7650-1

Embed Size (px)

Citation preview

  • Cludio Osnei GarciaSonia Maria da Silva Gomes(Organizadores)

    CONTROLADORIA AMBIENTALGesto Social, Anlise e ControleQuestes

    Aprendizagem de Reflexo

    Material para o Portal

    So PauloEditora Atlas S.A. - 2013

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 3

    Sumrio

    Gesto Social e Ambiental, 4Compreendendo a Controladoria Ambiental, 7Controladoria Ambiental : Gesto Ambiental Estratgica, 12Controladoria Ambiental: Gesto de Custos Ambientais, 17Gesto da Performance Ambiental e Social, 23Gesto de Impactos Sociais e Ambientais, 25Logstica Reversa, 29Crdito de Carbono, 33Gesto de Riscos Ambientais, 36Projeto de um Sistema de Gesto de Impactos Sociais e Ambientais, 40

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 4

    Captulo 1 Gesto Social e Ambiental

    ----------------------------------------

    Questo 1Quais as principais contribuies das teorias econmicas na discusso da gesto social e ambiental no que diz respeito ao desenvolvimento e sustentabilidade ambiental?Questo 2Discuta sobre as caractersticas das empresas que buscam desenvolver a lucratividade e rentabilidade, classificando-as como imprescindvel, intermediria e opcional.

    Questo 3At que ponto os impactos gerados pelo desenvolvimento tecnolgico de massa podem inter-ferir positivamente nos processos de gesto ambiental voltados ao benefcio comum sociedade?

    Questo 4Sobre a Responsabilidade Social Corporativa pode-se dizer que:a. Deve ser interpretada como uma pea parte da gesto de uma empresa.

    b. Deve ser compreendida como aquela ao que gera lucro para o acionista, ao mesmo tempo em que protege o meio ambiente e melhora a qualidade de vida das pessoas com quem mantm relaes.

    c. uma nova conscincia econmica e de responsabilidade social que as organizaes esto sen-do levadas a assumir por opo.

    d. A RSC em geral estudada sob duas perspectivas: relacionadas com as atitudes inter-nas e as externas organizao.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 5

    Questo 5

    Leia o texto a seguir e responda o que se pede:

    Um conceito que est nos detalhes

    Do uso de papel reciclado nos escritrios a um programa para orientar a alimentao dos operrios nas obras, a Promon mostra que a preocupao com a sustentabilidade faz parte do dia a dia da empresa.

    O presidente da Promon, Luiz Ernesto Gemignani, tem uma definio peculiar para sus-tentabilidade. Para ele, esse conceito sinnimo de olhar o todo. Na empresa de engenharia que Gemignani comanda, especializada no desenvolvimento de projetos e solues de grandes obras de infraestrutura, a sustentabilidade mora nos detalhes e faz parte do dia a dia dos cerca de 1.000 funcionrios desde a oferta de vans e nibus fretados para estimular os empregados a deixar o carro em casa at os cuidados com aspectos socioambientais nos grandes projetos de engenharia. Trata-se de uma preocupao antiga na companhia. Nos anos 1970, a Promon elabo-rou a Carta de Campos do Jordo, um documento que j previa conceitos de sustentabilidade e que dita os rumos do grupo at hoje. Um dos itens da carta define a Promon como uma empresa que tem o objetivo de criar condies para a realizao profissional e humana dos funcionrios. A maior expresso nesse sentido o modelo acionrio, que permite a todos os funcionrios ter participao no capital da companhia e escolher seus principais dirigentes.

    Nos ltimos cinco anos, porm, o conceito de sustentabilidade ganhou nfase dentro da Promon e nos canteiros de obras que boa parte das novas aes foi implementada. o caso do programa Prato Limpo, criado em 2002. Em palestras para os operrios, a empresa os orienta a se alimentar corretamente, no s no trabalho mas tambm em casa, mostrando os alimentos que fazem bem sade e aqueles que devem ser evitados. O programa ensina tambm a evitar o desperdcio, estimulando o funcionrio a colocar no prato apenas o que vai comer da o nome da campanha. At hoje, mais de 600 operrios j participaram. Em todos os seus projetos de engenharia, a Promon promove a coleta seletiva de resduos slidos e cuida para que o material coletado cerca de 8 toneladas por ms tenha a devida destinao, sendo entregue a empresas ou cooperativas recicladoras locais. Em algumas reas de construo, so instaladas tambm caixas de captao de gua pluvial com capacidade para 10.000 litros cada uma. A gua captada utilizada em descargas sanitrias e para regar jardins, por exemplo. O conceito de sustentabilidade da empresa visa olhar de forma integrada o lado social e ambiental dentro do econmico, diz Ivan Cozaciuc, diretor de sistemas de gesto da Promon.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 6

    Em alguns casos, o prprio cliente prev no contrato aes de sustentabilidade. Na obra que realiza desde o ano passado para a Petrobras na Refinaria do Vale do Paraba, em So Jos dos Campos, a Promon j entrou no canteiro com vrias metas a cumprir: reduo de gases t-xicos, reso da gua de chuva e restrio a fornecedores que no trabalham no regime da CLT. So prticas que fazem parte da rotina da Promon, que tambm monitora de perto a atuao dos cerca de 3.000 fornecedores com os quais trabalha, exigindo que eles tambm adotem prticas sustentveis nos negcios. Trata-se de uma trajetria ainda no concluda, como admitem os prprios executivos da empresa. Na rea de engenharia, o mximo da sustentabilidade social seria nenhum trabalhador fazer hora extra. No caso ambiental, a maior conquista seria reutili-zar todas as sobras de material de uma construo, diz Ccero Facciolla, diretor de projetos da Promon.Disponvel em: .

    a. Relacione quais as aes que a Promon realiza com as dimenses do modelo de Responsabilidade Social Corporativa propostas por Carrol (1991) e tambm com as dimenses da sustentabilida-de (triple bottom line).

    b. Para responder essa questo considerem as aes grifadas no texto. Admitindo que a Promon tenha registrado obrigaes para executar algumas aes para promoo da sustentabilidade, apresente a classificao para cada uma delas. Explique por que.

    c. Discuta se a Promon est alinhada com a Teoria dos Stakeholders para cumprimento da RSC. Explique qual a importncia da incorporao desta Teoria para a RSC das organizaes.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 7

    Captulo 2 Compreendendo a Controladoria Ambiental

    ----------------------------------------

    Questo 1

    Acerca da conscientizao ambiental empresarial, correto afirmar que:

    1. Empresas conscientes ambientalmente estudam seus fluxos operacionais e identificam meios de reduo do consumo de gua, melhoria do nvel da qualidade do ar, gerenciamento de reas uti-lizadas e outras aes que evitem a restrio das condies de vida futura e, at mesmo, atual.

    2. Os recursos ambientais so consumidos pelas empresas para produo de outros bens ou servi-os. A responsabilidade das empresas relaciona-se devoluo sociedade de forma deteriora-da, pois uma atividade inerente ao fluxo produtivo.

    3. A conscientizao empresarial est em assumir a responsabilidade pelas aes que afetam ne-gativamente o patrimnio ambiental e atuar por meio da reduo do consumo inadequado dos recursos que levem a uma degradao generalizada.Esto corretas as alternativas:

    a. I e II.

    b. II e III.

    c. I e III.

    d. Todas esto corretas.

    e. Todas esto incorretas.

