79582820 Seguranca No Transito

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SEGURANA NO TRNSITO NDICE APRESENTAO...............................................................................................................................4 1. INTRODUO................................................................................................................................5 2. HISTORICO......................................................................................................................................6 3. MOTORISTA - CONDUTOR..........................................................................................................7 3.1 Fatores Fsicos:................................................................................................................................7 3.2 Fatores Pessoais.............................................................................................................................10 3.3 Fatores Psicolgicos......................................................................................................................11 3.4 Drogas...........................................................................................................................................13 4. VECULOS.....................................................................................................................................15 4.1 A Posio De Dirigir E Suas Regulagens.....................................................................................15 4.2 Componentes Bsicos....................................................................................................................15 4.3 Manuteno...................................................................................................................................20 4.4 Baterias..........................................................................................................................................21 4.5 Pneus.............................................................................................................................................22 5. DIREO DEFENSIVA................................................................................................................24 5.1 Definio.......................................................................................................................................24 5.2 A Segurana Ativa.........................................................................................................................24 5.3 A Segurana Passiva.....................................................................................................................24 5.4 Ambiente Do Trnsito...................................................................................................................24 5.5 O Motorista Defensivo..................................................................................................................24 5.6 Elementos Da Direo Defensiva:................................................................................................25 5.7 Comportamentos Seguros No Trnsito.........................................................................................26 5.8 Pontos de Conflito.........................................................................................................................27 5.9 Ponto De Observao....................................................................................................................27 5.10 Obstculos...................................................................................................................................27 5.11 Distancias Para Paradas Dos Veculos........................................................................................28 5.12 Conduo Do Veculo.................................................................................................................30 6. PRINCPIOS DA FSICA APLICADOS DIREO.................................................................43 6.1 Atrito.............................................................................................................................................43 6.2 Resistncia Aerodinmica.............................................................................................................43 7. ACIDENTES...................................................................................................................................44 7.1 Definio.......................................................................................................................................44 7.2 Tipos De Acidentes.......................................................................................................................44 1 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO 7.3 Como Proceder Em Acidentes......................................................................................................44 7.4 Condies Adversas......................................................................................................................44 7.5 Preveno De Acidentes................................................................................................................46 7.6 Coliso...........................................................................................................................................47 7.7 Acidentes Com Caminhes...........................................................................................................49 8. ITENS DE SEGURANA.............................................................................................................55 8.1 Freio ABS......................................................................................................................................55 8.2 Cinto De Segurana.......................................................................................................................55 8.3 Air Bag..........................................................................................................................................56 9. OUTRO GRANDE PERIGO: O ASSALTO..................................................................................58 9.1 Caso Prtico:..................................................................................................................................59 10. PRIMEIROS SOCORROS............................................................................................................60 10.1 Conceito:.....................................................................................................................................60 10.2 Importncia:.................................................................................................................................60 10.3 Fundamentos Bsicos Dos Primeiros Socorros:..........................................................................60 10.4 Algumas Tcnicas De Primeiros Socorros..................................................................................61 10.5 Transporte De Acidentados.........................................................................................................66 11. SINALIZAO............................................................................................................................68 11.1 Classificao................................................................................................................................68 11.2 Os Sinais Sonoros........................................................................................................................71 11.3 Os Gestos Dos Agentes Da Autoridade De Trnsito (Pm Ou Agentes Municipais)..................71 11.4 Gestos Dos Condutores...............................................................................................................72 12. ESTATISTICA..............................................................................................................................72 12.1 Conceito:.....................................................................................................................................72 12.2 A Importncia Do Uso Da Estatstica De Acidentes De Trnsito...............................................72 12.3 Estatstica De Acidentes..............................................................................................................73 13. LEGISLAO..............................................................................................................................73 13.1 rgos Que Compem O Sistema Nacional De Trnsito...........................................................73 13.2 Art. 26 - Os Usurios Das Vias Terrestres Devem......................................................................75 14.3 Circulao De Veculos...............................................................................................................75 13.4 Classificao Das Vias................................................................................................................81 13.5 Velocidade Mxima....................................................................................................................82 13.6 Transporte De Criana.................................................................................................................82 13.7 Cinto De Segurana.....................................................................................................................82 13.8 Provas De Competio................................................................................................................82 2 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO 13.9 Classificao Dos Veculos.........................................................................................................83 13.10 Equipamentos Obrigatrios.......................................................................................................84 13.11 Requisitos Exigidos Do Condutor De Escolares.......................................................................84 13.12 Categoria De Habilitao..........................................................................................................85 13.13 Penalidades................................................................................................................................85 13.14 Crimes De Trnsito...................................................................................................................88 14. CURIOSIDADES..........................................................................................................................90 15. CONCEITOS ADOTADOS:........................................................................................................91 16.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS...........................................................................................98

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APRESENTAO Apesar das aes do governo para a reduo do nmero de acidentes de trnsito no Pas, o problema ainda est longe de ser resolvido, ocasionando custos sociais e econmicos ainda bem altos.

Este trabalho tem por objetivo fazer com que os alunos do Curso Tcnico de Segurana do Trabalho compreendam a Segurana no Trnsito de uma forma simplificada, consistente e clara. Ter conhecimento bsico da necessidade de prevenir os riscos de acidentes no trnsito e suas conseqncias, bem como entender as dificuldades e a responsabilidade social de cada cidado, contribuindo assim para a reduo das estatsticas de trnsito neste pas.

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SEGURANA NO TRNSITO 1. INTRODUO O Brasil, mesmo depois da criao do novo cdigo de trnsito, ainda sofre com um alto ndice de acidentes de trnsitos em suas estradas e vias urbanas. Sendo uma das principais causas de morte no pas, o Governo Brasileiro vem adotando medidas para mudar esse quadro. Conforme estatstica realizada no ano de 2002 pelo DENATRAN (Departamento Nacional de Trnsito) ocorreram 18.877 acidentes de trnsito com mortes nas estradas brasileiras, ficando o Estado do Cear na quinta colocao e s em Fortaleza ocorreram 319 mortes. Segundo a OECD(Organisation for Economic Co-operation and Development), no ano de 2000, a taxa de mortes por 10 mil veculos em pases como: o Japo; Alemanha; Estados unidos; Frana e Turquia era respectivamente 1,32; 1,46; 1,93; 2,35 e 5,36 e segundo o DENATRAN a taxa no Brasil foi de 6,80. O alto ndice da mortalidade por acidente de trnsito representa um problema de sade pblica tanto no Brasil como em diversos pases. A cada ano dezenas de milhares de pessoas morrem em acidentes automobilsticos em todo o mundo. A violncia no trnsito est matando milhares de brasileiros e deixando outros tantos mutilados. Uma pesquisa coordenada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada), no ano 2001, mostra que os custos totais dos acidentes de trnsito nas reas urbanas do pas somam R$ 5,3 bilhes, a preos de abril de 2003. S a perda de produo, ou seja, o afastamento temporrio ou permanente do trabalho, significa 42,8% desse total. Os custos com os veculos representam 28,8% e o atendimento mdico-hospitalar e a reabilitao 14,5%, que somados ultrapassam os 85% desse total. A pesquisa mostra ainda que um acidente com vtima apresenta um custo 11 vezes superior a um acidente sem vtima, podendo chegar a 44 vezes em caso de morte. Grande parte das cidades brasileiras est enfrentando graves problemas de aglomeraes urbanas. Havendo uma expanso das cidades aumenta tambm o tempo de deslocamento, principalmente da populao de baixa renda, entre o ncleo da cidade e a periferia de aglomerao, caindo a qualidade de vida dessa populao e aumentando os riscos de acidentes.

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SEGURANA NO TRNSITO 2. HISTORICO Problemas de trfego so to antigos quanto o Imprio Romano. A causa bsica, como nos dias atuais, era o pobre planejamento das cidades, com vias que convergiam aleatoriamente de diversos quarteires para um ponto central. O Imprio Romano em meados do primeiro sculo antes de Cristo, j lidava com o congestionamento do trfego em Roma, no qual, uma das primeiras medidas de Jlio Csar, foi banir o trfego de "rodas", durante o dia, no centro de Roma. Mais tarde foi limitado o nmero de carruagens que poderiam entrar na cidade, medida que foi gradualmente estendida para outras provncias como uma forma de limitar o acesso e garantir um mnimo de circulao. Em 1500, Leonardo da Vinci, prevendo uma soluo revolucionria para os problemas de trfego, sugeriu separar o trnsito de veculos e pedestres pela criao de rotas em dois diferentes nveis. Na Europa do sculo 17, os congestionamentos levaram proibio do estacionamento em certas reas e criao de vias de mo nica. Nas cidades de Pompia e Roma, os pedestres j eram objetos de preocupao e cuidado. As ruas da Roma antiga eram feitas de pedras assentada uma ao lado da outra. A travessia de pedestres era feita por blocos de pedra quadrados colocados sobre a rua, um sim, um no para que as rodas das carroas e bigas passassem entre os vos. A "faixa de pedestres romana tinha como objetivos: a segurana, a facilidade de travessia e tambm a reduo forada da velocidade das carroas. Tudo isso para adaptar o ambiente ao pedestre e no ao carro. O advento dos trens causou problemas crescentes aos sistemas de controle de trfego, visto que em certos momentos os fluxos eram subitamente maiores, particularmente nos terminais e nas entradas das cidades. O automvel, que inicialmente ampliou sua velocidade e posteriormente sua quantidade, rapidamente criou uma nova situao que veio a se caracterizar como um dos principais problemas da sociedade industrial do sculo 20. O primeiro Cdigo de Trnsito do Brasil foi o Decreto -Lei n 3.671 de 25 de setembro de 1941, mas de maneira esparsa, algumas Leis j tratavam do trnsito desde 1910, como Decreto n 8.324 de 27 de outubro daquele ano, que cuidava do servio subvencionado de transporte por automveis. Algumas datas: 1771 Fica pronto o primeiro automvel com uma velocidade de 15 km/h 1834 Ocorreu o primeiro acidente fatal, ferindo e matando passageiros 1893 Em So Paulo, chegava o primeiro carro no Brasil, de propriedade de Henrique Santos Dumont. 1897 Acontecia o primeiro acidente de trnsito no Brasil com o carro de Jos de Bonifcio, no Rio de Janeiro, dirigido por Olavo Bilac, ele chocou-se em uma rvore. 1940- 250 mil veculos, frota circulante entre importados e montados no Brasil (atualmente a frota de 30.939.466 veculos).

