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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Educação Física
Eloise Rizzo da Silva
Stella Alves de Lima Gonçalves
Tatiane Gargaro Pompilio
A ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS PRATICANTES DE DANÇA DE SALÃO PELO QUESTIONÁRIO SF-36 - ARAÇATUBA-SP.
Lins- SP 2012
Eloise Rizzo da Silva
Stella Alves de Lima Gonçalves
Tatiane Gargaro Pompilio
A ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS PRATICANTES DE DANÇA DE SALÃO PELO QUESTIONÁRIO SF-36
ARAÇATUBA-SP.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física, sob a orientação da Profª. Esp. Kátia Maíra Câmara Moreira Paccola e orientação técnica da Profª. Esp. Ana Beatriz Lima.
LINS - SP 2012
Silva, Eloise Rizzo da; Gonçalves, Stella Alves de Lima; Pompilio, Tatiane Gargaro A análise da qualidade de vida em idosos praticantes de dança de salão pelo questionário SF-36 – Araçatuba-SP. / Eloise Rizzo da Silva; Stella Alves de Lima Gonçalves; Tatiane Gargaro Pompilio. – – Lins, 2012.
63p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Bacharelado em Educação Física, 2012.
Orientadores: Ana Beatriz Lima; Kátia Maíra Câmara Moreira Paccola
1. Melhor Idade. 2. Dança de Salão. 3. Qualidade de Vida. 4. Educação Física. I Título.
CDU 796
A ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS PRATICANTES DE
DANÇA DE SALÃO PELO QUESTIONÁRIO SF-36 - ARAÇATUBA-SP.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.
Aprovada em: ____/____/____
Banca Examinadora:
Professora Orientadora: Kátia Maíra Câmara Moreira Paccola
Titulação: Especialista em Exercício Físico e Reabilitação Assinatura: ______________________________________
1o Prof(a): ______________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: ______________________________________
2o Prof(a): ______________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _____________________________________
A Deus,
Que tem depositado em mim toda sua força para que eu possa prosseguir em minhas lutas sem desistir.
À minha mãe,
Minha rainha, minha vida, a mulher mais incrível desse mundo. Sempre me apoiando e me ajudando em
todas as minhas dificuldades.
Ao meu pai,
Pela compreensão em todos os momentos.
À minha irmã,
Que sempre me ajuda em tudo que preciso.
Ao meu namorado,
Bruno, por ser uma pessoa que eu posso contar a qualquer momento, que me dá broncas, me elogia, me
entende... A pessoa que tem a maior paciência do mundo. Te amo muito! Obrigada por estar sempre ao
meu lado.
Às minhas amigas,
Stella (Limas) e Tatiane (Garga), obrigada pelas brigas, pelos risos, pelos choros, pelos conselhos, enfim,
obrigada por tudo, vocês moram no meu coração.
À nossa orientadora Kátia,
Mais do qualquer pessoa merece um agradecimento especial, você nos deu a base para que esse trabalho
fosse feito.
Eloise Rizzo da Silva
Aos meus pais,
Iara e César, os escolhidos por Deus para me trazerem a este mundo. Mãe, obrigada por todo esforço e
dedicação pela minha formação, se um dia conseguir ser 1/3 da pessoa que você é já me sentirei realizada.
Pai, obrigada por todo companheirismo, sabedoria e todo esse amor que estiveram presentes na minha
vida principalmente nesses últimos anos. Amo vocês.
À minha Avó Léia,
Vó Léia, nos momentos de lembranças da minha infância sua imagem é fortemente presente. Obrigada
por todos ensinamentos e por todo amor. Te amo.
Aos meus irmãos,
Renan, obrigada por todos os conselhos, conversas e experiências compartilhadas. Te amo. Indaiá (em
memória) agradeço a Deus por ter te enviado em minha família, por você ter sido a pessoa que me
ensinou a respeitar as diferenças e me incentivou a fazer a diferença na vida de muitas pessoas especiais.
Saudades, amo você.
Ao meu marido,
Ju dedico este trabalho a você por tudo o que significa em minha vida e por ter sido escolhida para ser sua
parceira de toda uma vida, e que assim seja até o fim.
À minha filha,
Manu, minha vida se transformou depois de sua chegada. Obrigada por trazer para a minha vida essa
felicidade imensurável e esse amor impossível de ser expresso através de palavras. Te amo
Aos meus amigos,
Alex, Elô e Tati por não terem me deixado desistir. Amo vocês
.
À APAE,
Agradeço pela oportunidade e por toda a confiança de todos os funcionários, alunos e pais APAExonados.
Durante quase cinco anos, essa instituição foi a minha segunda casa e a fonte de muitas inspirações, entre
elas a de me formar em Ed. Física. Amo todos vocês.
À dança,
Agradeço o privilégio de ter sido fortemente envolvida com essa maravilhosa forma de expressão
corporal que em muitos momentos foi o maior refúgio de minha vida.
Stella Alves de Lima Gonçalves
Aos meus pais,
Rosa e Antonio dedico este trabalho com muito amor e dedicação pelo apoio proporcionado durante estes
anos, financeira e afetivamente. Um sonho realizado e compartilhado com vocês, que me proporcionaram
a vida. Muito obrigada!Meu amor por vocês é incondicional. Amo vocês demais!
Ao meu companheiro de vida e namorado,
Tiago, que esteve presente em tudo que fiz, compartilhando o desgaste do cotidiano, me dando forças e
muito amor para eu poder prosseguir com o meu objetivo. Muito obrigada pela ajuda, pelo
companheirismo, amizade e amor, tudo isso me fez chegar até aqui. Te amo muito!
A minha família,
Que sempre acreditou no meu potencial, desejando sempre coisas boas para minha vida profissional e
pessoal. Minha irmã Thais, meus avós, tios e tias, primos e primas. Amo todos vocês!
Aos meus amigos,
Que durante este período difícil, me proporcionaram momentos de alegria, risadas e descontração.
A Deus,
Que me proporciona a vida, que ofereço mais esta etapa vencida. A vida que me presenteia com coisas
maravilhosas, como a música, a dança, pessoas que me fazem feliz, praias, filmes, momentos singelos e
emocionantes. Brindo a vida!
Tatiane Gargaro Pompilio
AGRADECIMENTOS
A Deus, nosso refúgio em momentos de fraqueza e alegrias, onde nossa fé foi
renovada a cada dia para atingirmos nossos objetivos e quem nos abençoou
durante toda a caminhada.
Aos mestres, que nos auxiliaram com seus conhecimentos acadêmicos,
experiência profissional e de vida, nos encorajando a lutar pelos nossos
sonhos. Em especial ao professor Wonder, Leandro, Ana Cláudia, professora
Bia que corrigiu e analisou este trabalho com tanto cuidado e dedicação e
professora Kátia, nossa querida orientadora, que acolheu nossa ideia com
muito respeito e sugestões maravilhosas.
Aos funcionários da biblioteca, que nos auxiliaram durante toda a jornada de
levantamento teórico, em especial a Sandra, que se mostrou uma profissional
eficiente e acolhedora.
Aos participantes deste trabalho, da Academia de dança de salão Sandro’s
Dance, Academia Quatro Estilos e idosos da cidade de Promissão e Penápolis,
que nos disponibilizaram as respostas nas quais procurávamos, respondendo
ao questionário de boa vontade.
Aos colegas, da turma de Bacharel em Educação Física (2009 – 2012), pela
convivência e experiência compartilhada.
Eloise, Stella e Tatiane.
RESUMO
A expectativa de vida vem crescendo consideravelmente nestes últimos tempos. Novos estilos de vida, avanços na medicina e um olhar revigorado da sociedade em relação à velhice, nos revelam que a idade média do ser humano se estende a cada dia. Dessa forma, é preciso que se crie um cenário social capaz de contribuir para a autonomia e independência destes indivíduos, para que eles se mantenham ativos e participativos na sociedade, e não percam sua autoestima, assim este período de sua vida será vivido de maneira ativa, prazerosa, divertida e com uma boa qualidade de vida. O presente trabalho teve como objetivo demonstrar os benefícios da dança de salão na qualidade de vida do idoso, através do questionário de qualidade de vida SF-36(Short-Form 36 Health Survey)(1999), em que avaliamos os seus oito domínios: capacidade funcional; aspectos físicos; aspectos emocionais; dor; estado geral de saúde; vitalidade; aspectos sociais e saúde mental. A pesquisa foi realizada com três grupos de dez pessoas: o primeiro grupo de indivíduos praticantes da dança de salão; em seguida de praticantes de hidroginástica; e por fim, um grupo de idosos sedentários que não praticavam nenhuma atividade física. Os três grupos tinham indivíduos de ambos os sexos, com idades entre 60 a 80 anos e que praticassem essas atividades com o tempo mínimo de um ano. Os resultados obtidos foram analisados através do método não-paramétrico de Friedman, onde não houve grau de significância exceto no domínio “saúde mental”(p=0,04) quando correlacionados os grupos de dança e o controle (sedentários), mesmo que no cálculo dos escores do questionário SF-36 indique que os resultados do grupo de dança de salão tenha se sobressaído aos demais, estatisticamente não foi constatado grau de significância.
Palavras-chave: Melhor Idade. Dança de Salão. Qualidade de Vida. Educação Física.
