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    ANIMAIS NOSSOS IRMOS

    Eurpedes Kuhl

    Aos filhos amados, Maria Lcia e Eurpedes, autorizados por Deus a iluminarnosso lar e nossos coraes (o da Lucy, sua me, e o meu); bem como ao"Branquelo", "Baixinha" e fusquinha, animaizinhos que proporcionam emnossa casa um clima de mais alegria, companheirismo e amor, dedico estaobra.

    Ribeiro Preto/SP - 1994O autor

    Esta obra foi inspirada pelo amor aos animais, que como ns, so tambm

    filhos de Deus - portanto, nossos irmos.Irmos menores, mas irmos.Menores porque ainda sem a inteligncia contnua.Delineia-se ao nosso entendimento que tudo aquilo que criado por Deus - etodos os seres o so - tem o divino impulso evolutivo.A evoluo, assim, para tudo e para todos inexorvel, por lei Divina.Vemos como se processa o aperfeioamento espiritual dos seres, desde suacriao, palmilhando os remos naturais, do irracional ao hominal - tudo emseqncia, obedecendo escala progressiva perfeita.

    Progresso alcanando ser a ser, mas sempre com auxilio permanente queemana do Criador, alm daquele que pode e deve partir do prximo.Como principal objetivo, o autor laborou o pensa mento e retransmite aosleitores um convite ao despertamento e a maravilha da criao de Deus.Apresenta, para isso, indicativos lgicos para a deduo de que, de incio,fomos animais tambm...Tal reflexo, se aceita, levar-nos- ao indispensvel abandono da indiferena

    para o que acontece com os animais - todos eles!Sendo o mundo uma grande casa-escola, cada ser vivo um inquilino-aluno.Disto decorre que dever cristo individual e intransfervel aquele que levar

    o aluno da classe superior a arrimar o que vem mais atrs, em aprendizadoincessante.Com isso, estaremos ouvindo e agindo, segundo os ensinamentos de Jesus,relativos ao Amor Integral.Vida, liberdade, respeito e Amor so direitos que requeremos do mundo, deforma consuetudinria e ardente, por consider-los bens inalienveis.Ora, se acreditamos que os animais so filhos do mesmo Pai, que aquelesdireitos concede, qual a nossa responsabilidade em exclu-los desse contexto?

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    Consideramos que este livro contm a resposta.

    Ribeiro Preto/SP -21 de Abril de 1994Nilson Guiseiline

    IntroduoTodos os seres vivos tm direito Vida: ningum, a no ser Deus, Aquele quea criou e que pode conced-la, pode subtra-la!A lei universal do equilbrio na convivncia apia-se no fato de que s serlcito agir mudando algo, quando possvel seja reagir, ou retroagir,recompondo o "status inicial da ao.Assim, no h como discordar da premissa que encima esta pgina, sendoEquivocada qualquer ao que resulte na morte de um ser vivo, pelo simplesfato de que a morte irreversvel.

    O objetivo desta obra sensibilizar os leitores para o fato de que os animais,tanto quanto ns, tm o inalienvel e sagrado direito Vida - num viver comrespeito e proteo.Para tanto:Pesquisamos obras literrias cientficas que tratassem de Zoologia paraalicerar os aspectos tcnicos deste livro; buscamos encontrar nas Religies osfundamentos filosficos da Vida - a dos animais inclusive; visitamoscientistas universitrios e com eles nos entrevistamos, em seus laboratrios,levando-nos isso a identificar uma intensa quanto estreita relao cientfica

    homem-animal; visitamos zoolgicos e circos que utilizam animais;conversamos com inmeras pessoas ligadas profissionalmente vida animal.Aps a coleta de todo esse material - social/filosfico / religioso/cientfico,

    propusemo-nos a passar para eventuais interessados bases adequadas de julgamento que viessem a possibilitar difceis decises em suas vidas,relativas mudana de pensamento e de comportamento para com os animais.Todos os assuntos expostos nesta obra, citando pessoas, locais ou estatsticas,tm como fonte jornais (agncias de notcias nacionais e internacionais),revistas, publicaes tcnicas (livros e peridicos), alm de dadosenciclopdicos e notas do nosso arquivo pessoal.

    Tais fontes foram geralmente citadas para facilitar consultas, na eventualidadede interesse em maiores detalhes.

    No estamos julgando ningum "a priori", o que seria imperdovel leviandade.Mas inegvel que muitas pessoas desconhecem os desdobramentosespirituais das aes do plano material, dentre as quais, infelizmente, incluem-se o desrespeito e a crueldade para com os animais.Inform-las disso, eis o principal motivo desta obra.O que este livro contm no destinado s para espritas como ns.

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    A Doutrina Esprita rica em conceitos que abrangem todas as reas docomportamento humano, mxime do comportamento espiritual.O tema "animais" no foi excludo dela, antes, pelo contrrio, prdiga amassa de informaes que permeia a literatura esprita, mas de formageneralizada.

    Por isso, decidimos pela empreitada de estudar todas as possveis nuances queenvolvem a questo, de forma a oferecer aos interessados uma viso maisabrangente e detalhada sobre a vida e a morte desses nossos companheiros demorada terrena (e espiritual), os animais.Logo percebemos que as obras que tratam dos animais, se cientficas,abordam temas especficos de determinada espcie e, se espritas, a questo tratada esparsamente.Das segundas, depreende-se que os animais tm alma (diferente da humana),Inteligncia rudimentar, evoluem, sobrevivem morte, e, que, na Terra,merecem o respeito e a proteo do homem.

    Restou-nos o desejo de reunir e ampliar o entendimento, j que inmerosngulos precisavam de maior iluminao, sendo isso cobrado pelo nossoesprito, sob a chancela da curiosidade.Ento, saindo dessa superfcie, logramos adentrar num mundo maravilhoso,onde a Vida espelha a Sabedoria de Deus e onde Entidades Angelicais, sempreagindo em nome do bem, cuidam dos animais e por eles tm amor!Todos os indicativos naturais da vida nos conduziram certeza de que ontemramos animais, quais os que hoje nos servem.Depois, outras certezas:

    Amanh, esse mesmo animal ingressar no reino hominal; se ns ainda noestivermos no estgio angelical, talvez ele poder ser da nossa famlia...; a dorque infligimos ao animal coloca-nos diante da Lei de Causa e Efeito comodevedores de iguais padecimentos; o mundo uma grande escola e umagrande casa, como a nossa prpria - todas as casas pertencem a Deus e osseres vivos terrenos nelas no passam de inquilinos temporrios...; por tudoisso, todos somos irmos: homens e animais!Prudente ser que o mais breve possvel nos integremos no contexto do amoruniversal, qual a me-natureza que desde nossa criao vem abenoando atodos os seus filhos. Homens e animais. Se aos primeiros, por mrito,

    dispensado o incomparvel dom da inteligncia, os segundos esto em seucaminho para disso se beneficiar, tanto quanto os Anjos, igualmente pormrito, tm a Pureza e a Luz, que esto sempre repassando Humanidade.Eis porqu os animais, nossos irmos inferiorizados na escala biolgica, masherdeiros semelhantes a ns das benesses divinas, tm os mesmos direitos querequeremos do mundo: a vida, a liberdade, o respeito e o Amor!Moveu-nos a preocupao constante de evitar colises com as Cincias e

    principalmente com a Doutrina Esprita.

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    Mas, se falhas esto presentes, aqui ou ali - e certamente que sim -, devemtodas ser debitadas exclusivamente s nossas lembradas limitaes, que, desde

    j, tolerncia dos leitores rogamos perdoar.Ao final, implorando inspirao ao Criador, redigimos as pginas seguintescom a alma plena de sincero amor pelos animais.

    O pedido maior, porm, que fizemos a Deus, que pelos menos um animal seBeneficiasse deste livro.

    Por Luis Guimares.

    Eu tive um co.Chamava-se Veludo.Magro, asqueroso, revoltante, imundo.Para dizer numa palavra tudo.Foi o mais feio co que houve no mundo.

    Recebi-o das mos d'um camarada.Na hora da partida. O co gemendo, no me queria acompanhar por nada.Enfim mau grado seu - o vim trazendo.O meu amigo cabisbaixo, mudo, Olhava-o...O sol nas ondas se abismava..."Adeus" - me disse - e ao afagar Veludo, nos olhos seus o pranto borbulhava."Trata-o bem. Vers como rasteiro. Te indicar os mais sutis perigos.Adeus! E que este amigo verdadeiro te console no mundo ermo de amigos."Veludo a custo habituou-se vida.

    Que o destino de novo lhe escolhera.Sua rugosa plpebra sentida, chorava o antigo dono que perdera.Nas longas noites de luar brilhante, febril, convulso, trmulo, agitando a suacauda - caminhava errante. luz da lua - tristemente uivando.Toussenel, Figuier e a lista imensa.Dos modernos zoolgicos doutores,Dizem que o co um animal que pensa:Talvez tenham razo estes senhores.Lembro-me ainda.

    Trouxe-me o correio, cinco meses depois, do meu amigo um envelopefartamente cheio:Era uma carta. Carta! Era um artigo.Contendo a narrao mida e exata da travessia. Dava-me importante notciasdo Brasil e de La Plata.Falava em rios, rvores gigantes.Gabava o "steamer" que o levou; dizia que ia tentar inmeras empresas.Contava-me tambm que a bordo havia mulheres joviais - todas francesas.

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    Assombrava-se muito da ligeira, moralidade que encontrou a bordo:Citava o caso duma passageira...Mil cousas mais de que me no recordo.Finalmente, por baixo disso tudo em nota bene do melhor cursivo,recomendava o pobre do Veludo, pedindo a Deus que o conservasse vivo.

    Enquanto eu lia, o co tranqilo e atento, me contemplava, e creia que verdade.Vi, comovido, vi nesse momento seus olhos gotejarem de saudade.Depois lambeu-me as mos humildemente, estendeu-se a meus ps silencioso,movendo a cauda - e adormeceu contente.Farto d'um puro e satisfeito gozo.Passou-se o tempo.Finalmente um dia, vi-me livre daquele companheiro.Para nada Veludo me servia.Dei-o mulher d'um velho carvoeiro.E respirei! "Graas a Deus! J posso".

    Dizia eu "viver neste bom mundo, sem ter que dar diariamente um osso a umbicho vil, a um feio co imundo."Gosto dos animais, porm prefiro, a essa raa baixa e aduladora.Um alazo ingls, de sela ou tiro.Ou uma gata branca cismadora.Mal respirei, porm!Quando dormia, e a negra noite amortalhava tudo, senti que minha portaalgum batia.Fui ver quem era. Abri. Era Veludo.

    Saltou-me s mos, lambeu-me os ps ganindo, farejou toda a casa satisfeito, ede cansado foi rolar dormindo, como uma pedra, junto do meu leito.Praguejei furioso.Era execrvel, suportar esse hspede inoportuno.Que me seguia como o miservel, ladro, ou como um prfido gatuno.E resolvi-me enfim.Certo, custoso, diz-lo em alta voz e confess-lo:Para livrar-me desse co leproso, havia um meio s: era mat-lo.Zunia a asa fnebre dos ventos.Ao longe o mar na solido gemendo, arrebentava em uivos e lamentos...

    De instante a instante ia o tufo crescendo.Chamei Veludo; ele seguiu-me.Enquanto, a fremente borrasca me arrancava dos frios ombros o revoltomanto.E a chuva meus cabelos fustigava.Despertei um barqueiro.Contra o vento, contra as ondas colricas vogamos.Dava-me fora o trvo pensamento...

