalas relativas so aquelas que apresentam as mesmas notas. Toda a

    escala menor se deriva de uma relativa maior. Estudando a escala de D maior

    descobrimos que o sexto grau (sexta nota) nos indica sua relativa menor que

    La. Usando as notas naturais da escala maior podemos construir sua relativa

    menor.

    Existem varias formas de encontrarmos as escalas menores atravs das suas

    relativas maiores, veja:

    - Vamos encontrar escala relativa menor de Re Maior.

    Primeiro ache as notas da escala de Re Maior. Lembre-se da regra das escalas

    maiores descrito em um tpico anterior.

    R Mi Fa# Sol La Si Do# R

    1 2 3 4 5 6 7 8

    Observando o sexto grau desta escala encontramos sua relativa menor natural

    que Si menor.

    NOME QUANTIDADE SUSTE. RELATIVA

    D MAIOR 0 L MENOR

    SOL MAIOR 1# MI MENOR

    R MAIOR 2# SI MENOR

    L MAIOR 3# F# MENOR

    MI MAIOR 4# D# MENOR

    SI MAIOR 5# SOL# MENOR

    F# MAIOR 6# R# MENOR

    D# MAIOR 7# L# MENOR

    NOME QUANTIDADE BEMOL RELATIVA

    D MAIOR 0 L MENOR

    F MAIOR 1b R MENOR

    SIb MAIOR 2b SOL MENOR

    MIb MAIOR 3b D MENOR

    Lb MAIOR 4b F MENOR

    Rb MAIOR 5b SIb MENOR

    SOLb MAIOR 6b MIb MENOR

    Db MAIOR 7b Lb MENOR

  • P g i n a | 82

    Meldica ascendente formada por 2 tetracordes sendo o primeiro composto de tom, semitom, tom

    e o segundo de tom, tom, semitom separados por um intervalo de 1 tom.

  • P g i n a | 83

    Meldica Descendente

    formada de 2 tetracordes sendo o primeiro composto de tom, semitom, tom e

    o segundo de semitom, tom, tom. Idntica diatnica menor pura.

    Cromticas

    formada por intervalos sucessivos de 1/2 tom.

  • P g i n a | 84

    Escala Pentatnica ou Penta Blues

    Escala Musical uma sequncia de notas organizadas de acordo com suas

    frequncias. como um menu de notas dispostas em ordem crescente, da

    mais grave a mais aguda. As escalas tem a funo de organizar os sons

    musicais, assim fica mais fcil de tocar essas notas e usar da forma que

    quisermos. No Violo ou na guitarra, possvel tocar qualquer escala utilizando

    uma forma padro de digitao de mo esquerda, uma espcie de mapa que

    nos mostra apenas as notas pertencentes a uma determinada escala,

    facilitando sua visualizao e a aplicao dessas notas para criar solos e

    arranjos. A prtica destas digitaes essencial para o desenvolvimento da

    tcnica instrumental, da agilidade e coordenao entre os movimentos das

    duas mos e, consequentemente, da habilidade de solar. Nesta apostila temos

    cinco digitaes diferentes para cada escala. Existem vrios tipos de escalas e

    cada uma possui uma sonoridade especfica que caracteriza uma espcie de

    identidade sonora. Em outras palavras, cada tipo de escala propicia uma certa

    atmosfera musical distinta. Por isso, importante conhecer vrios tipos de

    escalas para se ter um repertrio de possibilidades sonoras variado e poder

    realizar solos e arranjos em diferentes estilos musicais, expressando

    sentimentos e intenes variadas.

    IMPORTANTE:

    Para criar solos com a escala, o primeiro passo saber o Tom em que a

    msica est. A escala deve ser usada na mesma tonalidade da msica ou do

    trecho musical em questo. Para isso, preciso posicionar a digitao da

    escala colocando a nota tnica (em destaque no diagrama) na casa que

    corresponde nota do Tom da msica. Por exemplo, se a msica est no Tom

    de R menor, ento vamos usar uma escala menor com a nota tnica

    posicionada na quinta casa da corda L, ou na dcima casa da corda Mi, ou

    ainda na dcima segunda casa da corda R, pois nessas posies temos a

    nota R, que o Tom da msica, como no exemplo da pgina 5. Desse modo,

    a digitao da escala deve mudar de posio de acordo com o Tom da msica.