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SEGURANA NO TRNSITO 3. MOTORISTA - CONDUTOR O livro PSICOLOGIA DO TRNSITO do Prof. REINIER ROZESTRATEN traz muitas informaes importantssimas sobre estes fatores que envolvem o motorista. Entre elas: 3.1 Fatores Fsicos: 3.1.1 Reflexo Contrariamente ao que se tem impresso em geral, dirigir no uma atividade que exija um reflexo apurado como o de um atleta. O reflexo de uma pessoa normal plenamente suficiente para que se dirija em trnsito, seja ele qual for. O que se faz necessrio muito mais ateno e concentrao, mtodo e organizao. A agilidade e o reflexo exagerado podem deixar aos pilotos de competio e aos goleiros de futebol. 3.1.2 A viso humana 3.1.2.1 Acomodao Visual Nossa viso tem caractersticas especficas: Vemos as imagens com cores e sempre em foco no ponto que olhamos. Cada vez que mudamos o foco de nossa ateno, nossa viso o focaliza QUASE imediatamente, nos oferecendo uma viso ntida do objeto num processo chamado de acomodao visual. Para realizar esse trabalho de focalizar os objetivos, nossa viso se utiliza de msculos para contrair ou descontrair os olhos. Drogas podem influir de modo decisivo na velocidade com que nossos msculos dos olhos se movimentam e retardar a focalizao de objetos. 3.1.2.2 Viso Binocular e Percepo de Profundidade Juntamente com esta viso ntida e focalizada percebemos muito do que nos cerca com um outro tipo de viso chamada de viso perifrica. Uma imagem desfocada, mas nem por isso intil, que abrange 90 graus para cada lado do ponto que focamos, ou seja, uma viso de 180 graus. Observe o quadro a seguir:

Quando olhamos para um objeto, nossos olhos se posicionam de modo a focalizar o objeto e nos oferecer uma idia de distncia atravs da imagem da profundidade e perspectiva do objeto em questo. Enquanto a imagem do objeto em foco recebida por ns, percebemos tambm objetos ao redor de nossa viso objetiva pela viso perifrica. 7 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

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3.1.2.3 ngulo De Viso Nosso ngulo de viso uma capacidade visual fixa, que respeita a nossa viso objetiva e nossa viso perifrica. A impresso de que o ngulo de viso se restringe enquanto aumentamos a velocidade se d por deslocarmos nosso foco de ateno para bem mais frente, distorcendo consideravelmente nossa viso perifrica para objetos prximos. Enquanto olhamos para 300 metros frente, percebemos tambm um carro a 80 graus em nossa viso perifrica, o que nos ensina que o campo visual no se restringe, apenas a nossa ateno se volta para os objetos mais frente, foco de nossa preocupao e ateno. Bem resumidamente, no vemos o que no nos interessa. 3.1.2.4 Ofuscamento Excesso de exposio da viso luz intensa, uma cegueira momentnea que atinge com muita freqncia o motorista. Este um item que decepciona os mais velhos: o ofuscamento cruel com os mais velhos porque afeta aos mesmos de uma maneira to desproporcional que parece uma vingana da natureza. Enquanto um jovem leva 3 segundos para se recuperar de um ofuscamento, um indivduo de meia idade leva 10 segundos. Acumulados os efeitos de drogas (includo aqui o lcool), o ofuscamento leva em mdia 5 segundos a mais para acabar. Para termos uma idia do problema, basta lembrarmos que o carro percorre 66,6 metros em 3 segundos a 80 km/h. Para evitar o problema, basta centrar sua ateno no no foco de luz, mas sim, na faixa lateral ou central da estrada. Caso no haja faixa, o fim do asfalto tambm uma tima referncia. Normalmente, o lugar da estrada por onde os carros passam mais limpo e mais escuro. O acostamento, pelo pouco uso, tem muito mais poeira e areia, o que nos permite identificar o fim da faixa de rolamento. De importante vale lembrar que o simples fato de no olhar para a fonte de luz j nos livra do ofuscamento. 3.1.3 Fadiga Estamos cansados de ver acidentes causados por motoristas que dormiram ao volante e causaram tragdias sem conserto para pessoas desconhecidas. Ser que existe a inteno de causar acidentes ou ser a insistncia em trabalhar em condies totalmente desfavorveis para satisfazer patres, esses sim, irresponsveis. Insistir em tomar remdios e frmulas milagrosas no adianta nada. Dirigir cansado sempre perigoso. Cansao um fator com o qual o motorista vive arriscando sua vida. A resistncia de cada pessoa tem limites intransponveis. Tentar enganar o cansao oferecer ao mundo uma grande prova de burrice e de irresponsabilidade. muito simples de se perceber um estado de fadiga extrema. O "pr-sono" tem sintomas faclimos de notar como o bocejo, o espreguiamento, a coceira nos olhos e a tonteira, a sonolncia que bvia. Ao sentir estes sinais NO DEIXE DE TOMAR ALGUMA PROVIDNCIA. Caso voc insista em continuar dirigindo, tem 50 % de chances de morrer. Se sentir que o cansao bateu mesmo, pare. 8 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO 3.1.3.1 Cuidados para evitar a fadiga: 1. Sempre que possvel, evite dirigir nas horas de pico. Saia um pouco mais cedo pela manh; 2. Evite as rotas de maior congestionamento, mesmo que precise andar um pouco mais; 3. Adapte-se bem temperatura. Use roupas leves no calor e agasalhe-se bem no frio. Se seu carro tem ar condicionado, utilize-o at alcanar uma temperatura agradvel no interior do veculo. O calor ou o frio excessivos causa irritaes e estresse, alm de afetar os reflexos; 4. Caso v cobrir longas distncias, faa intervalos com freqncia, para esticar as pernas e ir ao banheiro. No se esquea de alimentar-se adequadamente tambm; 5. Descanse ou durma um pouco. E s retorne a direo quando sentir que est de fato renovado; 6. Seu estado emocional tambm muito importante. Evite dirigir se sentir que est irritado preocupado ou ansioso. Confie a direo a um amigo ou tome outra conduo. Relaxe. 3.1.4 Sonolncia Os dois fatores mais reconhecidos como causa dos acidentes de trnsito so a velocidade e o lcool, entretanto, a desateno, a fadiga e a sonolncia so fatores considerados tambm como grandes contribuintes. Mais ateno tem sido focalizada nos ltimos anos relao entre sonolncia e acidentes. Estudos mostram uma ligao muito forte entre distrbios do sono e acidentes de veculos a motor. O papel da sonolncia e dos distrbios do sono parece estar subestimado em comparao s causas clssicas de acidente, como lcool e uso de drogas, que podem tambm estar associados sonolncia. De acordo com a ltima classificao internacional de sono, sonolncia significa a dificuldade em manter um estado de alerta. 3.1.4.1 Est dividida em trs graus de severidade: 1. Sonolncia leve: Manifesta-se em estado de pausa ou repouso em tarefas que requerem pouca ateno. 2. Sonolncia moderada: Pode comprometer a mais leve atividade fsica e tarefas que exijam um grau moderado de alerta, como, por exemplo, dirigir. 3. Sonolncia severa: Manifesta-se diariamente, mesmo durante atividades fsicas como comer e andar. O prejuzo para o relacionamento social e para o trabalho considervel. O sono tende a um ritmo circadiano tanto durante o dia como durante a noite. A tendncia a dormir muito grande entre 2h e 7h e um pouco menor entre 14h e 17h. A tendncia a dormir tambm aumentada pela privao e interrupo do sono. Os efeitos da perda de sono so cumulativos, a sonolncia aumenta progressivamente com a diminuio das horas de sono.

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SEGURANA NO TRNSITO Outros estudos tm demonstrado uma distribuio, tambm circadiana, da tendncia a cometer erros durante as horas da noite. Um trabalho sueco mostrou que ocorrem, num ciclo de 24 horas, dois picos onde a possibilidade de erro mxima: Um deles, entre 2h e 4h, e outro, menos importante que o primeiro, entre 14h e 16h. A resposta reativa e a performance na direo esto, tambm consideravelmente diminudas durante a noite. Com base nessas evidncias fisiolgicas, muitos estudos e observaes vm sendo desenvolvidos, para demonstrar o papel especfico da sonolncia nos acidentes de trabalho e de veculos a motor. Aproximadamente, 80 milhes de americanos que tm srios problemas de sono so ignorados, ou por que eles no relatam seus sintomas, ou por que os mdicos no perguntam. Portanto, o tratamento das queixas do sono, como a apnia, est comprometido devido a esse desinteresse. Indivduos com insnia crnica referem 2,5 vezes mais acidentes automobilsticos por fadiga, habilidade diminuda para concentrar-se, memria prejudicada, dificuldade para executar tarefas dirias e prejuzo no relacionamento social. Uma srie de estudos epidemiolgicos tm sugerido que o risco desta complicao de sade pode ser reduzido significantemente atravs de diagnsticos mais efetivos e tratamento adequado. Avaliar com mais preciso a importncia do sono e seus distrbios uma tarefa mais crtica agora do que em qualquer outra poca da histria. A sofisticao industrial atual e a operao dos transportes requerem a manuteno de um estado de alerta que muitos trabalhadores so incapazes de manter. Considerando que as conseqncias de um erro cometido por um cocheiro de diligncia h 150 anos, pde equivaler a nada mais do que uma roda quebrada, hoje, um erro cometido por um motorista com privao de sono, pode resultar em perda de vidas e profundo sofrimento humano. Na emisso de carteiras para motoristas, uma ateno maior precisa ser dispensada qualidade do sono do motorista, porque nas Clnicas de Sono americanas, uma grande porcentagem dos pacientes, sofre especificamente de sonolncia diurna. Quase a metade deles j esteve envolvida em acidentes de trnsito e a outra metade j teve acidentes de trabalho. A segurana dos motoristas com privao de sono parece ser mais colocada em risco atravs do uso do etanol. Estudos indicam que, mesmo o consumo moderado de etanol, pode aumentar incrivelmente a fadiga de indivduos que tiveram uma noite de sono inadequada. 3.2 Fatores Pessoais Convm aqui descrever como usamos nosso crebro para dirigir. Cada vez que sentamos ao volante de nosso carro vamos agir dentro de um mundo com regras e condies definidas. Mesmo assim, vamos escolher tambm COMO agir dentro deste mundo, j que podemos realizar todas as atividades necessrias de vrios modos. 3.2.1 Percepo Quando estamos dirigindo estamos nos relacionando com o ambiente e o primeiro passo que desenvolvemos mentalmente a PERCEPO. A observao do ambiente o que nos faz saber tudo que nos cerca e que importante para prosseguirmos dirigindo.