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    Peguei num remo - e com furor remamos.Veludo proa olhava-me choroso, como o cordeiro no final momento.Embora! Era fatal! Era foroso...Livrar-me enfim desse animal nojento.

    No largo mar ergui-o nos meus braos, e arremessei-o s ondas de repente...

    Ele moveu gemendo os membros lassos, lutando contra a morte. Era pungente.Voltei a terra - entrei em casa.O vento, zunia sempre na amplido, profundo.E pareceu-me ouvir o atroz lamento.De Veludo nas ondas moribundo.Mas ao despir dos ombros meus o manto, notei. Oh, grande dor!Haver perdido, uma relquia que eu prezava tanto!Era um cordo de prata: - eu tinha-o unido contra o meu coraoconstantemente, e o conservava no maior recato, pois minha me me dera essacorrente.

    E, suspenso corrente, o seu retrato.Certo cara alm no mar profundo, no eterno abismo que devora tudo.E foi o co, foi esse co imundo, a causa do meu mal!Ah! Se Veludo, duas vidas tivera - duas vidas eu arrancara quela besta morta.E quelas vis entranhas corrompidas.

    Nisto senti uivar minha porta.Corri - abri... Era Veludo! Arfava:Estendeu-se a meus ps, e docemente, deixou cair da boca que espumava amedalha suspensa da corrente.

    Fora crvel, oh Deus?Ajoelhado junto do co - estupefato, absorto, palpei-lhe o corpo: estavaenregelado.Sacudi-o, chamei-o! Estava morto.

    O autor desse lrico e no menos monumental (em todos os sentidos...)poema, apresentado aqui na ortografia original, Luis Caetano PereiraGuimares Jnior, nasceu no Rio de Janeiro, em 1845, e desencarnou emLisboa, em 1898. Diplomata de carreira, serviu em diversos pases. Foimembro fundador da Academia Brasileira de Letras.

    Aqui, em alguns instantes, esse cantar dolorido parece vir das entranhas maisrecnditas da alma de algum desterrado, ficando difcil definir se o espelhoda solido e da saudade refletia o viajante ou seu co...Os sentimentos do poeta indicam que talvez tenham sido inspirados nele

    prprio - sua vida nmade, como acontece com os diplomatas - deixando paratrs lembranas, amores, saudades.

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    Em nossa infncia, lendo a "Histria d'um Co", num dos tornos de OTesouro da Juventude, ficamos dias e dias impressionados com o discurso neleembutido, em defesa dos animais.Dificilmente a fidelidade, humildade e perdo, virtudes aqui atribudas aosces e to deslembradas entre muitos homens, encontraro paralelo narrativo

    como este.Sensibilizados pelo poema, seguramente, isso muito influenciou nossa posturapara com os animais, desde ento.E, a cada leitura, tanto a partir da primeira quanto agora, j decorridoscinqenta anos, gotas de pranto orvalham-nos o rosto.Supe a Cincia que nosso planeta teria se formado aproximadamente h 4,5

    bilhes de anos, a partir de uma poro gasosa, de altssima temperatura, queteria se desprendido do Sol.H outra hiptese cientfica: concentrao de nuvens gasosas, as quais, nessecaso, teriam formado todo o sistema solar.

    A ltima hiptese configura que a tremenda massa concentrada, emmovimento expansionista pela vastido csmica, girando em grandevelocidade, teria feito desprender pores incandescentes, que teriamoriginado os planetas.Tais pores, por fora da lei de atrao dos corpos, tornaram-se cativas damassa central, tendo elas prprias movimentos orbitais eternos.Em ambas as hipteses, temos que a Terra "filha" do Sol.A poro que constituiu a Terra, deslocando-se ao redor do Sol numa rbitaelptica, teve, desde o incio, a velocidade constante de aproximadamente 108

    mil km/h (velocidade de translao); esse movimento chamado de"revoluo" e se d num plano imaginrio, cuja rbita da "eclptica" (crculomximo na esfera celeste, o qual corresponde rbita aparente do Sol emvolta da Terra).Por dia, a Terra percorre 2,5 milhes de km!Girando sobre si mesma (movimento de rotao), durando 24h cada girocompleto, essa matria tendeu a arredondar-se, alm de, paulatinamente,

    perder calor e, em conseqncia, resfriar-se. Nesse resfriamento essagigantesca massa gasosa teria se condensado e decantado, enrijecendo efraturando sua camada exterior, por enrugamento.

    De seu ncleo, at hoje, pouco se sabe.O centro da Terra est a 6.366 km da superfcie e constitudo de nquele ferro em estado de fuso, a uma temperatura que oscila de 2.500 a 5.000C.Por sua com posio esse ncleo recebeu o nome de "NIFE" (nome formado

    pelas primeiras silabas dos elementos citados).As notcias mais concretas desse ncleo so dadas periodicamente pelosvulces, quando ativos, funcionando eles como autnticas "vlvulas desegurana planetrias".

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    A solidificao da superfcie terrestre fez surgirem as rochas, as quaisemanavam grandes quantidades de gases e vapores.Absolutamente imprprio a qualquer espcie de vida conhecida, tal ambientedurou aproximadamente 2 bilhes de anos, fazendo da Terra um panoramaindescritvel e quase inimaginvel: predominavam violentssimas tempestades,

    erupes vulcnicas constantes, raios, furaces, etc.A atmosfera formou-se de espessas camadas de nuvens que envolveram eescureceram todo esse "novo" corpo celeste, por milhes e milhes de anos.A tendncia tinha de ser mesmo o resfriamento, at porque tal barreiraimpedia a chegada dos raios solares.A eletricidade acumulou-se em propores fantsticas.Em condies ideais, o hidrognio e o oxignio se uniram molecularmente einimaginveis quantidades de vapor se formaram.Ao se condensar, todo esse vapor recebeu o bombardeio das tremendasforas energticas vindas de baixo (emanao de calor, gases e tempestades da

    superfcie terrestre) e de cima (raios solares que desde ento - e para sempre -chegavam e chegam ao planeta).Ento, choveu!Torrencialmente, por sculos e sculos...Enormes pores da crosta terrestre foram submersas.Mares e oceanos foram formados de guas escaldantes.Tais guas acabaram por se resfriar, resfriando igualmente as rochas sobre asquais repousaram, aps incontveis mudanas de local, em movimentos deacomodao de que atualmente sobraram quase que imperceptveis vestgios

    (maremotos).Nascentes naturais deram origem e perpetuidade a incontveis lagos e rios.Nos rios, as guas sempre afloram, por escoamento dos lenis hidrogrficose, nos lagos, estabilizam a vazante, acomodando-se.Assim, aos poucos, milnios perpassando sobre milnios, a calma envolveu asguas.A temperatura, decaindo enormemente, dividiu a Terra em locais gelados(plos), zonas quentes (trpicos) e zonas temperadas (regies intermedirias);em razo da rbita em torno do Sol, com afastamento progressivo para retornocompulsrio e exato no tempo, surgiram as estaes climticas.

    Dois bilhes de anos tinham decorrido...Estudos cientficos, utilizando simulaes em computador sobre ocomportamento dos planetas vizinhos, demonstraram que a Terra - e somentea Terra, em todo o sistema solar- possui condies de abrigar vida inteligente.Os dados, recentes, so das revistas Science, dos EUA, e Nature, da Inglaterra,e, naturalmente, reportam-se ao modelo terreno de vida, ou semelhante a ele.

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    # Mar - massa de gua salgada que cobre a maior parte da superfcieterrestre, ou partes em que se subdividem os oceanos; Oceano - grandeextenso de gua salgada que banha um ou mais continentes. (Nota do Autor)

    Atividades vulcnicas variando enormemente as temperaturas ambientes;

    nuvem de gases cidos envolvendo o planeta; mudana do eixo de tempo emtempo; grandes modificaes climticas; planetas, com enormes massas esatlites de dimenses bem menores que as da Lua, etc. Tais foram alguns dosimpedimentos vida, que foram observados em planetas como Marte, Vnus,Jpiter e Saturno.J no planeta Terra, "o bem comportado da turma",a Lua, com sua formidvelfora gravitacional, prende-a a um eixo fixo, gerando clima estvel, divididoem estaes definidas, que se repetem regularmente ano a ano.Dois planetas gigantes so verdadeiros guardies terrestres: Jpiter, 318 vezesa massa da Terra, e Saturno, 95. Protegem-na contra cometas, atuando como

    "espanadores", enviando-os para o espao inter-estelar, evitando que eles sechoquem com ela, bem como com os demais planetas do sistema solar.Isso h bilhes de anos!Ao girar em torno do Sol, a Terra mantm fixo seu eixo, levemente inclinadoem relao a ele. Os cientistas esto convencidos de que tal inclinao sedeve, tambm, influncia gravitacional da Lua.Concluem os estudiosos que sem a Lua no haveria vida na Terra, pois o climaseria irregular.Calculam os astrnomos norte-americanos que no universo conhecido h pelo

    menos 4.000 planetas com um ambiente semelhante ao terrestre; neles, devehaver satlites similares ao nosso; e vida tambm, como a nossa!Conhecendo todos esses fatos, cada vez mais a Cincia se curva ante agrandeza do Criador, "Inteligncia Suprema e Causa Primria de todas ascoisas", segundo Kardec fez constar como resposta questo primeira de OLivro dos Espritos ("O que Deus?").Temos assim que muitos cientistas, primeiro atravs do crebro e depois docorao, da admirao a Deus passam a am-Lo, transformando-se em "pobresde esprito" (humildes, brandos e pacficos), os quais so, segundo Jesus, os

    bem-aventurados herdeiros da Terra e do reino dos cus. (Mateus, cap. 5:3-4).

    Simultaneamente criao da Terra, tambm foi criada a Lua.Sua origem e primeiros tempos em tudo se assemelharam Terra.A grande diferena entre ambas que depois de 3 bilhes de anos a atividadeinterna lunar cessou; os enormes meteoritos que a bombardearam desde oincio tornaram-se mais raros; com o resfriamento, houve a solidificao dasuperfcie (o ncleo, relativamente pastoso, tem uma temperatura centralestimada em 1.500C).

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    Os dados sobre a estrutura e as temperaturas lunares foram confirmados pelasseis misses Apoio, sob responsabilidade dos EUA.Todavia, muito pouco o que se sabe sobre nosso satlite. O EspritoEmmanuel, no livro A Caminho da Luz, leciona que a Lua fundamentalmente uma ncora do planeta Terra, proporcionando: equilbrio

    nos movimentos eternos de translao; foras de estabilizao planetria; aodecisiva na criao e reproduo de todas as espcies.

    # A Caminho da Luz, livro psicografado pelo mdium Francisco CndidoXavier, edio da Federao Esprita Brasileira, 1938.(N.A.)

    Mars

    A Lua tem rbita cativa ao redor da Terra, realizando seu prprio

    deslocamento e, em conseqncia, provocando as mars.Pelas mars, duas vezes ao dia as guas dos mares sofrem fluxo e refluxo.Igualmente isso ocorre com lagos, lagoas e mesmo rios, porm imperceptvel em face dos volumes considerados.Das mars, tanto quanto da Lua, pouco se sabe.- O que teria levado a Natureza (Deus) a cri-las?Ainda no existe resposta convincente.O futuro, certamente, reserva para a Humanidade o uso dessa verdadeira

    bno.

