A Anulação de Sentenças Arbitrais e a Ordem Pública - Almeida, Ricardo Ramalho

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  • 8/19/2019 A Anulação de Sentenças Arbitrais e a Ordem Pública - Almeida, Ricardo Ramalho

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    EVSDE

    BGEME

    MEÇÃ

    PLCÇÃ L M

    Fudador e iretorProf. ARNOLDO WLD

    omitê de edaçãoedatores hefes: oNLDO ARMELN (São Paulo) e oDRIGO RC

    D FONSEC (Rio de Janeiro); oordeador ALEXNDRE OK ISHIOKecretária Geral de edação VLERI LíNDEZ

    oselho teacioalBERND NOTIU BERNRDO . REMDES ROLE LIND

    EGO oRP DRDO IL oMERo oRCO A. RIGER oNONNI luDic; JoÃo oRIS EITÃo RL-EINZ BócKSIEGEL;

    ETH osENN RENT Ev ouE NO

    Cnslh itrialAN TEREZ PLHRES BSÍLIO; CRLOS ALERO CRMON;

    CRLos ENRQUE DE C. FRóEs DURDo GRELER GILERO G1us1GUSVO ENDES TEEDINO JoSÉ CRLOS DE LHÃES

    JOSÉ MILIO UNES PINO ORIO BERNRDES EO;IZ GSÃO PES DE BRROS EÃES UIZ ÜLVO BIS;

    ÁRIO ÉRIO URE GRI; IUEL ELE PEDRO BIS RINS;EM RI FERREIR EMES; TÉRIO MIO FERRZ JR.

    SS 82703

    REVISTADE

    ABITRA EME-

    MEDIAÇA

    9

    A 3 • b-jh 00

    Cç: A W

    EDITORAREVISTA DOS TRIBUNAIS

    A anulação de sentenças arbitrais e a ordem pública - Almeida, Ricardo RamalhoRevista de Arbitragem e Mediação, v. 3, n. 9, p. 262-276, abr./jun. 2006

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    I. DOUTRNA

    1.0

    A ANULAÇÃO DE SENTENÇAS ARBITISE A ORDEM PÚBLICA

     RICARDO RAMALHO ALMEIDAAdvogado no Rio de Janeiro. Mestre em Direito Inteacional pela USP.

    SUÁRIO: 1 Inodução - 2 Natureza da sentença arbitral e o caráterextremamente limtado de seu controle judicial - 3 Sentenças arbitraismanifestamente absurdas e teratológicas - 4 Um recente precedente deinteresse para o tema - 5 . Conclusão

    Re sumo: O legislador, ao enumerar as causas que ensejam a anulação da sentença

    arbitral, não incluiu entre elas a of ensa à ordem pública. Tal omissão vem gerando polêmca entre osdoutrinadores, que divergem sobre apossibilidade ou não de anulação pe judiciário de sentença arbitral que se revelar ofensiva ao sentimento mais básico d juridicidade, ainda que a motivação seja diversa das h póteses expressamente previsa na Lei de Arbitragem. A discussão aborda os lim tes do controle jurisdicional estat sobre a decisão dos árbitros, à luz do especial valor da autonomia privada no campo aarbitragem.

    Abstract: The legislator established the grounds f or the annulment o the arbira award omiting the violation of the public policy  Such omission has given rise amon the doc  ne to a discussion about the possibility of annulment of awards offensive to tmost basic notions of justice, when the motivation is distinct of those provided by t Arbitration Act. The discussion approaches the limits of the judicial control of t

    arbitrators' decisions in thecontext of the paramount v alue recognized to party autono in arbitration.

    Pala vra s-chav e: Sentença arbitral Anulação -Controle judicial -Normas im erativas -Ordem pública. 

