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Aula Aberta ao Curso de Doutoramento em Arquitectura, Ramo Conservação e Reabilitação 1 A Arqueologia da Arquitectura A Arqueologia da Arquitectura A Arqueologia da Arquitectura A Arqueologia da Arquitectura - - - método de análise dos método de análise dos método de análise dos método de análise dos edifícios históricos edifícios históricos edifícios históricos edifícios históricos Da investigação ao projecto Da investigação ao projecto Da investigação ao projecto Da investigação ao projecto Faculdade de Arquitectura de Lisboa Faculdade de Arquitectura de Lisboa Faculdade de Arquitectura de Lisboa Faculdade de Arquitectura de Lisboa 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2008/2009 Maria de Magalhães Ramalho Maria de Magalhães Ramalho Maria de Magalhães Ramalho Maria de Magalhães Ramalho IGESPAR.IP IGESPAR.IP IGESPAR.IP IGESPAR.IP

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1

A Arqueologia da Arquitectura A Arqueologia da Arquitectura A Arqueologia da Arquitectura A Arqueologia da Arquitectura ---- método de análise dos método de análise dos método de análise dos método de análise dos edifícios históricosedifícios históricosedifícios históricosedifícios históricos

Da investigação ao projectoDa investigação ao projectoDa investigação ao projectoDa investigação ao projecto

Faculdade de Arquitectura de LisboaFaculdade de Arquitectura de LisboaFaculdade de Arquitectura de LisboaFaculdade de Arquitectura de Lisboa2008/20092008/20092008/20092008/2009

Maria de Magalhães Ramalho Maria de Magalhães Ramalho Maria de Magalhães Ramalho Maria de Magalhães Ramalho IGESPAR.IPIGESPAR.IPIGESPAR.IPIGESPAR.IP

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O Estudo e a intervenção em Património Arquitectónico - um processo em evolução

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“Restituiu-se à parede mutilada a primitiva unidade, consolidando-a, como convinha, com betão armado,

que em seguida se encobriu por meio de um adequado revestimento de cantaria”.

Boletim da DGEMN nº 40-43 – Sé Catedral do Porto, 1945-46

Antes Depois

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Um outro curioso contraste em Portugal é aquele que se verifica entre o nível

extremamente elevado de conhecimentos académicos individuais e de capacidade crítica no que diz respeito a questões artísticas (…) e

a trágica combinação de energia e teoria arquitectónica erradas reveladas pela

Comissão Portuguesa para os Monumentos Comissão Portuguesa para os Monumentos Antigos

Ann Bridge e Susan Lowndes - Duas Inglesas em Portugal – uma viagem pelo país nos anos 40. Edição original de 1949

Ed. Quidnovi 2009

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Casa do Infante – PortoAntes e depois do restauroAntes e depois do restauroAntes e depois do restauroAntes e depois do restauro

DGEMN 1961

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(…)Praticamente todos os castelos do país com alterações diversas foram gravemente restaurados em demasia.

(…)Por toda a Europa, as igrejas sempre receberam acrescentos (…) tão bonitos receberam acrescentos (…) tão bonitos quanto o edifício original e removê-los para reproduzir, de uma forma falsa e arbitrária a estrutura primitiva é negar a história e repudiar os factos (…)

Ann Bridge e Susan Lowndes, 1949

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Paço dos Duques de Paço dos Duques de Paço dos Duques de Paço dos Duques de BragançaBragançaBragançaBragança

Antes e depois da intervenção Antes e depois da intervenção Antes e depois da intervenção Antes e depois da intervenção DGEMN 1960

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Ao poucos vai surgindo um novo olhar…

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CRAT-Técnicas tradicionais de construção

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A maior parte do património arquitectónico é igualmente património arqueológico, ou seja, passível de ser abordado pela

Mosteiro de Santa Clara-a-Velha de CoimbraFoto Artur Corte-Real

passível de ser abordado pela metodologia arqueológica.

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Arqueologia:Arqueologia:Arqueologia:Arqueologia:

Lei de Bases do Património N.º 107/2001, artº 74

• disciplina que através do estudo das diversas materialidades do passado do Homem cria um conjunto de hipóteses interpretativas sobre esse mesmo passado. mesmo passado.