    Questo 2O paradigma predominante transformar a sustentabilidade em oportunidade de negcio, sendo sinnimo de vantagem competitiva e busca de legitimidade perante os stakeholders.Um dos caminhos viveis para que as empresas consigam romper com este paradigma :a. O uso da controladoria ambiental, que identifica, mensura, acumula, analisa, interpreta e des-

    carta as informaes geradas no contexto empresarial ambiental contribuindo assim para a melhoria do sistema que atua.

    b. A ecoeficincia que significa o processo de direcionamento de investimentos para aes que aumentem ou mantenham a produtividade com mnimo impacto ambiental.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 8

    c. A viso holstica da empresa e do ambiente na qual atua por meio da utilizao separadamente dos trs itens que compem o trip da sustentabilidade, ou seja, os aspectos ambientais, econ-micos e sociais.

    d. Este paradigma impossvel de ser rompido com as condies tecnolgicas atuais, sendo neces-srio inicialmente direcionamento dos recursos para gerao deste suporte tecnolgico.

    e. Somente por meio da educao superior ser possvel munir a sociedade de conhecimento para enfrentar este desafio, sendo portanto, necessrio que todos os membros dessa passem por essa formao em universidades.

    Questo 3

    Acerca da controladoria ambiental, possvel afirmar que:

    a. Detm autonomia suficiente capaz de atuar independente dos sistemas de gesto contbil da informao.

    b. Gera relatrios de sustentabilidade exclusivos para usurios internos.

    c. Desmistifica a necessidade do uso dos princpios contbeis na mensurao e anlise das movi-mentaes do patrimnio de cunho ambiental.

    d. um ramo do conhecimento opcional para aquela empresa que deseja trabalhar com ecoeficincia no contexto atual e previsto para o futuro.

    e. Dentre outros focos, gera informaes sobre estratgias socioambientais e rentabilidade de bens e servios.

    Questo 4Recurso controlado pela entidade, como resultado de eventos passados, do qual se espera que benefcios futuros fluam para a entidade, estando associados com a preservao, a recupera-o, monitoramento e ou reciclagem.

    O conceito acima refere-se :

    a. Ativo ambiental.

    b. Passivo ambiental.

    c. Patrimnio ambiental.

    d. Receita ambiental.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 9

    e. Despesa ambiental.

    Questo 5No mago de toda teoria para a mensurao dos ativos, se encontra a vontade de que a avaliao represente a melhor quantificao possvel dos potenciais de servios que o ativo apre-senta para a entidade (Iudcibus, 2004).

    Para que a avaliao atinja este objetivo citado acima, pode-se recorrer s bases de mensu-rao. Marque V para verdadeiro e F para falso.

    ( ) Custo Histrico.

    ( ) Custo Corrente.

    ( ) Valor Realizvel Lquido.

    ( ) Valor Presente.

    ( ) Custo Histrico Corrente.A sequncia correta :a. V,F,V,F,F.

    b. F,V,V,V,F.

    c. F,F,F,V,V.

    d. V,F,F,V,V.

    e. V,V,V,V,F.

    Questo 6So itens que compem o ativo ambiental:a. Insumos para recuperar emisso de resduos, bens mveis usados para atividades de

    impacto ambiental.

    b. Bens imveis usados para atividades preventivas, insumos com alta capacidade de gerar resduos.

    c. Bens imateriais relacionados emisso de carbono, imveis geradores de poluio natural.

    d. Investimentos direcionados preveno ambiental, insumos de produtos geradores de resduos slidos.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 10

    e. Bens mveis e imveis destinados a atividades potencializadoras de impacto ambiental.

    Questo 7

    Considere a relao de gastos na tabela abaixo:

    Preo aquisio equipamento X 48.978,58 Matria-prima utilizada produo (trimestre) 7.480,00 MO Instalao equipamento X 4.500,00 Desmontagem equipamento anterior 8.000,00 Gastos com marketing novo produto 9.740,00 Inaugurao da nova unidade produo 3.000,00 Impostos no recuperveis equipamento X 9.548,58 Treinamento para uso equipamento X 1.500,00 Conforme seus conhecimentos, o valor total que compe o custo da aquisio do imobiliza-do (Equipamento X) :

    a. 92747,16.

    b. 64527,16.

    c. 72007,16.

    d. 75507,16.

    e. 72527,16.

    Questo 8Para o reconhecimento do passivo, deve-se levar em considerao:IV. Verificao se o passivo resultado de uma transao do passado e no de uma transao futura.

    V. Checagem se passvel de mensurao monetria de maneira confivel.

    VI. Informaes como data e credor devem ser conhecidos, independentemente da preciso destas informaes.Esto corretas as alternativas:

    a. I e II.

    b. II e III.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 11

    c. I e III.

    d. Todas esto corretas.

    e. Todas esto incorretas.

    Questo 9Uma empresa de alimentos passou a revender as embalagens de plstico da sua principal matria-prima para uma associao de reciclagem situada na mesma cidade na qual desenvolve suas operaes. Levando em considerao os valores significativos apresentados j no primeiro trimestre desta operao, a empresa deve classificar como:

    a. Receitas operacionais, visto que faz parte da atividade principal da empresa.

    b. A crdito da conta de custos, visto que reduz o valor desses no processo produtivo.

    c. Despesas, pois mesmo que seja vendido, o valor foi originado de uma despesa com aquisio da matria-prima.

    d. Receita ambiental, pois considera-se uma recuperao de todo o impacto ambiental que a em-presa causou com a produo no trimestre.

    e. J que houve otimizao de gerao de resduos e gerao de subproduto, ento deve classificar como receita ambiental.

    Questo 10

    Tais gastos referem-se a gastos incorridos sem uma contrapartida de benefcios, ou seja, no proporcionam benefcios para a empresa. (Adaptado de Ribeiro, 2005).O conceito acima apresentado, refere-se a:a. Receitas ambientais.

    b. Despesas ambientais.

    c. Custos ambientais.

    d. Perdas ambientais.

    e. Ganhos ambientais.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 12

    Captulo 3 Controladoria Ambiental : Gesto Ambiental Estratgica

    ----------------------------------------

    Questo 1A Controladoria uma rea multidisciplinar, cujo principal pilar de sustentao a conta-bilidade. E desta forma alinha-se com o desafio de incluir as questes socioambientais na gesto das empresas, que por sua vez, multifatorial.Com base na interpretao do trecho acima possvel depreender que:a. A controladoria ambiental vem perdendo fora no sentido amplo para atuar em sentido restri-

    to, setorialmente at mesmo dentro das empresas.

    b. A anlise ambiental por parte da controladoria e suas ferramentas, consistem em um alinha-mento desapropriado visto que se faz necessrio mensurar e atribuir valores ao que imensu-rvel.

    c. O sistema de controladoria ambiental foi gerado baseado nessa estrutura sempre vol-tada para atendimento das necessidades informacionais dos stakeholders.

    d. A multifacetada viso do sistema de controladoria ambiental contribui para anlise conjun-ta de setores distintos sem, entretanto, viabilizar o fornecimento de informaes de qualidade para os usurios internos e externos.

    e. O trabalho em conjunto da controladoria com setores ambientais, ainda que multifatorial, so perspectivas utpicas de uma parcela da sociedade ao vislumbrar algum apoio contbil neste contexto.

    Questo 2Segundo Hart e Milstein (2004) a implementao de um modelo de sustentabilidade corpo-rativa, que coloque a empresa na direo da criao de valor para o acionista, requer uma viso crtica dos gestores para vrios pontos, entre eles o da reputao e legitimidade, que consiste em:a. Um envolvimento intenso dos empregados, acompanhado de um bom desenvolvimento de po-

    tenciais para melhoria contnua e controle da qualidade para combate poluio.

    b. Reposicionamento das suas competncias internas em torno de tecnologias mais sustentveis para reduo de impactos ambientais.

    c. Anlise do crescimento e trajetria da organizao buscando identificar mercados antes nem

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 13

    pensados por meio dos dilogos com os diversos skateholders.d. Anlise ampla das abordagens de controladoria sobretudo no que tange a sua funo organi-

    zacional e comportamental.

    e. Na ampliao dos aspectos relacionados gesto do produto para alm das fronteiras da organizao para incluir o ciclo de vida do produto desde a aquisio da matria--prima, at o descarte pelo consumidor.