    Introdução

    Cons ide rações de o rdem p úb l ica são re levantes  pa ra a Justiça p r ivada   toca ne a pe lo me nos três o rde ns de p rob lemas, a sa ber: (1) a ar b itra biidade, ouseja, a dee m inação da possi biidade lega de soução de l itíg ios pe la v ia ar bir (2) a ide

     nt if  icação e a p licação, peo ár bito,  das reg ras de di re io a p icáve is a mé rito do  iíg io, e 3) o co nt ro le j ud ic ia da se nte nça a rb iral, te ndo este,  n B ras il, d uas pe rs pectivas p ri nci pa is, a sa ber: a ação de homo logação da sente n -

    LDOUTRIA 263

    bitral estrangera e a ação anuatória da sentença arbiral naciona.1 O pre- 

    e trabaho aborda uicamente ese último ema a ação anuatóa das sen n . - . 1  hças arbitrais nacionais, visando a precsar a re evanca, se a guma ouver,

    d

     

     noção de ordem pública em tal contexo

     A ordem pública é conceio atuane em diversos ramos do direito, ineres-

     ndo para a abirag '  principament , n�s sas. dimensões_ 

    civilisa e inte -

    io naisa. Para o Vlsa, a ordem publica imta a exensao da autono agocia l, determinando o campo onde as normas cogentes do ordenamento JUico tolhem a iberdade dos paticulares, fora do qua estes podem pactuar or e melhor hes aprouver Para o inteacionalista, por sua vez, a reserva da ordemu 

    d d ·   ·  d

    .dica pode: excepcionar a apicação da lei ou das regras e reo ca as

    p

     

     regra de conitos, (ii) impedir a eficácia, no terióio nacional, de senten-p

    a

    estrangeira judicia ou abiral que seja ofensiva à ordem pública do foro, ound

    ,

    em viés positivo, (iii)  fazer incidir normas imperaivas, que se preend

    m

    apicáveis independentemente da regra de conitos (são as chamadas noras de aplicação imediaa")

     Em quaquer de suas dimensões, o conceio de ordem pública apresenta umagueza e imprecisão que  usciam as maore desconanças, receandose que

     uso de noção ão excessvamene aberta e deteada possa resu�remtrariedade, sacrificando a segurança jurídica. Apenas a título exempicatv, regisrese que Craig, Park e Paulsson a quaificam como um a?s raçãoaleônica", uma noção maleáve que abrange udo";2 para a antgaJuspruêci  britânica, a ordem púbica seria um cavao muito indisciplinado3 paraPe

     Lepaule, um reposiório de verbaismos e medos acionais";4 para PiereMyer

    e incent Heuzé, seria quiçá um sentimeno".5

     Por ouro lado, desde que a expressão ordem pblica ganhou o mundo, pelamão do legislador francês de 1804, seu inquestionável sucesso decor  d.o faode

    que a sua simpicidade faz a sua nobrea" (� ugnet), cabendo aos Jursta eu

      es

    defini, ensinar, doutinar" (Porais),6 vsando a esclarecer o conceo

    srato e ambíguo empregado pelo legisador

    Cl Para uma exposição mais extensa dessas três vertentes, vide, do autor, Arbitrgem comercial inteacional e ordem pública Rio de Janeiro Renovar, 2005

    cz CRAIG, W. Lawrence; PARK, William W PA ULSSON, Jan. nteational chamber of commerce arbitration 3 ed. Dobbs Ferry Oceana Publications, 2000p.  504 

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    266 REIS DE TRGEM E MEDÇO- 9

    Como nota Cânddo Range Dnamar, "no sstema braseo asarbtras jamas se sujetam ao ontroe jursdona estata no que sesubstâna do jugamento, ou seja, ao meritum causae e possíejudicando; não omportam ensura no toante ao modo omo aprea  proas, ou quato à nterpretação do dreto matera ou aos pormenor es

    de

    motação. A defntdade dos pronunamentos dos árbtros é efeto dexerío da autonoa da ontade peos tgantes, manfestada quando por esse meo ateato. Essa sngea e óba onstatação ae omodestnada a adertr ontra os exageros em prooar o ontroe juda dastenças arbtras.