• “O património arqueológico integra depósitos estratificados, estruturas, construções, agrupamentos arquitectónicos, sítios valorizados, bens móveis e monumentos de outra natureza, bem como o respectivo contexto, quer estejam localizados em meio rural ou urbano, no solo, subsolo ou em meio submerso (...) “.

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Necessidade de um novo método de estudo:

Arqueologia da Arquitecturamétodo arqueológico aplicado aos edifícios históricos

Arqueologia da Arquitectura nasce em Itália em meados dos anos 70 no âmbito da grande tradição de restauro e do desenvolvimento da Arqueologia Medieval

Foto “Diálogos de edificação” - CRAT

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O objecto de estudo da Arqueologia da Arquitectura é:

“A arquitectura estratificadaA arquitectura estratificadaA arquitectura estratificadaA arquitectura estratificada” Todos os edifícios antigos são arquitecturas estratificadas….

Torre de Montarrenti (Siena) segundo Parenti

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Templo de Baco-G.B.Piranesi

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Arqueologia=Método Estratigráfico=Método de Harris

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Ao nível do edificadoAo nível do edificadoAo nível do edificadoAo nível do edificado

A estratigrafia surge como resultado das acções construtivas ou destrutivas, quer sejam naturais ou intencionais, que tiveram lugar ao longo da história do edifício, determinando a forma como ele surge aos nossos olhos na actualidade.

Construção originalConstrução original

Reconstruções Destruições

Edifício actualEdifício actualEdifício actualEdifício actual

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Compreender o processo de ruína

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Compreender a relação entre diversas construções (cidade de Múrcia)

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Compreender as mutilações/alterações ao edificado

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““““O método estratigráfico em arqueologia consiste na análise dos diferentes O método estratigráfico em arqueologia consiste na análise dos diferentes O método estratigráfico em arqueologia consiste na análise dos diferentes O método estratigráfico em arqueologia consiste na análise dos diferentes estratos ao nível do subsoloestratos ao nível do subsoloestratos ao nível do subsoloestratos ao nível do subsolo; ; ; ;

• No edificado são também reconhecíveis “No edificado são também reconhecíveis “No edificado são também reconhecíveis “No edificado são também reconhecíveis “processos de estratificação ao nível processos de estratificação ao nível processos de estratificação ao nível processos de estratificação ao nível dos paramentosdos paramentosdos paramentosdos paramentos” ” ” ” ---- demolições, reconstruções, sobreposições etc.demolições, reconstruções, sobreposições etc.demolições, reconstruções, sobreposições etc.demolições, reconstruções, sobreposições etc.

Igreja de Melque e edifício histórico em Siena

Artigo de Luís Caballero

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Os estratos no terreno e os “estratos” no edificado

Leitura estratigráfica da Portaria do Mosteiro de Tibães segundo Luís Fontes (Univ. Minho)

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O EDIFÍCIO VISTO COMO UM O EDIFÍCIO VISTO COMO UM O EDIFÍCIO VISTO COMO UM O EDIFÍCIO VISTO COMO UM TODO !TODO !TODO !TODO !

Arqueologia aplica-se quer ao que se encontra a cotas negativas (subsolo) como a cotas positivas (edificado).

A arqueologia do edificado tem a A arqueologia do edificado tem a vantagem de não ser destrutiva (salvo excepções), pode aplicar-se apenas ao que está à vista, enquanto que a arqueologia de escavação implica a destruição sucessiva de estratos.

Catedral de S. Pedro de Geneve durante campanha arqueológica

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Além da análise arqueológica (estratigráfica), será

necessário promover a interdisciplinaridade de modo

a alcançar um conhecimento completo do edifício

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documental

Investigação histórica

iconográficaiconográfica

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Planta de Mazagão

Jerónimos, queda da torre em 1878. In Bellem Reguengo da Cidade

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O Contributo de outras ciênciasO Contributo de outras ciênciasO Contributo de outras ciênciasO Contributo de outras ciências

GeologiaGeologiaGeologiaGeologia

• proveniência das pedras

Análises físicoAnálises físicoAnálises físicoAnálises físico----químicas dos materiaisquímicas dos materiaisquímicas dos materiaisquímicas dos materiais:- argamassas

- rebocos

- madeira

- pintura mural, etc.

