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    CONHECIMENTOS BANCRIOS

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    Didatismo e Conhecimento 1

    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    Prof. Adriano Augusto Placidino GonalvesGraduado pela Faculdade de Direito da Alta Paulista FA-

    DAP.Advogado regularmente inscrito na OAB/SP

    ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRONACIONAL: CONSELHO MONETRIO

    NACIONAL;

    O Sistema Financeiro Nacional formado por um conjunto

    de instituies (nanceiras) onde o principal objetivo propiciarcondies satisfatrias para a manuteno dos uxos dos recursosnanceiros entre poupadores e investidores do pas. O Sistema Fi-

    nanceiro Nacional visa criar condies para que haja intermediriosnanceiros, com o objetivo de realizar a ponte entre dois segmentos. exatamente o Sistema nanceiro que permite que um agente

    econmico qualquer (seja ele indivduo ou empresa) sem perspecti-vas de aplicao, em algum empreendimento prprio, da poupanaque capaz de gerar, seja colocado em contato com outro, cujasperspectivas de investimento superam as respectivas disponibilida-des de poupana.

    O atual Sistema Financeiro Nacional nasceu atravs da Lei4.595/64, que tambm cou conhecida como Lei da Reforma Ban-cria.

    Caracterizao legal do Sistema Financeiro Nacional, previstana Lei de Reforma Bancria, em seu art. 17:

    Consideram-se Instituies Financeiras, para efeitos da le-gislao em vigor, as pessoas jurdicas pblicas e privadas, quetenham como atividade principal ou acessria a coleta, a interme-diao ou a aplicao de recursos nanceiros prprios ou de ter-ceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custdia de valor de

    propriedade de terceiros.Pargrafo nico - Para os efeitos desta lei e da legislao

    em vigor, equiparamse s instituies nanceiras as pessoas fsicasque exeram qualquer das atividades referidas neste artigo, de for-ma permanente ou eventual.

    O Sistema Financeiro Nacional SFN - pode ser subdivido ementidades normativas, supervisoras e operacionais.

    As entidades normativas so responsveis pela denio daspolticas e diretrizes gerais do sistema nanceiro, sem funo execu-tiva. Em geral, so entidades colegiadas, com atribuies especcase utiliza-se de estruturas tcnicas de apoio para a tomada das deci-ses. Atualmente, no Brasil funcionam como entidades normativaso Conselho Monetrio Nacional CMN, o Conselho Nacional deSeguros Privados - CNSP e o Conselho Nacional de PrevidnciaComplementar CNPC.

    As entidades supervisoras, por outro lado, assumem diversasfunes executivas, como a scalizao das instituies sob sua res-ponsabilidade, assim como funes normativas, com o intuito deregulamentar as decises tomadas pelas entidades normativas ouatribuies outorgadas a elas diretamente pela Lei. O Banco Centraldo Brasil BCB, a Comisso de Valores Mobilirios CVM, a Su -

    perintendncia de Seguros Privados SUSEP e a SuperintendnciaNacional de Previdncia Complementar PREVIC so as entidadessupervisoras do nosso Sistema Financeiro.

    Alm destas, h as entidades operadoras, que so todas as de-

    mais instituies nanceiras, monetrias ou no, ociais ou no,como tambm demais instituies auxiliares, responsveis, entreoutras atribuies, pelas intermediaes de recursos entre poupado-res e tomadores ou pela prestao de servios.

    Abaixo, breve relao dessas instituies, com descrio dasprincipais atribuies de algumas delas.

    Entidades Normativasa) Conselho Monetrio Nacional - CMN o rgo deliberativo mximo do Sistema Financeiro Nacio-

    nal. O CMN no desempenha funo executiva, apenas tem funesnormativas. Atualmente, o CMN composto por trs membros:

    - Ministro da Fazenda (Presidente);- Ministro do Planejamento Oramento e Gesto; e

    - Presidente do Banco Central.Trabalhando em conjunto com o CMN funciona a Comisso

    Tcnica da Moeda e do Crdito (Comoc), que tem como atribuieso assessoramento tcnico na formulao da poltica da moeda e docrdito do Pas. As matrias aprovadas so regulamentadas por meiode Resolues, normativos de carter pblico, sempre divulgadas noDirio Ocial da Unio e na pgina de normativos do Banco Centraldo Brasil.

    b) Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSPO CNSP desempenha, entre outras, as atribuies de xar as

    diretrizes e normas da poltica de seguros privados, regular a cons-tituio, organizao, funcionamento e scalizao das Sociedades

    Seguradoras, de Capitalizao, Entidades Abertas de PrevidnciaPrivada, Resseguradores e Corretores de Seguros.

    c) Conselho Nacional de Previdncia Complementar - CNPCO CNPC tem a funo de regular o regime de previdncia com-

    plementar operado pelas entidades fechadas de previdncia comple-mentar (Fundos de Penso).

    Entidades Supervisorasa) Banco Central do Brasil - BCBO Banco Central do Brasil foi criado em 1964 com a promulga-

    o da Lei da Reforma Bancria (Lei n 4.595 de 31.12.64).Sua sede em Braslia e possui representaes regionais em

    Belm, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife,

    Rio de Janeiro, Salvador e So Paulo. uma autarquia federal que tem como principal misso ins-

    titucional assegurar a estabilidade do poder de compra da moedanacional e um sistema nanceiro slido e eciente.

    A partir da Constituio de 1988, a emisso de moeda cou acargo exclusivo do BCB.

    O presidente do BCB e os seus diretores so nomeados peloPresidente da Repblica aps a aprovao prvia do Senado Fede-ral, que feita por uma arguio pblica e posterior votao secreta.

    Entre as vrias competncias do BCB destacam-se:- Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacio-

    nal e da solidez do Sistema Financeiro Nacional;- Executar a poltica monetria mediante utilizao de ttulos do

    Tesouro Nacional;

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    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    - Fixar a taxa de referncia para as operaes compromissadasdeum dia, conhecida como taxa SELIC;

    - Controlar as operaes de crdito das instituies que com-pem o Sistema Financeiro Nacional;

    - Formular, executar e acompanhar a poltica cambial e de rela-es nanceiras com o exterior;- Fiscalizar as instituies nanceiras e as clearings (cmaras

    de compensao);- Emitir papel-moeda;- Executar os servios do meio circulante para atender deman-

    da de dinheiro necessria s atividades econmicas;- Manter o nvel de preos (inao) sob controle;- Manter sob controle a expanso da moeda e do crdito e a

    taxa de juros;- Operar no mercado aberto, de recolhimento compulsrio e de

    redesconto;- Executar o sistema de metas para a inao;

    - Divulgar as decises do Conselho Monetrio Nacional;- Manter ativos de ouro e de moedas estrangeiras para atuao

    nos mercados de cmbio;- Administrar as reservas internacionais brasileiras;- Zelar pela liquidez e solvncia das instituies nanceiras na-

    cionais;- Conceder autorizao para o funcionamento das instituies

    nanceiras.

    b) Comisso de Valores Mobilirios - CVMA Comisso de Valores Mobilirios (CVM) foi criada em 07

    de dezembro de 1976 pela Lei 6.385 para scalizar e desenvolver omercado de valores mobilirios no Brasil.

    A Comisso de Valores Mobilirios uma autarquia federalvinculada ao Ministrio da Fazenda, porm sem subordinao hie-rrquica.

    Com o objetivo de reforar sua autonomia e seu poder scali-zador, o governo federal editou, em 31.10.01, a Medida Provisrian 8 (convertida na Lei 10.411 de 26.02.02), pela qual a CVM pas-sa a ser uma entidade autrquica em regime especial, vinculadaao Ministrio da Fazenda, com personalidade jurdica e patrimnioprprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausn-cia de subordinao hierrquica, mandato xo e estabilidade de seusdirigentes, e autonomia nanceira e oramentria (art. 5).

    administrada por um Presidente e quatro Diretores nomea-dos pelo Presidente da Repblica e aprovados pelo Senado Federal.

    Eles formam o chamado colegiado da CVM. Seus integrantes tmmandato de 5 anos e s perdem seus mandatos em virtude de re-nncia, de condenao judicial transitada em julgado ou de processoadministrativo disciplinar (art. 6 2). O Colegiado dene as po-lticas e estabelece as prticas a serem implantadas e desenvolvidaspelas Superintendncias, as instncias executivas da CVM.

    Sua sede localizada na cidade do Rio de Janeiro com Superin-tendncias Regionais nas cidades de So Paulo e Braslia.

    Essas so algumas de suas atribuies:- Estimular a formao de poupana e a sua aplicao em valo-

    res mobilirios;- Assegurar e scalizar o funcionamento eciente das bolsas de

    valores, do mercado de balco e das bolsas de mercadorias e futuros;

    - Proteger os titulares de valores mobilirios e os investidoresdo mercado contra emisses irregulares de valores mobilirios econtra atos ilegais de administradores de companhias abertas ou decarteira de valores mobilirios;

    - Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipulao quecriem condies articiais de demanda, oferta ou preo dos valoresmobilirios negociados no mercado;

    - Assegurar o acesso do pblico a informaes sobre os valo-res mobilirios negociados e sobre as companhias que os tenhamemitido;

    - Assegurar o cumprimento de prticas comerciais equitativasno mercado de valores mobilirios;

    - Assegurar o cumprimento, no mercado, das condies de utili-zao de crdito xadas pelo Conselho Monetrio Nacional;

    - Realizar atividades de credenciamento e scalizao de audi-tores independentes, administradores de carteiras de valores mobili-rios, agentes autnomos, entre outros;

    - Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fundos deinvestimento;

    - Apurar, mediante inqurito administrativo, atos ilegais e pr-ticas no-equitativas de administradores de companhias abertas e dequaisquer participantes do mercado de valores mobilirios, aplican-do as penalidades previstas em lei;

    - Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores indepen-dentes, consultores e analistas de valores mobilirios.

    c) Superintendncia de Seguros Privados - SUSEPA Susep o rgo responsvel pelo controle e scalizao dos

    mercados de seguro, previdncia privada aberta, capitalizao e res-seguro. Criada em 1966 pelo Decreto-Lei 73/66, que tambm insti-

    tuiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, de que fazem parte oCNSP, o IRB, as sociedades autorizadas a operar em seguros priva-dos e capitalizao, as entidades de previdncia privada aberta e oscorretores habilitados.

    uma autarquia vinculada ao Ministrio da Fazenda, adminis-trada por um Conselho Diretor, composto pelo Superintendente epor quatro Diretores. Essas so algumas de suas atribuies:

    Fiscalizar a constituio, organizao, funcionamento e opera-o das Sociedades Seguradoras, de Capitalizao, Entidades Aber-tas de Previdncia Privada e Resseguradores, na qualidade de exe-cutora da poltica traada pelo CNSP; Atuar no sentido de protegera captao de poupana popular que se efetua atravs das operaesde seguro, previdncia privada aberta, de capitalizao e resseguro.

    d) Superintendncia Nacional de Previdncia Complementar-PREVIC

    A Previc atua como entidade de scalizao e de superviso dasatividades das entidades fechadas de previdncia complementar e deexecuo das polticas para o regime de previdncia complementaroperado por essas entidades. uma autarquia vinculada ao Minist-rio da Previdncia Social.