    De nossa parte, talvez at com alguma imprudncia, comparamos as marscom as pedras preciosas aventando seu emprego: so eternas emultimilenrias; so extremamente atraentes; seu estudo, quanto formao,instiga a imaginao; sua finalidade ainda no foi definida.Das pedras preciosas, tirante as jias, ou seu em prego comercial comoelevados ativos financeiros, a Cincia as empregar, seja em fibras ticas, emmedicina nuclear, em eletrnica, ou como instrumentos de radio comunicaoespacial.Das mars, pela hidrodinmica (estudo matemtico dos movimentos doslquidos), por certo os homens extrairo infindveis aplicaes, valendo-se de

    to colossal, inesgotvel e lmpida fonte de energia.Provavelmente folclore:Os Apstolos, que muito admiravam a grande sabedoria de Jesus, nem porisso perdiam uma oportunidade para, mesmo respeitosamente, test-la. Assim que sabendo que Ele passaria por um caminho onde jazia um cachorromorto, em decomposio, aguardaram qual seria a reao do Mestre diante dacarnia daquele animal.Jesus, quando se aproximou do animal morto, exclamou:

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    "Que dentes maravilhosos, vocs no acham?"...A Vida em todas as suas pujantes manifestaes, atravs dos remos da

    Natureza, oferece-nos elementar entendimento da obra de Deus ao criar oUniverso.Pelo grau de importncia astronmica do nosso planeta e sua colocao no

    "ranking" das grandezas celestes, e principalmente pelo incrvel nmero deespcies vivas que abriga (algumas das quais com bilhes de "representantes",como por exemplo a hominal), podemos conjeturar que h Vida alm da Terra- muita Vida!Ficando contudo apenas onde nossos ps se firmam - aqui, no nosso mundo-,sabemos que a Vida surgiu aps os vertiginosos movimentos das guas e dasfantsticas solidificaes de matria.O calor abrasador ambiental do incio, conseqncia das altssimastemperaturas originais das massas em acomodao, acrescido do permanenteinfluxo solar, cedeu lugar, aos poucos, a uma relativa estabilizao trmica.

    Assim, dois bilhes de anos passados desde sua origem, a Terra ofereceucondies para a ocorrncia das primeiras combinaes moleculares deelementos qumicos mais leves, tais como: hidrognio, sdio, magnsio,carbono, azoto, oxignio, fsforo, clcio, ferro, etc.Tais elementos, e muitos outros, iriam compor a argamassa de revestimentodos seres vivos que estavam por chegar...Recentemente foi descoberto em um stio prximo da cidade de Marble Bar,no oeste da Austrlia, um grupo de 11 linhagens de micrbios fossilizados hcerca de 3,465 bilhes de anos. "Os fsseis ora achados assemelham-se s

    bactrias atuais (seres procariatas os mais primitivos do planeta, desprovidosda membrana celular, que organiza o material gentico da clula)".'Obs.: Com isso, a Cincia "empurrou" em 1,3 bilho de anos para trs a datado incio da vida na Terra, pois at ento 2,2 bilhes de anos eram tidos comoo comeo.Como se v, so relativas as certezas cientficas, pois medida que atecnologia avana,mais o homem-pesquisador sente a Grandeza Divina, daqual tanto ainda estamos distantes...Sabemos hoje que no tomo h incrvel e permanente movimentao, pelo quemorte, no sentido lato da palavra, no existe! Os seres vivos, quando deles se

    ausenta o princpio vital, desagregam-se molecularmente, permanecendo,contudo, a pujante vida atmica dos seus compostos.Embora fazendo aluso perfeita esttica e funcionalidade dos dentes, noseria essa a verdadeira mensagem do Cristo ante o co morto?Quanto Lua, em suas diferentes posies no espao (variaes denominadasfases), recebendo a luz solar, passou a refleti-la na Terra, interagindodecisivamente no clima terrestre.

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    # Jornal Folha de S. Paulo, 30 de abril de 1993. (N.A.)

    O lar estava pronto...A, nesse preciso ambiente, surgiu a Vida!Primeiramente, formas elementares de vida aqutica: seres unicelulares.

    Depois, em terra firme, plantas e animais superiores.Hipoteticamente, h 65 milhes de anos, um grande meteoro teria colididocom a Terra, na regio do Mxico, provocando intensas nuvens de poeira.Essas nuvens formaram, durante anos, barreira intransponvel aos raios solarese, sem fotossntese, desapareceram da face do planeta vrias espcies de

    plantas e de grandes animais (herbvoros, na maioria).Relativamente fotossntese, convm refletirmos: trata-se de reao

    bioqumica nas plantas verdes, caracterizada pela absoro de carbono eliberao de oxignio, em quantidades correspondentes.

    Nesse processo, a luz fator decisivo: estima-se que anualmente 20 bilhes

    de toneladas de carbono (da atmosfera) so fixadas pelas plantas terrestres emais 15 bilhes pelas algas.Finalmente: todos os seres vivos so inteiramente dependentes dela.Escoando-se os milnios, chegamos a um milho de anos atrs: surge aespcie humana!Outras centenas de milhares de anos foram necessrias para que o homemadquirisse a forma atual, atravs de transformaes sucessivas.Mas o maravilhoso fenmeno da Vida, expresso divina que nos contempla eenvolve a todos (plantas, animais e homens), merece sejam alocadas nesta

    obra pequenas consideraes, anlises e proposies que a esse respeito ohomem logrou alcanar.A seguir, com o socorro da Qumica e da Fsica para a parte material e daDoutrina Esprita para a parte espiritual, vamos, talvez com ousadia (querogamos ao Supremo Criador relevar), alinhavar os processos da Vida.

    Corpos inorgnicos

    Corpos inorgnicos so aqueles desprovidos de vida (minerais, por exemplo).Segundo as hipteses cientficas aceitas relativas origem da Terra, a massa

    que a originou era uma tremenda fornalha. Pelos movimentos de translao ede rotao, uniformes e de relativa intensidade, tendeu para a formaarredondada, ligeiramente achatada nos plos.Ao longo dos milnios essa fantstica caldeira espacial foi se resfriando,decantando as substncias primitivas que se encontravam no ar, em estadogasoso. A precipitao dessas substncias e o meio ambiente de ento

    proporcionaram sua combinao, pela lei de afinidade molecular: formaram-se

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    as diferentes variedades de carbonatos, de sulfatos, etc., que de incio foramdissolvidos nas guas e depois depositados na superfcie do solo.A existncia de grande quantidade de gua em nosso planeta decorre de umaSbia programao dos Engenheiros da Espiritualidade Csmica: pelaafinidade recproca entre o oxignio e o hidrognio, desde o incio fomos

    contemplados com trs quartas partes desse elemento - tanto o planeta comoos seres orgnicos!Essa programao j deixa entrever que os seres que iriam habitar a Terra a elase assemelhariam quanto sua constituio e nela encontrariam meios

    permanentes de sobrevivncia.Avanando o relgio do Tempo em 2 bilhes de anos terrestres, vamosencontrar o planeta Terra com meio ambiente adequado a hospedar seresvivos. indispensvel o socorro da Qumica para a compreenso da Gnese:somente com as leis da afinidade molecular passou a ser possvel

    compreender-se a formao planetria e o surgimento dos seres vivos.Com efeito, demonstra a Qumica, numa das suas observaes experimentais,que os corpos slidos (inorgnicos primeiramente) formam-se a partir daCristalizao:fenmeno pelo qual se d formas regulares a certas substncias,quando submetidas a condies adequada de presso e temperatura, passandodo estado lquido ou gasoso para o estado slido.

    Seres orgnicos

    Seres orgnicos so aqueles que possuem organismo (rgos dispostos emseres vivos), isto , possuem vida.A lei que formou os minerais a mesma que formou os seres vivos.Decomposio e anlise qumica dos seres vivos demonstram que soconstitudos dos mesmos elementos dos seres inorgnicos.Considerando que as diferentes propores do elementos constitutivosdeterminam a formao das diferentes substncias (diversos minerais), assimtambm fruto essncias, folhas, madeiras, etc., tanto quanto nervos, msculos,gordura, matria cerebral, etc., so formados pela combinao dedeterminados elementos.

    Todos os elementos orgnicos (dos seres vivos) so formados de substnciasinorgnicas!Em outras palavras: vegetais e animais so formados por tomos, tanto quantoos minerais.Desde os primrdios da Alquimia e modernamente com os avanostecnolgicos colocados disposio da Qumica, o homem vem criandodiariamente novos dutos.

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    Mas sempre usando os mesmos elementos constitutivos, variando to-somenteas condies laboratoriais e as quantidades empregadas.Vejamos alguns exemplos, na Natureza (ndices percentuais)

    ELEMENTO FINAL/CARBONO/HIDROGNIO/OXIGNIO

    Acar de cana42,4706,90050,630Acar de uva36,7106,78056,510lcool51,980

    13,70034,320leo de oliva77,21013,3609,430Gordura animal78,99611,790

    9,305O acar de cana, submetido a processo de fermentao, transforma-se emlcool; esse, submetido ao processo de destilao, transforma-se emaguardente; essa, reagindo quimicamente no organismo humano, interage nometabolismo, modificando a qumica do sangue e das funes vegetativas; seresulta de incio em fonte de calor para o corpo, tal "benefcio" aparente eenganoso, pois provoca danos fsicos inumerveis na ponta final das reaesque estimula. E o que dizer das conseqncias psquicas?

    Obs.:Nesse simples exemplo j podemos perceber o quanto h de interligao entrens e o mundo, eis que a utilizao ou consumo de minerais (no caso citado,em infeliz combinao de processos) podem influenciar at o esprito; noutroexemplo, este positivo, vemos que elementos constitutivos originais, em felizcombinao, promovem a evoluo: todos os seres vivos tendem aodesenvolvimento fsico, graas aos processos indutivos da sua assimilao etransformao; assim que, pelos efeitos da nutrio, uma criana, por

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    exemplo, pesando poucos quilos ao nascer, em alguns anos j termultiplicado muitas vezes seu peso (assimilao ultrapassando adesassimilao); que, alm da multiplicao celular, ao recm-nascidoincorporaram- os alimentos, os quais pelos processos digestivos faz aumentarem volume e resistncia os msculos, nervosos, etc.

    Como elementos bsicos dos corpos orgnicos encontramos o oxignio, ohidrognio, o nitrognio e carbono; os demais elementos existem emcondies acessrias.As propores de tais elementos determinaro resultantes orgnicas e suas

    propriedades.Fcil imaginar que as quantidades de elementos constitutivos conduzem aoinfinito as quantidades e variedades das substncias possveis de seremcriadas.Indispensvel, apenas, sempre considerar as condies de operao:circunstncias propcias (temperatura presso! dinmica/inrcia).

    A natureza, nesse caso, o imenso laboratrio, que j a partir da criaoplanetria comeou igualmente promover condies para os seres que seriamseus futuros habitantes.Em nossas consideraes preciso relembrar a necessidade de toda uma srieseqencial de fenmenos fsicos para que, em situaes propcias, oselementos constitutivos se agreguem e formem as substncias mineraisvegetais. A, num intenso trabalho de elaborao, pela lei das afinidades, asmolculas agitam-se, atraem-se, aproximam-se ou separam-se; das incontveiscombinaes e formadas infinitas substncias.