    Questo 3

    No que se refere a um modelo de sustentabilidade ambiental, possvel afirmar que:II. As pesquisas empricas tm demonstrado que as empresas que perseguem o combate po-luio e as estratgias de reduo de resduos realmente aumentam os lucros e reduzem custos.III. No contexto organizacional atual, os gestores esto sendo desafiados para alcanar a ex-celncia tanto no desempenho social, ambiental e financeiro simultaneamente

    IV. Quando h um custo financeiro adicional na melhoria na gesto das aes sociais ou am-bientais e h uma melhoria no desempenho financeiro, ento os gestores so confrontados com um dilema de como fazer as escolhas e que aes implementariam.Esto corretas as alternativas:

    a. I e II.

    b. II e III.

    c. I e III.

    d. Todas esto corretas.

    e. Todas esto incorretas.

    Questo 4Segundo Epstein (2008), para a implementao de um modelo de sustentabilidade corpo-rativa eficiente necessrio que os gestores executem aes diversas, nas quais pode-se cit-las a seguir, exceto:

    a. Auxiliar os colegas no gerenciamento simultneo da melhoria da performance ambiental e fi-nanceira.

    b. Compreendam as relaes causais das diversas aes a serem escolhidas.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 14

    c. Reconhecer que so componentes essenciais para implementao estratgia e liderana.

    d. Compreendam o impacto real e potencial dessas aes no desempenho financeiro.

    e. Compreendam o valor dessas aes exclusivamente e de maneira restrita na perfor-mance da sustentabilidade.

    Questo 5

    Utilizando os nmeros abaixo, relacione corretamente os direcionadores de sustentabilida-de com as respectivas medidas de desempenho de sustentabilidade.Direcionadores de sustentabilidade Medidas de resultado1 Entradas ( 1 ) Diversidade geogrfica2 Processos ( 4 ) Aumento das receitas3 Sadas ( 1 ) Posio financeira da corporao4 Resultados ( 3 ) Nmero de multas ( 2 ) Poltica de trabalho infantil ( 4 ) Aumento dos lucros ( 3 ) Nmero de prmios recebidos ( 2 ) Horas de treinamento em tica

    Questo 6Dentre os instrumentos gerenciais disponveis para integrar os impactos ambientais nas decises gerenciais, pode-se citar, exceto:

    a. Anlise de incerteza e riscos.

    b. Anlise da hierarquia dos custos ambientais.

    c. Incentivos individuais.

    d. Planejamento tributrio.

    e. Custeio baseado em atividades.

    Questo 7

    Analise as afirmativas:I. Dentre os benefcios potenciais de um SGA esto a motivao dos colaboradores, facilida-des de negcios em bancos e seguradoras alm de fortalecimento da competitividade.II. Pode-se citar entre os benefcios potenciais externos de um SGA a melhoria da imagem perante a sociedade e reconhecimento de potenciais de reduo de custos.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 15

    III. So benefcios potenciais internos de um SGA a sistematizao de medidas ambientais j implementadas e preveno de riscos.Esto corretas as alternativas:a. I e II.

    b. II e III.

    c. I e III.

    d. Todas esto corretas.

    e. Todas esto incorretas.

    Questo 8A partir da clssica frase dos autores Kaplan e Norton (1992) o que no medido no gerenciado, pode-se inferir:a. O processo de mensurao no contribui para que o desempenho ambiental possa ser analisado

    adequadamente.

    b. fundamental que o SGA possa quantificar fsica e monetariamente os custos ambientais e outros itens relacionados com os aspectos socioambientais.

    c. A evidenciao por meio de resultados mensurveis da gesto dos aspectos ambientais um fator delegvel a mdias de publicao em massa.

    d. A mensurao um processo de atribuir atividades a valores capazes de desenvolver motiva-es naqueles que tomam a deciso.

    e. A mensurao desvinculada a referncias contribui cientificamente para as descobertas am-bientais, sobretudo no campo das cincias biolgicas.

    Questo 9

    De acordo com seus conhecimentos acerca da evidenciao possvel afirmar que:I. Atualmente tm-se vrios modelos para evidenciao das questes socioambientais, porm h a regulamentao nacional que impossibilita a variao na forma de apresentao das informaes.II. A evidenciao um compromisso inalienvel da Contabilidade com seus usurios e com

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 16

    os prprios objetivos, podendo variar na forma, mas a essncia sempre a mesma, a de propi-ciar uma base adequada de informao para o usurio.III. A evidenciao de natureza socioambiental de carter voluntrio, ou seja, realizado por mera liberalidade das empresas.Esto corretas as alternativas:a. I e II

    b. II e III

    c. I e III

    d. Todas esto corretas

    e. Todas esto incorretas.

    Questo 10Consiste no conceito acerca da Teoria da Legitimidade:a. No mais do que a representao simblica de uma avaliao coletiva que se faz da organiza-

    o, mas que tem o poder de afetar os fluxos de organizacionais no vitais sua continuidade.

    b. um recurso facilmente comercializado no mercado internacional que, ao ser aplicado nas empresas, acaba atuando como um recurso estratgico que as organizaes utilizam para ganhar competitividade.

    c. Fundamenta-se num contrato que existe entre as empresas e a sociedade, sendo que as empresas utilizam a publicao de informaes socioambientais para reduzir a presso social reduzindo os custos operacionais.

    d. Canaliza aes dos gestores para legitimar fluxos de informao sobre o meio ambiente no in-tuito de apresentar aos consumidores exclusivamente os malefcios da sua operao comercial.

    e. A evidenciao socioambiental uma ferramenta de legitimao para as empresas que ga-nham ou mantm legitimidade por meio de incentivos na estratgia do uso da comunicao empresarial baseadas unicamente em informaes fiscais.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 17

    Captulo 4 Controladoria Ambiental: Gesto de Custos Ambientais

    ----------------------------------------

    Questo 1

    Dentre os benefcios em se medir custos ambientais, encontram-se:I. Reduo dos impactos ambientais que podem ser reduzidos, por meio da venda de resduos, ou pela transferncia de licena de contaminao, ou mediante licenas de tecnologias limpas.II. Entender os custos ambientais ou desempenho de processo e produtos podem promover um custo e fixao de preos mais exatos.III. Uma melhor administrao dos custos ambientais pode resultar em desempenho am-biental melhor e benefcios significativos para sade dos colaboradores.Esto corretas as alternativas:

    a. I e II.

    b. II e III.

    c. I e III.

    d. Todas esto corretas.

    e. Todas esto incorretas.

    Questo 2So consumos de recursos reconhecidos pela entidade relacionados ao processo produ-tivo que tenham por objetivo mitigar e prevenir danos ambientais causados pelas atividades operacionais ou outros consumos vinculados produo.O conceito acima refere-se a:a. Despesa ambiental.

    b. Ativo ambiental.

    c. Passivo ambiental.

    d. Riscos ambientais.

    e. Custo ambiental.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 18

    Questo 3

    So exemplos de custos ambientais indiretos, exceto:

    a. Custo de tratamento de resduos.

    b. Multas de naturezas ambientais.

    c. Taxa de contaminao de guas.

    d. Custo de gesto ambiental.

    e. Honorrios de consultoria.

    Questo 4So custos de controle da qualidade ambiental:a. Custos de preveno e custos de falhas internas.

    b. Custos de avaliao e custos de falhas internas.

    c. Custos de falhas externas e custos intangveis.

    d. Custos de falhas internas e custos intangveis.

    e. Custos de avaliao e custos de preveno.

    Questo 5

    A literatura especializada afirma que os instrumentos mais utilizados na contabilidade de gesto ambiental no apoio do processo de deciso empresarial so, exceto:

    a. Custeio de ciclo de vida.

    b. ABC.

    c. Custos dos fluxos de materiais.

    d. Fair value.

    e. Custos ambientais totais.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 19

    Questo 6O balano de massa uma equao que se baseia no princpio de que todo material que entra na produo ter de sair ou ficar armazenado. Para que a ecoeficincia seja atingida por meio deste relatrio, necessrio:a. Reduzir a eficincia ecolgica da empresa transformando toda a matria-prima em produto.

    b. Beneficiar-se das vantagens comerciais aumentando a competitividade.

    c. Maximizao ampliada dos custos de retrabalho.

    d. Aumento do impacto ambiental do processo produtivo.

    e. Capacitao dos entes poluentes para manter seu nvel de atividade local.