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SEGURANA NO TRNSITO 3.2.2 Compreenso A COMPREENSO do que conseguimos observar o prximo passo do nosso trabalho mental de dirigir. Entender o que se passa no ambiente to ou mais importante que a simples observao das coisas sem not-las. Sabemos que a luz vermelha nos diz que devemos parar. Ver a luz e esquecer de avali-la tem o mesmo efeito que no v-la. As placas tm um significado. Se as vemos e no entendemos, pouco elas nos informar. 3.2.3 Previso e reflexo Aps perceber e compreender o que se passa, iniciamos a PREVISO. Antecipamos o que ir acontecer no futuro imediato. Olhamos e vemos que logo aps a passagem do nibus a rua estar livre para atravessarmos. Esta antecipao do que se passar no ambiente fruto de uma previso e REFLEXO sobre o ambiente que vemos agora. 3.2.4 Deciso De posse de toda a informao j percebida, compreendida, prevista e refletida, devemos escolher qual a melhor maneira de solucionar as dificuldades e continuar nosso trabalho na direo. a DECISO. a escolha do que fazer o julgamento do que melhor fazer agora. Como diz o professor Reinier J. A. Rozestraten, ... apesar de ser um ato intelectual, est intimamente ligado nossa personalidade, ao nosso quadro de valores e a nossas atitudes. O julgamento no se faz apenas em funo de razes intelectuais, pois, alm destas, entram as razes ilgicas, sentimentais, egostas e morais. Se o homem julgasse apenas com sua razo, os acidentes diminuiriam, provavelmente em 90 %. aqui que os fatores emocionais se entremeiam ao raciocnio e atrapalham o encaminhamento do trabalho de dirigir, misturando-o ao trabalho de se relacionar com os outros indivduos. 3.2.5 Execuo Com todo o trabalho mental desenvolvido, resta a EXECUO do mesmo, muitas vezes de maneira automtica e involuntria. Reflexo de toda uma preparao normalmente um conjunto de movimentos desenvolvidos por condicionamento de maneira a oferecer o movimento precisamente como o imaginamos. Durante o aprendizado, o aluno freqentemente sofre a frustrao de desenvolver todo o trabalho mental e de falhar na execuo, imaginando muitas vezes que todo o processo foi mal arquitetado. 3.3 Fatores Psicolgicos A dificuldade em dirigir em uma cidade grande sempre apavora o motorista novato. A falta de ambientao, de tcnica e da malcia necessria para um trabalho desenvolto perturba a tranqilidade do motorista. bvio que a dificuldade tem origem na falta de habilidade (tcnica) e acaba se acomodando na componente psicolgica da atividade, ou seja, a origem do medo est mesmo em no saber dirigir. 3.3.1 Trabalho sob presso Um aspecto importante na atividade de dirigir que at nos tornarmos bons e experientes todo o trabalho acontece sob presso, isto , temos a hora certa para executar cada atividade (para mudar de marcha, para sair no semforo, para sair em uma subida muito inclinada, etc.). No momento em 11 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO que comea a sobrar tempo para desempenhar todas as atividades, podemos antecipar situaes futuras e reservar nossos momentos de surpresa para as reais surpresas que aparecem, ou seja, APENAS AS SURPRESAS REALMENTE INESPERVEIS. Devemos estar preparados para qualquer acontecimento quando estamos dirigindo. Problemas com o carro que est a nossa frente, o semforo que pode fechar, o pedestre que pode atravessar a rua na nossa frente etc. Pensando desta maneira, vo sobrar poucas surpresas para administrar. 3.3.2 O falso domnio do veculo Na hora em que o trabalho deixa de se realizar sobre presso, sofremos uma falsa impresso de domnio sobre o veculo, nos parece que temos todo o domnio sobre o ambiente e sobre os veculos que nos cercam, sentimos uma segurana exagerada e perdemos at a ateno que devemos ter SEMPRE que estamos dirigindo. Lembre-se sempre que dirigir no to simples assim e que o cuidado nunca deve ser posto de lado por quem no quer enfrentar situaes incmodas como: batidas, palavres, fechadas, agresses, etc. Fica muito melhor se seguirmos o lema dos escoteiros: SEMPRE ALERTA. 3.3.3 A preparao para dirigir Toda a ateno dispensada ao veculo antes de iniciar a direo de suma importncia para no futuro evitar acidente. A situao inversamente proporcional, ou seja, quanto mais tempo eu gastar na preparao do veculo, menor ser a possibilidade de problemas com o veculo. Cuidados com retrovisores, amortecedores vencidos e problemas de suspenso so problemas que merecem ateno constante. O importante deste ponto que deixemos para o momento de dirigir apenas o controle do carro e seu envolvimento com o trnsito, sem perder tempo com atitudes dispensveis e que nos distraem perigosamente. O comportamento do motorista ao conduzir o veculo tambm determinante para a preveno de acidentes. Quando se est dirigindo, ateno mxima deve ser dada conduo do veculo. Evite comportamentos inadequados. Tenha sempre as duas mos sobre o volante. Evite surpresas. 3.3.3.1 Cuidados Que O Motorista Deve Ter: 1. Leve apenas o nmero de passageiros recomendado pelo fabricante; 2. No exagere na bagagem. O excesso de peso torna o carro mais difcil de manejar. E o excesso de volumes dificulta a visibilidade do motorista; 3. No se curve para apanhar objetos dentro do veculo em movimento; 4. No acenda cigarros enquanto estiver dirigindo; 5. No se preocupe em espantar ou matar insetos dentro do veculo enquanto estiver dirigindo; 6. Evite manobras bruscas com o veculo; 7. No beba ou coma nada enquanto dirige; 8. No fale ao telefone enquanto dirige; 12 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

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9. Cuidado com as bicicletas; 10. No "feche" o ciclista. A bicicleta tambm tem seus direitos no trnsito. Enquanto no h alamedas especiais para elas, preciso manter coexistncia pacfica. Afinal, motoristas e ciclistas so seres humanos. E os filhos dos motoristas tambm gostam de andar de bicicleta. E muitos podem estar nas ruas, agora; 11. Cumpra as normas de trnsito; 12. No pare ou estacione em locais no autorizados; 13. No exceda o limite de velocidade; 14. Use a buzina somente quando necessrio; 15. Tenha cuidado ao movimentar o veculo em marcha r; 16. Mantenha o veculo bem fechado e no permita que objetos de valor fiquem expostos; 17. No beba antes de pegar a direo de um veculo; 18. No pense que pode dominar o sono, pois ele traioeiro e pode causar acidentes, por isso ao sentir-se com sono pare, durma um pouco e depois continue sua viagem; 19. Utilize sempre os equipamentos de proteo ao guiar uma motocicleta; 20. Ter pleno domnio de seu veculo a todo o momento, dirigindo-o com ateno e cuidados indispensveis segurana do trnsito; 21. Verificar a existncia e as boas condies de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatrio; 22. Certificar-se de que h combustvel suficiente para a cobertura do percurso desejado. O cdigo de trnsito aprovado fornece muitas informaes que o motorista deve receber. Alm do cdigo, h muitos livros e revistas especializadas. A experincia tambm uma grande fonte de conhecimento. Nenhuma forma de transporte rodovirio exige mais ateno do condutor do que o veculo automotor. Um maquinista de trem conta com seus auxiliares. O avio comercial tem controles duplos, sendo um para o co-piloto. Alm disso, o piloto recebe ajuda de complexas instalaes em terra. O comandante do navio, por sua vez, auxiliado por uma tripulao experiente e instrumentos de navegao. 3.4 Drogas 3.4.1 lcool

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lcool responsvel por 50% das mortes no trnsito Sendo uma droga legalizada, o lcool por si s j causou muita desgraa para motoristas e suas famlias pelo mundo todo. O fato que bebida e direo simplesmente no combinam. O resultado dessa mistura quase sempre fatal. E o risco no s de quem bebe. Os passageiros em um veculo conduzido por um motorista embriagado freqentemente tambm so vitimados. No seja passageiro de ningum que tenha bebido mesmo que s um pouco. Mesmo doses pequenas podem comprometer grandemente a habilidade do motorista. E a vtima, infelizmente, pode ser voc. 3.4.1.1 Efeitos do Abuso na Ingesto de Bebidas Alcolicas 1. Excesso no consumo de lcool ainda o principal responsvel por acidentes nas ruas e estradas de nosso pas; 2. A dosagem alcolica se distribui por todo os rgos e fluidos do organismo, mas concentra-se de modo particular no crebro; 3. Cria um excesso de autoconfiana, reduz o campo de viso e altera a audio, a fala e o senso de equilbrio; 4. Com o lcool, a pessoa se torna presa de uma euforia que, na verdade, reflexo da anestesia dos centros cerebrais controladores do comportamento; 3.4.1.2 Efeito do lcool no organismo Quantidade de lcool por litro de sangue (em Gramas) 0,2 a 0,3 0,3 a 0,5 0,5 a 0,8 0,8 a 1,5 1,5 a 3 Efeito Funes mentais comprometidas, percepo da distncia e da velocidade so prejudicadas. Reduo do campo visual e relaxamento do controle celebral Reflexo retardo Dificuldade de controlar o veculo, incapacidade de coordenao e falhas neuromuscular. Embriaguez, torpor alcolico e dupla viso.

O limite estabelecido pelo Cdigo de 0,6 gramas por litro de sangue, equivalente a trs copos de cerveja. Metade das mortes no trnsito envolvem motoristas embriagados. Mesmo em pequenas doses, o lcool prejudica a percepo de velocidade e distncia, pode causar dupla viso e incapacidade de coordenao. A pessoa alcoolizada tende tambm a fixas os olhos em movimento e no consegue observar tudo o que acontece no trnsito.

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SEGURANA NO TRNSITO 4. VECULOS 4.1 A Posio De Dirigir E Suas Regulagens Em relao posio de dirigir deve-se fazer duas perguntas bsicas: Voc alcana o pedal da embreagem do veculo at o final do curso? Voc consegue ver alguma coisa pelos espelhos? No basta apenas manter-se atento no trnsito, preciso ter condies de escapar de uma situao de perigo. A posio de dirigir faz parte das normas da direo defensiva. Uma vez sentado, o motorista deve manter a perna flexionada e apoiada no assoalho para que o joelho amortea o impacto no caso de uma freada brusca, poupando a regio da bacia. 4.2 Componentes Bsicos 4.2.1 Pedais Sente no banco do seu carro, encoste toda a sua coluna no encosto do banco e pise at o fundo no pedal da embreagem. Caso voc esteja muito longe do pedal, voc sentir que no tem firmeza ao pisar o pedal. Por outro lado, se a distncia estiver muito reduzida, uma incmoda dor na perna ir lhe incomodar, ou pior ainda, seu joelho ir bater na direo ou no painel do veculo. Aqui vemos que a distncia entre a base do encosto do banco e o pedal da embreagem ACIONADO tem o tamanho da nossa bacia at a ponta do p, levando-se em conta que nossa perna dever estar levemente flexionada. Caso estejamos muito distantes do pedal, seremos forados a nos apoiar no alto do encosto do banco, o que nos obrigar a um esforo para desempenhar o mesmo movimento.

