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75ª Edição de 01 a 15 de novembro de 2012 Visite a página da Sala de Imprensa da EACH. Lá você também encontra outras notícias importantes sobre a nossa escola Acesse: www.each.usp.br/site/sala-imprensa Portal da USP 01/11/2012 Simpósio da Edusp é destaque no “Palavra do Reitor” de hoje O reitor João Grandino Rodas abriu o programa de hoje, dia 1º de novembro, destacando o Simpósio Internacional “Livros e Universidades”, que será realizado na semana que vem, como parte das comemorações dos 50 anos da Editora da USP (Edusp). O Simpósio acontecerá no anfiteatro do novo prédio da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, que abrigará, em breve, o acervo de aproximadamente 40 mil volumes doado pelo casal. Além da Brasiliana, o prédio também será a sede do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB); do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi); da Brasiliana Digital; do Centro Guita Mindlin de conservação e restauração do livro e do Centro de Estudos do Livro. O programa também mencionou duas importantes iniciativas da Universidade: a Incubadora Tecnológica e Social da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), que apoiará 14 projetos baseados em tecnologia com foco social até que se tornem autossustentáveis. A outra iniciativa é o Programa USP Conferências, da Pró-Reitoria de Pesquisa, que realizará uma conferência sobre engenharia entre os dias 6 e 8 desse mês. Outro assunto em destaque foram as inaugurações realizadas nessa terça-feira, dia 30, no campus de Ribeirão Preto. Além de dois novos prédios, um na Escola de Enfermagem e outro na Escola de Educação Física e Esporte, foi inaugurado oficialmente o conjunto arquitetônico da Faculdade de Direito, que se consolida como um centro de referência de padrão internacional em ensino, pesquisa e extensão na área do Direito. “Nós estamos falando de dois prédios, o da Faculdade de Direito de

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Acesse: www.each.usp.br/site/sala-imprensa

Portal da USP 01/11/2012

Simpósio da Edusp é destaque no “Palavra do Reitor” de hoje

O reitor João Grandino Rodas abriu o programa de hoje, dia 1º de novembro, destacando o Simpósio Internacional “Livros e Universidades”, que será realizado na semana que vem, como parte das comemorações dos 50 anos da Editora da USP (Edusp). O Simpósio acontecerá no anfiteatro do novo prédio da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, que abrigará, em breve, o acervo de aproximadamente 40 mil volumes doado pelo casal. Além da Brasiliana, o prédio também será a sede do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB); do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi); da Brasiliana Digital; do Centro Guita Mindlin de conservação e restauração do livro e do Centro de Estudos do Livro.

O programa também mencionou duas importantes iniciativas da Universidade: a Incubadora Tecnológica e Social da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), que apoiará 14 projetos baseados em tecnologia com foco social até que se tornem autossustentáveis. A outra iniciativa é o Programa USP Conferências, da Pró-Reitoria de Pesquisa, que realizará uma conferência sobre engenharia entre os dias 6 e 8 desse mês.

Outro assunto em destaque foram as inaugurações realizadas nessa terça-feira, dia 30, no campus de Ribeirão Preto. Além de dois novos prédios, um na Escola de Enfermagem e outro na Escola de Educação Física e Esporte, foi inaugurado oficialmente o conjunto arquitetônico da Faculdade de Direito, que se consolida como um centro de referência de padrão internacional em ensino, pesquisa e extensão na área do Direito. “Nós estamos falando de dois prédios, o da Faculdade de Direito de

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Ribeirão Preto e o da Biblioteca Brasiliana, que marcam uma mudança no conceito de infraestrutura da USP. Eles são prédios com um design apurado e com acabamento que vai durar décadas. Fazer prédios extremamente rápidos, com uma durabilidade pequena e um design pobre é algo que não se coaduna com a Universidade de São Paulo. A diferença do gasto de se fazer um prédio tradicional e um outro, muito mais bem feito, não é grande; a questão é muito mais o cuidado, porque o gasto é praticamente o mesmo”, explica o reitor.

Na seção Túnel do Tempo, o programa resgata uma entrevista concedida em 1968 pelo Almirante Negro, líder da Revolta da Chibata, na qual marinheiros se revoltaram com os duros castigos físicos que recebiam quando cometiam alguma indisciplina. O motim aconteceu no dia 25 de novembro de 1910 e seu líder, o marinheiro negro João Cândido Felisberto, ficou para sempre conhecido como Almirante Negro.

A partir de agora, todos os programas “Palavra do Reitor” sortearão livros da Edusp. Hoje, os ouvintes Lucas Lima Gomes da Silva e Rosemary Vieira da Cunha, ganharam o livro “Ferrovias e Mercado de Trabalho no Brasil do Século XIX”, da professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP), Maria Lucia Lamounier.

Ouça o programa em: http://www.usp.br/imprensa/?p=25934

Folha de S. Paulo 04/11/2012

Haddad começa a montar sua administração

Petista volta de viagem e trabalha a partir de amanhã na definição de secretarias e de sua equipe na prefeitura

São Paulo deve ganhar três novas pastas; outras terão suas funções redefinidas na nova administração

Reforma administrativa e montagem de governo. Esses serão os temas principais sobre os quais o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), vai se debruçar a partir de amanhã.

Haddad viajou na quinta-feira com a família e deve retornar hoje a São Paulo. Amanhã ele volta ao trabalho. E definir quais secretarias serão extintas, quais cargos serão criados e quem vai dirigir cada pasta passa a ser o trabalho principal do petista.

Gilberto Kassab (PSD) tem 29 secretários. Haddad prometeu criar três pastas: Secretaria da Promoção da Igualdade Racial, Secretaria de Políticas para as Mulheres e Controladoria-Geral do Município -esta última fruto da fusão da Ouvidoria com a Corregedoria-Geral do Município.

As mudanças não devem parar por aí. As apostas são que o governo petista terá uma configuração completamente diferente da atual gestão, com menos secretarias.

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Um exemplo: a arrecadação da prefeitura e a execução orçamentária estão separadas. A Secretaria de Finanças cuida da receita. Planejamento cuida das despesas.

Essas duas funções devem ser unificadas na gestão de Haddad sob o guarda-chuva de Finanças. Já a Secretaria de Planejamento deve voltar a ter a função antiga, de cuidar do desenvolvimento urbano e econômico da cidade.

Se isso for confirmado, as secretarias de Desenvolvimento Urbano e Desenvolvimento Econômico serão extintas e suas funções serão incorporadas à pasta do Planejamento. Tudo exatamente como era na gestão petista de Marta Suplicy (2001-2004), quando Haddad trabalhou na Secretaria de Finanças.

OUTRAS MUDANÇAS

Há ainda a possibilidade de fusão das pastas de Governo e Relações Institucionais em uma única secretaria política, que provavelmente será comandada pelo vereador Antonio Donato, presidente municipal do PT e coordenador da campanha e da equipe de transição de Haddad.

Outra pasta que deve ser extinta é a de Controle Urbano, que tem funções sobrepostas com as secretarias de Habitação e Subprefeituras.

