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2018 Semana 1230____0 4 abr/mai
Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.
Bixo SP
B
io.
Bio.
Professor: Brenda Braga
Monitor: Carolina Matucci
B
io.
Exercícios sobre Ecologia 03
mai
EXERCÍCIOS DE AULA
1. A Figura 3 é um exemplo divertido de uma cadeia alimentar. Esta, no entanto, não retrata todas as
complexas redes alimentares em um ecossistema, que são mais bem representadas pelas teias
alimentares.
Fonte: http://1bp.blogspot.com/_mrJBJmeCvOI/. Acessado em: 30/09/2014.
Considerando todas as possibilidades de uma teia alimentar, certamente o primeiro peixinho da
figura não poderia nunca ser considerado como:
a) onívoro.
b) produtor.
c) consumidor secundário.
d) consumidor primário.
e) consumidor terciário.
2. Considere as seguintes afirmações sobre níveis tróficos.
I - Os herbívoros alimentam-se de organismos que se encontram em vários níveis tróficos.
II - Os detritívoros, por se alimentarem de restos de outros organismos, não fazem parte das cadeias
alimentares.
III - A principal fonte de energia dos organismos produtores é a energia solar.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e lI.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
B
io.
3. No pantanal, muitas espécies de aves, insetos, aranhas, mamíferos e plantas interagem entre si, e,
embora só as plantas e os animais sejam mais fáceis de serem identificados, existem, ainda, muitos
micro-organismos, importantes para a manutenção do equilíbrio do ambiente. Esses fatores bióticos
representados pelos seres vivos que vivem no mesmo ambiente constituem um(a):
a) Biosfera.
b) População.
c) Ecossistema.
d) Comunidade.
4. A Lagoa do Peixe, no Rio Grande do Sul, ao longo dos seus 40 km de comprimento abriga em suas
águas grande quantidade de plâncton que alimenta uma rica diversidade de peixes e aves. A flora é
representada principalmente por espécies de solos arenosos com alto teor de sal, como a macela
graúda, o brejo da praia e a espartina. São vistas também muitas aves migratórias que aproveitam a
permanência para recuperar peso e estocar energia. Flamingos, batuíras, colheiros, maçaricos
brancos, gansos marinhos e cisnes de pescoço-preto são facilmente observados voando em bandos
ou isolados.
O texto acima refere-se a:
a) uma população.
b) uma sucessão.
c) um bioma.
d) um nicho ecológico.
e) uma comunidade.
5. Os conceitos de cadeias alimentares e pirâmides ecológicas foram criados e descritos pela primeira
vez em 1923 por Charles Elton durante suas observações da constituição e comportamento alimentar
de toda uma comunidade animal em uma ilha do Ártico durante o verão. Com as pirâmides ele pode
elaborar explicações para o fato observável de que animais grandes são raros enquanto animais
pequenos, comuns.
B
io.
A figura mostra uma típica pirâmide de energia com quatro níveis tróficos em um ecossistema. Com
base na figura e em seus conhecimentos sobre o assunto, assinale afirmativa incorreta:
a) Cada organismo na natureza tem seu próprio balanço energético, que é o resultado entre energia
obtida e energia retida na sua massa corporal.
b) Espera-se que o desaparecimento do último nível trófico, representado pela águia, determine o
aumento de todos os níveis tróficos anteriores.
c) Parte da energia perdida por um consumidor pode ser decorrente da não-digestão completa dos
alimentos ingeridos.
d) É esperado que os roedores retenham um percentual menor da energia adquirida na alimentação
do que as cobras quando a temperatura ambiente é baixa.
6. As cadeias alimentares podem ser representadas graficamente por pirâmides ecológicas nas quais cada
degrau representa um nível trófico. As pirâmides podem representar o número de indivíduos, a
biomassa ou a energia em cada nível da cadeia, e a extensão de cada degrau depende dos
componentes do nível. Uma pirâmide invertida, com a base menor e o topo maior, poderia representar:
a) A energia ou a biomassa, mas não o número de indivíduos;
b) A energia, mas não a biomassa ou o número de indivíduos;
c) O número de indivíduos ou a biomassa, mas não a energia;
d) O número de indivíduos ou a energia, mas não a biomassa;
e) O número de indivíduos, a biomassa ou a energia.
EXERCÍCIOS DE CASA
1. Analise o quadro abaixo que apresenta os componentes de uma cadeia alimentar aquática e de uma
terrestre.
Sobre as cadeias alimentares acima citadas, assinale a afirmativa correta.
a) O caramujo, o peixe, o rato e a cobra formam o segundo nível trófico.
b) A garça e a cobra são consumidores terciários.
c) Uma onça-pintada pode ocupar o lugar do rato na cadeia acima.
d) A garça e o gavião ocupam o quarto nível trófico.
e) Uma planta carnívora pode ocupar o lugar da cobra.
2. A teia alimentar mostrada abaixo apresenta as relações entre os diversos tipos de organismos. Sobre
isso, é incorreto afirmar:
B
io.
a) Existe apenas um representante dos organismos produtores.
b) Apenas dois organismos representados na teia podem ser considerados como consumidor
secundário e terciário ao mesmo tempo.
c) Fungos e bactérias representam os decompositores.
d) Na teia, os consumidores primários estão representados por dois organismos.
e) Existe apenas um consumidor estritamente secundário.
3. Considere dois ecossistemas, um terrestre e outro marinho. Em cada um deles, é possível identificar o
nível trófico em que se encontra a maior quantidade de biomassa por unidade de área, em um
determinado período. Para o ecossistema terrestre e para o marinho, esses níveis tróficos
correspondem, respectivamente, a:
4. Suponha que em um terreno coberto de capim-gordura vivam saúvas, gafanhotos, pardais e ratos do
campo. A partir dessas informações, podemos afirmar que nessa região estão presentes:
a) seis populações.
b) duas comunidades.
c) cinco populações.
d) seis comunidades.
e) dois ecossistemas.
5. Analise as alternativas a seguir.
I. Organismo.
II. Sistemas.
III. Moléculas.
IV. Átomos.
V. Tecidos.
VI. Órgãos.
VII. Células.
A alternativa que indica corretamente a sequência lógica dos níveis de organização dos seres vivos é:
a) III, IV, VI, VII, V, I, II.
b) IV, III, VII, V, VI, II, I.
c) III, IV, VII, VI, V, I, II.
d) VII, III, IV, V, I, II, VI.
6. Há espécies de insetos, como por exemplo, o Aedes aegypti em que machos e fêmeas vivem no
mesmo esconderijo, porém na hora de se alimentar, a fêmea busca o sangue de outros animais,
enquanto que o macho se alimenta de frutas ou outros vegetais adocicados. Assim, podemos afirmar
que o macho e a fêmea
a) ocupam nichos ecológicos diferentes, porém o mesmo habitat.
b) ocupam o mesmo nicho ecológico, porém com habitats diferentes.
c) ambos ocupam o mesmo nicho ecológico e o mesmo habitat.
d) são consumidores de primeira ordem.
e) são consumidores de segunda ordem.
B
io.
7. Em uma comunidade biológica os organismos interagem entre si nas chamadas relações ecológicas.
Com respeito a estas interações, associe as colunas A e B.
A B
(1) Colônias ( ) Abelhas e vespas
(2) Inquilinismo ( ) Liquens
(3) Sociedades ( ) Bromélias, orquídeas
(4) Mutualismo ( ) Corais
(5) Protocooperação ( ) Anêmonas do mar e caranguejo-eremita
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.
a) 1 3 4 5 2
b) 4 3 2 5 1
c) 2 3 1 4 5
d) 3 4 2 1 5
e) 3 2 4 5 1
8. Abelhas apresentam três castas sociais: as operárias, fêmeas estéreis que realizam o trabalho da
colmeia, a rainha e o zangão, encarregados da reprodução. Esta divisão de trabalho caracteriza
a) sociedade isomorfa com relações intra-específicas harmônicas.
b) sociedade heteromorfa com relações intra-específicas harmônicas.
c) colônia heteromorfa com relações inter-específicas harmônicas.
d) colônia isomorfa com relações inter-específicas harmônicas.
e) colônia heteromorfa com relações intra-específicas harmônicas.
9. Considere as seguintes afirmações sobre as interações intraespecíficas desarmônicas.
I - O canibalismo sexual observado em fêmeas de louva-a-deus é um exemplo desse tipo de
interação.
II - Esse tipo de interação não ocorre em plantas.
III - A disputa por fêmeas entre machos de uma espécie exemplifica esse tipo de interação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
QUESTÃO CONTEXTO
É sabido que o homem não digere a celulose e esta, ajuda na formação de fezes. Os ruminantes, diferentes
relação existe entre ruminante e bactéria?
B
io.
GABARITO
Exercícios de aula
1. b
O primeiro peixinho nunca poderá ser um produtor, pois ele é heterótrofo e precisa se alimentar de
plantas aquáticas, ovos de peixes, pequenos crustáceos e restos de alimentos. Os produtores são os
seres autótrofos.
2. b
Herbívoros só se alimentam de plantas (produtores);os detritívoros fazem parte das cadeias alimentares.
3. d
O conjunto de todos os seres vivos que vivem em uma determinada área formam a comunidade (ou
biocenose).
4. e
O enunciado enfatiza os seres vivos que são encontrados na Lagoa do Peixe; ao conjunto desses seres
vivos, tem-se uma comunidade.
5. b
Com o desaparecimento do último nível trófico, em um primeiro momento, haveria um acentuado
aumento do número de cobras, já que seus predadores teriam sido eliminados. Consequentemente, o
número de roedores, presas das cobras, iria diminuir até o esgotamento, levando a um aumento do
número de cereais. Agora, sem fonte de alimento, as cobras começariam a ter sua população
decrescendo.
6. c
Em ecossistemas marinhos, cuja base é representada pelo fitoplâncton, esta pode ser menor que o
nível trófico seguinte. Numericamente, uma árvore pode representar uma base menor que o nível
trófico posterior, formado por parasitas. A energia, que sempre apresenta um fluxo unidirecional
decrescente, jamais será representada por uma pirâmide invertida.
Exercícios de casa
1. .D
O caramujo e o rato formam o segundo nível trófico e o peixe e a cobra formam o terceiro nível trófico;
a cobra é consumidor secundário; a onça não pode ocupar o mesmo lugar que o rato na cadeia; a
planta carnívora não pode ocupar o mesmo nível que a cobra.
2. e
Nessa teia existem dois consumidores estritamente secundários: a galinha e a cobra.
3. c
No ecossistema terrestre a maior biomassa está nos vegetais que ocupam o nível trófico dos
produtores. Já no ecossistema marinho a maior biomassa encontra-se no nível trófico ocupado pelos
consumidores primários (zooplâncton).
4. c
No ambiente citado há 5 populações: a de capim gordura, a de saúvas (que são formigas cortadeiras), a
de pardais, a de gafanhotos e a de ratos.
B
io.
5. b
A sequência dos níveis de organização dos seres vivos é a seguinte:
Átomos moléculas células tecidos sistemas organismo população comunidade
ecossistema.
6. a
Machos e fêmeas vivem no mesmo esconderijo, o que indica a ocorrência de habitat comum entre eles.
Como têm comportamentos alimentares diferentes, o nicho ecológico deles é diferente.
7. d
(3) Abelhas e vespas: sociedade
(4) Liquens: mutualismo
(2) Bromélias, orquídeas: inquilinismo
(1) Corais: colônia
(5) Anêmonas do mar e caranguejo-eremita: protocooperação
8. b
As abelhas são um tipo de sociedade heteromorfa com relações intra-específicas harmônicas. É uma
sociedade pois vivem juntas mas não ligadas anatomicamente, heteromorfa porque possuem
morfologias diferentes com divisão de trabalho e relações intra-específicas harmônicas por serem
relações de indivíduos da mesma espécie sem prejuízos.
9. c
Entre as plantas podem acontecer relações intraespecíficas desarmônicas, como por exemplo a
competição por nutrientes.
Questão contexto
Esses ruminantes são herbívoros, porém não produzem a celulase, que é uma enzima necessária para
quebrar a celulose das folhas. Esse trabalho é feito pelas bactérias que vivem no estômago dos ruminantes.
Em troca, as bactérias ganham alimentação e moradia. Essa é uma relação de mutualismo.
F
il.
Fil.
Professor: Gui Franco
Monitor: Debora Andrade
F
il.