ABSTRACT
Life expectancy has been increasing considerably lately. New lifestyles, advances in medicine and a refreshed look of society toward aging, reveal us that the average age of the human being extends more and more each day. This way, it is necessary to create a social scenario capable of contributing to the autonomy and independence of these individuals, for them to remain active and engaged in the society, and do not lose its self-esteem, so this period of its life will be lived actively, pleasant, fun and with a good quality of life. The study aimed to demonstrate the benefits of ballroom dancing in the elderly quality of life, through the quality of life questionnaire SF-36 (Short Form-36 Health Survey) (1999), in which we evaluate its eight domains: physical functional, physical, emotional, pain, general health, vitality, social aspects and mental health. The survey was performed with three groups of ten people: the first group of individuals, who practice ballroom dancing, then a group of people who practice hydro gymnastics, and finally, a group of sedentary elderly who did not use to practice any physical activity. All three groups had people of both genders, aged from 60 to 80 years old and who’s practiced such activities with minimum of one year. The results were analyzed using the non-parametric method of Friedman, where no degree of significance except in the "mental health" (p = 0.04) when correlated dance groups and control (sedentary), even if the calculation scores of the SF-36 indicate that the results of group ballroom dance has been outstanding the other, was not found statistically significant degree. Keywords: The Best Age. Ballroom Dancing. Quality of Life. Physical Education.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Valores referentes ao gênero da amostra.........................................38
Tabela 2. Valores referentes à idade( anos) da amostra...................................38
Tabela 3. Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do domínio
“capacidade funcional” .....................................................................................39
Tabela 4. Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do domínio
“limitações por aspectos físicos” .....................................................................39
Tabela 5. Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do domínio
“dor” .................................................................................................................40
Tabela 6. Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do domínio
“estado de saúde geral”...................................................................................40
Tabela 7. Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do domínio
“vitalidade” ......................................................................................................40
Tabela 8. Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do domínio
“aspectos sociais” ...........................................................................................41
Tabela 9. Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do domínio
“limitações por aspectos emocionais” ............................................................41
Tabela 10. Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do domínio
“saúde mental” ..................................................................................................41
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ACM: Associação Cristã de Mocos
AVDs: atividade de vida diária
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
G.controle: Grupo controle
G. dança: Grupo de dança de salão
G. hidro: Grupo de hidroginástica
HDL: lipoproteína de alta densidade (High Density Lipoproteins)
LDL: lipoproteínas de baixa densidade (Low Density Lipoproteins)
IMC: Índice de massa corporal
OMS: Organização Mundial da Saúde
RML: Resistência Muscular Localizada
SF-36: Short – Form 36 Health Survey
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15
1 CONCEITOS PRELIMINARES .......................................................... 18
1.1 Melhor Idade ...................................................................................... 18
1.1.1 Alterações Antropométricas no Envelhecimento ................................ 18
1.1.2 Alterações na Gordura Corporal, Massa Mineral Óssea, Sarcopenia e
Potência Aeróbica no Envelhecimento ............................................................. 19
1.1.3 Características Psicossociais no Envelhecimento ............................ 20
1.2 Qualidade de Vida .............................................................................. 21
1.3 Atividade Física na Melhor Idade ....................................................... 24
1.3.1 Benefícios da Atividade Física na Melhor Idade ................................ 25
1.3.2 Atividades Físicas indicadas na Melhor Idade ................................... 26
1.4 Dança de Salão .................................................................................. 27
1.4.1 Definições e conceitos ....................................................................... 27
1.4.2 Classificação ...................................................................................... 28
1.4.3 Benefícios da Dança de Salão ........................................................... 29
1.4.4 A Dança de Salão na Melhor Idade ................................................... 30
1.5 Hidroginástica .................................................................................... 30
1.5.1 Definição e Histórico .......................................................................... 30
1.5.2 Benefícios da Hidroginástica ............................................................. 31
1.5.3 A Hidroginástica na Melhor Idade ..................................................... 32
2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS ............................................................ 33
2.1 Condições ambientais ........................................................................ 33
2.2 Sujeitos ou amostra experimental ...................................................... 33
2.3 Material .............................................................................................. 33
2.4 Teste .................................................................................................. 34
2.4.1 Short-Form 36 Health Survey (SF – 36 .............................................. 34
2.5 Procedimentos ................................................................................... 38
2.6 Análise estatística .............................................................................. 38
2.7 Resultados ......................................................................................... 38
2.8 Discussão.......................................................................................... 43
2.9 Conclusão .......................................................................................... 48
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 49
APÊNDICES ..................................................................................................... 53
ANEXOS .......................................................................................................... .58
15
INTRODUÇÃO
A expectativa de vida vem crescendo consideravelmente nestes últimos
tempos. Novos estilos de vida, avanços na medicina e um novo olhar da
sociedade em relação à velhice, nos revelam que a idade média se estende a
cada dia.
O IBGE, em pesquisa divulgada em 2009, aponta que a esperança de
vida do brasileiro em 1940 sequer atingia os 50 anos de idade (45,50 anos). Os
avanços da medicina e as melhorias nas condições gerais de vida da
população concorreram para que, 68 anos mais tarde, esse indicador atingisse
72,86 anos, em 2008. Segundo a projeção de população do IBGE, em 2050
esse indicador deverá chegar aos 81,29 anos (Rollof, 2010), assim é preciso
que se crie um cenário social capaz de contribuir para a autonomia e
independência destes indivíduos, para que eles se mantenham ativos e
participativos na sociedade.
A visão da sociedade e seus conceitos em relação à velhice mudaram
ao longo dos anos, atualmente ela é vista apenas como mais um estágio de
vida e pelo fato do mesmo estar se prolongando, deve ser vivido e aproveitado
com saúde e alegria.
O envelhecimento é inevitável, por isso devemos fazer com que essa
etapa, conhecida hoje por expressões como “terceira idade”, “melhor idade”,
que se inicia, segundo a OMS aos 65 anos em países desenvolvidos e aos 60
no Terceiro Mundo (Eston, 2012), seja vivido de maneira ativa, prazerosa,
divertida e com uma boa qualidade de vida.
O conceito de qualidade de vida, de acordo com Vecchia et al (2005),
faz relação com a autoestima e ao bem-estar pessoal, abrangendo uma série
de aspectos como a capacidade funcional, o nível socioeconômico, o estado
emocional, a interação social, a atividade intelectual, o autocuidado entre
outros. Por não possuir uma definição direta, tendo significados abrangentes,
complexos e subjetivos, é comum vermos variação de conceitos entre os
autores.
A opinião do idoso em relação ao que ele considera ser a qualidade de
vida é muito válida para criarmos parâmetros de avaliação e assim oferecer
16
atividades que lhes forneça o maior número de benefícios, seja por um prisma
físico ou mental.
Durante o processo de envelhecimento temos alterações fisiológicas em
nossas capacidades funcionais, como a redução de força, redução do volume
muscular e redução da capacidade aeróbica, dentre outros fatores. Segundo
Bistrattin (2005), a manutenção das capacidades funcionais essenciais aos
idosos, irá repercutir na melhoria de sua qualidade de vida por estar
diretamente ligada a sua autonomia e independência.
De acordo com Souza (2006), o exercício físico é com certeza um
grande aliado e pode prevenir e retardar o processo de envelhecimento. Assim,
sendo, principalmente os idosos devem se manter ativos visando
principalmente: aumento da autonomia e sensação de bem-estar; aumento da
força muscular; manutenção ou melhora da flexibilidade; maior coordenação
motora e equilíbrio; maior sociabilidade; controle do peso corporal; diminuição
da ansiedade e depressão; maior independência pessoal; ajuda no tratamento
e prevenção de doenças, entre outros. Souza (2006) relata que os
treinamentos indicados para o idoso são de exercícios aeróbios de baixo
impacto como caminhadas, mas poderá fazer também bicicleta ou
hidroginástica, exercícios com peso como a musculação, alongamentos, Yoga,
Pilates entre outras atividades que também promovam uma maior flexibilidade
e mobilidade articular.
Rezende e Caldas (2003) citam a dança de salão como agente
motivador do indivíduo para a manutenção e/ou recuperação da vida e alegria
pessoal.
A dança de salão é uma prática eficaz e enriquecedora para a população
idosa, pois além dos benefícios funcionais como a manutenção do equilíbrio,
potência aeróbica, força muscular, coordenação motora, movimentos corporais
totais, ela proporciona ao indivíduo a vitalidade, a elevação da autoestima e
alegria de viver, integrando corpo, mente, saúde e prazer.
Esta pesquisa se propõe a uma investigação na área de Educação
Física limitando-se a investigar a Dança de Salão na Terceira Idade.
17
Este trabalho teve como objetivo analisar os benefícios gerados pela
dança de salão na qualidade de vida do idoso através do questionário de
qualidade de vida SF-36.
A pesquisa ocorreu na Academia de Dança de Salão Sandro’s Dance na
cidade de Araçatuba, com idosos praticantes de dança de salão, idosos da
Academia Quatro Estilos praticantes de hidroginástica e idosos sedentários das
cidades de Promissão e Penápolis. Foram escolhidos para participar da
pesquisa experimental aqueles que se mostraram dispostos a cooperar com os
questionários e entrevistas a serem feitos.
Contudo, o trabalho foi norteado pela seguinte questão: A dança de
salão contribui para a melhoria da qualidade de vida na melhor idade? Diante
dessa questão, de acordo com a pesquisa bibliográfica e os resultados obtidos
pela aplicação do questionário, sugere-se que a dança de salão proporciona
uma melhoria na realização das atividades de vida diárias, autoestima,
relações interpessoais, influenciando na independência do idoso, assim
contribuindo para uma maior qualidade de vida, fazendo com que o mesmo,
seja inserido na sociedade como ser atuante.
18
1 CONCEITOS PRELIMINARES
1.1 Melhor Idade
De acordo com o Estatuto do Idoso, o indivíduo é considerado idoso com
idade igual ou superior a sessenta anos. Chegar à terceira idade não quer dizer
que chegamos ao fim da vida e sim que começaremos a melhor fase dela, pois
como já é vista, podemos denominá-la melhor idade.
No processo de envelhecimento muitas pessoas não aceitam as
mudanças que ocorrem, como a diminuição da visão, audição, olfato, paladar,
algumas patologias aparecem, dificuldade de realizar suas atividades de vida
diárias e consequentemente acabam perdendo sua independência.