    Questo7

    Fonte: Kiperstok et al. (2002)De acordo com a interpretao da Figura acima, possvel gerar as seguintes informaes quantitativas, exceto:

    a. Os materiais que j esto em produo ou acabados.

    b. Os itens de registro individuais da contabilidade de custos considerados como custos diretos e indiretos.

    c. Identificao de a extenso e controle dos estoques.

    d. A escala de detalhamento dos centros de custos sem os direcionadores de custos.

    e. Qual o volume utilizado em cada perodo.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 20

    Questo 8"Os recursos podem ser alocados em uma atividade ou em um centro de custos de suporte. Na alocao de custos, consideram-se fatores como capacidade, vida til estimada e tempo m-dio para execuo da atividade."

    A afirmao acima refere-se ao mtodo de custeio:

    a. Varivel.

    b. RKW.

    c. Direto.

    d. Meta (ou Target cost).

    e. ABC.

    Questo 9

    fundamental para apoiar a implementao de projetos de ecoeficincia, pois identifica as consequncias ambientais de um produto e depois busca oportunidades para obter melhorias ambientais.O trecho acima est se referindo a:a. Custeio baseado em atividades.

    b. Anlise do ciclo de vida.

    c. Custeio por processo.

    d. Processo industrial ambiental.

    Questo 10O desenvolvimento da anlise do ciclo de vida da empresa consiste em quatro etapas, que so:1 Interpretao e propostas.2 Objetivo e escopo.3 Avaliao do impacto.4 Anlise do inventrio.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 21

    A ordem formal correta de ocorrncia da anlise :a. 2 4 3 1.

    b. 4 3 1 2.

    c. 1 2 4 3.

    d. 3 1 2 4.

    e. 2 1 3 4.

    Questo 11A Diviso de Produtos Qumicos da Loring produz surfatantes, ingredientes usados na pro-duo de detergentes para lavanderias. (surfatantes so os componentes que ajudam a soltar a sujeira das roupas) possvel fazer tipos diferentes de surfatantes, dependendo da natureza da entrada das matrias-primas. Por exemplo, uma possibilidade usar o sebo do boi como entrada primria de matria-prima. Outra possibilidade usar uma matria-prima petroqumica como a entrada primria. A entrada primria mais outras entradas e fontes de energias so consumidas para produzir os surfatantes. Uma anlise de estoque apresenta o seguinte para a produo de surfatantes.

    Petroqumico Sebo

    Matrias-primas (kg por 1.000 kg de surfatante)gua consumida (kg por 1.000 kg de surfatante consumido)Energia consumida (quilowatts-hora por 1,0 kg de surfatante):Para a produo de matrias-primasTransporteProcessamento (produo de surfatantes)Resduos (emisses por 1.000 kg de surfatantes):Partculas (contaminante do ar)Hidrocarbonetos (contaminante do ar)Slidos dissolvidos (contaminantes lquidos)Contaminao da terra (resduo slido)

    9005055

    1060

    2406

    80

    85050030

    2060

    10304

    160O maior consumo de gua para o sebo relativo ao requisito de que a gua precisa ser usada para produzir rao para o boi. O custo por quilo da matria-prima petroqumica $ 0,40. O custo de sebo de $ 0,60. O custo da gua $ 0,50 por quilo e a energia $ 1,20 por quilowatts--hora. Quando os contaminantes do ar excedem 5 por 1.000 quilos, preciso comprar e instalar equipamento para controlar a poluio. O custo para adquirir e operar esse equipamento $ 500 por cinco unidades de contaminante. Os contaminantes lquidos so mais problemticos. Se des-pejados em rios locais durante o ciclo de vida, os custos esto estimados em $ 120 por unidade de contaminante lquido. Se for usado um sistema de tratamento de guas, o custo $ 60 por unidade de contaminante. Finalmente, a limpeza do solo est estimada em $ 20 por unidade de resduo slido.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 22

    Pede-se:a. Avalie os impactos ambientais relativos das duas abordagens para a produo de surfatantes

    usando apenas as medidas ambientais operacionais. Qual das duas abordagens voc recomen-daria? Justifique sua escolha.

    b. Use as informaes de custos e calcule um custo de impacto ambiental por 1.000 quilos de sur-fatantes. Agora, qual das duas abordagens voc recomendaria? A abordagem do custo do ciclo de vida tem suas limitaes? Explique.

    c. Que partes do ciclo de vida descritas pela anlise de estoque so controladas pelo fornecedor? Pelo produtor? Que parte da anlise de estoque est faltando?

    Resposta

    Considerando os Resduos lquidos como despejados nos rios

    Letra A Elementos Petroqumico Sebo

    Matrias-primas(kg por 1.000 kg de surfatante) 900 0,36 324,00 850 0,51 433,50 gua consumida (kg por 1.000 de surfatante consumido) 45 0,5 22,50 450 0,5 225,00 Energia consumida (quilowatts-hora por 1.00 kg de surfatante): 49,5 1,2 59,40 27 1,2 32,40 Resduos (emisses por 1.000 kg de surfatantes): ar 37,8 0,38 14,36 36 0,36 12,96

    Slidos dissolvidos (contaminantes lquidos) 6 20 120,00 4 30 120,00 Contaminao da terra 80 20 1.600,00 160 20 3.200,00 Processamento (produo de surfatantes) 60 60,00 60,00

    Transporte 10 10,00 10,00

    Total 2.210,26 4.093,86

    Letra B Petroqumico SeboElementos

    Matrias-primas(kg por 1.000 kg de surfatante) 900 0,4 360,00 850 0,6 510,00 gua consumida (kg por 1.000 de surfatante consu-mido) 50 0,5 25,00 500 0,5 250,00

    Energia consumida (quilowatts-hora por 1.00 kg de surfatante): 55 1,2 66,00 30 1,2 36,00 Transporte 1 10 10,00 1 20 20,00 Processamento 1 60 60,00 1 60 60,00 Partculas (emisses por 1.000 kg de surfatantes): 2 0 0,00 10 2 1.000,00 Hidrocarbonetos 40 8 4.000,00 30 6 3.000,00

    Slidos dissolvidos (contaminantes lquidos) 6 120 720,00 4 120 480,00

    Contaminao da terra 80 20 1.600,00 160 20 3.200,00

    Total 6.841,00 8.556,00

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 23

    Captulo 5 Gesto da Performance Ambiental e Social ----------------------------------------

    Questo 1O subsistema de Gesto da Performance Ambiental e Social, responsvel em fornecer in-formaes que permitam a organizao delinear o conjunto de indicadores ambientais. Para que isso seja possvel so necessrias algumas condies a seguir, exceto:

    a. Condies de monitorar ao longo do tempo.

    b. Constituio de uma medio absoluta.

    c. Constituio de uma medio relativa.

    d. Comparao entre diferentes unidades fabris e empresas.

    e. Quantificao de multas ambientais registradas pelo IBAMA.

    Questo 2

    De acordo com Siena (2008) a materializao do desenvolvimento sustentvel dificultada no momento de estabelecer os critrios de escolha dos indicadores de sustentabilidade dispon-veis no mercado.A partir do trecho acima possvel depreender que:a. Os indicadores de desempenho ambiental e social fornecem, ao gestor, a informao pouco til

    sobre uma grande variedade de dados.

    b. Os indicadores possibilitam aos decisores obter um panorama geral dos problemas de proteo ambiental e social ainda por resolver.

    c. Os critrios de escolha dos indicadores devem ser determinados pelos clientes, principais bene-ficirios dos produtos da empresa.

    d. A padronizao disponvel na literatura e exigida pela legislao pertinente torna o trecho ir-relevante para esta discusso.

    e. Os indicadores no tempestivos so os mais eficientes para a tomada de deciso ambiental.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 24

    Questo 3So princpios para um sistema ambiental de indicadores:a. Relevncia, clareza e comparabilidade.

    b. Consistncia, materialidade e descontinuidade.

    c. Orientao por metas, perspectiva local e continuidade.

    d. Comparabilidade, descontinuidade e perspectiva completa.

    e. Clareza, relevncia e orientao por processos comerciais.