    Entidades Operadoras

    rgos Ociaisa) Banco do Brasil - BB

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    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    O Banco do Brasil o mais antigo banco comercial do Brasil e foi criado em 12 de outubro de 1808 pelo prncipe regente D. Joo. umasociedade de economia mista de capitais pblicos e privados. tambm uma empresa aberta que possui aes cotadas na Bolsa de Valores deSo Paulo (BM&FBOVESPA).

    O BB opera como agente nanceiro do Governo Federal e o principal executor das polticas de crdito rural e industrial e de banco co -

    mercial do governo. E a cada dia mais tem se ajustado a um perl de banco mltiplo tradicional.

    b) Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico e Social - BNDESCriado em 1952 como autarquia federal, hoje uma empresa pblica vinculada ao Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio

    Exterior, com personalidade jurdica de direito privado e patrimnio prprio. responsvel pela poltica de investimentos a longo prazo doGoverno Federal, necessrios ao fortalecimento da empresa privada nacional.

    Com o objetivo de fortalecer a estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais, o BNDES conta comlinhas de apoio para nanciamentos de longo prazo a custos competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comer-cializao de mquinas e equipamentos novos, fabricados no pas, bem como para o incremento das exportaes brasileiras.

    Os nanciamentos so feitos com recursos prprios, emprstimos e doaes de entidades nacionais e estrangeiras e de organismos interna-cionais, como o BID. Tambm recebe recursos do PIS e PASEP.

    Conta com duas subsidirias integrais, a FINAME (Agncia Especial de Financiamento Industrial) e a BNDESPAR (BNDES Participa -es), criadas com o objetivo, respectivamente, de nanciar a comercializao de mquinas e equipamentos; e de possibilitar a subscrio de

    valores mobilirios no mercado de capitais brasileiro. As trs empresas, juntas, compreendem o chamado Sistema BNDES.

    c) Caixa Econmica Federal - CEFCriada em 12 de janeiro de 1861 por Dom Pedro II com o propsito de incentivar a poupana e de conceder emprstimos sob penhor. a

    instituio nanceira responsvel pela operacionalizao das polticas do Governo Federal para habitao popular e saneamento bsico.A Caixa uma empresa 100% pblica e no possui aes em bolsas.Alm das atividades comuns de um banco comercial, a CEF tambm atende aos trabalhadores formais - por meio do pagamento do FGTS,

    PIS e seguro-desemprego, e aos benecirios de programas sociais e apostadores das Loterias.As aes da Caixa priorizam setores como habitao, saneamento bsico, infraestrutura e prestao de servios.

    Demais Entidades Operadoras- Instituies Financeiras MonetriasSo as instituies autorizadas a captar depsitos vista do pblico. Atualmente, apenas os Bancos Comerciais, os Bancos Mltiplos com

    carteira comercial, a Caixa Econmica Federal e as Cooperativas de Crdito possuem essa autorizao.

    Demais Instituies FinanceirasIncluem as instituies nanceiras no autorizadas a receber depsitos vista. Entre elas, podemos citar:Agncias de FomentoAssociaes de Poupana e EmprstimoBancos de CmbioBancos de DesenvolvimentoBancos de InvestimentoCompanhias HipotecriasCooperativas Centrais de CrditoSociedades Crdito, Financiamento e InvestimentoSociedades de Crdito Imobilirio

    Sociedades de Crdito ao MicroempreendedorOutros Intermedirios FinanceirosSo tambm intermedirios do Sistema Financeiro Nacional:Administradoras de Consrcio;Sociedades de Arrendamento Mercantil;Sociedades corretoras de cmbio;Sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios;Sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios.

    Instituies AuxiliaresTambm compem o Sistema Financeiro Nacional, como entidades operadoras auxiliares, as entidades administradores de mercados orga-

    nizados de valores mobilirios, como os de Bolsa, de Mercadorias e Futuros e de Balco Organizado.Alm das entidades relacionadas acima, tambm integram o SFN as companhias seguradoras, as sociedades de capitalizao, as entidades

    abertas de previdncia complementar e os fundos de penso.

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    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    Organograma do SFN

    CONSELHO MONETRIO NACIONAL

    O Conselho Monetrio Nacional o rgo mximo do sistema nanceiro brasileiro, cabendo-lhe traar as normas a serem empreendidas napoltica monetria. Nesse sentido tem como atividade primordial a formulao da poltica de moeda e crdito do pas, alm de exercer o controleda organizao bancria e seus intermedirios nanceiros. O CMN o rgo central da poltica nanceira nacional, tendo suas deliberaesbaixadas pelo Banco Central, sob a forma de resolues.

    Composio: composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente do Conselho); Ministro do Planejamento Oramento e Gesto; e Presi -dente do Banco Central.

    O CMN tem a responsabilidade primordial formular a poltica da moeda e do crdito, objetivando a estabilidade da moeda e o desenvol-vimento econmico e social do Pas.

    Os seus membros renem-se uma vez por ms para deliberarem sobre assuntos relacionados com as competncias do CMN. Em casosextraordinrios pode acontecer mais de uma reunio por ms. As matrias aprovadas so regulamentadas por meio de Resolues, normativo decarter pblico, sempre divulgado no Dirio Ocial da Unio e na pgina de normativos do Banco Central do Brasil. De todas as reunies solavradas atas, cujo extrato publicado no DOU.

    Posto isso, resta-nos enumerar algumas das principais atribuies do Conselho Monetrio Nacional.A poltica do Conselho Monetrio Nacional objetiva:- Adaptaro volume dos meios de pagamento s reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento;- Regularo valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inacionrios ou deacionrios de origem interna ou

    externa, as depresses econmicas e outros desequilbrios oriundos de fenmenos conjunturais;- Regularo valor externo da moeda e o equilbrio no balano de pagamento do Pas, tendo em vista a melhor utilizao dos recursos em

    moeda estrangeira;- Orientara aplicao dos recursos das instituies nanceiras, quer pblicas, quer privadas, tendo em vista propiciar, nas diferentes regi -

    es do Pas, condies favorveis ao desenvolvimento harmnico da economia nacional;- Propiciaro aperfeioamento das instituies e dos instrumentos nanceiros, com vistas maior ecincia do sistema de pagamentos e

    de mobilizao de recursos;- Zelarpela liquidez e solvncia das instituies nanceiras;- Coordenar as polticas monetrias, de crdito, oramentria, scal e da dvida pblica, interna e externa. Compete ao Conselho Mone -

    trio Nacional;

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    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    Competeao Conselho Monetrio Nacional:- Autorizara emisso de papel moeda;- Aprovaros oramentos monetrios, preparados pelo Banco

    Central do Brasil, por meio dos quais se estimaro as necessidades

    globais de moeda e crdito;- Fixar as diretrizes e normas da poltica cambial, inclusivequanto compra e venda de ouro e quaisquer operaes em direitosespeciais de saque e em moeda estrangeira;

    - Disciplinaro crdito em todas as suas modalidades e as ope-raes creditcias em todas as suas formas, inclusive aceites, avaise prestaes de quaisquer garantias por parte das instituies nan-ceiras;

    - Regulara constituio, funcionamento e scalizao dos queexercerem atividades subordinadas a esta Lei, bem como a aplicaodas penalidades previstas;

    - Limitar,sempre que necessrio, as taxas de juros, descontos,comisses e qualquer outra forma de remunerao de operaes eservios bancrios ou nanceiros, inclusive os prestados pelo BancoCentral do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos nanciamentosque se destinem a promover:

    - recuperaoe fertilizao do solo;- reorestamento;- combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais;- eletricao rural;- mecanizao;- irrigao;- investimentos indispensveis s atividades agropecurias;- Determinara percentagem mxima dos recursos que as insti-

    tuies nanceiras podero emprestar a um mesmo cliente ou grupode empresas;

    - Estipular ndices e outras condies tcnicas sobre encaixes,imobilizaes e outras relaes patrimoniais, a serem observadaspelas instituies nanceiras;

    - Expedir normas gerais de contabilidade e estatstica a seremobservadas pelas instituies nanceiras;

    - Delimitar,com periodicidade no inferior a dois anos, o capi-tal mnimo das instituies nanceiras privadas, levando em contasua natureza, bem como a localizao de suas sedes e agncias ouliais;

    - Estabelecerpara as instituies nanceiras pblicas a dedu-o dos depsitos de pessoas jurdicas de direito pblico que lhesdetenham o controle acionrio, bem como das respectivas autar-quias e sociedades de economia mista, no clculo a que se refere oartigo 10 inciso III, desta Lei.

    - Regulamentar,xando limites, prazos e outras condies, asoperaes de redesconto e de emprstimo, efetuadas com quaisquer

    instituies nanceiras pblicas e privadas de natureza bancria;- Outorgar ao Banco Central do Brasil o monoplio das ope-raes de cmbio quando ocorrer grave desequilbrio no balano depagamentos ou houver srias razes para prever a iminncia de talsituao;

    - Estabelecernormas a serem observadas pelo Banco Centraldo Brasil em suas transaes com ttulos pblicos e de entidades deque participe o Estado;

    - Autorizaro Banco Central do Brasil e as instituies nan-ceiras pblicas federais a efetuar a subscrio compra e venda deaes e outros papis emitidos ou de responsabilidade das socieda-des de economia mista e empresas do Estado;

    - Disciplinaras atividades das Bolsas de Valores e dos correto-

    res de fundos pblicos;

    - Estatuirnormas para as operaes das instituies nanceiraspblicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamentoaos objetivos desta Lei;

    - Baixarnormas que regulem as operaes de cmbio, inclusi-

    ve swaps, xando limites, taxas, prazos e outras condies.Dica: Procurar gravar as palavras chaves como: autorizar, -

    xar, disciplinar, limitar, regular. Lembre-se que oCMN um rgoNORMATIVO assim no executa tarefas.

    Maiores detalhes sobre a Estrutura do Sistema FinanceiroNacional e sobre o Conselho Monetrio Nacional,esto pre-sentes nas Leis que sero apresentadas a seguir:

    LEI N 4.595, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1964.

    Dispe sobre a Poltica e as Instituies Monetrias, Banc-rias e Creditcias, Cria o Conselho Monetrio Nacional e d outras

    providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, Fao saber que o Con-gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO IDO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

    Art. 1 O sistema Financeiro Nacional, estruturado e regula-do pela presente Lei, ser constitudo:

    I - do Conselho Monetrio Nacional;II - do Banco Central do Brasil; (Redao dada pelo Del n 278,

    de 28/02/67)

    III - do Banco do Brasil S. A.;IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico;V - das demais instituies nanceiras pblicas e privadas.

    CAPTULO IIDO CONSELHO MONETRIO NACIONAL

    Art. 2 Fica extinto o Conselho da atual Superintendncia daMoeda e do Crdito, e criado em substituio, o Conselho Monet-rio Nacional, com a nalidade de formular a poltica da moeda e docrdito como previsto nesta lei, objetivando o progresso econmicoe social do Pas.

    Art. 3 A poltica do Conselho Monetrio Nacional objetivar:I - Adaptar o volume dos meios de pagamento s reais neces -sidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento;

    II - Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindoou corrigindo os surtos inacionrios ou deacionrios de origeminterna ou externa, as depresses econmicas e outros desequilbriosoriundos de fenmenos conjunturais;

    III - Regular o valor externo da moeda e o equilbrio no balanode pagamento do Pas, tendo em vista a melhor utilizao dos recur-sos em moeda estrangeira;

    IV - Orientar a aplicao dos recursos das instituies nancei-ras, quer pblicas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas di-ferentes regies do Pas, condies favorveis ao desenvolvimento

    harmnico da economia nacional;

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    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    V - Propiciar o aperfeioamento das instituies e dos instru-mentos nanceiros, com vistas maior ecincia do sistema de pa-gamentos e de mobilizao de recursos;

    VI - Zelar pela liquidez e solvncia das instituies nanceiras;

    VII - Coordenar as polticas monetrias, creditcia, orament-ria, scal e da dvida pblica, interna e externa.

