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No final da década passada, o vôlei brasileiro sofreu o baque com o fim de alguns projetos longevos de patro- cínio, sendo o mais destacado deles o fim do apoio da Finasa ao time de Osasco após 16 anos. O projeto, po- rém, seguiu, graças à entrada da Nes- tlé no lugar da instituição financeira. Agora, nove anos depois, foi a vez de a multinacional suíça anunciar sua saída da equipe de Osasco, que foi eliminada nas semifinais da Superliga na última sexta-feira. O fim da parceria ocorre um ano após a Unilever deixar o time do Rio de Janeiro, e amplia o êxo- do das grandes marcas do vôlei. Para a próxima temporada da Super- liga feminina, apenas empresas brasi- leiras estã ligadas aos clubes. Entre os 12 times, oito têm apoio de empresas locais ou sediadas na cidade do time: Banco de Brasília, Camponesa, Dentil, Vôlei assiste a novo êxodo de empresas com saída de Nestlé POR REDAÇÃO BOLETIM NÚMERO DO DIA EDIÇÃO • 978 QUARTA-FEIRA, 11 DE ABRIL DE 2018 WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR Atletas do Vôlei Nestlé em jogo da atual temporada da Superliga feminina; após nove anos, a Nestlé decidiu sair do vôlei, que assim deixa de ter marcas multinacionais que fizeram parte do crescimento da modalidade nas duas últimas décadas 1 7,5mi De euros faturou a Roma e o Liverpool pela classificação às semis da Liga dos Campeões da Uefa; os outros times serão conhecidos hoje OFERECIMENTO

7,5mi BOLETIM NÚMERO DO DIA - maquinadoesporte.uol.com.br · Hinode por mais uma temporada. A empresa anunciou que ficará ... de treinamento onde jogam os atletas do clu-be espanhol

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No final da década passada, o vôlei brasileiro sofreu o baque com o fim de alguns projetos longevos de patro-cínio, sendo o mais destacado deles o fim do apoio da Finasa ao time de Osasco após 16 anos. O projeto, po-rém, seguiu, graças à entrada da Nes-tlé no lugar da instituição financeira.

Agora, nove anos depois, foi a vez de a multinacional suíça anunciar sua saída da equipe de Osasco, que foi

eliminada nas semifinais da Superliga na última sexta-feira. O fim da parceria ocorre um ano após a Unilever deixar o time do Rio de Janeiro, e amplia o êxo-do das grandes marcas do vôlei.

Para a próxima temporada da Super-liga feminina, apenas empresas brasi-leiras estã ligadas aos clubes. Entre os 12 times, oito têm apoio de empresas locais ou sediadas na cidade do time: Banco de Brasília, Camponesa, Dentil,

Vôlei assiste a novo êxodo de empresas com saída de Nestlé

POR REDAÇÃO

B O L E T I M

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DIA

EDIÇÃO • 978 QUARTA-FEIRA, 11 DE ABRIL DE 2018

WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR

Atletas do Vôlei Nestlé em jogo da atual temporada da Superliga feminina; após nove anos, a Nestlé decidiu sair do vôlei, que assim deixa de ter marcas

multinacionais que fizeram parte do crescimento da

modalidade nas duas últimas décadas

1

7,5miDe euros faturou a

Roma e o Liverpool pela classificação às semis da Liga dos Campeões da Uefa; os outros times serão conhecidos hoje

O F E R E C I M E N T O

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H I N O D E R E N O VA C O M B A R U E R I

Se Osasco perdeu seu patrocínio, o time de vôlei de Barueri celebrou a manutenção da marca de cosméticos Hinode por mais uma temporada.

A empresa anunciou que ficará por mais um ano com o time, que é liderado pelo técnico José Roberto. Os valores investidos no patrocínio não são divulgados, mas giram em torno de R$ 8 milhões anuais.

A meta da equipe é atingir pelo menos as semifinais da Superliga.

J U D Ô FA Z E S T R E I A N A E S P N

O desafio internacional de judô entre Brasil e Chile, nesta quarta-feira, marcará a estreia da modalidade na ESPN. O duelo, que ocorre no Centro Pan-Americano de Judô, vai ser exibido também pelo Sportv.