Também está em estudo a situação da secretaria da Copa do Mundo. O PC do B, da vice-prefeita eleita Nádia Campeão, quer continuar no controle das ações para a Copa na cidade, função que já exerce no governo Kassab.

O partido reivindica ainda o comando das secretarias de Esportes e da SPTuris, empresa municipal de turismo, e admite incorporar as funções de articulação para a Copa em uma dessas duas áreas.

SECRETÁRIOS

Nenhuma mudança foi definida por enquanto. O próprio Haddad deve se debruçar sobre o assunto.

Ele também começa nesta semana a conversar com os partidos que darão sustentação ao seu governo -PSB, PC do B, PP, PMDB, PSD e PHS, além do próprio PT.

Com as reivindicações dos partidos e o novo organograma da prefeitura em mãos, Haddad vai começar a montar a equipe de governo.

Donato disse que espera que os nomes dos futuros secretários sejam anunciados em dezembro, mas alguns deles devem sair antes.

Além de Donato, são dados como certos no futuro secretariado os outros dois integrantes da equipe de transição, Luís Fernando Massonetto e Ursula Dias Peres.

Professor no Largo São Francisco, Massonetto deve ficar com a área jurídica -Negócios Jurídicos ou a futura Controladoria-Geral.

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Amigo pessoal e homem de confiança de Haddad, ele também é cotado para a chefia de gabinete -exerceu esse cargo no Ministério da Educação- ou até para a Secretaria de Educação.

Ursula, professora de finanças públicas na USP Leste, é hoje a mais cotada para a Secretaria de Finanças.

Leia esta notícia em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/76011-haddad-comeca-a-montar-sua-administracao.shtml

Agência USP de Notícias 05/11/2012

Empreendedorismo

No dia 6 de novembro, a partir das 16 horas, a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP promove palestra com Dirceu Pio, autor do livro Caminhos seguros para o empreendedor. O evento, que terá cerca de 200 alunos dos cursos de Marketing, Lazer e Turismo e Sistemas da Informação, faz parte do projeto Imil na sala de aula, do Instituto Millenium, que promove encontros entre especialistas e alunos dos cursos de graduação de todo o Brasil visando discutir temas diversos nas áreas de economia, direito, política, sustentabilidade, entre outros. Após a palestra, os estudantes farão uma resenha sobre o tema exposto e os textos serão publicados na página do projeto, hospedada no site do Instituto Millenium. O endereço da EACH é na Rua Arlindo Béttio, 1000, Ermelino Matarazzo, São Paulo. Leia esta notícia em: http://www.usp.br/agen/?p=119464

Jornal o Estado de S. Paulo 06/11/2012

Medicina volta a ser a mais concorrida na USP

Carreira, com 56,43 candidatos por vaga, em 2011 havia ficado em 2º lugar entre as mais disputadas na Fuvest; vestibular tem mais de 159 mil inscritos

Medicina voltou a ser o curso mais concorrido do vestibular da Fuvest, com média de 56,43 candidatos disputando cada uma das 275 vagas. No ano passado, a carreira ficou em segundo lugar no ranking das mais disputadas: perdeu para Engenharia Civil no câmpus da USP em São Carlos.

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A Fuvest selecionará alunos para 10.852 vagas da Universidade de São Paulo (USP) e 100 da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa da capital. O total de inscritos nesta edição do exame é de 159.609 - 8,6% a mais que o ano passado. São 21.515 treineiros, estudantes que ainda não concluíram o ensino médio e farão as provas como teste.

A segunda carreira mais concorrida este ano é Engenharia Civil em São Carlos, com uma relação de 53,18 candidatos/vaga, seguida por Publicidade e Propaganda (48,46 c/v), Ciências Médicas em Ribeirão Preto (45,45 c/v), Relações Internacionais (42,90 c/v) e Jornalismo (41,57).

Com exceção de Relações Internacionais, todos os cursos tiveram procura superior à registrada no ano passado.

Ao todo, 17 cursos têm concorrência maior que 25 candidatos/vaga. Os menos disputados são Ciências da Natureza na USP Leste (2,23 c/v), Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental (2,60 c/v) e Ciências da Atividade Física (2,63 c/v) - este último bacharelado também é oferecido no câmpus da zona leste da capital.

O curso de Saúde Pública foi o lanterna do ano passado, com 1,3 candidato para cada vaga. Este ano, o número saltou para 9,78.

No dia 19 serão divulgados os locais de exame da primeira fase, marcada para o dia 25. A prova terá 90 questões de múltipla escolha sobre as disciplinas do ensino médio e deverá ser resolvida em cinco horas.

A lista de candidatos convocados para a segunda fase será publicada em 17 de dezembro. As provas desta etapa, prevista para ocorrer entre 6 e 8 de janeiro, terão duração de quatro horas.

O exame será realizado na capital, na Grande São Paulo e em outras 18 cidades do interior e do litoral do Estado.

Videoaulas. Para ajudar os estudantes a revisar o conteúdo, o Estado, em parceria com o Grupo Positivo, publicará, até dia 24, 56 videoaulas sobre os assuntos mais cobrados pela Fuvest e pelo vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), cuja primeira fase ocorre dia 11.

É a continuação do projeto Super Aulas Positivo Estadão, que levou aos candidatos do Enem cem videoaulas.

O novo material também será publicado no canal do Estado no YouTube (youtube.com/estadao). A cada dia entrarão no ar duas ou três aulas, cada uma com duração média de 30 minutos. Na estreia, ontem, foram divulgadas aulas de matemática e história.

Leia esta notícia em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,medicina-volta-a-ser-a-mais-concorrida-na-usp-,956193,0.htm

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Rádio Estadão 07/11/2012

Professores da USP no secretariado de Haddad

Ouça esta notícia em: http://www.usp.br/agen/wp-content/uploads/07_11_2012_003.wma

Portal da USP 07/11/2012

Envelhecimento é o tema do USP Revista desta semana

O USP Revista, veiculado em 7 de novembro, abordou um tema que interessa a todos: o envelhecimento. Para falar sobre o assunto foram convidadas a coordenadora do curso de Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), Monica Sanches Yassuda, e a coordenadora do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI), Meire Cachioni.

As pesquisadoras falam sobre o que é o envelhecimento bem-sucedido e a importância da alimentação, da atividade física, da memória, do planejamento e da vida social no processo de envelhecimento. “Sem dúvida é possível envelhecer com saúde e com qualidade de vida. Essa é uma das definições do envelhecimento bem-sucedido: é você conseguir envelhecer adiando a chegada das doenças, mantendo o envolvimento com a vida e permanecendo engajado socialmente e mentalmente”, explica a professora Monica.

A professora também fala sobre a escassez de profissionais especializados no tratamento de idosos no Brasil e do curso de Gerontologia da USP, estruturado em quatro pilares: saúde no envelhecimento, aspectos psicológicos do envelhecimento, aspectos sócioculturais do envelhecimento e gestão voltada à terceira idade.