1.2 Alterações antropométricas no envelhecimento ( Estatura, Peso e IMC)
Matsudo (2001, p. 23) faz a seguinte afirmação: “uma das mais
evidentes alterações que ocorrem com o aumento da idade cronológica é a
mudança das dimensões corporais, como as mudanças principalmente na
estatura, no peso e na composição corporal”. Apesar de o componente
genético pesar na determinação do peso e estatura dos indivíduos, a dieta, a
atividade física, os fatores psicossociais e as doenças, estão envolvidos nas
alterações destes componentes durante o envelhecimento.
A diminuição da estatura com o passar dos anos pode se dar pela
compressão vertebral, estreitamento dos discos intervertebrais, posturas
viciosas.
O peso pode ser alterado para mais ou para menos por diversos fatores,
entre eles: fatores hormonais que controlam a saciedade e a fome; uso
excessivo de medicamentos; depressão e o isolamento; alcoolismo;
sedentarismo; nutrição; hipotrofia muscular; catabolismo associado a doenças
agudas e doenças crônicas.
19
Com as mudanças do peso e a estatura, o IMC também se modifica ao
longo do tempo.
1.3 Alterações na Gordura Corporal, Massa Mineral Óssea, Sarcopenia e
potência aeróbica no Envelhecimento.
Matsudo (2001, p.26), descreve que “o acúmulo da gordura corporal
parecem resultar de um padrão programado geneticamente de mudanças na
dieta e no nível de atividade física relacionado à idade ou a uma interação
entre estes fatores”. Cita ainda que mesmo com a diminuição da taxa
metabólica de repouso diminua 10% por década, não explica o aumento de
gordura com a idade.
De acordo com pesquisas transversais e longitudinais de nossa história,
o comportamento da gordura corporal é dado pelo aumento nas primeiras
décadas do envelhecimento e a sua diminuição nas últimas décadas do
declínio.
A massa mineral óssea é outra mudança muito importante na
modificação da composição corporal do idoso, pois essa perda de acordo com
Matsudo (2001, p. 33 e 34) “começa no homem por volta dos 50-60 anos a
uma taxa de 0,3% ao ano e na mulher dos 45 aos 75 anos, a uma taxa de 1%
ao ano”.
A perda gradativa da massa do músculo esquelético e da força ocorre
com o envelhecimento, essa perda de força e massa no músculo é
denominada sarcopenia. Matsudo (2001, p. 36) exibe alguns mecanismos
potenciais associados com a sarcopenia durante o processo de
envelhecimento:
a. Diminuição da secreção do hormônio de crescimento.
b. Aumento da massa de gordura corporal.
c. Inatividade física.
d. Perda de unidades motoras alfas.
e. Alteração da atividade da unidade motora.
f. Diminuição de estrógenos e andrógenos.
20
g. Diminuição da ingestão de proteínas.
A potência aeróbica, de acordo com Matsudo (2001, p. 52) após as
alterações do sistema neuromuscular na mobilidade e capacidade funcional do
idoso, é a alteração que deve ser muito considerada, pois sofre um declínio de
10% por década.
Contudo, Matsudo(2001, p. 50) coloca um modelo para as perdas no
envelhecimento, se dando por vários mecanismos:
a. Musculares: como a hipotrofia muscular, alteração da
contratilidade muscular ou do nível enzimático;
b. Neurológicos: como a diminuição do número de unidades
motoras, mudanças no sistema nervoso ou alterações
endócrinas;
c. Ambientais: como o nível de atividade física, má nutrição ou
doenças.
1.4 Características psicossociais no envelhecimento
Juntamente com as mudanças supracitadas, também podemos falar
sobre aspectos psicossociais, como a aposentadoria do trabalho, que é um
fator contribuinte para que o idoso não se sinta mais útil, pois era acostumado
a levar certo ritmo de vida, com várias funções e tarefas para realizar durante
seu dia.
Para Geis (2003) deve-se levar em conta que a partir do momento em
que o idoso para de trabalhar terá um tempo livre que deverá ser preenchido
com atividades que motivem o físico e o psicológico.
A partir do momento em que essas pessoas param de trabalhar e não
ocupam seu tempo com outras atividades produtivas por receio de não
conseguirem realizá-las, começam a se excluir da sociedade e terem tanto
problemas físicos como psicológicos.
O idoso deve ter atitudes positivas na vida, e a primeira dessas atitudes básicas é aprender a ser ele mesmo, aprender
21
a viver consigo mesmo, a conhecer-se da forma como é, com suas dimensões corporais, espaciais, temporais, corporais, espirituais. (GEIS,2003, p. 184)
O idoso tem um valor muito grande na sociedade, pela sua experiência
de vida, seus valores, sua sabedoria, inteligência, enfim, são pessoas que
merecem um maior respeito, mas infelizmente isso não acontece com
frequência. Quando o próprio idoso não se aceita, a sociedade passa a
discriminá-lo também, pelo fato de acharem que já não podem mais contribuir
com nada.
Do ponto de vista social é necessário que se aprenda a cuidar da saúde física e mental [...], pois não é possível rejuvenescer a velhice, mas proporcionar condições psicológicas e sociais para viver com satisfação e equilíbrio durante esse período da vida e também provando que o idoso tem importante papel social. (RENTE; OLIVEIRA, 2002, p. 13)
Quando o idoso é excluído da sociedade começa a apresentar cada vez
mais problemas e na maioria das vezes podem ser mais psicológicos do que
físicos. Os problemas psicológicos são relatados com frequência, pois os
idosos começam a ficar muito solitários em suas casas, ou porque os filhos se
mudaram, ou então pela perda de um ente querido.
Com o desaparecimento da pessoa querida, o idoso vive em solidão,
pois todas as coisas que fazem parte da vida diária, como rir, chorar, sentir,
planejar, passear, não são mais compartilhadas. (GEIS, 2003)
Quando passam por todas essas mudanças que a velhice traz, o idoso
deve procurar se focar em alguma atividade que sinta prazer em realizar, que
traga alegria a sua vida e que tenha contato com outras pessoas. Algum tipo de
atividade que o faça sentir-se inserido novamente na sociedade fazendo assim
que não se sinta na terceira idade, mas sim, na sua melhor idade.
1.2 Qualidade de Vida
Conceituar qualidade de vida é uma missão complexa e subjetiva, pois
na literatura não se encontra definições concretas sobre o tema.
A qualidade de vida muda constantemente, pois abrange aspectos que a
difere de tempo em tempo. De acordo com Leal (2008), a qualidade de vida se
22
modifica de cultura para cultura, de época para época, de indivíduo para
indivíduo, estando assim diretamente ligada com a percepção que cada um
tem de si e do mundo que o rodeia.
Avaliar e conceituar a qualidade de vida vai depender de circunstâncias
da vida de cada pessoa no momento, como o lado psicológico, físico,
socioeconômico, cultural e espiritual, sendo assim múltiplos os conceitos.
Kluthcovsky; Takayanagui (2007), com um estudo de levantamento de
aspectos conceituais sobre a qualidade de vida, referem-se à passagem desse
termo pela história, sendo mencionado possivelmente pela primeira vez em
1920 por Pigou, em um livro sobre economia e bem-estar, ou então para outro
autor citado no estudo, o termo qualidade de vida foi utilizado pela primeira vez
por Lyndon Johnson, em 1964, então presidente dos Estados Unidos, que
declarou: “...os objetivos não podem ser medidos através do balanço dos
bancos. Eles só podem ser medidos através da qualidade de vida que
proporcionam às pessoas”. Os autores concluem que esse termo foi utilizado
durante a história para medir o quanto uma sociedade havia se desenvolvido
economicamente.
Com o estudo de Kluthcovsky e Takayanagui (2007), compreende-se
uma diferença do que o homem conceitua a sua qualidade de vida nos dias de
hoje. Atualmente a definição para qualidade de vida se liga à satisfação
pessoal do indivíduo, seja na sua vida amorosa, na relação familiar, em um
bom emprego, momentos de lazer e saúde, tendo assim a percepção de que
se sente feliz e realizado.
A qualidade de vida atualmente está mais ligada a um prisma mental e
relacional, do que num aspecto financeiro. Claro que a falta de condições para
manter as necessidades básicas na vida de um indivíduo afetará a sua
qualidade de vida, mas hoje o ser humano, por viver num mundo capitalista no
qual todos lutam diariamente com a falta de dinheiro, busca meios externos a
esse mundo estressante com o intuito de resgatar ou adquirir um equilíbrio
interno, objetivando valores não materiais como o amor, liberdade e a
felicidade.
Minayo; Hartz; Buss (2000), falam que a relatividade da noção do
indivíduo para conceituar a qualidade de vida remete a três fóruns de
23
referência: a histórica, na qual em um determinado tempo da sociedade, existe
um parâmetro de qualidade de vida, que pode ser diferente de outra época, da
mesma sociedade. A cultural, na qual os valores e necessidades são diferentes
nos diferentes povos. E padrões de bem-estar estratificados entre as classes
sociais, com desigualdades muito fortes, em que a ideia de qualidade de vida
relaciona-se ao bem-estar das camadas superiores.
Não há como conceituar diretamente a qualidade de vida sem entrar em
diferentes âmbitos da história de um indivíduo, mas muitos estudos vêm sendo
realizados, por se tratar de um tema muito relevante e atual, principalmente
quando relacionada à promoção de saúde.
A saúde, igualmente a qualidade de vida, não tem um conceito certo,
pois ela não tem a mesma representação simbólica para todas as pessoas. De
acordo com Scliar (2007), a saúde dependerá da época, do lugar, da classe
social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas,
religiosas, filosófica. Estar saudável não implica somente na ausência de
doenças patológicas, mas de muitos fatores extrínsecos que influenciam no
bem-estar do indivíduo.
Quando se trata da palavra saúde, logo remete a palavra atividade
física. Atualmente a sociedade acredita que para estar saudável é preciso
praticar atividades físicas, seja por estética, seja para manter os níveis de
doenças crônicas estáveis ou para apenas conviver em sociedade, sair de sua
casa e fazer amigos.