    A Escala Pentatnica um tipo primitivo de escala. Sua origem histrica

    difcil de determinar, mas, h registros de sua utilizao nas prticas musicais

    de muitas culturas antigas como a grega, a africana e a chinesa. Ela

    caracterizada por ter apenas cinco notas em sua estrutura, o que lhe faz muito

    verstil para improvisaes meldicas, uma vez que no possui intervalos de

    semitom, responsveis por gerar as dissonncias (tenses) nas escalas

    diatnicas (escalas de sete notas). H vrios tipos de Escalas Pentatnicas.

    Um dos tipos mais utilizados atualmente na nossa msica popular a escala

    Pentatnica Menor que possui a seguinte estrutura: tnica, tera menor, quarta

    justa, quinta justa e stima menor. Em outras palavras, ela no possui as notas

  • P g i n a | 85

    que formariam os intervalos de segunda e de sexta com a tnica da escala.

    Esta a escala consagrada pelos enrgicos solos de Blues e Rock N' Roll.

    Abaixo, temos duas tabelas. A primeira com a estrutura da Escala Pentatnica

    Menor e a segunda mostra a Escala Maior Natural (diatnica), indicando o que

    muda em comparao com a Escala Pentatnica Menor.

    Para tocar solos de violo ou guitarra usando esta escala necessrio

    assimilar as digitaes que possibilitam encontrar as notas da escala em toda a

    extenso do brao do instrumento. O sistema mais difundido de formas para

    tocar a escala no violo ou guitarra composto por cinco digitaes diferentes

    e complementares. A este sistema d-se o nome de Sistema 5. Ele derivado

    do sistema de formas de acordes conhecido como Sistema CAGED. Na

    prxima pgina temos os diagramas com a representao das cinco digitaes

    da Escala Pentatnica Menor. Nestes diagramas temos o brao do instrumento

    representado por uma tabela onde as linhas verticais mostram a diviso das

    casas enquanto as linhas horizontais representam as cordas da mais grave

    (linha inferior) mais aguda (linha superior). Pratique separadamente cada

    digitao, uma por uma, com calma e concentrao. Quando tiver assimilado

    bem uma delas, passe para a prxima. Depois procure exercitar as duas de

    modo a adquirir desenvoltura para transitar entre elas com naturalidade. Assim,

    voc pode ir acrescentando uma nova digitao de cada vez at dominar as

    cinco.

  • P g i n a | 86

  • P g i n a | 87

    Escala de Blues (Penta Blues)

    A escala de Blues derivada da Pentatnica Menor. A nica diferena em sua

    estrutura o acrscimo de mais uma nota que corresponde ao intervalo de

    quinta diminuta em relao nota fundamental ou Tnica da escala. Esta nota

    especial chamada de Blue Note, pois sua sonoridade caracterstica do

    blues. Compare com a ajuda das tabelas abaixo a estrutura de cada escala:

    Para tocar a Escala de Blues, vamos adaptar as digitaes da Escala

    Pentatnica Menor acrescentando a Blue Note conforme podemos ver nos

    diagramas da prxima pgina.

  • P g i n a | 88

  • P g i n a | 89

    Como Estudar Escalas

    Exerccio 01

    Assimilando a Escala e aprimorando a tcnica. Toque a escala fazendo

    dois toques em cada nota usando palhetadas alternadas, ou alternando os

    dedos indicados e mdio da mo direita. Comece da tnica mais grave, toque

    as notas na sequncia at a mais aguda e volte pelo mesmo caminho at

    atingir a nota mais grave da digitao. Depois siga mantendo o ritmo constante

    at retornar tnica novamente. D continuidade ao exerccio deslocando toda

    a digitao uma casa para frente (meio tom) e repetindo todo o processo.