    Questo 4 um instrumento de gesto e de informao que visa evidenciar, da forma mais transpa-rente possvel, informaes econmicas e sociais, do desempenho das entidades, aos mais dife-renciados usurios, entre esses os funcionrios.O conceito acima refere-se a:a. Anlise de ciclo de vida.

    b. Custeio varivel ambiental.

    c. Balano social.

    d. Relatrio de indicadores fisco-sociais.

    e. Demonstrao do valor adicionado.

    Questo 5Para o Global Reporting Initiative (2006) os princpios e diretrizes que asseguram qualida-de das informaes dos relatrios ambientais esto descritos abaixo, exceto:

    a. Equilbrio.

    b. Comparabilidade.

    c. Incluso dos stakeholders.

    d. Observncia.

    e. Clareza.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 25

    Captulo 6 Gesto de Impactos Sociais e Ambientais

    ----------------------------------------

    1. Por que as empresas contemporneas tm procurado abordar o tema sustentabilidade dentro de uma perspectiva sistmica?

    Resposta: o contexto atual se caracteriza por sua elevada dinmica. Muitos atores bus-cam se adaptar mutuamente e a previso de um futuro a longo prazo de difcil execuo. Esse cenrio exige a integrao da estratgia e prticas de gesto das empresas no sentido de obter um equilbrio entre seus resultados, gesto de questes ambientais e atuao socialmente responsvel. Para tanto, as empresas, necessariamente, precisam estar interagindo e monitorando sistematicamente o ambiente em que se encontram inseridas para assegurarem o atendimento das necessidades de todos os seus stakeholders e, consequentemente, suas sobrevivncias.2. Com base no modelo de estrutura de referncia conceitual apresentada, qual seria o pa-pel a ser exercido pela Liderana de uma empresa em busca de sua sustentabilidade empre-sarial?

    Resposta: Cabe s lideranas estimularem as mudanas necessrias para que as empresas possam estar alinhadas com as polticas e prticas para um mundo sustentvel. As lideranas das empresas atuam como referncias a serem seguidas pela fora de trabalho, colaborando, tam-bm para a consolidao de uma viso organizacional compartilhada e sustentvel. Essa viso compartilhada, aliada a outros mecanismos de estmulo contnua aprendizagem organizacio-nal, ir viabilizar a consolidao de sua sustentabilidade empresarial.3. Um dos principais desafios para qualquer empresa a integrao das diversas ativida-des desenvolvidas em seus setores. Com base nos conceitos apresentados nesse captulo, que mecanismos uma empresa poderia utilizar para integrar suas iniciativas em busca da sustentabilidade?

    Resposta: as empresas, por meio de interaes internas e externas com atores da socie-dade, devem acompanhar de forma sistemtica um conjunto de variveis tangveis (econmico--financeiras e tcnicas) e intangveis (cultura, responsabilidade social e imagem, dentre outras) fundamentais para que atinja sua viso (foco definido). Por meio de critrios de sucesso predefi-nidos ou redefinidos devem avaliar os comportamentos de sua fora de trabalho, estimulando o comportamento socialmente responsvel desejado. As lideranas se tornam referncias a serem seguidas, colaborando, tambm para a consolidao de uma viso organizacional compartilha-

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 26

    da e sustentvel. Esta viso compartilhada aliada a outros mecanismos de estmulo contnua aprendizagem organizacional ir viabilizar a consolidao de sua sustentabilidade empresarial.4. Quais seriam as principais motivaes de uma empresa para gerenciar os impactos sociambientais de suas atividades?

    Resposta: os impactos socioambientais das empresas ocorrem como consequncia de suas atividades, as quais sempre esto relacionadas a um determinado processo organizacional. A sociedade tem requerido das empresas uma prestao de contas no sentido de demonstrar que alm de obter lucros, tambm so capazes de agregar valor qualidade de vida de seus funcio-nrios e da comunidade onde esto inseridas. A gesto dos impactos socioambientais colabora para a superao desse desafio imposto s empresas.

    5. Existe alguma correlao entre ter um negcio sustentvel e ter um negcio lucrativo?

    Resposta: o desenho de um produto ou processo levando em considerao o seu encar-go para o meio ambiente tem ganhado relevncia nos meios produtivos. A importncia que a sociedade vem dando s questes ambientais e sociais causa uma presso sobre a indstria no sentido da criao de produtos e/ou servios com o menor impacto ambiental e social possveis. O desenho de produtos e processos de prestao de servios socialmente responsveis torna-se, dessa forma, uma vantagem competitiva para as empresas contemporneas, com impacto direto sobre seus resultados.6. Para se desenvolver um negcio lucrativo necessrio ter um modelo de negcio susten-tvel? Por qu?

    Resposta: Sim. A importncia que a sociedade vem dando s questes ambientais e sociais transforma a atuao responsvel das empresas modelo de negcio sustentvel - em uma van-tagem competitiva significativa. Estudos como o coordenado pelo Banco Mundial (World Bank Publications, 2002), a partir de mais de 240 casos de empresas de vrios pases, revelou que cor-poraes que adotam medidas que melhorem o desempenho ambiental e social das suas ativida-des podem incrementar o valor da sua marca e imagem, promovendo o aumento do faturamento, maior atrao de capital e parceiros, alm de maior reteno de seus talentos.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 27

    7. Seria possvel obter vantagem competitiva ao conhecer todos os impactos socioambien-tais das atividades de um negcio?

    Resposta: Um modelo de negcio sustentvel (estrutura de referncia apresentada no Ca-ptulo 6) possibilita s empresas identificarem solues para minimizar os impactos gerados por suas atividades aos seus clientes e sociedade, alm de permitir o aperfeioamento de critrios na definio de seus investimentos. Em funo da importncia que a sociedade demonstra em relao a questes sociais e ambientais, essa postura da empresa resulta em valorizao de sua imagem e maior aceitao de seus produtos e servios no mercado, caracterizando-se como uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes.8. Qual o papel que a sociedade possui em um modelo de gesto de impactos socioambien-tais de um servio pblico? E de um produto?

    Resposta: No caso de servios pblicos, cabe sociedade, por meio de seus representantes legais rgos reguladores, por exemplo estabelecer as diretrizes e mecanismos legais neces-srios para assegurar que a atuao das empresas prestadoras de servio ocorra fundamentada em modelos sustentveis de negcio. No caso de empresas que competem no mercado por meio de seus produtos e servios, a postura consciente do cidado priorizando a aquisio de bens e servios fornecidos de forma socialmente responsveis se configura em um mecanismo de est-mulo busca de um modelo de negcio sustentvel por parte de seus gestores.

    ESTUDO DE CASOA empresa Alfa uma distribuidora de energia eltrica que est iniciando o mapeamento dos impactos socioambientais de seus processos de negcio e a definio dos indicadores que iro acompanhar esses impactos.Este trabalho, que ser coordenado por voc, deve estar sustentado nas seguintes pre-missas:O processo a ser analisado Realizar Novas Ligaes, que contempla as seguintes ati-vidades:

    Receber solicitaes de clientes. Elaborar projeto. Negociar pagamento. Executar a obra.

    Executar a Ligao.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 28

    As partes interessadas (stakeholders) consideradas pela empresa so: pblico interno, for-necedores, meio ambiente, sociedade e clientes. Indicadores que a empresa j acompanha: Taxa de frequncia de acidentes.

