A ação pedagógica do diretor de EBD

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    A AO PEDAGGICA DO DIRETOR DA EBDUm trabalho alm de "abrir e fechar" a Escola Bblica

    PlanejamentoDefinir os caminhos da ao fundamental para o

    desenrolar do processo e um bom comeo para a direo daEBD. Esta importante etapa, segundo Danilo Gandin, pode sedar atravs da caracterizao da realidade existente,projeo da realidade desejada e definio dasnecessidades. Entre o que se tem e o que se quer, h umadistncia que pode ser encurtada com a satisfao dasnecessidades.

    "Planejar , de fato, definir o quequeremos alcanar; verificar a quedistncia, na prtica,estamos deste ideal edecidir o que se vai fazer para encurtaresta distncia".

    Formao Continuada dos Professores

    A direo da EBD precisa ser criteriosa na composiodo corpo docente. Os professores devem ser bem escolhidos e

    preparados. Ser fiel, assduo, pontual e sujeito da prxis(teoria e prtica dialeticamente integradas) so algunsvis do perfil deste educador. O preparo precisa seconsolidar atravs de um programa de formao continuadaque contemple aes integradas e progressivamentedinamizadas.

    Cremos que um diretor de EBD pode contribuir para aformao de sua equipe, encaminhando, entre outras coisas:

    Reunio Pedaggica peridica para estudo,reflexo, troca de experincia, avaliao eredirecionamento da proposta de trabalho;

    Viso Panormica da Unidade Temtica em estudo,para abordagem dos conceitos principais elevantamento de questes para aprofundamento;

    Cursos que explorem aspectos diversos, a partirdas necessidades dos professores: InterpretaoBblica; Metodologia de Ensino, Preparao de Aulas;Aprofundamento Teolgico; entre outros;

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    A organizao de uma biblioteca bsica,adquirindo, pelo menos, a cada perodo, umcomentrio bblico a respeito do assunto em estudo;

    A entrega de material complementar como, porexemplo, comentrios bblicos que possam esclarecero texto a ser estudado; Pesquisas para levantamento das necessidades.

    Ministrao do Ensino

    Um diretor de EBD precisa incluir em seu plano de aoo acompanhamento do processo ensino-aprendizagem. No bastadefinir o que vai ser ensinado, fundamental que sepreocupe com o como vai ser ensinado.

    Uma grande dificuldade da Escola Bblica tem sidojustamente o encaminhamento de aulas meramente expositivas,centradas predominantemente no professor. Sendo nossa metaum ensino bblico com qualidade, devemos considerar apossibilidade de que este acontea a partir de um trabalhoeducativo participativo.

    O diretor pode ajudar, criando oportunidades, como asque descrevemos anteriormente, em que o corpo docente sejaconfrontado com uma proposta de ministrao de ensino em

    que se priorize a ao do aluno e do professor. Ondesituaes de ensino sejam planejadas para possibilitar aparticipao do aluno de uma forma to efetiva quanto a doprofessor. O bom professor aquele que consegue provocarnos seus alunos uma louca vontade de aprender o tema emestudo. E aprender construir, lidar com um conhecimentoque se articula a partir de uma idia mental criativa.Logo, s ouvir no d conta do processo. necessrioforar o exerccio mental construtivo do aluno.

    A AO PEDAGGICA DO DIRETOR DA EBD - I

    Um trabalho alm de "abrir e fechar" a EscolaBblica

    Relao Professor-Aluno e Aluno-Aluno

    extremamente valioso quando h um envolvimento maiorentre o aluno e o professor. Expresso, inclusive, em

    experincias da vida real que extrapolem os limites dasaulas semanais. importante que o aluno veja, na prtica,

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    na vida do seu professor o que ele ensina. Quando oprofessor interessa-se pessoalmente pelos seus alunos,aconselhando-os e ajudando-os em tudo o que for possvel,est contribuindo decisivamente para um ensino relevante.

    Os alunos tambm precisam ser estimulados ao exerccioda mutualidade. Isto , ministrarem uns aos outros, a fimde construrem a unidade.

    Como vemos, o relacionamento interpessoal um aspectotremendamente significativo, no podendo deixar de serconsiderado pela direo da EBD. Atividades extra-classe,clulas de comunho, discipulado... so algunsprocedimentos que podem ser encaminhados pelo diretor. Mas,sobretudo, insistir no desenvolvimento de uma relao

    dialgica, quando, nas aulas, os alunos sentem-se a vontadepara colocar suas questes, compartilhar experincias, e oprofessor, habilmente, aproveita as diferentes falas esituaes para a explorao do conceito em estudo. abusca pelo predomnio da troca, da partilha, da comunho,do cuidado uns com os outros...

    Dinmica Organizacional

    Para que as iniciativas j comentadas provoquem

    resultados minimamente satisfatrios, torna-se necessrio ocuidado com as condies para o trabalho. Nesse sentido, ao tambm do diretor atentar, entre outras coisas, paraos critrios de formao dos grupos de estudo, a quantidadede alunos possvel, o horrio de funcionamento, o materialque vai ser utilizado e os registros atualizados.