De acordo com a coordenadora do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI), Meire Cachioni, o envelhecimento não é uma responsabilidade exclusiva de cada indivíduo: “principalmente na área da saúde, a responsabilidade de um envelhecimento bem-sucedido parece estar ligado apenas ao compromisso individual, mas, na verdade, existe um compromisso do Estado em dar subsídios para que as pessoas possam ter uma vida digna e um envelhecimento bem-sucedido”.

Ouça esta reportagem em: http://www.usp.br/agen/wp-

content/uploads/07_11_2012_003.wma

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Jornal o Estado de S. Paulo 07/11/2012

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Portal da USP 08/11/2012

Feira de Inovação da USP é tema do Globo Universidade

As inovações científicas criam conhecimento e geram produtos para a sociedade. Para incentivar a inovação nas universidades, a USP promoveu, entre os dias 23 e 25 de agosto, a primeira Feira USP de Inovação e Empreendedorismo (USPiTec), realizada na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). A Feira foi o tema do programa “Globo Universidade” que foi ao ar no último sábado, dia 3 de novembro.

Assista à notícia em: http://www.usp.br/imprensa/?p=26085

Portal Veja online 08/11/2012

Estrelas binárias criam jatos em nebulosa planetária

Cientistas confirmam que Fleming 1 tem duas anãs brancas em seu interior que trocam matéria entre si. Fenômeno, até então sem explicação, faz com que jatos cósmicos sejam lançados dos polos de uma das estrelas

Ricardo Carvalho

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A nebulosa planetária Fleming 1 observada com o Very Large Telescope, do ESO. Na imagem, aparecem as estruturas simétricas dos jatos existentes nas nuvens de gás circundantes (H. Boffin/ESO)

Edward Pickering (1846-1919), diretor do Harvard College Observatory, disse certa vez que sua governanta faria um trabalho muito melhor do que os assistentes que o observatório da universidade americana dispunha no final do século 19. Ele não poderia estar mais certo. Aluna brilhante desde os tempos do colégio, a escocesa Williamina Fleming (1857-1911) rapidamente aprendeu o ofício, desenvolveu novos métodos de classificação de estrelas e foi a primeira a observar e catalogar diversos corpos celestes. Entre eles, a nebulosa planetária batizada de Fleming 1.

Desde que o desenvolvimento de telescópios mais modernos, como o Hubble, tornou possível a observação de nebulosas na nossa galáxia em mais detalhes, um fato peculiar chamou a atenção dos astrônomos. Além de uma coroa de gás esverdeada mais ou menos esférica, Fleming 1 apresentava dois jatos vermelhos em espiral (assista ao vídeo abaixo), cuja existência simplesmente não podia ser explicada.

Saiba mais

NEBULOSA PLANETÁRIA

Corpos como a Nebulosa da Hélice são chamados de nebulosas planetárias, mas não

têm nenhuma relação com planetas. O nome foi dado graças ao aspecto circular do

fenômeno, que lembra um planeta. Quando morrem, as estrelas com até oito vezes a

massa do Sol começam a expelir suas camadas exteriores, formando uma coroa de gás

brilhante.

ANÃ BRANCA

Quando uma estrela como o Sol tem sua energia esgotada, ela se transforma em anã

branca. Cientistas acreditam que daqui a aproximadamente 5 bilhões de anos o Sol

também vai se apagar e se tornar uma anã branca.

Agora, os cientistas dizem finalmente ter descoberto o que causa esse fenômeno na nebulosa. Após observações com os instrumentos do Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO, em inglês), no Chile, um grupo de astrônomos confirmou que o efeito, também chamado "irrigador", é causado por um sistema binário. Em outras palavras, pela interação e troca de matéria entre duas estrelas já mortas (anãs brancas) que orbitam entre si.

A partir de simulações de computador, os cientistas já tinham levantado a hipótese segundo a qual esses jatos, que se assemelham a longos braços saindo da coroa de gás da nebulosa, eram resultado da interação de duas estrelas. Só que faltava encontrá-las.

Leia esta notícia em: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/estrelas-binarias-criam-jatos-em-nebulosa-planetaria

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Agência USP de Notícias 09/11/2012

O uso da expressão corporal por cantores de ópera não interfere na capacidade vocal desses artistas. De acordo com uma pesquisa realizada pela professora Marília Velardi, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, se o cantor tiver feito um bom trabalho de preparação corporal, poderá realizar diversos movimentos enquanto canta, como pular ou abaixar, sem nenhum prejuízo para sua voz.

No Núcleo Universitário de Ópera (NUO), corpo do ator é recurso para encenação

“Tradicionalmente aspectos como cenários e figurinos são preponderantes na encenação e a voz cantada é aquilo que marca a ópera. Portanto, nas montagens tradicionais, vemos cenários e figurinos grandiosos que, muitas vezes, limitam a ação cênica e isso parece estar de acordo com o fato de que o mais importante é a performance vocal, a técnica vocal dos cantores”, aponta a pesquisadora.

Segundo Marília, isso ocorre porque existe um problema conceitual no mundo artístico: em qual tipo de teatro a ópera pode ser enquadrada? “Sabe-se que o corpo do ator e as ações físicas, especialmente nos teatros moderno e contemporâneo, são pontos centrais para a encenação”, diz. Para ela, no caso da ópera, tolera-se um cantor com performance precisa que seja mau ator, mas não o oposto. “Na pesquisa, a questão dos cenários e figurinos aparecem para demonstrar que quanto mais excessivos, mais impedirão as ações físicas e aí fica mais evidente que os cantores terão menor liberdade de ação. O resultado é que há uma grande qualidade vocal, com bons cantores, mas o aspecto da interpretação é relegado a um plano secundário. “Percebemos que há uma certa tolerância do público com o fato de os cantores não serem bons atores. No exterior, isso já não é mais aceito”.

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Ópera Fairy Queen - Sonho de uma noite de verão

Na opinião da professora, esse aspecto talvez seja um dos responsáveis por um problema vivenciado atualmente nos espetáculos de ópera: a perda de público. “O problema não é o repertório, mas o modo como as montagens são feitas, sem que haja uma preocupação com a encenação das peças. Isso ocorre principalmente no Brasil”, destaca.

Marília trabalhou com o Núcleo Universitário de Ópera (NUO) grupo formado por estudantes de canto lírico de diversas universidades, inclusive da USP. O grupo utiliza uma preparação cênica centrada na preparação do corpo do ator como recurso para a encenação da ópera.

Ao serem entrevistados pela pesquisadora sobre o tema, os integrantes da companhia mencionaram uma falha em sua formação, pois as escolas somente consideram a parte vocal, esquecendo-se da necessidade de se tratar também dos aspectos ligados à encenação e à expressão corporal. Outra questão apontada foi o problema conceitual do que é ópera, pois este conceito interfere no modo como as montagens são feitas. Como ela costuma ser considerada pelo seu aspecto tradicional, somente são levados em conta o cenário e canto.

Richard Wagner

Marília comenta que este conceito tradicional de ópera, ligado ao teatro declamatório, já foi superado há muito tempo a partir das ideias do maestro, compositor, diretor de teatro e ensaísta alemão Richard Wagner (1813 – 1883).