    Assim por diante, ao completar a digitao siga deslocando a escala de casa

    em casa at toca-la em toda a extenso do brao. Comece escolhendo uma

    digitao apenas e treine devagar at sentir confiana e fluncia na execuo

    em todo o brao. Aumente a velocidade pouco a pouco. Depois passe para a

    prxima digitao e repita o processo. O objetivo deste exerccio melhorar a

    coordenao, agilidade e sonoridade, alm de memorizar as digitaes

    assimilando as diferentes posturas que a mo esquerda faz ao se adaptar s

    diferenas de tamanho das casas na parte mais aguda e mais grave do brao.

    Crie ainda variaes deste exerccio fazendo diferentes quantidades de

    palhetadas, mas, sempre mantendo o ritmo constante, ou seja, a mesma

    durao para cada nota. Estes exerccios funcionam com qualquer tipo de

    escala. Algumas variaes:

    Quatro toques em cada nota (para melhorar a performance da mo direita);

    Trs toques por nota (para assimilar a diviso ternria do Swing norte-

    americano.

    Exerccio 02

    Os padres matemticos tem a funo de abrir as possibilidades de

    organizao das notas em uma melodia, melhorar a memorizao da escala, a

    coordenao motora, a agilidade do raciocnio e das mos e aperfeioar as

    mudanas de uma corda para outra.

    Abaixo temos como exemplo o padro 3:1, onde tocamos trs notas no sentido

    ascendente (do grave para o agudo) e uma nota no sentido descendente. O

    exemplo est no tom de L menor...

    Padro 3 por 1:

  • P g i n a | 90

    Exerccio 03

    Agora j estamos na fase de criar solos improvisados com a escala. Para isso,

    devemos procurar tocar de maneira mais intuitiva, procurando tocar as notas

    da escala em sequncias diferentes da ordem em que as notas esto dispostas

    e dividindo o solo em frases, deixando pequenos espaos de silncio entre

    uma frase e outra. O tiro ao alvo consiste em improvisar pequenas frases

    utilizando quaisquer notas da escala, mas, concluir cada frase em uma nota

    especfica do acorde que estiver sendo tocado na base. Pra comear, termine

    as frases na nota fundamental de cada acorde. Os diagramas na prxima

    pgina mostram onde se encontram as fundamentais de cada acorde da

    harmonia do blues. O objetivo deste exerccio adquirir conscincia da posio

    das notas na escala, bem como, compreender auditivamente o efeito de cada

  • P g i n a | 91

    nota quando combinada com os acordes da harmonia. Este exerccio uma

    importante preparao para se dominar a improvisao com escalas e

    aumentar o nvel de conscincia com que se improvisa solos musicais.

  • P g i n a | 92

    A Palheta A partir deste ponto vamos iniciar o estudo usando uma palheta, existem varias

    tcnicas de palhetadas.

    Modo de segurar Segure a palheta entre o polegar e o dedo indicador. A ponta da palheta deve

    ficar a um ngulo de mais ou menos 90 em relao s cordas. Segura a

    palheta de modo firme, mas relaxado.

    Palhetadas alternadas Uma tcnica muito simples que consiste em variar o sentido das palhetadas

    para cima e para baixo em uma mesma corda.

    Regra

    Observe a tablatura:

    Se comear com a primeira palhetada para baixo na casa 1 (corda E) a

    Segunda palhetada que vai ser na mesma corda casa 2 deve ser

    obrigatoriamente para cima, a terceira palhetada na mesma corda casa 3 deve

    ser para baixo.

    Ao mudarmos de corda podemos dar a primeira palhetada para cima ou para

    baixo, usualmente comeamos com a palhetada para baixo, obrigatoriamente a

    segunda ser para cima e a terceira para baixo e assim por diante.

    Na tablatura as palhetadas so indicadas atravs dos sinais:

    v - Palhetada para baixo

    ^ - Palhetada para cima

    Exerccios de Cromagem

    O exerccio muito simples, deve ser feito com bastante preciso. Ele consta

    basicamente de dois movimentos. O primeiro de descida descrito logo abaixo.