As origens do pensamento moderno 04
mai
RESUMO
O pensamento moderno é marcado por uma série de transformações históricas, sociais, econômicas,
epistemológicas, entre outras, que modificaram profundamente a visão de mundo do ser humano no
contexto das sociedades ocidentais. Podemos citar como três bons exemplos de mudanças estruturais do
mundo moderno, e que tiveram uma influência muito grande sobre os textos filosóficos escritos na época, a
reforma protestante, a descoberta do Novo Mundo (América) e a revolução científica. Todas essas
mudanças, cada uma a seu modo, acabaram se refletindo na produção filosófica do período moderno. Na
sequência veremos um pouco sobre três pensadores importantes que escreveram suas obras no início da
modernidade, são eles: Giordano Bruno, Erasmo de Roterdã e Michel de Montaigne. Giordano Bruno (1548 - 1600) foi um filósofo, teólogo e escritor italiano que, através da influência que
teve de pensadores como Heráclito, Parmênides e Demócrito, desenvolveu uma filosofia da imanência. Para
Bruno, a causa do Universo não está fora do próprio Universo, ou seja, é imanente e não transcendente. O
imanentismo de Giordano Bruno, portanto, rejeita a explicação do movimento do mundo a partir de um
princípio que estaria fora dele, como o primeiro motor aristotélico ou mesmo o Deus dos filósofos
medievais. A alma do mundo é, segundo Bruno, o elemento ordenador do mundo. Ela é infinita e imutável, além
de ser a responsável por toda a dinâmica do mundo finito em seu devir. A alma do mundo é o Deus de Bruno,
enquanto todas as almas individuais são apenas individuações passageiras da alma do mundo. O filósofo foi
perseguido por conta do seu imanentismo e condenado à morte pela Inquisição sob a acusação de defender
erros teológicos. Erasmo de Roterdã ( 1466 - 1536) foi um teólogo e humanista neerlandês, crítico dos dogmas católicos
e da imoralidade do clero. Sua principal obra, denominada O elogio da loucura, faz uma sátira com a
decadência da moral religiosa da época e influenciou fortemente o protestantismo de Martinho
Lutero. Erasmo criticou bastante a influência da Igreja na educação, na cultura e na ciência da época, e seu
pensamento é marcado pela defesa da liberação da criatividade e da vontade do ser humano, o que se
chocava com as ideias principais da Escolástica. Erasmo se afasta, portanto, do pensamento abstrato da Escolástica, e considera que não há nada de
condenável, por exemplo, nos prazeres físicos e no bom humor. A sabedoria, na sua visão, não é dependente
de conhecimentos teóricos abstratos, mas sim uma busca pelo autoconhecimento, o que pode ser feito
através da leitura dos Evangelhos e das Epístolas de Paulo. Ele tinha uma postura favorável à tolerância
religiosa, e aceitava a teoria do livre-arbítrio defendida pela Igreja Católica e que seria criticada pelo
protestantismo. Para Erasmo, uma vida verdadeiramente cristã deve estar relacionada com a prática da
caridade e não precisa ser acompanhada de coisas que, na sua visão, são menos importantes para a salvação,
como o tipo específico de alimentação a ser adotado ou a utilização dos trajes eclesiásticos. Michel de Montaigne ( 1533 - 1592) foi um jurista, político, filósofo e escritor francês. Autor dos
Ensaios, ele desenvolve uma filosofia crítica das superstições e dos dogmas, fazendo uso do ceticismo. Os
céticos são aqueles pensadores que duvidam e questionam as possibilidades do conhecimento humano.
Montaigne, então, se apropria do ceticismo para questionar a crença numa verdade absoluta, o que, sem
dúvida, contribui fortemente para a forma escolhida pelo filósofo para escrever os seus textos,
nomeadamente, a forma de ensaios. O ensaio é um tipo de texto pessoal e, portanto, mais livre, se formos compará-lo, por exemplo, com
um tratado filosófico. A impressões pessoais adquirem uma relevância filosófica que não possuíam nas
filosofias tradicionais, como na filosofia de Aristóteles ou na de São Tomás de Aquino. Montaigne propõe
um pensamento livre de amarras e voltado para o conhecimento daquilo que somos, pois não adianta
buscarmos conhecer o mundo, enquanto não conhecermos a nós mesmos. Nesse sentido, ele adota a
- Para que o pensamento possa ser livre, ele não deve ser guiado por métodos rigorosos e deve assumir
que não é possível chegar a uma verdade absoluta. Portanto, é fundamental para Montaigne a ideia de que
o pensamento é mutável, variável de acordo com o tempo, de acordo com o contexto cultural no qual ele
se insere. Assim, ele reflete sobre os acontecimentos da Europa em sua época sem buscar uma verdade
inabalável
F
il.
indígenas descobertos na América eram maus, enquanto os europeus, por outra lado, eram civilizados e
bons. Ele mostra que há diversas crueldades que ocorriam na Europa que eram muito piores do que aquelas
observadas nos povos indígenas e que, portanto, a única razão para chamar os estes últimos de bárbaros e
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
como uma fenda, uma fissura no tecido desta. Assim, na Europa, a modernidade não surge como um
desenvolvimento da cultura cristã, mas como uma crítica a esta, feita por indivíduos como Copérnico,
Montaigne, Bruno, Descartes, indivíduos que, na medida em que a criticavam, já dela se separavam, já
dela se desenraizavam. A crítica faz parte da razão que, não pertencendo a cultura particular nenhuma,
está em princípio disponível a todos os seres humanos e culturas. Entendida desse modo, a
modernidade não consiste numa etapa da história da Europa ou do mundo, mas numa postura crítica
ante a cultura, postura que é capaz de surgir em diferentes momentos e regiões do mundo, como na
Com a leitura do texto, a modernidade pode ser entendida como a) uma tendência filosófica especificamente europeia e ocidental de crítica cultural e religiosa. b) uma tendência oposta a diversas formas de desenvolvimento da autonomia individual. c) um conjunto de princípios morais absolutos, dotados de fundamentação teológica e cristã. d) um movimento amplo de propagação da crítica racional a diversas formas de preconceito. e) um movimento filosófico desconectado dos princípios racionais do iluminismo europeu
2. O franciscano Roger Bacon foi condenado, entre 1277 e 1279, por dirigir ataques aos teólogos, por uma
suposta crença na alquimia, na astrologia e no método experimental, e também por introduzir, no
ensino, as ideias inas
graças às quais os maiores navios, dirigidos por um único homem, se desloquem mais depressa do que
se fossem cheios de remadores; que se construam carros que avancem a uma velocidade incrível sem
a ajuda de animais; que se fabriquem máquinas voadoras nas quais um homem (...) bata o ar com asas
(apud. BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII, São Paulo: Martins Fontes,
1996, vol. 3.).
Considerando a dinâmica do processo histórico, pode-se afirmar que as ideias de Roger Bacon a) inseriam-se plenamente no espírito da Idade Média ao privilegiarem a crença em Deus como o
principal meio para antecipar as descobertas da humanidade. b) estavam em atraso com relação ao seu tempo ao desconsiderarem os instrumentos intelectuais
oferecidos pela Igreja para o avanço científico da humanidade. c) opunham-se ao desencadeamento da Primeira Revolução Industrial, ao rejeitarem a aplicação da
matemática e do método experimental nas invenções industriais. d) eram fundamentalmente voltadas para o passado, pois não apenas seguiam Aristóteles, como
também baseavam-se na tradição e na teologia. e) inseriam-se num movimento que convergiria mais tarde para o Renascimento, ao contemplarem a
possibilidade de o ser humano controlar a natureza por meio das invenções.
F
il.
3.
Bruno ter extraído dela certas conseqüências filosóficas. Bem depressa Giordano Bruno estava a afirmar
a infinidade do mundo. Rejeitava, pois, por completo, a noção de "centro do universo". O Sol, perdido
o lugar privilegiado que Copérnico lhe atribuía, era um sol entre outros sóis, uma DELUMEAU, Jean. "A civilização do Renascimento". Lisboa: Editorial Estampa, 1994. p. 147. [Adaptado].
O texto refere-se à importância dos pronunciamentos de Giordano Bruno para a constituição da noção
moderna de Universo, que se relaciona com a) a definição de um Universo concebido como fechado e finito. b) o abandono da idéia de um Universo criado por Deus. c) a ruptura da concepção geocêntrica do Universo. d) a percepção de que o Universo é contido numa esfera. e) a compreensão heliocêntrica do Universo.
4. -vos um filho, vos presenteia com uma criatura rude, sem forma, a qual deveis
moldar para que se converta em um homem de verdade. Se esse ser moldado se descuidar,
continuareis tendo um animal; se, ao contrário, ele se realizar com sabedoria, eu poderia quase dizer
No trecho acima, datado de 1529, do filólogo e pensador da cidade holandesa de Roterdã, encontra-
se manifesta a presença do pensamento a) teocentrista, priorizando a ideia do sobrenatural e da ligação do Homem com o divino. b) experimentalista, em que todo e qualquer conhecimento humano se daria por meio da
investigação científica. c) escolasticista, doutrina que admitia a fé como a única fonte verdadeira de conhecimento. d) antropocentrista, valorizando o Homem e suas obras como base para uma visão mais racional do
mundo. e) epicurista, apontando para uma postura ideológica que configurou a transição para a Idade
Moderna.
5. -se com a ideia que têm das coisas e não com as
coisas em si. Seria grande passo, em alívio da nossa miserável condição, se se provasse que isso é uma
verdade absoluta. Pois se o mal só tem acesso em nós porque julgamos que o seja, parece que estaria
em nosso poder não o levarmos a sério ou o colocarmos a nosso serviço. Por que atribuir à doença, à
indigência, ao desprezo um gosto ácido e mau se o podemos modificar? Pois o destino apenas suscita
(Michel de Montaigne. Ensaios, 2000. Adaptado.)
De acordo com o filósofo, a diferença entre o bem e o mal a) representa uma oposição de natureza metafísica, que não está sujeita a relativismos existenciais.
b) relaciona-se com uma esfera sagrada cujo conhecimento é autorizado somente a sacerdotes
religiosos.
c) resulta da queda humana de um estado original de bem-aventurança e harmonia geral do Universo.
d) depende do conhecimento do mundo como realidade em si mesma, independente dos
julgamentos humanos.
e) depende sobretudo da qualidade valorativa estabelecida por cada indivíduo diante de sua vida.
6.
80-
1588)
O trecho apresentado permite concluir que a) a opinião do autor expressa a interpretação elaborada pelo Concílio de Trento, responsável pela
contra-reforma. b) pensadores europeus deram-se conta da relatividade dos valores, hábitos e costumes vigentes
em diferentes sociedades.
F
il.
c) a expansão marítima propiciou fecundo contato entre povos e culturas, com benefícios iguais
para todos os envolvidos. d) o conhecimento de outras regiões do globo colaborou para reafirmar a versão bíblica da criação. e) os primeiros europeus que chegaram à América, sob influência do iluminismo, respeitaram a
diversidade cultural
EXERCÍCIOS DE CASA
1. sobre o espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas
também iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a
(SEVCENKO, N. O Renascimento, Campinas, Unicamp, 1984).
O texto apresenta um espírito de época que afetou também a produção artística, marcada pela
constante relação entre a) fé e misticismo. b) ciência e arte. c) cultura e comércio. d) política e economia. e) astronomia e religião.
2. -me por fim de que o Sol é uma estrela fixa rodeada de
planetas que giram em volta dela e de que ela é o centro e a chama. Que, além dos planetas principais,
há outros de segunda ordem que circulam primeiro como satélites em redor dos planetas principais e
com este em redor do Sol(...) Não duvido que os matemáticos sejam da minha opinião, se quiserem
dar-se ao trabalho de tomar conhecimento, não superficialmente, mas duma maneira aprofundada,
das demonstrações que darei nesta obra. Se alguns homens ligeiros e ignorantes quiserem cometer
contra mim o abuso de invocar alguns passos da Escritura (sagrada), a que torçam o sentido,
desprezarei os seus ataques: as verdades matemáticas não devem ser julgadas senão por matem (N. Copérnico. De revolutionibus orbium caelestium)
Aqueles que se entregam à prática sem ciência são como o navegador que embarca em um navio sem
leme nem bússola. Sempre a prática deve fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer de um caso
uma regra geral, experimente-o duas ou três vezes e verifique se as experiências produzem os mesmos
efeitos. Nenhuma investigação humana pode se considerar verdadeira ciência se não passa por
O aspecto a ser ressaltado em ambos os textos para exemplificar o racionalismo moderno é: a) A fé como guia das descobertas. b) O senso crítico para se chegar a Deus. c) A limitação da ciência pelos princípios bíblicos. d) A importância da experiência e da observação. e) O princípio da autoridade e da tradição
F
il.
3. mais cômoda, tudo que existe. Não te fizemos nem celeste, nem terreno, mortal ou imortal, de modo
que assim, tu, por ti mesmo, qual modelador e escultor da própria imagem, segundo tua preferência
O trecho acima reflete as novas ideias introduzidas no ocidente europeu, a partir do século XV, que
permitiram o desabrochar de um pensamento mais original em relação às artes, às ciências e ao
conhecimento.
Estas ideias podem ser relacionadas ao seguinte processo histórico: a) Iluminismo b) Renascimento c) Reforma Religiosa d) Revolução Científica
4. Leia e relacione os textos de Copérnico e Montaigne que seguem.
"Por isso, dei-me à tarefa de ler os livros de todos os filósofos que pudesse adquirir, disposto a indagar
se nunca nenhum teria opinado a existência de outros movimentos das esferas do Mundo, diferentes
dos que lhes apresentavam quantos ensinavam matemática nas escolas. E de fato descobri, primeiro
em Cícero, que Nicetas reconhecera que a Terra se move. Depois também em Plutarco verifiquei que
tinha havido outros da mesma opinião. (...) Assim, aproveitei, desde logo, a oportunidade e comecei
também eu a especular acerca da mobilidade da Terra. (...)" (Nicolau Copérnico. "As revoluções das orbes celestes". Trad. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984. p. 8-9.)
"(...) no que tomo de empréstimo aos outros, vejam unicamente se soube escolher algo capaz de
realçar ou apoiar a ideia que desenvolvo, a qual, sim, é sempre minha. Não me inspiro nas citações;
valho-me delas para corroborar o que digo e que não sei tão bem expressar, ou por insuficiência da
língua ou por fraqueza dos sentidos. Não me preocupo com a quantidade e sim com a qualidade das
citações. (...)" (Michel de Montaigne. Ensaios. Trad. 2. ed. Brasília/São Paulo: UNB/Hucitec, 1987, Ø.2. cap.10.)
Como se pode perceber nos textos, uma das características dos "humanistas" da Renascença em
relação aos pensadores da Antiguidade clássica foi a a) fé inabalável na sua sabedoria e em suas experiências. b) desvalorização de suas obras como fonte de conhecimento e de pesquisa. c) utilização de suas obras como complemento das próprias experiências. d) importância dada as suas obras como fonte única do saber. e) reprodução dos seus ensinamentos e atenção na citação das fontes.