Araújo; Araújo (2000), falam que a atividade física pode ser entendida
como qualquer movimento produzido pela musculatura esquelética que
provoque gasto calórico acima dos níveis de repouso. Dessa forma as
atividades diárias domésticas, no trabalho, transporte e mesmo um programa
de exercícios físicos ou atividade de lazer como a dança estão reunidos sob o
termo “atividade física”, afinal melhoram as aptidões físicas como condições
aeróbias, força e flexibilidade. Logo a atividade física também está ligada à
qualidade de vida do indivíduo.
Na conclusão de seu artigo, Glaner (2003), fala que a prática regular de
atividade física, em todas as idades, é fundamental para minimizar o risco de
incubação e desenvolvimento precoce de doenças crônico-degenerativas,
24
consequentemente possibilitando uma longevidade com maior qualidade de
vida.
A expectativa de vida vem aumentando nos últimos anos, assim a
sociedade busca meios para que se viva mais e com boa qualidade de vida e
um recurso muito procurado nos últimos anos é a dança de salão.
Com o objetivo de identificar os benefícios que a dança de salão pode
trazer para a qualidade de vida do idoso, Gobbo (2005), diz que o idoso
procura a dança de salão mais pelo fator social, ou seja, nas relações
interpessoais na qual ela atua com uma maior eficácia. O idoso, devido a todo
um histórico biológico (músculos, articulações, osso, etc), não procura a dança
de salão por exibicionismo ou profissionalismo (aprendizagem de sequência de
passos, coreografias, etc); mas pelo simples fato de que a dança pode suprimir
desejos retraídos, o encontro com uma nova pessoa do sexo oposto, a fuga da
solidão em casa, e por uma gama de opções para superarem todas as suas
dificuldades.
Contudo, pode-se dizer que a dança de salão é um meio de estar ativo
fisicamente, proporcionando benefícios tanto físicos, como psicológicos e
sociais e assim contribuir para a melhora da qualidade de vida do idoso, pois a
percepção de qualidade de vida em relação à dança de salão é muito positiva,
trazendo ao idoso prazer, autonomia, a oportunidade de se relacionar
diariamente e novas possibilidades.
1.3 Atividade física na Melhor Idade
No processo de envelhecimento ocorrem várias mudanças fisiológicas
no organismo. Sabendo-se que a atividade física é um fator que colabora para
a melhoria da qualidade de vida de qualquer indivíduo, podemos afirmar que
para a melhor idade a atividade física é um fator indispensável, pois
apresentará tanto uma melhora física quanto psicológica. Um dos benefícios da
atividade física é contribuir para que, mesmo com as limitações que surgem no
processo de envelhecimento, os praticantes possam redescobrir possibilidades
de viver sua própria vida com a máxima autonomia, influenciando nos
aspectos, físico, mental e social.
25
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a atividade física
pode ser conceituada como qualquer movimento corporal produzido pela
musculatura esquelética que resulte em gasto energético.
A melhor idade é vista como um período de decadência física e mental,
por aparecerem várias mudanças na vida desses indivíduos como a diminuição
de coordenação motora, equilíbrio, força, resistência física, velocidade de
reação, capacidade de concentração, enfim, inúmeros fatores que fazem com
que esse idoso comece a perder o interesse pela vida.
A solução mais cogitada para a maioria dos problemas dos idosos é a
prática de atividade física. A melhor idade é uma população que deve ter seu
tempo ocupado por atividades prazerosas e que tragam benefícios à sua vida.
“Se alguém pensa que, na terceira idade, não se pode começar a
praticar algum esporte e/ ou atividade física, está muito equivocado, já que a
idade não deve estabelecer fronteiras no modo de viver.” (GEIS, 2003, p.50).
Segundo GEIS (2003), quem já praticava algum esporte ao longo da
vida, poderá praticá-lo em novo ritmo, e quem nunca praticou, poderá iniciar
uma atividade física sem muita técnica, que traga gratificação pela sua prática.
1.3.1 Benefícios da Atividade Física na Melhor Idade
Veras et al (1999, p.153) refere-se ao conjunto de benefícios obtidos
pelo idoso com a atividade física regular e suas contribuições:
a) aumentar o bem-estar geral;
b) aumentar a saúde física e psicológica;
c) ajudar a preservar a vida independente;
d) ajudar a controlar situações especiais (estresse, obesidade) e
determinadas doenças (diabetes, hipercolesterolemia);
e) reduzir o risco de doenças cujo início pode ser assintomático
(hipertensão arterial, diabetes) e
f) ajudar a minimizar dores crônicas.
Para Veras et al (1999), com a prática regular de atividade física,
também podem ocorrer diversas modificações em alguns aparelhos como:
cardiovascular (aumento da capacidade de bombeamento do coração,
26
diminuição da função cardíaca de repouso, diminuição da pressão arterial),
locomotor (aumento da massa muscular, aumento da densidade óssea,
aumento da resistência dos tendões e ligamentos), respiratório (aumento da
capacidade vital, aumento da força de músculos respiratórios), sangue
(diminuição dos níveis de LDL, triglicerídeos, aumento do HDL, entre outras
modificações) e neuro-psiquismo (aumento da coordenação motora, diminuição
da ansiedade, da depressão e da dor crônica, aumento da autoestima).
A participação dos indivíduos da melhor idade em grupos de atividade
física só acarretarão benefícios. Qualquer atividade física tem efeito positivo
em seus praticantes, tanto físico, quanto psíquico.
Uma atividade física praticada em grupo pode trazer tanto benefícios
físicos como psicológicos. Na prática de qualquer atividade física o idoso
trabalhará tudo aquilo que está em declínio. Melhorará suas habilidades como
equilíbrio, concentração, coordenação motora, e consequentemente se sentirá
mais confiante e terá maior facilidade para realizar outras atividades que antes
tinha dificuldade em executar, como as atividades de vida diárias. Nas
atividades realizadas em grupo encontrará o seu momento de relacionar-se
com o próximo e fazer amizades.
A atividade física nos dá a possibilidade de criar tal vínculo. O fato de ir a um centro para realizar uma atividade, nesse caso, ginástica, ioga, natação, tai-chi, etc., não implicará apenas benefícios físicos, mas também psíquicos. Não se vai em um clube só para realizar uma atividade, mas também para relacionar-se, falar, comunicar-se, compartilhar, identificar-se com um grupo, fazer amizade com pessoas do bairro com as quais se compartilhem vivências parecidas ou próximas. (GEIS, 2003, p.31)
A partir do momento em que o ambiente onde se realiza essa atividade
física se torna o mais agradável possível, o idoso se sentirá cada vez mais
motivado a frequentá-lo e com essa motivação, logo, resultados positivos mais
rápidos aparecerão.
1.3.2 Atividades Físicas indicadas para a Melhor Idade
27
É recomendável que todas as pessoas que pretendem iniciar um
programa de exercícios físicos façam inicialmente uma consulta ao seu médico
assistente para estabelecer os níveis de esforço que podem ser realizados.
(VERAS et al, 1999, p.154).
Como qualquer outra pessoa, um idoso deve sempre consultar seu
médico para iniciar um programa de atividade física, para que possa realizar
alguns exames que indiquem a condição geral do organismo.
Podendo haver a possibilidade de alguns idosos não terem praticado
nenhuma atividade física no decorrer de suas vidas, antes de iniciar qualquer
programa, deve-se levar em consideração a escolha do exercício que será
praticado, que deverá ser de preferência pessoal.
São recomendados os exercícios aeróbios que envolverem o maior número de agrupamentos musculares, e, preferencialmente, que forem familiares aos executantes. Assim são indicados: a caminhada, o trote (corrida de baixa velocidade), a natação, a pedalagem (seja em bicicleta comum, seja em bicicleta ergométrica – esta preferível por reduzir o risco de quedas). (VERAS et al, 1999)
As atividades realizadas pelos idosos devem sempre ser monitoradas
por profissionais, para aumentar a segurança na execução dos exercícios.
1.4 Dança de Salão
Nos últimos tempos, a dança de salão vem tomando espaço na
sociedade por ser uma atividade física que proporciona diversos benefícios
para todas as faixas etárias.
1.4.1 Definições e conceitos
A dança, no conceito de Fonseca (2008, p. 11), é ”[...]” uma forma
expressiva de movimentos guiados pela música. Dançar desperta emoções
positivas, prazer e socialização” [...]”, para Toneli (2007, p. 14), “[...]”a dança
faz parte da natureza humana por ser uma de suas manifestações instintivas e,
tem por base as manifestações biológicas dos animais e dos seres humanos,
uma vez que os movimentos são dirigidos pela pulsação e respiração”[...]”.
28
Movimentos de dança podem ser observados até nos animais como um
exemplo de Toneli (2007, p. 14), ”[...]” o avestruz que tem fama de bailarino,
pois “subitamente se senta, abre as asas e ritmicamente balança o corpo para
frente e para trás”[...]”.
Não tem uma data específica para o surgimento da dança, afinal os
movimentos ritmados estão presentes no homem mesmo antes da fala, pois o
homem primitivo já utilizava de atividades dançantes para se comunicar, cultuar
seus deuses, pode-se comprovar através das pinturas encontradas nas
cavernas.
O histórico da dança se desenvolveu radicalmente durante os tempos, a
dança já foi utilizada para rituais da magia e feitiçaria, na antiguidade clássica,
era utilizada em festas de nascimentos, banquetes, ritos religiosos e núpcias.
Basicamente a dança foi vista pelas populações no decorrer do tempo como
instrumento de culto, para celebrar nascimentos, casamentos e agradecer aos
deuses, por outro lado o clero a condenava como pecado por possuir
movimentos sensuais, como Toneli (2007, p. 17) descreve “[...]”Em relação à
dança, a atitude da Igreja foi dúbia: condenação por um lado, tolerância por
outro”[...]”. Foi em 1900 que a dança se desenvolveu com grande significado,
apresentando vários estilos e formas.