Foto: J. Aguiar

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Estudo de métodos e técnicas Estudo de métodos e técnicas Estudo de métodos e técnicas Estudo de métodos e técnicas construtivas construtivas construtivas construtivas

As técnicas construtivas constituem hoje um As técnicas construtivas constituem hoje um As técnicas construtivas constituem hoje um As técnicas construtivas constituem hoje um critério fundamental de análise histórica das critério fundamental de análise histórica das critério fundamental de análise histórica das critério fundamental de análise histórica das construções em termos de atribuição construções em termos de atribuição construções em termos de atribuição construções em termos de atribuição cronológica, cultural e estilísticacronológica, cultural e estilísticacronológica, cultural e estilísticacronológica, cultural e estilística

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Elaboração de Tipologias:Elaboração de Tipologias:Elaboração de Tipologias:Elaboração de Tipologias:

• Elementos decorativos;Elementos decorativos;Elementos decorativos;Elementos decorativos;•Elementos construtivos;Elementos construtivos;Elementos construtivos;Elementos construtivos;•Métodos e técnicas de construçãoMétodos e técnicas de construçãoMétodos e técnicas de construçãoMétodos e técnicas de construção

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O reconhecimento das marcas que permanecem no tempo e que nos falam de antigos métodos de construção

O manejo da pedra e os instrumentos O manejo da pedra e os instrumentos O manejo da pedra e os instrumentos O manejo da pedra e os instrumentos utilizadosutilizadosutilizadosutilizados

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Tipologia dos aparelhos e do talhe da pedra

Da descoberta dos utensílios até ao próprio gesto ...

S. Román de Tobillas (Pais Basco)

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Exemplos de marcas de andaimes – Organização de um estaleiro de obra

Ermida do Castelo de Paderne

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O estudo das marcas de canteiro

Uma marca em forma de chave na igreja de S. Germain-des-Prés

Tipologia de marcas de canteiros da Bélgica e do Norte da França segundo Jean-Loius Van Belle

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S. João de Alporão (Santarém) levantamento de Filipe Rafael

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O estudo da traçaria

Pedra de traçaria do Convento de S. Francisco de Santarém

Como se projectava nos estaleiros de obra - As “salas de risco”

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A análise das formas de construir leva-nos a um conhecimento mais aprofundado sobre a organização laboral, condições de trabalho, etc. ou seja:

à história social da arquitectura

Do estaleiro ao indivíduo...

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A Engenharia e a Arqueologia da Arquitectura

Análise de patologias (sismos, problemas estruturais etc.)

Exemplo da Catedral de Vitória (País Basco)

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Arqueologia da ArquitecturaArqueologia da ArquitecturaArqueologia da ArquitecturaArqueologia da Arquitectura----Metodologia de Metodologia de Metodologia de Metodologia de Trabalho:Trabalho:Trabalho:Trabalho:

1. Recolha documental e iconográfica

2. Levantamentos gráficos

3. Levantamento fotográfico3. Levantamento fotográfico

4. Análise do edificado sobre os levantamentos

5. Preenchimento de fichas de cada Unidade Estratigráfica

6. Análises

7. Elaboração de diagrama final (actividades, etapas)

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O suporte mais importante de todo o O suporte mais importante de todo o O suporte mais importante de todo o O suporte mais importante de todo o trabalhotrabalhotrabalhotrabalho

Levantamentos gráficos como base de análise do edificadobase de análise do edificadobase de análise do edificadobase de análise do edificadoLevantamentos gráficos como base de análise do edificadobase de análise do edificadobase de análise do edificadobase de análise do edificado

Alguns exemplos….Alguns exemplos….Alguns exemplos….Alguns exemplos….

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Levantamento gráfico simplificado a diversas escalas

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A Fotogrametria

Catedral de Plama de Maiorca (Latorre y Câmara) Aqueduto de Segovia (Latorre y Câmara)

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Os ortofotomapas (fotografia rectificada, ou seja, uma fotografia onde são corrigidos os efeitos de perspectiva de

projecção central fotográfica e das distorções provocadas pela inclinação da fotografia e modulado do terreno).