O desafio é o primeiro de uma série de eventos que estará na ESPN. O desafio é patrocinado pelo Bradesco, que dá nome para a disputa. Com o evento, o banco celebra dez anos de aporte à modalidade olímpica.

G L O B O FA Z V Í D E O D O B R A S I L E I R O

O fim dos campeonatos estaduais foi o pontapé inicial para a campanha da Globo para ativar a transmissão do Campeonato Brasileiro de 2019.

A emissora, que exibirá sozinha a competição, lançou dois filmes em que enfatiza a emoção do Brasileiro. A campanha apresenta situações em que, no futebol, a emoção supera a razão, a lógica e a explicação. A assinatura do filme diz: "Futebol é emoção. Aqui só tem jogão".

Hinode, Renata, São Cristóvão Saúde, Sesc e Sesi; e quatro não possuem patrocínio: Osasco, Pinheiros, Bauru e Fluminense.

A fuga dos patrocinadores de grande porte mostra a dificul-dade que o vôlei tem encontrado no mercado. A hegemonia do time do Rio de Janeiro, que há 14 anos chega à decisão do campeonato, tem dificultado no aparecimento de novos concor-rentes. Neste ano, Dentil, equipe que mais investiu na busca por um título, tem a chance de tentar frear a hegemonia da equipe comandada pelo ex-técnico da seleção brasileira Bernardinho.

Segundo comunicado divulgado pela Nestlé, a saída do vôlei havia sido decidida e comunicada aos dirigentes do clube de Osasco no final do ano passado, quando a empresa traçou no-vas diretrizes para o seu investimento institucional.

"A Nestlé anuncia que conclui sua jornada com a equipe, a partir do final da temporada 2017/2018 da Superliga Feminina de Vôlei, a fim de concentrar seus investimentos e esforços no fortalecimento de sua atuação em plataformas que amplifiquem o impacto nas comunidades onde tem operações. O encerra-mento do patrocínio neste primeiro semestre já estava previsto no contrato com o clube", disse a empresa em comunicado.

A verba da Neslté, agora, será direcionada ao programa "Nes-tlé por crianças mais saudáveis", um alinhamento com a plata-forma global da empresa, que tem como meta ajudar 50 milhões de crianças a terem hábitos de vidas mais saudáveis até 2030.

Além disso, por meio de Nescau, a empresa seguirá o investi-mento no esporte escolar. A marca de achocolatado é apoiadora da Copa Jovem Pan, tradicional torneio colegial em São Paulo.

A saída da Nestlé marca o fim da era das grandes empresas no vôlei. Desde os anos 80, quando o modelo de um time ser "apadrinhado" por uma mar-ca foi criado pela CBV de Nuzman, que o vôlei vive de vender esse projeto.

Naquela época, a criação dos times de empresas foi a saída encontrada por Nuzman para conseguir profissio-nalizar o esporte. Os atletas ainda di-vidiam o vôlei com outras tarefas. Ter uma marca que pagasse para eles se dedicarem só ao esporte e, em troca, dar exposição à ela na TV aberta era uma relação salutar para os dois lados.

Foi assim que Atlântica Boa Vista,

Banespa e Pirelli catapultaram o es-porte e suas marcas, numa era em que o esporte só passava na TV aberta.

Hoje, três décadas depois, o negó-cio mudou radicalmente. O vôlei só tem dois jogos na TV aberta, outros poucos na TV fechada. O torcedor é bastante ligado aos atletas, mais do que aos times, que seguem tentando vender visibilidade à marca, em vez de qualquer outra de suas propriedades.

Não por acaso, hoje a Superliga tem o apoio de empresas de mecenas ou de projetos bancados por marcas locais, que abraçam o esporte para dar algum suporte à comunidade em que atuam.

Mas os times seguem dependentes do modelo de 30 anos atrás. Vendem às marcas a exposição que a TV já não garante. E, pior, vivem uma realidade muito diferente, já que os atletas não só são profissionais como muito bem remunerados, o que eleva os custos.

A saída da Nestlé do vôlei deve, mais do que ser lamentada, ser usada como objeto de estudo. Por que um patroci-nador decide deixar o esporte?

Ao que tudo indica, o vôlei precisa de um novo argumento de venda para atrair de novo os grandes para perto.