    Art. 4 Compete ao Conselho Monetrio Nacional, segundo di-retrizes estabelecidas pelo Presidente da Repblica: (Redao dadapela Lei n 6.045, de 15/05/74)

    I - Autorizar as emisses de papel-moeda (Vetado) as quais -caro na prvia dependncia de autorizao legislativa quando sedestinarem ao nanciamento direto pelo Banco Central da Rep-blica do Brasil, das operaes de crdito com o Tesouro Nacional,nos termos do artigo 49 desta Lei. (Vide Lei n 8.392, de 30.12.91).

    O Conselho Monetrio Nacional pode, ainda, autorizar o Ban-co Central da Repblica do Brasil a emitir, anualmente, at o limitede 10% (dez por cento) dos meios de pagamentos existentes a 31de dezembro do ano anterior, para atender as exigncias das ati-vidades produtivas e da circulao da riqueza do Pas, devendo,

    porm, solicitar autorizao do Poder Legislativo, mediante Men-sagem do Presidente da Repblica, para as emisses que, justica-damente, se tornarem necessrias alm daquele limite.

    Quando necessidades urgentes e imprevistas para o nancia-mento dessas atividades o determinarem, pode o Conselho Mone-trio Nacional autorizar as emisses que se zerem indispensveis,

    solicitando imediatamente, atravs de Mensagem do Presidente daRepblica, homologao do Poder Legislativo para as emisses as-sim realizadas.

    II - Estabelecer condies para que o Banco Central da Rep-blica do Brasil emita moeda-papel (Vetado) de curso forado, nostermos e limites decorrentes desta Lei, bem como as normas regula-doras do meio circulante;

    III - Aprovar os oramentos monetrios, preparados pelo BancoCentral da Repblica do Brasil, por meio dos quais se estimaro asnecessidades globais de moeda e crdito;

    IV - Determinar as caractersticas gerais (Vetado) das cdulas edas moedas;

    V - Fixar as diretrizes e normas da poltica cambial, inclusivequanto a compra e venda de ouro e quaisquer operaes em DireitosEspeciais de Saque e em moeda estrangeira; (Redao dada pelo Deln 581, de 14/05/69)

    VI - Disciplinar o crdito em todas as suas modalidades e asoperaes creditcias em todas as suas formas, inclusive aceites,avais e prestaes de quaisquer garantias por parte das instituiesnanceiras;

    VII - Coordenar a poltica de que trata o art. 3 desta Lei com ade investimentos do Governo Federal;

    VIII - Regular a constituio, funcionamento e scalizao dosque exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem como a apli-cao das penalidades previstas;

    IX - Limitar, sempre que necessrio, as taxas de juros, descon-tos comisses e qualquer outra forma de remunerao de operaese servios bancrios ou nanceiros, inclusive os prestados pelo Ban-co Central da Repblica do Brasil, assegurando taxas favorecidas

    aos nanciamentos que se destinem a promover:

    - recuperao e fertilizao do solo;- reorestamento;- combate a epizootias e pragas, nasatividades rurais;- eletricao rural;

    - mecanizao;- irrigao;- investimento indispensveis s atividades agropecurias;X - Determinar a percentagem mxima dos recursos que as

    instituies nanceiras podero emprestar a um mesmo cliente ougrupo deempresas;

    XI - Estipular ndices e outras condies tcnicas sobre encai-xes, mobilizaes e outras relaes patrimoniais a serem observadaspelas instituies nanceiras;

    XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatstica a se-rem observadas pelas instituies nanceiras;

    XIII - Delimitar, com periodicidade no inferior a dois anos ocapital mnimo das instituies nanceiras privadas, levando emconta sua natureza, bem como a localizao de suas sedes e agn-cias ou liais;

    XIV - Determinar recolhimento de at 60% (sessenta por cento)do total dos depsitos e/ou outros ttulos contbeis das instituiesnanceiras, seja na forma de subscrio de letras ou obrigaes doTesouro Nacional ou compra de ttulos da Dvida Pblica Federal,seja atravs de recolhimento em espcie, em ambos os casos entre -gues ao Banco Central do Brasil, na forma e condies que o Conse-lho Monetrio Nacional determinar, podendo este:

    a) adotar percentagens diferentes em funo;- das regies geoeconmicas;- das prioridades que atribuir s aplicaes;- da natureza das instituies nanceiras;b) determinar percentuais que no sero recolhidos, desde que

    tenham sido reaplicados em nanciamentos agricultura, sob jurosfavorecidos e outras condies xadas pelo Conselho MonetrioNacional. (Vide art 10, inciso III)

    XV - Estabelecer para as instituies nanceiras pblicas, adeduo dos depsitos de pessoas jurdicas de direito pblico quelhes detenham o controle acionrio, bem como das respectivas au-tarquias e sociedades de economia mista, no clculo a que se refereo inciso anterior;

    XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, at oltimo dia do ms subsequente, relatrio e mapas demonstrativos daaplicao dos recolhimentos compulsrios, (Vetado).

    XVII - Regulamentar, xando limites, prazos e outras condi-

    es, as operaes de redesconto e de emprstimo, efetuado comquaisquer instituies nanceiras pblicas e privado de naturezabancria;

    XVIII - Outorgar ao Banco Central da Repblica do Brasil omonoplio das operaes de cmbio quando ocorrer grave desequi-lbrio no balano de pagamentos ou houver srias razes para prevera iminncia de tal situao;

    XIX - Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Cen-tral da Repblica do Brasil em suas transaes com ttulos pblicose de entidades de que participe o Estado;

    XX - Autoriza o Banco Central da Repblica do Brasil e as ins-tituies nanceiras pblicas federais a efetuar a subscrio, comprae venda de aes e outros papis emitidos ou de responsabilidade

    das sociedades de economia mista e empresas do Estado;

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    Didatismo e Conhecimento 7

    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    XXI - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos cor-retores de fundos pblicos;

    XXII - Estatuir normas para as operaes dasinstituies nan-ceiras pblicas, para preservar sua solidez e adequar seu funciona-mento aos objetivos desta lei;

    XXIII - Fixar, at quinze (15) vezes a soma do capital realizadoe reservas livres, o limite alm do qual os excedentes dos depsitosdas instituies nanceiras sero recolhidos ao Banco Central daRepblica do Brasil ou aplicados de acordo com as normas que oConselho estabelecer;

    XXIV - Decidir desua prpria organizao; elaborando seu re-gimento interno noprazo mximo de trinta (30) dias;

    XXV - Decidir da estrutura tcnica e administrativa do Ban-co Central da Repblica do Brasil e xar seu quadro de pessoal,bemcomo estabelecer os vencimentos e vantagens de seus funcio-nrios, servidores e diretores, cabendo ao Presidente deste apresen-tar as respectivas propostas; (Vide Lei n 9.650, 27.5.1998)

    XXVI - Conhecer dos recursos de decises do Banco Central da

    Repblica do Brasil; (Vide Lei n9.069, de 29.6.1995)XXVII - aprovar o regimento interno e as contas do Banco Cen-tral do Brasil e decidir sobre seu oramento e sobre seus sistemas decontabilidade, bem como sobre a forma e prazo de transferncia deseus resultados para o Tesouro Nacional, sem prejuzo da competn-cia do Tribunal de Contas da Unio. (Redao dada pelo Decreto Lein 2.376, de 25.11.1987) (Vide art 10, inciso III)

    XXVIII - Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem noPas as mesmas vedaes ou restries equivalentes, que vigoremnas praas de suas matrizes, em relao a bancos brasileiros ali ins-talados ou que nelas desejem estabelecer - se;

    XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instruo dos pro-cessos de emprstimos externos dos Estados, do Distrito Federal edos Municpios, para cumprimento do disposto no art. 63, n II, da

    Constituio Federal;XXX - Expedir normas e regulamentao para as designa-

    es e demais efeitos do art. 7, desta lei. (Vide Lei n 9.069, de29.6.1995) (Vide Lei n 9.069, de 29.6.1995)

    XXXI - Baixar normas que regulem as operaes de cmbio,inclusive swaps, xando limites, taxas, prazos e outras condies.

    XXXII - regular os depsitos a prazo de instituies nanceirase demais sociedades autorizadas a funcionar pelo Banco Central doBrasil, inclusive entre aquelas sujeitas ao mesmo controle acionrioou coligadas. (Redao dada pelo Del n 2.290, de 21/11/86)

    1 O Conselho Monetrio Nacional, no exerccio das atribui-es previstas no inciso VIII deste artigo, poder determinar queo Banco Central da Repblica do Brasil recuse autorizao para ofuncionamento de novas instituies nanceiras, em funo de con-

    venincias de ordem geral. 2 Competir ao Banco Central da Repblica do Brasil acom-

    panhar a execuo dos oramentos monetrios e relatar a matria aoConselho Monetrio Nacional, apresentando as sugestes que con-siderar convenientes.

    3 As emisses de moeda metlica sero feitas sempre contrarecolhimento (Vetado) de igual montante em cdulas.

    4 O Conselho Monetrio nacional poder convidar autorida-des, pessoas ou entidades para prestar esclarecimentos consideradosnecessrios.

    5 Nas hipteses do art. 4, inciso I, e do 6, do art. 49, destalei, se o Congresso Nacional negar homologao emisso extraor-dinria efetuada, as autoridades responsveis sero responsabiliza-das nos termos da Lei n 1059, de 10/04/1950.

    6 O Conselho Monetrio Nacional encaminhar ao Congres-so Nacional, at 31 de maro de cada ano, relatrio da evoluoda situao monetria e creditcia do Pas noano anterior, no qualdescrever, minuciosamente as providncias adotadas para cumpri-

    mento dos objetivos estabelecidos nesta lei, justicando destacada-mente os montantes das emisses de papel-moeda que tenham sidofeitas para atendimento das atividades produtivas.

    7 O Banco Nacional da Habitao o principal instrumen-to de execuo da poltica habitacional do Governo Federal einte-gra o sistema nanceiro nacional, juntamente com as sociedadesde crdito imobilirio, sob orientao, autorizao, coordenao escalizao do Conselho Monetrio Nacional e do Banco Centralda Repblica do Brasil, quanto execuo, nos termos desta lei,revogadas as disposies especiais em contrrio. (Vide Lei n 9.069,de29.6.1995)

    Art. 5 As deliberaes do Conselho Monetrio Nacional enten-dem-se de responsabilidade de seu Presidente para os efeitos do art.104, n I, letra b, daConstituio Federal e obrigaro tambm osrgos ociais, inclusive autarquias e sociedades de economia mis-ta, nas atividades que afetem o mercado nanceiro e ode capitais.