A dança de salão é uma atividade realizada por pares, em que um dança
com o outro e para o outro. Essa dança se enquadra na categoria de dança
popular, pois é marcada pelas características sociais de cada época, se
originando de acontecimentos socioeconômicos e políticos. Sendo tão
dinâmica quanto à própria sociedade, ela se transforma, atualiza e vai se
moldando às realidades das populações de cada época.
No decorrer do século XX, as danças sociais ou danças de salão,
sofreram muitas transformações, sendo aprimorados alguns ritmos e outros
desaparecendo.
1.4.2 Classificação
A dança de salão é composta por vários ritmos e cada um possui uma
forma de dançar, de acordo com Fonseca (2008), a criação e adaptação dos
29
ritmos surgiram pela divulgação da dança de salão em diversas culturas e
classes sociais, ela ainda diz que a dança de salão é dividida em clássicas e
latino-americanas e os aspectos que as determinam são: origem de cada
dança, tipo de postura utilizada durante a execução, em que ocasiões e
ambiente é dançada, a sua forma de locomoção e utilização do espaço.
Exemplos de dança clássica são os ritmos como a valsa lenta, tango, o foxtrot
entre outros, em que posturas mais alongadas e firmes são utilizadas e os
dançarinos se vestem com roupas mais elegantes, já como exemplos de
danças na categoria latino - americanas têm-se o samba, o mambo, o rock’ n
Roll, o pasodoble e muitos outros ritmos, que exigem bastante gingado,
movimentos de quadril e os dançarinos rodam muito pelo salão, com
vestimentas mais curtas e sensuais, com o intuito de enfatizar a ação das
pernas.
1.4.3 Benefícios da dança de salão
Geis (2003) sugeriu que a prática da dança de salão desencadeia uma
série de benefícios a seus praticantes, sendo eles:
a) melhora da flexibilidade, coordenação motora e equilíbrio;
b) melhora, conscientiza e controla a execução de movimentos;
c) estimula a percepção, a compreensão e a memória;
d) promove a revalorização do próprio corpo;
e) estabelece relações de cooperação, colaboração e apoio mútuo;
f) reduz a tensão do dia a dia por possuir um efeito relaxante;
g) melhora a percepção de tempo;
h) melhora a percepção de espaço;
i) sua execução não requer condições físicas especiais, podendo assim
ser praticada por distintas gerações;
São inúmeros os benefícios proporcionados pela dança de salão, sendo
uma atividade muito buscada atualmente, pois a dança de salão é uma forma
muito prazerosa de se exercitar. Além do âmbito físico, ela proporciona
30
também benefícios mentais e sociais, fazendo com que o indivíduo que a
pratica se sinta ativo na sociedade, como um ser participativo e disposto a se
relacionar com prazer, conhecendo novas pessoas e traçando novos objetivos,
como aprender uma nova coreografia, conseguir executar um novo movimento,
adquirindo assim um novo conceito sobre movimentos possíveis do próprio
corpo, que antes era uma possibilidade não cogitada.
A dança de salão, com seus desafios e estímulos à percepção e articulação do indivíduo na elaboração e realização dos movimentos, permite experimentar, orientar, ordenar, dar forma ao seu corpo, agir, reagir e criar. (REZENDE, CALDAS, 2003, p. 20)
1.4.4 A Dança de Salão na Melhor Idade
A dança de salão é uma atividade muito indicada para o idoso, pois
contribui para a autonomia e independência do mesmo, tornando-o ativo e
participativo na sociedade.
O idoso por utilizar a dança de salão como atividade física desfruta de
muitos benefícios funcionais como a melhoria ou manutenção de sua força
muscular, equilíbrio, condicionamento aeróbio, movimentos corporais totais,
contribuindo muito para a independência de atividades de vida diárias.
Rezende e Caldas (2003. p. 11), ainda citam que “a dança de salão tem
funções terapêuticas como aliviar a pressão mental, tensão emocional,
provocadas pela vida diária estressante”.
Assim, a dança de salão proporciona uma melhoria na realização das
atividades de vida diárias, influenciando na independência do idoso, sendo uma
prática eficaz e enriquecedora, pois além dos benefícios funcionais, ela
proporciona ao indivíduo a vitalidade, a elevação da autoestima e alegria de
viver, fazendo com que o mesmo, seja inserido na sociedade como ser atuante,
contribuindo para uma maior qualidade de vida.
1.5 Hidroginástica
1.5.1 Definição e histórico.
31
A hidroginástica, também conhecida como ginástica aquática é
caracterizada pela realização de exercícios físicos no ambiente líquido.
Marques e Pereira (1999) chegaram a descrevê-la como “aeróbica
molhada”, devido a falta de conhecimento das propriedades do meio líquido no
início de sua prática.
A hidroginástica tradicional é constituída por exercícios específicos,
baseados no aproveitamento da água como sobrecarga, com intensidade
moderada e formato aeróbico, porém, sem enfatizar o trabalho de força e
flexibilidade. (KRUEL, 2000)
Di Masi (2000) diz que a hidroginástica é um programa de exercícios
físicos aquáticos que procura utilizar-se de padrões de controle, execução e
dosagem de exercícios, para suavizar, facilitar e restaurar diversas disfunções
corporais no intuito de melhorar o bem-estar psicomotor do indivíduo.
Os mesmos autores acreditam que sua prática regular seja um mergulho
em direção a um estilo de vida mais saudável.
Os exercícios aquáticos não são atividades inventadas no cotidiano
atual. Segundo Silva (1987) arquivos de arqueologia relataram que há cinco mil
anos, na Índia, já existiam piscinas de água quente e algumas figuras assírias
mostravam estilos rudimentares de natação.
Skinner; Thomson (1985) afirmaram que Hipócrates, em 460-375 a.C.,
utilizava a água para o tratamento de doenças, e também, que o romanos
utilizavam os banhos com fins curativos e muitas vezes recreativos.
Em meados da década de sessenta a ACM apresenta um formato de
programa de exercícios dentro da água para a população idosa.
Bonachela (2001) citou que a hidroginástica surgiu na Alemanha no final
da década de 80 com o trabalho semelhante ao da ACM, utilizando-se da
posição vertical, visando não mais a reabilitação e sim o condicionamento
físico. No Brasil a hidroginástica surgiu aproximadamente há 27 anos sendo
considerado um sistema de condicionamento físico que beneficia desde a
população idosa e a sedentária até atletas de alto nível.
1.5.2 Benefícios da hidroginástica.
32
Bonachela (2001) citou que os benefícios da prática regular de atividade
física são:
a) mudanças na composição corporal;
b) melhoria da flexibilidade, do equilíbrio e da coordenação motora
global;
c) aumento da resistência cardiovascular;
d) aumento da força e RML;
e) contribui para o bem-estar dos praticantes;
f) aumento da autoestima e autoconfiança.
1.5.3 A hidroginástica na Melhor Idade.
Segundo Corazza (2001) a hidroginástica é a atividade física mais
adequada para suprir as necessidades do idoso e não possui qualquer contra
indicação.
Sabe-se, no entanto que existem pessoas que apresentam contra
indicações absolutas para a prática de hidroginástica, sendo as mais comuns: a
miocardite recente, a embolia pulmonar, a hipertensão arterial e a insuficiência
cardíaca grave, diabéticos não controlados, fraturas recentes e aneurisma.
Pires et al., (2002) sugerem que a formulação de um programa de
atividade física para a melhor idade, deve ter como foco a melhoria ou a
manutenção das condições do idoso em executar suas AVDs, através do
cuidado com sua saúde física e mental, impedindo assim que este tenha um
déficit em sua auto-suficiência.
Cerri (2003) em seu estudo apresentou resultados importantes
relacionados à prática de hidroginástica executada três vezes na semana pelo
idoso, no qual apontou melhoras significantes no bem estar assim como na
autoestima, ampliando assim o convívio social. A hidroginástica por ser uma
atividade de caráter aeróbico contribuiu para a melhoria do condicionamento
físico proporcionando uma maior disposição na execução das AVDs. Relatou
também que houve uma diminuição no uso de medicamentos, pois a atividade
diminuía as dores no corpo, principalmente nas articulações do ombro, coluna,
33
quadril, joelhos e tornozelos. Estudos realizados por Portes Junior (2003) e
Nassar (2004) apresentaram resultados semelhantes.
Enfim, praticar a hidroginástica além de melhorar o bem estar
psicológico e social, também regulariza e aperfeiçoa os cinco componentes do
condicionamento físico, sendo eles: a flexibilidade, a resistência corporal, a
força muscular, a composição corporal e o condicionamento aeróbio.
Contudo, algumas pessoas ainda insistem em dizer que a medidas em
que vão envelhecendo deixam de serem hábeis o bastante para praticar
exercícios físicos, esquecendo de que muitos dos declínios atribuídos pela
idade são resultante de uma vida sedentária. Estudos ainda comprovam que os
efeitos do envelhecimento são semelhantes aos efeitos da inatividade física.
2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS
2.1 Condições ambientais
A pesquisa foi realizada na Academia de Dança de Salão Sandro’s
Dance, localizada na cidade de Araçatuba, onde são realizadas aulas de dança
de salão todos os dias, exceto aos domingos. A academia de dança dispõe de
uma ótima infraestrutura: um prédio sendo divido em três grandes salas,
recepção, espaço social com mesas e sofás e banheiros. Todos os ambientes
são climatizados, com um piso adequado à prática de dança de salão,
proporcionando aos alunos um excelente espaço físico.