    Tendo em sta que o egsador equparou a sentença arbtra àdeese otar que esta útma não está sujeta a ensura por ofensa à

     púba É erdade que a sentença de um juz expõese a suessos ress podendo, em raríssmos asos, hegar a uma qunta ou sexta nstâna, ao

    s

    so que a sentença do árbtro normamente é fna e defnta Não quer stodzque, em substtução aos reursos, dea aLe obrgatoramente preer uma outraa para o ontroe da "quadade da desão de mérto adotada pea sente

    arbtra A omparação orreta a se fazer é entre o árbtro e o órgão judde útma nstâna, sendo erto que as partes, ao esoherem a justça -ada, estã o entes de que abrem mão das as reursas dsponíes na Jus�tça estata

    Desões judas de útma nstâna, uma ez transtadas em jugado,s podem ser desonsttuídas por remédo proessua exepona e espeífo

    a

    ação ressóra, de mtado esopo. No aso da arbtragem, aLe preu umouremédo proessua exepona, espeífo e exusoa ação anuató,guamente mtada

    O egsador pretendeu reserar a ação anuatóra somente para asos edesos muo graes, que omprometessem nsuportaemente a sentena

    arbtra. Por onta mesmo da neessára mtação no esopo do ontroe ju-a da adade e efáa das sentenças arbtras, todas as hpóteses eanuabdade stadas no art. 32 da Le 9.307/96 têm maor ou menor reaçã

    01 DINAMCO Cânio Rangel. Nova era doprocesso civil São Palo Malheiros2003 p. 33.

    021  "A 3. É nla a sentença arbitral se: I -for nlo o compromisso; II -emano eqem não poia ser árbitr II I -não contiver os reqisitos o art. 26 esta Lei asaber relatrio fnamentos ispositivo ata e lgar]; N- for proferia fora oslimites a convenção e arbitragem V não eciir too o litígio sbmetio à bitragem; VI comprovao qe foi proferia por prevaricação concssão ocorrpção passiva; VII proferia fora o prazo respeitao o isposto no art. 12

    inciso III esta Lei [qe concee ao árbitro m prazo e ez ias aps notificaçãopara prolatar a sentnça]; e VIII -forem esrespeitaos os princípios e qe trata oart. 21 § 2. esta ei [a saber contraitrio igalae as partes imparcialiaeo árbito e se livre convencimento].

    L DOUTR 267 

    b'  te ao es pí r to desse dis posi vo le-

     r dem pba,  teramente.

    su a�enrdade do pato arbtr a(nsos I,s

    s

     

    m

    ,

     pr etendeu a Le garantr  eência e im par cialidade do  julgador  

    eVII do 32) asseur  a e p  suais f undamentais das par  es (incisos n eI) e tutear os dret pr oes / 1  gislador  que somente as hi-II) Consder ou  por em, o ee noamente .  2 d , L    r am suf icientemente r elevantes,  ·  · t das no art 3 a e se   ·    ·  d es peas a       da anula  ão da sentença, inexst   o um de justfar

    a medda drasa

    d

    ç

    que aane outr as stuações

      1  a válvula  e esca pe  . .de arater gera , um d  t  inexiste qualquer  ds postVO, 

    tempadas Nota aen e, xpr essamente on .

    t rdem públca materal,Isto e, a ques

    ou gera, que dga r espe oa o

      das ao mérto da ausa.eawna sse proeder se ao ontroeda mpa

    abe, então, a pergunt c? 

    o   pl do r bitr o com os as pectos essenciais, 

    do promento U _II   

    que atr ibui obr igator iedade e f or ça exe

    r

    ,

    u

    v

    -

    . do or denamentoU

    ntença arbtra? d a ser  e ma  · o itár ia da doutr ina e

    nten  e 

    sando a responder aessa

    �  per gu  t�, pa 3 da Le 9.307/96 ontrara

    r o de motos de anuaçao on

    �odor  (vide c aput  do ar t. 33, inf ine) 