    Art. 6 O Conselho Monetrio Nacional ser integrado pe-los seguintes membros: (Redao dada pela Lei n 5.362, de30.11.1967) (Vide Lei n 9.069, de 29.6.1995)

    I - Ministro da Fazenda que ser o Presidente; (Redao dadapela Lei n 5.362, de 30.11.1967)

    II - Presidente do Banco do Brasil S. A.; (Redao dada pela Lein 5.362, de 30.11.1967)

    III - Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Eco-nmico; (Redao dada pela Lei n 5.362, de 30.11.1967)

    IV - Sete (7) membros nomeados pelo Presidente da Repblica,aps aprovao do Senado Federal, escolhidos entre brasileiros deilibada reputao e notria capacidade em assuntos econmico--nanceiros, com mandato de sete (7) anos, podendo ser reconduzidos.(Redao dada pela Lei n 5.362, de 30.11.1967)

    1 O Conselho Monetrio Nacional deliberar por maioria devotos, com a presena, no mnimo, de 6 (seis) membros, cabendo aoPresidente tambm ovoto de qualidade.

    2 Podero participar das reunies do Conselho MonetrioNacional (VETADO) o Ministro da Indstria e do Comrcio e oMinistro para Assuntos de Planejamento e Economia, cujos pronun-ciamentos constaro obrigatoriamente da ata das reunies.

    3 Em suas faltas ouimpedimentos, o Ministro da Fazenda

    ser substitudo, naPresidncia do Conselho Monetrio Nacional,pelo Ministro daIndstria e do Comrcio, ou, na faltadeste, peloMinistro para Assuntos de Planejamento eEconomia.

    4 Exclusivamente motivos relevantes, expostos em repre-sentao fundamentada do Conselho Monetrio Nacional, poderodeterminar a exonerao de seusmembros referidos no inciso IV,deste artigo.

    5 Vagando-se cargo com mandato osubstituto ser nomeadocom observncia do disposto no inciso IV deste artigo, paracomple-tar o tempo do substitudo.

    6 Os membros do Conselho Monetrio Nacional, a que serefere o inciso IV deste artigo, devem ser escolhidos levando-se emateno, oquanto possvel, as diferentes regies geoeconmicas do

    Pas.

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    Didatismo e Conhecimento 8

    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    Art. 7 Junto ao Conselho Monetrio Nacional funcionaro asseguintes Comisses Consultivas: (Vide Lei n 9.069, de 29.6.1995)I - Bancria, constituda de representantes:

    1 - do Conselho Nacional de Economia;

    2 - do Banco Central da Repblica do Brasil;3 - do Banco do Brasil S.A.4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico;5 - do Conselho Superior das Caixas Econmicas Federais;6 - do Banco Nacional de Crdito Cooperativo;7 - do Banco do Nordeste do Brasil S. A.;8 - do Banco de Crdito da Amaznia S. A.;9 - dos Bancos e Caixas Econmicas Estaduais;10 - dos Bancos Privados;11 - das Sociedades de Crdito, Financiamento e Investimentos;12 - das Bolsas de Valores;13 - do Comrcio;14 - da Indstria;15 - da Agropecuria;

    16 - das Cooperativas que operam emcrdito.

    II - de Mercado de Capitais, constituda derepresentantes:1 - do Ministrio da Indstria e do Comrcio;2 - do Conselho Nacional da Economia.3 - do Banco Central da Repblica do Brasil;4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico;5 - dos Bancos Privados;6 - das Sociedades deCrdito, Financiamento e Investimentos;7 - das Bolsas de Valores;8 - das Companhias de Seguros Privados e Capitalizao;9 - da Caixa de Amortizao;

    III - de Crdito Rural, constituda de representantes:1 - do Ministrio da Agricultura;2 - da Superintendncia da Reforma Agrria;3 - da Superintendncia Nacional de Abastecimento;4 - do Banco Central da Repblica do Brasil;5 - da Carteira de Crdito Agrcola e Industrial do Banco do

    Brasil S. A.;6 - da Carteira de Colonizao de Banco do Brasil S.A.;7 - do Banco Nacional de Crdito Cooperativo;8 - do Banco do Nordeste do Brasil S.A.;9 - do Banco de Crdito da Amaznia S.A.;10 - do Instituto Brasileiro do Caf;11 - do Instituto do Acar e do lcool;12 - dos Banco privados;

    13 - da Confederao Rural Brasileira;14 - das Instituies Financeiras Pblicas Estaduais ou Munici-

    pais, que operem em crdito rural;15 - das Cooperativas de Crdito Agrcola;

    IV - (Vetado).1 - (Vetado).2 - (Vetado).3 - (Vetado).4 - (Vetado).5 - (Vetado).6 - (Vetado).7 - (Vetado).8 - (Vetado).

    9 - (Vetado)10 - (Vetado).11 - (Vetado).12 - (Vetado).

    13 - (Vetado).14 - (Vetado).15 - (Vetado).

    V - de Crdito Industrial, constituda derepresentantes:1 - do Ministrio da Indstria e do Comrcio;2 - do Ministrio Extraordinrio para os Assuntos de Planeja-

    mento e Economia;3 - do Banco Central da Repblica do Brasil;4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico;5 - da Carteira de Crdito Agrcola e Industrial do Banco do

    Brasil S.A.;6 - dos Banco privados;

    7 - das Sociedades deCrdito, Financiamento e Investimentos;8 - da Indstria.

    1 A organizao e o funcionamento das Comisses Consul-tivas sero regulados pelo Conselho Monetrio Nacional, inclusiveprescrevendo normas que:

    a) lhes concedam iniciativa prpria junto ao MESMO CON-SELHO;

    b) estabeleam prazos para o obrigatrio preenchimentodos cargos nas referidas Comisses;

    c) tornem obrigatria a audincia das Comisses Consultivas,pelo Conselho Monetrio Nacional, no trato das matrias atinentess nalidades especcas das referidas Comisses, ressalvado os ca-

    sos em que se impuser sigilo. 2 Os representantes a que serefere este artigo sero indicadospelas entidades nele referida se designados pelo Conselho Monet-rio Nacional.

    3 O Conselho Monetrio Nacional, pelo voto de 2/3 (doisteros) de seus membros, poder ampliar a competncia das Comis-ses Consultivas, bem como admitir a participao de representan-tes de entidades no mencionadas neste artigo, desde que tenhamfunes diretamente relacionadas com suas atribuies.

    CAPTULO IIIDO BANCO CENTRAL DA REPBLICA DO BRASIL

    Art. 8 A atual Superintendncia da Moeda e do Crdito trans-formada em autarquia federal, tendo sede e foro na Capital da Rep-blica, sob a denominao de Banco Central da Repblica do Brasil,com personalidade jurdica e patrimnios prprios este constitudodos bens, direitos e valores que lhe so transferidos na forma destaLei e ainda da apropriao dos juros e rendas resultantes, na datada vigncia desta lei, do disposto no art. 9 do Decreto-Lei nmero8495, de28/12/1945, dispositivo que ora expressamente revogado.

    Pargrafo nico: Os resultados obtidos pelo Banco Central doBrasil, consideradas as receitas e despesas de todas as suas opera-es, sero, a partir de 1 de janeiro de 1988, apurados pelo regi-me de competncia e transferidos para o Tesouro Nacional, apscompensados eventuais prejuzos de exerccios anteriores. (Redao

    dada pelo Del n 2.376, de 25/11/87)

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    Didatismo e Conhecimento 9

    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    Art. 9 Compete ao Banco Central da Repblica do Brasil cum-prir e fazer cumprir as disposies que lhe so atribudas pela le-gislao em vigor e as normas expedidas pelo Conselho MonetrioNacional.

    Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da Rep-blica do Brasil:

    I - Emitir moeda-papel e moeda metlica, nas condies e limi-tes autorizados pelo Conselho Monetrio Nacional (Vetado).

    II - Executar os servios do meio-circulante;III - determinar o recolhimento de at cempor cento do total

    dos depsitos vista e de at sessenta por cento de outros ttuloscontbeis das instituies nanceiras, seja na forma de subscriode Letras ou Obrigaes do Tesouro Nacional ou compra de ttulosda Dvida Pblica Federal, seja atravs de recolhimento em espcie,em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, a formae condies por ele determinadas, podendo: (includo pela Lei n7.730, de 31.1.1989, renumerando-se os demais incisos)

    a) adotar percentagens diferentes em funo:1. das regies geoeconmicas;2. das prioridades que atribuir s aplicaes;3. da natureza das instituies nanceiras;b) determinar percentuais que no sero recolhidos, desde que

    tenham sido reaplicados em nanciamentos agricultura, sob jurosfavorecidos e outras condies por ele xadas.

    IV - Receber os recolhimentos compulsrios deque trata o inci-so anterior e, ainda, os depsitos voluntrios vista das instituiesnanceiras,nos termos do inciso III e 2do art. 19. (Renumeradocom redao dada pela Lei n7.730, de 31/01/89)

    V - Realizar operaes de redesconto e emprstimos a institui-es nanceiras bancrias e as referidas no Art. 4, inciso XIV, letrab, e no 4 do Art. 49 desta lei; (Renumerado pela Lei n7.730,

    de 31/01/89)VI - Exercer o controle do crdito sob todas as suas formas; (Re-numerado pela Lei n 7.730, de31/01/89)

    VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos dalei; (Renumerado pela Lei n 7.730, de 31/01/89)

    VIII - Ser depositrio das reservas ociais de ouro e moeda es-trangeira e de Direitos Especiais de Saque e fazer com estas ltimastodas e quaisquer operaes previstas no Convnio Constitutivo doFundo Monetrio Internacional; (Redao dada pelo Del n 581,de14/05/69) (Renumerado pela Lei n 7.730, de 31/01/89)

    IX - Exercer a scalizao das instituies nanceiras e apli-car as penalidades previstas; (Renumerado pela Lei n 7.730,de 31/01/89)

    X - Conceder autorizao s instituies nanceiras, a m de

    que possam: (Renumerado pela Lei n 7.730, de 31/01/89)a) funcionar no Pas;b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependncias, inclusive

    no exterior;c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;d) praticar operaes de cmbio, crdito real e venda habitual

    de ttulos da dvida pblica federal, estadual ou municipal, aesDebntures, letras hipotecrias e outros ttulos de crdito ou mobi-lirios;

    e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;f) alterar seus estatutos.g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle

    acionrio. (Includo pelo Del n 2.321, de 25/02/87)

    XI - Estabelecer condies para a posse e para o exerccio dequaisquer cargos de administrao de instituies nanceiras priva-das, assim como para o exerccio de quaisquer funes em rgosconsultivos, scais e semelhantes, segundo normas que forem expe-didas pelo Conselho Monetrio Nacional; (Renumerado pela Lei n7.730, de 31/01/89)

    XII - Efetuar, como instrumento de poltica monetria, opera-es de compra e venda de ttulos pblicos federais; (Renumeradopela Lei n 7.730, de 31/01/89)

    XIII - Determinar que as matrizes das instituies nanceirasregistrem os cadastros das rmas que operam com suas agnciash mais de um ano. (Renumerado pela Lei n 7.730, de31/01/89)

    1 No exerccio das atribuies a que se refere o inciso IX des-te artigo, com base nas normas estabelecidas pelo Conselho Mone-trio Nacional, o Banco Central da Repblica do Brasil, estudar ospedidos que lhe sejam formulados e resolver conceder ou recusara autorizao pleiteada, podendo (Vetado) incluir as clusulas quereputar convenientes ao interesse pblico.

    2 Observado o disposto no pargrafo anterior, as instituiesnanceiras estrangeiras dependem de autorizao do Poder Executi-vo, mediante decreto, para que possam funcionar no Pas (Vetado).