“Na proposta de Wagner, as grandes performances vocais, as árias, do modo tradicional, dão lugar aos textos recitativos. Surge, com este compositor, um modo particular de utilizar o leitmotiv, que é o motivo musical específico para uma personagem e que poderá ser mais agressivo ou mais doce, dependendo daquilo que se quer passar em relação ao personagem”, explica a professora.

Segundo Marília, a utilização do leitmotiv (motivo condutor) é justamente para fazer com que os recitativos sejam um constante entrelaçamento de temas que simbolizam personagens, sentimentos, objetos. “Wagner concluiu que a forma da ópera poderia ser a chave para uma exploração dramática mais intensa. Desse modo, ele estende o tempo cênico de tal maneira que possibilita ao ator explorar ainda mais a ação corporal”, esclarece, lembrando que o conceito wagneriano de ópera revolucionou o teatro moderno. “Portanto, é de estranhar que as óperas encenadas na atualidade ainda persistam no modo tradicional de encenação”, completa.

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Veja no vídeo (link) abaixo, um exemplo do tempo cênico dilatado pela música (“oh let me weep… he´s gone… “)

http://www.youtube.com/watch?v=NjqjdKM-ydE&feature=player_embedded

Além das entrevistas, Marília também analisou vídeos com a performance dos alunos do Núcleo Universitário de Ópera e de encenações de óperas de grandes nomes europeus. “Havia cenas incríveis, com os cantores deitados no chão ou em posição fetal, e com uma emissão vocal perfeita”, diz. Esse material videográfico foi encaminhado para análise de professores de canto lírico. Eles constataram que mesmos nas situações corporais limite não havia nenhum prejuízo para o canto.

Mesmo em situações corporais limite: sem prejuízos para o canto

A pesquisa “O corpo na Ópera” foi realizada entre 2011 e 2012 com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O Núcleo Universitário de Ópera (NUO) existe desde 2004 e reúne cerca de 30 alunos de canto lírico da USP, Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade de Campinas (Unicamp), além de cerca de 30 instrumentistas.

Imagens e vídeo cedidos pela pesquisadora: Fairy Queen-Sonho de uma noite de verão, música de Henry Purcell e texto de Willian Shakespeare (apresentada em 2011 no SESC Bom Retiro)

Os Gondoleiros, de W.S.Gilbert e Arthur Sullivan (apresentada em 2010 com reapresentação em 2011 no Memorial da América Latina)

Mais informações: email [email protected], com a professora Marília Velardi. Site http://nucleodeopera.blogspot.com.br/

Leia esta notícia em: http://www.usp.br/agen/?p=120184

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Portal Veja online 10/11/2012

SP tem mais 6 mortes e ônibus incendiado na madrugada

Empresário e funcionário foram mortos por um policial militar que pensou que seria atacado num semáforo da região de São Mateus, na zona leste

Uma Base Comunitária Móvel foi instalada na Vila Brasilândia, em São Paulo - Andre Penner/AP

Em mais uma noite de homicídios, seis pessoas foram mortas a tiros e duas ficaram feridas na região metropolitana de São Paulo num intervalo de cinco horas, entre 20h30 de sexta-feira e 1h30 da madrugada deste sábado. Duas das vítimas, patrão e empregado, foram mortas por um policial militar que pensou que seria atacado num semáforo da região de São Mateus, na zona leste da capital. Também na zona leste, um ônibus foi assaltado e incendiado por um grupo de jovens.

O clima é de tensão na cidade, onde, entre sexta-feira e sábado, foram registradas 15 mortes em apenas 17 horas, quase o dobro da média diária na Grande São Paulo. Uma das vítimas é um estudante da USP Leste: Pedro Turquetti, de 22 anos. Aluno do terceiro ano do curso de Sistemas da Informação, ele foi morto na noite de quinta-feira em um bar em Santana do Parnaíba. Nesta semana foram mortas, pelo menos, 36 pessoas. Entre os mortos também estão o irmão de um policial e o filho de um ex-policial da Rota.

Na madrugada deste sábado, o soldado da Polícia Militar Edcarlos Oliveira foi preso em flagrante acusado de matar dois ocupantes de um Fiat Fiorino ao pensar que seria atacado pelos suspeitos na esquina da Rua Gaia com a Avenida Arquiteto Vilanova

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Artigas, região de São Mateus, na zona leste da capital paulista. As vítimas eram patrão e empregado que voltavam da empresa, localizada a cerca de 1 quilômetro do local.

O soldado, segundo a polícia, está na corporação há 14 anos e atua na região da Penha, também na zona leste. No momento em que atirou contra as vítimas, estava acompanhado da esposa e do filho, de 1 ano e meio. Segundo relato de uma testemunha que passava pelo local, o Fiat Fiorino teria avançado o sinal vermelho e de repente parou, interrompendo parcialmente a passagem do veículo conduzido pelo soldado. A testemunha contou ainda que Edcarlos conseguiu desviar, passou pelo Fiat, mas retornou, sacou uma pistola e atirou contra Jefferson de Oliveira, de 27 anos, dono de uma empresa de polimento de peças de metal, e Renato da Silva Ferraz, 22, que todos os dias pegava carona com o empresário. Mesmo encaminhadas para o pronto-socorro Sapopemba, as vítimas não resistiram aos ferimentos e morreram.

Arma de brinquedo - Após atirar, o policial deixou o local em seu veículo e, de outro endereço, ligou para os colegas informando que havia acabado de atirar contra dois homens que teriam fechado seu carro para tentar assaltá-lo ou matá-lo. No local dos tiros, nenhuma das cápsulas da pistola calibre ponto 40, da PM, utilizada pelo policial foi encontrada. Aos policiais militares que foram até o local de onde o policial ligou, Edcarlos mostrou uma arma, de brinquedo. Segundo o soldado, ela estava em poder de um dos suspeitos, que a teria apontado contra o policial no momento em que ele passou ao lado do Fiat.

A primeira informação que chegou ao Setor de Comunicação da Polícia Militar no começo da madrugada era que o policial militar teria reagido a uma tentativa de assalto. Levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o soldado foi autuado em flagrante por duplo homicídio doloso, quando há intenção de matar. A polícia agora tentará descobrir se realmente a arma de brinquedo estava com os dois rapazes que foram mortos e quem recolheu as cápsulas do local do crime.

Zona sul – Um homem de 53 anos foi morto com um tiro na cabeça, por volta das 23 horas, dentro da casa da ex-esposa, na Rua Paulo de Morais, na Vila Morais, próximo à Avenida do Cursino, na zona sul da capital paulista. O assassino continua foragido. Divorciado, o homem aproveitou a viagem da esposa, uma jornalista, para Manaus, e foi para a casa dela passar alguns dias com os filhos. No fim da noite, um homem apareceu e teve o portão aberto pela empregada após autorização do patrão, pois era um amigo dele e a visita, ao que tudo indica, já era esperada.