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Levantamentos topográficos de alta definição – Laser 3DESTUDO DE PATRICIA MAÑANA-BORRAZÁS, ANXO RODRÍGUEZ PAZ, REBECA BLANCO-ROTEA

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Alçados a partir dos levantamentos Laser 3D

Santa Eulalia de Bóveda (Lugo)

ESTUDO DE PATRICIA MAÑANA-BORRAZÁS, ANXO RODRÍGUEZ PAZ, REBECA BLANCO-ROTEA

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Levantamentos em 3D com fotografia

Igreja N.ª S.ª de la Asunción – Alava Imagem GIAA-UP/EHU

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Método: Método: Método: Método:

1. Levantamento campo; 2. elaboração da planimetria; 3. preparação 1. Levantamento campo; 2. elaboração da planimetria; 3. preparação 1. Levantamento campo; 2. elaboração da planimetria; 3. preparação 1. Levantamento campo; 2. elaboração da planimetria; 3. preparação de Base de Dadosde Base de Dadosde Base de Dadosde Base de Dados

Igreja St.ª Maria de Castro- Rebeca Blanco

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Depois dos levantamentos a análise

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Na leitura estratigráfica são individualizadas

as Unidades Estratigráficas (UE) =

entidades mínimas que, no caso da leitura

dos paramentos podem ser :

• Construtivas (aparelho, argamassas, • Construtivas (aparelho, argamassas, rebocos, etc)

• Destrutivas (interfaces de destruição, marcas de sismos, etc)

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Cada Unidade Estratigráfica (UE) é descrita individualmente em fichas e desenhos de campo:

• Descrição exaustiva• Estabelecimento de relações entre diferentes UE

(anterior, posterior, contemporânea)• As UE são posteriormente agrupadas em:

-Actividades (exemplo: colocação de telhado novo, restaurode revestimentos, etc)-Etapas (períodos cronológicos – cronologia absoluta ourelativa)

OBJECTIVO: reconstituir a sequência temporal do edifício OBJECTIVO: reconstituir a sequência temporal do edifício OBJECTIVO: reconstituir a sequência temporal do edifício OBJECTIVO: reconstituir a sequência temporal do edifício ––––o seu percurso históricoo seu percurso históricoo seu percurso históricoo seu percurso histórico

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Análise do edificado sobre os levantamentos gráficos (fotogrametria)

Numeração de Unidades Numeração de Unidades Estratigráficas

S. Gião da Nazaré – estudo de Luís Caballero Zoreda/IPPAR

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53

1. Registo dos diferentes rebocos nos levantamentos gráficos;

2. Recolha de amostras;

3. Análises físico-químicas.

S. Gião da Nazaré – estudo de Luís Caballero Zoreda/IPPAR

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Questões de cronologia:A matriz, o registo das Actividades e das Etapas históricas.As cronologias relativas (etapas) e as absolutas (com datações precisas)

S. Gião da Nazaré – estudo de Luís Caballero Zoreda/IPPAR

ACTIVIDADES ETAPAS

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As fichas de campo

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Preenchimento de fichas de UEPreenchimento de fichas de UEPreenchimento de fichas de UEPreenchimento de fichas de UES. Gião da Nazaré – ficha de Luís Caballero Zoreda

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Da entidade mínima (Unidade Estratigráfica) à visão global do edifício e da sua história

Processo de síntese (etapas históricas)

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Outros exemplos

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Castelo de Chipiona-Cádiz

Margarita Alba e Miguel Tabales

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O registo de actividades construtivas na Sé de Idanha-a-Velha

Idanha-a-Velha segundo Luís Caballero Zoreda

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A elaboração de diagrama (com cronologias relativas e absolutas)

Matriz de Idanha (L. Caballero Zoreda)

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Hipóteses de reconstituição do edifício original

Idanha-a-Velha segundo L. Caballero Zoreda

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EL ANÁLISIS ESTRATIGRÁFICO DELEL ANÁLISIS ESTRATIGRÁFICO DELEL ANÁLISIS ESTRATIGRÁFICO DELEL ANÁLISIS ESTRATIGRÁFICO DELBAÑO ÁRABE DE CHURRIANA DE LABAÑO ÁRABE DE CHURRIANA DE LABAÑO ÁRABE DE CHURRIANA DE LABAÑO ÁRABE DE CHURRIANA DE LA