4.2.2 Volante O banco do nosso carro tem, em 99 % dos casos, uma regulagem do encosto do banco, de modo que possamos nos colocar na distncia ideal da direo, que a distncia que permite alcanar com firmeza o alto do volante. A posio ideal das mos no volante a das "dez para as duas", ou seja, dividindo-se o volante em trs semicrculos iguais de 120 graus cada um, colocamos as mos nos extremos do semicrculo superior. Os braos, por sua vez, devem tambm nesta posio estar flexionados com um angulo de aproximadamente 120 graus. Quando andamos em linha reta, os braos ficam dependurados no volante, fixos pelas mos. 15 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

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Caso voc esteja com os braos rgidos ao dirigir, relaxe-os balanando-os para os lados sem largar o volante. Muito pouca fora exigida quando dirigimos. S precisamos usar a fora quando fazemos manobras em baixa velocidade.

Existem, ainda, casos de veculos nacionais ou importados que contam com regulagens adicionais no banco. Uma delas a regulagem lombar, no meio do encosto, que permite um maior apoio da base da coluna. Outra a regulagem da altura do assento do veculo, que nos permite deixar o banco mais alto ou mais baixo dependendo da nossa estatura. Existem at veculos com regulagens programadas por computador para at seis pessoas diferentes, que podem gravar seus ajustes e busc-los novamente na hora de us-lo.

Nos dois grficos a seguir vemos como devemos posicionar as mos no volante antes de iniciar uma curva: Quando antecipamos o movimento que deveremos executar durante a curva, estaremos com uma posio muito mais segura no meio dela, com as mo separadas e preparadas para eventualmente fechar ou abrir a curva sem qualquer dificuldade. Como o carro tem um peso que varia de seus 500 a 2000 quilos, dependendo do modelo, as nicas possibilidades de control-lo so, obviamente, com a direo, a alavanca de cmbio e os pedais. Se no temos controle sobre os mesmos, somos tambm meros passageiros e no motoristas.

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4.2.3 Encosto de cabea De alguns anos para c pudemos notar a presena de encostos de cabea nos carros mais modernos, esse complemento dos bancos dos carros na verdade um importante item de segurana para o motorista e como qualquer outro equipamento de segurana presente no veculo, sua eficincia depende exclusivamente de ser utilizado da maneira correta. De acordo com Fabio Racy, presidente da Associao Brasileira de Medicina de Trfego (Abramet), um referencial para ajustar o acessrio coloc-lo na linha (altura e direo) dos olhos, nem acima nem abaixo da nuca. Ajustado desta forma, o centro do encosto (local onde a cabea deve bater em caso de impacto) em uma coliso traseira, por exemplo, evita a ocorrncia do efeito 'alavanca' ou 'chicote' - onde a cabea fica desprotegida movimentando-se livremente para frente e para trs o que pode provocar srias leses no pescoo e na coluna cervical e comprometer os movimentos dos braos e das pernas. 'H situaes (acidentes) em que as pessoas podem ficar at tetraplgicas', afirma Racy. Para os especialistas, o motorista brasileiro ainda no tem noo das conseqncias do uso incorreto do encosto de cabea. O ideal seria campanhas educativas que possam incentivar e orientar as pessoas a utilizar o acessrio inclusive nos bancos traseiros, comenta Alexandre Novaes, coordenador de Segurana Veicular da Associao Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA). Com o objetivo de assegurar mais segurana ao motorista e passageiros contra impactos que podem ocasionar leses na coluna e no pescoo, o Conselho Nacional de Trnsito (Contran), por meio da resoluo 044/98, instituiu a obrigatoriedade do encosto de cabea nos bancos dianteiros laterais (prximos aos vidros das portas), nos veculos nacionais e importados zero-quilmetro. No assento central (presente em picapes, por exemplo) e nos traseiros instalar o acessrio opcional. A falta do equipamento no carro est prevista no artigo 230, item 10 do Cdigo de Trnsito Brasileiro e estabelece infrao grave, alm de acumular cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitao. Os modelos mais antigos, onde o acessrio ainda no era tratado como item original de fbrica, esto livres desta penalidade. No entanto, a orientao do Departamento de Trnsito (Detran) para os proprietrios que mesmo assim desejarem adaptar o equipamento sempre procurar empresas credenciadas pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro). Esta a garantia que o consumidor tem que o equipamento foi testado e aprovado. Vale ressaltar que no momento de projetar um veculo cada montadora fica responsvel por escolher que tipo de encosto vai utilizar. Em modelos esportivos, por exemplo, comum adotar o encosto vazado que auxilia o motorista em manobras de marcha r. A maior preocupao dos fabricantes com relao fixao e o material a ser utilizado na composio do acessrio (ferragem, espuma, borracha, estofamento) que no deve 17 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO ser nem muito rgido (de forma a machucar a cabea) nem muito malevel (a ponto de quebrar com o impacto). 4.2.4 Alavanca de cmbio Devemos observar que a alavanca do cmbio de nosso carro oferece algumas facilidades e exige que trabalhemos tambm seguindo algumas instrues teis: Ponto morto da alavanca de cmbio representa a linha "horizontal" no cmbio do seu veculo. As linhas "verticais" so as posies das marchas. Sempre que for mudar de marcha, lembre-se de levar a alavanca com um movimento bem definido at a outra marcha. Mudando-a com suavidade e preciso fica fcil acertar sua posio. Se voc sente necessidade de mudar a marcha rpido, sinal que a hora no est apropriada. Mude sua marcha sempre antes das curvas, subidas, descidas, obstculos, etc. As alavancas de marchas tm normalmente algumas molas para auxiliar o engate das marchas.

4.2.5 Freio de estacionamento Conhecido como freio de mo, este equipamento destinado principalmente ao uso que o prprio nome sugere, ou seja, para manter o carro parado, quando estacionado. Sua outra utilizao a de apoio em sadas nas subidas. A sua eficincia inferior ao do freio de servio, o freio do p. Enquanto o freio de servio freia em todas as rodas, o de estacionamento, freia apenas as rodas traseiras. O freio de mo funciona com uma cremalheira, ou seja, com dentes de engate. Quando o acionamos, ele passa em cada estgio, ou seja, em cada dente, permitindo que escolhamos o quanto de sua eficincia desejamos. Na hora de solt-lo devemos lembrar de manter o boto pressionado at que ele esteja totalmente abaixado. Caso deixemos de observar sua total liberao, corremos o risco de trafegar com o mesmo acionado e portanto desgastar antes da hora o freio das rodas traseiras.

4.2.6 Espelhos Junto posio de dirigir esto as regulagens dos espelhos retrovisores. A nossa viso perifrica nos permite ver 180 graus frente, ou seja, a metade do mundo que se situa nossa frente. Isso implica dizer que at 90 graus, ou melhor, exatamente do lado de nossas cabeas acaba a 18 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO visibilidade dos obstculos e objetos que desejamos ver. Para suprir a deficincia do nosso campo visual nos utilizamos dos espelhos retrovisores. Retrovisores servem para auxiliar em manobras, nas mudanas de direo e para ver os veculos que vo ultrapass-lo. Apesar de terem a mesma funo, eles apresentam algumas diferenas entre si: os laterais, por exemplo, exibem os veculos em uma proporo menor que a do central. Esta distoro da imagem se deve ao ngulo da lente e pode confundir o motorista na hora de avaliar a distncia em relao ao carro que vem atrs. Alm disso, os espelhos laterais tm uma zona morta (campo visual neutro), que esconde o veculo de trs quando este chega bem prximo de seu carro, durante a ultrapassagem. Cuidado para no ser surpreendido por outro veculo que passa ao seu lado quando decidir mudar de faixa. 4.2.6.1 Trs configuraes bsicas: Os normais; os cncavos e os convexos. Os espelhos cncavos nos oferecem uma viso mais detalhada e ampliada do objeto refletido e os convexos, por sua vez, oferecem uma viso mais ampla (um maior ngulo de viso, mostrando uma rea maior onde se pode observar mais obstculos e objetos).

Maior ngulo possvel para fora.

Menor vista possvel do seu carro.

Ajustar altura pelo horizonte

O espelho interno , ao contrrio do que pode parecer, o menos importante dos trs. A viso do que est exatamente atrs do nosso veculo s serve como referncia, j que a responsabilidade pela separao entre dois carros consecutivos do motorista que segue atrs. Os espelhos laterais j se encarregam de oferecer uma viso do que se passa ao lado do nosso veculo, por exemplo, na faixa de trfego para a qual desejamos nos movimentar. Nesta faixa pode haver um outro veculo nos ultrapassando e aqui ento NOSSA RESPONSABILIDADE evitar o conflito.