Aplicou-se a pesquisa também na Academia 4 Estilos de Promissão,
onde se oferece as atividades de musculação, hidroginástica, natação,
hidroterapia, dança, pilates, step e aero jump, sendo uma academia de ótimo
funcionamento, com piscina de 15 metros de comprimento e 8 metros de
largura, normalmente aquecida a 30 graus, contendo uma grande variedade de
materiais para serem utilizados durante as aulas, onde há um grupo da melhor
idade praticante das aulas de hidroginástica com uma hora de duração.
2.2 Sujeitos ou amostra experimental
34
A amostra foi composta por trinta indivíduos idosos, sendo dispostos em
três grupos: indivíduos praticantes da dança de salão, praticantes de
hidroginástica e indivíduos sedentários . Nos três grupos houve indivíduos de
ambos os gêneros, com idades entre 60 a 80 anos praticantes dessas
atividades com o tempo mínimo de um ano, pois é um período suficiente para
que já tenham desfrutado dos benefícios oferecidos por ambas às atividades
assim como o grupo controle tem que estar na situação de sedentarismo a pelo
menos um ano.
2.3 Material
Para aplicação do teste utilizou-se pranchetas, canetas e folhas de papel
A4 impressas com o questionário SF-36 e o termo de consentimento.
2.4 Testes
2.4.1 Short-Form 36 Health Survey (SF – 36)
O questionário SF- 36 (The Medical Outcomes Study 36- itemShort-
Form Health Survey), é um instrumento genérico de avaliação de qualidade de
vida, de fácil administração e compreensão, sendo formado por 36 itens,
englobados em oito domínios: 1- capacidade funcional; 2- aspectos físicos;3-
aspectos emocionais; 4- dor; 5- estado geral de saúde;6- vitalidade; 7-
aspectos sociais e 8- saúde mental, em que apresenta um escore final de 0 a
100, no qual 0 corresponde ao pior estado geral de saúde e 100 o melhor
estado geral de saúde.
O questionário se inicia com a questão relacionada à saúde geral do
indivíduo, e em seguida à saúde geral comparada há um ano.
Os itens seguintes são atividades que o indivíduo poderia executar durante um
dia comum, mas devido a sua saúde dificultaria em algum aspecto, tendo
atividades rigorosas, moderadas, subir lances de escadas, vestir-se e etc.
35
As duas próximas questões são baseadas nas últimas quatro semanas do
indivíduo, em que há perguntas sobre a saúde física e emocional do indivíduo
em relação as suas atividades regulares.
Permanecendo nas últimas quatro semanas, as questões seguintes
citam sobre a saúde física, problemas emocionais do indivíduo em relação a
atividades sociais normais, trabalho normal e a classificação do grau de dor
que o indivíduo sente.
As três últimas questões são voltadas aos aspectos emocionais do
indivíduo, questionando sua felicidade, seus relacionamentos e sua expectativa
de vida.
O questionário SF-36 se mostrou um instrumento de fácil utilização e
eficaz nos resultados, pois os indivíduos leram e responderam de acordo com
sua concepção, sendo de suma importância a visão dos participantes em
relação à saúde física e mental ao nosso trabalho.
O cálculo dos escores do SF-36 foi feito de acordo com os seguintes
passos:
Quadro 1- Fase 1: Ponderação dos dados
QUESTÃO PONTUAÇÃO
01
Se a resposta for: 1 5,0 2 4,4 3 3,4 4 2,0 5 1,0
02 Manter o mesmo valor
03 Soma de todos os valores
04 Soma de todos os valores
05 Soma de todos os valores
06 Se a resposta for: 1 5 2 4 3 3 4 2 5 1
07 Se a resposta for: 1 6,0 2 5,4 3 4,2 4 3,1
Continua
36
5 2,2 6 1,0
08 A resposta da questão 8 depende da nota da questão 7 Se 7 =1 e se 8=1 o valor da questão é 6 Se 7=2 a 6 8=1 o valor da questão é 5 Se 7=2 a 6 8=2o valor da questão é 4 Se 7=2 a 6 8=3 o valor da questão é 3 Se 7=2 a 6 8=4 o valor da questão é 2 Se 7=2a6 e se 8=5 o valor da questão é 1 Se a questão 7 não for respondida o escore da questão 8 passa a ser o seguinte: Se a resposta for 1 a pontuação será 6 Se a resposta for 2 pontuação será 4,75 Se a resposta for 3 a pontuação será 3,5 Se a resposta for 4 a pontuação será 2,25 Se a resposta for 5 a pontuação será 1,0
09 Nesta questão a pontuação para os itens a,d,e,h deverá seguir a seguinte orientação: Se a resposta for 1 o valor será 6 Se a resposta for 2 o valor será 5 Se a resposta for 3 o valor será 4 Se a resposta for 4 o valor será 3 Se a resposta for 5 o valor será 2 Se a resposta for 6 o valor será 1 Para os demais itens (b,c,f,g,i) o valor será mantido o mesmo
10 Considerar o mesmo valor
11 Nesta questão os itens deverão ser somados, porém nos itens b e d deve-se seguir a seguinte pontuação: Se a resposta for 1 o valor será 5 Se a resposta for 2 o valor será 4 Se a resposta for 3 o valor será 3 Se a resposta for 4 o valor será 2 Se a resposta for 5 o valor será 1
Fonte: CICONELLI, et al, 1999
Fase II:
Conclusão
37
Cálculo do RAW SCALE
Nesta fase você irá transformar os valores das questões anteriores em notas
de 8 domínios que variam de 0 a 100, onde 0=pior e 100=melhor para cada
domínio. È chamado de raw scale porque o valor final não apresenta nenhuma
unidade de medida.
DOMÍNIOS:
1. Capacidade Funcional
2. Limitação por aspectos físicos
3. Dor
4. Estado geral de Saúde
5. Vitalidade
6. Aspectos sociais
7. Aspectos Emocionais
8. Saúde Mental
Fórmula para cálculo de Domínio:
DOMÍNIO: Valor obtido nas questões correspondentes – limite inferior X 100
Variação (Score Range)
Na fórmula os valores de limite inferior e variação de (escore range) são
fixos e estão estipulados na tabela abaixo:
Quadro 2- Valores de limite inferior e variação de escore range.
DOMÍNIO PONTUAÇÃO DA(S) QUESTÃO (ÕES) CORRESPONDENTES
LIMITE INFERIOR
VARIAÇÃO (ESCORE RANGE)
Capacidade funcional
03 10 20
Limitação por aspectos físicos
04 4 4
Dor 07+08 2 10
Estado geral de 01+11 5 20
continua
38
saúde
Vitalidade 09 (somente p/ os itens a + e + g + i )
4 20
Aspectos sociais
06+10 2 8
Limitação por aspectos emocionais
05 3 3
Saúde mental 09 ( somente p/ os itens b + c + d + f + h )
5 25
Fonte: CICONELLI, et al, 1999
2.5 Procedimentos
Aplicou-se o teste SF-36 uma única vez nos grupos de praticantes da
dança de salão e hidroginástica, em qualquer período do dia, obedecendo ao
critério de não ser logo após uma sessão da atividade, pois poderia implicar
nas respostas.
2.6 Análise estatística
A análise das informações obtidas foram realizadas através do
procedimento estatístico não-paramétrico do método de Friedman, admitindo-
se média e desvio padrão dos grupos, em que os resultados de p < 0,05 foram
sugeridos como nível de diferença significativa.
2.7 Resultados
A amostra contou com a participação de 30 indivíduos de ambos os
gêneros das cidades de Araçatuba, Penápolis e Promissão, que compuseram
três grupos de pesquisa, sendo eles: grupo de hidroginástica, grupo de dança
de salão e o grupo controle formado por indivíduos sedentários, cada um com
10 sujeitos pré-selecionados.
Conclusão
39
Conforme a tabela 1, o experimento obteve um número maior de
pessoas do gênero feminino (73,3 %).
Tabela 1 – Valores referentes ao gênero da amostra
GÊNERO FREQUÊNCIA %
Masculino
Feminino
8
22
26,6%
73,3%
TOTAL 30 100%
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2012
A coleta de dados teve como público alvo indivíduos com faixa etária de
60 a 80 anos, e obteve a idade média de 69,86. Conforme a tabela 2, houve
uma prevalência de indivíduos com idades entre 70 a 80 anos (53,3%), p=0,18.
Tabela 2 – Valores referentes à idade (em anos) da amostra
IDADE (ANOS) FREQUÊNCIA %
60-70
70-80
14
16
46,6%
53,3%
TOTAL 30 100%
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2012
A amostra apresentou seus resultados através do cálculo dos escores
do questionário SF -36 interpretados pela média e o desvio padrão dos
domínios: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado de saúde geral,
vitalidade, aspectos sociais, limitações por aspectos emocionais e saúde
mental.
A capacidade funcional é definida pelo grau de conservação das
condições de um individuo em realizar suas atividades de vida diária.
Na tabela abaixo, observa-se a correlação referente à média e desvio
padrão dos grupos sem apresentar diferença significativa entre ambos
(p=0,12).
40
Tabela 3 – Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do
domínio “capacidade funcional” nos grupos de hidroginástica (G.1), grupo de
dança de salão (G.2) e grupo controle (G.3).
GRUPOS MÉDIA ± DP
G.1
G. 2
G. 3
80,5 ± 17,2
79 ± 30,2
56 ± 31,5
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2012
Conforme a tabela 4, referente aos valores de média e desvio padrão do
domínio “limitação por aspectos físicos” não houve diferença relevante entre os
grupos (p=0,37).
Tabela 4 – Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do
domínio “limitações por aspectos físicos” nos grupos de hidroginástica (G.1),
grupo de dança de salão (G.2) e grupo controle (G.3).
GRUPOS MÉDIA ± DP
G.1
G.2
G.3
67,5 ± 42,5
90 ± 24,1
57,5 ± 44,1
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2012
A tabela 5 corresponde aos valores da média e desvio padrão dos
grupos no domínio “dor” e não se observou diferença significativa entre os
mesmos (p=0,08).