    Plantas exuberantes na umidade ou no frio, (mesmo sob as guas, sucumbemno calor tropical, quanto a vegetao dos desertos jamais prolifera e regies debaixa temperatura).Pode-se imaginar quantos milnios levou a criatura humana para formar as

    plantaes: se todos os vegetais conhecidos existiam na face terrestre, ajunt-los em quantidades considerveis (lavouras) h de ter sido tarefa paciente etenaz, atributo exclusivo da civilizao!Animais vivem e proliferam em regies ou locais adequados, sempre em razodas condies climticas prprias a cada espcie; transferi-los para regies queno ofeream esses mesmos elementos ou condies ambientais

    praticamente decretar sua morte.Os vegetais e os animais tm seu "habitat" natural ordenadamente distribudosobre a superfcie terrestre ou nas guas. Para o homem, porm, a natureza foimais prdiga, pois a criatura humana tem condies de adaptar-se aosdiferentes meios ambientes, de frio ou calor, mesmo mudando bruscamente delatitudes; verdade que o relgio biolgico humano necessita de algum tempo

    para tal adaptao, mas inegvel que essa constitui tremenda vantagem sobreos demais seres vivos.

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    Mais uma vez pensamos na grandeza espiritual dos Construtores Siderais queassim fizeram o corpo humano, prevendo que grandes, dramticas e constantesseriam as migraes...Considerando a imutabilidade das Leis Naturais, no nos dificulta razodeduzir que a organizao dos seres vivos terrenos assim foi desde o incio e

    assim o ser at que a Evoluo espiritual trace novos sistemas de vida.Notvel o exemplo das sementes de trigo que, encerradas por milnios nointerior das grandes pirmides egpcias, germinaram prontamente to logoforam lanadas em terreno propcio.Seu princpio manteve-se inalterado o tempo todo!Sem aprofundarmos tais consideraes, o que nos conduziria a desvios dotexto, lembramos que os "bancos de esperma e de vulos" reproduzemdeforma artificial e similar aquele fato natural...

    Fluido Csmico ("Sopro Divino")

    Jamais uma pequenina semente, uma simples formiga ou qualquer outro inseto podem ser criados num laboratrio; no entretanto, a Qumica atual realizaprodgios cientficos de composio, decomposio reconstituio de corposinorgnicos.- O que impede Cincia tal evento, aparentemente to corriqueiro?

    Nesse ponto torna-se indispensvel o socorro providencial das informaes dealto contedo moral filosfico, apresentadas por espritos protetores.O livro A Gnese, de autoria de Allan Kardec, obra de consulta obrigatria a

    quem quiser adentrar no entendimento de to atraente assunto.Com propriedade e de forma altamente pedaggica so ali expostos todos ospontos que interligam o material ao espiritual: o que faz com que a matriatenha vida!Como resposta-resumo (e quase todos os resumo pecam por insuficincia)

    podemos citar dois pontos, ambos de ordem filosfica, ditados pelo EspritoGalileu, atravs de processo medinico, em 1862 e 1863, na SociedadeEsprita de Paris: Matria csmica primitiva.A origem do Universo est absolutamente fora do conhecimento humano.Sabe a Cincia que, anterior ao nosso sistema solar outros j existiam.

    A Eternidade est atrs e adiante de ns!

    #A primeira edio desta obra foi publicada na Frana, em janeiro de1868. (N.A.)

    ANIMAIS: NOSSOS IRMOS

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    Sem atribuir a Deus o "Princpio de Tudo", no h como formular quaisquerelucubraes ou ilaes refe rentes Gnese Universal.Assim, s encontraremos calmante questo da origem, aceitando Deus comoCausa primeira e inteligncia suprema do Universo, Criador permanente detudo e de todos!

    Permeando todos os espaos interplanetrios, no deixando um nico emnimo espao vazio na vastido dos espaos siderais, vamos encontrar o"Fluido Csmico Universal", que emana do Criador e proporciona todas ascriaes, presidindo a Vida, em seu estado latente, a todos os seres.

    Obs.: o tomo talvez seja pequena demonstrao do Sopro Divino: todos ostomos tm ncleo e carga positiva, rodeados de eltron(s), esse(s) em rbitanuclear estvel; dentro dessa realidade, muitas vezes, neles, no existe amorte; permitindo-nos ligeira e respeitosa abstrao, imaginamos que Jesus,jento conhecedor dessa Verdade, teria elogiado os dentes do co morto, como

    poderia ter elogiado igualmente o impressionante ativo dos tomos queformavam aquela matria que se transformava, retornando origem...

    Principio Vital

    O estado latente da matria, orgnica ou inorgnica, no importa, queproporciona condies para a gerao da Vida, seja no mundo que for. vida atmica, sempre presente em tudo, alia-se outra forma de energia a queKardec denominou de "Princpio Vital".

    Princpio vital: o princpio energtico pelo qual os ele mentos constitutivosse agrupam, em formas simtricas, o que explica a repetncia das mesmasformas nos seres de uma mesma espcie - plantas e animais.Em A Gnese, Cap. VI, nmero 18, em mensagem medinica, diz-nos oEsprito Galileu (e essa informao algumas tradies religiosas corroboram)que existem outros remos naturais devida, alm dos conhecidos, dos quaisnem suspeitamos...)- Que remos naturais seriam esses?Como simples especulao:- seriam os duendes, as fadas, os gnomos?

    - seriam os chamados "elementais naturais"?O aspecto mais importante do princpio vital o fato de ser comum a todas asespcies orgnicas, vegetais e animais, enquanto vivas. Sua existncia indiscutvel, conquanto sua natureza no possa ser cientificamente definida:

    basta arrancar uma simples folha de uma rvore e essa folha j no o possui; ofenmeno da morte no subtrai nenhum material do ser, no entanto ele setorna inerte (sem vida).

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    Mecanismo pelo qual a Vida se processa, certamente de forma infinita e eternacomo tudo o que provm de Deus, o princpio vital nos permite deduzir que,ante o que a Natureza nos mostra, o Supremo Arquiteto do Universo criousempre - antes, agora, depois - incessantemente!Roga Galileu que ningum baseie sistemas quaisquer sobre suas palavras.

    "Minhas palavras" - continua humilde - "no se prestam a edificar raciocniosmetafsicos, preferindo mil vezes calar-me antes de que algum me oua e seperca nos ddalos inextricveis do desmo ou do fatalismo."Fazendo coro a tal advertncia, posiciona-se Kardec quanto a tudo o mais,no tocante F: "F inabalvel aquela que encara a Razo face a face, emtodas as pocas da Humanidade".Coroando todos os esforos humanos na busca da origem das coisas, oEspiritismo abre cortinas para o entendimento de to transcendental questo.Apoiando seus postulados na Lgica, estimula o homem a apoiar-se noEsprito tanto quanto na Cincia, para, unidos os dois vetores, acatar Deus de

    forma raciocinada, o que propende o ser a am-Lo integralmente.A propsito, a Cincia j considera incontestvel quanto aos seres orgnicos:Diferem fundamentalmente dos inorgnicos por possurem uma energia, umafora, que lhes confere o fenmeno denominado vida; quando essa "fora"est ausente ocorre o fenmeno chamado morte, pelo qual se deterioram e sedecompem; Todos possuem essa "fora", a qual independe dos atributos"instinto", "inteligncia" e capacidade de pensar; Inteligncia e capacidade de

    pensar so atributos apenas da espcie superior os homens; Espciesinferiores - animais irracionais - possuem instinto altamente desenvolvido,

    porm, apenas fragmentos de inteligncia, a qual no lhes contnua, isto ,no se encadeia para a soluo de problemas; nos vegetais, igualmente, nota-se a presena do instinto, como, por exemplo, o direcionamento para a luz; oshomens igualmente possuem instinto, mas, pouco desenvolvido, j que ainteligncia lhes supre em muito maior escala as suas necessidades; a espciehumana, dentre todos os seres vivos, a nica que possui um senso moralespecial, pelo qual seus procedimentos podem ser direcionados, a seu arbtrio,

    para o bem ou para o mal; todos trazem em si, como bagagem, o instinto deconservao e da perpetuao da prpria espcie;Todos evoluem, aprimorando-se geneticamente, adaptando-se s eventuais

    transformaes do meio ambiente (tais adaptaes so lentas, mas inexorveis,pois que delas depende, muitas vezes, a prpria sobre vivncia da espcie;quando o meio ambiente sofre mudanas bruscas, os animais guiam-se peloinstinto, migrando para regies adequadas, retornando, to logo seu "habitat"natural volte s condies anteriores; a hibernao, para alguns animais, outro processo que garante a continuidade da vida).Considerados os seres inorgnicos e orgnicos, patente que ambos tm osmesmos elementos constitutivos.

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    Termina a sua similaridade.Os seres orgnicos diferem profundamente dos inorgnicos por possurem o"Princpio Vital".Contudo, focalizando agora apenas os seres orgnicos, verifica-se que entreeles tambm ocorrem diferenas intrnsecas de grande expresso: no topo

    evolutivo das espcies vivas encontra-se o homem, cujos indivduos, alm damatria inorgnica, do princpio vital, do instinto, da inteligncia e de sensomoral especial, possuem, como maior diferencial, o esprito. questo nmero 597a de O Livro dos Espritos, Kardec consigna, ouvido oEsprito de Verdade, que os animais tambm possuem alma, mas "h entre aalma dos animais e a do homem tanta distncia quanto entre a alma do homeme Deus"...O Esprito o princpio pelo qual a vida prossegue aps a morte.Como esse princpio inteligente, elimina o acaso, exclui a coincidncia,desmascara a fraude e confirma que algo do corpo humano subsiste quando

    desse corpo se ausenta o princpio vital, ou, numa linguagem popular: quandomorre.Se a princpio, por volta de 1850 ( poca de Kardec), as mesas girantescomprovaram essa subsistncia; se, hoje, mensagens medinicas

    psicografadas por mdiuns de inatacvel estatura moral, como por exemploFrancisco Cndido Xavier, confirmam recados a familiares de pessoasdesencarnadas; se a Parapsicologia busca explicar com novos rtulos(sofisticados e ao gosto dos materialistas de planto) aquilo mesmo que oEspiritismo j exps h mais de cento e trinta anos com tanta simplicidade;

    se, independente do que pensam sbios e ignorantes, fanticos ou incrdulos,msticos ou experimentalistas, o sobrenatural se manifesta de forma irrefutvelem todos os quadrantes mundiais...Ento, h de haver, como realmente h, algo indecifrado, impalpvel e deOrigem desconhecida, que sobrevive decomposio do corpo fsico: oesprito! to grande e coerente a literatura esprita quando trata do esprito que nosdispensamos, neste trabalho, de nos alongar sobre o que ele seja.Sobre o esprito, imortal, digam uns e outros o que disserem e pensem o quequiserem, como Galileu Galilei, parafraseando-o, afirmamos: "Mas que ele

    existe, existe!"E, por falar em Galileu, faamos uma ltima considerao comparativa sobrea existncia do esprito:Em 1845,0 astrnomo francs Urbain Le Verrier (1811. 1877) percebeu

    perturbaes, at ento inexplicadas no movimento do planeta Urano. Fazendovrios clculos (!), de sua prancheta deduziu pela existncia dE um planeta,ainda desconhecido, que justificava a anomalias de Urano, determinando com

    preciso rbita desse at ento ignorado corpo celeste.

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    Um ano aps, o astrnomo alemo, de posse das informaes de Le Verrier,observou o planeta efetivamente no lugar indicado.Estava descoberto o planeta Netuno!