5. Erasmo de Rotterdam (1467-1536) foi um dos pensadores mais influentes de sua época, sobretudo
porque em sua obra Elogio da Loucura defendeu, entre outros aspectos, a) a tolerância, a liberdade de pensamento e uma teologia baseada exclusivamente nos Evangelhos. b) a restauração da teologia nos termos da ortodoxia escolástica, na linha de Tomás de Aquino. c) a reforma eclesiástica da Igreja segundo a proposta de Savonarola, conforme sua pregação em
Florença. d) o comunismo dos bens, teoria que influenciaria o pensamento de Rousseau no século XVIII. e) a supremacia da razão do Estado sobre as regras definidas nos princípios da moral cristã.
F
il.
6. O italiano Picco della Mirandola foi um importante filósofo humanista do Renascimento dos séculos
XV e XVI. Seu livro Sobre a Dignidade do Homem enaltece a importância do ser humano e narra um
mito da criação do homem. Segundo o autor, quando decidiu criar o ser humano, o criador já havia
utilizado na criação dos outros seres todos os modelos e qualidades de que dispunha. Então, o criador
Adão, foi para que tu mesmo, escolhendo segundo teu desejo e tua determinação o lugar, a forma e
o dom que quiseres, possas fazê-los teus. Todos os outros seres receberam uma natureza rigidamente
definida e ficaram sob o meu poder, segundo leis previamente estabelecidas. Somente a ti não te
Marque a sentença que expressa ideais do Humanismo Renascentista e que é mais adequada ao
pensamento de Picco della Mirandola. a) O ser humano é inacabado e livre e por isso pode se aperfeiçoar. b) A imperfeição impede o aperfeiçoamento do ser humano. c) A imperfeição humana o impede de ser livre. d) A liberdade impede o aperfeiçoamento humano. e) Somente se fosse perfeito é que o ser humano seria livre.
7. "A ti, ó Adão, não te temos dado nem uma sede determinada, nem um aspecto peculiar (...) Eu te
coloquei no centro do mundo, a fim de poderes inspecionar, daí, de todos os lados, da maneira mais
cômoda, tudo que existe. Não te fizemos nem celeste, nem terreno, mortal ou imortal, de modo que
assim, tu, por ti mesmo, qual modelador e escultor da própria imagem, segundo tua preferência e, por
conseguinte, para tua glória, possas retratar a forma que gostarias de ostentar. Poderás descer ao nível
dos seres embrutecidos; poderás, ao invés, por livre escolha de tua alma, subir aos patamares
superiores que são divinos." Pico della Mirandola. A dignidade do homem. (1486)
O autor do texto acima, Pico della Mirandola, foi um dos defensores do humanismo cristão. Assinale a
afirmativa que NÃO analisa corretamente as afirmações desse autor. a) Na cosmologia dos humanistas cristãos, a ação divina de criação do universo teria delegado ao
homem uma centralidade e uma inventividade subordinadas, por sua vez, à onisciência do Criador. b) As ideias de Pico della Mirandola influenciaram as formulações de reformistas protestantes, em
particular na elaboração do princípio da predestinação da alma, defendido, entre outros, pelos
calvinistas. c) Os humanistas cristãos promoveram a defesa de uma concepção de natureza humana
caracterizada, por um lado, pela imagem e semelhança com o Criador, e, paralelamente, pela
valorização do livre arbítrio. d) O ideal de devoção de muitos humanistas cristãos enfatizava a capacidade humana de fazer-se a si
próprio, exercitando a fé de forma individualizada e guiando sua conduta pela aplicação dos
valores da ética cristã. e) Os valores humanistas inspiraram autores renascentistas a formular duras críticas a membros da alta
hierarquia da Igreja, cujas condutas contradiziam diretamente preceitos morais e dogmas do
cristianismo.
8. Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592) compara, nos trechos, as guerras das sociedades Tupinambá
com as chamadas guerras de religião. dos franceses que, na segunda metade do século XVI, opunham
católicos e protestantes.
considera bárbaro o que não se pratica em sua terra. (...) Não me parece excessivo julgar bárbaros tais
atos de crueldade [o canibalismo], mas que o fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira
acerca dos nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo do que o comer depois de morto;
e é pior esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou entregá-lo a
cães e porcos, a pretexto de devoção e fé, como não somente o lemos mas vimos ocorrer entre
vizinhos nossos conterrâneos; e isso em verdade é bem mais grave do que assar e comer um homem
previamente executado. (...) Podemos portanto qualificar esses povos como bárbaros em dando
F
il.
apenas ouvidos à inteligência, mas nunca se compararmos a nós mesmos, que os excedemos em toda
MONTAIGNE, Michel Eyquem de, Ensaios, São Paulo: Nova Cultural, 1984.
De acordo com o texto, pode-se afirmar que, para Montaigne, a) a ideia de relativismo cultural baseia-se na hipótese da origem única do gênero humano e da sua
religião. b) a diferença de costumes não constitui um critério válido para julgar as diferentes sociedades. c) os indígenas são mais bárbaros do que os europeus, pois não conhecem a virtude cristã da piedade. d) a barbárie é um comportamento social que pressupõe a ausência de uma cultura civilizada e
racional. e) a ingenuidade dos indígenas equivale à racionalidade dos europeus, o que explica que os seus
costumes são similares.
9. "Certo gentil-homem francês sempre se assoa com a mão; coisa muito avessa a nosso costume.
Defendendo seu gesto (e ele era famoso por seus bons achados), perguntou-me que privilégio tinha
esse excremento sujo para que lhe preparássemos um belo pano delicado a fim de recebê-lo e depois,
o que é mais, o dobrássemos e guardássemos conosco; (...) e o costume não me permitiu perceber
essa estranheza, a qual, no entanto, consideramos tão horrível quando nos é relatada sobre outro país." (MONTAIGNE, citado por CHARTIER, Roger (Org.) História da vida privada 3: da Renascença ao século das luzes. São
Paulo: Companhia das Letras, 1991. p. 184.)
Essa narrativa de Montaigne, nos seus Ensaios, I, XXIII, refere-se às transformações nos costumes entre
os séculos XV e XVIII, que se efetuaram na Europa em ritmos e cronologias variáveis. Sobre esse
movimento, é correto afirmar: a) As expressões de espontaneidade biológicas, afetivas e emocionais dos indivíduos permaneceram
livres do controle coletivo e das proibições sociais. b) Formas de sociabilidade, tal como o ato de comer à mesa, aceitavam à época comensais com
apetites indiscretos, com seus ruídos e humores sem controle. c) A aprendizagem das boas maneiras e das máximas morais esteve ausente das preocupações e dos
conselhos dos pensadores. d) Houve uma maior adequação às normas, que repousavam nas pressões exercidas pelo grupo mais
prestigiado sobre cada indivíduo, mas também, e cada vez mais, na incorporação das regras sociais
por parte deste. e) A exigência do decoro foi banida das regras sociais, e os indivíduos podiam expor publicamente
suas paixões e suas maneiras de agir na intimidade.
QUESTÃO CONTEXTO
Quais características do renascimento podemos encontrar na gravura acima?
F
il.
GABARITO
Exercícios de aula
1. d
Para Antonio Cícero, o pensamento moderno, longe de ser apenas a filosofia de um certo tempo, é um
modo específico de fazer filosofia, que pode, portanto, ser assumido em qualquer tempo e lugar. Trata-
se do esforço de submeter todas as ideias e valores culturais ao escrutínio rigoroso da razão.
2. e
O pensamento do filósofo medieval Roger Bacon antecipa a mentalidade do Renascimento e da
Revolução Científica na medida em que via o conhecimento da natureza não como algo puramente
teórico, que possui valor em si mesmo (tal como pensavam os antigos e medievais), mas sim como algo
fundamentalmente prático, voltado paro o domínio da natureza e para colocá-la a nosso serviço.
3. c
A mais famosa tese de Giordano Bruno, segundo a qual o universo é infinito e, portanto, não tem centro,
está diretamente conectada à crítica do geocentrismo feita por Nicolau Copérnico, bem como sua defesa
do heliocentrismo.
4. d
Essa questão ilustra muito bem o humanismo cristão, típico do Renascimento. Tratava-se não de excluir
Deus ou mesmo a fé cristã do horizonte filosófico, mas sim de dar centralidade ao homem, entendido
como ser forte, racional, poderoso e digno.
5. e
A questão expressa muito bem o ceticismo de Montaigne, segundo o qual jamais se poderá conhecer
como a realidade é em si mesma. Advogado da dúvida e de que a incerteza será sempre inevitável, o
filósofo renascentista defendia que, ao fim e ao cabo, bem e mal dependem do ponto de vista adotado.
6. b
Michel de Montaigne, um dos mais importantes nomes do Renascimento, ficou famoso por seu
ceticismo. Este, por sua vez, se exprime no texto acima através da defesa do relativismo cultural, segundo
o qual não existem culturas superiores ou inferiores e, portanto, é impossível estabelecer padrões
absolutos para o comportamento humano.
Exercícios de casa
1. b
O texto refere-
-se à arte quando fala de
2. d
Uma das teses mais importantes que se estabeleceu na aurora do pensamento moderno foi a defesa da
importância da experiência direta e do contato sensorial para o conhecimento da natureza, bem como a
de sua superioridade em relação às opiniões das autoridades e da tradição.
3. b
O texto de Picco expressa perfeitamente a mentalidade humanista e antropocêntrica do Renascimento,
movimento do qual o autor foi, aliás, um dos maiores representantes.
F
il.
4. c
Ao contrário do que se poderia pensar, o Renascimento não foi nem uma rejeição integral da tradição,
nem um resgate cego e absoluto da mesma, mas uma busca por unir os conhecimentos legados pelo
passado, em especial por gregos e romanos, com as novas descobertas fundadas na experiência
moderna.
5. a
Não obstante ser um católico (inclusive chegou a ser ordenado padre, abandonando o sacerdócio
depois) e crítico da Reforma Protestante, Erasmo propunha uma superação da filosofia escolástica
medieval e a construção de um humanismo cristão afinado com o Renascimento e com a pureza dos
Evangelhos.
6. a Típico renascentista, Picco foi um grande valorizador do homem e das capacidades humanas, em especial
da sua liberdade. Tal liberdade, Picco compreendia como fruto de nossa imperfeição: é precisamente
por não estar completo, por estar sempre por fazer, que o homem é senhor de seu destino.
7. b
Picco della Mirandolla não via qualquer contradição entre cristianismo e humanismo. Ao contrário, para
ele, é precisamente por ser a única criatura à imagem e semelhança de Deus que o homem deve ser
valorizado e exaltado. Isto, por sua vez, foi diretamente negado pelos reformadores calvinistas, que viam
o homem como ser miserável, mau, pérfido e manchado pelo pecado.
8. b
A questão expressa muito bem o ceticismo de Montaigne, segundo o qual jamais se poderá conhecer
como a realidade é em si mesma. Advogado da dúvida e de que a incerteza será sempre inevitável, o
filósofo renascentista defendia que, ao fim e ao cabo, bem e mal dependem do ponto de vista adotado.
9. d
Mais do que o testemunho das mudanças culturais porque passava a Europa em sua época [tema da
questão], o texto do enunciado é uma clara ilustração do ceticismo e relativismo cultural advogados por
Michel de Montaigne.
Questão Contexto
Na Gravura do homem vitruviano podemos observar a exaltação do homem e de seu corpo e a importancia
da razão.
F
ís.
Fís.
Professor: Silvio Sartorelli
Monitor: Leonardo Veras
F
ís.
Exercícios de MU 03
mai
RESUMO
Se um carro percorre distâncias iguais em intervalos de tempo iguais, o seu movimento é chamado de
movimento uniforme (M.U.) Se um movimento é uniforme, então v = vm = cte.
A função que relaciona a posição s com o tempo t é denominada função horária da posição dada por:
Onde S = posição no instante t, S0 = posição inicial, v = velocidade.
Gráficos
Os gráficos dos movimentos são muito importantes, pois uma das habilidades da prova do ENEM consiste
em analisar e interpretar gráficos (em várias disciplinas, não só na Física).
A análise do gráfico pode ir desde uma simples observação até uma compreensão mais profunda.
Os gráficos de grandezas lineares são retas. Então o gráfico de S x t para o movimento retilíneo e uniforme
(equação anterior) é:
Se o corpo estivesse se aproximando da origem, S = S0 vt, e o gráfico seria uma reta decrescente. Agora,
como a velocidade no M.U. é constante, seu gráfico v x t tem a forma (supondo uma velocidade positiva: se
afastando da origem):
Note que a div
do ângulo de inclinação da reta (coeficiente angular).
F
ís.
E no gráfico v x t, a área sob o gráfico é igual a variação de posição.
EXERCÍCIOS DE AULA
1. Um motorista dirige um automóvel em um trecho plano de um viaduto. O movimento é retilíneo e
uniforme.
A intervalos regulares de 9 segundos, o motorista percebe a passagem do automóvel sobre cada uma
das juntas de dilatação do viaduto.
Sabendo que a velocidade do carro é 80 km/h, determine a distância entre duas juntas consecutivas.
2. Os dois primeiros colocados de uma prova de 100 m rasos de um campeonato de atletismo foram,
respectivamente, os corredores A e B. O gráfico representa as velocidades escalares desses dois
corredores em função do tempo, desde o instante da largada (t = 0) até os instantes em que eles
cruzaram a linha de chegada.
Analisando as informações do gráfico, é correto afirmar que, no instante em que o corredor A cruzou
a linha de chegada, faltava ainda, para o corredor B completar a prova, uma distância, em metros, igual
a
a) 5.
b) 25.
c) 15.
d) 20.
e) 10.
F
ís.
3. Para fins de registros de recordes mundiais, nas provas de 100 metros rasos não são consideradas as
marcas em competições em que houver vento favorável (mesmo sentido do corredor) com velocidade
superior a 2 m s. Sabe-se que, com vento favorável de 2 m s, o tempo necessário para a conclusão
da prova é reduzido em 0,1s. Se um velocista realiza a prova em 10 s sem vento, qual seria sua
velocidade se o vento fosse favorável com velocidade de 2 m s?
a) 8,0 m/s.
b) 9,9 m/s.
c) 10,1 m/s.
d) 12,0 m/s.
