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  Proj eto: Redação - 9º ano - 8ª série

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Projeto: Redação - 9º ano - 8ª série

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Projeto: Produção de Texto e Notícia Jornalística.

Objetivos

Reconhecer o que é um texto jornalístico e seu estilo.

Produzir um texto jornalístico com base nos estudos desse gênero e

respeitando suas características próprias.

Reconhecer o que é grilagem e seus efeitos para a Região Amazônica.

Compreender o que é hectare e sua relação dentro do sistema de medidas.

Construir gráficos e tabelas obedecendo a estrutura padrão que permita a

melhor visualização de dados.Promover o resgate de valores já esquecidos e desenvolver uma

consciência social a respeito dos fatos que acontecem na Região

Amazônica.

Reconhecer a formação étnica do povo da Amazônia, sua cultura e

contribuições para a sociedade.

Desenvolver a criatividade e o senso estético.

Desenvolver a linguagem corporal e cênica.

Desenvolver o espírito crítico.

Material:

livro Toda Linguagem , 8ª série (unidade 8), como disparador;

material da Campanha da Fraternidade 2007: cartazes, áudios e tudo mais

que puder ser conseguido;

papéis coloridos e material diversificado para recorte e colagem;

cartolinas coloridas

hidrocores coloridas de diversas espessuras;

placa de isopor para maquete;

caixas de papelão para a caixa de contos;

textos xerocopiados;

caderno de aula;

vídeos;

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gravuras variadas de pessoas de diferentes etnias;

cola e tesoura; jornais variados;

textos de lendas típicas da Região Amazônica;

computadores com editor de texto e acesso à internet.

Procedimentos

Aula expositiva.

Análise de jornais.

Montagem de peça de teatro.

Estudo de textos.

Construção de maquetes.

Construção de caixas de histórias.

Construção de gráficos e tabelas.

Discussões e debates.

Construção de texto jornalístico.

Apresentação de vídeos.Confecção de cartazes de campanha e de conscientização.

Montagem de painéis temáticos.

Pesquisas em livros, jornais e internet.

Trabalho de produção em editor de texto.

Atividades

1ª Atividade

Sensibilização -- O professor de Língua Portuguesa levará a turma à biblioteca

da escola para analisar diversos jornais do dia. Deverá dividir a turma em grupos

de quatro alunos. Cada grupo receberá um jornal e, sob a orientação do professor,

estudarão os elementos da notícia: manchete e texto, bem como os cadernos que

compõem o jornal. Depois da análise prática, retornarão à sala de aula para a

leitura e sistematização do capítulo 8 do livro de Língua Portuguesa.

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O professor deverá conversar com a turma sobre a proposta do bimestre, ou seja,

desenvolver o projeto Amazônia dentro das várias disciplinas do currículo. Para aFeira Literária, o trabalho de conclusão será a redação de um texto jornalístico

sobre essa região, enfocando tópicos que serão estudados ao longo do período.

2ª Atividade

Na aula de Geografia, o professor poderá abordar um assunto bastante relevante

em relação à Região Amazônica: o problema da grilagem. Para isso, poderá

utilizar o texto anexo, publicado pelo “Greenpeace”, como reforço para entender

um pouco mais esse problema atual.

Após a leitura e a discussão sobre o texto, o professor poderá solicitar aos alunos

que realizem um breve resumo, no caderno de aula, do que compreenderam, e

apresentem para a turma.

08-03-2005 - Santarém (PA)Grilagem de terras na Amazônia: negócio bilionário. 

Segundo o Greenpeace, quase R$1 bilhão em terras estão à venda pela

internet.

Menos de um mês depois do brutal assassinato da irmã Dorothy Stang porpistoleiros e fazendeiros envolvidos em disputa de terras no Pará, o Greenpeacedenuncia um negócio bilionário envolvendo a venda ilegal de terras públicas naAmazônia pela internet. Sete corretoras virtuais (1) oferecem 11 milhões dehectares de floresta nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima por umvalor total de mais de R$ 900 milhões.A denúncia faz parte de um estudo sobre as regiões da Amazônia mais afetadaspela ação dos grileiros nos últimos anos (Leia a íntegra do estudo http://www.greenpeace.org.br/amazonia/pdf/grilagem.pdf em formato PDF). O

estudo do Greenpeace, que inclui um mapa, foi divulgado hoje durantemanifestação em Santarém, no Pará, contra a grilagem de terras. O protestoreuniu cerca de mil pessoas e foi organizado pelos Sindicatos dos TrabalhadoresRurais e Associação das Mulheres Trabalhadoras Rurais da região para marcar oDia Internacional da Mulher e chamar a atenção das autoridades para os inúmerosataques de grileiros na região. O presidente da Central Única dos Trabalhadores(CUT), Luís Marinho, presente na manifestação, solidarizou-se com a presidentedo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém, Ivete Bastos, ameaçada demorte. Segundo Marinho, as ameaças à integridade física de Ivete será levada aoconhecimento das autoridades, pois garantir sua segurança é uma prioridade daCUT.