    Os grupos de estudos ou as classes, como comumente sochamadas, no devem obrigatoriamente ser divididas porfaixa etria e sexo. O que deve definir a organizao aproposta curricular. Um curso bsico precisa ser criado

    para os iniciantes. Aps o trmino do curso bsico, comum ajovens e adultos, estes, ento, podero ser inscritos emclasses ou departamentos, sem que haja, no entanto, rigidezneste critrio e forma. Por que no organizar os grupos porinteresses, conhecimentos bblicos, escolaridade?

    Quanto a quantidade ideal de alunos, temos a dizer queos grupos no devem ser grandes. Preferencialmente noexceder a 20 alunos para cada professor. Justamente parafacilitar uma ministrao de ensino a partir de um trabalho

    educativo participativo, com o predomnio da relao

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    dialgica e o cultivo de um bom relacionamento interpessoalentre todos.

    O horrio de funcionamento, assim como o tempo dedicadoao ensino, no devem ficar presos a costumes e hbitos. A

    Escola Bblica no tem que necessariamente ser dominical. Eo tempo de aula deve ser o maior possvel.

    Assim como nos demais aspectos, o que deve definir aescolha do material a ser utilizado a propostacurricular. Esse material, contudo, no pode resumir-se arevista. Verificamos que a utilizao da revista umaprtica comum para facilitar e, de certa forma, uniformizaro estudo bblico ministrado em nossas igrejas. bom que osalunos possuam um material que lhes auxilie na descoberta e

    arrumao dos conceitos bblicos. Podendo ser a revista ouno. O que no bom que este material deixe de ser umauxlio e passe a ser um fim em si mesmo. O encaminhamentoda aula no pode limitar-se ao estudo da revista. Nossocontedo o teolgico, e a Bblia o livro-texto.Precisamos, como nos indica Gagliardi Junior, "...contarcom ortodoxia de contedo. Isto ter a Bblia como o seulivro-texto e ser fiel a ela em seus ensinos e doutrinas."

    A organizao pedaggica da EBD precisa considerar autilizao de instrumentos que garantam a atualizao dosregistros: Cadastro dos professores; ficha individual dosalunos; fichrio de alunos em perspectiva e anotao dasvisitas. Estes dados ajudaro nos diferentesencaminhamentos do trabalho.

    A AO PEDAGGICA DO DIRETOR DA EBD - II

    Um trabalho alm de "abrir e fechar" a EscolaBblica

    Proposta Curricular e Avaliao Peridica

    Em vrios momentos nos reportamos a necessidade dedefinio da proposta curricular. Esta se constitui no eixodirecionador do trabalho. O diretor que deseja exercer umaao significativamente pedaggica, no pode abster-se dese envolver nesta rea.

    O currculo implica numa srie de fatores: alunado aque se destina, realidade, necessidades... No tarefanossa, nesse Encontro, discutir os caminhos de suaconstruo. Pontuamos, no entanto, a necessidade da direo

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    da EBD ampliar a sua viso em relao a esse aspecto. Umprocedimento que pode ajudar bastante, aliviar a carga deresponsabilidade do diretor e facilitar a articulao destaconstruo, a organizao de uma comisso de currculo.Esta comisso pode ser formada pelo pastor da igreja, por

    um pedagogo e por um professor da EBD. Juntos, encontraro,mais facilmente, meios de avaliar, pesquisar e definir osciclos de estudo adequados a realidade e necessidade daigreja.

    A avaliao precisa ser assumida como aliada. Com afuno de diagnosticar o processo, ela sinalizar osacertos a serem feitos. Assim, o diretor da EBD deve prevera sua prtica sempre. Cada ciclo de estudo precisa seravaliado. Colher, atravs de pesquisas, a opinio dos

    alunos sobre o programa e desenvolvimento da classe e sobreo desempenho dos professores, uma das etapas avaliativas.A outra deve referir-se aprendizagem, e pode aconteceratravs de exerccios ou questes subjetivas. O processoavaliativo deve estar intimamente articulado propostacurricular.

    Divulgao

    Divulgar a EBD uma estratgia que, com certeza,

    influenciar no pedaggico. A criatividade do diretor e suaequipe produzir boas idias. Para exemplificar, contudo,destacamos algumas dicas sinalizadas por Olga NogueiraSantAnna em seu artigo: Por onde recomear?

    Cartas aos faltosos e membros da igreja que no soalunos, convidando para novos cursos, classes ouprojetos que foram planejados.

    Cartazes, faixas, mural da EBD, boletim da EBD,etc.

    Um diretor de Escola Bblica que no deseja reduzira sua ao ao ato de abri-la e fech-la, tem pelafrente uma longa jornada, perpassada de muitoscaminhos e descaminhos. O trabalho coletivo umasada. Aliar-se a pessoas da igreja que militam narea de educao, mas sobretudo, com experincia devida crist, uma atitude a ser buscada.