A figura abaixo mostra, por sua vez, a posio e a visualizao de cada um dos veculos volta do nosso. Note quando os carros mais prximos deixam de estar cobertos pelo espelho interno, em posies realmente perigosas. 19 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

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Acessrios 4.2.7.1 Ventilador O ventilador do seu veculo permite, alm daquele ar fresco que alivia o calor, oferecer condies de segurana para o motorista. O fluxo de ar do ventilador ou do ar condicionado pode ser direcionado para o pra-brisas, para os ps ou para o tronco do motorista (veja figura a seguir)

Direcionado o fluxo para o pra-brisas, permitimos manter a visibilidade nos dias frios. Alguns dos veculos nacionais vem com filtros de ar para purificar o fluxo interno no automvel. 4.2.7.1.1 Direcionadores E Bloqueios Os direcionadores e bloqueios so os controles permitem direcionar ou impedir o fluxo de ar para o ponto por ns desejado. Dirigidos diretamente para os olhos, por exemplo, so prejudiciais por ressecarem nossos olhos, atrapalhando nossa viso enquanto desviamos seu fluxo. 4.2.7.2 Limpador De Pra-Brisa O limpador de pra-brisas um equipamento totalmente indispensvel. Sem ele, no temos a menos condio de trafegar, principalmente em dias de chuva. Funcionando em estado precrio podemos passar por situaes difceis, j que o importante a visibilidade que o mesmo proporciona. 4.2.7.3 Ar-Condicionado Os condicionadores de ar dos veculos permitem num pas quente como o nosso, manter uma temperatura agradvel e uma certa distncia da violncia que nos cerca nas grandes cidades. 4.3 Manuteno A manuteno do seu veculo pode ser corretiva ou preventiva. Corretiva quando seu carro apresenta um defeito ou quebra. Preventiva quando visa evitar que o defeito ou quebra aconteam. 20 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO Lembre-se que seu veculo uma mquina e que exige cuidados. Para manter a mquina funcionando, devemos tomar vrios cuidados, por exemplo: Presso de pneus - 15 dias Nvel de leo - 15 dias Troca de leo - 3000 Km Lavagem / Limpeza - 15 dias Nvel de combustvel - Ao dar partida Nvel de gua do motor - 15 dias Nvel de gua do lavador de vidros - 15 dias Alinhamento de direo - 6 meses Balanceamento de rodas - 6 meses Carros em desuso (mais de 45 dias parado ) devem ser postos em cavaletes para no forar os pneus e suspenso. Devem estar com pouco combustvel e ligados a cada 15 dias. Caso fiquem totalmente desligados, a bateria deve ser desligada para manter a carga. 4.4 Baterias Com o avano tecnolgico dos componentes eletrnicos dos veculos e o surgimento de tantos outros ligados diretamente a sua mecnica, bem como outros instrumentos como computadores de bordo, a parte eltrica passou a ser de fundamental importncia para o bom funcionamento de todo o sistema, juntamente com o alternador. Dentro do sistema eltrico do veculo, podemos destacar a bateria, que o corao de todo o sistema, ela um acumulador de energia, que faz toda a parte eltrica do veculo funcionar. O nome correto da bateria, bateria de acumuladores, pois essa a sua funo, ela acumula energia qumica que se transformar em energia eltrica. A grosso modo, o alternador do veculo o responsvel em produzir a energia eltrica para todo o veculo (inclusive recarregar a bateria), mas s funciona quando o motor estiver ligado, ficando a bateria como a responsvel em produzir essa energia quando o veculo estiver com o seu motor desligado. A bateria esta ligada aos outros sistemas, atravs de cabos que so presos em dois pinos, um positivo e outro negativo, na sua parte externa e para facilitar a identificao, o plo positivo (+) o mais grosso e o negativo (-) o mais fino. O plo negativo o terra. 4.4.1 Cuidados no manuseio com a bateria Toda bateria produz gases explosivos, dessa forma evite provocar fogo, produzir fascas ou fumar prximo a bateria, mesmo sendo a probabilidade pequena, o acidente pode acontecer; Como a bateria possui soluo cida(cido sulfrico) que bastante corrosiva, evite inclina-la de modo a que essa soluo vaze pelas rolhas de colocao de gua destilada; Mantenha sempre fora do alcance de crianas; Leia o manual de instrues de cada bateria, ele possui informaes importantes;

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SEGURANA NO TRNSITO As baterias seladas possuem um respiro para que os gases produzidos no seu interior sejam expelidos, a expresso de bateria selada no verdadeira, todas possuem esse respiro, pois seno as baterias explodiriam. Veculos com grande quantidade de equipamentos eletro-eletrnicos, ar condicionado, necessitam de uma bateria com amperagem maior, como tambm, possuem uma tendncia da bateria ter um tempo til menor. Quando uma bateria se descarrega, ela precisa de 24 horas para recarregar (recarregadores) ou de algumas horas contnuas de uso do veculo. 4.4.2 Cuidado para aumentar o tempo de vida da bateria 1. 2. Ao ligar o veculo, d partidas curtas entre 5 e 7 segundos; No deixe luzes, equipamentos de som ou outro equipamento, que consuma energia, ligado (ou por muito tempo ligado), quando o veculo estiver desligado, pois a energia utilizada ser exclusivamente a da bateria; Uma bateria descarregada pode ser identificada por dificuldade da partida do motor, luzes fracas (ou se apagam quando se tenta ligar o motor), problemas relacionados ao regulador de voltagem, correias frouxas ou fio terra solto; Ao instalar um equipamento opcional em seu veculo, verifique junto ao manual do equipamento ou junto a especialistas se a bateria suportar esse novo equipamento; A constatao de defeitos s pode ser feita atravs de aparelhos que testam todos os elementos da bateria.

3.

4. 5.

4.5 Pneus Existem diversos tipos e marcas de pneus, com variaes nos desenhos das canaletas, altura (perfil alto ou baixo), para estrada de barro ou asfalto, de passeio ou de corrida, para veculos de carga, etc. Normalmente ns no conhecemos, e, poucos procuram saber, o porque de tantos nmeros na especificao dos pneus na sua lateral como: 175 / 70 R 13 84 S. A primeira numerao indica a largura da seco do pneu em milmetros, sendo as mais comuns para os veculos de passeio tipo automvel as 145; 155; 165; 175; 185; 195. Conforme tabela: Especificao 14 5 Largura 14 (mm) 5 15 5 15 7 16 5 16 5 17 5 17 7 18 5 18 9 195 201

A segunda numerao vem sempre aps uma barra (/) e indica a srie ou o perfil do pneu, que a relao entre a altura e largura da seco do pneu, quanto maior o nmero, maior o perfil do pneu e mais distante do solo estar a jante (aro). A primeira letra indica a construo do pneu, R para pneus radiais e D para diagonais. 22 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO O primeiro nmero aps a letra indicar o dimetro interno do pneu, em polegadas, onde ser colocada a jante. O normal em veculos tipo automvel so os aros 13,14 e 15. A ltima seqncia de nmeros o ndice de carga, ou seja, a capacidade mxima de carga que o pneu pode suportar, veja a tabela: ndice de Carga 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 Carga Mxima (kg) 33 34 35 36 37 38 40 41 42 43 45 46 47 48 500 5 5 5 5 5 7 0 2 5 7 0 2 5 7 ndice de Carga Carga Mxima (kg) 85 51 5 86 53 0 87 54 5 88 56 0 89 58 0 90 60 0 91 61 5 92 63 0 90 65 0 94 67 0 95 69 6 96 71 0 97 73 0 98 99 75 775 0

A ultima letra o smbolo de velocidade mxima quanto o pneu suporta relacionado ao ndice de carga, veja a tabela: Smbolo de Velocidade Velocidade Mxima (Km/h) N 14 0 P 15 0 Q 16 0 R 17 0 S 18 0 T 19 0 U 20 0 H 21 0 V Z 24 Acima de 240 0

A partir de agora, voc j esta sabendo sobre o significado dos nmeros que esto na lateral do pneu, e pode saber qual o melhor e mais barato na hora de comprar, e decidir o melhor que se encaixa s suas necessidades. 4.5.1 Cuidados com os pneus O desgaste dos pneus deve dar-se por igual, tanto no sentido radial quanto no transversal. No entanto, h vrias causas que provocam um desgaste irregular, mesmo que o pneu esteja calibrado corretamente. A mais comum o desalinhamento e o mau balanceamento das rodas, o que pode ser corrigido com facilidade. A calibragem deve ser feita no mnimo uma vez ao ms e sempre antes de iniciar uma viagem, para veculos em uso normal, seguindo as especificaes do fabricante e sempre quando estiverem frios. A cada 5.000 quilmetros recomendvel verificar o balanceamento ou quando for efetuado um servio mecnico. Um conjunto de rodas desbalanceado pode afetar outras partes mecnicas do veculo como a suspenso e os rolamentos, alm dos prprios pneus. Faa o rodzio entre 10 e 15.000 Km, isso far com que os pneus sofram uma maior uniformidade no desgaste; Dirija dentro dos limites de velocidade e carga especificados nos pneus, assim como dentro dos limites de velocidade estabelecido para a via, evite freadas fortes e que travem os pneus, como tambm arrancadas bruscas; Evite subir e descer em meio-fios de caladas altas ou os que apresentam um elevado desnvel e evite ao mximo cair em buracos, pois alm de poder cortar o costado do pneu (lateral), como os pneus possuem fios de ao no seu interior, esses impactos acabam por deformar o pneu, surgindo as bolhas (chamadas de laranja) e deformaes (empeno), fazendo com que o pneu no apresente mais condies de segurana para o uso, constituindo, inclusive, infrao de trnsito.