4. Com aproximadamente 6 500 km de comprimento, o rio Amazonas disputa com o rio Nilo o título de
rio mais extenso do planeta. Suponha que uma gota de água que percorra o rio Amazonas possua
velocidade igual a 18 km/h e que essa velocidade se mantenha constante durante todo o percurso.
Nessas condições, o tempo aproximado, em dias, que essa gota levaria para percorrer toda a extensão
do rio é
a) 20.
b) 35.
c) 25.
d) 30.
e) 15.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Recentemente, uma equipe de astrônomos afirmou ter identificado uma estrela com dimensões comparáveis
às da Terra, composta predominantemente de diamante. Por ser muito frio, o astro, possivelmente uma
estrela anã branca, teria tido o carbono de sua composição cristalizado em forma de um diamante
praticamente do tamanho da Terra.
5. Os astrônomos estimam que a estrela estaria situada a uma distância 18d 9,0 10 m da Terra.
Considerando um foguete que se desloca a uma velocidade 4v 1,5 10 m / s, o tempo de viagem do
foguete da Terra até essa estrela seria de
7(1ano 3,0 10 s)
a) 2.000 anos.
b) 300.000 anos.
c) 6.000.000 anos.
d) 20.000.000 anos.
6. Em apresentações musicais realizadas em espaços onde o público fica longe do palco, é necessária a
instalação de alto-falantes adicionais a grandes distâncias, além daqueles localizados no palco. Como
a velocidade com que o som se propaga no ar (2
somv 3,4 10 m / s ) é muito menor do que a
velocidade com que o sinal elétrico se propaga nos cabos (8
sinalv 2,6 10 m / s ), é necessário atrasar
o sinal elétrico de modo que este chegue pelo cabo ao alto-falante no mesmo instante em que o som
vindo do palco chega pelo ar. Para tentar contornar esse problema, um técnico de som pensou em
simplesmente instalar um cabo elétrico com comprimento suficiente para o sinal elétrico chegar ao
mesmo tempo que o som, em um alto-falante que está a uma distância de 680 metros do palco.
A solução é inviável, pois seria necessário um cabo elétrico de comprimento mais próximo de
a) 31,1 10 km.
b) 48,9 10 km.
c) 51,3 10 km.
d) 55,2 10 km.
e) 136,0 10 km.
F
ís.
EXERCÍCIOS DE CASA
1. Filas de trânsito são comuns nas grandes cidades, e duas de suas consequências são: o aumento no
tempo da viagem e a irritação dos motoristas. Imagine que você está em uma pista dupla e enfrenta
uma fila. Pensa em mudar para a fila da pista ao lado, pois percebe que, em determinado trecho, a
velocidade da fila ao lado é 3 carros/min. enquanto que a velocidade da sua fila é 2 carros /min.
Considere o comprimento de cada automóvel igual a 3 m.
Assinale a alternativa correta que mostra o tempo, em min, necessário para que um automóvel da
fila ao lado que está a 15m atrás do seu possa alcançá-lo.
a) 2
b) 3
c) 5
d) 4
2. Alguns meios de transporte são realmente especiais como o veículo chamado Fênix 2, uma cápsula de
aço criada para resgatar, um a um, 33 mineiros chilenos que ficaram presos a 700 metros abaixo da
superfície.
Primeiramente foi perfurado um túnel até a câmara onde se encontravam os mineiros. Em seguida, a
Fênix 2 foi levada até essa câmara. Lá embaixo, a partir do instante em que um mineiro já estava
posicionado dentro da cápsula, a subida da Fênix 2 pelo túnel demorava 16 minutos.
É correto afirmar que, durante a subida da cápsula da câmara até a superfície, a velocidade média da
Fênix 2 foi, aproximadamente,
a) 0,7 km h.
b) 2,6 km h.
c) 3,4 km h.
d) 3,6 km h.
e) 4,4 km h.
3. Na região Amazônica, os rios são muito utilizados para transporte. Considere que João se encontra na
cidade A e pretende se deslocar até a cidade B de canoa. Conforme indica a figura, João deve passar
pelos pontos intermediários 1, 2 e 3. Considere as distâncias (D) mostradas no quadro que segue.
F
ís.
Trechos D (km)
A até 1 2
1 até 2 4
2 até 3 4
3 até B 3
João sai da cidade A às 7h e passa pelo ponto 1 às 9h. Se mantiver a velocidade constante em todo o
trajeto, a que horas chegará a B?
a) 13 h
b) 14 h
c) 16 h
d) 18 h
e) 20 h
4. O eco é o fenômeno que ocorre quando um som emitido e seu reflexo em um anteparo são percebidos
por uma pessoa com um intervalo de tempo que permite ao cérebro distingui-los como sons
diferentes.
Para que se perceba o eco de um som no ar, no qual a velocidade de propagação é de 340 m/s, é
necessário que haja uma distância de 17,0 m entre a fonte e o anteparo. Na água, em que a velocidade
de propagação do som é de 1.600m/s, essa distância precisa ser de:
a) 34,0 m
b) 60,0 m
c) 80,0 m
d) 160,0 m
e) 320,0 m
5. Suponha que uma semeadeira é arrastada sobre o solo com velocidade constante de 4 km h,
depositando um único grão de milho e o adubo necessário a cada 20 cm de distância.
Após a semeadeira ter trabalhado por 15 minutos, o número de grãos de milho plantados será de,
aproximadamente,
a) 1.200.
b) 2.400.
c) 3.800.
d) 5.000.
e) 7.500.
6. Um motorista em seu automóvel deseja ir do ponto A ao ponto B de uma grande cidade (ver figura). O
triângulo ABC é retângulo, com os catetos AC e CB de comprimentos 3 km e 4 km, respectivamente.
O Departamento de Trânsito da cidade informa que as respectivas velocidades médias nos trechos AB
e ACB valem 15 km/h e 21 km/h. Nessa situação, podemos concluir que o motorista:
a) chegará 20 min mais cedo se for pelo caminho direto AB.
b) chegará 10 min mais cedo se for pelo caminho direto AB.
c) gastará o mesmo tempo para ir pelo percurso AB ou pelo percurso ACB.
d) chegará 10 min mais cedo se for pelo caminho ACB.
e) chegará 20 min mais cedo se for pelo caminho ACB.
F
ís.
7. Na pista de testes de uma montadora de automóveis, foram feitas medições do comprimento da pista
e do tempo gasto por um certo veículo para percorrê-la. Os valores obtidos foram, respectivamente,
1030,0m e 25,0s. Levando-se em conta a precisão das medidas efetuadas, é correto afirmar que a
velocidade média desenvolvida pelo citado veículo foi, em m/ s, de
a) 4 10.
b) 41.
c) 41,2.
d) 41,20.
e) 41,200.
8. A utilização de receptores GPS é cada vez mais frequente em veículos. O princípio de funcionamento
desse instrumento é baseado no intervalo de tempo de propagação de sinais, por meio de ondas
eletromagnéticas, desde os satélites até os receptores GPS. Considerando a velocidade de
propagação da onda eletromagnética como sendo de 300.000 km s e que, em determinado instante,
um dos satélites encontra-se a 30.000 km de distância do receptor, qual é o tempo de propagação da
onda eletromagnética emitida por esse satélite GPS até o receptor?
a) 10 s.
b) 1s.
c) 0,1s.
d) 0,01s.
e) 1ms.
9. O transporte fluvial de cargas é pouco explorado no Brasil, considerando-se nosso vasto conjunto de
rios navegáveis. Uma embarcação navega a uma velocidade de 26 nós, medida em relação à água do
rio (use 1 nó = 0,5 m/s). A correnteza do rio, por sua vez, tem velocidade aproximadamente constante
de 5,0 m/s em relação às margens. Qual é o tempo aproximado de viagem entre duas cidades
separadas por uma extensão de 40 km de rio, se o barco navega rio acima, ou seja, contra a correnteza?
a) 2 horas e 13 minutos.
b) 1 hora e 23 minutos.
c) 51 minutos.
d) 37 minutos.
QUESTÃO CONTEXTO
Uma família viaja de carro com velocidade constante de 100 km/h, durante 2 h. Após parar em um posto de
gasolina por 30 min, continua sua viagem por mais 1h 30 min com velocidade constante de 80 km/h. A
velocidade média do carro durante toda a viagem foi de:
a) 80 km/h.
b) 100 km/h.
c) 120 km/h.
d) 140 km/h.
e) 150 km/h.
F
ís.
GABARITO
Exercícios de aula
1.
s 80 sv (m / s)
t 3,6 9(s)
Δ Δ
Δ
9.80
s m3,6
Δ
s 200mΔ
2. d
O corredor A termina a prova em t = 10 s e o corredor B em t = 12 s. De 10 s a 12 s, B teve velocidade de
10 m/s, percorrendo:
Bd v t 10 12 10 d 20 m.Δ
3. c
Velocidade média do atleta com a ajuda do vento:
s 100mv
t 9.9s
v 10.1m s
Δ
Δ
4. e
S 6.500 360t 360 h t t 15 dias
v 18 24
ΔΔ Δ Δ
5. d
8 1414 7
4 7
d 9 10 6 10 st 6 10 s 2 10 anos
v 1,5 10 3 10 s/ano
t 20.000.000 anos.
Δ
Δ
6. d
O tempo deve ser o mesmo para o som e para o sinal elétrico.
8cabo cabosinal som cabo8
sinal som
8 5cabo
L Ld 680t t L 2 2,6 10
v v 3402,6 10
L 5,2 10 m 5,2 10 km.
F
ís.
Exercícios para casa
1. c
A velocidade do carro ao lado 1(v ) e a do meu carro 2(v ) são:
1 1
2 2
3 3 mcarros mv 3 v 9
min min min
2 3 mcarros mv 2 v 6
min min min
Usando velocidade relativa:
relrel
S 15 15v 9 6 t t 5 min.
t t 3
ΔΔ Δ
Δ Δ
2. b
Usando a expressão da velocidade escalar média:
médias
vt
Δ
Δ
Substituindo com os dados fornecidos de distância e tempo e fazendo a transformação de unidades,
temos:
média700m 1km 60min km
v 2,62516min 1000m 1h h
3. e
A velocidade no trecho A1 = 2 km é igual à velocidade no trecho AB = (2 + 4 + 4 + 3) = 13 km.
A1A1
ABAB
Sv
2 139 7t 7 13 t 20 h.
S 2 t 7v
t 7
Δ
Δ
4. c
Com a distância de 17 m no ar o som percorre, ida e volta, 34 m. Na velocidade de 340 m/s, o som precisa
de 34/340 = 0,1 s para ir e voltar. Este é o intervalo de tempo que permite ao cérebro distinguir o som de
ida (emitido) e o som de volta (eco).
Para a água com velocidade 1600 m/s, a distância total percorrida será de 1600.0,1 = 160 m. Como esta
distância é de ida e volta, a pessoa deverá estar do anteparo 160/2 = 80 m.
5. d
Dados: 15 1
v 4km h; t 15min h h; d 20cm 0,2m.60 4
Δ
Calculando o a distância percorrida (D) :
1D v t 4 D 1km 1000m.
4Δ
Por proporção direta:
0,2m 1 grão
1000m
1 000 N N 5000.
N grãos 0,2
F
ís.
6. c
Dados: vAB = 15 km/h; vACB = 21 km/h.
Aplicando Pitágoras no triângulo dado:
2 2 2 2| AB | | AC | | CB | | AB | 9 16 25 | AB | 5 km. uuur uuur uuur uuur uuur
Calculando os tempos:
AB ABAB
ACB AB
ACB ACBACB
| AB | 5 1t h t 20 min.
v 15 3 t t 20 min.
| AC | | BC | 3 4 1t h t 20 min.
v 21 3
Δ Δ
Δ Δ
Δ Δ
uuur
uuur uuur
7. c
Foi dado pelo enunciado que a distância percorrida ( S)Δ foi 1030 metros e a duração do movimento
( t)Δ foi de 25 segundos. Logo,
m
m
S 1030v
t 25
v 41,2 m s
Δ
Δ
8. c
A velocidade média é dada pela razão entre a distância percorrida e o tempo gasto em percorrê-la.
sv
t
Δ
Δ
Portanto, substituindo os dados fornecidos:
30.000 km 30.000 km300.000 km s t t 0,1s
t 300.000 km sΔ Δ
Δ
9. b
Dados: vA = 5 m/s; vB = 26 nós; 1 nó = 0,5 m/s; d = 40 km.
O módulo da velocidade do barco é:
Bv 26 0,5 13 m / s.
Se o barco navega rio acima, a velocidade resultante tem módulo igual à diferença dos módulos:
B Av v v 13 5 v 8 m / s 8 3,6 km / h
v 28,8 km / h.
Aplicando a definição de velocidade escalar:
d d 40 40v t h t 60min 83,33min
t v 28,8 28,8
t 1 h e 23min.
Questão Contexto
a
Resolução:
Primeiro momento
v = S/t S = v.t = 100.2 = 200 km
F
ís.
Segundo momento
v = 0 S = 0
Terceiro momento
v = S/t S = v.t = 80.1,5 = 120 km
Para todo o percurso
S = 200 + 0 + 120 = 320 km
t = 2 + 0,5 + 1,5 = 4 h
Velocidade média
v = S/t = 320
4= 80 km/h
H
is.
His.
Professor: João Daniel
Monitor: Octavio Correa
H
is.
Aprofundamento em
Revolução Francesa
30
abr
RESUMO
Neste aprofundamento iremos focar os antecedentes para o início da revolução, desde sua orientação
ideológica até os seus principais aspectos políticos, sociais e econômicos. Veremos que os antecedentes
imediatos e a condição da França pré-revolucionária já que o tema é um dos mais desperta dúvidas nos
alunos.