    Art. 11.Compete ainda ao Banco Central da Repblica do Bra-sil;

    I - Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as insti-tuies nanceiras estrangeiras e internacionais;

    II - Promover, como agente do Governo Federal, a colocao deemprstimos internos ou externos, podendo, tambm, encarregar-sedos respectivos servios;

    III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mercadocambial, da estabilidade relativa das taxas de cmbio e do equilbriono balano de pagamentos, podendo para esse m comprar e vender

    ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operaes de crditono exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais de Saque,e separar os mercados de cmbio nanceiro e comercial; (Redaodada pelo Del n 581, de 14/05/69)

    IV - Efetuar compra e venda de ttulos de sociedades de econo-mia mista e empresas do Estado;

    V - Emitir ttulos de responsabilidade prpria, de acordo com ascondies estabelecidas pelo Conselho Monetrio Nacional;

    VI - Regular a execuo dos servios de compensao de che-ques e outros papis;

    VII - Exercer permanente vigilncia nos mercados nanceirose de capitais sobre empresas que, direta ou indiretamente, interramnesses mercados e em relao s modalidades ou processos opera-cionais que utilizem;

    VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetrio Nacional, osservios de sua Secretaria.

    1 No exerccio das atribuies a que se refere o inciso VIIIdo artigo 10 desta lei, o Banco Central do Brasil poder examinar oslivros e documentos das pessoas naturais ou jurdicas que detenhamo controle acionrio de instituio nanceira, cando essas pessoassujeitas ao disposto no artigo 44, 8, desta lei. (Includo pelo Deln 2.321, de 25/02/87)

    2 O Banco Central da Repblica do Brasil instalar delega-cias, com autorizao do Conselho Monetrio Nacional, nas dife-rentes regies geoeconmicas do Pas, tendo em vista a descentrali-zao administrativa para distribuio e recolhimento da moeda e ocumprimento das decises adotadas pelo mesmo Conselho ou pres-critas em lei. (Renumerado pelo Del n 2.321,de 25/02/87)

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    Didatismo e Conhecimento 10

    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    Art. 12. O Banco Central da Repblica do Brasil operar ex-clusivamente com instituies nanceiras pblicas e privadas, ve-dadas operaes bancrias de qualquer natureza com outras pessoasde direito pblico ou privado, salvo as expressamente autorizadas

    por lei.Art. 13. Os encargos e servios de competncia do Banco Cen-

    tral, quando por ele no executados diretamente, sero contratadosde preferncia com o Banco do Brasil S. A., exceto nos casos es -pecialmente autorizados pelo Conselho Monetrio Nacional. (Reda-o dada pelo Del n 278, de 28/02/67)

    Art. 14. O Banco Central do Brasil ser administrado por umaDiretoria de cinco (5) membros, um dos quais ser o Presidente,escolhidos pelo Conselho Monetrio Nacional dentre seus membrosmencionados no inciso IV do art. 6 desta Lei. (Redao dada pelaLei n 5.362, de 30.11.1967)(Vide Decreto n 91.961, de 19.11.1985)

    1 O Presidente do Banco Central da Repblica do Brasil ser

    substitudo pelo Diretor que o Conselho Monetrio Nacional desig-nar.

    2 O trmino do mandato, a renncia ou a perda da qualidadeMembro do Conselho Monetrio Nacional determinam, igualmen-te, a perda da funo de Diretor do Banco Central da Repblica doBrasil.

    Art. 15. O regimento interno do Banco Central da Repblica doBrasil, a que se refere o inciso XXVII, do art. 4, desta lei, prescre-ver as atribuies do Presidente e dos Diretores e especicar oscasos que dependero de deliberao da Diretoria, a qual ser toma -da por maioria de votos, presentes no mnimo o Presidente ou seusubstituto eventual e dois outros Diretores, cabendo ao Presidente

    tambm o voto de qualidade.Pargrafo nico. A Diretoria se reunir, ordinariamente, umavez por semana, e, extraordinariamente, sempre que necessrio, porconvocao do Presidente ou a requerimento de, pelo menos, doisde seus membros.

    Art. 16. Constituem receita do Banco Central do Brasil as ren-das: (Redao dada pelo Del n2.376, de 25/11/87)

    I - de operaes nanceiras e de outras aplicaes de seus recur-sos; (Redao dada pelo Del n2.376, de 25/11/87)

    II- das operaes de cmbio, de compra e venda de ouro e dequaisquer outras operaes em moeda estrangeira;(Redao dadapelo Del n 2.376, de 25/11/87)

    III - eventuais, inclusive as derivadas de multas e de juros de

    mora aplicados por fora do disposto na legislao em vigor.(Reda-o dada pelo Del n 2.376, de 25/11/87)

    1 Do resultado das operaes de cambio de que trata o incisoII deste artigo ocorrido a partir da data de entrada em vigor desta lei,75% (setenta e cinco por cento) da parte referente ao lucro realizado,na compra e venda de moeda estrangeira destinar-se- formaode reserva monetria do Banco Central do Brasil, que registrar es-ses recursos em conta especca, na forma que for estabelecida peloConselho Monetrio Nacional. (Renumerado pelo Del n 2.076, de20/12/83)

    2 A critrio do Conselho Monetrio Nacional, podero tam-bm ser destinados reserva monetria de que trata o 1 os recur-sos provenientes de rendimentos gerados por: (Pargrafo includopelo Del n 2.076, de 20/12/83)

    a) suprimentos especcos do Banco Central do Brasil ao Bancodo Brasil S.A. concedidos nos termos do 1 do artigo 19 desta lei;

    b) suprimentos especiais do Banco Central do Brasil aos Fun-dos e Programas que administra.

    3 O Conselho Monetrio Nacional estabelecer, observadoo disposto no 1 do artigo 19desta lei, a cada exerccio, as basesda remunerao das operaes referidas no 2 e as condies paraincorporao desses rendimentos referida reserva monetria. (Pa-rgrafo includo pelo Del n 2.076, de 20/12/83)

    CAPTULO IVDAS INSTITUIES FINANCEIRAS

    SEO IDA CARACTERIZAO E SUBORDINAO

    Art. 17. Consideram-se instituies nanceiras, para os efeitosda legislao em vigor, as pessoas jurdicas pblicas ou privadas,

    que tenham como atividade principal ou acessria a coleta, interme-diao ou aplicao de recursos nanceiros prprios ou de terceiros,em moeda nacional ou estrangeira, e a custdia de valor de proprie-dade de terceiros.

    Pargrafo nico. Para os efeitos desta lei e da legislao emvigor, equiparam-se s instituies nanceiras as pessoas fsicas queexeram qualquer das atividades referidas neste artigo, de formapermanente ou eventual.

    Art. 18. As instituies nanceiras somente podero funcionarno Pas mediante prvia autorizao do Banco Central da Repblicado Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando forem estrangei-ras.

    1 Alm dos estabelecimentos bancrios ociais ou privados,

    das sociedades de crdito, nanciamento e investimentos, das caixaseconmicas e das cooperativas de crdito ou a seo de crdito dascooperativas que a tenham, tambm se subordinam s disposiese disciplina desta lei no que for aplicvel, as bolsas de valores, com-panhias de seguros e de capitalizao, as sociedades que efetuamdistribuio de prmios em imveis, mercadorias ou dinheiro, me-diante sorteio de ttulos de sua emisso ou por qualquer forma, e aspessoas fsicas ou jurdicas que exeram, por conta prpria ou deterceiros, atividade relacionada com a compra e venda de aes eoutros quaisquer ttulos, realizando nos mercados nanceiros ede capitais operaes ou servios de natureza dos executados pelasinstituies nanceiras.

    2 O Banco Central da Republica do Brasil, no exerccio dascalizao que lhe compete, regular as condies de concorrncia

    entre instituies nanceiras, coibindo-lhes os abusos com a aplica-o da pena (Vetado) nos termos desta lei.

    3 Dependero de prvia autorizao do Banco Central daRepblica do Brasil as campanhas destinadas coleta de recursosdo pblico, praticadas por pessoas fsicas ou jurdicas abrangidasneste artigo, salvo para subscrio pblica de aes, nos termos dalei das sociedades por aes.

    SEO II

    DO BANCO DO BRASIL S. A.

    Art. 19. Ao Banco do Brasil S. A. competir precipuamente, soba superviso do Conselho Monetrio Nacional e como instrumentode execuo da poltica creditcia e nanceira do Governo Federal:

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    Didatismo e Conhecimento 11

    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    I - na qualidade de Agente, Financeiro do Tesouro Nacional,sem prejuzo de outras funes que lhe venham a ser atribudas e,ressalvado o disposto no art. 8, da Lei n 1628, de 20 de junhode1952:

    a) receber, a crdito do Tesouro Nacional, as importncias pro-venientes da arrecadao de tributos ou rendas federais e ainda oproduto das operaes de que trata o art. 49, desta lei;

    b) realizar os pagamentos e suprimentos necessrios execu-o do Oramento Geral da Unio e leis complementares, de acordocom as autorizaes que lhe forem transmitidas pelo Ministrio daFazenda, as quais no podero exceder o montante global dos recur-sos a que se refere a letra anterior, vedada a concesso, pelo Banco,de crditos de qualquer natureza ao Tesouro Nacional;

    c) conceder aval, ana e outras garantias,consoante expressaautorizao legal;

    d) adquirir e nanciar estoques deproduo exportvel;e) executar a poltica de preosmnimos dos produtos agropas-

    toris;f) ser agente pagador e recebedor fora doPas;g) executar o servio da dvida pblica consolidada;II - como principal executor dos servios bancrios de interesse

    do Governo Federal, inclusive suas autarquias, receber em depsito,com exclusividade, asdisponibilidades de quaisquer entidades fede-rais, compreendendo as reparties de todos os ministrios civis emilitares, instituies de previdncia e outras autarquias, comisses,departamentos, entidades em regime especial de administrao equaisquer pessoas fsicas ou jurdicas responsveis por adiantamen-tos, ressalvados o disposto no 5 deste artigo, as excees previstasem lei ou casos especiais, expressamente autorizados pelo ConselhoMonetrio Nacional, por proposta do Banco Central da Repblicado Brasil;

    III - arrecadar os depsitos voluntrios, vista, das instituiesde que trata o inciso III, do art.10, desta lei, escriturando as respecti-vas contas; (Redao dada pelo Del n 2.284, de 10/03/86)

    IV - executar os servios de compensao de cheques e outrospapis;

    V - receber, com exclusividade, os depsitos de que tratam osartigos 38, item 3, do Decreto-lei n 2.627, de 26 de setembro de1940, e 1 do Decreto-lei n 5.956, de 01/11/43, ressalvado o dispos-to no art. 27, desta lei;

    VI - realizar, por conta prpria, operaes de compra e vendade moeda estrangeira e, por contado Banco Central da Repblica doBrasil, nas condies estabelecidas pelo Conselho Monetrio Na-cional;

    VII - realizar recebimentos ou pagamentos e outros servios deinteresse do Banco Central da Repblica do Brasil, mediante contra-tao na forma do art. 13, desta lei;

    VIII - dar execuo poltica de comrcio exterior (Vetado).IX - nanciar a aquisio e instalao da pequena e mdia pro-

    priedade rural, nos termos da legislao que regular a matria;X - nanciar as atividades industriais e rurais, estas com o favo-

    recimento referido no art. 4, inciso IX, e art. 53, desta lei;XI - difundir e orientar o crdito, inclusive s atividades comer-

    ciais suplementando a ao dar e de bancria;a) no nanciamento das atividades econmicas, atendendo s

    necessidades creditcias das diferentes regies do Pas;b) no nanciamento das exportaes e importaes. (Vide Lei

    n 8.490 de 19.11.1992)

    1 - O Conselho Monetrio Nacional assegurar recursos es-peccos que possibilitem ao Banco do Brasil S. A., sob adequadaremunerao, o atendimento dos encargos previstos nesta lei.