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5. DIREO DEFENSIVA 5.1 Definio dirigir com objetivo de prevenir acidentes, atento s aes incorretas de outros motoristas e das possveis condies adversas da pista e do tempo. Trata-se da prtica de dirigir com segurana, reduzindo a possibilidade de ser envolvido em acidentes de trnsito. Direo Defensiva s funcionar se cada condutor conhecer e praticar os elementos bsicos que delam fazem parte, no dia-a-dia, cada vez que fizer uso do seu veculo nas vias pblicas (urbanas e rurais). 5.2 A Segurana Ativa Tudo o que ativa a mente humana, fazendo-a funcionar em defesa prpria, constitui a segurana ativa, ou seja, tem o enfoque de evitar acidentes. Exemplos: sinais luminosos, faris, lanternas, setas indicadoras de mudana de direo, iluminao reflexiva, freios, buzina, espelhos retrovisores, placas indicativas de parada, direo a seguir, etc. Nas estradas: pavimento regular bem conservado, curvas com sobrelevao correta, ausncia de poas d'gua, acostamentos bem feitos e conservados, sinalizao de solo para neblina, sinalizao correta em geral. 5.3 A Segurana Passiva a que deve proteger as pessoas, independentemente de qualquer ao. Funcionam automaticamente, ou seja, so dispositivos ou sistemas que devem minorar as conseqncias de um acidente que no pode ser evitado. a engenharia defendendo vidas, da maneira a mais eficiente possvel. de fundamental importncia a garantia da qualidade, pois uma falha de qualidade pode ter conseqncias irreparveis, como a morte das pessoas envolvidas. Para garantir a qualidade, o que significa garantir a vida, os projetos precisam ser cientificamente executados e testados, e todos os parmetros pertinentes precisam estar muito claros, desde a fase inicial do projeto. E claro que todos os potenciais usurios precisam tomar plena cincia do valor e das limitaes de to nobres equipamentos. Exemplos: Cintos de segurana, air bag, vidros inestilhaaveis, carroarias absorvedoras de energia, barras de proteo lateral, encosto de cabea, pra-choques dianteiros e traseiros, etc. Nas estradas: protees capazes de segurar um veculo, impedindo-o de cair de uma ponte ou barranco etc. 5.4 Ambiente Do Trnsito O ambiente consiste de tudo que nos cerca. Cada objeto, cada ser vivo ou inanimado ser tratado como um alvo da nossa ateno. Estes alvos podero ser fixos ou mveis. A observao deste ambiente a base inicial de nosso trabalho ao volante de um veculo. 5.5 O Motorista Defensivo O bom motorista aquele que dirige por si e pelos outros. Esta mxima, sempre verdadeira, ilustra bem o conceito do motorista defensivo. Dirigir defensivamente exatamente isso: planejar todas as aes pessoais com antecedncia, a fim de prevenir-se contra o mau comportamento de outros motoristas e as condies adversas. Isso se alinha com a definio do Conselho 24 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO Interamericano de Segurana. Para estar a salvo da imprudncia de outros condutores e das condies adversas, o bom motorista precisa desenvolver sua habilidade e aptido. 5.6 Elementos Da Direo Defensiva: Para que um condutor possa praticar a Direo Defensiva, ele precisa de certos elementos e conhecimentos, no s de legislao de trnsito, mas tambm de comportamentos que devem ser praticados no dia-a-dia, no uso do veculo. So eles: 5.6.1Conhecimento A informao o elemento mais importante do trabalho do motorista. Sem conhecer o assunto que trata, a pessoa no pode prever o que vai acontecer num futuro prximo e decidir sobre o que vai ser feito. Transforma dirigir em adivinhar. O Cdigo de Trnsito Brasileiro o seu maior aliado na busca desse conhecimento, mas tambm necessrio desenvolver um rpido conhecimento dos riscos no trnsito e da maneira de prevenir-se contra eles. 5.6.2 Ateno Mantenha sua ateno no trnsito e no se distraia com conversas, com som alto ou no uso de rdio ou aparelho celular. A ateno deve ser direcionada a todos os elementos da via (condies, sinalizao, tempo, etc.), e tambm as condies fsicas e mentais do condutor, os cuidados e a manuteno do veculo, tempo de deslocamento, conhecimento prvio do percurso, entre outros. O condutor deve manter-se em estado de alerta durante todo o tempo em que estiver conduzindo o veculo, consciente das situaes de risco em que pode envolver-se e pronto a tomar a atitude necessria em tal situao para evitar o acidente. 5.6.3 Previso Apoiada na condio anterior (ateno), esta se faz necessria como ferramenta para o sucesso com maior facilidade. Ao prever a situao (Antecipando as atitudes de controle dos riscos que ainda vo o correr) evita os riscos. Essas previses podem ser desenvolvidas e treinadas no uso do seu veculo e so exercidas numa ao prxima (imediata) ou distante (mediata), dependendo sempre do seu bom senso e conhecimento. Exemplos: Fazer a reviso do veculo, abastecer de combustvel, verificar os equipamentos obrigatrios so previses mediatas que podem ser feitas com antecedncia, de forma planejada. Ver um pedestre ou um cruzamento perigoso logo a sua frente e prever complicaes (o pedestre atravessar de repente, o veculo "furar" o sinal), uma previso imediata. 5.6.4 Deciso a atitude que se apia nos preparos anteriores e que define os movimentos do motorista. Deve ocorrer sempre o mais cedo possvel. 25 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

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Sempre que for necessrio tomar uma deciso, numa situao de perigo, ela depender do conhecimento das alternativas que se apresentem e do seu conhecimento das possibilidades do veculo, das leis e normas que regem o trnsito, do tempo e do espao que voc dispe para tomar uma atitude correta. Essa deciso ou tomada de atitude vai depender da sua habilidade, tempo e prtica de direo, previso das situaes de risco, conhecimento das condies do veculo e da via. 5.6.5 Habilidade Diferentemente das outras condies, envolve todos aqueles movimentos que chamamos de automticos e que se referem especificamente ao controle do carro. A habilidade se desenvolve por meio de aprendizado e da prtica. Devemos aprender o modo correto de manuseio do veculo e executar vrias vezes essas manobras, de forma a fixar esses procedimentos e adquirir a habilidade necessria prtica de direo no trnsito das vias urbanas e rurais. 5.7 Comportamentos Seguros No Trnsito A maneira incorreta de conduzir seu veculo uma das grandes causas de acidentes nas ruas ou estradas. Porm, muitos condutores "acham" que esto dirigindo direito por desconhecerem comportamentos adequados e leis de trnsito que visam manter a segurana nas vias pblicas. 5.7.1 Planeje o que fazer No fique indeciso quanto ao percurso, entradas ou sadas que ir usar. Planeje antes o seu trajeto para no confundir o condutor que vem atrs com manobras bruscas. 5.7.2 Sinalize suas atitudes Informe atravs de sinalizao correta e dentro do tempo necessrio o que voc pretende fazer, para que os outros condutores tambm possam planejar suas atitudes. Certifique-se de que todos entenderam e viram sua sinalizao.

5.7.3 Segurana quanto ao veculo de trs O carro que vem atrs de ns em uma via de trfego intenso tem a total responsabilidade sobre a distncia do nosso veculo, nem por isso devemos nos despreocupar, lembre-se um motorista defensivo evita acidentes. Uma tcnica de afasta-lo pisar no freio levemente, para alerta-lo do perigo e se isso no resolver, mude de faixa. S no pode deixar de agir. 26 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

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5.8 Pontos de Conflito

Vamos observa os grficos com os possveis conflitos em cruzamentos: Grfico 1 - Na entrada direita, somente o trfego que vem da sua esquerda. Grfico 2 - A preferncia na esquina segundo a lei nacional de quem vem da sua direita. Grfico 3 - Na entrada esquerda, todos os sentido de trfego so importantes. Ainda que voc saiba disso, no seu direito bater no carro que vem sem preferncia. 5.9 Ponto De Observao Devemos sempre avanar ao mximo em direo ao ponto de onde saibamos com certeza que o momento de entrar em uma via o mais seguro. Observe os grficos a seguir:

5.10 Obstculos Os alvos fixos e mveis so obstculos nossa navegao. Podemos citar como exemplo de alvos fixos os veculos parados, caladas, postes, valetas, lombadas. Temos ainda a sinalizao de trnsito, com as placas, os semforos, os pedgios, etc. Como exemplo de alvos mveis so os veculos em movimento, as pessoas, os animais, etc.

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SEGURANA NO TRNSITO A maior ateno que devemos prestar , por mais que parea estranho, aos alvos fixos. Inanimados, vo se manter onde esto e merecem a primeira medida de distncia e os primeiros cuidados. Se o atingimos, com certeza teremos perdido o controle do veculo. Os alvos mveis normalmente tm seres vivos e "pensantes" a controlar, que podem nos auxiliar a avaliar e manter uma distncia de segurana. Muitas vezes at mesmo animais irracionais sabem por condicionamento como atravessar uma rua, estrada ou avenida. 5.10.1 Seqncia ordenada de obstculos Procure manter uma linha reta apesar da grande quantidade de obstculos, o que lhe permitir manter uma velocidade maior e mais constante. Observe:

5.10.2 O bolso de segurana Existe um conceito norte-americano de distncia segura dos obstculos volta do veculo. O princpio o de identificar com preciso os veculos nas faixas imediatamente ao lado (3mts. em mdia ), frente ( 30mts. em mdia ) e atrs ( 30mts. em mdia tambm ). Assim, mesmo estando com nossa ateno voltada a todo o ambiente, dedicamos maior ateno nossa proximidade.

5.11 Distancias Para Paradas Dos Veculos 5.11.1 Distncia de seguimento: Um dos principais cuidados para evitar colises e acidentes consiste em manter a distncia adequada em relao ao carro que segue frente. Essa distncia chamada de Distncia de Seguimento, ou seja, aquela que voc deve manter entre o seu veculo e o que vai frente, de forma que voc possa parar, mesmo numa emergncia, sem colidir com a traseira do outro. Existem tabelas e frmulas para voc calcular esta distncia, principalmente nas rodovias, mas como elas 28 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO variam muito, e dependem alm do tipo e peso do veculo, de outros fatores que tambm variam muito, o melhor manter-se o mais longe possvel, para garantir a sua segurana. Essa distncia tem muito de bom senso, basta entender que medida que a velocidade aumenta, voc tem que aumentar tambm a distncia, pois voc precisar de mais espao para frear caso haja algum imprevisto. Muito cuidado com os veculos de transporte coletivo, escolares e veculos lentos, que podem parar inesperadamente. Quando estiver atrs de um desses veculos, aumenta ainda mais a distncia que o separa dele. Graficamente temos:

5.11.2 Distncia de reao aquela que seu veculo percorre, desde o momento que voc v a situao de perigo, at o momento em que pisa no freio. Ou seja, desde o momento em que o condutor tira o p do acelerador at coloc-lo no freio. 5.11.3 Distncia de frenagem aquela que o veculo percorre depois de acionado o mecanismo do freio at o momento total da parada. 5.11.4 Distncia de parada aquela que o seu veculo percorre desde o momento em que voc v o perigo e decide parar at a parada total do seu veculo, ficando a uma distncia segura do outro veculo, pedestre ou qualquer objeto na via. muito importante nos lembrarmos de como ocorre uma situao onde devemos frear. Durante nossa observao percebemos uma situao de perigo e notamos que vai ser necessria uma frenagem importante, rpida. Entre o momento em que percebemos o perigo e a nossa ao de frear sempre correm preciosos instantes at que o carro comece a realmente reduzir sua velocidade e o tempo para que tudo isso ocorra somado, levando o carro a demorar mais um pouco a parar. 5.11.5 Distncia segura Para voc saber se est a uma distncia segura dos outros veculos, vai depender do tempo (sol ou chuva), da velocidade, das condies da via, dos pneus e do freio do carro, da visibilidade e da sua capacidade de reagir rapidamente. Porm, para manter uma distncia segura entre os veculos nas rodovias, sem a utilizao de clculos, frmulas ou tabelas, usa-se "o ponto de referncia fixo.