Condições Gerais
A insatisfação com a situação francesa no século XVIII foi praticamente generalizada entre a burguesia
e os camponeses. O mundo estava em mudança, e essa mudança era liderada pelos pensamentos iluministas,
que encaravam o mundo de maneira racional e já não se aceitava totalmente a ideia de centralização total do
poder nas mãos do monarca, nem os privilégios da monarquia e do clero.
Podemos citar como principais pensadores dessa corrente os revolucionários franceses Robespierre
onde a sociedade corrompia o ser humano e Montesquieu que fazia críticas as monarquias absolutistas, estes
er
De extrema importância foram também os chamados enciclopedistas que almejavam condensar o
conhecimento humano na Encyclopédie (Enciclopédia, em francês) de 35 volumes, um dos seus editores
dentre outros.
Podemos dizer que a revolução teve uma influência fisiocrata, a fisiocracia defendia que a riqueza dos
países deveria provir da terra, e todos os outros setores como a manufatura e comércio adivinham da
agricultura, além disso, defendiam a não intervenção do Estado na economia, o que difere da corrente
econômica britânica que tinha enorme influência de Adam Smith.
Político
A charge representa o povo sustentando o clero e a nobreza, autor desconhecido.
A situação política era complexa na França pré-revolucionária, os nobres e o clero gastavam mais do
que os cofres do reino poderiam aguentar, essas duas classes desejavam manter seus privilégios e estilo de
vida. Portanto com a crise financeira que a França enfrentava estes decidiram aumentar os impostos para
poderem manter o estado e seus luxos.
A burguesia e o campesinato que mais sofriam com esse aumento de impostos, já que a nobreza e o
clero não pagavam a conta de seus gastos, mesmo sendo os principais gastadores por causa de seus luxos
H
is.
cotidianos. Somado a tudo isso ainda tinha a insatisfação desses grupos, principalmente dos burgueses, com
a falta de representatividade política, já que o governo ainda era absolutista.
Houve antes da revolução uma tentativa de reforma nas leis, como a do ministro das finanças Loménie
de Brienne que tentou submeter os nobres e o clero a tributação de suas propriedades em 1787 em uma
Assembleia dos Notáveis. O imposto não foi aceito e o rei Luís XVI convocou os Estados Gerais, no entanto
como veremos essas duas esferas consultivas foram insuficientes para conter os ânimos revolucionários.
Social
e
Cena do filme Maria Antonieta, 2006, Columbia Pictures.
A sociedade francesa estava dividida em camadas, o rei acima de todos, em seguida o clero e a
nobreza, vindo por último os burgueses e trabalhadores do campo e das cidades, mais tarde com o
desenrolar da revolução os pobres e burgueses irão se dividir, isso era o mais provável já que estes tem
interesses diferentes e antagônicos.
Os nobres eram compostos pela alta nobreza (que provinham de ricas famílias da idade média, alguns
em linhas sucessórias de reinos) e a nobreza togada (que receberam o título de nobreza por algum serviço
prestado ao reino, burocrático ou militar. Vinham de famílias menos ricas da idade média as vezes ligadas a
terra).
O clero era dividido em alto e baixo clero: o alto composto por cardeais e bispos alinhados com a
nobreza e o rei, geralmente de família rica; já o baixo clero era formado por diáconos e padres, geralmente
de família mais pobre e alinhados com os burgueses e trabalhadores.
A classe burguesa era composta de alta, média e pequena burguesia. A alta burguesia era representada
por banqueiros, comerciantes internacionais e donos de manufaturas e mais tarde de industriais, na média
tinham comerciantes menores e profissionais liberais como advogados e médicos e a pequena burguesia era
composta principalmente por pequenos comerciantes e alguns funcionários públicos de menor importância.
Os trabalhadores urbanos eram em sua maioria do setor manufatureiro e artesãos principalmente, os
rurais poderiam ser pequenos proprietários e arrendatários ou aqueles que viviam em regime de servidão nos
campos dos nobres ligados a terra, estes eram maioria e viviam em condições de miséria e fome.
Vemos o evidente atraso da França em relação á Europa, o país ainda contava com um regime de
servidão que atrapalhava o desenvolvimento do capitalismo já que não há um mercado consumidor onde há
trabalhos compulsórios como a servidão ou escravidão, pois, estes trabalhadores não recebem salário não
tendo como consumir bens industrializados.
Para piorar em 1787 os campos franceses enfrentaram colheitas ínfimas, provocando fome e uma
inflação exorbitante nas cidades esse foi um dos principais estopins para as várias lutas urbanas por parte das
camadas mais pobres, que sofriam imensamente mais do que os burgueses ou nobres já que estavam em
uma vulnerabilidade social. Vale mencionar que a direção militar e ideológica da revolução eram burguesas,
porém sem o apoio popular a revolução não teria prosperado ou se legitimado no poder mais tarde, sendo
que até mesmo em períodos de governo com ideias girondinas como no período napoleônico o povo era
essencial para a legitimação do poder estatal.
Econômico
A França se encontrava em um caos econômico, a Guerra dos Sete (1756-1763) e o apoio a Revolução
Americana (1776 1781) esgotaram os cofres do reino junto com os luxos da corte. Curiosamente, a revolução
americana que culminou na independência dos Estados Unidos tinha inspiração nas ideias iluministas que
eram o embasamento da revolução que estava por vir, a decisão de apoiar os revolucionários foi mais um
após duras derrotas nos sete anos de guerra do que um apoio ideológico. A
H
is.
solução para os problemas econômicos foi o aumento de impostos da burguesia e dos trabalhadores urbanos
e rurais.
Assim, o descontentamento somente aumentava frente ao aumento de impostos, e se somava a uma
demanda de falta de representatividade política da classe burguesa comercial, esses se sentiam responsáveis
pelo avanço econômico da França e viam seus interesses sempre sufocados pela nobreza e clero.
EXERCÍCIOS DE AULA
1. povo entrar de mão armada num país estrangeiro para lhe fazer adotar as suas leis e a sua Constituição.
Ninguém estima os missionários armados, e o primeiro conselho que a natureza e a prudência dão é
repeli- Robespierre, janeiro de 1792.
a) Por que a ocupação da Espanha pelo exército napoleônico, em 1806, tornou o texto profético?
b) Há no momento atual alguma situação à qual o texto pode ser referido? Por quê?
2.
Napoleão Bonaparte. A ele se deve a consolidação dos princípios revolucionários na França, com o
Código Napoleônico. Napoleão governou a França de forma despótica (...) com as vitórias dos
exércitos franceses, a Revolução Francesa tornou- (Fonte: Mota, Carlos Guilherme e Lopez, Adriana. História da Civilização: O Mundo Moderno e Contemporâneo. São
Paulo: Ática, 1995, p. 87)
A partir da citação, constata-se que o Código Napoleônico:
a) significou a contrarrevolução francesa, pois trouxe benefícios aos pobres e senhores feudais.
b) favoreceu a burguesia francesa, garantindo seus direitos políticos, adquiridos durante a revolução.
c) prejudicou a burguesia francesa, eliminando os seus direitos políticos e restaurando a monarquia.
d) possibilitou a ascensão da monarquia, garantindo a igualdade econômico-social entre todos os
franceses.
e) permitiu a restauração do despotismo por toda a Europa.
3. A Revolução Francesa (1789-1799) marca o início da chamada Idade Contemporânea. Suas realizações
constituem-se nos fundamentos de nossa sociedade atual. Sobre esse evento tão importante, é correto
afirmar:
a) O Diretório foi a fase mais curta da Revolução, sendo o responsável pela promulgação da
constituição e pelo decreto do ensino público e gratuito como direito do cidadão e dever do
Estado.
b) A República Jacobina foi a fase mais curta da Revolução, sendo a responsável pela formação do
exército revolucionário que venceu a guerra contra as potências absolutistas e os
contrarrevolucionários franceses.
c) A República Girondina foi a fase mais longa da Revolução, sendo a responsável pela paz
estabelecida com a contrarrevolução de dentro e de fora da França.
d) O Império Napoleônico foi a fase mais longa da Revolução, proclamado pelo plebiscito que
derrubou a república em favor do general comandante do exército revolucionário francês.
e) A Convenção foi a primeira fase da Revolução, sendo a mais longa de todas e a responsável pela
manutenção do Rei, formando uma monarquia constitucional que só veio a cair com o Golpe do
18 Brumário.
4. A convocação da Assembleia dos Estados Gerais por Luís XVI, em 1789, considerada como um dos fatos
desencadeadores da Revolução Francesa, tinha por finalidade, originalmente,
a) isentar a burguesia francesa das taxas que pagava ao Tesouro Real.
b) promover a união nacional frente às disputas coloniais com a Inglaterra.
c) fortalecer a participação do Terceiro Estado na política e economia francesas.
d) transformar a monarquia absolutista em monarquia constitucional.
e) autorizar o rei a cobrar impostos das camadas sociais privilegiadas.
H
is.
5. tivos dos revolucionários foi feita por um de seus líderes, o Abbé
Sieyès, num folheto popular intitulado O que é o Terceiro Estado? Devemos formular três perguntas:
Primeira: O que é o Terceiro Estado? Tudo. Segunda: O que tem ele sido em nosso sistema político?
(HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1974, p. 73.)
a) Identifique a que acontecimento histórico o texto se refere.
b) Descreva os objetivos do Terceiro Estado no começo desse acontecimento.
6.
absolutismo, lançando as bases para o desenvolvimento pleno do capitalismo. Mais ainda: seus ideais
políticos se espalharam pela Europa e pelas Américas, influenciando um século inteiro de lutas pela
liberdade. Ainda hoje, muito do que pensamos e acreditamos em política, contra ou a favor, é derivado
SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica e Contemporânea. Cajamar. São Paulo, Nova Geração, 1996. p. 95.
A Revolução Francesa aspirava a uma organização mais justa da sociedade e o exemplo da formação
dos EUA, a crise financeira e a fraqueza de Luis XVI concorreram para a queda do Antigo Regime. Pode-
se afirmar, em relação à Revolução Francesa, que:
a) logo após o início da Revolução, a Assembleia Nacional promulgou a Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão.
b) as classes populares se rebelaram porque queriam modificações na Constituição do Antigo
Regime.
c) a democracia vigente na França, na época de Luís XVI, não agradava aos nobres que queriam a
volta do Absolutismo.
d) o rei Luís XVI e seus ministros reagiram às agitações de populares armados, o que fez eclodir uma
guerra civil que durou 10 anos.
e) o Antigo Regime garantia justiça igual para todos, o que irritou a burguesia que derrubou a
Monarquia.
EXERCÍCIOS DE CASA
1. Sobre a Revolução Francesa, é correto afirmar que:
a)
objetivavam destruir.
b) apesar de anacrônico, o Estado Francês antes da Revolução já havia extinguido o sistema social
c) Robespierre, líder revolucionário francês, era identificado como um moderado, interessado apenas
na limitação dos poderes da monarquia.
d) a eclosão do movimento revolucionário da França no século XVIII foi recebido com indiferença
pelos demais países europeus.
e) todas as alternativas estão corretas.
2. A queda na produção de cereais, às vésperas da Revolução Francesa de 1789, desencadeou uma crise
econômica e social, que se manifestou
a) na alta dos preços dos gêneros alimentícios, na redução do mercado consumidor de
manufaturados e no aumento do desemprego.
b) no aumento da exploração francesa sobre o seu império colonial, na reação da elite colonial e no
início do movimento de independência.
c) no abrandamento da exploração senhorial sobre os servos, na divisão das terras dos nobres
emigrados e na suspensão dos direitos constitucionais.
d) na decretação, pelo rei absolutista, da lei do preço máximo dos cereais, na expansão territorial
francesa e nas guerras entre países europeus.
e) na intensificação do comércio exterior francês e no aumento da exportação de tecidos para a
Inglaterra, que foi compensada pela compra de vinhos ingleses.
H
is.
3. Com relação à revolução do capitalismo na Europa Ocidental, assinale a alternativa correta.
a) o da expansão da produção capitalista teve como causa imediata
de seu desenvolvimento a colonização do continente americano feita por Portugal e Espanha.
b) Nos países onde se manteve o regime de exploração servil do camponês processou-se mais
rapidamente o desenvolvimento da produção capitalista.
c) A política de tolerância religiosa, promovida pela Igreja Católica nos séculos XVI e XV,
possibilitou aos comerciantes judeus um período de tranquilidade, favorecendo a acumulação
de riquezas nos estados europeus.
d) A Inglaterra foi o estado onde, pela primeira vez, se consolidou o ritmo de produção industrial,
e) A consolidação do Estado absolutista, ocorrida na Inglaterra ao longo do século XVII, foi
fundamental para o seu desenvolvimento econômico.
4. O governo de Luís XIV representou um período marcante para a história francesa. Assinale a alternativa
correta para a caracterização desse período.
a) Época de violenta crise religiosa protestantes huguenotes e católicos e que teve no episódio
conhecido como a noite e São Bartolomeu um de seus fatos mais sangrentos e dramáticos.
b) Foi a época da centralização do Estado da França, que contava agora com poderes políticos,
administrativos e militares capazes de dominar o território de forma efetiva.
c) O seu governo foi marcado pela presença do Cardeal Ministro Richelieu, o mais influente
conselheiro do rei responsável pela administração do reino.
d) Com a promulgação do Edito de Nantes, Luís XIV procurou fortalecer a Igreja Católica na França.
e) Favorável ás ideias iluministas, Luís XIV favoreceu a livre circulação de livros na França, bem como
procuro fortalecer politicamente o Parlamento de paris, modernizando a política no país.
5. A Revolução Francesa representou uma ruptura da ordem política (o Antigo Regime) e sua proposta
social desencadeou
a) a concentração do poder nas mãos da burguesia, que passou a zelar pelo bem-estar das novas
ordens sociais.
b) a formação de uma sociedade fundada nas concepções de direitos dos homens, segundo as quais
todos nascem iguais e sem distinção perante a lei.
c) a formação de uma sociedade igualitária regida pelas comunas, organizadas a partir do campo e
das periferias urbanas.
d) convulsões sociais, que culminaram com as guerras napoleônicas e com a conquista das
Américas.
e) o surgimento da soberania popular, com eleição de representantes de todos segmentos sociais.