    Nossa considerao no sentido de que muito observam os vaziosincomensurveis da vastido celeste e "a priori" julgam ali nada existir. Da

    mesma forma, muitos h que por no conseguirem apalpar espritospreconizam sua inexistncia.

    Concluso: precipitado e temerrio voltar as costas para o desconhecido,por julg-lo insondvel ou desprovido de interesse. Nem sempre nossos olhosnos mostram tudo...Tanto quanto os astrnomos, consideradas as leis de conjunto, realizammaravilhas do clculo, "vendo" corpos celestes onde se supe s existir ovcuo, assim tambm os espritos bondosos, considerada a obra de Deus,trouxeram desde sempre notcias do esprito e da vida espiritual - tu visvel e

    impalpvel para ns (os encarnados), mas nem por isso irreal.

    Seres vivos

    Origem

    Religiosos, filsofos e cientistas, buscando conciliar evoluo e religio,formam teorias diferentes dentro do inexplicvel tema "origem dos seresvivos".

    H a corrente dos criacionistas e dos acriacionistas.Entre os criacionistas, admitem uns a doutrina que aceita terem os seres vivose outras coisas do universo sido criados por Deus, nos estreitos termosrelatados pela Bblia; outros entendem que a criao de algumas formasevoluiu para outras.Quanto aos acriacionistas, os entes se formaram por si mesmos a partir deelementos preexistentes (s no dizem quem teria criado esses elementos...).Em seu livro A Galinha e seus Dentes,' o bilogo e paleontlogo norte-americano Stephen Jay Gould elabora prdigos ensaios sobre saborososenigmas: a zebra seria um cavalo branco com listras pretas ou seria um cavalo

    preto com listras brancas? Por que as girafas tm pescoo comprido?Como podem certas moscas desenvolver pernas na boca?Por que as galinhas no tm dentes se vrias aves fossilizadas os tinham?Gould admite a limitao do saber cientfico e adverte que uma teoriacompleta da evoluo precisa levar em conta o equilbrio da fora do ambienteexterno e a fora gentica interna.

    # Obra publicada pela Ed. Paz e Terra. (N.A.)

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    Sua obra toda apresentada na moldura do saber, mas com bom humor; nesseestilo, resgata e desenvolve questes cruciais da teoria evolucionista, cujaunanimidade fica mais distante, quanto mais progride a Cincia.Esse mesmo cientista, num instante de inspirado humor, relembra, em um dos

    seus ensaios para a revista Natural History a resposta do britnico J. B. 5.Haldane (1892-1964), quando questionado sobre o que lhe revelava aobservao da natureza, quanto ao Criador: "uma predileo imoderada por

    besouros"Sabemos que os besouros pertencem classe dos colepteros, insetos queapresentam a maior quantidade de espcies entre os seres vivos - mais de 300mil!E sobre eles, os besouros, consta que, como incentivo criatividade, umagrande multinacional norte-americana mantm afixado um quadro em todas assuas fbricas, com os mesmos dizeres: "Pelas leis da aerodinmica os

    besouros no poderiam voar..."Embora repetitivamente, sempre ser necessrio entender que a origem dasespcies um dos incontveis fragmentos da Sabedoria Divina, a que aHumanidade terrena no tem o mnimo acesso. Podemos, to-somente,conjeturar que apenas os espritos puros adentrem em to instigante mistrio.Roteiros evolutivos Homem.Sem pieguismos, sem solues simplistas, menos ainda com teoriasmirabolantes ou esdrxulas, ocorre-nos que temos aqui uma situao muito

    parecida com a que Freud vivenciou: o "Pai da Psicanlise", como era

    conhecido o festejado mdico austraco, levou a vida toda laborandocientificamente sobre a alma humana - a psique; no conseguiu transpor abarreira que separava suas descobertas da explicao dos mistrios humanos,atvicos, transcendentais...

    # Estas notas foram extradas da Revista Veja, 17 de junho de 1992. Foramacrescidas de comentrios nossos. (N.A.)

    - Que barreira seria essa?- A Reencarnao!

    Com seus postulados recheados de lgica, de bom senso e de sabedoria, aReencarnao escancara para o presente a "face oculta" da alma - o passado,as vidas pregressas! A luz se faz, e onde havia perguntas e dvidas tudo seesclarece: a Evoluo, a bordo das vidas sucessivas, bno do Criador quea todas as criaturas contempla.Ao adentrar na racionalidade, os espritos agora possuem: inteligncia; livre-arbtrio - liberdade de aes (para o bem ou para o mal); bssola segura para a

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    rota evolutiva (a conscincia) -; finalmente, responsabilidade - colher namedida exata do que plantar.Instintos, embora atenuados, so mantidos.De vida em vida, evoluiro incessantemente at que, depurando-se, serovirtuosos, amando a Natureza e por igual a todas as criaturas de Deus.

    Esse, o roteiro dos anjos...AnimaisQuanto aos animais, parcela maior do nosso tema, os Mensageiros Celestiais

    j nos deixaram vrias informaes, sendo-nos justo pensar que evoluemdentro das espcies: eqdeos, bovdeos, feldeos etc. etc.Engenheiros Siderais, altamente credenciados por Jesus, realizam, nosdiferentes corpos espirituais dos indivduos selecionados em cada espcie, asnecessrias modificaes ou transformaes; assim, acrscimos ou subtraesde caracteres morfolgicos ou biolgicos adaptam os organismos s mudanas

    do panorama terrestre.Com isso, as espcies se compatibilizam com a nova realidade geolgica queo Tempo se encarrega de administrar, tambm com transformaes peridicas.Esse, o roteiro para o reino hominal!

    Funes VegetaisTm trplice funo: purificao do ar, pela fotossntese; alimentar seres vivos;curar enfermidades, de homens e animais.J no Velho Testamento, em Ezequiel, 47:12, encontramos "... E o seu fruto

    servir de alimento e a sua folha de remdio"A grande variedade da flora mundial, precedente aos animais, por si sdemonstra, conquanto desnecessrio, a Sabedoria e a Bondade do Criador paracom as criaturas que iriam habitar a Terra.Os vegetais possuem todos os elementos nutritivos de que homens e animaisnecessitam para sua sobrevivncia.

    MicrbiosO termo micrbio inclui: bactrias, riqutsias, protozorios, muitos fungos,algas, vrus. So seres unicelulares, microscpicos ou ultramicroscpicos.

    Podem ser: patognicos: que provocam doenas; saprfitos: desenvolvem-seem seres vivos, nutrindo-se de matria orgnica morta, sem causar doenas.Desempenham importantssima e indispensvel funo na natureza: adesintegrao das matrias orgnicas mortas (vegetais e animais) aps seremdesintegradas retornam ao solo, onde vo formar novas substncias eigualmente originar novas plantas, que por sua vez alimentaro novosanimais.O que seria do mundo se os cadveres no se desintegrassem?

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    Teramos um ttrico e insuportvel panorama sobre a terra e nas guas...E o solo no teria a renovao de substncias que o fertilizam.Em nosso prprio organismo essas operaes ocorrem, pois em muitos casosh micrbios transformando matrias e alimentos: auxiliando a digesto edesintegrando a celulose dos vegetais.

    No caso dos seres saudveis, essa transformao proporciona e mantm aHarmonia orgnica; seres doentes, ao contrrio, esto com tal sistema emdesequilbrio e como em quase tudo (ar, gua, alimentos) h micrbios -nocivos e teis - com facilidade tm agravado o seu estado mrbido, diante damaior proliferao desses micrbios.Quando no organismo os micrbios se multiplicam perigosamente, pela

    presena excessiva de matria morbosa (que causa doenas), entram em aonumerosas glndulas, que os expulsam, atravs dos rgos de eliminao.Quanta sabedoria na existncia dos micrbios!

    AnimaisColocados na Terra, muitos deles ao lado dos homens, ara evoluir.Sua transformao em alimento humano terrvel equvoco, porque sua arne de teor alimentar deficiente prejudicial.A deficincia reside na insuficincia de vitaminas, sais minerais e hidratos decarbono.E prejudicial porque nela esto contidas substncias venenosas, tais como:cido rico, creatina, creatinina, purina, xantina, etc.Ao crer em Deus, Arquiteto do Universo, mantido por Ele em dinmica

    permanente merc da Vida, o homem desde sempre intuiu que os fenmenosnaturais, do nascimento morte, seguem o inexorvel curso da Evoluo.Leis Divinas, sobre as quais Kardec to bem discorreu em O Livro dosEspritos, balizam todos os ciclos de todos os atos dos seres vivos,

    principalmente do homem, atribuindo-lhe maiores responsabilidades; pois,dentre todos os demais seres vivos daqui do nosso querido mundo, somente aele concedido o equipamento da inteligncia e do livre-arbtrio.Assim, necessariamente, o homem no tem direito sobre a Vida do prximo,seja ele de que espcie for.Se o homem auxilia a evoluo dos animais, quando lhes dispensa proteo,

    respeito e amor, com isso reduzindo ou mesmo eliminando suas naturaisreaes selvagens ou instinto agressivo - se tudo isso verdade-, no menosverdadeiro que sem os animais a vida humana no estaria no nvel deconforto atual.Em termos de Evoluo, bem maior o dbito da Humanidade para com osanimais do que o crdito que lhes temos dispensado para seu bem-estar e

    progresso espiritual.Exporemos a seguir alguns detalhes da convivncia homem-animal.

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    BovinosSo os animais que, em maior nmero, so criados e sacrificados,transformando-se, quase sempre com crueldade, em alimento humano.O boi no rende s bifes. Antes mesmo de ser abatido, ele deixa no curral dofrigorfico o esterco, empregado como adubo ou transformado em biogs. O

    prximo subproduto coletado na sala de matana: 12 quilos de sangue,utilizados para a fabricao de fertilizantes, colas, espumante para extintor deincndio e rao animal... e como ingrediente de biscoitos, para combateranemia de crianas, O sangue ainda aproveitado no preparo de embutidos(salsicha, lingia, salame, mortadela etc.), vacinas e albumina.As tripas servem para acondicionar esses embutidos e tambm para produzircordas de raquetes de tnis, que protegem os cotovelos dos tenistas mais queas cordas sintticas, pois cedem mais e retornam mais rapidamente posiode origem.Com as patas dianteiras do boi se faz o mocot. Das traseiras se extrai o leo

    de mocot, usado como lubrificante. Os ossos das patas se transformam numagelatina especial para a fabricao de sorvetes e filmes de Raio X.Cascos e chifres, ricos em nitrognio, se prestam produo de fertilizantes etambm confeco de botes e pentes. O couro vira calados, malas, bolsas eroupas.Da glndula hipfise saem vrios hormnios, aproveitados pela indstriafarmacutica. O extrato da glndula pineal (epfise) usado no tratamento deesquizofrenia. Do abomaso - "estmago verdadeiro" - se retira a renina,"coalho" utilizado pelos laticnios.

    Os pulmes e principalmente o fgado fornecem a heparina, um anti-coagulante empregado no tratamento de problemas vasculares.A indstria de pincis usa plos das orelhas e da cauda. As fbricas de saboficam com o sebo do qual tambm se extrai a glicerina, usada em explosivos.Um dos subprodutos mais valiosos o clculo biliar, normalmentecontrabandeado para o Oriente, onde se transforma em remdios contra o"cncer". (Ufa!...)Dizem muitos que "do boi nada se perde, a no ser o berro".Discordamos. Quem pensa assim talvez nunca tenha visto como uma boiada tangida: tranqilizando os animais ao imitar mugidos, o berrante, chegando

    quase a sons sagrados, vai frente. indispensvel harmonia dodeslocamento da boiada; isso, sem contar os malabarismos snicos dos

    berrantes nas festas rurais...