    Com base nas premissas apresentadas, voc deve:

    a. Mapear os possveis impactos sociais e ambientais gerados por cada atividade do processo.

    b. Definir os indicadores que permitam realizar o controle de cada um dos impactos identificados.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 29

    Captulo 7 Logstica Reversa

    ----------------------------------------

    Questo 1Entende-se como conceito de logstica reversa:a. O estudo das caractersticas ambientais da empresa que se relacionam entrega de produtos

    e servios na rea ambiental.

    b. O estudo dos fluxos de materiais que vo do utilizador final do processo logstico original a um novo ponto de consumo ou de aproveitamento.

    c. O estudo revertido do impacto comercial de produtos e servios independentemente do impacto ambiental que causam.

    d. A rea ambiental no mbito da anlise dos custos ambientais para entrega de produtos e devo-luo por parte dos clientes.

    e. Os incentivos recebidos pelos governo (federal, estadual ou municipal) para que as comunida-des ribeirinhas desenvolvam aes de reciclagem.

    Questo 2

    So exemplos de aes inerentes logstica reversa, exceto:a. Multiplicao de postos de coleta de produtos vencidos.

    b. Aes para devoluo de baterias antigas de celular.

    c. Coleta e reciclagem de vasilhames de agrotxicos utilizados.

    d. Substituio de embalagens descartveis por retornveis.

    e. Publicao de quitao de multas e demais dvidas ambientais.

    Questo 3

    O Brasil um exemplo de reciclagem de latinhas de alumnio. Quase 100% das latas que so descartadas so reaproveitadas e viram novas embalagens. Uma lei em vigor desde 2010 tambm quer que outros materiais como plstico e papel sejam descartados de maneira cor-reta. De cada cem latas de alumnio fabricadas no pas, 98 so recicladas. O tempo mdio que

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 30

    uma lata fica na rua de So Paulo dez segundos. O setor movimenta R$ 1,8 bilho por ano no pas, mas esse mercado no funciona sem alguns personagens. Fonte: Portal G1, 23/4/2012.Com base na afirmao acima, depreende-se que a reciclagem das latinhas de alumnio

    um processo inerente :

    a. Logstica verde.

    b. Ecologia industrial.

    c. Logstica reversa.

    d. Logstica direta.

    e. Ecologia nacional.

    Questo 4As cinco dimenses da logstica reversa atualmente conhecidas so:a. Determinantes, caractersticas, atores, razes e estruturas.

    b. Variantes, correlacionadas, determinantes, estruturais e participantes.

    c. Razes, imposies, demonstraes, permanentes e preventivas.

    d. Componentes, desenvolvidas, estruturais, atores e punies.

    e. Punies, caractersticas, atores, correlacionadas e imposies.

    Questo 5Um programa de logstica reversa pode fornecer ganhos diretos aos fabricantes de equipa-mentos. Essa possibilidade ser real se houver:a. Ampliaes do consumo de matrias-primas.

    b. Reduo do valor dos produtos recondicionados.

    c. Diminuio dos custos de deposio final (descarte).

    d. Recolha e descartes de materiais metlicos, como alumnio.

    e. Reutilizao de embalagens de agrotxicos pelo prprio agricultor no seu processo produtivo.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 31

    Questo 6

    Como determinantes da responsabilidade social inerentes s questes ambientais relacio-nadas s empresas na atualidade, tm-se:

    a. Direitos do consumidor e respeito ao meio ambiente.

    b. Imagem de mercado e incorporao de bons princpios e crenas.

    c. Ganhos econmicos financeiros diretos e indiretos.

    d. Reduo de impostos nas esferas municipal e estadual.

    e. Aumento significativo da satisfao dos funcionrios que nela trabalham.

    Questo 7O uso sistemtico da logstica reversa pode trazer diversos tipos de retornos, exceto:a. De fabricao.

    b. De distribuio.

    c. Dos consumidores.

    d. De garantia.

    e. De impostos.

    Questo 8Diversos autores vm estudando as propriedades dos produtos, sobretudo das respectivas embalagens, que interferem diretamente na logstica reversa. Dentre essas, os itens que no in-fluenciam nesta ltima so:

    a. Peso, volume e aspectos ambientais.

    b. Durabilidade, forma e peso.

    c. Embalagem, fragilidade e volume.

    d. Fragilidade, aspectos ambientais e durabilidade.

    e. Contedo, rotulagem e imagem de mercado.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 32

    Questo 9Considere as alternativas:I. A complexidade dos produtos correlaciona-se de forma indireta com os nveis existentes em sua estrutura de materiais, ou seja, aumenta conforme o nmero de componentes.II. O valor dos produtos reciclados no mercado ainda baixo e varia de acordo com as fra-es do produto e o mercado.III. A variedade dos produtos engloba o nmero de diferentes categorias ou modelos de pro-dutos causando impacto no sistema de logstica reversa.Esto corretas as alternativas:

    a. I e II.

    b. II e III.

    c. I e III.

    d. Todas esto corretas.

    e. Todas esto incorretas.

    Questo 10Os 3 Rs relacionados ao conceito de recuperao direta so:a. Revenda, reutilizao e redistribuio.

    b. Recondicionamento, reciclagem e revenda.

    c. Redistribuio, reutilizao e reciclagem.

    d. Replantao, recondicionamento e reviso.

    e. Reciclagem, revenda e reviso.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 33

    Captulo 8 Crdito de Carbono

    ----------------------------------------

    Questo 1

    No contexto da discusso sobre o crdito de carbono, possvel afirmar que:

    a. A revoluo industrial um marco histrico fundamental ao desenvolvimento da humanidade e que gerou benefcios capazes de justificar todos os danos ambientais inerentes.

    b. Devido escassez de recursos, a multiplicao acelerada da populao deve ser controlada e gerenciada de modo sustentvel por meio do controle irrestrito da natalidade.

    c. Uso desequilibrado dos recursos naturais no renovveis e aumento da poluio esto entre os malefcios causados pela revoluo industrial.

    d. Apesar do prejuzo ambiental e dos impactos em todo o globo, o mercado de crdito de carbono vem perdendo espao para aes de reciclagem direta.

    e. A revoluo industrial trouxe inmeros benefcios para a populao assim como a revoluo tecnolgica, porm ambas ainda no apresentaram solues viveis de uso adequado dos re-cursos ambientais no renovveis.

    Questo 2

    O crescimento exponencial da populao e padro de consumo, a produo cientfica e tec-nolgica, e o desenvolvimento das naes, representam juntos:a. Os pilares de sustentao da estrutura do crdito de carbono.

    b. Os meios de soluo da crise ambiental mundial.

    c. A soluo irrestrita da degradao ambiental desde a revoluo industrial.

    d. Os pilares das mudanas climticas.

    e. Os fatores fundamentais evoluo econmico-social de qualquer civilizao.

    Questo 3

    um instrumento de poltica pblica ambiental internacional de cunho econmico que se configura como uma alternativa ao problema mundial de mudanas climticas no qual afirma

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 34

    que o dano ambiental atual pode ser evitado com um investimento inferior ao esperado de apro-ximadamente 1% do PIB (Produto Interno Bruto) global nos prximos anos.Este conceito refere-se ao:a. Protocolo de Kyoto.

    b. Relatrio da Eco 92.

    c. Protocolo de Estocolmo.

    d. Documento da Rio 92.

    e. Relatrio de crise ambiental do Greenpeace.

    Questo 4Considere as alternativas:VI. O mercado dos crditos de carbono leva em considerao o quanto cada pas obrigado a efetuar redues de emisses de gases potencializadores do efeito estufa.VII. O mercado de crditos de carbono altamente lucrativo, permitindo inclusive que empre-sas reduzam investimentos em produtividade para direcionar recursos na especulao deste mercado e comrcio de aes.VIII. O inventrio das naes sobre emisses de gases prejudiciais ao meio ambiente baseia-se no percentual de crditos de carbono que cada pas pode utilizar no cumprimento de metas estabelecidas internacionalmente.Esto corretas as alternativas:

    a. I e II.

    b. II e III.

    c. I e III.

    d. Todas esto corretas.

    e. Todas esto incorretas.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 35

    Questo 5

    O Brasil um dos pases com maior potencial no mundo para a oferta de Crditos de Carbo-no. Vrias possibilidades podem ser facilmente encontradas no pas, exceto:a. Produo de energia de fonte renovvel.

    b. Substituio de combustvel de origem fssil.

    c. Gerao de energia elica.

    d. Recuperao e queima de metano.

    e. Cogerao de energia por meio da queima de leo.