Tabela 5 – Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do
domínio “dor” nos grupos de hidroginástica (G.1), grupo de dança de salão
(G.2) e grupo controle (G.3)
GRUPOS MÉDIA ± DP
G.1
G.2
69,4 ± 21,7
81± 22,9
41
G.3
55,2 ± 23,1
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2012
A tabela abaixo, representa os valores referentes à média e desvio
padrão do domínio “estado de saúde geral” não notando diferença relevante
entre os grupos (p=0,29).
Tabela 6 – Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do
domínio “estado de saúde geral” nos grupos de hidroginástica (G.1), grupo de
dança de salão (G.2) e grupo controle (G.3).
GRUPOS MÉDIA ± DP
G.1
G.2
G.3
63,1± 21,8
75,6 ± 25,0
56,6 ± 13,3
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2012
A vitalidade conceitua-se como um conjunto de propriedades e funções
vitais também denominadas como força, vigor e energia.
A tabela abaixo apresenta valores referentes à média e desvio padrão
do domínio “vitalidade” sem apresentar diferença significativa entre os grupos
(p=0,14).
Tabela 7 – Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do
domínio “vitalidade” nos grupos de hidroginástica (G.1), grupo de dança de
salão (G.2) e grupo controle (G.3).
GRUPOS MÉDIA ± DP
G.1
G.2
G.3
64 ± 20,5
83 ± 18,8
65,5 ± 24,3
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2012
42
Na tabela 8, os valores sugerem os resultados de média e desvio padrão
do domínio “aspectos sociais” e não se observou diferença entre os grupos
(p=0,10).
Tabela 8 – Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do
domínio “aspectos sociais” nos grupos de hidroginástica (G.1), grupo de dança
de salão (G.2) e grupo controle (G.3).
GRUPOS MÉDIA ± DP
G.1
G.2
G.3
77,5 ± 19,3
95 ± 12,0
74,25 ± 29,7
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2012
A tabela 9 corresponde aos resultados obtidos do domínio “limitações
por aspectos emocionais” e não sugeriu nenhuma diferença significante entre
os grupos (p=0,74).
Tabela 9 – Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do
domínio “limitações por aspectos emocionais” nos grupos de hidroginástica
(G.1), grupo de dança de salão (G.2) e grupo controle (G.3).
GRUPOS MÉDIA ± DP
G.1
G.2
G.3
83,32 ± 32,4
90 ± 31,6
79,98 ± 32,2
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2012
A tabela abaixo é correspondente aos valores obtidos para o domínio
“saúde mental” e observou-se uma diferença significativa do grupo controle
quando comparado com o grupo de dança (p=0,04).
43
Tabela 10 – Valores referentes à média e o desvio padrão do escore do
domínio “saúde mental” nos grupos de hidroginástica (G.1), grupo de dança de
salão (G.2) e grupo controle (G.3).
GRUPOS MÉDIA ± DP
G.1
G.2
G.3
77,2 ± 18,3
88,8 ± 8,5*
69,2 ± 18,2
p≤0,05 no grupo G.2 em relação ao G.3
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2012
. A tabela a seguir sugere uma visão geral dos resultados obtidos no presente estudo.
Tabela 11 – Visão geral dos resultados de desvio padrão e da análise
de variância não paramétrica de Friedman obtidos no estudo nos grupos de
hidroginástica (G.1), grupo de dança de salão (G.2) e grupo controle (G.3).
VARIÁVEIS G. 1 G. 2 G. 3 p
Capacidade funcional 17,2 30,2 31,5 0,12
Limitação por aspectos físicos 42,5 24,1 44,1 0,3
Dor 42,5 24,1 44,1 0,08
Estado de saúde geral 21,8 25,0 13,3 0,29
Vitalidade 20,5 18,8 24,3 0,14
Aspectos sociais 19,3 12,0 29,7 0,10
Limitação por a. emocionais 32,4 31,6 32,2 0,7
Saúde mental 18,3 8,5 18,2 0,04*
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2012
2.8 Discussão
Segundo Franchi, Montenegro (2005, p. 153), o conceito
“envelhecimento com sucesso”, engloba três diferentes domínios
multidimensionais: evitar as doenças e incapacidades; manter uma alta função
44
física e cognitiva e engajar-se de forma sustentada em atividades sociais e
produtivas.
Franchi e Montenegro (2005), falam sobre os benefícios da atividade
física ao idoso, como realizar atividades do cotidiano com vigor e energia, com
menor risco de desenvolver doenças crônico-degenerativas, melhoria ou
manutenção das capacidades físicas, como a flexibilidade, resistência
muscular, força, aptidão cardiorrespiratória, melhoria da composição corporal,
diminuição de dores articulares, melhoria da utilização da glicose, aumento da
densidade mineral óssea, e também benefícios psicossociais, como o alívio da
depressão, o aumento da autoconfiança, a melhora da autoestima entre outros.
A dança como atividade física nessa fase da vida tem o objetivo de
trabalhar o físico, o psicológico e também o social que no processo de
envelhecimento são afetados por vários fatores relacionados ao tempo, pois a
arte de envelhecer com sucesso requer um planejamento cuidadoso e uma
compreensão realista das mudanças. (SILVA et a.l 2011, p.11)
Rezende e Caldas (2003) afirmam que a dança de salão abrange os três
domínios da natureza humana: fisiológico, afetivo e cognitivo. Funciona como
um agente motivador do indivíduo para a manutenção e/ou recuperação da
vida e alegria pessoal, falam ainda que a dança de salão integra corpo/mente,
razão e emoção em pleno exercício do prazer, sendo uma atividade completa
para a população idosa.
Diante disso, o objetivo do trabalho foi analisar os benefícios
proporcionados pela dança de salão na vida do idoso.
O estudo de Gobbo (2005) relata uma pesquisa feita com 50 idosos, de
ambos os gêneros, estando entre a faixa etária de 60 a 74 anos praticantes de
dança de salão. Utilizou o questionário SF-36 e o questionário de Critérios de
Classificação Econômica do Brasil, para avaliar os benefícios da dança de
salão para a qualidade de vida da terceira idade, sendo um estudo muito
semelhante a este.
Dentre os resultados obtidos, Gobbo (2005) observou que grande parte
dos idosos praticantes de Dança de Salão é do sexo feminino, a faixa de idade
predominante é a de 70 a 74 anos, com intuito de investigar a qualidade de
vida do idoso praticante de dança de salão, verificou-se as atividades
45
realizadas pelos mesmos, suas dificuldades e êxito na sua realização, bem
como fatores psicológicos, internos e externos que prejudicassem o
desempenho de suas tarefas. A saúde atual foi considerada pela maioria dos
participantes como “muito boa”. A qualidade física atual dos idosos praticantes
da Dança de Salão foi caracterizada, pela grande maioria dos indivíduos do
estudo, com a opção “melhor agora” em relação há um ano antes de iniciar as
atividades. Gobbo (2005) conclui que pelos dados de sua pesquisa a dança de
salão trouxe benefícios ao longo da prática, podendo destacar autonomia e o
aumento das amizades (relações interpessoais), onde a qualidade de vida dos
idosos em relação à dança de salão foi considerada “positiva” em suas
percepções, tendo em vista o prazer, a conscientização e a pouca interferência
de fatores externos (sociais, psicológicos, afetivos, etc) na prática de suas
atividades físicas.
Os resultados do estudo de Gobbo (2005) quando comparados a este
estudo se mostram muitos semelhantes, pois no presente estudo, utilizando o
questionário SF-36, nota-se que o experimento obteve um número maior de
pessoas do gênero feminino (73,3 %), a idade média foi de 69,86 e a faixa de
idade houve uma prevalência de indivíduos com idades entre 70 a 80 anos
(53,3%). Tanto como nos aspectos físicos como nos psicológicos o grupo de
Dança de Salão se sobressaiu positivamente nas respostas.
Nakagava e Rabelo (2007), com um estudo sobre mulheres idosas
praticantes de hidroginástica, utilizaram o questionário SF-36 para verificar a
influência da hidroginástica na qualidade de vida das idosas, eles obtiveram os
seguintes resultados: capacidade funcional (85,3), limitação por aspectos
físicos (70,2), dor (84), estado geral de saúde (70,7), vitalidade (75,4), aspectos
sociais (87,5), limitação por aspectos emocionais (80,2) e saúde mental (88,1),
quando comparados aos resultados do presente estudo nota-se que em vários
domínios o grupo de dança de salão apresenta resultados melhores do que o
estudo de Nakagava e Rabelo, mesmo que a amostra seja menor com 10
indivíduos e o de Nakagava e Rabelo com 22 indivíduos apenas do sexo
feminino praticantes da hidroginástica.
Silva e Angnes (2012) em estudo experimental avaliaram e compararam
os benefícios da hidroginástica na aptidão física e qualidade de vida com uma
46
amostra de 12 voluntários maiores de 60 anos. Para avaliar a composição
corporal foi utilizado o índice de Massa Corporal, Relação Abdômen/Quadril e
Percentual de Gordura. Para avaliar a flexibilidade utilizaram o Banco de
Wellss, e na Qualidade de vida foi realizado o Questionário SF-36. Foram feitas
todas essas avaliações antes e depois da aplicação das atividades no período
de 4 meses e duas vezes por semana. Os resultados do questionário de
qualidade de vida apresentam ganhos significativos em relação à pré-avaliação
e pós. Todos os domínios sofreram alterações positivas com a realização da
atividade aquática, porém quando comparados aos resultados do presente
estudo, nota-se que em alguns domínios como “dor”, “estado de saúde geral”,
“vitalidade”, “aspectos sociais,” e “saúde mental” são inferiores.
Notando-se que não há diferença significativa na maioria dos domínios,
pois ocorreu um erro estatístico tipo 2 devido a grande variabilidade dos
resultados da amostra, sugere-se que seja uma característica do próprio
questionário, em que se notaria alguma significância com um N maior de
indivíduos participantes.