Do andar superior da casa, a empregada escutou um tiro minutos depois dos dois homens iniciarem a conversa na sala. Ao descer, encontrou o patrão sozinho e baleado. A vítima morreu no local. Em estado de choque, a mulher foi levada para o pronto-socorro Ipiranga e era aguardada na delegacia para prestar depoimento. Não se sabe se os filhos da vítima estavam na casa no momento do crime.

Foram registrados também outros dois homicídios, um no Jaçanã, zona norte da capital, e outro em Itaquaquecetuba, região leste da Grande São Paulo. Também nesta madrugada, um homem que caminhava pela Rua Graciosa, próximo à Praça da Moça, região central de Diadema, no ABC, foi baleado por dois ocupantes de uma moto. Segundo a polícia, a dupla passou ao lado da vítima, mas decidiu retornar. Na sequência, um dos desconhecidos sacou a arma e atirou, atingindo a vítima nas nádegas. Não se sabe ainda o que motivou a tentativa de homicídio.

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Em Suzano, na Grande São Paulo, um homem de 22 anos foi encontrado ferido com um tiro, em um terreno baldio no bairro do Jardim Colorado. Ele foi levado ao Hospital Santa Marcelina em estado grave.

Ônibus - O ônibus incendiado na zona leste pertencia à Viação Novo Horizonte. O veículo foi sequestrado na região de Itaquera, assaltado e incendiado por um grupo de criminosos na madrugada deste sábado. O coletivo, que fazia a linha 3759 (Jardim São Pedro - Tatuapé), foi abordado por um veículo de passeio num dos semáforos na Avenida Jacu-Pêssego. Três jovens, aparentemente menores, um deles armado, desceram do carro e obrigaram o motorista a abrir a porta para que eles entrassem.

Na sequência, o trio ordenou ao motorista, agredido a tapas, que saísse do itinerário. Nas proximidades do nº 1.620 da Rua Jardim Tamoio, próximo ao Conjunto Habitacional Itaquera IV, no Jardim São Pedro, outro grupo já esperava pelo coletivo, que foi novamente invadido e incendiado após os bandidos roubarem cerca de 100 reias da catraca.

O cobrador e o motorista, os únicos que ocupavam o ônibus no momento do ataque, escaparam ilesos e registraram boletim de ocorrência no 103º Distrito Policial, da Cohab José Bonifácio. Nenhum suspeito foi detido. Na manhã desta sexta-feira, motoristas da Viação Cidade Dutra ficaram 1h30 parados na garagem da empresa em protesto por um ataque a um ônibus, na noite de quinta-feira, que deixou o cobrador gravemente ferido.

Leia esta notícia em: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/sp-tem-mais-5-mortes-e-onibus-

incendiado-na-madrugada

Diário do Grande ABC 10/11/2012

Estudante da USP está entre assassinados em SP

Um dia depois de o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmar que os assassinatos estão diminuindo, a Grande São Paulo teve 15 mortes em 17 horas, quase o dobro da média diária. Foi o ápice da violência desde o início da guerra não declarada entre Polícia Militar e Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre as vítimas está Pedro Turquetti, de 22 anos, aluno do 3.° ano de Sistemas de Informação da USP Leste.

O estudante estava com dois amigos na Rua Capricórnio, a poucos metros da Delegacia de Homicídios de Santana de Parnaíba, esperando dar meia-noite para comemorar um aniversário. Foi quando um motoqueiro apareceu e, sem dizer nada, começou a atirar. Turquetti e o colega Pedro Mattos, também de 22 anos, morreram no local. O aniversariante, Washington Luiz, acabou baleado de raspão.

Após ondas de mortes nas zonas norte e leste, o foco da violência, desta vez, foi a zona sul da capital, com seis homicídios. Em meia hora, homens em uma moto preta mataram três pessoas e espalharam pânico pelo Jardim São Luís. Na Rua Bacio de

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Filicaia, às 23h30, o autônomo Adauto Andrade, de 27 anos, saiu para fumar um cigarro e foi baleado pelo menos dez vezes. Ali perto, logo depois, Fábio Junior Primo Fonseca, de 17, dirigia um Honda quando foi baleado 11 vezes. Minutos depois, o alvo foi o desempregado Ramon Silva, de 23, que levou oito tiros.

No mesmo bairro, outras duas pessoas foram baleadas em situações semelhantes. Na Cidade Dutra, dois homens em uma moto atiraram contra um grupo de pessoas que estava na frente de um sacolão na Rua Indochina. O alvo era William da Silva. Mesmo baleado, ele correu, mas acabou executado. Enquanto isso, no Campo Belo, PMs mataram dois suspeitos de assalto.

Ainda de madrugada, criminosos atiraram em quatro moradores de rua em Santo André. Testemunhas disseram que três homens desceram do carro e atiraram nas vítimas, que seriam usuárias de crack. Na mesma cidade, dois homens foram baleados (um deles morreu) em outro suposto ponto de drogas.

O medo da população foi intensificado pelo incêndio de um ônibus com um cobrador dentro no Grajaú. À tarde, houve fechamento de escolas por toque de recolher.

Já na zona leste, uma pessoa morreu em troca de tiros com a PM, que descobriu um QG do PCC. Na mesma região, dois homens em uma moto roubada foram baleados por PMs - um morreu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia esta notícia em: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,estudante-da-usp-esta-entre-assassinados-em-sp,958435,0.htm

Portal G1 10/11/2012

Estudante da USP morto em semana violenta é enterrado em SP

Pedro Turquetti cursava sistemas de informação na USP Leste. Jovem foi morto em Santana de Parnaíba na madrugada de quinta (8).

Pedro Turquetti era estudante da USP Leste

(Foto: Reprodução/Facebook)

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Foi enterrado na manhã deste sábado (10), em Barueri (SP), o estudante Pedro Turquetti, de 21 anos, que cursava o terceiro ano de sistemas de informação na USP Leste. Pedro está entre as vítimas da violência em São Paulo nesta semana. Ele foi morto em Santana de Parnaíba na noite de quinta-feira (8), madrugada em que outras 14 pessoas foram assassinadas na capital e região metropolitana, segundo a polícia.

Segundo a Polícia Militar, Pedro e um amigo estavam em uma praça quando foram assassinados. Criminosos passaram atirando e atingiram também um outro amigo, que foi socorrido. A praça fica a poucos metros da Guarda Civil, mas os atiradores conseguiram fugir.

"Estamos passando por um momento muito difícil, meus pais ficaram muito abalados. O Pedro era um menino muito inteligente, dedicado", disse ao G1 o irmão de Pedro, Raul Turquetti.

Pedro completaria 22 anos no próximo dia 24 de novembro. Estudioso, havia sido recentemente aprovado em um concurso público para trabalhar na Prefeitura de Barueri, cidade onde morava com os pais e os três irmãos. O jovem também tinha uma namorada com quem se relacionava havia cinco anos.

"Ele estava sentado em uma praça, tinha ido levar um amigo até Santana de Parnaíba. Não tinha nenhuma passagem pela polícia, nada. Agora, a gente acredita na justiça de Deus", conta o irmão.