    So muitas as propostas e grandes os desafios.

    Esperamos que o Senhor nos capacite e nos ajude a ampliar

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    nossa viso e alcanar novos horizontes em educaoreligiosa.

    Sugesto de Leitura

    GAGLIARDI Jr., Angelo. Educao religiosa relevante.Rio de Janeiro, Vinde, 1993.

    ________________. Voc acredita em escola dominical?Niteri, RJ: Vinde, 1985.

    GANDIN, Danilo e CRUZ, Carlos H. Carrilho. Planejamentona sala de aula. Porto Alegre,1995.

    HENDRICKIS, Howard. Ensinando para transformar vidas.Belo Horizonte: Betnia, 1991.

    WWW.EBDWEB.COM.BR

    PASTORES LDERES DA NOVA ESCOLA DOMINICALPr. Eliezer Morais

    O sucesso da Escola Bblica Dominical depende, emgrande parte, do pastor e da sua iniciativa. Isto querdizer que toda E.B.D est esperando receber o apoio e adireo positiva do lder da igreja - o pastor. A E.B.D.,afinal, mais que uma organizao da igreja. a prpria

    igreja dividida em grupos para o estudo da Bblia.

    O pastor, contudo, no faz o trabalho sozinho. Eleprecisa de auxiliares. Quais os auxiliares dele nestatarefa? Qual o relacionamento que mantm com eles? Como eleconsegue dar direo positiva escola?

    Sugerimos quatro "horas" em que o pastor pode ajudar asua Escola Bblica Dominical.

    I. TODA HORA ELE LDER

    O pastor no pode escapar de seu papel de lder daigreja. Ou ele exerce e a igreja progride, ou deixa deexerc-lo e a igreja sofre. Mas ele permanece o lder.

    O pastor e o superintendente da Escola BblicaDominical trabalham em conjunto. Um precisa muito do outro.Eles devem traar juntos os planos para a sua Escola,estudar juntos os meios para solucionar os problemas eproporcionar uma orientao sbia para ela.

    O pastor deve informar-se sobre o que existe na rea de

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    http://www.ebdweb.com.br/http://www.ebdweb.com.br/
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    estudo bblico. Se ele vai orientar os membros e osprofessores no bom uso do material de ensino, primeiroprecisa ser informado. Deve conhecer bem as revistas eoutros materiais de ensino para cada idade

    II. A HORA DO PLPITO

    O plpito o lugar da pregao. Mas pela suanatureza , a pregao tem elementos fortemente didticos. Opastor, portanto, ensina muito quando prega. Ele oprimeiro professor da igreja. Serve de modelo para osdemais professores da igreja. E, com o passar dos anos,esses comeam a ensinar como ele ensina.

    Quando o pastor est no plpito os seus "sonhos" se

    revelam. O entusiasmo dele se torna contagiante. Eledesafia o seu povo e leva-o a novas determinaes. Elereconhece que o trabalho de Deus, mas tambm que Deus usamuito mais quem est otimista e que tem uma disposio paratrabalhar.

    O pastor faz uso do plpito para promover o trabalho daigreja. Nessa promoo devem ser includas as atividades daEscola Bblica Dominical. um assunto digno de ser faladoe promovido de qualquer plpito. A palavra do pastor valemuito e ele deve sempre aproveitar essa hora excelente paraencorajar o estudo da Palavra de Deus.

    III. A HORA DO TREINAMENTO DOS OBREIROS

    Paulo, escrevendo para o jovem pastor Timteo, falou danecessidade de preparo para apresentar-se "diante de Deusaprovado, como obreiro que no tem de que se envergonhar,que maneja bem a palavra da verdade" (II Tm 2.15).

    Ningum discute a necessidade de o pastor se preparar.

    Da mesma forma, os professores da Escola Bblica Dominicalprecisam de preparo.

    E o pastor a pessoa mais indicada para iniciar eorientar esse departamento.

    Feliz a escola que faz cursos e seminriosperiodicamente para treinar e atualizar os seus obreiros.

    Ainda mais, a Escola Bblica Dominical que tem um

    encontro semanal dos professores com o pastor, para oestudo da lio.

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    IV. A HORA DO ESTUDO BBLICO

    A hora da Escola Bblica Dominical no hora para opastor se esconder. hora para ele conhecer a sua EBD e

    ser reconhecido por ela. Que pastor no gostaria de seramigo das criancinhas da igreja? Qual a criancinha que nogostaria de ver e conhecer de perto o seu pastor? E osadultos, os jovens, e mesmo os adolescentes no gostariamde ter, de quando em quando, o seu pastor presente na suasala?

    O pastor um lder de lderes. O seu ministrio seamplia medida que ele conhece e consegue alistar etreinar outras pessoas. E a Escola Bblica Dominical pode

    ser a sua melhor base de operaes. Feliz a igreja cujopastor tambm pastor da Escola Bblica Dominical!

    http://www.escoladominical.com.br/

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    http://www.escoladominical.com.br/http://www.escoladominical.com.br/