    Observe a tablatura:

  • P g i n a | 93

    |----> Sentido descendente

    d: Indicam os dedos da mo esquerda

    p: Uso das palhetadas alternadas

    Inicie pressionando a 1 casa corda 6, com o dedo indicador, ataca-se com a

    primeira palhetada depois e a vez de pressionar a 2 casa corda 6 com o dedo

    mdio, continuando o dedo anular pressiona a 3 casa corda 6 e a 4 casa

    corda e pressionada com o dedo mnimo. Parece simples, porem o dedo

    indicador, mdio e anular devem ser mantidos na sua posio inicial ou seja

    depois de pressionar as casas e de dar a palhetada os dedos permanecem no

    mesmo lugar. Os dedos s desarmam ao passar para segunda corda e assim

    por diante. O segundo movimento de subida acompanhe a tablatura:

    d: Indicam os dedos da mo esquerda

    p: Uso das palhetadas alternadas

    Note que o segundo movimento e o contrrio do primeiro. A regras so as

    mesmas, mas por estarmos executando um movimento ascendente os dedos

    no permanecem nas suas devidas casas. Portanto devemos permanecer com

    o dedo indicador pressionado a uma corda abaixo. Existem inmeras variaes

    de exerccios de cromagem onde sua maior funo de alguma forma

  • P g i n a | 94

    desenvolver sua agilidade na digitao. Os exerccios de cromagem so

    bastantes exaustivos devem ser realizados com cuidado e muita repetio.

    Mas tome cuidado sempre faa pausas ao sentir que o esforo foi exagerado, a

    repetio de movimentos pode levar ao desenvolvimento de doenas como

    inflamao nos tendes, LER, etc...

    Execuo dos exerccios Os exerccios so executados com palhetadas alternadas. No movimento de

    descida o dedo indicador, mdio e anular devem ser mantidos na sua posio

    inicial eles s desarmam ao passar para segunda corda e assim por diante. No

    movimento de subida o dedo indicador deve permanecer na corda anterior.

    1 exerccio

    v ^ v ^...

  • P g i n a | 95

    A Cifra Numrica tambm uma escrita simblica das notas musicais, sendo

    que usada mais especificamente para solos instrumentais.

    Vejamos:

    A cada nota do brao do violo faremos representar por um nmero.

    Cordas Soltas

    1 corda -- 10

    2 corda -- 20

    3 corda -- 30

    4 corda -- 40

    5 corda -- 50

    6 corda 60

    Cordas Presas

    Neste caso, contam-se as notas de acordo com a corda e a casa em que se

    est tocando:

    Exemplos: corda 1,casa 1 = 11

    corda 2,casa 3 = 23

    corda 5,casa 8 = 58

    corda 1,casa 5 = 15

    corda 6,casa 4 = 64

    ETC...

  • P g i n a | 96

    Exerccios Neste captulo foram preparados vrios exerccios para deixar os dedos mais

    geis e a musculatura da mo mais preparada para o violo. Aproveite e treine

    bastante, pois medida que os dedos ficam mais fortes e resistentes melhor

    ser sua performance ao praticar pestanas, solar e tocar acordes difceis.

    Ento a esto :

    Este 1 exerccio puramente de digitao.

    Use os dedos 1, 2, 3 e 4 (mo esquerda) alternando a ordem em que eles so

    tocados. Na mo direita, use os dedos I , M e A.

    Exemplo:

    Continue o exerccio trocando a ordem dos dedos.

    Tente as seguintes combinaes:

    1 2 4 3 2 1 3 4 3 1 2 4 4 1 2 3

    1 3 4 2 2 1 4 3 3 1 4 2 4 1 3 2

    1 4 3 2 2 3 1 4 3 2 1 4 4 2 1 3

    Dica: Faa uma srie da 6 corda at a 1 indo do comeo ao fim do brao do

    violo. Comece lentamente e v aumentando gradativamente a velocidade

    medida que no haja erros. Voltando agora para a mo direita, faa o seguinte:

    Deixe as cordas soltas e toque dessa maneira:

  • P g i n a | 97

    Toque o polegar na 6 corda e depois seguidamente os dedos I, M, e A nas

    3, 2 e 1 cordas respectivamente.