    2 - Do montante global dos depsitos arrecadados, na forma

    do inciso III deste artigo o Banco do Brasil S. A.Colocar disposio do Banco Central da Repblica do Bra-

    sil, observadas as normas que forem estabelecidas pelo ConselhoMonetrio Nacional, a parcela que exceder as necessidades normaisde movimentao das contas respectivas, em funo dos serviosaludidos no inciso IV deste artigo.

    3 - Os encargos referidos no inciso I, deste artigo, sero ob-jeto de contratao entre o Banco do Brasil S. A. e a Unio Federal,esta representada pelo Ministro da Fazenda.

    4 - O Banco do Brasil S. A. prestar ao Banco Central da Re-pblica do Brasil todas as informaes por este, julgadas necessriaspara a exata execuo desta lei.

    5 - Os depsitos deque trata o inciso II deste artigo, tam-bmpodero ser feitos nas Caixas econmicas Federais, nos limitese condies xadas pelo Conselho Monetrio Nacional.

    Art. 20. O Banco do Brasil S. A. e o Banco Central da Rep -blica do Brasil elaboraro, em conjunto, o programa global de apli-caes e recursos do primeiro, para ns de incluso nos oramentosmonetrios de que trata o inciso III, do artigo4 desta lei.

    Art. 21. O Presidente e os Diretores do Banco do Brasil S. A.devero ser pessoas de reputao ilibada e notria capacidade.

    1 A nomeao do Presidente do Banco do Brasil S. A. serfeita pelo Presidente da Repblica, aps aprovao do Senado Fe-

    deral. 2 As substituies eventuais do Presidente do Banco do Bra-

    sil S. A. no podero exceder o prazo de 30 (trinta) dias consecuti-vos, sem que o Presidente da Repblica submeta ao Senado Federalo nome do substituto.

    3 (Vetado). 4 (Vetado).

    SEO IIIDAS INSTITUIES FINANCEIRAS PBLICAS

    Art. 22. As instituies nanceiras pblicas so rgos auxilia-

    res da execuo da poltica de crdito do Governo Federal. 1 O Conselho Monetrio Nacional regular as atividades,capacidade e modalidade operacionais das instituies nanceiraspblicas federais, que devero submeter aprovao daquele rgo,com a prioridade por ele prescrita, seus programas de recursos eaplicaes, deforma que se ajustem poltica de crdito do GovernoFederal.

    2 A escolha dos Diretores ou Administradores das institui-es nanceiras pblicas federais e a nomeao dos respectivos Pre-sidentes e designao dos substitutos observaro o disposto no art.21, pargrafos 1 e 2, desta lei.

    3 A atuao das instituies nanceiras pblicas ser coorde-nada nos termos do art. 4 desta lei.

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    Didatismo e Conhecimento 12

    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    Art. 23. O Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico o principal instrumento de execuo de poltica de investimentos doGoverno Federal, nos termos das Leis nmeros 1628, de 20/06/1952e 2973, de 26/11/1956.Art. 24. As instituies nanceiras pblicas

    no federais cam sujeitas s disposies relativas s instituiesnanceiras privadas, assegurada a forma de constituio das exis-tentes na datada publicao desta lei.

    Pargrafo nico. As Caixas Econmicas Estaduais equiparam--se, no que couber, s Caixas Econmicas Federais, para os efeitosda legislao em vigor, estando isentas do recolhimento a que serefere o art. 4, inciso XIV, e taxa de scalizao, mencionada noart. 16, desta lei.

    SEO IVDAS INSTITUIES FINANCEIRAS PRIVADAS

    Art. 25. As instituies nanceiras privadas, exceto as coopera-tivas de crdito, constituir-se-o unicamente sob a forma de socieda-

    de annima, devendo a totalidade de seu capital com direito a votoser representada por aes nominativas. (Redao dada pela Lei n5.710, de 07/10/71)

    1 Observadas as normas xadas pelo Conselho MonetrioNacional as instituies a que se refere este artigo podero emitirat o limite de 50% de seu capital social em aes preferenciais, nasformas nominativas, e ao portador, sem direito a voto, s quais nose aplicar o disposto no pargrafo nico do art. 81 do Decreto-lein 2.627, de 26 de setembro de 1940. (Includo pela Lei n 5.710, de07/10/71)

    2 A emisso de aes preferenciais ao portador, que pode-r ser feita em virtude de aumento de capital, converso de aesordinrias ou de aes preferenciais nominativas, car sujeita a

    alteraes prvias dos estatutos das sociedades, a m de que sejamneles includas as declaraes sobre: (Includo pela Lei n 5.710,de 07/10/71)

    I - as vantagens, preferenciais e restries atribudas a cadaclasse de aes preferenciais, de acordo com o Decreto-lei n 2.627,de 26 de setembro de 1940; (Includo pela Lei n 5.710, de07/10/71)

    II - as formas e prazos em que poder ser autorizada a conver-so das aes, vedada a converso das aes preferenciais em outrotipo de aes com direito a voto. (Includo pela Lei n 5.710, de07/10/71)

    3 Os ttulos e cautelas representativas das aes preferen-ciais, emitidos nos termos dos pargrafos anteriores, devero conterexpressamente as restries ali especicadas. (Includo pela Lei n5.710, de 07/10/71)

    Art. 26. O capital inicial das instituies nanceiras pblicas eprivadas ser sempre realizado em moeda corrente.

    Art. 27.Na subscrio do capital inicial e na de seus aumentosem moeda corrente, ser exigida no ato a realizao de, pelo menos50% (cinquenta por cento) do montante subscrito.

    1 As quantias recebidas dos subscritores de aes sero reco-lhidas no prazo de 5 (cinco)dias, contados do recebimento, ao BancoCentral da Repblica do Brasil, permanecendo indisponveis at asoluo do respectivo processo.

    2 O remanescente do capital subscrito, inicial ou aumenta-do, em moeda corrente, dever ser integralizado dentro de um anoda data da soluo do respectivo processo.

    Art. 28. Os aumentos de capital que no forem realizados emmoeda corrente, podero decorrer da incorporao de reservas, se-gundo normas expedidas pelo Conselho Monetrio Nacional, e dareavaliao da parcela dos bens do ativo imobilizado, representado

    por imveis de uso e instalaes, aplicados no caso, como limitemximo, os ndices xados pelo Conselho Nacional de Economia.

    Art. 29. As instituies nanceiras privadas devero aplicar, depreferncia, no menos de 50% (cinquenta por cento) dos depsi-tos do pblico que recolherem, na respectiva Unidade Federada ouTerritrio.

    1 O Conselho Monetrio Nacional poder, em casos espe-ciais, admitir que o percentual referido neste artigo seja aplicado emcada Estado e Territrio isoladamente ou por grupos de Estados eTerritrios componentes da mesma regio geoeconmica.

    Art. 30. As instituies nanceiras de direito privado, excetoas de investimento, s podero participar de capital de quaisquer

    sociedades com prvia autorizao do Banco Central da Repblicado Brasil, solicitada justicadamente e concedida expressamente,ressalvados os casos de garantia de subscrio, nas condies queforem estabelecidas, em carter geral, pelo Conselho Monetrio Na-cional.

    Pargrafo nico (Vetado).

    Art. 31. As instituies nanceiras levantaro balanos gerais a30 de junho e 31 de dezembro de cada ano, obrigatoriamente, comobservncia das regras contbeis estabelecidas pelo Conselho Mo-netrio Nacional.

    Art. 32. As instituies nanceiras pblicas devero comunicar

    ao Banco Central da Repblica do Brasil a nomeao ou a eleio dediretores e membros de rgos consultivos, scais e semelhantes, noprazo de 15 dias da data de sua ocorrncia.

    Art. 33. As instituies nanceiras privadas devero comunicarao Banco Central da Repblica do Brasil os atos relativos eleiode diretores e membros de rgo consultivos, scais e semelhantes,no prazo de 15 dias de sua ocorrncia, de acordo com oestabelecidono art. 10,inciso X, desta lei.

    1 O Banco Central da Repblica do Brasil, no prazo mximode 60 (sessenta) dias, decidir aceitar ou recusar o nome do eleito,que no atender s condies a que se refere o artigo 10, inciso X,desta lei.

    2 A posse doeleito depender da aceitao a quese refere o

    pargrafo anterior. 3 Oferecida integralmente a documentao prevista nas nor-

    mas referidas no art. 10, inciso X, desta lei, e decorrido, sem ma-nifestao do Banco Central da Repblica do Brasil, o prazo men-cionado no 1 deste artigo, entender-se- no ter havido recusa aposse.

    Art. 34. vedado s instituies nanceiras concederemprs-timos ou adiantamentos:

    I - A seus diretores emembros dos conselhos consultivos ouadministrativo, scais e semelhantes, bem como aos respectivoscnjuges;

    II - Aos parentes, at o 2 grau, das pessoas a que se refere oinciso anterior;

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    Didatismo e Conhecimento 13

    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    III - As pessoas fsicas ou jurdicas que participem de seu capi-tal, com mais de 10% (dez por cento), salvo autorizao especcado Banco Central da Repblica do Brasil, em cada caso, quando setratar de operaes lastreadas por efeitos comerciais resultantes de

    transaes de compra e venda ou penhor de mercadorias, em limitesque forem xados pelo Conselho Monetrio Nacional, em cartergeral;

    IV - As pessoas jurdicas de cujo capital participem, com maisde 10% (dez por cento);

    V - s pessoas jurdicas de cujo capital participem com mais de10% (dez por cento), quaisquer dos diretores ou administradores daprpria instituio nanceira, bem como seus cnjuges e respectivosparentes, at o 2 grau.

    1 A infrao ao disposto no inciso I, deste artigo, constituicrime e sujeitar os responsveis pela transgresso pena de reclu-so de um a quatro anos, aplicando-se, no que couber, o CdigoPenal e o Cdigo de Processo Penal. (Vide Lei 7.492, de 16.7.1986)

    2 O disposto no inciso IV deste artigo no se aplica s insti -

    tuies nanceiras pblicas.

    Art. 35. vedado ainda s instituies nanceiras:I - Emitir debntures e partes benecirias;II - Adquirir bens imveis no destinados ao prprio uso, salvo

    os recebidos em liquidao de emprstimos de difcil ou duvidosasoluo, caso em que devero vend-los dentro do prazo de um (1)ano, a contar do recebimento, prorrogvel at duas vezes, a critriodo Banco Central da Repblica do Brasil.

    Pargrafo nico. As instituies nanceiras que no recebemdepsitos do pblico podero emitir debntures, desde que previa-mente autorizadas pelo Banco Central do Brasil, em cada caso. (Re-dao dada pelo Decreto-lei n 2.290, de 21/11/86)

    Art. 36. As instituies nanceiras no podero manter aplica-es em imveis de uso prprio, que, somadas ao seu ativo em ins -talaes, excedam o valor de seu capital realizado e reservas livres.