    # Alguns dados foram extrados do Jornal Folha de S. Paulo de15 de janeiro de 1991. (N.A.)

    Cavalo

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    Foi domesticado trs mil anos aps o carneiro, a cabra, o porco, o boi e ocachorro. Sua domesticao se deu na sia e na Europa, sendoimportantssimo fator no desenvolvimento dessas milenares civilizaes.Desde o incio foi usado nas guerras e nos torneios aristocrticos e em desfilesde ostentao social.

    Os cavalos da raa rabe existem h cinco mil anos e so considerados osancestrais de outras raas, como o "quarto-de-milha" e o "mangalarga". Socavalos rsticos e versteis, aptos para provas de hipismo e lida de gado.Posteriormente, vencendo preconceito dos camponeses, passou a substituir o

    boi, nos trabalhos de carga, de sela, de atrelamento (carroa, charrete,mquinas agrcolas etc.) e em moinhos.Com a motorizao da agricultura quase se extinguiu a civilizao do cavalo:nos EUA, antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), e na Europa, aps.Em 1984 o rebanho eqino do Brasil era estimado em 5,4 milhes de cabeas.Os ancestrais fsseis do cavalo provam que sua evoluo lhe deu: maior

    tamanho, na maioria das raas; reduo em algumas raas; desaparecimentodos dedos laterais; crescimento do dedo mdio; dentio: pr-molarestomaram-se molares e os caninos desapareceram.Herbvoro (aps a perda dos caninos?), forte, veloz, em nada o cavalo dependedo homem.Ao contrrio: asseguram os historiadores, naturalistas e pesquisadores, emgeral, que sem o cavalo o mundo no teria alcanado o progresso atual.Indeclinvel admitir que Deus, Criador de tudo e de todos, situando o cavalona Terra o fez para que o animal, com sua fora, alavancasse o progresso

    humano.Nem poderia ser outra a razo para que os cavalos sofressem tantas mutaesgenticas, desde seus ancestrais.Capazes de se deslocar em qualquer terreno, atual mente persiste suautilizao nas propriedades agrcolas, principalmente no Brasil, onde doisteros das fazendas so pequenas, no comportando tratores.Ao se domesticar, o cavalo pe mostra um comportamento de submisso,

    provando decisivamente que o relacionamento entre seres vivos no se norteiapela "lei do mais forte", e, sim, pelo mtuo respeito.So to fiis os cavalos que se igualam aos ces de estimao, demonstrando

    satisfao na presena dos seus donos.A melhor forma de demonstrar gratido a Deus, por ter doado humanidademais um maravilhoso presente - os cavalos -, tratar esses animais comrespeito e afeto, jamais os sobrecarregando ou maltratando.

    Elefantes e camelos

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    Fortssimos e dceis, de grande resistncia, vm ajudando o homem; os primeiros, nos transportes de pesadas cargas, e os segundos, nosdeslocamentos rduos pelos desertos.Os elefantes, asiticos ou africanos, so vegetarianos e sociais; somente aespcie indiana pode ser domesticada. Em algumas situaes, na falta natural

    de alimento (distrbios no ecossistema, provocado geralmente pelo homem),podem os elefantes invadir plantaes.Quanto aos camelos apiam-se bem sobre a areia graas s patas providas dededos muito largos. So ruminantes. As corcovas no dorso so uma reserva degordura que lhes permite jejuar por vrios dias. Quando apresentam uma scorcova tomam o nome de dromedrios.O camelo pode ficar bastante tempo sem beber gua, graas temperaturainterna que varia de 30C noite at 41C durante o dia, tornando atranspirao desnecessria pequena quantidade de urina e passagem detodas as reservas de gua do corpo para o sangue.

    Resiste notvel mente ao frio! Fornece l, couro, leite, carne, gordura e atmesmo seu excremento utilizado como combustvel.

    CaprinosMansos, fornecem agasalho contra o frio, leite e a prpria carne para alimentaro homem.Em 1986, o rebanho caprino do Brasil era estimado em cerca de 8 milhes decabeas.Ces

    Animal domstico por excelncia, de inmeras raas, impossvel de seremdescritas, devido s extraordinrias diferenas introduzidas entre elas pelacriao e seleo. Em tamanho e peso, elas vo desde o "chihuahua" (de 19 a20 cm e 1,5 kg) ao "So Bernardo" (quase 1 m na cernelha - fio do lombo - e100 kg).Acredita-se que o co descenda do lobo e do chacal, espcies com as quais capaz de se cruzar perfeitamente.

    # Revista Guia Rural, abril de 1986, pg. 180. (N.A.)

    Foi domesticado pelo homem desde a pr-histria, prestando-se atualmente aincontveis tarefas, desde guarda (aguda noo de territrio), vigilncia derebanhos, trao de trens, caa, orientao a cegos, competies (corrida degalgos), ou simplesmente como companhia.Seu amor e fidelidade ao dono excedem todos os parmetros comparveis aoutros animais domsticos.

    No Caderno "Cincia" do Jornal Folha de S. Paulo, de 17 de outubro de 1993,vimos:

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    "Cachorros - Pessoas que vivem com cachorros tm quatro vezes maisprobabilidades de sobreviver a um infarto do que as que no tm nenhumanimal domstico. A afirmao do psiclogo Erhard Olbrch, num congressointernacional de veterinrios em Berlim na semana passada.Olbrich diz que a companhia de um animal faz as pessoas se sentirem menos

    ss e mais seguras. Alm disso, os donos so obrigados afazer exerccios e tervida ais ordenada."

    GatosAcredita-se que os gatos foram domesticados pelos egpcios, devido suanatural facilidade ara caar ratos, os predadores dos grandes armazenamentosde alimentos as colheitas eram guardadas para suprimento no perodo de secado Rio Nilo). Aps sua morte, eram objeto de culto, sendo mumificados,

    passando a pertencer deusa Bastet, divindade da Lua, protetora das crianase da famlia. Quem matasse um gato respondia com a ida por este grave

    desrespeito.Depois foram levados para a Europa.Possuindo excelente viso noturna e extrema agilidade, prestam-seadmiravelmente caa; ara os gatos quase no h obstculos invencveis. Taisqualidades fazem ele um animal independente, o que nem sempre bemaceito pelo homem.Isso fez com que na Europa da Idade Mdia, paradoxalmente aos costumesegpcios, quem gostasse de atos era condenado a morrer na fogueira com oanimal (isso porque diziam que as bruxas existiam e os gatos eram acusados

    de ajud-las nas feitiarias, nascendo a, talvez, a superstio de que "gatopreto" d azar).Diz uma lenda annima islmica que Maom tinha um gato chamado Muezza.Os dois nunca se separavam. Um dia, Maom deitou-se no cho paradescansar, Muezza se enroscou dentro de sua manga e dormiu. Maomacordou. Precisava fazer suas oraes, mas sentiu pena do gato que dormiaum sono profundo. Cortou o pedao de sua manga onde o animal se aninhava,acariciou seu plo com cuidado e saiu. Deus, que assistia a tudo, ficoucomovido com a amizade de Maom e Muezza. Decidiu proteger ogato: deu a ele a capacidade de saltar com perfeio e de sempre cair em p,

    em cima de suas quatro patas...Os gatos, na verdade, gostam muito de carinhos e sempre retribuem; s quequando querem, e nunca quando a isso so obrigados.

    Na Itlia, a ENPA (Entidade Nacional de Proteo dos Animais) props aogoverno que os presidirios tivessem um gato, com isso diminuindo ahipertenso e aliviando o maior mal os detentos - a solido.H quem acredite que vivemos "a era do gato", pois s nos EUA, segundo o

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    Jornal Folha e S. Paulo, a populao felina ultrapassou a canina (57 milhes,para 52,5 milhes); no Brasil, segundo o mesmo jornal, so 19 milhes debichos espalhados pelo pas (17 milhes de cachorros ", e 2 milhes de gatos);embora a opo dos homens viesse at pouco tempo sendo pelos cachorros,gatos esto sendo acolhidos nos lares, principalmente porque eles do menos

    despesas e trabalho...# Jornal A Cidade. Ribeiro Preto/SP, 14 de maro de 993. (N.A.)# Jornal Folha de S. Paulo, 7 de maro de 1993. (N.A.)

    AvesEm geral, fornecem alimentos: ovos e a prpria carne. Pssaros engaiolados, guisa de "proteo" (falso argumento de que soltos no sobreviveriam),constituem inconcebvel equvoco, seno maldade.Como restringir o cu a menos de 0,5 m?

    Marsupiais"Marspio" o nome que os zologos deram a uma espcie de bolsa junto aocorpo, existente em alguns animais para carregar filhotes.Dos marsupiais existentes em quase todo o mundo, o mais conhecido oCanguru australiano: at bem pouco tempo era uma espcie em extino e porisso passou a ter proteo especial, na Austrlia. Porm, atualmente o pastem 7 milhes desses animais (apenas no Estado de Nova Gales do Sul),essencialmente herbvoros.

    Aps debates que duraram trs anos, a Austrlia aprovou uma lei que permiteo consumo de canguru. Houve apoio decisivo dos fazendeiros, os quaisalegam que esses animais esto provocando devastao nas plantaes.Por 40 mil anos o canguru fez parte da dieta dos aborgines australianos.

    # Jornal Folha de S. Paulo, 4 de outubro de 1992. (N.A.)# Jornal Folha de S. Paulo, 2 de maio de 1993. (N.A.)

    Nota: Os cangurus so considerados verdadeiros fsseis vivos, assim comoas demais espcies animais de marsupiais. So muito antigos e primitivos

    quanto estrutura. Os milhes de anos no os destruram nem eles destruram"as plantaes"; agora, ironicamente, devem morrer para alimentar homensque destruram sua fonte de alimentao, interferindo danosamente noecossistema...

    PeixesH controvrsia entre os prprios cristos e entre os espritas, em particular, seos peixes devem ou no constituir alimento.

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    Jesus indicou a Simo (e este a outros desanimados pescadores) o localexato do Lago Genesar, onde havia um cardume, proporcionando-lhes pescaabundante (Lucas, 5: 1 a 7):a. Jesus sabia exatamente onde havia peixes, explica-o Kardec em A Gnese,cap. xv, n9: pela superioridade do Mestre, possuidor da "dupla vista"

    (material e espiritual), em grau supremo;b. citando essa superioridade espiritual, os que so favorveis ao consumo depeixes tomam Jesus por seu aval, j que, se tal fosse incorreto, Ele no osincentivaria...;c. j os contrrios ingesto de peixes consideram que a "pesca maravilhosa"foi um evento episdico, verdadeiro chamamento moral, no s para aqueleque passaria a ser o "pescador de almas", como tambm para os milhares emilhares de testemunhas oculares da mesma; "at porque", argumentam, "noh registro de que Jesus tenha jamais se alimentado de peixes"...O Esprito Luiz Srgio, em Chama Eterna, consigna no cap. 37 que "Jesus

    no condenou comermos peixe porque neles no habita um esprito e sim umaenergia muito benfica".Precisamos analisar o significado desse informe, sem carter de oposio:Kardec, tratando da "Gnese Orgnica" da Terra, no cap.X de A Gnese, tece

    preciosas observaes sobre os seres vivos - peixes inclusive - contrapostas atal assertiva.Tateando tal assunto, cujo domnio a Deus pertence, sentimos dificuldadesem excluir os peixes do reino animal, para tambm excluir-lhes esprito,mesmo que rudimentar; alm de biologicamente qualificados nesse reino (o

    animal), vemos que como tal os peixes possuem instintos, nascem, vivem,procriam, morrem...Os peixes possuem encfalo (parte do sistema nervoso) e so animais desangue frio.Algumas pesquisas laboratoriais j esto sendo feitas, particularmenterelativas sua gordura, hormnios e lipoprotenas. Os nutricionistas modernosconsideram timos para a dieta humana o peixe e os frutos do mar. Os leosdos peixes e os frutos do mar so ricos em cidos graxos, alm de vitaminas Ae D, protena de alta qualidade e minerais teis. (Pode ser considerado comoconhecimento nutricional o milenar conselho da Igreja Catlica para se comer

    peixes toda sexta-feira).Jorge Andrea, em Impulsos Criativos da Evoluo, opina que, no imensoimpulso das transformaes animais, certos peixes migraram para a terra;

    barbatanas e nadadeiras evoluram para mos e membros dos animaissuperiores; na Groenlndia, em 1952, foi encontrado um fssil representandoum peixe com pernas!