Mortes nesta madrugada

Pelo menos sete mortes foram registradas em São Paulo entre a noite de sexta-feira (9) e a manhã deste sábado (10), segundo a Polícia Militar. Outras duas pessoas foram baleadas durante a madrugada e um ônibus foi incendiado na região de Itaquera, Zona Leste de São Paulo.

Na sexta-feira, dois homens foram mortos por um policial militar de folga após uma suposta tentativa de homicídio. De acordo com a PM, o policial passava de carro na companhia da mulher e do filho quando foi surpreendido pelos homens armados em outro veículo na Rua Gaia, em São Mateus. Na troca de tiros, os agressores foram baleados. Eles foram encaminhados ao Pronto Socorro de Sapopemba, também na Zona Leste, mas não resistiram. O policial foi preso em flagrante e a Corregedoria da PM apura se as mortes ocorreram por engano.

Nesta madrugada um homem foi encontrado morto a tiros, dentro de sua casa na Rua Paulo de Moraes, na Zona Sul de São Paulo. A PM não tem informações sobre as circunstâncias da morte. No Jaçanã, Zona Norte de São Paulo, um homem também foi morto a tiros na Rua São José de Serzedelo. A PM não tem informações sobre as circunstâncias da morte.

Em Suzano, na Grande São Paulo, um homem foi encontrado ferido com um tiro na cabeça, em um um terreno baldio no bairro do Jardim Colorado. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu, segundo a Polícia Civil.

Nesta manhã, dois homens foram mortos em uma troca de tiros com policiais, no Campo Limpo, na Zona Sul.

Leia esta notícia em: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/11/estudante-da-usp-

morto-em-semana-violenta-e-enterrado-em-sp.html

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Portal da USP 12/11/2012

Grupo da EACH estuda fatores do envelhecimento saudável

Pesquisas buscam entender os significados do envelhecimento para os idosos Foto: Marcello

Casal Jr./ABr

O envelhecimento é um tema que ainda traz muita preocupação. Nessa fase as doenças, tanto físicas quanto mentais, costumam aparecer com maior frequência. É preciso lidar com as alterações que geram maior vulnerabilidade, como problemas no equilíbrio ou na memória, por exemplo. Mas a idade avançada não precisa se resumir a a problemas. Pesquisadores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP vêm desenvolvendo trabalhos que estudam a construção de um processo de envelhecimento mais saudável.

O Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Gerontologia (NEPEG) da EACH conta com diversas linhas de pesquisa voltadas para a velhice e o envelhecimento. A professora Mônica Yassuda desenvolve, no núcleo, pesquisas relacionadas à neuropsicologia do envelhecimento, memória e treino cognitivo. Nelas, investiga através de testes cognitivos se as alterações que o idoso apresenta são as esperadas para a idade, o que indica um envelhecimento saudável, ou se elas são sugestivas de demência. “Uma vez identificada alguma alteração patológica, a pessoa deve buscar um diagnóstico, e se ele realmente for de demência, ela já pode começar um tratamento mais cedo. Infelizmente, não se trata de um tratamento curativo, no caso do Alzheimer, mas existem medicamentos que suavizam o declínio. Há também a possibilidade de frequentar algum centro de reabilitação”, completa a professora.

A pessoa deve buscar um diagnóstico, e se ele realmente for de demência, já pode começar um tratamento mais cedo.

Existem também as oficinas de treinos cognitivos, oferecidas aos alunos participantes do programa Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati) da USP, em que as pessoas aprendem sobre as alterações que ocorrem na memória, conforme o passar do tempo, e aprendem estratégias mentais e externas para melhorar seu desempenho.

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A psicologia do envelhecimento também é alvo de estudos da professora, envolvendo temas que estão relacionados principalmente ao bem-estar. “As pesquisas procuram entender por um lado o que é viver bem, o que gera prazer e felicidade para o idoso e, por outro, como seu legado, que está associado a sentido de vida, é construído por ele”, explica Mônica.

Ainda, sob orientação e supervisão dos professores, os alunos da graduação em Gerontologia da EACH realizam diversas atividades em Centros de Convivência para o Idoso. Um dos convênios é com o projeto Samuel Rangel, que começou com a ação social dos frequentadores da Igreja Metodista de Pinheiros e conta com o financiamento da Prefeitura e do Estado de São Paulo. Os alunos, nas primeiras visitas, observam os idosos que frequentam o Centro de Convivência e coletam suas demandas. Depois, desenvolvem os projetos junto com os idosos. Esse ano, por exemplo, realizaram o “Homenageandos”. “É um projeto que envolve a todos. Além de fazer bem àqueles que são homenageados, nós estimulamos a criatividade dos participantes e a criação de vínculos entre eles”, ressalta Andrea Lopes, antropóloga e pesquisadora do Núcleo.

Envelhecimento significativo

Foto: Elza Fiúza / ABr

Outra linha de pesquisa desenvolvida no NEPEG trata de “Envelhecimento Significativo e Engajamento Social”. O objetivo é investigar os significados construídos ao longo do envelhecer e a importância que eles assumem na definição de escolhas, estilos de vida e formas de participação social, além de levantar e registrar diferentes significados de ser velho e envelhecer no Brasil.

“Os idosos precisam participar de atividades que deem algum sentido e propósito à sua vida,”, explica Andréa. Nesse sentido, seus trabalhos destacam a importância do engajamento social na construção desse sentido e orientação de vida. “Estudamos um senhor, que é pai de santo e se entende como médium desde muito cedo. Esse engajamento religioso vem orientando toda a vida dele, porque de acordo com as tradições da Umbanda, sua religião, existem dias em que não se pode realizar determinadas atividades, como ingerir bebidas alcoólicas, por exemplo, para participação de alguns rituais”, exemplifica a professora.

Os idosos precisam participar de atividades que deem algum sentido e propósito à sua vida.

Apesar de muito forte, o engajamento religioso não é o único capaz de produzir significado na vida do idoso. A literatura e os órgãos internacionais, como a

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Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam o trabalho voluntário como umas das principais ferramentas de construção de sentido de vida. Mas as pesquisas da professora Andrea mostram dados que merecem atenção. Ela pesquisou o trabalho voluntário desenvolvido por idosos no Brasil, nos Estados Unidos e no Japão, e constatou que a maioria dos participantes tem um perfil muito específico: são mulheres, brancas, têm entre 60 e 69 anos, casadas e com família, nível médio e alto de educação e renda, e grande envolvimento em atividades sociais diversas, com destaque a atenção que dedicam aos problemas sociais de onde vivem e do mundo. Mas esse não é o perfil da maioria dos idosos brasileiros. Muitos ainda trabalham para sustentar duas ou três gerações da família, criam os netos e, por isso, não têm tempo para prática do trabalho voluntário formal e regular. “É preciso pensar em formas de reorganizar o terceiro setor brasileiro, para que ele acolha esses idosos”, sugere. Os idosos se sentem marginalizados. Se a nossa atitude fosse diferente, poderíamos ajudar as pessoas a viverem a velhice com mais tranquilidade e felicidade.