    à aparente ntenção ter ado e

    Is a

    t d anuaçãodasentença arbtraseranumer usclausus,

     podendo ser  ere a a a

    asos a não expressamente enundos

    " c.    ·� Caros Aberto Car mona

    , para qum � auom par tham dessa 

    op.o

    dem úba omo fator denadaçao da

    a de expr essa r efer ena a or P   

    t  e de c  · r culação decisão que of enda .  � ede que se r e H   · d  tença arbtr a nao Imp d  d  ,.13 Jan Kleinheister kam p, que cons  er a 

    ar es m portantes par a a soe a

    ,er· a à autonoma negoa das

     pard 'd de que a restçao gen

    1 , · ".14 a er poua u a d t xepona na ação

    anu atoa ,  't mo um fun amen

    o e f.

     sambémser a a ao . f  r em nulas as sentenças  pr o  e -

    C

    l

    á

    vo

    de Meo aença Fho que a rma se

    t·o de proteção à or dem púbaf     · d d om pr eeto nor 

    ma f s

    em deson orm a e   [  �   do]  por esse moto, exaus IVa

    ou à pr ópra ordem púba pr otegda, na

    d

    sen

    o a  ' r t  3 2  da Lei de Ar bitr agem 1'd d d sentença ont as n . ,as hpóteses de nu I a e a L . 9

     

    3

    0

    7

     

    9

    6

     omitido ês causas de anu

     

    .)";15 Joã.oBosco L�e, que no�: �

    C

    I

    R A

    . a saber, inca pacid d da pa ;t, 

    ação prestos na emodeo �     d  m pública  sendo esta ultma a u

    nar btrabdade do tge waçao

    da or e 

    dem ser  �econduzidas à hi pótese 1  te   tda  ps as outr as uas poa r ea men   ' .   m e    r o c e s s o· um co

    mentário à Lei n. (31 CARMONA, Carlos Albe

    rto.  Arbz! r at:uo

    · rtlas 2004, p. 333.9.37/96. 2. e rev. ata. e amp. S

    ao

     

     l

     merci al  arbit ratio n  in

    Lati n

    RKAMP   Jan  l n t e r n a tz o n a 

     c o m  .   ·  1 bt041 KLEINHEISTE  . 408 9· As forBrazi there IS tt eo

     Ame ric a . Dobbs Fer.Oceana, 200�

    ans�ctio�alautonomy w also be accepted

    thatthegene

     a resctn

    :orse of setting asie."as an eceptnal gron I d   d' ári e se ntenç a arbi tral: e acorosJ VALNÇA FILHO Clávioe Me. p�  e utiba:  Jrá 2002 P· 163.o com a novarisprnca constt

    cn

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    276 RVSA D ARBIRAGM MDIAÃO9

     h ipó teses e x p ressame nte p re v is tas  na Lei,  caso em q ue a pe r íc ia  co n táb il  te  

    s ido ape nas um exe rc í c io sem  q ua lq ue r co nse qüê n c ia  rá ti ca, a i nda  que a po   

    s u pos tos errares  in jud ic and o  na se n te n ça  r b it ra l. 

    Um j u iz q ue p re te nda a n u la r uma se n te n ça a rb i tra l por co nta de uma a lega 

    o f ensa à o rdem p ú b li ca"  e nco n t ra rá a mesma d if  ic u ldade q ua nto à  ide n t if   

     ção do f  u ndamen to da a n u la ção.

    5. Concusão

    É  ind u b i tá ve l q ue o d i re ito à esco lha de  um j ulgado r  p ri vado, po r p tes ca

     pazes de co  t ra ta r, pa ra a so lu ção de l it íg ios  re la t ivos a di �e� tos pat rimo s

    dis po n íve is é um d irei to de g ra nde v alor  aca le n tado e  p res tgado  pe lo  leg s  

    do r, ao ed ita r a Le i 9.307/96 e d ive rsas o u tras le is q ue  p rev êem a sol u ção de li-

     t íg ios  po r a r bi tragem (Le i do Pe tró leo, Le i do Se to r E lé t r ico, Lei das  P P Ps e .)

    e ao  p romo ve r- com o co nc u rso do Pode r  E xec u ti vo - a adesão do B ras i  a  i

     ve rsos  t ra tados  i n te a c io nais so b re a a rb i tragem, no tadame nte a Co n ve n ç    