VEGA: LA SÍNTESIS DEL CONOCIMIENTOVEGA: LA SÍNTESIS DEL CONOCIMIENTOVEGA: LA SÍNTESIS DEL CONOCIMIENTOVEGA: LA SÍNTESIS DEL CONOCIMIENTOCOMO BASE DEL PROYECTO DE RESTAURACIÓNCOMO BASE DEL PROYECTO DE RESTAURACIÓNCOMO BASE DEL PROYECTO DE RESTAURACIÓNCOMO BASE DEL PROYECTO DE RESTAURACIÓN

JOSÉ MANUEL LÓPEZ OSORIO - ArquitectoJOSÉ MANUEL TORRES CARBONELL- Arqueólogo

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Quinta de Vale de Flores

Stª Iria da Azóia

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As possibilidades oferecidas pela realidade virtual

Museu do teatro romano de Cartagena

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Patio del Crucero - Alcázar de Sevilha. Projecto Antonio Almagro

Exemplo de reconstituições em 3D com base na análise arqueológica efectuada

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Uma outra possibilidade de Arqueologia da Arquitectura

um desafio fascinante…

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A “Cripto-Arqueologia da Arquitectura”

O método aplicado a edifícios que já não existem…

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Leitura de paramentos com base em registos fotográficos antigosA importância dos arquivos da DGEMN

Estudo de Leo Wevers – Castelo da Amieira do Tejo

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Sé do Porto

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A Casa do Abade em S.Giovanni – Persiceto, ItáliaPaola Squassina

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Resti di partizioni interne leggere inglobati nei tamponamenti in muratura successivi

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Le sezioni fotografiche sono un modello descrittivo in grado di compendiare diversi tipi di informazioni e dirappresentare al contempo il dato dimensionale e la qualità materica dellesuperfici

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Arqueologia da Arquitectura representa um desafio inovador ao propor abordar o edifício histórico em toda a sua

complexidade, compreender a sua história pessoal única e irrepetível de uma forma integrada, conjugando os dados irrepetível de uma forma integrada, conjugando os dados

históricos e arqueológicos, os estudos de patologias, comportamentos estruturais, caracterização de materiais construtivos, etc., possibilitando assim o conhecimento

profundo do passado dos edifícios através de um método coerente, objectivo e sistemático, método este testado

desde há anos pela arqueologia e que tem vindo a revelar resultados extraordinários.

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Para o desenvolvimento desta metodologia em Portugal é necessário:

• Formação adequada (componente universitária)• Reformulação das leis existentes de modo a garantir um

conjunto de boas práticas quando se trata de intervir em edifícios históricosedifícios históricos

• Aposta em intervenções que tenham por base o conhecimento histórico do edifício

• Suporte financeiro• Divulgação do método

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Principais dificuldades na aplicação da Arqueologia da Arquitectura:

1. Complexidade do edifício (ocultação da sua estratigrafia por rebocos; grande número de alterações, etc)

2. Registos gráficos deficientes

3. Equipas reduzidas. A importância do domínio da análise estratigráfica mas também do conhecimento das técnicas construtivas (arquitectos e arqueólogos em diálogo interdisciplinar)

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Da arqueologia ao projecto de arquitectura

Diferentes perspectivas…

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Mosteiro de St.ª Maria do Bouro antes e depois da intervenção de Souto Moura

A manutenção parcial da estratigrafia do edifício por razões estéticas e não científicas

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Arquitectura estratificada – o papel do arquitecto restaurador

O conhecimento determina o projecto e não o projecto que determina o futuro do edifício

Parede do Palazzo Bizarrini (Feltre)– ensaios estratigráficos, reconhecimento das EU

Estudo e intervenção do Arquitecto Francesco Doglioni (Instituto Universitário de Veneza)

Necessidade de estabelecer um compromisso entre os novos usos e o respeito pelo valor do edifício.