    Art. 37. As instituies nanceiras, entidades e pessoas referi-das nos artigos 17 e 18 desta lei, bem como os corretores de fundospblicos, cam, obrigados a fornecer ao Banco Central da Repbli-ca do Brasil, na forma por ele determinada, os dados ou informesjulgados necessrios para o el desempenho de suas atribuies.

    Art. 38. Revogado.

    Art. 39. Aplicam-se s instituies nanceiras estrangeiras,

    em funcionamento ou que venham a se instalar no Pas, as disposi-es da presente lei, sem prejuzo das que se contm na legislaovigente.

    Art. 40. As cooperativas de crdito no podero conceder em-prstimos se no a seus cooperados com mais de 30 dias de inscri-o.

    Pargrafo nico . Aplica-se s sees de crdito das cooperati-vas de qualquer tipo o disposto neste artigo.

    Art. 41. No se consideram como sendo operaes de sees decrdito as vendas a prazo realizadas pelas cooperativas agropastorisa seus associados de bens e produtos destinados s suas atividadeseconmicas.

    CAPTULO VDAS PENALIDADES

    Art. 42. O art. 2, da Lei n 1808, de 07 de janeiro de 1953, ter

    a seguinte redao: Art. 2 Os diretores e gerentes das instituiesnanceiras respondem solidariamente pelas obrigaes assumidaspelas mesmas durante sua gesto, at que elas se cumpram.

    Pargrafo nico. Havendo prejuzos, a responsabilidade solid-ria se circunscrever ao respectivo montante. (Vide Lei n 6.024,de 1974)

    Art. 43. O responsvel ela instituio nanceira que autorizara concesso de emprstimo ou adiantamento vedado nesta lei, se ofato no constituir crime, car sujeito, sem prejuzo das sanesadministrativas ou civis cabveis, multa igual ao dobro do valor doemprstimo ou adiantamento concedido, cujo processamento obe-decer, no que couber, ao disposto no art. 44,desta lei.

    Art. 44. As infraes aos dispositivos desta lei sujeitam as insti-tuies nanceiras, seus diretores, membros de conselhos adminis-trativos, scais e semelhantes, e gerentes, s seguintes penalidades,sem prejuzo de outras estabelecidas na legislao vigente:

    I - Advertncia.II - Multa pecuniria varivel.III - Suspenso do exerccio de cargos.IV - Inabilitao temporria ou permanente para o exerccio de

    cargos de direo na administrao ou gerncia em instituies -nanceiras.

    V - Cassao da autorizao de funcionamento das instituiesnanceiras pblicas, exceto as federais, ou privadas.

    VI - Deteno, nos termos do 7, deste artigo.

    VII - Recluso, nos termos dos artigos 34 e 38, desta lei. 1 A pena de advertncia ser aplicada pela inobservncia dasdisposies constantes da legislao em vigor, ressalvadas as san-es nela previstas, sendo cabvel tambm nos casos de forneci-mento de informaes inexatas, de escriturao mantida em atrasoouprocessada em desacordo com as normas expedidas de conformi-dade com o art. 4, inciso XII, desta lei.

    2 As multas sero aplicadas at 200 (duzentas) vezes omaior salrio-mnimo vigente no Pas, sempre que as instituiesnanceiras, por negligncia ou dolo:

    a) advertidas por irregularidades que tenham sido praticadas,deixarem de san-las no prazo que lhes for assinalado pelo BancoCentral da Repblica do Brasil;

    b) infringirem as disposies desta lei relativas ao capital, fun-dos de reserva, encaixe, recolhimentos compulsrios, taxa de sca-lizao, servios e operaes, noatendimento ao disposto nos arts.27 e 33, inclusive as vedadas nos arts. 34 (incisos II a V), 35 a 40desta lei, e abusos de concorrncia (art. 18, 2);

    c) opuserem embarao scalizao do Banco Central da Re-pblica do Brasil.

    3 As multas cominadas nesteartigo sero pagas medianterecolhimento aoBanco Central da Repblica do Brasil, dentro doprazo de 15 (quinze) dias, contados do recebimento da respectivanoticao, ressalvado o disposto no 5deste artigo e sero cobra-das judicialmente, com o acrscimo da mora de 1% (um porcento)ao ms, contada da data da aplicao da multa, quando no foremliquidadas naquele prazo;

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    Didatismo e Conhecimento 14

    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    4 As penas referidas nos incisos III e IV, deste artigo, se-ro aplicadas quando forem vericadas infraes graves na condu-o dos interesses da instituio nanceira ou quando d reincidn-cia especca, devidamente caracterizada em transgresses anterior-

    mente punidas com multa. 5 As penas referidas nos incisos II, III e IV deste artigo seroaplicadas pelo Banco Central da Repblica do Brasil admitido re-curso, com efeito suspensivo, ao Conselho Monetrio Nacional, in-terposto dentro de 15 dias, contados dorecebimento da noticao.

    6 vedada qualquer participao em multas, as quais serorecolhidasintegralmente ao Banco Central da Repblica do Brasil.

    7 Quaisquer pessoas fsicas oujurdicas que atuem como ins-tituio nanceira, sem estar devidamente autorizadas pelo BancoCentral da Republica do Brasil, cam sujeitas multa referida nesteartigo e deteno de 1 a 2 anos, cando a esta sujeitos, quando pes-soa jurdica, seus diretores e administradores.

    8 No exerccio da scalizao prevista no art. 10, inciso VIII,

    desta lei, o Banco Central da Repblica do Brasil poder exigir dasinstituies nanceiras ou das pessoas fsicas ou jurdicas, inclusiveas referidas no pargrafo anterior, aexibio a funcionrios seus, ex-pressamente credenciados, de documentos, papis e livros deescri-turao, considerando-se a negativa de atendimento como embarao scalizao sujeito pena de multa, prevista no 2 deste artigo,sem prejuzo de outras medidas e sanes cabveis.

    9 A pena de cassao, referida no inciso V, deste artigo, seraplicada pelo Conselho Monetrio Nacional, por proposta do BancoCentral da Repblica do Brasil, nos casos de reincidncia especcade infraes anteriormente punidas com aspenas previstas nos inci-sos III e IV deste artigo.

    Art. 45. As instituies nanceiras pblicas no federais e asprivadas esto sujeitas, nos termos da legislao vigente, inter-veno efetuada pelo Banco Central da Repblica do Brasil ou liquidao extrajudicial.

    Pargrafo nico. A partir da vigncia desta lei, as instituies deque trata este artigo no podero impetrar concordata.

    CAPTULO VIDISPOSIES GERAIS

    Art. 46. Ficam transferidas as atribuies legais e regulamen-tares do Ministrio da Fazenda relativamente ao meio circulanteinclusive as exercidas pela Caixa de Amortizao para o ConselhoMonetrio Nacional, e (VETADO) para o Banco Central da Rep-blica do Brasil.

    Art. 47. Ser transferida responsabilidade do Tesouro Nacio-nal, mediante encampao, sendo denitivamente incorporado aomeio circulante o montante das emisses feitas por solicitao da

    Carteira de Redescontos do Banco do Brasil S.A. e da Caixa de Mo -bilizao Bancria.

    1 O valor correspondente encampao ser destinado liquidao das responsabilidades nanceiras do Tesouro Nacionalno Banco do Brasil S. A., inclusive as decorrentes de operaes decmbio concludas at a data da vigncia desta lei, mediante apro-vao especicado Poder Legislativo, ao qual ser submetidaa listacompleta dos dbitos assimamortizados.

    2 Para a liquidao do saldo remanescente das responsabili-dades do Tesouro Nacional, aps a encampao das emisses atuaispor solicitao da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil S.A.e da Caixa de Mobilizao Bancria, o Poder Executivo submeter

    ao Poder Legislativo proposta especca, indicando os recursos eos meios necessrios a esse m.

    Art. 48. Concludos os acertos nanceiros previstos no arti-goanterior, a responsabilidade da moeda em circulao passar aser do Banco Central da Repblica do Brasil.

    Art. 49. As operaes de crdito da Unio, por antecipao dereceita oramentria ou a qualquer outro ttulo, dentro dos limites le-galmente autorizados, somente sero realizadas mediante colocaode obrigaes, aplices ou letras do Tesouro Nacional.

    1 A lei de oramento, nos termos do artigo 73, 1 inciso II,da Constituio Federal, determinar quando for o caso, a parcelado dcit que poder ser coberta pela venda de ttulos do Tesouro

    Nacional diretamente ao Banco Central da Repblica do Brasil. 2 O Banco Central da Repblica do Brasil mediante autori -

    zao do Conselho Monetrio Nacional baseada na lei oramentriado exerccio, poder adquirir diretamente letras do Tesouro Nacio-nal, com emisso de papel-moeda.

    3 O Conselho Monetrio Nacional decidir, a seu exclusivocritrio, a poltica de sustentao em bolsa da cotao dos ttulos deemisso do Tesouro Nacional.

    4 No caso de despesas urgentes e inadiveis do Governo Fe-deral, a serem atendidas mediante crditos suplementares ou espe-ciais, autorizados aps a lei do oramento, o Congresso Nacionaldeterminar, especicamente, os recursos a serem utilizadosna co-bertura de tais despesas, estabelecendo, quando a situao do Te-

    souro Nacional for decitria, a discriminao prevista neste artigo. 5 Na ocorrncia das hipteses citadas no pargrafo nico, doartigo 75, da Constituio Federal, o Presidente da Repblica poderdeterminar que o Conselho Monetrio Nacional, atravs do BancoCentral da Repblica do Brasil, faa a aquisio de letras do TesouroNacional com a emisso de papel-moeda at o montante do crdito

    extraordinrio que tiversido decretado. 6 O Presidente da Repblica far acompanhar a determina-

    o ao ConselhoMonetrio Nacional, mencionada no pargrafo an-terior, de cpiada mensagem que dever dirigir ao Congresso Na-cional, indicando os motivos que tornaram indispensvel a emissoe solicitando a sua homologao.

    7 As letras do Tesouro Nacional, colocadas por antecipaode receita, no podero ter vencimentos posteriores a 120 (cento e

    vinte) dias do encerramento do exerccio respectivo. 8 At 15 de maro do ano seguinte, o Poder Executivo envia-

    r mensagem ao Poder Legislativo, propondo a forma de liquidaodas letras do Tesouro Nacional emitidas no exerccio anterior e noresgatadas.

    9 vedada a aquisio dos ttulos mencionados neste artigopelo Banco do Brasil S.A. e pelas instituies bancrias de que aUnio detenha a maioria das aes.

    Art. 50. O Conselho Monetrio Nacional, o Banco Central daRepblica do Brasil, o Banco Nacional do Desenvolvimento Eco-nmico, o Banco do Brasil S.A., O Banco do Nordeste do BrasilS.A. e o Banco de Crdito da Amaznia S. A. gozaro dos favores,

    isenes e privilgios, inclusive scais, que so prprios da Fazenda

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    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    Nacional, ressalvado quanto aos trs, ltimos, o regime especial detributao do Imposto de Renda a que esto sujeitos, na forma dalegislao em vigor.

    Pargrafo nico. So mantidos os favores, isenes e privil-

    gios de que atualmente gozam as instituies nanceiras.