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Observe a estrada sua frente e escolha um ponto fixo de referncia ( margem) como uma rvore, placa, poste, casa etc. Quando o veculo que est sua frente passar por este ponto, comece a contar pausadamente: cinqenta e um, cinqenta e dois. (mais ou menos dois segundos). Se o seu veculo passar pelo ponto de referncia antes de contar (cinqenta e um e cinqenta e dois), deve aumentar a distncia, diminuindo a velocidade, para ficar em segurana. Se o seu veculo passar pelo ponto de referncia aps voc ter falado os dois nmeros, significa que a sua distncia segura. Este procedimento ajuda voc a manter-se longe o suficiente dos outros veculos em trnsito, possibilitando fazer manobras de emergncia ou paradas bruscas necessrias, sem o perigo de uma coliso. Ateno: Esta contagem s vlida para veculos pequemos (at 6 metros) e na velocidade de 80 e 90 km e em condies normais de veculo, tempo, estrada. Outro artifcio manter, nas melhores circunstncias, uma distncia de 5m para 15km de velocidade em que v. Se estiver a 60km, mantenha 20m entre o seu carro e o da frente. Obviamente que a distncia a ser percorrida depender da velocidade com que estiver circulando o veculo e das condies do local, do prprio veculo e do clima. O condutor que dirigir em velocidade elevada manter uma distncia maior do que aquele que trafegar em baixa velocidade. A distncia ser maior nos dias chuvosos, quando a pista se encontra molhada, e nos dias em que as condies do tempo no oferecem uma clara visibilidade onde os riscos de acidentes crescem. Em termos mais exatos, aconselha-se manter uma distncia mnima de dez metros, podendo chegar at a cinqenta metros para quando for desenvolvida velocidade elevada. 5.12 Conduo Do Veculo 5.12.1 Manobra de marcha r Por ser considerada manobra perigosa, voc deve evit-la sempre que possvel e nunca realizla sem adorar medidas de segurana numa via, por onde circulam veculos e pedestres. Transitar em marcha r, salvo na distncia necessria a pequenas manobras e de forma a no causar riscos segurana, resulta em multa, sendo considerada em infrao grave (Art 194 - CTB). Ela serve apenas para pequenas distncias e para manobras como entrada e sada de garagem, estacionamento, no sendo permitido us-la para locomover-se de um a outro local nas vias pblicas. 30 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO 5.12.2 Conduzir nas vias rurais Muitos acreditam que conduzir nas vias rurais melhor e mais fcil que conduzir nas cidades, por no haver trnsito contnuo de veculos, pedestres e toda a sinalizao que regulamenta o trnsito. Porm, justamente a falta de determinados tipos de sinalizao, que desnecessria nas rodovias, leva a comportamentos bem diferentes das reas urbanas e que se transformam em grandes causadores de acidentes, reforados por atitudes erradas e desatentas de condutores irresponsveis, que pretendem burlar as leis de trnsito, pondo em risco a sua vida e a dos demais usurios das vias. 5.12.3 Dirigindo sob neblina intensa No inverno aumenta a incidncia de neblina nas estradas, principalmente durante a madrugada e parte da manh. Um recurso que alguns motoristas adotam ligar o farol alto, mas em vez de ajudar eles s prejudicam a visibilidade. O correto utilizar os faris baixos, ou melhor ainda, apenas os faris de neblina (se houver). Quando mais baixo for o foco, melhor ser a visualizao da pista. Em modelos com regulagem eltrica de faris, uma alternativa orientar o facho para a posio mais baixa possvel. No esquea de acionar tambm a luz traseira de neblina, se houver esse dispositivo em seu carro. 5.12.4 Posio clara no trfego Primeiro devemos dar muita importncia nossa visualizao. Nosso posicionamento a primeira atitude a tomar para deixar claro aos outros como estamos trafegando, deixando-os ENTENDER nossas aes. Luzes acesas durante o dia, por exemplo, uma maneira de tornar o veculo mais visvel e, portanto mais seguro. Vrios pases da Europa j tornaram este procedimento uma lei com resultados prticos notados at nas pesquisas. Uma sinalizao clara vai completar uma posio definida, explcita: Setas, Buzina, Luzes de freio (funcionando) e at gestos com as mos tornam claras as intenes do motorista, tornando menos freqentes as confuses e incidentes no trnsito. 5.12.5 Observao de espelhos Devemos sempre lembrar que no podemos dedicar mais do que uma frao de segundo para realizar nossa observao de espelhos. Um tempo maior dedicado ao espelho um deslize que pode nos levar desde pequenos incidentes a acidentes graves. Como poderamos, ento, fazer uma observao de qualidade pelos espelhos e ao mesmo tempo observar o que se passa frente? Simplesmente alternando a observao entre os dois campos de viso: Se olharmos para o espelho e logo em seguida voltarmos a olhar para frente, poderemos mentalmente perceber o que se passa no espelho. Caso no tenhamos conseguido perceber o que se passa, podemos voltar a observar os espelhos, de modo a retomar a informao dos mesmos, voltando a olhar para frente at que a informao esteja confivel. 5.12.6 Sadas em subida Existem duas possibilidades de se sair em uma subida: Utilizando o freio de mo e sem o mesmo.

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SEGURANA NO TRNSITO 5.12.6.1 Com o uso do freio de estacionamento (freio de mo) feito em sadas onde desejamos que o carro saia sem qualquer afastamento. um movimento simples porque permite que o faamos sem precisar movimentar dois controles ao mesmo tempo. Sua ordem , obrigatoriamente, a seguinte: A desvantagem deste mtodo que ocupa uma das mos na hora em que fazemos a sada. Quando, por exemplo, samos na subida e precisamos executar um grande movimento no volante, dispomos de somente uma das mos. 5.12.6.2 Sem o freio de estacionamento Tem a vantagem de ser um movimento fcil, com resultado rpido. um movimento de preciso, mas lento. Ao contrrio do que pensamos, precisamos usar de leveza nos ps para conseguir uma sada eficiente. 5.12.6.3 Duplo pedal Tambm chamado de dupla-embreagem o acionamento do acelerador ao mesmo tempo em que o freio acionado. Este procedimento um pouco mais complicado e precisa ser muito bem treinado para funcionar com segurana. Depende tambm de uma boa posio dos pedais, que s vezes ficam em alturas ou distncias nada convenientes. 5.12.7 A preferncia 5.12.7.1 Vias onde no haja sinalizao especfica ter a preferncia: 1. Quem estiver circulando uma rotatria; 2. Quem vier pela direita do condutor, nos demais casos. Em vias com mais de uma pista, os veculos mais lentos tm a preferncia de uso da direita. J a faixa esquerda reservada para ultrapassagens e para os veculos de maior velocidade.

Veculos de prestadores de servios de utilidade pblica (companhias de gua, luz, esgoto, telefone, etc.) tambm tm prioridade de parada e estacionamento no local em que estiverem trabalhando. Mas o local deve estar bem sinalizado, segundo as normas do CONTRAN (Conselho Nacional de Trnsito). Mas as regras de preferncia no param por a. Tambm tm prioridade de deslocamento os veculos destinados a socorro de incndio e salvamento, os de polcia, os de fiscalizao de trnsito e as ambulncias, bem como veculos precedidos de batedores. E o privilgio se estende tambm aos estacionamentos. Para poder gozar do privilgio preciso que os dispositivos de alarme sonoro e iluminao vermelha intermitente, indicativos de urgncia, estejam acionados. Se for o caso: 32 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

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Deixe livre a passagem sua esquerda. Desloque-se direita e at mesmo pare, se necessrio. Vidas podem estar em jogo; Se voc for pedestre, aguarde no passeio ao ouvir o alarme sonoro. S atravesse a rua quando o veculo j tiver passado por ali. 5.12.8 Ultrapassagens Aqui chegamos a um ponto realmente delicado. As ultrapassagens so uma das principais causas de acidentes e precisam ser realizadas com toda a prudncia, e segundo procedimentos regulamentares. 5.12.8.1 Algumas regras bsicas: 1. Ultrapasse sempre pela esquerda e apenas nos trechos permitidos; 2. Nunca ultrapasse no acostamento das estradas. Este espao destinado a paradas e sadas de emergncia;

3. Se outro carro o estiver ultrapassando ou tiver sinalizado seu desejo de faz-lo, d a preferncia. Aguarde Sua vez; 4. Certifique-se de que a faixa da esquerda est livre, e de que h espao suficiente para a manobra; 5. Sinalize sempre com antecedncia sua inteno de ultrapassar. Ligue a seta ou faa os gestos convencionais de brao; 6. Guarde distncia em relao a quem est ultrapassando. Deixe um espao lateral de segurana; 7. Sinalize de volta, antes de voltar faixa da direita;

8. Se voc estiver sendo ultrapassado, mantenha constante sua velocidade. Se estiver na faixa da esquerda, venha para a direita, sinalizando corretamente 9. Ao ultrapassar um coletivo que esteja parado, reduza a velocidade e muita ateno. Passageiros podero estar desembarcando, ou correndo para tomar a conduo; 10. Os veculos pesados devem, quando circulando em fila, permitir espao suficiente entre si para que outros veculos os possam ultrapassar por etapas. Tenha em mente que os veculos mais pesados so responsveis pela segurana dos mais leves; os motorizados, pela segurana dos no motorizados; e todos pela proteo dos pedestres. 33 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO 5.12.8.2 Proibido ultrapassar A menos que haja sinalizao especifica permitindo a manobra, jamais ultrapasse nas seguintes situaes: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 5.12.9 Luzes e faris O uso das luzes do veculo deve se orientar pelo seguinte: Luz baixa - durante a noite e no interior de tneis sem iluminao pblica durante o dia; Luz alta - nas vias no iluminadas, exceto ao cruzar-se com outro veculo ou ao segui-lo; Luz alta e baixa - (intermitente) por curto perodo de tempo com o objetivo de advertir outros usurios da via de sua inteno de ultrapassar o veculo que vai frente, ou quanto existncia de risco segurana de quem vem em sentido contrrio; Lanternas - sob chuva forte, neblina ou cerrao ou noite, quando o veculo estiver parado para embarque e desembarque, carga ou descarga; Pisca - alerta - em imobilizaes ou em situao de emergncia; Luz de placa - durante a noite, em circulao; 5.12.10 Buzina Sobre Pontes ou viadutos; Em travessias de pedestres; Nas passagens de nvel; Nos cruzamentos ou em sua proximidade; Em trechos sinuosos ou em aclives sem visibilidade suficiente; Nas reas de permetro urbano nas rodovias.

Em 'toques breves', como diz o Cdigo. Se no quiser ter problemas com o guarda. Assim mesmo, s se deve buzinar nas seguintes situaes: Para fazer as advertncias necessrias a fim de evitar acidentes; Fora das reas urbanas, para advertir um outro condutor de sua inteno de ultrapass-lo.