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Palazzo Bizarrini após a intervenção de restauro Palazzo Bizarrini após a intervenção de restauro Palazzo Bizarrini após a intervenção de restauro Palazzo Bizarrini após a intervenção de restauro –––– manutenção das marcas da história manutenção das marcas da história manutenção das marcas da história manutenção das marcas da história ---- valorização da arquitectura estratificada. valorização da arquitectura estratificada. valorização da arquitectura estratificada. valorização da arquitectura estratificada.

Uma opção estética com base científicaUma opção estética com base científicaUma opção estética com base científicaUma opção estética com base científicaProjecto e foto de Francesco Doglioni Projecto e foto de Francesco Doglioni Projecto e foto de Francesco Doglioni Projecto e foto de Francesco Doglioni –––– Instituto Universitário de VenezaInstituto Universitário de VenezaInstituto Universitário de VenezaInstituto Universitário de Veneza

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Um edifício que fala, que conta histórias...

Um edifício “mudo”

Convento de S. Francisco de Beja durante a fase de reconversão em Pousada

Palazzo Bizarrini após a intervenção de restauroProjecto e foto de Francesco Doglioni

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Estruturas arqueológicas

versusEdifícios históricos

Formas diferentes de intervir ?

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Rafael Moneo no Teatro Romano de Cartagena

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Calatrava la Vieja

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Edifício em Cartagena

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A casa do Sr. Engenheiro…

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Um exemplo feliz

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Matadouro Lagazpi em Madrid

Projecto de Reabilitação de Arturo Franco Diaz e Fabrice Van Teslaar

Revista Arquitectura Ibérica – Recuperar, nº 24, Editora Caleidoscópio, Fevereiro 2008, p. 114 a 125.

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Desde início, assumimos a intervenção como uma oportunidade para explorar as possibilidades da recuperação. Tratou-se de trazer uma nova postura à intervenção no património histórico, uma postura radical, uma experiência sobre os limites, os limites da não actuação, reduzir ao mínimo indispensável a intervenção.

A tradicional insegurança e indefinição teórica que afecta continuamente as actuais intervenções no património, com resultados a meio caminho entre o que deve e não deve fazer-se, desapareceu logo no início do projecto.

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(…) Estabeleceu-se um diálogo constante entre o novo e o antigo, sem os misturar, juntos mas não confundidos. Estas duas linguagens mostram-se e olham-se de perto, com o novo a potenciar o valor do antigo e com o novo a potenciar o valor do antigo e o antigo a potenciar o valor do novo. Duas posturas confrontadas, manifestadas ambas na sua máxima crueza.

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(…) utilizámos materiais procedentes directamente da indústria, sem qualquer transformação, de medidas estandardizadas. (…) Um mundo de materiais industriais carregados de densidade capaz de estabelecer uma densidade capaz de estabelecer uma comunicação aberta com o velho, com o antigo, alcançando ambos a sua expressividade máxima.

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PROECTO DE REABILITAÇÃO DO PATRIMÓNIO PROECTO DE REABILITAÇÃO DO PATRIMÓNIO PROECTO DE REABILITAÇÃO DO PATRIMÓNIO PROECTO DE REABILITAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICOARQUITECTÓNICOARQUITECTÓNICOARQUITECTÓNICO

Proposta de alguns princípios :Proposta de alguns princípios :Proposta de alguns princípios :Proposta de alguns princípios :

- Promover uma base de conhecimento sólida do edifício de modo a que esta seja o ponto de partida do projecto;

- Desenvolver a interdisciplinaridade; - Desenvolver a interdisciplinaridade;

- Valorizar a história do edifício e não só a “obra nova”, nomeadamente com a preservação da estratigrafia.

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A intervenção arquitectónica em estruturas estratificadas deverá manter o carácter, “a alma” do edifício e a sua capacidade expressiva

Permitir aos visitantes um diálogo directo com o património sem necessidade de uma constante interpretação, de uma sem necessidade de uma constante interpretação, de uma permanente “mise en scéne”

Nada mais interessante para o visitante que uma arquitectura onde é possível reconhecer um lugar habitado pela história, pela memória e pelo tempo...

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A arquitectura estratificada possuiu um carácter particular que se relaciona directamente com aspectos como:

corcorcorcor, texturastexturastexturastexturas, luzesluzesluzesluzes, sombrassombrassombrassombras – uma comunicação que se estabelece com o indivíduo –ligação à emoção, imaginação...imaginação...