    Art. 51. Ficam abolidas, aps 3 (trs) meses da data da vignciadesta Lei, as exigncias de visto em pedidos de licena paraefeitos de exportao, excetuadas as referentes a armas, munies,entorpecentes, materiais estratgicos, objetos e obras de valor arts-tico, cultural ou histrico. (Vide Lei n 5.025, de 1966)

    Pargrafo nico. Quando o interesse nacional exigir, o Conse-lho Monetrio Nacional criar o visto ou exigncia equivalente.

    Art. 52. O quadro de pessoal do Banco Central da Repblica doBrasil ser constitudo de: (Vide Lei n 9.650, de 1998)

    I - Pessoal prprio, admitido mediante concurso pblico de pro-vas ou de ttulos e provas, sujeita pena de nulidade a admisso quese processar com inobservncia destas exigncias;

    II - Pessoal requisitado ao Banco do Brasil S. A. e a outras ins -tituies nanceiras federais, de comum acordo com as respectivasadministraes;

    III - Pessoal requisitado a outras instituies e que venhamprestando servios Superintendncia da Moeda e do Crdito hmais de 1 (um) ano, contado da data da publicao desta lei.

    1 O Banco Central da Repblica do Brasil baixar dentro de90 (noventa) dias da vigncia desta lei, o Estatuto de seus funcio-nrios e servidores, no qual sero garantidos os direitos legalmenteatribudos a seus atuais servidores e mantidos deveres e obrigaesque lhes so inerentes.

    2 Aos funcionrios e servidores requisitados, na forma deste

    artigo as instituies de origem lhes asseguraro os direitos e vanta-gens que lhes cabem ou lhes venham a ser atribudos, como se emefetivo exerccio nelas estivessem.

    3 Correro por conta do Banco Central da Repblica do Bra-sil todas as despesas decorrentes do cumprimento do disposto no

    pargrafo anterior, inclusive as de aposentadoria e penso que se-jam de responsabilidade das instituies de origem ali mencionadas,estas ltimas rateadas proporcionalmente em funo dos prazos devigncia da requisio.

    4 Os funcionrios do quadro de pessoal prprio permanece-ro com seus direitos e garantias regidos pela legislao de proteoao trabalho e de previdncia social, includos na categoria prossio-nal de bancrios.

    5 Durante o prazo de 10 (dez) anos, cotados da data da vi-gncia desta lei, facultado aos funcionrios de que tratam os inci-so II e III deste artigo, manifestarem opo para transferncia para oQuadro do pessoal prprio do Banco Central da Repblica do Brasil,desde que:

    a) tenham sido admitidos nas respectivas instituies de ori-gem, consoante determina o inciso I, deste artigo;

    b) estejam em exerccio (Vetado) h mais de dois anos;c) seja a opo aceita pela Diretoria do Banco Central da Rep-

    blica do Brasil, que sobre ela dever pronunciar-se conclusivamenteno prazo mximo de trs meses, contados da entrega do respectivorequerimento.

    Art. 53. (Revogado pela Lei n 4.829, de 05/11/65)

    CAPTULO VIIDISPOSIES TRANSITRIAS

    Art. 54. O Poder Executivo, com base em proposta do Conse-

    lho Monetrio Nacional, que dever ser apresentada dentro de 90(noventa) dias de sua instalao, submeter ao Poder Legislativoprojeto de lei que institucionalize o crdito rural, regule seu campoespecco e caracterize as modalidades de aplicao, indicando asrespectivas fontes de recurso.

    Pargrafo nico. A Comisso Consultiva do Crdito Rural darassessoramento ao Conselho Monetrio Nacional, na elaborao daproposta que estabelecer a coordenao das instituies existentesou que venham a ser cridas, com o objetivo de garantir sua melhorutilizao e da rede bancria privada na difuso do crdito rural,inclusive com reduo de seu custo.

    Art. 55. Ficam transferidas ao Banco Central da Repblica doBrasil as atribuies cometidas por lei ao Ministrio da Agricultura,

    no que concerne autorizao de funcionamento e scalizao decooperativas de crdito de qualquer tipo, bem assim da seo decrdito das cooperativas que a tenham.

    Art. 56. Ficam extintas a Carteira de Redescontos do Banco doBrasil S. A. e a Caixa de Mobilizao Bancria, incorporando-seseus bens direitos e obrigaes ao Banco Central da Repblica doBrasil.

    Pargrafo nico. As atribuies e prerrogativas legais da Caixade Mobilizao Bancria passam a ser exercidas pelo Banco Centralda Repblica do Brasil, sem soluo de continuidade.

    Art. 57. Passam competncia do Conselho Monetrio Nacio-

    nal as atribuies de carter normativo da legislao cambial vigentee as executivas ao Banco Central da Repblica do Brasil e ao Bancodo Brasil S. A., nos termos desta lei.

    Pargrafo nico. Fica extinta a Fiscalizao Bancria do Bancodo Brasil S. A., passando suas atribuies e prerrogativas legais aoBanco Central da Repblica do Brasil.

    Art. 58. Os prejuzos decorrentes das operaes de cmbio con-cludas e eventualmente no regularizadas nos termos desta lei bemcomo os das operaes de cmbio contratadas e no concludas ata data de vigncia desta lei, pelo Banco do Brasil S.A., como man-datrio do Governo Federal, sero na medida em que se efetivarem,transferidos ao Banco Central da Repblica do Brasil, sendo nesteregistrados como responsabilidade do Tesouro Nacional.

    1 Os dbitos do Tesouro Nacional perante o Banco Centralda Repblica do Brasil, provenientes das transferncias de que tra-ta este artigo sero regularizados com recursos oramentrios daUnio.

    2 O disposto neste artigo se aplica tambm aos prejuzos de-correntes de operaes de cmbio que outras instituies nanceirasfederais, de natureza bancria, tenham realizado como mandatriasdo Governo Federal.

    Art. 59. mantida, no Banco do Brasil S.A., a Carteira de Co -mrcio Exterior, criada nos termos da Lei n 2.145, de 29 de de-zembro de 1953, e regulamentada pelo Decreto n 42.820, de 16 dedezembro de 1957, como rgo executor da poltica de comrcioexterior, (VETADO).

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    Didatismo e Conhecimento 16

    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    Art. 60. O valor equivalente aos recursos nanceiros que, nostermos desta lei, passarem a responsabilidade do Banco Central daRepblica do Brasil, e estejam, na data de sua vigncia em poder doBaco do Brasil S. A., ser neste escriturado em conta em nome do

    primeiro, considerando-se como suprimento de recursos, nos termosdo 1, do artigo 19, desta lei.

    Art. 61. Para cumprir as disposies desta lei o Banco do BrasilS.A. tomar providncias no sentido de que seja remodelada sua es-trutura administrativa, a m de que possa ecazmente exercer osencargos e executar os servios que lhe esto reservados, como prin-cipal instrumento de execuo da poltica de crdito do GovernoFederal.

    Art. 62. O Conselho Monetrio Nacional determinar providn-cias no sentido de que a transferncia de atribuies dos rgos exis-tentes para o Banco Central da Repblica do Brasil se processe semsoluo de continuidade dos servios atingidos por esta lei.

    Art. 63. Os mandatos dos primeiros membros do Conselho Mo-netrio Nacional, a que alude o inciso IV, do artigo 6 desta lei serorespectivamente de 6 (seis), 5 (cinco), 4 (quatro), 3 (trs), 2(dois) e1 (um) anos.

    Art. 64. O Conselho Monetrio Nacional xar prazo de at1 (um) ano da vigncia desta lei para a adaptao das instituiesnanceiras s disposies desta lei.

    1 Em casos excepcionais, o Conselho Monetrio Nacionalpoder prorrogar at mais 1 (um)ano o prazo para que seja comple-mentada a adaptao a que se refere este artigo.

    2 Ser de um ano, prorrogvel, nos termos do pargrafo an-

    terior, o prazo para cumprimento do estabelecido por fora do art.30 desta lei.

    Art. 65. Esta lei entrar em vigor 90 (noventa) dias aps data desua publicao, revogadas as disposies em contrrio.

    Braslia, 31 de dezembro de 1964; 143 da Independncia e 76da Repblica.

    H. CASTELO BRANCOOtvio Gouveia de BulhesDaniel Farraco Roberto de Oliveira Campos

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 31.1.1965

    LEI N 6.045, DE 15 DE MAIO DE 1974

    Altera a constituio e a competncia do Conselho MonetrioNacional e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o CON-GRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art 1O caput do artigo 4, da Lei n 4.595, de 31 de dezembrode 1964, passa a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 4 Compete ao Conselho Monetrio Nacional, segundodiretrizes estabelecidas pelo Presidente da Repblica:

    Art 2As atribuies relativas poltica nacional do abasteci-mento, enunciadas nos artigos 2 e 3, da Lei Delegada n 5, de 26de dezembro de 1962, e transferidas para a competncia do Conse-lho Monetrio Nacional pelo artigo 2, do Decreto n 65.769, de 2de dezembro de 1969, sero exercidas conjuntamente pelo Ministrode Estado Chefe da Secretaria de Planejamento da Presidncia daRepblica, e pelos Ministros de Estado da Fazenda, dos Transportese da Agricultura, sob a coordenao deste ltimo e de acordo comas diretrizes que forem estabelecidas pelo Presidente da Repblica.

    Art 3 O Conselho Monetrio Nacional ser integrado pelosseguintes membros:

    I - Ministro de Estado da Fazenda, como Presidente;II - Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Planejamento da

    Presidncia da Repblica, que ser o Vice-Presidente e substituir oPresidente em seus impedimentos eventuais;

    III - Ministro de Estado da Indstria e do Comrcio, que substi-tuir o Vice-Presidente em seus impedimentos eventuais;

    IV - Presidente do Banco Central do Brasil;

    V - Presidente do Banco do Brasil S.A.;VI - Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Eco-

    nmico;VII - Presidente do Banco Nacional de Habitao;VIII - Trs membros nomeados pelo Presidente da Repblica

    entre brasileiros de ilibada reputao e notria capacidade em assun-tos econmico-nanceiros, com mandato de cinco anos.

    1 O Conselho deliberar por maioria de votos com a presen -a, no mnimo, de seis membros, cabendo ao Presidente o voto dequalidade.

    2 Os demais Diretores do Banco Central do Brasil partici-paro das reunies do Conselho Monetrio Nacional sem direito avoto.

    3 O Presidente do Conselho Monetrio Nacional poder con-

    vidar para participar das reunies, sem direito a voto, outros Minis -tros de Estado, assim como representantes de entidades pblicas ouprivadas.

    Art 4O Conselho Monetrio Nacional reunir-se- ordinaria-mente uma vez por ms e, extraordinariamente, sempre que neces-srio, por convocao do seu Presidente.

    Art. 5- O Banco Central do Brasil ser administrado por umPresidente e seis Diretores, nomeados pelo Presidente da Repblica,escolhidos entre brasileiros de ilibada reputao e notria capaci-dade em assuntos econmico-nanceiros, sendo demissveis ad nu-tum. (Redao dada pelo Decreto-lei n 1.795, de 1980)

    Art 6 Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao,revogadas as disposies em contrrio.

    Braslia, 15 de maio de 1974; 153 da Independncia e 86 daRepblica.

    ERNESTO GEISELMario Henrique SimonsenDyrceu Arajo NogueiraAlysson PaulinelliSevero Fagundes GomesMaurcio Rangel ReisJoo Paulo dos Reis Velloso

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 16.5.1974

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    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    DECRETO N 1.649, DE 27 DE SETEMBRO DE 1995

    A