6. ocessos que a vimos
aplicar e concebido as ideias que produziu: a grande novidade é que tantos povos tenham chegado a
um ponto em que tais procedimentos pudessem ser empregados com eficácia e tais máximas
(TOCQUEVILLE, Alexis de. O Antigo Regime e a Revolução. Tradução de Yvonne Jean da Fonseca, Brasília: UNB, 1979, p.
59.)
A Revolução Francesa é um dos principais movimentos sociais da história ocidental. Exerceu forte
influência na formação do ideário político e social do ocidente em épocas distintas e em culturas
variadas. A Revolução Francesa, em seu processo de mudanças políticas e sociais, caracterizou-se
por:
a) Derrubar o sistema de representação política da nobreza senhorial baseado nos Estados Gerais
eleitos por sufrágio singular, secreto e universal
b) Fortalecer o Estado estamental baseado no privilégio como fator de distinção social e ascensão
econômica
c) Promover o súdito a cidadão através de um ordenamento político-jurídico no qual se destaca a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
d) Substituir o sistema constitucional e parlamentar da monarquia francesa do Antigo Regime por
uma República Federativa de governo burguês
e) Trocar o modelo institucional da separação dos poderes do Estado Absoluto francês, divididos
em executivo, legislativo e judiciário, pelos tribunais revolucionários burgueses
H
is.
7. (HOBSBAWM, E. A era das revoluções, 1977. p. 76)
Dentre os acontecimentos desencadeados na França Revolucionária, entre os séculos XVIII e XIX,
podemos afirmar CORRETAMENTE que
a) a tomada da Bastilha pelos membros da nobreza, que ficaram contrários à perda dos antigos
privilégios.
b) a luta do Primeiro Estado contra os privilégios usufruídos pelo Segundo e Terceiro Estados, estes
isentos do pagamento de impostos na França Absolutista.
c)
guilhotina, em que morreram membros dos diferentes grupos sociais franceses, exceto lideranças
jacobinas.
d) a implantação do governo dos girondinos permitiu a todos os membros do terceiro estado gozarem
dos direitos sociais, políticos e civis reivindicados.
e) entre as principais conquistas deixadas para o mundo ocidental pela Revolução Francesa, podemos
citar a implantação da noção de cidadão em substituição à de súdito na relação entre o indivíduo e
os governantes.
8. 1774 e apareceu em circunstâncias curiosas. Beaumarchais,
tendo sido processado por um conselheiro de Paris, advogou em pessoa sua causa diante do
banqueiro, nem um abade, nem um cortesão, nem um favorito, nada daquilo que se chama uma
potência; eu sou um cidadão, isto é, algumas coisa de novo, alguma coisa de imprevisto e de
desconhecido em França; eu sou um cidadão, quer dizer, aquilo que já devíeis ser há duzentos anos e
momento o título de cidadão foi adotado por todos os espíritos liberais, por todos os homens de
José Pedro Machado. Dicionário etimológico da Língua Portuguesa.
A fala de Beaumarchais antecipa o processo de universalização de direitos, conquistados durante o
processo revolucionário francês. No entanto, a Revolução Francesa deve ser compreendida em suas
várias fases, que expressaram projetos distintos de sociedade e de cidadania. Com base no exposto,
analise:
a) o projeto jacobino;
b) o projeto napoleônico.
9. A respeito da revolução Francesa de 1848, Marx declarou que, a partir daquele evento, a ideia de
significava somente a derrubada da forma de estado. Em que elementos históricos baseou-se o autor
para propor esse novo significado de revolução?
QUESTÃO CONTEXTO
A França viveu uma situação semelhante ao que um outro país europeu viveria posteriormente de maneira
intensa e muito semelhante. Identifique este país e sua experiência citando uma semelhança e uma diferença.
H
is.
GABARITO
Exercícios de aula
1.
a) Porque deu origem a um movimento de resistência contra os invasores franceses o qual levou a uma
das primeiras derrotas sérias que Napoleão viria a sofrer ao longo de suas campanhas militares. Este
movimento de resistência teve desdobramentos nas colônias espanholas da América que, de alguma
forma, serviram como pretexto para a eclosão de revoltas em prol da emancipação política. A expansão
napoleônica, entre outros aspectos, indicava a idéia de levar para os demais países da Europa os ideais
nascidos da Revolução Francesa, como, por exemplo, a igualdade jurídica. Porém, na península Ibérica,
os franceses foram recebidos como inimigos, tendo de enfrentar uma feroz resistência por parte dos
espanhóis. Napoleão chegaria a classificar
b) Na atual conjuntura internacional existem focos de tensão e conflito muito graves. Eles estão
justamente associados à ocupação de tropas estrangeiras em territórios que não possuem soberania.
Podemos destacar neste contexto a ocupação militar norteamericana no Iraque, a ocupação de forças
militares da Síria no Líbano, a de forças militares de Israel em territórios e na Síria. Observase então a
se
focos de tensão e conflito cujos desdobramentos podem ficar fora de controle.
Robespierre tinha a consciência que por mais progressista que fosse os ideais iluministas as pessoas não
aceitariam eles á força.
2. b
os burgueses foram os mais beneficiados dentro do processo revolucionário que a França passou durante
o século XVIII.
3. b
os jacobinos ocuparam o poder em um curto tempo, logo sendo derrubados pelos girondinos que
instituíram a fase do Diretório.
4. e
os Estados Gerais eram uma assembleia consultiva que teve a finalidade de passar a cobrança de impostos
para o clero e a nobreza.
5.
a) Revolução Francesa;
b) Fim dos privilégios feudais; busca de representação política; igualdade jurídica e fiscal; voto censitário;
separação entre Estado e Igreja; Estado laico; fim das práticas e políticas de Estado Absolutista
(liberalismo).
O terceiro estado mesmo heterogêneo tinha algumas pautas políticas em comum entre seus
participantes.
6. d
a intenção dos revolucionários mais radicais era a república, sendo assim era inevitável a guerra civil
contra os monarquistas.
H
is.
Exercícios de casa
1. a
a denominação de Antigo Regime foi uma medida para enfraquecer as ideias defendidas por este, já que
seria um sistema antigo e ultrapassado, como o título República Velha dado pelos Varguistas.
2. a
a inflação generalizada foi um dos mais importantes estopins para a revolução francesa já que os pobres
sentiam mais a variação dos preços.
3. d
a revolução industrial somente seria possível nas condições que a Inglaterra estava no século XVIII.
4. b
o rei foi um dos últimos representantes do absolutismo no mundo.
5. b
a sociedade de privilégios de berço amparados pela lei havia caído, em seu lugar surgia uma sociedade
com os ideais burgueses de igualdade jurídica.
6. c
o antigo súdito agora era sujeito de direito, sendo assim um cidadão, parte do poder vigente.
7. e
a substituição tornou o antigo súdito obediente em cidadão sujeito de direitos e deveres perante o
estado.
8.
a) A Revolução Francesa instaura um novo tipo de sociabilidade, abalando a ordem do antigo regime. A
novidade da revolução estava associada à ideia de eliminação da pobreza. Os preceitos de igualdade,
liberdade e fraternidade escaparam do controle da burguesia francesa, formando-se um campo de
expectativas igualitárias, com o governo jacobino. Labrousse chama essa fase de Era das antecipações,
antevendo na Revolução um difuso igualitarismo. A cidadania francesa no projeto jacobino associava-se,
portanto, à defesa do nacionalismo, da moralidade, do estado interventor que buscava proteger os
setores empobrecidos.
b) Com Bonaparte, a Revolução retoma o caminho da ordem burguesa. Napoleão consolida os interesses
burgueses, elimina as manifestações políticas jacobinas, protege a propriedade privada e cria as
condições para a expansão da França. As guerras napoleônicas transportaram, para toda a Europa, a luta
contra o antigo regime, repercutindo, inclusive, no continente americano.
Os dois períodos configuram ações distintas já que tiveram governos com aspirações e objetivos
antagônicos.
9. As revoluções anteriores caracterizam-se fundamentalmente pelo caráter político, isto é, proporcionam
tocar na legitimidade da propriedade privada.
A partir de 1848, a questão não se relaciona mais à igualdade jurídica, mas sim à igualdade econômica,
que só pode ser conseguida com a derrubada da sociedade burguesa que se funda essencialmente na
existência da propriedade privada. Marx observou brilhantemente a mudança do eixo nas lutas sociais,
agora o proletariado versus burguesia, substituindo o eixo burguesia versus nobreza, das lutas anteriores.
O proletário se estruturou durante a revolução francesa junto com a burguesia, no entanto seus interesses
são inconciliáveis sendo assim o proletário mais tarde queria almejar a igualdade plena.
H
is.
Questão Contexto
A Rússia passaria por situação semelhante em suas revoluções de 1917, podemos ver que tanto na França
como na Rússia as camadas mais pobres da população eram fortemente afetadas pela fome que se instalou
antes das revoluções uma ocasionada por más colheitas e outra por uma guerra, podemos citar também o
fato dos dois terem sido invadidos por potências estrangeiras em seus períodos revolucionários. No entanto
a Rússia viu o regime socialista instalado em 1917 perdurar por vários anos enquanto na França o governo
como república durou menos de dez anos.
L
it.
Lit.
Professor: Diogo Mendes
Monitor: Pamela Puglieri
L
it.
Romantismo (Portugal) 04
mai
RESUMO
O romantismo em Portugal se dá de forma muito semelhante ao que ocorre no Brasil. O pensamento
romântico de liberdade de criação, subjetivismo, idealização do amor, escapismo pelo sonho e melancolia
não se restringe ao Brasil: ao contrário, é esse ideário que caracteriza esse período em toda a parte, incluindo
Portugal.
Pode-se dividir o romantismo português também em três gerações:
Primeira Geração
A primeira geração romântica portuguesa é caracterizada principalmente por um retorno à imagem
do homem medieval. Esse retorno é similar ao que acontece na geração indianista brasileira: enquanto no
Brasil o olhar volta-se ao passado e encontra o índio, em Portugal encontra-se o cavaleiro medieval, no qual
se via um ideal de valores.
Além disso, há um nacionalismo muito forte, um sentimento de exaltação à pátria.
Almeida Garrett inaugura o romantismo português com sua obra lírica Camões (1825). Escreve
poesia, prosa e teatro. Viagens na Minha Terra, obra de viagem em que o narrador personagem, em suas
andanças por Portugal, acaba por descobrir uma história de amor já passado. A história de Carlos e Joaninha
O principal expoente dessa geração é Alexandre Herculano, especialmente com Eurico, o Presbítero.
Segunda Geração
Chamada também ultrarromântica, a segunda geração é repleta de excessos: tudo aquilo que define
o romantismo aparece na produção literária ultrarromântica de forma exagerida, levada ao extremo.
A idealização do amor, por exemplo, é tão grande que esse amor torna-se para sempre inalcançável
por isso nunca é consumado e é comum que, nos romances da época, pelo menos um dos amantes morra.
Camilo Castelo Branco, especialmente por Amor de Perdição. Neste romance há o amor impossível
entre Simão e Teresa, que pertencem a famílias rivais. Extremamente apaixonados, os dois lutam por seu
amor, o que significa irem contra a sua própria família.
Terceira Geração
A terceira geração é bem mais contida que as anteriores há certa diluição das características
românticas, que aparecem com menos força. Há alguma prefiguração do realismo, isto é, alguns traços na
produção dessa fase que seriam melhor desenvolvidos no realismo.
O principal expoente dessa geração é Julio Diniz, com As Pupilas do Senhor Reitor.
L
it.
EXERCÍCIOS DE AULA
1. Em 2004, Ronald Golias e Hebe Camargo protagonizaram na TV uma versão humorística da obra Romeu
e Julieta, de William Shakespeare. Na história do poeta e dramaturgo inglês, Romeu e Julieta são dois
jovens apaixonados, cujo amor é impedido de concretizar-se pelo fato de pertencerem a famílias
inimigas. Impossibilitados de viver o amor, morrem ambos.
Na literatura romântica, as personagens que vivem história semelhante à das personagens de
Shakespeare são
a) Joaninha e Carlos, em Viagens na minha terra, de Almeida Garrett.
b) Iracema e Martim, em Iracema, de José de Alencar.
c) Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, em Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco.
d) Leonardo Pataca e Maria da hortaliça, em Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio
de Almeida.
e) Eurico e Hermengarda, em Eurico, o presbítero, de Alexandre Herculano
2. Perverteu-se por tal arte o gosto entre nós desde o meio do século passado especialmente, os estragos
do terremoto grande quebraram por tal modo o fio de todas as tradições da arquitectura nacional, que
na Europa, no mundo todo talvez se não ache um país onde, a par de tão belos monumentos antigos
como os nossos, se encontrem tão vilãs, tão ridículas e absurdas construções públicas e particulares
como essas quase todas que há um século se fazem em Portugal.
Nos reparos e reconstruções dos templos antigos é que este péssimo estilo, esta ausência de todo
estilo, de toda a arte mais ofende e escandaliza. Olhem aquela empena clássica posta de remate ao
frontispício todo renascença da Conceição Velha em Lisboa. Vejam a emplastagem de gesso com que
estão mascarados os elegantes feixes de colunas góticas da nossa sé.