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    Diz-nos o Esprito Miramez, em Francisco de Assis, no captulo "O ApstoloJoo", que este pregava aos peixes a "Boa Nova do Reino", e que eles ouviamseu sermo "a fim de beberem alguma coisa mais de divino do divino doador".

    No mesmo captulo testificado que "tanto as guas como os peixes estocarregados de elementos imponderveis cincia dos homens, os quais so

    indispensveis aos fenmenos produzidos pelos msticos e pelos santos".Seria essa a "energia muito benfica" qual o Esprito Luiz Srgio se referiu?E tal energia justificaria a inexistncia ou ausncia de alma-animal nos peixes?Cremos que a resposta para a primeira pergunta sim, e, no, para a segunda.

    CetceosSo mamferos marinhos de grande porte.Tm respirao area mas podem permanecer sob a gua at uma hora agrande profundidade.So extremamente inteligentes dentro das caractersticas animais.

    No livro gua e Sexualidade (Ed. Siciliano/S. Paulo! SP, 1990), o dr. MichelOdent, autor mundialmente famoso por seu trabalho em partos dentro d'gua,inclui valiosssimas informaes sobre os golfinhos, em particular.Analisando o tringulo "macaco-homem-golfinho", o autor prope que ohomem um primata.., aqutico! (As preciosas informaes cientficas deJorge Andrea, na citada obra Impulsos Criativos da Evoluo, particularmentesobre os animais aquticos, corroboram a tese de Michel Odent e at mesmoacrescentam-lhe mais informes, exigindo profundas reflexes para recus-la...).

    Eis alguns dos argumentos do dr. Michel Odent: das 193 espcies vivas demacacos e smios 192 so cobertas de plos; a nica espcie sem plos se autodenominou "homosapiens"...; dentre todos os primatas, s o homem tem umacamada de gordura sob a pele, a exemplo de todos os demais mamferos,adaptados gua; biologicamente, o controle da temperatura pela perda dosuor vem sendo considerado um erro: bebs no suam, s adultos; isso pareceindicar que tais perdas no aconteceriam se vivssemos em ambiente aqutico,onde gua e minerais existem; andar na posio ereta liberta as mos para ouso de instrumentos e armas, contudo onera o organismo, da surgirem ashrnias de virilha e as dores nas costas; tal posio empregada por golfinhos

    domesticados, quando aguardam comida dos treinadores; igualmente, porpeixes-boi amamentando seus bebs; a postura sexual face a face nica doshomens, em todos os primatas; j os cetceos se acasalam como a espciehumana; lgrimas, s os homens as possuem expressando sentimentos;acontece que glndulas lacrimais s existem em mamferos e outros animaismarinhos; o homem sente naturalmente extrema atrao pela gua, aocontrrio, por exemplo, dos macacos; os homens so os nicos primatas

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    Pensar que algum provoca dor por gosto ou mesmo por irresponsabilidadeimpe que do contexto "animal de laboratrio" sejam excludos pesquisadorese inserido sdicos; nessa hiptese, o "sado-pesquisador" (?) certa mente noter qualquer espao ou futuro, no s pelo testemunhos dos colegas mas

    principalmente pela ausncia de bons resultados, eis que animais maltratados

    resultam em concluses insatisfatrias.Sem condenao "a priori": a agrada-nos saber que Instituies Oficiais do"Primeiro Mundo" oferecem atraentes prmios:a. cientistas que desenvolvam suas pesquisas e descobertas unicamente "invitro" (sem emprego de animais);b. entristece-nos saber que nos EUA existem indivduos que, por dinheiro,se oferecem como cobaias. Alis, aqui mesmo no Brasil, os jornais amideanunciam rins e olhos de pessoas que se dizem saudveis e dispostas a do-los mediante "expressivo agradecimento em dinheiro".

    Obs.: Nossa legislao probe o comrcio de rgos humanos. (VideConstituio/1988 - art. 199 4.)S admite a doao entre parentes.Visa a lei evitar comrcio camuflado em "gestos de generosidade".Antes de prosseguirmos, vejamos importantes consideraes a respeito dador, contidas no cap. XIX do livro Ao e Reao, psicografado pelo mdiumFrancisco C. Xavier, de autoria do Esprito Andr Luiz, consignando a dor emtrs diferentes situaes:

    Dor-EvoluoAge de fora para dentro, aprimora o ser, d-lhe progresso.Cita exemplos: animais em sacrifcio, a semente na cova, a criana chorando...Dor-ExpiaoAge de dentro para fora. Marca a criatura no caminho dos sculos, situando-aem labirintos de aflio, regenerando-a e quitando-a perante a Lei Divina deJustia.Dor-Auxlio aquela representada, na maioria das vezes, na vi sita de prolongadasdoenas fsicas, impeditivas de maiores quedas morais nos abismos da

    criminalidade. Ou, ainda como elemento preparatrio para a transio damorte habilitando o ser a longas reflexes.

    Presena da dor na TerraA dor est presente em todos os seres vivos: homens animais e vegetais.Vejamos a funo da dor em cada caso:

    Homens

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    Desde os tempos mais remotos at nossos dias, a dor vem sendo consideradapor muitos como "castigo de Deus". Esse um tremendo equvoco pois Deusno castiga o pecador nem concede prmios ao justo: o que realmente existeso as Leis Divinas, balizando o comportamento humano; tais Leis - no casoa de Justia - tm inarredvel aplicao e isso foi conceituado por Jesus

    quando afirmou que "A cada um segundo suas obras"Como atribuir ao Pai -Amor, Bondade, Inteligncia, Justia supremas - osentimento de "castigar"? Ficar feliz ou triste, ante o justo ou o pecador? Ou"vingar-se"?Sinceramente: isso reduzir Deus s emoes humanas.Jamais!H que dimensionar Deus em escala maior, muito maior: a Perfeioinalcanvel, o Amor eterno, o Criador de tudo e de todos! E, ainda assim, soreduzidssimas as possibilidades vocabulares expressar ou conceituar oCriador.

    No patamar evolutivo terreno, somente em nosso corao Deus pode ser

    sentido, dentro do possvel. Quando um banhista tiver seus ps beijados pelasespumas das ondas marinhas se espraiando, e quando molhar suas mos numgesto instintivo, poder comparar, ainda que pobre mente, a grandeza deDeus: Ele o mar e as gotas so o mximo que nossa compreenso alcana.A dor inapelvel conseqncia do erro.Eficiente professora, todos os que se desviam do reto procederautomaticamente setrans formam em seus alunos. Aprendem, s vezes emduros embates, decorrentes de inconformismo ou blasfmias, que, longe de seruma inimiga, ela - a dor - anunciao de que a felicidade est inquieta ante a

    demora do sofredor em conquist-la. Alertando quanto s conseqncias dosmaus atos, impede sua perpetuao neles. Em ltima anlise, corretora dedesvios comportamentais fraternos.Quando o esprito se compenetra de que colher segundo o que plantar,entende, na amplitude, o conselho do Cristo: "A cada um ser dado segundosuas obras".Parece-nos que esse conselho dirigido mais quele que transgrida a LeiDivina do Amor, grande maioria da humanidade, ns inclusive.Assim, no ser prudente nem admissvel conjeturarmos sobre eventual falhada Vida, que imponha sofrimento a inocentes. A Natureza, mais propriamente

    Deus, Nosso Pai, a Suprema Inteligncia e de forma alguma se enganaria aoatribuir expiaes ou provaes.Repetimos: urgente destruir o conceito de que Deus "castiga" ou "premia" -as Leis Naturais, criadas antes dos seres, balizam toda sua trajetria evolutiva.Por isso, aquele que sofre, sofre na medida exata da sua prpria culpa e nadimenso adequada sua capacidade de resgate. Uma doena, por exemplo,numa representao cartesiana - da manifestao cura -, percorrer umacurva de nvel em que a ordenada (eixo vertical) ser a intensidade d

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    sofrimento (dores fsicas, angstias, seqelas etc.), e abscissa (eixo horizontal)ser o tempo de durao.Muito contribui o Espiritismo nessa questo.Se tal grfico quantifica a dor, a Doutrina Esprita qual isto , remonta-a

    prospectivamente origem.

    Como?Pelos postulados da reencarnao, bno das bnos divinas, onde osregistros do Tempo tudo anotam, relativamente a cada criatura.To sublime e to elevada a reencarnao, e to celestiais seusadministradores (Entidades Siderais), que seria imperdovel ousadia humana, vista apenas do presente, perscrutar seus fundamentos em busca de eventuaisenganos. Do tipo: "Por que criancinhas morrem tragicamente?" "Por que Aidsem crianas?" "Por que h os que nascem cegos?" "Por que coletividadesmorrem mngua, de fome?"...Certamente, e apenas disso podemos estar certos, dvidas antigas, contradas

    em outras vidas.Pelos mecanismos reencarnacionistas, todos evoluem, de vida em vida, deerro em erro, de acerto em acerto, de aprendizado em aprendizado, deconvivncia em convivncia, de resgate em resgate, de aquisio emaquisio...O mundo no residncia exclusiva de inquilinos humanos: nesse trajetoevolutivo, o racional a princpio no o era, vindo dos remos inferiores,tutelado sempre por prepostos de Jesus. At por reconhecimento disso, quandono seja por gratido, no cabe ao homem dispor da vida dos seus irmos

    animais, seja a que ttulo for.H "espritos da natureza" cuja misso proteger os animais, sob orientaode espritos elevados. Podemos imaginar o que sentem esses Mensageiros doAmor Divino ante a dor imposta pelos homens aos animais?O homem, no incio de seu estgio evolutivo como racional, recebe de Deusuma essncia (a mnada, da qual trataremos adiante), contendo

    potencialmente todos os atributos divinos, qual semente que ter de vencertoneladas de terra, para um dia, rvore, frutificar.

    No mago da conscincia, certamente at mesmo os cientistas - privilegiadoscrebros humanos - ho de registrar que o sacrifcio de animais

    procedimento que coloca a Cincia em rota de coliso com a natureza, medadivosa de todos os seres vivos.Falando-se de pesquisas cientficas - segmento da agropecuria - inaceitvel a profanao da naturalidade gentica, em busca de ganhos financeiros; seusresponsveis, nas etapas reencarnacionistas seguintes, muito provavelmentetero estgios de grande carncia material, talvez at em pases onde o animalseja exacerbadamente protegido, intocvel.