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“A grilagem de terras tornou-se um poderoso meio de dominação fundiária naAmazônia, resultando em violência e grande disparidade social”, disse Nilo d’Avila,

da Campanha Amazônia, do Greenpeace. “A falsificação de documentos de terraé usada freqüentemente por madeireiros, criadores de gado e especuladoresagrários para se apossar de terras públicas visando sua exploração. Latifundiárioscontam com a cumplicidade de cartórios de registro de bens para se apoderar deáreas públicas e usam de violência para expulsar posseiros, povos indígenas ecomunidades tradicionais que têm direito legítimo à terra”, acrescentou.Há casos espantosos citados pelo Greenpeace, como uma imensa área de 2,3milhões de hectares no município de Alenquer, no Pará, ofertado pela bagatela deR$ 40 por hectare. A legalidade das operações é colocada em suspeita pelospróprios anúncios. A oferta de uma área de 210 mil hectares de floresta emRurópolis, no Pará, anuncia que a área “encontra-se protocolada junto ao ITERPA,

mas um dos proprietários trabalha na área de Titulação da região e depende deverbas para pegar a documentação definitiva dessa área. Conforme a negociação,entrega documentada”.

Para o Greenpeace, a grilagem acontece até hoje devido às deficiências nosistema de controle de terras na Amazônia. Apesar das diversas propostas, ogoverno ainda não implementou um sistema de registro único de terras ou, aomenos, um cadastro específico para as grandes propriedades rurais. Outroproblema apontado é a falta de articulação e de cruzamento de dados entre osórgãos fundiários nos três níveis de governo (federal, estadual e municipal) e aineficiente fiscalização dos Cartórios de Registro Imobiliário.

“Some-se a tudo isso a existência de diversos títulos de terra para uma mesmaárea e chegamos a uma situação onde o tamanho das propriedades privadaspode chegar a uma dimensão maior do que os municípios onde elassupostamente se encontram”, disse Nilo D’Ávila. “Mas é tudo terra de papel”.Em dezembro de 2004, a Portaria nº 10 do Incra fixou prazo máximo decadastramento de imóveis rurais em todo o território nacional: 31 de janeiro parapropriedades com mais de 400 hectares e 31 de março, para as menores. Quemnão cumprir esses prazos terá seu registro cancelado. Com isso, todas asflorestas em áreas cuja propriedade não possa ser comprovada por documentolegal poderão reverter ao patrimônio público. A medida gerou protestos violentos

do setor madeireiro e agropecuário no oeste do Pará. Durante dez dias,madeireiros e fazendeiros bloquearam estradas, exigindo a suspensão da Portarianº 10 e a legalização de suas áreas. Depois de negociação com o governo, osmadeireiros e grileiros encerraram o protesto.”A Portaria nº 10 do Incra, que força madeireiros e fazendeiros a comprovar apropriedade de suas terras, tem o potencial de dar um basta na grilagem naAmazônia”, afirmou D’Ávila. “Mas a reação dos grileiros, habituados à estruturafundiária irregular do estado e aos ciclos de tentativa fracassados deordenamento, demonstrou que regularizar a situação das terras na Amazônia nãoserá nada fácil. Resta ao governo Lula mostrar o contrário.”

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Notas:(1)

UF  Terras à venda(ha) 

Terras (até R$

 

300/ha) Preço Médio (por

 

ha) Total (até R$

 

300/ha) 

 

PA R$ 6.995.167,10 R$ 6.167.938,00 R$ 59,27 R$365.566.302,76

AM R$ 4.169.348,00 R$ 6.167.938,0 R$ 128,08 R$534.000.720,00

 

RR R$ 55.000,00 R$ 55.000,00 R$ 58,18 R$ 3.200.000,00RO R$ 36.000,00 R$ 36.000,00 R$ 188,44 R$ 6.784.000,00TOTALR$ 11.255.515,10 R$ 10.428.286,00 R$ 87,22  R$

909.551.022,76 

3ª Atividade

Aproveitando o estudo de Geografia, o professor de Matemática fará uma

abordagem sobre sistema de medidas e sistema monetário, analisando a tabela

do texto acima e levando os alunos a compreender a relação entre os hectares de

terra vendidos na Amazônia e o dinheiro pedido por eles.

Criar gráficos e tabelas que representem os dados estudados e levantar novos

dados por meio de pesquisas nesse âmbito. As tabelas e gráficos confeccionados

ficarão expostos em sala de aula.

4ª Atividade

Na aula de Ensino Religioso, o professor levantará uma discussão sobre os

problemas sociais da Amazônia e pessoas que trabalharam em prol do

cumprimento da ordem e preservação desse lugar (Chico Mendes, Dorothy

Stang...). Discutir com o grupo a violência que vem fazendo parte do dia-a-dia da

Amazônia em virtude da ganância que tem tomado conta do homem. Apresentarvídeos sobre essas pessoas que foram “mártires” em defesa da preservação

naquele local e levar os alunos à reflexão à ação por um mundo mais justo e com

valores mais arraigados.

Rezar uma oração pelos que morreram lutando por uma Amazônia mais justa e

respeitada.