Participação em atividades sociais significativas é fundamental | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr

A participação em atividades sociais diversas significativas é fundamental para envelhecer com saúde e, se associada à prática de exercícios físicos e dieta saudável, é ainda mais eficiente. Mas, segundo a professora Mônica Yassuda, é muito importante nesse processo aceitar o envelhecimento e a velhice, o que ainda é muito difícil para a maioria das pessoas. “A nossa sociedade ainda valoriza muito a juventude e menospreza as características dos velhos, como experiência e sua importância na construção da memória do país, da cidade. Assim, os idosos se sentem marginalizados. Se a nossa atitude fosse diferente, poderíamos ajudar as pessoas a viverem a velhice com mais tranquilidade e felicidade”, pondera.

Leia esta notícia em: http://www5.usp.br/19317/grupo-da-each-estuda-fatores-do-envelhecimento-saudavel/

Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia

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13/11/2012

Luis Schiesari: Agrotóxicos sempre trazem riscos à saúde e ao ambiente

Luis Schiesari, biólogo, professor de Gestão Ambiental da Universidade de São Paulo

Apesar de existirem avanços na indústria, com produtos menos tóxicos e menos persistentes, uma coisa não muda em relação aos agrotóxicos: são produtos formulados para matar organismos vivos indesejáveis para o cultivo, ou seja, são venenos. Essa explicação, do biólogo Luis Schiesari, professor de Gestão Ambiental da Universidade de São Paulo, é um dos motivos para o lançamento do manual Defensivos agrícolas: Como evitar danos à saúde e ao meio ambiente, lançado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e do qual é o autor. Nesta entrevista, Schiesari aborda também como a transformação da paisagem na região das cabeceiras do rio Xingu – importante área produtora de soja do estado do Mato Grosso – influencia na biodiversidade de águas paradas como poças e brejos, a partir de pesquisa realizada em parceria pelo IPAM, Universidade de São Paulo e Universidade de Medicina Veterinária de Viena, Áustria.

Clima e Floresta - Quais são os riscos do uso de agrotóxicos para a saúde humana e para o meio ambiente?

Luis Schiesari - Os agrotóxicos são extremamente diversos, com centenas de ingredientes ativos disponíveis, que podem ser usados em muitos mais produtos comerciais. São compostos químicos planejados para matar organismos tão diferentes quanto plantas, ratos, ácaros etc. Entre eles, há diferentes comportamentos no ambiente e modos de ação. Além disso, é obvio que existiram inúmeros avanços na indústria, com produtos menos tóxicos e menos persistentes, mas uma coisa não muda: são produtos formulados para matar organismos vivos indesejáveis para o cultivo, são venenos. Portanto, existem riscos variados. Alguns desses componentes acabam em lugares que não são o alvo, ou seja, as áreas de lavoura. Há riscos concretos de contaminação de águas subterrâneas, açudes, rios, florestas. Também

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podem contaminar os alimentos produzidos e isso chegar às pessoas que os consomem. No geral, há duas classes de efeitos: letais e subletais. Os letais são causados por intoxicação, em geral, pelo consumo intencional (suicídios desse tipo acontecem no meio rural) ou acidental, quando os pesticidas são guardados de forma inadequada. Já os efeitos subletais causam danos variados que se manifestam ao longo do tempo aos sistemas nervoso, hormonal, imunológico, além de malformação fetal e câncer. São problemas de médio e longo prazos já bem documentados, sobretudo no caso de agricultores que trabalham diretamente na aplicação dos produtos. Na cartilha, damos exemplos de compostos usados nas culturas de soja que causam cada tipo de dano. Mas é importante lembrar que tudo o que se aplica às pessoas, também se aplica aos animais: peixes, insetos, macacos ou onças-pintadas. O nível de funcionamento celular e molecular dos organismos são parecidos. Além disso, os organismos estão inseridos dentro de teias alimentares e esses efeitos podem ser transmutados para organismos que não têm nada a ver com a área agrícola. Se uma espécie é afetada, seus predadores também serão.

Clima e Floresta - Em que situação os defensivos são importantes? Seria possível evitá-los?

Schiesari - O uso de agrotóxico é peça chave para o modelo de produção agrícola industrial. Nele, o uso desses produtos é crítico para conseguir a produtividade necessária. Por outro lado, a utilização de monoculturas, como a de soja, só aumenta a incidência de pragas e, quanto maior o campo agrícola, maior o risco. Nesse caso, o uso de agroquímico é uma solução para eliminar ou reduzir as pragas. Para eliminar o uso dos pesticidas, seria necessário adotar um modelo alternativo, como a agricultura orgânica. No entanto, há espaço para melhorias mesmo na produção industrial, como o manejo integrado de pragas, com a utilização de vários mecanismos de controle, como rotatividade de culturas, controle biológico, armadilhas e monitoramento de populações de pragas, que fariam que o uso só se desse quando realmente necessário. Pode-se também usar compostos menos danosos e persistentes. Hoje, porém, há quem use de forma profilática. Outro ponto crítico é a falta de educação e informação. Um estudo que realizamos sobre o uso de pesticidas por pequenos e grandes produtores na frente agrícola amazônica mostrou que, sobretudo entre os pequenos, faltava conhecimento técnico para o manejo tanto sobre a quantidade a ser usada como o uso de compostos inadequados.

Clima e Floresta - Quais os principais cuidados que devem ser tomados para o uso de agrotóxicos?

Schiesari - Entre as medidas para reduzir o risco, estão cuidados com o armazenamento, que deve ser em local fechado e isolado, e o descarte correto, com o modo certo de fazer a lavagem. Também é importante a aplicação em condições adequadas. Aplicar em dia seco e quente, por exemplo, acaba gerando uma porcentagem muito grande de perda por evaporação. Também é importante a preservação das matas ciliares, que protegem os corpos d’água da chegada dos pesticidas.

Clima e Floresta - Por que há tantos insumos químicos proibidos em muitos países no mercado brasileiro?

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Schiesari - O Brasil não é pária da legislação mundial. É signatário de convenções que baniram compostos particularmente danosos e tem legislação relativamente mais restritiva que países vizinhos, como o Paraguai. Mas, assim como acontece no caso do Código Florestal, há lobbies poderosos que vêm conseguindo um relaxamento da legislação nos últimos anos. Hoje, ela é menos protetora do que era em 1989, quando foi aprovada. Isso sem mencionar a sua aplicação... Um exemplo é a necessidade de avaliação periódica dos pesticidas que foi eliminada pelo Congresso há alguns anos. Agora a licença é indeterminada até prova em contrário. Nos Estados Unidos, os registros para pesticidas são de 15 anos, na Europa 10 anos e, no Japão, 5 anos. A Anvisa, que tem a obrigação legal de proteger a saúde da população, se propôs a reavaliar diversas substâncias que acabaram sendo proibidas fora do Brasil desde os anos 2000. No entanto, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola e as indústrias químicas entraram com processos e liminares para impedir as avaliações, que ficaram paradas por anos. Depois os processos continuaram e algumas dessas substâncias estão sendo retiradas do mercado paulatinamente. Por outro lado, existem movimento mundiais de controle mais restritivo, como a legislação europeia que pode levar à eliminação de um quarto dos compostos disponíveis. Com isso, podemos esperar também no Brasil pressão por um uso mais cuidadoso de agrotóxicos.