    O Polegar tocado de cima para baixo e o restante dos dedos de baixo para

    cima, "puxando" as cordas.

    Dica:

    Quando tocar o Polegar faa como se estivesse "empurrando" a corda para

    frente e no a apertando para baixo. Toque primeiro o polegar na 6 corda mas

    depois faa o exerccio usando a 5 e 4 cordas. Comece lentamente e

    aumente a velocidade quando estiver seguro. Tente manter um ritmo ao fazer

    esse exerccio. Faa tambm desta maneira:

    P I M A M I

    Partiremos ento para a escala maior: Outras digitaes: Em E (Mi Maior)

  • P g i n a | 98

    A Lgica da Nomenclatura

    Neste captulo, veremos um pouco mais de nomenclatura. Vimos que

    geralmente encontramos junto com as cifras (A,B,C, etc...) nmeros ou

    indicaes que correspondem ao acrscimo de outras notas que no fazem

    parte da trade original (as trs notas principais do acorde). Muito bem, existem

    vrias dissonncias que podem ser somadas s trades originais, como 7

    (stima), 9 (nona), 6 (sexta), etc... Porm h uma dificuldade muito comum que

    alunos de violo apresentam que entender dissonncias maiores e menores.

    No estou falando de acordes maiores e menores, mas de dissonncias:

    7 (stima menor),

    maj 7 ou 7+ (stima maior),

    4 (quarta justa),

    #4 (quarta aumentada),

    9 (nona maior),

    9 - (nona menor),

    #9 (nona aumentada).

    Vamos ver uma tabela geral de dissonncias, mas o problema principal que a

    maneira de escrever ou indicar as dissonncias no exatamente um padro

    mundial.

    Vamos encontrar grafias diferentes para a mesma coisa. Ento preciso que

    voc entenda a lgica da nomenclatura e quando for ler alguma escrita

    diferente entender o que significa

    .

    Ok! Em geral vamos ter o seguinte (exemplo partindo da nota d):

    do (tnica) faz parte da trade no precisa ser indicada

    do# ou r b (2a menor)

    r (2a maior)

    r# ou mi b (3a menor) faz parte do acorde menor

    mi (tera maior) faz parte da trade no precisa ser indicada

    f (4a justa)

    f# (4a aumentada) ou sol b (5a diminuta)

    sol (quinta) faz parte da trade no precisa ser indicada

    sol# (5a aumentada)

    l (6a maior)

  • P g i n a | 99

    l# ou si b (7a menor)

    si (7a maior)

    do (oitava)

    Veja ai outras representaes de nomenclaturas que muitas pessoas

    desconhecem:

    maj= maior

    aug= aumentado (Brasil= +)

    #= sustenido

    b= bemol

    dim= diminuto/diminudo (Brasil= )

    sus= suspenso

    add= adicionado

    dom= dominante

    Tente entender a lgica desta nomenclatura. Se voc no est entendendo

    nada no se preocupe. Leia releia, pea ajuda a seu professor, pois esse

    assunto chato e complicado mesmo. Muitas pessoas quando se deparam

    com acordes dissonantes, desanimam e chegam a abandonar o curso de

    violo. Nunca faa isso.

    Crie coragem e siga em frente. No deixe de lado essas dissonncias e fique

    Tocando os acordes simples no, porque seno voc nunca se sentir um

    msico!!!

  • P g i n a | 100

    Ritmos

    Samba e Bossa Nova

    O Samba e a Bossa nova um dos mais populares ritmos brasileiros, alm de

    alguns sucessos de Tom Jobim, Vincius de Moraes, Demnios da Garoa e

    Cazuza, estudaremos um pouco da histria, ritmos e algumas dicas de

    exerccio.

    Samba

    O Samba considerado o gnero musical brasileiro por excelncia, i