Não se pode cair mais baixo em arquitectura do que nós caímos quando, depois que o marquês de
Pombal nos traduziu, em vulgar e arrastada prosa, os rococós de Luís XV, que no original, pelo menos,
eram floridos, recortados, caprichosos e galantes como um madrigal, esse estilo bastardo, híbrido,
degenerando progressivamente e tomando presunções de clássico, chegou nos nossos dias até ao
chafariz do passeio público! (Extraído do Capítulo XXVIII de Viagens na Minha Terra, Almeida Garrett)
Sobre o texto não se pode dizer que:
a) As críticas do narrador dirigem-se a aspectos da vida social portuguesa.
b) O narrador critica a desnacionalização da arquitetura portuguesa e sua falta de estilo próprio.
c) Para o narrador não está em causa apenas a invasão de estilos artísticos franceses, mas a perda da
identidade nacional.
d) A referência às colunas góticas sugere a Idade Média que tanto seduzia os românticos, justamente
por se entender nela a preservação da identidade nacional.
e) A simples observação de um monumento assume dimensão de reflexão histórica envolvendo várias
épocas: século XIX, o tempo de Luís XV, a Idade Média e as grandes navegações.
3.
a) Os fatos se encadeiam até atingir o final feliz, característico da literatura romântica.
b) Trata-se de uma novela passional narrada em terceira pessoa.
c) A base da narrativa se estabelece na relação amorosa entre Simão Botelho e Teresa Albuquerque.
d) É uma espécie de Romeu e Julieta português, em que a relação amorosa de dois jovens é impedida
por questões familiares.
e) Seus personagens principais são típicos heróis românticos.
L
it.
4. Amor de perdição é uma obra tipicamente romântica porque nela Camilo Castelo Branco valoriza:
a) o sentimento nativista, presentes na recusa de Simão e Teresa em fugirem de Portugal, apesar de
perseguidos pela justiça.
b) a natureza, como fonte de vida e inspiração, em que Simão se refugia,no final da obra, quando não
pode mais ter acesso a Teresa.
c) os valores espirituais do Cristianismo, a que Simão se apega quando é condenado ao degredo.
d) o mundo das paixões, o excesso de sentimentos, evidentes no modo violento como Simão
assassina Baltazar Coutinho.
5. ESTE INFERNO DE AMAR
Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
(Almeida Garret)
Nos versos de Garrett, predomina a função
a) metalinguística da linguagem, com extrema valorização da subjetividade no jogo entre o espiritual
e o profano.
b) apelativa da linguagem, num jogo de sentido pelo qual o poeta transmite uma forma idealizada de
amor.
c) referencial da linguagem, privilegiando-se a expressão de forma racional.
d) emotiva da linguagem, marcada pela não contenção dos sentimentos, dando vazão ao
subjetivismo.
e) fática da linguagem, utilizada para expressar as ideias de forma evasiva, como sugestões.
6. Amor de Perdição é um romance de Camilo Castelo Branco em que a instituição "família" desempenha
um papel decisivo.
a) Estabeleça um paralelo entre os papéis exercidos pela família Albuquerque sobre Teresa e aqueles
exercidos pela família Botelho sobre Simão.
b) Nesse romance, um dos tópicos importantes é o da relação entre pais e filhos: contraste as relações
que se dão na família de João da Cruz, por um lado, com as que se dão nas famílias Botelho e
Albuquerque, por outro.
EXERCÍCIOS DE CASA
1. Sobre Amor de perdição, do escritor português Camilo Castelo Branco, assinale a alternativa
INCORRETA:
a) Amor de perdição é uma novela ultra-romântica, marcada pelo sentimento passional e pelo
idealismo amoroso, confirmando, assim, duas das principais características do período, que foram
o subjetivismo e a luta individual do herói.
b) Narrada em terceira pessoa, a novela segue as convenções tradicionais da narrativa de ficção,
como a sequência temporal dos acontecimentos e a linearidade do enredo, apresentando também
referências históricas e biográficas.
c) O ultra-romantismo da novela é quebrado por tendências realistas observadas no posicionamento
da personagem Mariana e na forma pouco subjetiva como a realidade é tratada numa ficção
documental.
d) Mariana é a principal agente de comunicação entre Simão e Teresa, figurando como personagem
auxiliar que promove a união amorosa entre os dois adolescentes apaixonados, embora não possa
dela participar.
L
it.
e) A personagem Mariana, encarnando o amor romântico, com pureza e resignação, e a personagem
Teresa, representando a mulher inacessível e idealizada, encontram na morte a plenitude do amor
idealizado, nesta novela da segunda fase romântica da literatura portuguesa.
2. Leia o texto a seguir, trecho de Amor de Perdição:
E Simão Botelho, fugindo à claridade da luz e ao voejar das aves, meditando, chorava e escrevia assim
as suas meditações:
O pão do trabalho de cada dia, e o teu seio para repousar uma hora a face, pura de manchas: não pedi
mais ao céu. Achei-me homem aos dezesseis anos. Vi a virtude à luz do teu amor. Cuidei que era santa
a paixão que absorvia todas as outras, ou as depurava com o seu fogo sagrado. Nunca os meus
pensamentos foram denegridos por um desejo que eu não possa confessar alto diante de todo o
mundo. Dize tu, Teresa, se os meus lábios profanaram a pureza de teus ouvidos. Pergunta a Deus
quando quis eu fazer do meu amor o teu opróbrio. Nunca, Teresa! Nunca, ó mundo que me condenas!
Se teu pai quisesse que eu me arrastasse a seus pés para te merecer, beijar-lhos-ia. Se tu me mandasses
morrer para te não privar de ser feliz com outro homem, morreria, Teres
Indique uma característica romântica da abordagem do tema do amor no texto de Amor de Perdição;
3. Assinale a alternativa incorreta sobre o romance Viagens na Minha Terra:
a) Um dos momentos mais importantes da narrativa é a passagem pelo Vale de Santarém, relatada no
capítulo X, e a contemplação de uma casa que desperta a curiosidade e estimula a imaginação do
narrador.
b) No final da viagem, o narrador-viajante passa pelo Vale de Santarém e lê uma carta (de tom
autobiográfico) que Carlos escrevera à Joaninha, sendo uma espécie de epílogo do romance.
c) Complementando as inúmeras digressões, o narrador comenta a história de Carlos e Joaninha
evitando ilações de teor crítico e social.
d) No romance não há apenas uma única e linear instância de comunicação narrativa, uma vez que,
além do relato da viagem, encontramos também a narrativa que é instituída pelo companheiro de
viagem que conta a história de Carlos e Joaninha e a que se traduz na carta de Carlos a Joaninha.
e) A narrativa é desencadeada por um narrador anônimo, empenhado numa viagem a Santarém e
interessado de disseminar várias digressões de tendência ideológica ao longo de seu discurso.
4. -de dar-lho.
Vou nada menos que a Santarém: e protesto que de quanto vir e ouvir, de quanto eu pensar e sentir se
há- (Trecho do primeiro capítulo de Viagens na minha terra, de Almeida Garrett)
No excerto acima, Almeida Garrett:
a) supervaloriza as terras de Santarém, adiantando que registrará em crônicas tudo que vir, ouvir,
pensar e sentir.
b) chama a atenção dos leitores para a importância da crônica, até então desprezada pela literatura
portuguesa.
c)
d) valoriza as terras portuguesas, classificando o reconhecimento das riquezas naturais como um
dos assuntos mais importantes para um escritor.
e) promove uma autocrítica, reconhecendo-se como um escritor ambicioso e arrogante.
L
it.
5. Alguns dos maiores expoente da estética romântica em Portugal no século XIX foram:
a) Castro Alves, Almeida Garret e Alexandre Herculano.
b) Cesário Verde, Álvares de Azevedo e Castro Alves
c) Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco e Vitor Hugo
d) Stendhal, Antero de Quental e Fagundes Varela.
e) Almeida Garret, Alexandre Herculano e Camilo Castelo Branco
Texto para as questões 6 a 8:
Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião te vou explicar como nós hoje em dia fazemos a nossa literatura. Já
me não importa guardar segredo; depois desta desgraça, não me importa já nada. Saberás, pois, ó leitor,
como nós outros fazemos o que te fazemos le
Trata-se de um romance, de um drama. Cuidas que vamos estudar a História, a natureza, os monumentos, as
pinturas, os sepulcros, os edifícios, as memórias da época? Não seja pateta, senhor leitor, nem cuide que nós
o somos. Desenhar caracteres e -
a coisa faz-se muito mais facilmente. Eu lhe explico.
Todo o drama e todo o romance precisa de: Uma ou duas damas, Um pai, Dois ou três filhos de dezanove
a trinta anos, Um criado velho, Um monstro, encarregado de fazer as maldades, Vários tratantes, e algumas
pessoas capazes para intermédios.
Ora bem; vai-se aos figurinos franceses de Dumas, de Eugénio Sue, de Vítor Hugo, e recorta a gente, de cada
um deles, as figuras que precisa, gruda-as sobre uma folha de papel da cor da moda, verde, pardo, azul
como fazem as raparigas inglesas aos seus álbuns e scrap-books; forma com elas os grupos e situações que
lhe parece; não importa que sejam mais ou menos disparatados. Depois vai-se às crônicas, tiram-se uns
poucos de nomes e palavrões velhos; com os nomes crismam-se os figurões; com os palavrões iluminam-
pinta-monos). E aqui está como nós fazemos a nossa literatura original.
(Capítulo. V -28.
6. A que gêneros literários se refere Almeida Garrett?
7. Quais os principais defeitos, segundo Garrett, dos escritores que elaboravam obras de tais gêneros?
8. do texto transcrito?
9. Em Viagens na minha terra, assim como em
a) Memórias de um sargento de milícias, embora se situem ambas as obras no Romantismo, criticam-
se os exageros de idealização e de expressão que ocorrem nessa escola literária.
b) A cidade e as serras, a preferência pelo mundo rural português tem como contraponto a ojeriza às
cidades estrangeiras Paris, em particular.
c)
ernas
d) Memórias póstumas de Brás Cubas, a prática da divagação e da digressão exerce sobre todos os
valores uma ação dissolvente, que culmina, em ambos os casos, em puro niilismo.
e) O cortiço, manifestam-se, respectivamente, tanto o antibrasileirismo do escritor português quanto
o antilusitanismo do seu par brasileiro, assim como o absolutismo do primeiro e o liberalismo do
segundo
L
it.
QUESTÃO CONTEXTO
O poema abaixo é de Bocage, um dos maiores sonetistas portugueses da história.
Em que estado, meu bem, por ti me vejo,
Em que estado infeliz, penoso e duro!
Delido o coração de um fogo impuro,
Meus pesados grilhões adoro e beijo.
Quando te logro mais, mais te desejo;
Quando te encontro mais, mais te procuro;
Quando mo juras mais, menos seguro
Julgo esse doce amor, que adorna o pejo.
Assim passo, assim vivo, assim meus fados
Me desarreigam d'alma a paz e o riso,
Sendo só meu sustento os meus cuidados;
E, de todo apagada a luz do siso,
Esquecem-me (ai de mim!) por teus agrados
Morte, Juízo, Inferno e Paraíso.
Apesar de escrito em um período em que o arcadismo era a escola literáriade maior expressão em Portugal,
o poma prenuncia, em vários aspectos, as características românticas, que viriam, posteriormente, a ganhar
espaço na literatura portuguesa. Que características românticas você conseque identificar nesse poema?
L
it.
GABARITO
Exercícios de aula
1. c
Em Amor de Perdição, Teresa e Simão são impedidos de viver seu amor por serem de famílias inimigas,
assim como em Romeu e Julieta.
2. e
No fragmento não há nenhuma referência ao século XIV e às grandes navegações.
3. a
O final de Amor de Perdição é trágico e finais felizes não são típicos da literatura romântica.
4. d
Amor de Perdição é uma obra marcada pelo exagero sentimental romântico, bem como por uma visão
trágica do mundo.
5. d
O poema de Garret é marcado pelo exagero romântico, a exposição do sentimentalismo e a valorização
do interior do homem. Por isso, a função é emotiva.
6.
a) Pode-se classificar as famílias do romance da seguinte maneira:
- Família Albuquerque, da nobreza. Há um certo autoritarismo para com Teresa, que é obrigada ao
casamento e depois ao convento
- Família de Simão Botelho, burguesa, em que há certo apreço pela liberdade, inclusive ao oferecer ajuda
ao filho rebelde.
b)Observa-se o contraste entre João da Cruz, personagem desinteressado, e o jogo de interesses nas
famílias Albuquerque e Botelho. João da Cruz, de origem simples, tem um relacionamento verdadeiro e
sem interesses, tanto com sua filha Mariana como com Simão, a quem ajuda. Ao contrário, as famílias dos
protagonistas, mantém jogos de poder e são opressoras.
Exercícios de casa
1. c
O romance é totalmente ultrarromântico, não flerta com características do realismo e é totalmente fiel
ao romantismo.
2. Idealização do amor, purificado e sagrado, pelo qual o amante padece.
3. c
As digressões são recorrentes, sim, mas se prezam a fazer comentários críticos e sociais diante da
realidade histórica portuguesa.
4. c
Assim como o narrador quer ampliar seus horizontes viajando, ele quer aumentar a amplitude de sua
escrita com a viagem à Santarem.
5. e
Cada um desses autores fez parte do romantismo, apesar das abordagens diferentes.
L
it.
6. Refere-se aos gêneros literários românticos (na prosa) e ao drama (no teatro).
7. Segundo Garrett, tais escritores não desenvolvem literatura original, recorrendo a fórmulas prontas de
como escrever e a
elementos de outras literaturas -se aos figurinos franceses de Dumas, de Eugenio Sue, de Victor
-se de uma critica ao modo de produção literária de sua época.
8.
9. a
Viagens na minha terra e Memórias de um sargento de milícias são romances não prototípicos do
romantismo pois não apresentam as relações humanas idealizadas, mas sim as criticam.
Questão Contexto
A exposição do sentimentalismo, a busca incessante por uma amada (quase) inacessível e a tematização da
tristeza são características do romantismo prenunciadas nesse poema.
M
at.
Mat.
Professor: Gabriel Miranda Monitor:
M
at.