Clima e Floresta – Como foi realizado o estudo sobre como a transformação da paisagem na região das cabeceiras do Rio Xingu influencia na biodiversidade de águas paradas, como poças e brejos?

Schiesari - Fizemos um trabalho de amostragem em poças e brejos em áreas de floresta, pastagem e soja. É uma combinação interessante, porque plantação e pastagem possuem a degradação estrutural, mas a pastagem não tem contaminação química. Fizemos uma grande amostragem estatística (50 a 60 poças), por isso trabalhamos com áreas pequenas. Nesse tipo de ambiente, os principais atores são os girinos (de rãs, pererecas e sapos) e predadores, em geral, insetos aquáticos, como larvas de libélulas, besouros adultos e larvas e adultos de percevejos. As amostragens aconteceram em três momentos do ciclo da soja, coincidindo com a temporada de chuva: começo, meio e fim. Os resultados foram surpreendentes. Mostraram que havia pouquíssimos girinos na floresta, muitos nas pastagens e um número intermediário nas plantações de soja. Em relação aos insetos, havia uma diversidade alta na floresta e na pastagem, mas foram eliminados dos plantios de soja.

Clima e Floresta - Quais foram as principais causas dessas transformações e quais os seus principais impactos?

Schiesari - O motivo é que a floresta na região das cabeceiras do Xingu possui solo extremamente permeável e a água vai direto para o lençol freático, não fica acumulada e inexiste ambiente de água parada. Por isso, não há habitat desses bichos nas terras mais altas na floresta. Quando se transforma a paisagem, por outro lado, com abertura de estradas, construção de cacimbas, tráfego de maquinário, há uma compactação do solo e aumenta o habitat para anfíbios. Nas regiões mais baixas, as mudanças são brutais, com a construção de barragens (mesmo pequenas), aumentando a ocorrência de reservatórios. O impacto na hidrologia é enorme, mudando o ambiente de organismos aquáticos. Para vários anfíbios, causa o aumento na população, embora as espécies beneficiadas não sejam de floresta, mas de áreas abertas (as mais resistentes do cerrado). Com a expansão da agricultura, determinadas espécies – não as mais raras, mas as mais robustas – se beneficiam, principalmente nas

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áreas de pastagens, onde são escavadas cacimbas para acumular água para o gado. Os insetos também atingem biomassa alta na pastagem, mas na região de plantio eles somem da paisagem. Achamos girinos nas poças, mas não insetos. Ao que tudo indica, é por conta dos inseticidas. Na região, se usa 13 diferentes ingredientes ativos de inseticidas nesta época.

Clima e Floresta – O que as modificações verificadas na biodiversidade das espécies desses locais podem significar no longo prazo?

Schiesari - É difícil ter prognósticos precisos, mas é obvio que há perda de ambientes terrestres com as transformação de florestas ou cerrados em plantações de soja. Espécies mais sensíveis, como uma que só come um tipo de planta, por exemplo, tendem a desaparecer. Há uma cadeia de perda de espécies. Nos ambientes aquáticos, temos também alteração de ambientes de alguns nichos por conta das inúmeras barragens. Além disso, há a expansão de espécies resistentes em poças, brejos e represas, e uma redução drástica de insetos em áreas aquáticas de plantações. Aparentemente, as espécies que estão expandindo são de áreas abertas. Plantações de soja e pastagens não são desertos, mas têm menos espécies.

Leia esta notícia em: http://ipam.org.br/revista/Luis-Schiesari-Agrotoxicos-sempre-trazem-riscos-a-saude-e-ao-ambiente/473

14/11/2012 Portal UOL

Com menos de 4 candidatos por vaga, USP oferece cursos que vão de letras a

engenharia

Em 16 carreiras do vestibular 2013 da Fuvest (Fundação Universitária para o

Vestibular), que seleciona alunos para a USP (Universidade de São Paulo) e para a

Faculdade de Ciências Medicas da Santa Casa, a concorrência é de menos de quatro

candidatos para cada vaga. Na lista estão principalmente cursos de licenciatura, como

matemática e química, e graduações fora da Cidade Universitária, entre elas

fonoaudiologia e engenharia de biossistemas.

A falta de informações sobre alguns cursos e o desprestígio da carreira docente são

apontados por coordenadores de colégios e cursinhos ouvidos pelo UOL como

possíveis causas para a pouca procura por essas carreiras.

Fuvest 2013: Carreiras com menos de quatro candidatos por vaga

Carreiras Vagas Inscritos Relação c/v*

200 Gestão Ambiental − USP Leste, SP 120 473 3,94

835 Matemática − São Carlos (bacharelado e licenciatura) 95 374 3,94

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235 Letras 849 3299 3,89

225 Lazer e Turismo − USP Leste, SP 120 463 3,86

815 Licenciatura em Ciências Exatas − São Carlos 50 186 3,72

805 Informática Biomédica − Ribeirão Preto 40 142 3,55

490 Fonoaudiologia − Ribeirão Preto 30 106 3,53

865 Química − Licenciatura − Ribeirão Preto 40 141 3,53

245 Música − ECA (bacharelado e licenciatura) 35 118 3,37

830 Matemática Aplicada − Ribeirão Preto 45 137 3,04

495 Gerontologia − USP Leste, SP 60 117 2,95

825 Licenciatura em Matemática/Física 260 730 2,81

745 Engenharia de Biossistemas − Pirassununga 60 161 2,68

420 Ciências da Atividade Física − USP Leste, SP 60 158 2,63

820 Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental 40 104 2,6

705 Ciências da Natureza − USP Leste, SP (licenciatura) 120 267 2,23

Leia esta notícia em: http://vestibular.uol.com.br/ultimas-noticias/2012/11/14/com-menos-de-4-candidatos-por-vaga-usp-oferece-cursos-que-vao-de-letras-a-engenharia.jhtm

Portal da USP 14/11/2012

EACH abre inscrições para mestrado em gestão de políticas públicas

Está aberto edital para Mestrado em Gestão de Políticas Públicas, oferecido pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP. As inscrições estarão abertas de 3 de dezembro a 31 de janeiro, das 12 às 17 horas, na EACH.

O curso propõe a análise e o estudo da gestão das políticas públicas articulando conhecimentos construídos e sistematizados em diversos campos do conhecimento, especialmente nas áreas da administração, da economia, da ciência política, da sociologia e do direito. O Programa favorecerá o intercâmbio científico com organizações nacionais e internacionais de excelência no estudo, na análise e no desenvolvimento da ação social e governamental. Pretende formar quadros qualificados para estudar, analisar e para intervir diretamente no processo de formulação, implementação e avaliação de políticas públicas, seja no âmbito estatal ou no das organizações sociais.

A ficha de inscrição pode ser preenchida neste link. O edital completo pode ser consultado neste link. A EACH fica na Rua Arlindo Béttio, 1000, Ermelino Matarazzo, São Paulo.

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