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Solicitar aos alunos que se dividam em grupos e cada grupo pesquise sobre a vida

de uma dessas pessoas que lutaram pela Amazônia e acabaram por perder aprópria vida. O trabalho será apresentado oralmente para o restante da classe.

Escrever cartazes de conscientização sobre a Amazônia, enfatizando o respeito

aos seres e aos povos que ali habitam.

5ª Atividade

Em História, pesquisar os grupos étnicos que formam a comunidade local da

Amazônia: brancos, afro-brasileiros e índios. Mostrar o quanto essa diversidade

étnica e cultural influenciou a cultura amazônica e suas contribuições para a

sociedade em geral. Construir um painel étnico em sala de aula. Selecionar fotos

de diferentes pessoas, com os mais variados tipos e montar um painel das etnias

formadoras do quadro sociocultural da região. A partir dessa variedade étnica,

estudar a cultura que se formou na Amazônia: lendas (indígenas ou não), festas,

danças (...) e suas origens.

Destaque para as lendas indígenas e para festas, tais como: Festa do Boi

Manaus, Festa do Çairé, Boi-Bumbá, Ciranda e o Festival Folclórico de Parintins,em que competem duas agremiações, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi

Caprichoso, de cor azul.

6ª Atividade

Na aula de Língua Portuguesa, estudar os textos de algumas lendas que nos

remetam à cultura do povo daquela localidade. Destacar as lendas indígenas e as

não indígenas: Guaraná, Lenda Baré, Lenda da Lua, Lenda da Cunha e o

Marupiara, Lenda da Cestaria, lenda da origem do rio Amazonas... Depois do

estudo desses textos, a turma deverá escolher uma delas para adaptar e ensaiar,

com o intuito de apresentá-la na Feira Literária para o restante das turmas. Com o

professor de Artes, deverão preparar os cenários e figurinos para a peça.

Uma segunda sugestão de atividade para o grupo, após o estudo dos textos das

lendas, consiste em a professora dividir a turma em grupos e dar um texto para

cada um. A sugestão é realizar o projeto “Os contos que as caixas contam”, que

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nada mais é do que realizar, dentro de uma caixa de papelão, o cenário da lenda

com base em desenhos, recortes e colagens com materiais diversos, dentreoutras técnicas, e confeccionar os personagens em pequenos fantoches de dedo,

de vara, argila (...), para que, naquele cenário construído, possam contar a lenda

para grupos de crianças menores. A caixas de histórias serão doadas para a

biblioteca para que os professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I

possam usá-las.

7ª Atividade

Em Biologia, é importante destacar o tópico sobre “Desenvolvimento Sustentável”,

 já que é um assunto de grande relevância na atualidade.

Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que não esgota os recursos

para o futuro. E, a propósito da Região Amazônica, é extremamente importante

esse tipo de discussão, pois cada vez mais os recursos naturais vêm sendo

devastados impunemente.

Tratar de algumas reservas de desenvolvimento sustentável, como Itatupã,

Mamirauá... (ver vídeo da Reserva de Mamirauá em: www.amazonia.org.br Clicar em audiovisual/vídeo/Passeio de barco pela Reserva de

Desenvolvimento sustentável Mamirauá.)

Sob a orientação do professor, criar uma maquete reproduzindo uma das reservas

estudadas.

8ª Atividade

Com base nos estudos realizados em notícias de jornais, o professor de Língua

Portuguesa pedirá aos alunos que pensem em um tópico para o qual o interesse

deles tenha sido despertado ao longo do curso nas diferentes disciplinas. De

posse do seu tema, a solicitação será a de rascunhar um texto jornalístico de

acordo com as indicações do livro de Língua Portuguesa (manchete e texto) e

utilizar a linguagem e vocabulário apropriado a esse tipo de gênero literário. O

professor recolherá os textos para uma limpeza geral. Os alunos que

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necessitarem, poderão utilizar os seus apontamentos das diversas disciplinas para

redigir o texto, sem que os dados empregados fiquem frágeis e incorretos.

9ª Atividade

Finalizando o trabalho de redação, o professor, com os textos estruturados e

limpos, retornará o material aos alunos para que possam rever o que precisa ser

alterado e sanar dúvidas a respeito da redação. Os alunos deverão passar a limpo

sua notícia e melhorar o que foi solicitado. Em um segundo momento, deverão ir à

sala de Informática para digitar o texto e acrescentar as fotos. 

Os textos serão impressos e ficarão expostos em varal, na Feira Literária.

Indicações para o professor 

É recomendável aos professores das disciplinas envolvidas realizarem suas

atividades com o máximo de tempo possível para discussão e

acompanhamento de seus alunos. Apesar de serem nove atividades,

entendemos que o tempo de duração do projeto seja de um bimestre,aproximadamente, pois as discussões e demais propostas devem levar mais

de uma aula para serem concluídas, levando os alunos a explorar todas as

suas possibilidades.

Neste projeto para o 9º ano (série), enfocamos tópicos relativos à

biodiversidade da Amazônia. Tratamos também da população indígena, que

habita a localidade desde os primórdios e sofre com o descaso e a falta de

condições humanas de sobrevivência.