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    AnimaisMuitas pessoas questionam o fato de os animais sofrerem, muitas vezescruelmente, sem que isso possa ser enquadrado na Justia Divina, eis que no

    possuem conscincia, nem livre-arbtrio, e, em conseqncia, neles no hdbitos a resgatar.

    No caso dos animais, precisamos considerar que neles a dor age como impulsoevolutivo: ante o perigo, o instinto de sobrevivncia conduz a mecanismos dedefesa: ocultao, fuga, combate; quando feridos, os prprios animais,eventualmente seus companheiros, lambem os machucados numa rudimentarao de a na busca da cura ou alvio - isso representa os primrdios dafraternidade; quando morrem em acidentes ou em sinistros naturais, ou aindaquando por qualquer razo ficam aleijados, h nesses fatos todo um quadro deaquisio de experincias e aprendizados marcantes, relativo dor, queimpregna o ser para a eternidade; quando abatidos ou injuriados pelo homem,de forma intencional ou no, seja pelo motivo que seja, duas hipteses, no

    mnimo, podem ser avocadas:1. trata-se da "dor-evoluo" e seu sacrifcio promove ou resulta no bem.2. talvez o animal esteja no final da depurao evolutiva de sua linhagem.Essa ltima hiptese tem que socorrer-se das escalas evolutivas dos seres:

    No seriam os bovinos o ltimo degrau evolutivo da linhagem dos mamferospredadores de grande porte, hoje extintos? Os gatos no seriam a resultanteevolutiva dos feldios? Os ces no seriam o topo da rvore genealgica doscandeos? Os roedores, sucumbindo aos milhares nos laboratrios de

    pesquisas, no estariam atenuando seu repulsivo contato com a humanidade?

    No podemos esquecer que os "hamster", as cobaias e mesmo os coelhos soanimais de muito agradvel presena, j havendo os domsticos. Quanto aosanimais domsticos em geral, que recebem cuidados e conforto extremos, serque isso os torna realmente felizes? At que ponto sua natureza valoriza essaartificial "humanizao"? Um co, tratado com sofisticao, talvez noapreciasse mais rolar na grama, correr pelos campos, matos ou grandesespaos, junto a outros companheiros, do que viver segregado emapartamentos, sobre almofadas acetinadas? E, ainda, s dietas impostas, um"msero" ossinho no o agradaria mais? E que dizer de seus impulsos sexuais:ou impedidos ou realizados em encontros hbridos de naturalidade?

    Agora, o mais grave: o que pensar dos ces, geralmente de grande porte enaturalmente ferozes, serem treinados para ataque, sendo-lhes incutidasmaiores doses de agressividade, brutalidade, destruio? E ainda pior: animaistreinados para duelos com similares ou no, tendo por pano de fundo grandesapostas financeiras.Francamente: os dois ltimos casos (cerceamento da sexualidade e aumento daferocidade) representam, respectivamente, vertentes da ignorncia e crueldadehumanas; quanto aos demais, matria para reflexo.

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    A ignorncia desaparecer medida que o homem evolver, em mundoscompatveis ao seu estgio moral.A crueldade, porm, significa contrao de pesadas dvidas ante o tribunal daconscincia de quem a pratica; esses, despertos pelo arrependimento dessessonhos trevosos a que voluntariamente se entregaram, tero a dor por

    corregedoria; seus sofrimentos sero proporcional- mente iguais aos queinfligiram. Provavelmente, esta seja uma das causas de tantas doenas, tantasanomalias congnitas, tantos desastres mutiladores.

    VegetaisExistem doenas peculiares que exigem adubos e fungicidas.Plantas domsticas "apreciam" o carinho de quem as trata, tanto quanto seretraem ante agresses fsicas, sonoras ou ambientais. Uma rvore tombada nocho um dos espetculos que mais deprimem os amantes da natureza: aseiva escorrendo dos troncos e galhos, as folhas murchando e perdendo o

    brilho.

    MineraisOs minerais sofrem dor?O Esprito Andr Luiz, na obra citada neste captulo, informa que "o ferro sobo malho sofre a dor-evoluo, ajudando o progresso da economia da vida emexpanso". Tal citao, salvo melhor juzo, traduz to-somente figura potica,

    judiciosamente aplicada dentro do contexto em que foi inserida.

    A dor no sculo XXIA Medicina, desde seus primrdios, vem buscando formas de combater a dor,mal que afeta a todos os seres vivos. Apenas para citarmos um exemplo: ahumanidade sofre de cerca de cem tipos diferentes de dor de cabea, segundoclassificao feita em 1988 pela "Sociedade Internacional de Cefalia". Foramencontradas mmias com trepanao craniana (perfurao cirrgica),indicando que a dor de cabea velha companheira do homem.Analgsicos e incontveis terapias da atualidade certamente sero modificadosno decorrer do sculo. Concentram-se hoje os cientistas em trabalhar noschamados "portes da dor": um na medula espinhal e outro nas terminaes

    nervosas especficas, na periferia do trauma (ou da injria), que desencadeiama dor. A idia fechar tais "portes", copiando a natureza, com aadministrao de drogas, semelhantes endorfina (produzida pelo sistemanervoso central). A endorfina um tipo de morfina fabricada pelo corpo.Parte desse processo j vem sendo empregada nas cirurgias, sendo

    previamente administrados anestsicos locais no ponto do machucado, almdos gerais. Com isso, as mensagens da dor, na hora e aps a cirurgia, so

    bloqueadas e a recuperao do paciente sensivelmente menos dolorosa.

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    Para casos extremos a Medicina j realiza as chamadas "cirurgiasanalgsicas", que interrompem o fluxo dos sinais de dor, seccionando partesdas vias que os conduzem.Feitas as consideraes acima, cabe questionar quanto aos progressos daMedicina que sinalizam a supresso total da dor num futuro breve:

    Fato 1 - Presena da dorA dor acompanha todos os seres vivos, desde sua criao; a dor sempresubjetiva (cada indivduo aplica a palavra segundo experincias relacionadas amachucados no incio da vida); A dor ocorre tambm por razes psicolgicas,ausentes quaisquer ferimentos ou leses; A dor provoca reaes com algumasemelhana, principalmente entre homens e animais.Fato 2 - Ausncia da dorSem dor, o sistema de vida neste mundo ser infinita mente melhor que oatual; devem ser excludos do item anterior os casos em que a ausncia da dorse deve a alguma morbidez, tal como a hansenase (hansenianos tm graves

    traumas, pois a insensibilidade no promove cuidados ou defesas em casos deferimentos).Fato 3- Fundamento espiritual da dor

    Necessariamente, a evoluo espiritual distancia o indivduo da dor; a dor um processo de despertamento que age em potencial: s se apresenta quandoalguma coisa est errada - tanto espiritual, quanto materialmente se falando;no fosse a dor, todos os que agissem erradamente, muitas vezes comcrueldade, jamais retificariam to infeliz trajetria: o mal, neles, se

    perpetuaria; pelo princpio da compulsoriedade os Mensageiros Celestiais,

    norteados pela Justia Divina, freiam o mau comportamento do rprobo que,em conseqncia, sofre alguma doena ou incapacidade, dolorosas einibitrias - desde a existncia presente ou em vidas futuras.Como podemos conjeturar, a dor um mecanismo de alerta. Dos maiseficientes... Com ou sem leso, manifesta-se de incio sobre o organismo,impondo reao imediata ao princpio espiritual do sofredor (homem ouanimal), visando expurg-la.Livrar-se da dor ato intrnseco dos seres viventes normais.Supor que tal processo seja totalmente banido da face da Terra, remeter-nos-a transcendentais conseqncias, emergindo a principal: o mundo deixando de

    ser de "provas e expiaes", sendo promovido a "mundo de regenerao", noelevado dizer de Allan Kardec)Em acontecendo tal promoo, seus habitantes sero mais felizes.Quando isso ocorrer?

    No Terceiro Milnio, que j se avizinha?Seria imprudente responder, mas pela Lei Divina do Progresso esse o nossofuturo.

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    1 - Em O Livro dos Espritos, Ed. Petit, (questes n 182 e 185) de AllanKardec; O Evangelho Segundo o Espiritismo, Ed. Petit, tambm de AllanKardec, Cap. III, n 3 e 4- "Diferentes categorias de mundos habitados".(N.A.)Hermnio C. Miranda, festejado escritor esprita, diz-nos:

    "As dores resultam precisamente do nosso atrito com as ordenaes csmicascriadas para corrigir desvios, a fim de que o universo no reverta ao caos deonde saiu e, ao mesmo tempo, para que cada um encontre o seu caminho nalonga peregrinao de volta a Deus.Com cerca de dois milnios de genuna prtica crist - leia-se comportamentoadequado -, no teramos conjurado de todo as dores do momento quevivemos, mas, pelo menos, estaramos preparados para elas, cientes econscientes de suas razes e de suas motivaes corretivas.Possamos gravar bem vista, nos escaninhos da memria, que a dor costumamarcar o momento primeiro no qual a libertao comea a alvorecer, desde

    que tenhamos aprendido a lio, s vezes dura, que ela nos ministra.Para que este conceito se implante, contudo, e lance suas razes e suscite, emnossa intimidade, urgentes mudanas de postura e de ao, impe-se a

    premissa de que somos seres imortais, reencarnantes e responsveis,programados, desde as desconhecidas origens, para a felicidade total e a pazdefinitiva."Quanto Medicina descobrir meios para banir a dor, isso maravilhoso.Cumpre apenas ponderar quantos sofredores tero condies de usufruir dessa

    benesse, j que, atualmente, muitos outros progressos cientficos esto a

    "milhas de distncia" de grande parte das pessoas e at mesmo de pases, porquestes financeiras ou polticas.2- Em Boletim Semanal Esprita SEI, Rio de Janeiro, 30 de janeiro de1993. (N.A.)Somente com a implantao do Reino de Deus, que o do Amor, aHumanidade ter a dor como lembrana e como angelical motivao paraauxlio nos mundos onde ainda exista.Obs.: Dor nos vegetais - duas proposies:a. Esprito Andr Luiz, em Ao e Reao, Cap. XIX: "os vegetais progridem

    pela dor-evoluo";

    b. Lon Denis, em O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Cap. XXVI- ADor: "tudo o que vive neste mundo: natureza, animal, homem, sofre"... (grifonosso); "o homem precisa do sofrimento como o fruto da vida precisa do lagar

    para se lhe extrair o licor precioso" (grifo nosso).Sem muito esforo, creditamos os conceitos acima insuficincia dalinguagem humana, para melhor explicitar o progresso dos vegetais, por aesem muito semelhantes s que nos animais e nos homens lhes causam dor(quaisquer danos fsicos).

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    Um edifcio chamado Espiritismo

    Considerando que espritos iluminados - particular- mente o "Esprito deVerdade" - sustentaram Kardec na codificao da Doutrina Esprita, podemosimaginar que ele foi o mestre-de-obras designado para construir o alicerce,

    firme e completo, sobre e a partir do qual incessante- mente se ergueria umaobra moral - o Espiritismo. Essa obra, desde seu incio, teve o carter deabrigo universal, a todos os homens de boa vontade, no comportandoquaisquer extratos - filosficos, morais ou religiosos; seus andares seriamocupados, a partir do "trreo", proporcionalmente na razo direta da evol