     No va  Io r q ue de 1958, a Co n ve n ção do Pa namá de 197 5 e o A co rdo do M rs 

    de 1998  Da mesma f o rma, o  Pode r Jud ic iá r io vem dando s u cess ivas mos  s  ta n to  nas Jst iças Es tad uais como nos T ri b u nais S up

    e rio res, de que e n te nd  s 

     p ro pós itos do  legis lado r e q ue v ê com e x ce le n tes o lhos o i ns ti tu to da a r   

    gem

    Uma ca ra c ter ís t i ca essen c ia l da ar b it ragem  no B ras il, tal como  reg  lada em 

     Le i,  é a im poss ib i l idade de re v isão da de c isão dos á r� i tros pe lo Poe r Ju

     

     rio,  e x ce to  nas  res t ri tas  h ipó teses lega is  q ue co n c ret zam a ga ra n ta consti

     c io na l  de ia fas ta b il idade da ap re c iação j ud i c ial de lesão o u ameaça a 

     Es tá, po r ta n to, des ca rtada, po r a usê n cia de p re v isão lega l, a a n u la b i lida  

    e s im p les de se n te n ças a r b i ta is po r v io la ção à o dem  p ú b l ca o u a no ras ·

     rati vas .

     No e n ta n to, em s i t ua ções a nôma las, ra ras e u lt ra -e x ce p cio na is, podeá 

    se n te n ça a  bi tra l,  a lém de  v io la r a o rdem p ú b li ca e p rod uzi r res u l tado 

    me n te  i n to le rá ve l,  om i ti rse em  fu ndamen tar o  po n to  re le va n te, o u co n te 

    damen ta ção tão de f  ic ie n te,  por  i rra cio na l e i lóg i ca,  q ue e qu i va ler ia à 

    em  f  u ndame n ta r  Nesses  casos,  pode rá a se n te n ça a rb i t ra l se r im p ug   

     in c id ê n c ia do d is posto  no i n c iso I I I do a r t. 32 da Le i,  q ue, po r rem issão a 

    26   co ns ide ra i n vál ida se n te n ça a r b it ra l q ue não ex p l i c itar "os f  u nda m   s

    de� isão,  o nde se rão a na l isdas as q uestões de f a to e de d  re i to.

    I. DOUTN

    1.1

    O PRINCÍPIO COMPETÊNCIA-COMPETÊNCIANA ARBITGEM.

    Uma perspectiva brasileira

     RODRIGO GARCIA DA FONSECA

    Advogado e Meste em Dieito

    SUMÁRIO 1  Intodução- 2ompetênciacompetência no dieito pocessual - 3 . ompetênciacompetência na Lei de Abitagem e na onvenção de ova Ioque- 4  A impotância do pincípio como gaantia deacesso ao juízo abital e de pesevação da equação econômica do contato - 5 onclusões

    Resmo: O atigo aboda o pincípio competênciacompetência na abitagem àa Le  9307/96, da onvenção de ova Ioque e da juispudência basileia Ini

    se discute o pincípio competênciacompetência como adotado no dieito� a conseqünte conguação juídica dos contos de competência ente

    estatas Em egdafazse a adaptação do pincípio à ealidade da abitagemsuas pecuadades clusve com a análise dos dispositivos petinentes da307/96e da onvenção de ova Ioque O pncípio competênciacompetência é

    ,u'"v

    A

    c

    m

     

    a peceência tempoal da decisão do ábito a espeito da sua póompetena em elaçao a uma eventua decisão judicial sobe a questão, pois esta

    só pode se pofeda após a conclusão da abitagem salvo em casos excepciosta peceência tempoal é a gaantia de acesso ao juízo abital po pae dos. evtando manobas judiciais que impeçam a instauação da abitagemfm

    apesentase a elevâna econômica do pincípio competênciacompetênciasempenha mpotante papel na manutenção do equilíbio econômco dos contaseitos à abitagem

    Astrac This pape appoaches the pincipe of competencecompetence inunde Law  9307/96 the ew Yok onvention and Bazilian caselaw

    discusses the pincipe of competencecompetence as adopted by the pocedualand the consequent legal configuation of the conicts of competence between state

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