Santos e Rossinoli (2011) realizaram um estudo no qual participaram 8
voluntárias, do gênero feminino, que se encontravam entre o 1º e o 2º trimestre
gestacional. Estas foram divididas em dois grupos, contendo 4 voluntárias
cada. Essas voluntárias responderam os questionários estabelecidos no início
do estudo em que o SF-36 fazia parte, em seguida realizaram 15 sessões de
hidroterapia e, ao término de todas as sessões, responderam novamente aos
questionários. A análise dos resultados do questionário SF-36 não obteve
significância, pois o número de participantes é menor ao do presente estudo,
sendo um possível motivo pela falta da significância nos resultados.
Ciconelli et al.(1999) realizou um estudo para a tradução e validação do
questionário SF-36 em pacientes com artrite reumatoide, em que o N= 50
possibilitou uma significância estatística.
A saúde mental por fim, o quesito responsável por avaliar o
comportamento, bem-estar psicológico e alterações de comportamento ou
descontrole emocional apresentou significância do grupo de dança de salão
para o grupo controle, e por não apresentar a mesma entre o grupo de
hidroginástica para o controle, sugere-se que a pratica da dança de salão
47
proporciona benefícios para o bem-estar psicológico do idoso, assim como na
autoimagem, autoestima e relações interpessoais.
O ser humano nasce, cresce, amadure e envelhece. No entanto a
velhice é apenas mais uma etapa da vida que deve ser compreendida, mas
acima de tudo vivida.
O papel da educação física na melhor idade é o de proporcionar meios
para a melhoria da qualidade de vida.
Entre as várias ramificações da arte de educar o corpo estão às
atividades rítmicas, muitas vezes compreendidas com algumas restrições
principalmente para indivíduos na melhor idade.
A dança de salão especificamente é considerada uma atividade que
consegue alcançar diferentes grupos sociais e grupos etários (crianças, jovens,
adultos e idosos).
Sugere-se a partir do presente estudo a prática da dança de salão pelos
seguintes benefícios:
a)Melhora das capacidades físicas : flexibilidade, coordenação motora e
equilíbrio;
b) Melhora e controla a capacidade de executar movimentos;
c) Estimula a percepção e a memória;
E principalmente favorece uma revalorização do próprio corpo, e
melhora a comunicação com as demais pessoas promovendo uma aceitação
de si própria e do próximo.
Para que a prática dessa modalidade seja alcançada com sucesso e
segurança e ainda proporcione prazer para indivíduos da melhor idade,
algumas dicas devem ser exploradas como: escolher um espaço amplo e plano
(sem degraus, rampas e etc.); utilizar movimentos e sequências coreográficas
repetitivas e de fácil execução; dispor de músicas que lhes agradem, com
ritmos fáceis e bem marcados;
Contudo, a dança de salão é um instrumento de fácil aplicação e com
resultados surpreendentes através da união do corpo e da mente, fazendo com
que o idoso se sinta pleno e feliz, onde na verdade a dança de salão é isso,
uma das formas de expressão humana, uma escolha, uma opção que deve
acontecer sem cobranças ou preconceitos.
48
2.9 Conclusão
Os resultados da pesquisa nos indicam a predominância de gênero
feminino (73,3 %) e obteve a idade média de 69,86. Conforme a tabela 2 houve
uma prevalência de indivíduos com idades entre 70 a 80 anos (53,3%).
O domínio “capacidade funcional” foi o único em que o grupo de Dança
de Salão obteve uma média um pouco abaixo em relação ao grupo de
hidroginástica, pois ambos se destacaram em relação ao grupo controle. Nos
demais domínios como “limitações por aspectos físicos”, “dor”, “estado de
saúde geral”, “vitalidade”, “aspectos sociais”, “limitações por aspectos
emocionais” e “saúde mental”, observa-se nos resultados obtidos uma grande
diferença positiva em relação ao grupo de Dança de Salão.
O único domínio que apresentou significância estatística foi o domínio
“saúde mental”, sugerindo um número maior de participantes para um estudo
futuro.
49
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54
APÊNDICE A – Roteiro de entrevista com o Professor de Dança de Salão
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Sexo:................................... Idade:........................................................
Estado civil:....................................
Instituição de Formação:.................................... Formação:.............................................................................................................. Experiências atuais:.................................................................................................... Experiências anteriores:............................................................................................. Residência: Local......................................... Estado:.................................................. II – PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1) Há quanto tempo trabalha com a dança de salão?
....................................................................................................................
....................................................................................................................
2) Quais os benefícios da dança de salão para os indivíduos praticantes?
....................................................................................................................
....................................................................................................................
3) Quais as principais modificações notadas nos indivíduos que começam a
praticar a dança de salão?
....................................................................................................................
....................................................................................................................
4) Quando a dança de salão é ministrada para a melhor idade, quais os
principais cuidados a serem tomados?
....................................................................................................................
....................................................................................................................
55
APÊNDICE B – Roteiro de entrevista com o Educador Físico I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Sexo:..................................... Idade:............................ Estado civil:................................. Instituição de Formação:....................................... Formação:.............................................................................................................. Experiências atuais:.................................................................................................... Experiências anteriores:............................................................................................ Residência: Local.......................................... Estado:................................................. II – PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1) Há quanto tempo trabalha na área da educação física?
....................................................................................................................
2) Quando se fala na melhoria da qualidade de vida do idoso, em sua
opinião, a atividade mais indicada seria a hidroginástica ou a dança de
salão?
....................................................................................................................
3) Preventivamente, a dança de salão pode ser benéfica? Por quê?
....................................................................................................................
4) A dança de salão por ser uma atividade física aeróbica de média a alta
intensidade é indicada para o idoso? Por quê?
....................................................................................................................
5) O questionário de qualidade de vida SF-36 é o mais indicado para o
presente trabalho?
....................................................................................................................
56
APÊNDICE C – Roteiro de entrevista com o Fisioterapeuta I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Sexo:...................... Idade:....................... Estado civil:................................... Instituição de Formação:...................................... Formação:.............................................................................................................. Experiências atuais:.................................................................................................... Experiências anteriores:............................................................................................. Residência: Local......................................... Estado:.................................................. II – PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1) Há quanto tempo trabalha na área da fisioterapia?
....................................................................................................................
....................................................................................................................
.
2) Pode haver alguma relação entre dança de salão e Fisioterapia?
....................................................................................................................
....................................................................................................................
3) A dança de salão pode ser considerada uma atividade de reabilitação na
melhor idade?
....................................................................................................................
....................................................................................................................
4) O questionário de qualidade de vida SF-36 é o mais indicado para o
presente trabalho?
....................................................................................................................
....................................................................................................................
57
APÊNDICE D – TERMO DE CONSENTIMENTO
Termo de consentimento
Eu......................................................................................, abaixo identificado(a)
e firmado(a), declaro ter sido informado(a) claramente sobre a pesquisa e
todas as etapas da mesma.
Declaro para os devidos fins de direito, que aceito participar da pesquisa
voluntariamente e sem qualquer ônus.
Nome: ................................................................................................
Documento de identidade: ........................................................
Gênero : ................................. Idade: .................
Endereço:...............................................................................................
Cidade: ...................................... CEP: ................................... Telefone: ( )
Documento de identidade do responsável legal: ............................................
Data: ___/___/_____
Assinatura
59
ANEXO A – Short-Form 36 Health Survey (SF – 36)
Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida - SF-36 IDADE: ________ GÊNERO:_________________ CIDADE:________________ POPULAÇÃO:_________________________
Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas
informações nos manterão informados sobre como você se sente e quão bem
você é capaz de fazer suas atividades de vida diária. Responda cada questão
marcando a resposta como indicado. Caso você esteja inseguro em responder,
por favor tente responder o melhor que puder.
1- Em geral você diria que sua saúde é: (circule uma)
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua idade em geral, agora? (circule uma)
Muito Melhor Um Pouco Melhor
Quase a Mesma
Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso, quando? (circule uma em cada linha)
Atividades Sim, dificulta
muito Sim, dificulta
um pouco
Não, não dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas, que exigem muito esforço, tais como correr, levantar objetos pesados, participar em esportes árduos.
1 2 3
b) Atividades moderadas, tais como mover uma mesa, passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a casa.
1 2 3
60
c) Levantar ou carregar mantimentos
1 2 3
d) Subir vários lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se
1 2 3
g) Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3
h) Andar vários quarteirões 1 2 3
i) Andar um quarteirão 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física? (circule uma em cada linha)
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades.
1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex. necessitou de um esforço extra).
1 2
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)? (circule uma em cada linha)
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz.
1 2
6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo? (circule uma)
De forma nenhuma
Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas? (circule uma)
61
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)? (circule uma)
De maneira alguma
Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime de maneira como você se sente, em relação às últimas 4 semanas. (circule uma em cada linha)
Todo
Tempo
A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte
do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a) Quanto tempo você tem se sentindo cheio de vigor, de vontade, de força?
1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa muito nervosa?
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo você tem se sentido tão deprimido que nada pode anima-lo?
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo você tem se sentido calmo ou tranqüilo?
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo você tem se sentido com muita energia?
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo você tem se sentido desanimado ou abatido?
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo você tem se sentido esgotado?
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo você tem se sentido
1 2 3 4 5 6
62
uma pessoa feliz?
i) Quanto tempo você tem se sentido cansado?
1 2 3 4 5 6
10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)? (circule uma)
Todo Tempo
A maior parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nenhuma parte do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você? (circule uma em cada linha)
Definitivamente verdadeiro
A maioria das vezes verdadeiro
Não sei
A maioria
das vezes falso
Definitiva- mente falso
a) Eu costumo adoecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tão saudável quanto qualquer pessoa que eu conheço
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha saúde vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha saúde é excelente
1 2 3 4 5
Fonte: CICONELLI, et al, 1999