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SEGURANA NO TRNSITO 5.12.11 O que fazer quando h animais na pista Em viagens comum o motorista ser surpreendido por animais na pista e ter de fazer uma manobra arriscada para no atropel-los. As vtimas mais freqentes so os ces, que costumam ter reaes imprevisveis ou voltar ao ponto do qual partiram. Ao avistar um cachorro no acostamento, reduza a velocidade e sinalize para os carros que vm atrs, pois bem provvel que cruze sua frente e voc tenha que frear bruscamente. O mesmo procedimento deve ser tomado em relao a gado e cavalos. Nesse caso, passe sempre por trs do animal. Explicao: eles tm reaes mais lentas e demoram para mudar de direo. Uma batida contra um cavalo pode destruir um veculo e vitimar fatalmente seus ocupantes. 5.12.12 Celular Estudo canadense indica que os motoristas que conversam ao celular, enquanto dirigem, tm quatro vezes mais chances de sofrer acidentes, conforme indica um estudo realizado em Toronto, no Canad. A pesquisa, feita com 699 carros equipados com telefones celulares, revela que o nmero de acidentes que aconteceram durante ou imediatamente aps uma conversa ao telefone foi mais de quatro vezes maior do que o esperado na direo normal de veculos. Motoristas mais jovens tm maior tendncia a problemas do que os mais velhos e, segundo o estudo, os acidentes aconteceram em alta velocidade. De acordo com a pesquisa, os condutores que usam o dispositivo de viva-voz correm os mesmos riscos de sofrer acidentes do que aqueles que seguram o aparelho enquanto dirigem. Segundo o Dr. Don Redelmeier, epidemiologista do Centro de Cincias da Sade Sunnybrook e elaborador conjunto do estudo, "no se trata de uma limitao de destreza, e sim, de uma limitao sobre o que voc pode fazer com seu crebro". 5.12.12.1 Alguns incidentes envolvendo celular em posto de gasolina O telefone havia sido colocado sobre o cap traseiro do carro durante o abastecimento, o telefone tocou, e em seguida houve um incndio destruindo o carro e a bomba de gasolina. O telefone tocou, o indivduo ao responder a chamada, seu celular incendiou-se provocando srias queimaduras em sua face; Um indivduo teve seu quadril e virilha queimados conforme gases se incendiaram quando seu celular, que se encontrava em seu bolso, tocou enquanto estava abastecendo o carro. 5.12.13 Conduo e cuidados na chuva Nos perodos de chuvas, alguns cuidados devem ser tomados pelo condutor, para que no venha a ter problemas na conduo do veculo, so eles: 1. No momento que comea a chuva, deve o condutor aumentar a distncia de segurana (lembre da regra dos 2 segundos) em relao pista seca, pois numa freada mais forte, o veculo precisar de maior distncia para parar; 2. Deve-se ligar o ventilador interno e direcion-lo para os vidros, a fim de que no embacem ( melhor no deixar embaar do que desembaar depois);

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SEGURANA NO TRNSITO 3. Evite desembaar os vidros com a mo, use uma flanela ou pano limpo (com o carro parado), se puder, deixe os vidros das portas dianteiras com uma pequena abertura para criar uma circulao de ar; 4. Sempre que for lavar o carro, no esquea de limpar as paletas do limpador (s com gua) para retirar a sujeira e oleosidade que ficam nela, assim como, no use ou deixe cair produtos oleosos sobre o para - brisa, pois nos dias de chuva isso far diferena, recomendvel que se troque as paletas do limpador a cada ano, mesmo que aparentemente estejam boas; 5. Quando a chuva ficar mais forte, e voc perceber, em qualquer situao, que a visibilidade esta prejudicada, ascenda os faris do veculo ( recomendvel seu uso em qualquer tipo de chuva, inclusive o art.40, IV do CTB determina), voc ficar mais visvel para os outros condutores e pedestres, redobre a ateno nas laterais e retaguarda do veculo, usando os espelhos retrovisores; 6. Normalmente, aps os 15 minutos iniciais de chuva, na via que no possui uma boa vazo, comeam a aparecer as poas de gua e lama, se puder e com cuidado para no dar uma "fechada" em ningum, desvie dessas poas, elas podem estar escondendo buracos da pista que podem ocasionar a perda do controle da direo e prejuzos materiais (pneus, alinhamento etc.).Outro fator dessas poas a aquaplanagem ou hidroplanagem. 5.12.13.1 Aquaplanagem ou hidroplanagem A estabilidade do veculo depende do contato dos seus pneus com o solo, a variao desse contato interfere diretamente na sua estabilidade, por isso, quando se aumenta a velocidade, o contato do pneu com o solo diminui, como conseqncia, a estabilidade do veculo ser menor. A aquaplanagem se d, quando uma camada de gua fica entre o pneu e o solo, fazendo com que o pneu perca todo o contato com o solo, pois ele fica "flutuando" sobre a gua e faz com que o condutor perca o controle da direo. A presena dos frisos e canaletas nos pneus justamente para remover a gua e aumentar a rea de contato do pneu com o solo. Um veculo a 80 Km/h em uma via com 2,5 mm de gua, seus pneus tero que remover 5 litros de gua por segundo, para que permanea em contato com o solo. Quanto menor a velocidade, mais contato do pneu com o solo, como conseqncia, quanto menor a velocidade ao se passar em poas d'gua, menor ser o risco de acontecer a aquaplanagem e um acidente. A falta de contato dos pneus com a pista (hidroplanagem) faz com que o veculo derrape e o condutor perca o controle do veculo, podendo causar um acidente de trnsito.

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5.12.13.1.1 As grandes dicas quanto aquaplanagem so: 1. Evite passar ao lado de veculos maiores e altos como nibus e caminhes, as ondas formadas por eles podem fazer seu veculo boiar por alguns instantes ou jog-lo em outra direo, at mesmo contra outro veculo, muro ou paredes; 2. Fique atento. Mesmo que no chova durante muito tempo, basta uma simples garoa para que em poucos minutos a gua misturada poeira, aos restos de borracha e outros resduos como o leo dos nibus e caminhes, deixem o asfalto escorregadio como sabo. Nessas condies o risco de derrapagens em freadas bruscas e pequenas colises no trnsito ainda maior; 3. Em dias de chuva, reduza a velocidade, examine os frisos dos pneus, faa a calibragem correta, fique atento quanto s condies da pista e no tente "lavar" o seu veculo usando as poas de gua. Mantenha-se alerta; 4. O volante fica extremamente leve. perceptvel que ele est inerte, ou seja, no atua: voc o vira ligeiramente para um lado e para o outro e percebe que ele est seguindo em frente. 5.12.14 Velocidade Vale lembrar que o veculo sofre foras da fsica alm da fora do motor. Ao chegar a uma subida o veculo sofre a fora da gravidade e precisa de mais fora para venc-la. Em uma descida, a mesma gravidade acelera o veculo. Em uma curva, a acelerao centrfuga tende a puxar o veculo para fora dela. A inrcia leva o veculo a manter a velocidade em que est. O atrito com o ar oferece resistncia velocidade do veculo. Com isso, a manuteno da velocidade exige observao das reaes do veculo quando estas foras agem sobre o mesmo. Existe uma proporo direta entre a velocidade e o controle sobre o veculo. Quanto mais rpido, menor o controle sobre a trajetria que o veculo vai descrever. Quanto mais devagar, mais escolhemos a trajetria por onde o veculo vai passar.

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SEGURANA NO TRNSITO 5.12.15 Veculo de trao animal

Todos os anos, muitos motoristas so vitimados em acidentes causados por animais. Esteja atento, portanto, ao trafegar por regies rurais, de fazendas ou em campo aberto, principalmente noite. A qualquer momento, e de onde menos se espera, pode surgir um animal, mesmo um animal de pequeno porte como um cachorro, geralmente provoca conseqncias graves. Devero ser conduzidos pela direita da pista, junto ao meio-fio ou acostamento, sempre que no houver faixa especial para tal fim, e que conforme normas de circulao pelo rgo competente. 5.12.16 Bicicletas

5.12.16.1 Cuidados: 1. O ideal mesmo a ciclovia. Mas onde no existir, o ciclista dever transitar na pista de rolamento, em seu bordo direito, e no mesmo sentido do fluxo de veculos. A autoridade de trnsito com circunscrio sobre uma determinada via poder autorizar a circulao de bicicletas em sentido contrrio ao fluxo dos veculos, desde que em trecho dotado de ciclo faixa. Detalhe: a bicicleta tem preferncia sobre os veculos motorizados. Mas o ciclista tambm precisa tomar seus cuidados. Deve trajar roupas claras e sinalizar com antecedncia todos os seus movimentos; 2. Use sempre roupas claras para que os demais condutores possam v-lo com mais facilidade; 3. Equipe sua bicicleta com retrovisores direito e esquerdo, alerta sonoro, catadiptricos (olhode-gato na parte frontal, lateral e traseira); 4. Procure manter seu veculo (Bicicleta) sempre em boas condies de uso: freios, pneus, rolamentos, corrente, coroa e catraca; 5. No circule sobre caladas, passeios pblicos ou outros locais destinados exclusivamente para pedestres; A bicicleta um veculo de passageiros como qualquer outro. A maioria dos ciclistas, porm, feita de menores que no conhecem as regras de trnsito. Por isso mesmo a chance de acidentes envolvendo ciclistas grande. Alm daqueles que utilizam a bicicleta como meio de transporte, h tambm os desportistas, ciclistas amadores ou profissionais. Estes em geral fazem uso de todo o 38 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

SEGURANA NO TRNSITO equipamento de segurana. Com freqncia usam roupas bastante coloridas que permitem sua fcil visualizao. 5.12.17 Pedestres

O comportamento do pedestre imprevisvel. Para evitar acidentes, a receita a seguinte: tenha muita cautela e d sempre preferncia aos pedestres. Problemas como o lcool, no so exclusividade de motoristas imprudentes. Pedestres embriagados tambm so freqentes e geralmente acabam atropelados. Quase todas as vtimas so pessoas que no sabem dirigir, no tendo, portanto, noo da distncia de frenagem. Muitos so desatentos e confiam demais na ao do motorista para evitar atropelamentos. 5.12.17.1 Dicas para o Pedestre: 1. Atravesse as ruas com ateno. Antes de deixar a calada, observe de onde vm os carros e se h semforo; 2. Atravesse sempre na faixa de pedestres, quando houver;

3. No fique no meio-fio esperando o sinal fechar para os carros. Isso atrapalha os motoristas e pode causas acidentes. Respeite a vez do motorista; 4. Nunca tente atravessar se o sinal estiver aberto para os carros. Se ocorrer um acidente a culpa ser sua;

5. Utilize as passarelas para pedestres nas grandes avenidas ou rodovias. 6. Ande sempre pela calada. Quando no existir calada, caminhe no sentido contrrio ao do trfego para ter melhor viso dos veculos; 7. Ao caminhar em companhia de crianas, coloque esta no lado interior da calada. Quando no houver calada, mantenha a criana do lado interno do acostamento. Sempre segurando-a pelo brao. 39 CEFET-CE Prof.: Roger Silveira

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5.12.18 Motocicletas 5.12.18.1 Cuidados: 1.

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SEGURANA NO TRNSITO 6. PRINCPIOS DA F