    Questo 6

    No que se refere s discusses quanto classificao contbil dos Crditos de Carbono, possvel afirmar que giram em torno dos grupos:

    a. Receitas operacionais e passivo circulante.

    b. Estoques e intangvel.

    c. Patrimnio ambiental e ganhos.

    d. Perdas extraordinrias e intangvel.

    e. Estoques e receitas ambientais.

    Questo 7Para uma empresa que dispe de Crditos de Carbono em seu patrimnio, sugere-se que a mesma:a. No realize o lanamento nas demonstraes contbeis visto que ainda no h uma padroniza-

    o internacional.

    b. Registre apenas em notas explicativas, em relatrio anexo.

    c. Registre no patrimnio lquido, logo abaixo da linha relacionada Reserva de Lucros.

    d. Reconhea nas demonstraes visto que atendem a critrios bsicos como expectativa de gerao futura de caixa e serem controlados pela empresa.

    e. Ignore tais valores devido volatilidade destes no mercado internacional.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 36

    Captulo 9 Gesto de Riscos Ambientais

    ----------------------------------------

    Questo 1Muitas empresas em todo o mundo no inseriam informaes importantes nas suas anli-ses de riscos ambientais, dentre elas encontra-se:a. Viabilidade de produtos importados frente a mercados nacionais.

    b. Problemas legais evidenciados por organizaes no governamentais que geravam (e ainda geram) quedas expressivas nos lucros.

    c. Utilizao de mecanismos automatizados e impactos na qualidade da mo de obra local.

    d. Reduo de impostos inerentes aos resultados ambientais comuns em todos os pases.

    e. Ganhos com gerao de Crditos de Carbono gerados no mercado internacional.

    Questo 2

    No que tange o conceito de gerenciamento de riscos ambientais, pode-se afirmar:I. Gira em torno dos aspectos sociais, ambientais e econmicos que podem impactar nas organizaes.II. Busca correlacionar um equilbrio ecossistmico de riscos de crdito, de mercado e ope-racionais.III. Trata-se de uma metodologia de gesto que visa atender s necessidades dos stakeholders visando fornecimento de informaes desta natureza.Esto corretas as alternativas:a. I e II.

    b. II e III.

    c. I e III.

    d. Todas esto corretas.

    e. Todas esto incorretas.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 37

    Questo 3

    Um dos modelos de anlise e gesto de riscos ambientais estabelece trs fases inerentes mensurao dos riscos; so elas:a. Identificao, anlise e avaliao.

    b. Correo, preveno e punio.

    c. Organizao, reavaliao e reciclagem.

    d. Correlao, disseminao e auditoria.

    e. Capacitao, treinamento e publicao.

    Questo 4

    No que se refere ao tema Riscos Ambientais possvel afirmar:A ____________ um processo participativo que envolve a comunicao e consulta em todas as etapas, alm disso, funciona em um ciclo __________ no qual o resultado gera inputs para novas anlises.Os termos que completam a frase corretamente so:a. anlise de riscos; alimentado.

    b. avaliao de riscos; disseminado.

    c. gesto de riscos; retroalimentado.

    d. auditoria; nico.

    e. diviso de riscos; fechado.

    Questo 5

    Empresas, sobretudo financeiras, tm utilizado mecanismos para avaliao de clientes que necessitam de crdito. Pode-se citar alguns mecanismos conhecidos, exceto:a. Tratamento adequado de lixo e efluentes.

    b. Anlise de impacto da cadeia produtiva.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 38

    c. Metas consistentes para reduo de gua e energia.

    d. Viabilidade de ampliao produtiva mesmo que cause impactos ambientais.

    e. Implantao de ISO 14001.

    Questo 6 um processo elaborado para fornecer segurana razovel com relao ao alcance de ob-jetivos da organizao, priorizando pela eficcia e eficincia das operaes, confiana das infor-maes financeiras e cumprimento das leis e regulamentaes pertinentes.O conceito acima se refere a:a. Gesto de riscos.

    b. Auditoria ambiental.

    c. Riscos ambientais.

    d. Anlise de riscos.

    e. Controle interno.

    Questo 7

    Analise as afirmativas:I. Num quadro de ausncia de controles a empresa incorre em exposio de riscos inacei-tveis.II. Numa situao de controles em excesso, a empresa incorre em exposio a custos exces-sivos.III. Uma empresa que equilibra o nvel de controle de acordo com os riscos conhecidos incor-re em controles internos ineficientes.

    Esto corretas as alternativas:

    a. I e II.

    b. II e III.

    c. I e III.

    d. Todas esto corretas.

    e. Todas esto incorretas.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 39

    Questo 8Com a Matriz de Probabilidade e Consequncia possvel:a. A avaliao quantitativa dos riscos, inclusive em termos financeiros, econmicos, ambientais e

    sociais.

    b. A visualizao de riscos com maior ou menor probabilidade de ocorrncia e adoo de tratamentos adequados em cada nvel.

    c. Garantir que qualquer empresa acarrete em correta avaliao dos riscos ambientais.

    d. Munir apenas empresa industrial de mecanismos eficientes no combate a impactos ambientais eminentes.

    e. Categorizar os riscos ambientais contingentes e evitar traar planos de ao de natureza cor-retiva.

    Questo 9Dentre as medidas conhecidas de tratamento dos riscos ambientais, destaca-se, exceto:a. Remover a fonte de risco.

    b. Alterar a probabilidade de ocorrncia do risco.

    c. Evitar o risco.

    d. Reter o risco.

    e. Consolidar o risco para posterior tratamento.

    Questo 10

    No que se refere aos objetivos do Gerenciamento de Riscos, pode-se afirmar:

    a. Visa agregar valor ao negcio criando mecanismos de aumento da produtividade desconside-rando concorrentes e impactos ambientais.

    b. Objetiva encontrar equilbrio entre custos ambientais e danos ambientais.

    c. Identificar e entender os riscos inerentes s atividades dos processos dos negcios.

    d. Encorajar discusses a respeito dos riscos apenas em nveis inerentes alta administrao da empresa, de onde partem as decises.

    e. Fornecer meios para que a direo da empresa tome decises sobretudo, mais lucrativas.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 40

    Captulo 10 Projeto de um Sistema de Gesto de Impactos Sociais e Ambientais

    ----------------------------------------

    1. Quais seriam as diferenas e as semelhanas entre o desenvolvimento de um software e a construo de uma casa?

    Resposta: H vrias semelhanas e diferenas entre o desenvolvimento de um software e a construo de uma casa. Dentre elas, podemos citar:Algumas Semelhanas: O principal objetivo, nos dois casos, o de garantir um produto final que satisfaa s ex-pectativas do cliente, dentro daquilo que foi acordado com o mesmo. Em ambos os casos, devido complexidade dos requisitos ao produto, extremamente importante o envolvimento do cliente ao longo do projeto (no mnimo, nos momentos de vali-dao das entregas intermedirias), de modo a se possibilitar maior probabilidade de satisfa-o do mesmo.Algumas Diferenas: Como o software um produto intangvel, h mais dificuldade no estabelecimento de re-quisitos e no controle do seu processo de desenvolvimento, do que na construo de uma casa, que um produto tangvel. Um software envolve aspectos de uso diferentes aos de uma casa, levando a diferentes

    itens de qualidade a serem garantidos pelo projeto. Como exemplo, pode-se citar a questo da portabilidade do software, pois o mesmo deve ser facilmente adaptvel utilizao em vrios ambientes. De modo geral, a evoluo tecnolgica no mbito da tecnologia de informao muito

    mais dinmica do que a relativa construo civil. Isso implica na necessidade de que a gesto da qualidade e a gesto dos riscos do projeto de desenvolvimento de softwares considerem a possibilidade de decadncia e de ruptura tecnolgica.2. Quais seriam os principais requisitos que voc colocaria para a construo da sua casa?