Conservar estes aspectos poderá ser uma das alternativas mais adequadas e sedutoras num projecto de reabilitação de edifícios históricos e é aqui que a Arqueologia da Arquitectura surge como uma ferramenta imprescindível

Mosteiro de Tibães - Foto de Luís Alves

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Numa época de globalização onde as propostas formais e explicativas se assemelham cada vez mais, a reivindicação das texturas biográficas e suas especificidades contextuais resultam num exercício prometedor e necessárioexercício prometedor e necessário

Agustin Azkarate in Revista Arqueologia de la Arquitectura, nº 5, Abril, 2009

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Maria de Magalhães Ramalho

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Foto de Luís Alves

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ALGUMA BIBLIOGRAFIA SOBREALGUMA BIBLIOGRAFIA SOBREALGUMA BIBLIOGRAFIA SOBREALGUMA BIBLIOGRAFIA SOBRE ARQUEOLOGIA DA ARQUITECTURA:ARQUEOLOGIA DA ARQUITECTURA:ARQUEOLOGIA DA ARQUITECTURA:ARQUEOLOGIA DA ARQUITECTURA:

CABALLERO ZOREDA e ESCRIBANO VELASCO, Luís e Consuelo (eds.) - Arqueologia Arqueologia Arqueologia Arqueologia de de de de lalalala Arquitectura. Arquitectura. Arquitectura. Arquitectura. ElElElEl método arqueológico aplicado método arqueológico aplicado método arqueológico aplicado método arqueológico aplicado alalalal procesoprocesoprocesoproceso de de de de estudioestudioestudioestudio y de y de y de y de intervenciónintervenciónintervenciónintervención enenenen edificiosedificiosedificiosedificios históricoshistóricoshistóricoshistóricos, Actas, Junta de Castilla y León, Burgos. 1996;

Revista de Revista de Revista de Revista de ArqueologíaArqueologíaArqueologíaArqueología de de de de lalalala arquitecturaarquitecturaarquitecturaarquitectura, ISSN: 1695-2731, Periodicidad: Anual, editada pelo Consejo Superior de Investigaciones Científicas, CSIC: Instituto de Historia (Inicio: 2002 - 5 volumes);

Revista Revista Revista Revista ArcheologiaArcheologiaArcheologiaArcheologia dell`Architetturadell`Architetturadell`Architetturadell`Architettura, (supplemento ad “Archeologia Medievale”, XII), Edt. All`Insegna del Giglio, Firenze (vários volumes);

ArchéologieArchéologieArchéologieArchéologie dudududu BatiBatiBatiBati, Editions Errance, 2005;ArchéologieArchéologieArchéologieArchéologie dudududu BatiBatiBatiBati, Editions Errance, 2005;

AZKARATE, A., CÁMARA, L., LASAGABASTER, J. I., LATORRE, P., PlanPlanPlanPlan Director para Director para Director para Director para lalalala restauraciónrestauraciónrestauraciónrestauración de de de de lalalala catedral de Santa catedral de Santa catedral de Santa catedral de Santa MaríaMaríaMaríaMaría de de de de VitoriaVitoriaVitoriaVitoria----GasteizGasteizGasteizGasteiz, Vitoria, 2001;

CABALLERO, Luís Caballero; SÁEZ Fernando Lara – LaLaLaLa iglesiaiglesiaiglesiaiglesia MozárabeMozárabeMozárabeMozárabe de Santa de Santa de Santa de Santa Lúcia Lúcia Lúcia Lúcia deldeldeldel TrampalTrampalTrampalTrampal AlcuéscarAlcuéscarAlcuéscarAlcuéscar (Cáceres).(Cáceres).(Cáceres).(Cáceres). Arqueologia e Arquitectura. Ed. Junta de Extremadura, 1999;

2ª Bienal de 2ª Bienal de 2ª Bienal de 2ª Bienal de lalalala RestauraciónRestauraciónRestauraciónRestauración monumentalmonumentalmonumentalmonumental (Vitoria-Gasteiz, 21-24 de noviembre de 2002), Vitoria-Gasteiz, 2004;

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