Teoria dos Conjuntos 02
mai
RESUMO
Conjunto vazio É um conjunto que não possui elementos. O conjunto vazio é representado por { } ou ∅.
Subconjuntos Quando todos os elementos de um conjunto A qualquer pertencem a um outro conjunto B, diz-se, então,
que A é um subconjunto de B, ou seja A⊂ B. Observações: • Todo o conjunto A é subconjunto dele próprio, ou seja A⊂A;
• O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de qualquer conjunto, ou seja ∅⊂A
União de Conjuntos Dados os conjuntos A e B, define-se como união dos conjuntos A e B ao conjunto representado por A∪B,
formado por todos os elementos pertencentes a A ou B, ou seja: A∪B={x / x∈A ou x∈B}
Intersecção de Conjuntos Dados os conjuntos A e B, define-se como intersecção dos conjuntos A e B ao conjunto representado
por A∩B, formado por todos os elementos pertencentes a A e B, simultaneamente, ou seja: A∩B={x / x∈A e
x∈B}
Diferença de Conjuntos Dados os conjuntos A e B, define-se como diferença entre A e B (nesta ordem) ao conjunto representado por
A-B, formado por todos os elementos pertencentes a A, mas que não pertencem a B, ou seja A-B={x / x∈A e x∉B}
M
at.
Produto Cartesiano Dados os conjuntos A e B, chama-se produto cartesiano A com B, ao conjunto AxB, formado por todos os
pares ordenados (x,y), onde x é elemento de A e y é elemento de B, ou seja AxB={(x,y) / x∈A ou y∈B} Número de subconjuntos de um conjunto: se um conjunto A possuir n elementos, então
existirão 2n subconjuntos de A.
Símbolos
M
at.
Símbolos das operações
EXERCÍCIOS
1. Numa cidade com 30000 domicílios, 10000 domicílios recebem regularmente o jornal da loja de
eletrodomésticos X, 8000 recebem regularmente o jornal do supermercado Y e metade do número de
domicílios não recebe nenhum dos dois jornais. Determine: a) o número de domicílios que recebem os dois jornais. b) a probabilidade de um domicílio da cidade, escolhido ao acaso, receber o jornal da loja de
eletrodomésticos X e não receber o jornal do supermercado Y.
2. Numa classe de 30 alunos, 16 alunos gostam de Matemática e 20 de História. O número de alunos desta
classe que gostam de Matemática e de História é: a) exatamente 16 b) exatamente 10 c) no máximo 6 d) no mínimo 6 e) exatamente 18
3. Sabe-se que, em um grupo de 10 pessoas, o livro A foi lido por 5 pessoas e o livro B foi lido por 4
pessoas. Podemos afirmar corretamente que, nesse grupo, a) pelo menos uma pessoa leu os dois livros. b) nenhuma pessoa leu os dois livros. c) pelo menos uma pessoa não leu nenhum dos dois livros. d) todas as pessoas leram pelo menos um dos dois livros.
M
at.
4. Três candidatos A, B e C concorrem à presidência de um clube. Uma pesquisa apontou que, dos sócios
entrevistados, 150 não pretendem votar. Dentre os entrevistados que estão dispostos a participar da
eleição, 40 sócios votariam apenas no candidato A, 70 votariam apenas em B, e 100 votariam apenas no
candidato C. Além disso, 190 disseram que não votariam em A, 110 disseram que não votariam em C, e
10 sócios estão na dúvida e podem votar tanto em A como em C, mas não em B. Finalmente, a pesquisa
revelou que 10 entrevistados votariam em qualquer candidato. Com base nesses dados, pergunta-se: a) Quantos sócios entrevistados estão em dúvida entre votar em B ou em C, mas não votariam em A?
Dentre os sócios consultados que pretendem participar da eleição, quantos não votariam em B? b) Quantos sócios participaram da pesquisa? Suponha que a pesquisa represente fielmente as
intenções de voto de todos os sócios do clube. Escolhendo um sócio ao acaso, qual a
probabilidade de que ele vá participar da eleição, mas ainda não tenha se decidido por um único
candidato? (Sugestão: utilize o diagrama de Venn fornecido abaixo)
5. Considere o conjunto A dos múltiplos inteiros de 5, entre 100 e 1000, formados de algarismos distintos.
Seja B o subconjunto de A formado pelos números cuja soma dos valores de seus algarismos é 9. Então,
a soma do menor número ímpar de B com o maior número par de B é: a) 835. b) 855. c) 915. d) 925. e) 945.
6. Uma empresa que fabrica o refrigerante Refridagalera fez uma pesquisa para saber a preferência dos
consumidores em relação ao seu produto e àquele de um de seus concorrentes, o Refridamoçada.
Foram ouvidas 1000 pessoas, das quais 600 consumiam o Refridagalera, 200 consumiam os dois, 500
consumiam o Refridamoçada e 100, nenhum deles. Um dos entrevistados foi escolhido ao acaso.
Calcule a probabilidade de que ele seja consumidor de a) Refridagalera e Refridamoçada. b) Refridagalera ou Refridamoçada.
7. As pessoas atendidas em uma unidade de saúde apresentaram os seguintes sintomas: febre alta, dores
no corpo e dores de cabeça. Os dados foram tabulados conforme quadro a seguir:
M
at.
Determine o número de pacientes atendidos no posto de saúde. a) 62 pessoas b) 68 pessoas c) 40 pessoas d) 86 pessoas e) 42 pessoas
8. As marcas de cerveja mais consumidas em um bar, num certo dia, foram A, B e S. Os garçons
constataram que o consumo se deu de acordo com a tabela a seguir:
Marcas consumidas Nº de consumidores
A 150
B 120
C 80
A e B 60
A e C 20
B e C 40
A, B e C 15
Outras 70
a) Quantos beberam cerveja no bar, nesse dia? b) Dentre os consumidores de A, B e S, quantos beberam apenas duas dessas marcas? c) Quantos não consumiram a cerveja S? d) Quantos não consumiram a cerveja B nem a marca S ?
9. Em uma pesquisa feita com 120 empregados de uma firma, verificou-se o seguinte:
- têm casa própria: 38 - têm curso superior: 42 - têm plano de saúde: 70 - têm casa própria e plano de saúde: 34 - têm casa própria e curso superior: 17 - têm curso superior e plano de saúde: 24 - têm casa própria, plano de saúde e curso superior: 15
Qual a porcentagem dos empregados que não se enquadram em nenhuma das situações anteriores?
(Sugestão : utilize o diagrama de VENN para facilitar os cálculos) a) 25% b) 30% c) 35% d) 40% e) 45%
M
at.
10. Em uma pesquisa de opinião, foram obtidos estes dados: • 40% dos entrevistados leem o jornal A.
• 55% dos entrevistados leem o jornal B.
• 35% dos entrevistados leem o jornal C.
• 12% dos entrevistados leem os jornais A e B.
• 15% dos entrevistados leem os jornais A e C.
• 19% dos entrevistados leem os jornais B e C.
• 7% dos entrevistados leem os três jornais.
• 135 pessoas entrevistadas não leem nenhum dos três jornais.
Considerando-se estes dados, é CORRETO afirmar que o número total de entrevistados foi: a) 1200 b) 1500 c) 1250 d) 1350
M
at.
GABARITO
Exercícios de aula
1.
a) 3 000
Observando o diagrama criado a partir do enunciado Seja n o número de pessoas que recebem os dois jornais: Teremos: 10000 - n + n + 8000 - n + 15000= 30000 Logo, 33000 - n = 30000 n = 3000. Portanto, 3000 domicílios recebem os dois jornais.
b) 7/30 nas condições do enunciado, existem 10000 - n = 10000 - 3000 = 7000 Como o conjunto universo possui 30000 domicílios, a probabilidade solicitada será igual a p = 7000 / 30000 = 7/30 Portanto, a resposta do item (b) é igual a 7/30, ou aproximadamente igual a 0,2333 ou 23,33%.
2. d
n(U)=30 n(M)=16 n(H)=20
n(MUH)=n(M)+n(H)-n(M∩ n(U) (Podemos ter alunos que não gostam nem de mat nem de his.) 16+20-n(M∩ 36- ∩H) n(M∩ Logo, no mínimo 6.
3. c
Considere o espaço amostral S com 10 elementos.
Sabemos que: n(A)=5 n(B)=4 temos que n(A∪B) 9. Logo, podemos concluir que: 1 elemento não pertence a A∪B.
4.
a) 20 sócios estão em dúvida entre os candidatos B e C, e não votariam em A. Dos sócios que vão
participar da eleição, 150 não votariam no candidato B.
O número de sócios entrevistados que estão em dúvida entre votar em B ou em C, mas não votariam
em A (conjunto (B ∩ C) A) é 20. O número de sócios consultados que pretendem participar da
eleição, mas não votariam em B (conjunto (A∪ B∪ C) B) é 150. Participaram da pesquisa 400 candidatos. A probabilidade de um sócio não ter escolhido ainda o seu
candidato é P = 1/10.
b) participaram da pesquisa 400 candidatos. A probabilidade de um sócio não ter escolhido ainda o
seu candidato é P = 1/10.
O número de sócios que participaram da pesquisa é 400. Escolhendo um sócio ao acaso, a
probabilidade de que ele participará da eleição é 2500/250.
A probabilidade de que ele participará da eleição e ainda não se decidiu por um único candidato é
40/250. Portanto, a probabilidade de que ele participará da eleição e ainda não se decidiu por um único
candidato é: (250/400) . (40/250) = 40/400 = 10%
M
at.
5. e
O menor número ímpar de B é 135 (1 + 3 + 5 = 9) e o maior número par de B é 810 (8 + 1 + 0 = 9). Portanto,
a soma pedida é 135 + 810 = 945.
6.
a) 20%
b) 90%
Com estas alterações, temos o seguinte diagrama de Venn:
Se um dos entrevistados foi escolhido ao acaso, então a probabilidade de que ele seja consumidor de: a) Refridagalera e Refridamoçada será:200/1000 = 20%. b) Refridagalera ou Refridamoçada será 900/1000 = 90%.
7. c
Considere os diagramas que resumem a tabela Total = 10 + 4 + 6 + 2 + 12 + 4 + 2 = 40
8. a) Total de bebedores = (85 + 35 + 35) + (45 + 25 + 5) + (15) + 70 = 315
b) Apenas duas = 45 + 25 + 5 = 75
c) Não consumiram S = 315 - 70 = 245
d) Não consumiram B nem S: 85 + 70 = 155
Somente A e B = 60 - 15 = 45
Somente B e S = 40 - 15 = 25
Somente A e S = 20 - 15 = 5
Somente A = 150 - 45 - 15 - 5 = 85
Somente B = 120 - 45 - 25 - 15 = 35
Somente S = 80 - 25 - 5 - 15 = 35
M
at.
9. a
T → Número de pessoas entrevistadas.
S → Número de pessoas que disseram sim para pelo menos uma das opções.
N → Número de pessoas que disseram não para todas as alternativas.
NT→ Porcentagem de pessoas que disseram não para todas as alternativas. T = S + N N = T - S
N = T S N = 120 (2+2+16+9+27+19+15) N = 120 90 N = 30
NT=30120=14=0,25=25%
10. b
Somente A e B = 12 - 7 = 5%
Somente A e C = 19 - 7 = 12%
Somente B e C = 15 - 7 = 8%
Somente A = 40 - 5 - 7 - 8 = 20%
Somente B = 55 - 5 - 12 - 7 = 31%
Somente C = 35 - 8 - 12 - 7 = 8%
(20 + 31 + 8 ) + ( 5 + 12 + 8 ) + 7 = 91 %
Nenhum jornal = 9%
9% ------ 135
100% ---- x
x = 100.135/9 ----> x = 1500
R
ed
.
Red.
Professor: Carolina Achutti
Monitor: Pamela Puglieri
R
ed
.
Como definir a tese 02
mai
RESUMO
Como vimos anteriormente, o texto dissertativo segue um padrão canônico de organização:
• introdução ou tese que, além de apresentar o tema, deve já conter o posicionamento adotado
• desenvolvimento é o espaço do texto em que o posicionamento apresentado na tese será desenrolado
• conclusão -se, de forma lógica, todo
o raciocínio utilizado
Percebe-se que a tese tem uma importância muito grande na redação porque ela é a base para o toda
o posicionamento que se pretenda tomar. A posição crítica que se toma enquanto se escreve inicia-se não
no desenvolvimento, mas na tese, que é a base da redação. Veja como algumas teses de redações exemplares do vestibular da FUVEST 2011:
TEMA:
R
ed
.
TESES DE ALGUMAS REDAÇÕES EXEMPLARES*
Nessa tese, o/a produtor/a do texto optou por falar sobre o tema (participação política) a partir de
acontecimentos referentes à Primavera Árabe, série de protestos ocorridos no Oriente Médio em busca de
direitos. Ao expor situações concretas que ilustram o tema, cria-se um panorama geral desse assunto. Por
fim, a tese deixa claro que essa participação política, embora esteja em evidência, é esquecida por muitos
e a partir daí se desenvolverá sua argumentação.
Essa segunda tese opta por iniciar-se com um argumento de autoridade, citando o filósofo clássico
Aristóteles para afirmar a necessidade do homem de viver junto com outros homens. Definida essa
necessidade, o/a autor/a nota que, em determinado tipo de sociedade (no caso, a sociedade capitalista)
incentiva o individualismo. Ou seja, na contemporaneidade, é mais comum que o egoísmo e o individualismo,
o que vai contra às necessidades do homem enquanto ser que vive em sociedade. Com essa tese, estabelece-
R
ed
.
se uma posição favorável à participação política mas isso será retomado apenas ao longo do
desenvolvimento do texto.
EXERCÍCIO
A partir do tema de redação apresentado, da FUVEST 2011, desenvolva uma tese adequada. Lembre-
se de que sua tese deve não apenas expor o tema, mas apresentar a posição que você pretende tomar em
sua redação.