Vôlei precisa deixar de lado o modelo que o consagrou

O P I N I Ã O

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O projeto Caioba Soccer Camp, do ex-joga-dor e atual comentarista da Globo Caio Ribei-ro, em parceria com a Tenys Pé Baruel, levará 20 crianças a Barcelona para conhecer o centro de treinamento onde jogam os atletas do clu-be espanhol. As crianças, que têm entre 6 e 12 anos, ainda terão a oportunidade de aprender os métodos e valores do clube catalão.

As atividades estão marcadas para o próximo final de semana, entre os dias 13 a 15 de abril, e incluem clínica de futebol no centro de trei-namento do Barça, tour experience e ainda in-gressos para assistir ao jogo válido pela LaLiga entre Barcelona e Valencia, no Camp Nou.

Para Caio Ribeiro, o objetivo do projeto é usar o esporte como ferramenta de transformação

social, proporcionando momentos únicos para as crianças ao lado de seus familiares.

"O futuro do nosso país está nas mãos das crianças. Viveremos uma grande experiência, sem cobranças, entendendo que o esporte une. Vamos fazer com que cada um saia de lá com um futebol melhor, mas, acima de tudo, como pessoas melhores", afirmou Caio.

A ação representa a volta da Tenys Pé a uma ação com o Barcelona. A marca, que patroci-nou Neymar na Copa de 2014, tornou-se de-pois patrocinadora do clube espanhol, em ne-gócio intermediado pelo pai do então jogador do clube. O contrato, porém, não continuou depois que Neymar deixou o Barça, em agosto do ano passado, para defender o PSG.

Tenys Pé se une a comentarista e volta a usar Barcelona em ação para jovens

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POR REDAÇÃO

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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O Flamengo apresentou na últi-ma terça-feira o uniforme que será usado no Campeonato Brasileiro. A maior novidade da camisa, porém, é o escudo, que foi redesenhado.

A mudança na logomarca faz par-te de estratégia do Flamengo de se adequar a grandes clubes mundiais, que têm redesenhado suas marcas. Juventus, da Itália, e PSG, da Fran-ça, são alguns que mudaram recen-

temente suas marcas para ter um maior apelo no mercado mundial.

"A reformulação dos escudos foi extremamente importante por questões técnicas, institucionais e até mercadológicas. É uma ten-dência entre as maiores instituições esportivas do mundo, e demos um passo de muito bom gosto, manten-do a identidade tradicional e alian-do com a agilidade e a modernidade

dos novos tempos", disse em nota o vice-presidente de relações externas do Flamengo, Antonio Tabet.

No próximo dia 13, a Wix, patro-cinadora oficial do Flamengo, lança um hotsite que explica todo o estu-do realizado pelos designers envol-vidos no projeto de modernização dos símbolos. E no dia 18 de abril, a camisa fará sua estreia na partida com o Santa Fé, pela Libertadores.

"O resultado de todo esse proces-so é uma identidade visual renova-da, mas que em momento algum descaracteriza a personalidade e o patrimônio visual do Flamengo. Afinal, nosso objetivo sempre foi modernizar sem desrespeitar as tra-dições", disse Fabio Lopez, designer que fez o novo símbolo. Ele já havia sido o criador da logo do Rio 2016.

O novo símbolo reforça as iniciais do clube, acabando com o escu-do em que ficavam as cores rubro--negras. O layout é uma mescla do símbolo antigo, usado pelo clube de regatas, e o mais recente, do futebol.

POR REDAÇÃO

Flamengo muda escudo para se adequar a tendência mundial

O Valencia seguirá o caminho de diversos clubes do futebol mundial e vai substituir a alemã Adidas em 2019. Segundo o jornal Marca, a também ale-mã Puma assinará um contrato até 2022.

De acordo com a publicação, o clube espanhol buscava mais do que os atuais 1,7 milhão de eu-ros pagos pela Adidas por ano. A Puma entrou em

cena e teria oferecido 4 milhões de euros anuais, o que fez com que o Valencia optasse pela troca.

Milan, na Itália, Olympique de Marseille, na Fran-ça, e Palmeiras, no Brasil, são outros clubes que recentemente anunciaram que vestirão a Puma a partir da próxima temporada. Pelo lado da Adidas, o clube espanhol é a décima saída recente.

Valencia é mais um a trocar a Adidas pela Puma