    Resposta: Deve-se lembrar que, alm de uma casa dever, naturalmente, atender s expec-tativas e necessidades dos seus usurios, cabe ao proprietrio, em ltima instncia, a responsa-bilidade sobre qualquer obra feita em seu terreno.Assim, alm dos naturais requisitos relacionados ao tamanho e ao tipo da residncia (tais como o nmero e a rea dos cmodos, nmero de pavimentos, tipo de acabamento etc.) e com o

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 41

    tempo, o prazo e a qualidade do empreendimento, o proprietrio dever se preocupar com vrios outros requisitos, relacionados s vrias pessoas interessadas na obra, tais como a vizinhana, a prefeitura, as empresas de servios pblicos e os prprios trabalhadores da construo da casa.

    Desta forma, alguns exemplos de requisitos que poderiam ser colocados pelo cliente em-presa construtora da casa, seriam: Propiciar adequada segurana na obra, tanto para os trabalhadores como para os tran-seuntes. Obter as licenas e aprovaes exigidas.

    Zelar pelos equipamentos e materiais deixados na obra.

    Garantir os menores transtornos possveis vizinhana.

    Assegurar que as escavaes no vo causar danos s fundaes das casas dos vizinhos, nem s instalaes dos servios pblicos da rea (gs, eletricidade, gua, telefones etc.).

    Fornecer instalaes sanitrias temporrias no local da obra, afastadas das casas vizinhas.3. Quais seriam os critrios que voc colocaria para a contratao de uma empresa para construir a sua casa? Resposta: Logicamente, para contratar uma empresa para construir a sua casa, voc deve buscar definir os critrios necessrios e suficientes para que seja alta a probabilidade de que voc venha a contratar uma empresa que efetivamente consiga fazer a obra conforme os requisi-tos que voc definiu. Dentre os vrios critrios necessrios, pode-se citar, por exemplo:

    Habilitao e idoneidade jurdica (engenheiros responsveis, registro no CREA etc.). Regularidade social e trabalhista (histrico de atendimento legislao trabalhista etc.).

    Adequado histrico de obras (tempo de experincia, prazos de entrega e qualidade das obras, satisfao dos clientes etc.). Preo justo (coerncia: planilha de custos e preo frente ao mercado).

    4. Qual o tipo de contrato que voc utilizaria para contratar uma empresa para construir a sua casa?

    Resposta: Se a empresa contratada for de mdio porte, com capital de giro suficiente para manter a obra em andamento, o contrato por empreitada (preo fixo) o tipo que d menos tra-balho ao proprietrio, pois a contratada se encarrega de tudo o que for necessrio para a obra, lhe entregando a casa pronta.Nesse tipo de contratao, o proprietrio combina com a construtora todos os requisitos

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 42

    para a obra e para a casa, negociando um valor global pela casa a ser entregue e, se for o caso, o valor de cada parcela. Um fator-chave nesse tipo de contratao o nvel de detalhamento, j que proprietrio deve ter certeza de que os requisitos negociados so, efetivamente, os necessrios e suficientes para garantir que a casa venha a estar dentro das suas expectativas. Um mecanismo que pode reduzir possveis problemas pode ser primeiramente o cliente contratar o projeto da casa, para depois contratar a construo da obra.De qualquer forma, o contrato do tipo empreitada deve ser bastante detalhado, constando todos os aspectos negociados, inclusive os de prazo, qualidade, valor e forma de pagamento. Deve, ainda, considerar casos de descumprimento desses aspectos, prevendo multas, por exem-plo.

    Uma dica, para aumentar a sua confiabilidade nesse tipo de contratao, seria a de voc contratar um arquiteto ou engenheiro de confiana para analisar o contrato e acompanhar o cumprimento do mesmo.5. Quais seriam as principais etapas para a construo da sua casa?

    Resposta: Duas pessoas diferentes podem estruturar um mesmo projeto segundo etapas diferentes, a depender da viso que cada uma tenha daquele empreendimento. No entanto, qual-quer projeto deve seguir uma lgica racional, que possibilite ordenao e otimizao do trabalho. No caso da construo de uma casa, partindo-se do pressuposto que voc j possua o terreno, uma possibilidade de etapas seria a seguinte: Elaborao dos Projetos:

    o Definio dos requisitos iniciais.o Contratao de empresa para elaborao dos projetos.o Elaborao e aprovao dos projetos (planta, projeto arquitetnico, es-trutural, hidrulico, eltrico).

    Documentao junto Prefeitura.

    Contratao da Empresa para Construo. Construo:

    o Fundao.o Paredes.o Telhado.o Esquadrias.o Hidrulica.o Eltrica.o Acabamento.

  • Controladoria Ambiental Garcia | Gomes 43

    Recebimento da Obra. Pagamentos. Documentao.

    6. Quais os grficos que voc faria, no acompanhamento da construo da sua casa?

    Resposta: Logicamente, um empreendimento complexo como a construo de uma casa, deve merecer um adequado acompanhamento, como tentativa de se garantir o cumprimento do cronograma, do oramento, da qualidade definida etc. E, um meio interessante de se efetuar esse acompanhamento, atravs de grficos, j que possibilita fcil visualizao da situao realizada frente prevista.No caso de voc contratar uma empresa para construir a sua casa, claro que ela dever realizar um acompanhamento muito mais detalhado do que o seu, j que ela ser responsvel por toda a gesto do empreendimento. Mas, de qualquer modo, voc deve fazer alguns acompa-nhamentos mais globais, para no ser pego de surpresa quanto a um possvel atraso na obra, por exemplo.

    Dentre os grficos que voc poderia fazer, estariam os seguintes:

    Acompanhamento do cronograma da obra: seria um grfico mostrando o percentual de execuo previsto para cada etapa ao longo do prazo total da obra e, ao mesmo tempo, o res-pectivo percentual de realizao. interessante, para esse acompanhamento, voc perguntar, empresa construtora, quais so as etapas consideradas crticas e, para essas, voc deve dispor mais ateno: sempre que houver algum desvio significativo entre o percentual de execuo previsto e o percentual de realizao, voc deve buscar explicaes junto construtora, quanto s causas desse atraso e, ainda, quanto s aes para compensao do mesmo.

    Qualidade da obra: seria um grfico mostrando o nmero de inconformidades da obra com relao ao que foi acertado com a empresa construtora. A cada visita que voc fizer obra, procure levantar esse nmero de inconformidades e, o seu interesse, que esse nmero seja o mais prximo de zero. As inconformidades identificadas devem ser informadas empresa, negociando um prazo para soluo das mesmas. O grfico poder mostrar se a empresa est efetivamente cumprindo esses acordos.

    Pagamentos: seria um grfico mostrando os pagamentos previstos ao longo do tempo e, ao mesmo tempo, os pagamentos realizados. interessante que voc compare a evoluo deste grfico frente evoluo dos dois grficos anteriores. Assim por exemplo, voc pode renegociar prazos de pagamento, no caso da empresa estar com a obra em atraso e/ou com problemas de qualidade.

    Captulo 1 Gesto Social e AmbientalCaptulo 2 Compreendendo a Controladoria Ambiental Captulo 3 Controladoria Ambiental : Gesto Ambiental Estratgica Captulo 4 Controladoria Ambiental: Gesto de Custos Ambientais Captulo 5 Gesto da Performance Ambiental e Social Captulo 6 Gesto de Impactos Sociais e AmbientaisCaptulo 7 Logstica Reversa Captulo 8 Crdito de Carbono Captulo 9 Gesto de Riscos Ambientais Captulo 10 Projeto de um Sistema de Gesto de Impactos Sociais e Ambientais